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Nº 12. Exemplar gratuito. Distribuição interna. Não jogue na rua, ok?

edição inverno 2014

para comer com os olhos w w w. h a s h i ta g . c o m . b r

grátis R$0

Japoneses
Underground Restaurantes pouco
conhecidos que vão
surpreender você

delícias de
Okinawa
Uma introdução
aos ricos sabores da
culinária Uchinanchu

Yakisoba Amazake
para todos os gostos Quente ou frio
Guia de restaurantes + Dicas Ilustradas
• Matemática
• Português
• Inglês
• Japonês
© 2014 Nintendo. Mario Kart and Wii U are trademarks of Nintendo.

L
DI
SPO

VE
L JÁ

Jogo e console vendidos separadamente.


4

#aperitivo
“O
que faz você feliz?” pergunta o comercial. A
busca ou o entendimento da felicidade é algo
sempre presente na vida das pessoas e o Fes-
tival do Japão resolveu usar como tema deste
ano “A origem da Felicidade”, trazendo uma reflexão sobre o
tema para todos os seus participantes.
Para alguns a felicidade pode estar em pequenos gestos, para
outros na família, cada pessoa provavelmente terá uma defi-
nição diferente, mas algo que a maioria concorda é que uma
boa refeição, quase sempre, é sinônimo de felicidade. Fize-
mos a pergunta acima a grandes chefs e você descobre o que
cada um acha aqui.
E em Okinawa isso parece ser ainda mais verdadeiro. A
cortesia, calor humano e senso de coletividade desse povo
transparecem em sua culinária ainda pouco conhecida aqui
no Brasil, mas que a foi atrás e mostra para você
Fale com a gente, nesta edição.
a #hashitag quer ouvir você: Descobrir um restaurante novo é outra forma de felicida-
:

[twitter][>] @hashitag de para algumas pessoas, por isso mostramos a você alguns
[facebook][>]
: facebook.com/hashitag lugares quase escondidos dignos de serem chamados de
[email][>] fale@hashitag.com.br “achados gastronômicos”.
:

Foto de capa: Henrique Minatogawa


Outra forma de conforto, que pode ser sinônimo de felici-
Agradecimento: Ramen Ya dade, é uma bebida quente em um dia frio. Nesta edição
apresentamos o amazake, ou saquê doce, que permite vários
tipos de combinação que podem dar conforto ao corpo e ale-
Para conferir os gria a alma.
conteúdos extras
da #hashitag, E ainda falamos de vários tipos de yakisoba, trazemos o
basta usar o leitor perfil do chef Carlos Watanabe e muito mais. Esta edição
de QR codes do
seu smartphone!
da está recheada de felicidade para você. Boa
Se você ainda não tiver um leitor leitura.
instalado, pode baixar de graça
no site reader.kaywa.com.
Cassius Medauar, editor

expediente
Diretor-Presidente: Masakazu Shoji Textos e Revisão de Textos: Administrativo
Vice-Presidente Brasil: Luzia Tsuki Shoji Henrique Minatogawa Gerente: Patricia Tsuruta
Superintendente: Marina Akiko Shoji COMUNICAÇÃO E MARKETING Supervisor: Felipe Brandão Malaspina
Publisher: Júlio Moreno Gerente: Edi Carlos Rodrigues Assistentes: Giliarde Oliveira, Lucas
Assistentes: Caíque Guirao, Vinícius Brandão Malaspina e Thaywan Kovacic
Editorial
Gerente de Conteúdo: Cassius Medauar Galhardo e Rodrigo de Souza Pelaes
Impressão: Silvamarts
Projeto Gráfico e Arte: Jefferson K. Ono Comercial
Texto: Karin Kimura Gerente: Leandro P. Carvalho #HASHITAG é uma publicação
Produção Editorial: Eliana Aragão Francisco Supervisora: Daniele Araújo da Editora JBC
Analista: Gerson Pedrique Calderon R. Loefgreen, 1.291 - 7º andar, Vila
colaboradores Mariana, São Paulo - SP, CEP 04040-031.
Consultor de Conteúdo: Jo Takahashi Assistentes: Daílson Almeida, Alexandre
José da Silva e Filipe Andrade de Araújo Tel.: (11) 5904-9286
Fotografia: Rafael Salvador e www.editorajbc.com.br
Henrique Minatogawa Atendimento ao Leitor: Ricardo Kaneshiro
Tiragem desta edição:
18.000 exemplares
#Menudaedição

Japoneses underground 18
Jojoscope 06
10 Dois Palitos 08
A rica e ainda pouco
conhecida culinária
de Okinawa
Onde comer 17
Mapa do festival
do japão 2014 26
Perfil do chef 34
28
O que faz os Receita do chef 35
chefs felizes?
Tá fresquinho:
Renkon 36
Etiqueta
32 em hotéis 42
Amazake, o
Dicas ilustradas:
saquê doce
Amazake 44
Meu Primeiro
Corn dog 46
38 Onde achar 48
Yakisoba para
todos os gostos Coluna:
Roberto Maxwell 50
Conexão www.jojoscope.com
Brasil-Japão

Unagui: o peixe energético


É verão no Japão. É tempo de enguia.

O
unagui é uma enguia japonesa
(Anguilla japonica), de água
doce, muito apreciada na culi-
nária japonesa. Sua carne tenra
e gordurosa é rica em proteínas, vitamina
A, cálcio, gorduras saturadas e, sim, tem
muito colesterol. Dizem que é um potente
revigorante, especialmente nos dias quen-
tes de verão.
Os japoneses apreciam o unagui há muito
tempo. Algo em torno de 5.000 anos. Até na
mais antiga antologia de poemas do mundo,
o Man’yôshu, compilado a partir do ano 759,
há registros de unagui como um alimento re-
vigorante dos cansaços de verão.
Una-don é a maneira mais popular de con-
sumir o unagui. Postas de unagui grelhadas
com tarê, um molho adocicado feito à base de
fotos: Jojoscope

Unagui do Chikuyotei shoyu, são dispostas sobre arroz branco. Para


acompanhar apenas alguns picles tsukemo-
no e a pimenta sanshô, salpicada a gosto. O ministrado pelo herdeiro de 7ª geração do
sanshô tem efeito digestivo e elimina o odor fundador. Uma casa para cerimônia de chá
da lama que ainda restar na enguia. permanece intacta, com o mesmo padrão
O tarê básico é feito de shoyu de boa quali- arquitetônico desde a sua criação e contras-
dade, açúcar, sakê e mirim que, passados na ta com a sua vizinhança, toda tomada por
brasa, ficam com um denso gosto carame- arranha-céus.
lizado e ligeiramente amargo. Esta maneira O almoço, servido em sala reservada de tata-
de preparar o unagui é conhecido como ka- mi, é de uma quietude e serenidade que des-
bayaki. toa do seu entorno. O preço varia de acor-
A maneira de preparar o unagui difere do com a sala escolhida, mas a média é de O Japão no Brasil. JoJoScope
da região de Kanto (Tokyo) e de Kansai 7.000 ienes no almoço (R$ 150). O unagui, centra o foco nessa relação de
mais de cem anos. E também o
(Osaka). Em Tokyo, abre-se o unagui pelas preparado segundo mandam as tradições se- Brasil no Japão, uma nova moda.
Com uma visão cinemascope, sua
costas, depois é cozinhado ao vapor, para culares, é realmente espetacular, servido em lente pode captar as artes, como a
dança, a música, as artes visuais e
então ser assado no carvão com tarê. Em postas altas, com uma carne macia e delica- até a gastronomia. Panorâmica, ela
Osaka, pula-se a etapa do vapor, e o unagui da que derrete na boca. transita por todas as artes e por
isso já nasce admitindo seu olhar
é assado direto na brasa. híbrido. JoJoScope pode mudar
de lente e analisar determinados
A rede Yoshinoya (www.yoshinoya.com), com temas com uma visão microscópica.
Unagui somen, um combinado Em outros momentos, com o uso
mais de 200 pontos só na cidade de Tokyo, do peixe com macarrão somen de um telescópio, JoJoScope
oferece o una-don simples a 550 ienes (R$12). pode até tentar captar um fato
novo no horizonte e virar um
Na tigela, 3 fatias de unagui de tamanho mé- observatório de tendências.

dio (procedência chinesa, nos informaram), Jo Takahashi é consultor de arte


e cultura na Japan
com pouco molho tarê. Faltou densidade, mas Foundation, onde
por esse preço nem é muito correto pedir isso. atuou por 25 anos
como administrador
O chá ainda vem de cortesia. cultural. Agora, migra
essa experiência
Um dos restaurantes mais tradicionais de para a sua produtora
independente, a
unagui é o Chikuyoutei, instalado no nobre Dô Cultural, que Tem muito mais
bairro de Ginza desde o fim da era Edo, ou propõe um conceito no site oficial
do JoJoscope!
design de formatar
seja, por volta de 1860. Atualmente é ad- e desenvolver o 2palit.us/
projeto cultural. pLr1LY

Restaurante Chikuyotei Ginza 5-8-3 Tokyo Reservas: 03-3571-0677 www.unagi-chikuyoutei.co.jp


8

Com conteúdo do portal Made in Japan


#DoisPalitos www.madeinjapan.com.br

#Lámen
Nissin do Japão lança linha com
sabor ‘frango brasileiro’
A Nissin do Japão lançou um novo sabor inspirado
na culinária brasileira: o “frango brasileiro”,
ou melhor, “frango assado” para fazer uma
alusão ao famoso churrasco brasileiro.
O novo sabor foi lançado em todo o Japão no
dia 26 de maio em três versões: o cup noodles,
o tradicional Chicken Ramen na tigela e o
yakissoba UFO. A sopa é picante e é temperada
com manjericão, orégano e pimenta do reino.
A embalagem dessa
edição especial é
inspirada nas cores
da bandeira brasileira

Fotos: divulgação
e uma das embalagens
tem até o mascote do Chicken
Leia a matéria
Ramen coberto de penas coloridas.
completa no link!
2palit.us/
brchicken

#sorvete
Sabor ‘Trio de Janeiro’
A rede de sorveterias Baskin-Robins do
Japão sempre aparece com um sabor novo
para edições especiais e, para entrar no
clima da Copa do Mundo Fifa Brasil 2014, o
sabor da vez é o “Trio de
Janeiro”. O sorbet (diferente
do sorvete, não leva leite
em sua composição e é feito com purê de frutas) é uma combinação de três
sabores: kiwi, limão e blueberry para combinar com as cores da bandeira Leia a matéria
completa no link!
brasileira. O novo sabor é uma edição limitada para a Copa e foi lançado no 2palit.us/
dia 1º de junho. Cada bola de sorvete custa ¥ 330 (cerca de R$ 7) e o frescor triodejaneiro

do sorbet vem bem na época em que o verão começa a esquentar o país.

#HASHITAG
9

#cerveja
Cerveja japonesa em versão brasileira
A cerveja japonesa Kirin Ichiban, lançada no Japão em 1990,
agora tem uma versão brasileira que é produzida na fábrica da
empresa em Itu. Há cerca de seis meses, os primeiros testes da
produção nacional começaram a ser feitos em conjunto com o
Henrique Minatogawa

mestre cervejeiro japonês Takashi Nakamura. “Ele acompanhou


todo o processo para que pudéssemos atingir o mesmo padrão
de qualidade do Japão e, além disso, a cerveja também precisou
passar por aprovação da equipe japonesa”,
disse Geovane de Borba, VP comercial da Brasil Kirin. “A distribuição, inicialmente,
será focada nas regiões sul e sudeste do Brasil, para restaurantes japoneses,
empórios e bares com uma carta de cerveja mais especializada”, disse Borba. O
mestre cervejeiro da Kirin Brasil, Samuel Hoshino (foto), explicou que o fato de Leia a matéria
completa no link!
ser usada apenas a primeira parte do mosto da cerveja faz com que o sabor seja 2palit.us/
mais acentuado. “É uma cerveja suave, mas mais amarga que as demais”, descreve. kirinichiban
10

Os sabores de

Okinawa
[texto] Jo Takahashi
[fotos] Henrique Minatogawa
/ Nikko Fotografia

A rica e ainda pouco conhecida


tradição culinária das ilhas Ryukyu

A
pesar da grande representatividade pasmem, carne vermelha em porções mode-
da população de origem okinawa- radas e, especialmente, algumas partes do
na no Brasil, que hoje conta com porco, que no Ocidente é considerado nocivo
cerca de 150 mil pessoas, entre à saúde. O consumo do chá em abundância
imigrantes e descendentes, sua culinária não é apontado pelo livro como outro fator que
é difundida para fora da comunidade uchi- melhora o metabolismo do corpo.
nanchu, como são chamados os oriundos
desta ilha, na região mais tropical do Japão. Apesar de todas estas qualidades e predica-
Mesmo em São Paulo, que congrega a maior dos, a culinária okinawana não é muito fa-
comunidade okinawana no Brasil, são pou- miliar nem mesmo entre os descendentes de
cos os restaurantes especializados na culiná- japoneses de outras províncias, e parece estar
ria uchinanchu. mais reservada aos encontros familiares e
festas da comunidade. Um dos únicos restau-
Nosso interesse pela culinária de Okinawa rantes especializados nesta culinária é o Dei-
partiu das referências apontadas no livro The go, funcionando no mesmo local, no bairro
Okinawan Program, de Bradley e Graig Will- da Liberdade, em São Paulo, há exatos 40
cox e Makoto Suzuki. Nele, os autores des- anos. A casa serve pratos clássicos feitos com
vendam os segredos da longevidade na ilha, o goyá (um legume parecido com o pepino,
considerados um recorde mundial. Em Oki- também conhecido por nigauri ou nigagori),
nawa, existem atualmente mais de 400 pesso- praticamente um ícone da culinária uchinan-
as com idade acima de 100 anos. O segredo, chu, e muitos preparados com o porco. Trata-
segundo os autores, está na dieta: o consumo se, pois, do único refúgio para se deliciar com
de legumes frescos, certos tipos de peixe e, uma autêntica refeição à moda de Okinawa.

#HASHITAG
[2]
[1]

[3] [4]

[6]

[5]

Banquete uchinanchu:
[1] Ashi tebichi [2] Salada de goya
[3] Conserva de rakkyo
[4] Shibui soki jiru
[5] Fuchiba jushi [6] Iricha
12

Apesar disso, o restaurante também oferece memorativas. Por isso, receitas como iricha,
outras opções da culinária japonesa, sendo o ashi tebichi, shibui soki jiru, fuchiba jushi, só
seu forte o sushi e o sashimi, considerados nas residências de okinawanos que mantêm a
excelentes pelos frequentadores assíduos. tradição e costumes culinários.

O goyá champuru é a receita clássica, sim- Recorremos, então, a um dos mais importan-
ples e direta, mais comfort food, impossível tes representantes da cultura okinawana em
(veja receita na página 16). São Paulo e talvez no Brasil: o jovem profes-
sor de dança folclórica, Satoru Saito. A equipe
Mas e as receitas mais incrementadas, onde foi recebida em sua academia, a
podemos encontrar? Consultamos diversos Saito Satoru Ryubu Dojo, no bairro do Limão.
representantes da comunidade e a resposta Sua avó, de 78 anos, havia preparado alguns
foi unânime. Em casa. Sim, as receitas ain- pratos especiais para esta reportagem. Ela fez
da são resguardadas no universo doméstico questão de mostrar o resultado nas panelas.
e são preparadas em ocasiões especiais e co- Tudo foi feito com muito esmero desde o dia

Goya: ícone da culinária okinawana

#HASHITAG
13

Sampincha: chá de jasmim

anterior, temperado com afeto e um incontes- Já o iricha é um guisado com nabo seco (chama-
tável orgulho uchinanchu. “Ashi tebichi é um do de senguiri), alga kombu e konnyaku, uma
dos pratos para banquete de nossa cozinha”, gelatina feita com a batata do mesmo nome, co-
avisa a avó. Trata-se de um cozido com a pata gumelo shiitake e pedacinhos de panceta.
dianteira do porco. Entram nabo seco e alga
kombu. “Essa comida tem muito colágeno e O prato robusto foi o Shibui soki jiru, um
é ideal para embelezar a pele, além de ser de caldo com costela de porco encorpado com
baixa caloria e ótima para manter o corpo em o shibui (ou tôgan), um pepino grande, muito
forma”, informa-nos o mestre Saito. apropriado para sopas, com uma textura que
lembra a mandioca.
Muitos ingredientes são trazidos pelos alunos
de dança. A folha yomogui (losna ou artemísia), Para acompanhar a lauta refeição, uma re-
que entra no risoto Fuchiba Jushi, por exemplo, frescante salada de goya e uma conserva de
é uma folha muito aromática e um depurador rakkyô, minicebola japonesa. Para beber, um
natural que elimina as toxinas do corpo. No ri- aromático e reconfortante chá de jasmim, que
soto, confere um perfume marcante. os okinawanos chamam de sampincha.

#hashitag
14

Folha de alpínia embrulha o


bolinho, para ser cozido no vapor

A surpresa maior, no entanto, estava guarda-


da para o final. Uma performática montagem
de kaasa muuti, um bolinho feito com farinha
de arroz glutinoso e açúcar mascavo, envol-
to com folha de alpínia (gettou) e cozido ao
vapor. Foi o próprio mestre Satoru que fez
questão de mostrar como se faz os bolinhos,
de ponta a ponta. É bem fácil de fazer, porque
não é preciso bater no pilão, e muito diverti-
do de montar.

Cortesia, calor humano e um senso de coleti-


vidade muito forte são características do povo
okinawano, e sua culinária reflete bem a espe-
cial maneira de celebrar da vida, incorporando
o canto e a dança em seu cotidiano. A brisa de Kaasa muuchi pronto
para ser embrulhado
outono parecia trazer essa mensagem, direta-
mente de Okinawa para o Brasil.

#HASHITAG
15

Mestre Satoru Saito com


indumentária Tradição também na dança
Satoru Saito começou a aprender a dança folclórica uchinanchu
aos quatro anos, incentivado pela sua avó, professora de
música clássica de Okinawa. Depois, aperfeiçoou-se com
mestres em Okinawa, e visita a província regularmente para
realizar cursos de imersão e também para apresentações em
outras partes do Japão. Sua primeira incursão na ilha foi aos
7 anos, quando se apresentou numa TV local e revelou-
se um prodígio. Aos 15, venceu um concurso em que
participaram mais de 200 candidatos, para se tornar
professor. Venceu e deu início à sua carreira gloriosa
como professor de dança clássica. É também
especializado em penteado e toca taiko e sanshin,
o tradicional instrumento de cordas de Okinawa.
A filosofia de vida, herdada de seus ancestrais,
está estampada no semblante deste jovem
professor, que faz questão de manter vivas
as tradições das danças Ryukyu Buyô e do
Kumi Odori, este último designado Patrimônio
Shinji Nagabe

Cultural Intangível pela Unesco em 2010.

Saito Satoru Ryubu Dojo no Facebook


facebook.com/satorudojo

Marcel Uyeta

#hashitag
16

Rafael Salvador
Receita
Goya Champuru
Uma introdução aos sabores de Okinawa

[dif] Fácil Preparo


[tempo] 20 min. [1] Retire o miolo mole do goya com uma colher. Corte
[porcoes] 2 porções ao meio e depois em fatias em forma de meia-lua,
de aproximadamente 2 mm de espessura. Coloque
Ingredientes num bowl e massageie com sal para retirar todo
• ½ goya o amargor. Lave para retirar todo o sal e seque.
• 100 g lombo de porco [2] Bata o ovo.
• 1 ovo
[3] Fatie o lombo em pequenas porções.
• ½ tofu do tipo momengari
(mais firme) [4] Seque o tofu com papel toalha, e fatie em
pequenos pedaços, com as mãos, de maneira rústica.
• 1 colher de sopa de
óleo para fritar [5] Coloque o óleo na frigideira e aqueça e introduza o
• Flocos de peixe bonito seco ovo batido. Faça um ovo mexido meio cremoso e reserve.
(a gosto, para polvilhar)
[6] Na mesma frigideira, frite o lombo, tofu
• 1 ½ colher de sopa de e o goya, nesta ordem e por fim, retorne o
shoyu japonês importado
ovo mexido. Tempere com mirin e shoyu.
• 1 ½ colher de saquê
culinário mirin [7] Coloque num prato grande e polvilhe
as lascas de peixe seco por cima.
17

#OndeComer www.restaurantesjaponeses.com.br

Legenda às 14h30 e das 18h30 às [reserva] Reserva por


22h30, domingo e feriados, telefone ou e-mail
[preco] Preço médio
[cartoes] Cartões de crédito
das 11h30 às 15h, e das 19h [site] www.restaurantejapones-
às 22h. segunda fechado. kinu.com.br
(A: Amex/D: Diners/ M:
Master/ V: Visa)
[estac] estacionamento
[hora] Horário de funcionamento [delivery] embala para Kidoairaku
viagem / delivery R. São Joaquim, 394,
[estac] Estacionamento
[delivery] Delivery / Embala p/ viagem [reserva] recomendável fazer reserva Liberdade - São

[reserva] Recomendável fazer reserva [site] www.restauranteogawa. Paulo - São Paulo

[site] Site
com.br [tel] (11) 3207-8569
[preco] de 31 a 64 reais [cartoes] Não
Porque Sim aceita cartões de crédito
Aska Rua Tomás Gonzaga, 75, [hora] Segunda a sexta, das
Rua Galvão Bueno, 466, Liberdade, Liberdade 11h30 às 13h45 e das 18h30 às
Liberdade , Liberdade - São Paulo - SP 22h30; sábado, das 11h30 às
- São Paulo - SP [tel](11) 3277-1557 13h45 e das 18h30 às 21h30
[tel] (11) 4221-9660 [preco] de 25 a 50 reais [cartoes] D/M/V [estac] convênio
[preco] até 25 reais [hora] segunda a sexta, das [delivery] Embala para viagem
[hora] terça a domingo das 11h30 às 15h e das 18h às
11h às 14h e das 18h às 23h, sábado, das 11h30 às 16h Takô
21h30; segunda fechado. e das 18h às 23h, domingo, Rua da Glória , 746, Liberdade,
das 11h30 às 16h e das 18h Liberdade - São Paulo - SP
Lamen Kazu às 22h; quarta fechado. [tel] (11) 3209 0134
Rua Thomás Gonzaga, 51, [estac] convênio [preco] de 50 a 100 reais
Liberdade - São Paulo - SP [delivery] embala para viagem [cartoes] A/D/M/V
[tel] (11) 3277-4286 [site] www.karaokeboxporquesim. [hora] segunda, das 18h às 2h,
[preco] de 25 a 50 reais [cartoes] V com.br terça a quinta, das 11h30
[hora] segunda a sábado, das às 15h30 e das 18h às 2h,
11h às 15h e das 18h às Kinu sexta, das 11h30 às 15h30
22h30, domingo das 11h Avenida das Nações Unidas e das 18h às 3h30, sábado,
às 15h e das 18h às 21h 13.301, Brooklin Paulista - das 11h30 às 3h30, domingo,
[site] www.lamenkazu.com.br São Paulo - São Paulo das 11h30 à 1h, fechado no
[tel] (11) 2838 3208 último domingo de cada mês.
Ogawa [preco] (11) 2838 3208 [cartoes] A/D/M/V [estac] valet
Rua Urutuba, 314, [hora] Segunda a sexta, das [site] www.tako.
Saúde - São Paulo - SP 12h às 15h e das 19h às com.br
[tel] (11) 5584-9395 22h30; sábado, das 19h às
[preco] de 80 a 159 reais [cartoes] D/M/V 23h30; domingo: fechado Confira mais

[hora] terça a sábado, das 11h30 [estac] Estacionamento estabelecimentos no


site Restaurantes
Japoneses!
2palit.us/
oATSuG
Sabores

Os achados gastronômicos
escondidos em São Paulo Nova opção
de lámen na
[texto] Henrique Minatogawa e Karin Kimura
[fotos] Henrique Minatogawa e Rafael
Liberdade
Salvador / Nikko Fotografia Ramen Ya oferece opções
variadas em espaço amplo

N O
a cidade de São Paulo, há tantas bairro da Liberdade é a mais con-
opções de restaurantes japone- sagrada concentração de restau-
ses que alguns acabam passando rantes japoneses por metro qua-
despercebidos. Há aqueles com drado em São Paulo.
fachadas modestas, mas que escondem ver-
dadeiros achados gastronômicos e, o melhor, Uma das casas mais recentes é o Ramen Ya,
que não pesam muito no bolso. Veja, a seguir, cuja especialidade é homônima. “Um dos dife-
algumas sugestões de restaurantes under- renciais é o sistema de funcionamento, em que
grounds da capital paulista. o cliente faz o pedido no caixa, paga e recebe

#HASHITAG
19

Como chegar a partir da Praça da


Liberdade, desça a rua dos Estudantes e
vire à direita na rua da Glória. O Ramen Ya
fica no nº 326, descendo as escadas.

uma senha para retirar seu pedido no balcão; Somadas a opções clássicas (shio, shoyu e
após a refeição, o cliente deixa seu prato no miso lámen, entre outros), o Ramen Ya tam-
balcão de devolução de louças. Outro fator é o bém conta com preparos especiais.
espaço maior: temos mesas para grupos e fa-
mílias”, afirma Jun Takaki, sócio do restaurante. “Como cada casa especializada em lámen tem
seu próprio caldo, cada uma tem seu sabor
Quanto à localização, ele avalia como posi- e tempero, trabalhamos com os lámens tra-
tivo o fato de estar próximo do metrô e das dicionais. Como são acompanhados sempre
lojas de produtos orientais. de carne suína, desenvolvemos opções com
bacon e linguiça artesanal suína”, explica.
O restaurante, inaugurado em fevereiro de “Temos também uma opção vegetariana, com
2014, está localizado onde funcionava o café caldo de shiitake, menma, moyashi, ceboli-
Kohii. “Os clientes do Kohii não estranha- nha e wakame”, completa Takaki.
ram a mudança. Muitos deles acompanham
as novidades pela mídia social e sempre co- O carro-chefe da casa, porém, é o tantanmen
mentam que sentem saudades do Kohii. Mas (foto), feito com moyashi, cebolinha, waka-
teremos novidades em breve”, avisa Takaki. me, menma, carne suína moída, tahine e layu.

#hashitag
kakigori (raspadinha), fruits parfait. Entre os
pratos salgados, servíamos apenas kare raisu,
sauce yakisoba e tchahan”, lembra Kakuzui
Matsui, atual chef do Kidoairaku.

O clima é acolhedor, que faz o visitante se


sentir em uma casa, com xícaras dos mem-
bros da família e souvenirs ganhados de
clientes enfeitando as prateleiras. No canti-
nho da senhora Miyako, a televisão sempre
passa uma novela ou filme japonês, e os car-
tazes ao fundo destacam a carreira artística
do filho, integrante do grupo de dança clássi-
ca japonesa, Hibiki Family.

O ambiente também lembra muito um


izakaya do Japão, com uma estante repleta de

Tradição e arte
Kidoairaku oferece
clima acolhedor e
uma rica história

O
restaurante Kidoairaku escon-
de sua história por trás do toldo
marrom da entrada quase im-
perceptível na esquina da rua
Galvão Bueno com a São Joaquim, no bairro
da Liberdade. Ao lado dos quatro lances de
escada, a placa de madeira entalhada dá o
primeiro indício da tradição do local. Ela foi
feita pela senhora Miyako Matsui, que recep-
ciona os clientes na entrada.

Antigamente, o “Keishoku Kissaten Kidoai-


raku” funcionava como uma cafeteria. “No
cardápio, tinha mais doces como anmitsu,

#HASHITAG
21

garrafas de bebidas dos frequentadores assí- de petiscos como o edamame (soja verde) e
duos, cardápio do dia na parede e atendimen- o guioza. Entre as sobremesas, o zenzai, ou
to atencioso. O detalhe do balcão do salão e sopa de feijão doce com mochi (bolinho de
o quadro de madeira foram entalhados pela arroz glutinoso), pode ser uma ótima opção
própria senhora Miyako, que é descendente para aquecer os dias frios.
de ainus (comunidade indígena que vive no
norte do Japão e que é reconhecida pela arte
da escultura em madeira).
Como chegar a partir da estação São Joaquim
do metrô, desça a rua São Joaquim até a esquina
Kakuzui conta que a maior parte dos fre- com a Rua Galvão Bueno. O restaurante fica
em frente à Sociedade Brasileira de Cultura
quentadores são japoneses e que o cardápio Japonesa, onde está localizado o Museu
foi desenvolvido pouco a pouco com as su- Histórico da Imigração Japonesa no Brasil.
Estacionamento conveniado ao
gestões dos próprios clientes. No almoço, o lado, na rua Galvão Bueno, 700.
cardápio é centrado nos teishokus – o equiva- Horário de funcionamento Segunda a sexta, das
11h30 às 13h45 e das 18h30 às 22h30; sábado,
lentes ao “prato feito”, que inclui uma carne, das 11h30 às 13h45 e das 18h30 às 21h30
arroz e acompanhamentos como misoshiru e melhor horário No almoço, no começo da semana
legumes em conserva. À noite, há variedades Pagamento Não aceita cartões de crédito

#hashitag
Frescor sem frescura
Uo Katsu serve um cardápio variado com despojamento

O
restaurante Uo Katsu surgiu comida e porque sabem diferenciar um bom
quase por acaso, quando ainda peixe. Muitos que voltam comentam que não
funcionava como uma peixaria. conseguem comer em outros lugares porque
Na época, os clientes pediam aprendem a identificar o frescor do peixe.
para que o sr. Watanabe cortasse algumas Aqui, meu pai fica responsável por comprar
peças de sashimi para consumir o peixe os peixes e todos os dias ele acorda à 1h para
fresco ali, na hora. “Alguns clientes até lem- ir ao Ceasa. Depois, limpamos os peixes e
bram que comiam em pé mesmo e apoiavam servimos no mesmo dia”, explica Fábio Wa-
o prato na porta do freezer”, recorda Cecília tanabe, o atual chef da casa.
Watanabe.
As mesas altas e compridas lembram o for-
Depois de alguns anos, a casa mudou de en- mato do próprio balcão de sushis para ser di-
dereço, mas se manteve no mesmo bairro vidido com os demais frequentadores. Como
para preservar os clientes. “Acho que o fato o serviço é rápido, a rotatividade é grande,
de ter tantos restaurantes japoneses hoje em por isso, não é possível fazer reservas. Como
São Paulo é até bom, porque sabemos que os o próprio cartaz na parede indica, a senha é
clientes que voltam é porque gostam da nossa chamada na ordem de chegada e todos do

#HASHITAG
23

Como chegar A partir do Monumento aos Bandeirantes,


acesse a rua Manoel da Nóbrega e siga em frente.
Passe a entrada do Ginásio do Ibirapuera. Siga por mais
200 metros e o Uo Katsu estará do lado esquerdo.
Estacionamento conveniado na Rua Salto, 70.
Pagamento Aceita somente Visa
(débito e crédito) ou dinheiro.
Horário de funcionamento Segunda a sexta,
das 10h30 às 18h e sábado, das 12h às 16h.
melhor horário durante a semana, de
preferência antes das 12h e depois das 14h00.

grupo precisam estar presentes para se diri- Os makizushis (enrolados) podem ser com-
gir à mesa. “Aqui não tem muita frescura”, prados por unidade e custam a partir de R$
brinca o chef. As bebidas são servidas em co- 1,90 cada. “Gosto da liberdade de poder criar
pos de plástico (com exceção do saquê, que novas combinações e de servir o que poucos
é servido em masu, e da cerveja, em copo de restaurantes servem ou costumavam servir
vidro) e a comanda nominal deve ser paga antigamente. Fazemos sushi de sardinha, op-
diretamente no caixa. Caso você opte por in- ções de makizushi com folha de mostarda no
cluir os 10% de taxa de serviço, a sra. Cecília lugar da alga nori, sashimi de lula fresca, en-
faz questão de avisar aos funcionários com tre outros”, diz Fábio.
um sonoro: "caixinha!". Ao que todos res-
pondem em coro "obrigado!". No cardápio ilustrado, há algumas sugestões
de pratos combinados para facilitar a vida
De acordo com Fábio, em média, cada dia dos indecisos, mas quem tiver mais seguran-
chega cerca de 18 variedades de peixes e fru- ça na escolha dos peixes pode até personali-
tos do mar. As fatias de peixe cru e os gre- zar o próprio tirashi. Nesse caso, o preço vai
lhados são vendidos de acordo com o peso variar de acordo com a quantidade e com o
do filé (um sashimi pesa em média 10 g). tipo dos peixes escolhidos.

#hashitag
Dica na Vila Mariana
Ten Sushi também conta com
opções de pratos quentes

U
ma das coisas mais legais da muito sucesso entre as crianças. O ambiente
culinária é a descoberta de um lembra muito restaurantes do Japão, graças à
restaurante novo; daqueles pe- decoração e a detalhes como o menu escrito
quenos, típico de "quem conhe- em placas verticais.
ce" mesmo. É o caso do Ten Sushi, locali-
zado na Vila Mariana. O Ten Sushi iniciou suas atividades em
2008. "No começo, servíamos apenas sushi.
O restaurante é frequentado tanto por nipo- Com o passar dos anos, as pessoas come-
-descendentes como por não descendentes. É çaram a pedir os pratos quentes, então re-
notável também a presença de japoneses que solvemos alterar o cardápio", conta Luana
vivem no Brasil. Matsue, gerente.

A casa conta com pouco mais de 15 lugares, As opções incluem sushi, temaki, kare, oyako
divididos entre mesas e o balcão – que faz don, udon e tempurá, entre outros pratos.

#HASHITAG
A recomendação é um combinado que leva o
nome da casa: Ten, cujo ideograma significa
"paraíso" (veja foto). Entre as sobremesas, a
mais pedida é a gelatina de café com sorvete.

"Sempre pensamos em manter a qualidade das


refeições. Sempre preparamos os pratos na
hora para os clientes perceberem a diferença.
Não é igual um rodízio, em que geralmente
as comidas já ficam prontas", explica Luana.
Como chegar A partir da estação Santa Cruz
O Ten Sushi funciona de quarta a sábado, das do metrô, saia no lado ímpar da Rua Domingos
12:00 às 14:30, depois das 18:00 às 22:00. O de Morais e siga no sentido Jabaquara. Vire à
esquerda na rua Loefgreen. Vire à direita na
cardápio não varia do almoço para o jantar. rua Afonso Celso e siga até o número 1251.

#hashitag
26

#Localize-se no
O maior festival da comunidade nipo-brasileira no Brasil acontece
nos dias 4, 5 e 6 de julho de 2014, no Imigrantes Exhibition & Convention
Center (ex-Centro de Exposição Imigrantes), em São Paulo.
A fez um mapa para você não se perder lá!

WC FEM

SAÍDA EMERG.

SAÍDA EMERG.

SA
ÍD
A
EM
ER
G .
CAMARINS ARQUIBANCADA
Kenren
Expo
RUA HOKKAIDO Ikebana
APRESENTAÇÕES
PALCO CULTURAIS

RUA NAGANO SAÍDA


CAMARINS

JARDIM JAPONÊS
RUA AOMORI Bunkyo

RUA WAKAYAMA

sa
en
pr
AL. BRASIL KIRIN

Im
ALAMEDA AKIBA

Cerimônia
AL. HINOMOTO

AL. YAMAHA

AL. TOYOTA

ENCONTRO
AL. ENKYO
AL. DAISO

PONTO DE
AL. BAND

Hospital do Chá
RUA FUKUI Kirin Tozan Yamaha
Nipo Toyota
Hinomoto Daiso Band

RUA JAPÃO ACESSO AO PAVILHÃO DE EXPOSIÇÃO

Alfa JICA Loney CH


AL. DAS CRIANÇAS

Alimentos Lux Tech


AL. STA. CRUZ
AL. CH TECH

AL. SAKURA
Hospital

AL. HONDA
AL. JICA

AL. JICA

Sakura Honda
RUA AICHI Sta Cruz
Consulado
do Japão
CATRACAS

RUA HIROSHIMA
ÁREA DAS

BILHETERIA
CRIANÇAS
RUA MIYAZAKI
SAÍDA PRINCIPAL

PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA DA


CARAVANAS MELHOR IDADE
WC MASC/FEM BICICLETÁRIO CREDENC

WC
ESTACION.
DEFICIENTES
SAÍDA EMERG.

ENTRADA

17º Festival do Japão


Onde Imigrantes Exhibition
& Convention Center [dica] Haverá ônibus gratuitos
Rod. dos Imigrantes Km 1,5 da estação Jabaquara
São Paulo, SP do metrô até o local, e
Quando 4 de julho (sex) das 12:00 às 21:00 estacionamento grátis
5 de julho (sáb) das 10:00 às 21:00 para bikes. Se for de
6 de julho (dom) das 10:00 às 18:00 carro, chegue cedo, pois
Quanto R$12,00 na bilheteria. o trânsito é intenso e
Entrada gratuita para crianças os estacionamentos Veja o guia completo

até 8 anos e idosos acima de 65 anos ficam lotados!


do Festival do Japão
no nosso site!
2palit.us/
menufj2014
#HASHITAG
WC FEM Kodomo no Sono
Carmo Sakura ERG
.
Santo Amaro A EM
SAÍD
Ikoi no Sono Kibô-no-Iê
Enkyo Pipa
Yassuragi

PRA OMOT
Fukuoka

AJIN
Chiba Home

ÇA D O
Gifu
Saitama

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Ishikawa Iwate
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Kochi Kanagawa Tokyo
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Okayama Saga Gunma
Mie Kagawa
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Tokushima Aomori Kumamoto
Toyama Yamagata PLA
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Yagura Santo Amaro Hyogo
ACESSO À ÁREA DE ALIMENTAÇÃO

Shiga
Yamanashi

Sansuy

Voluntários

ESTACIONAMENTO

CIAMENTO

Este mapa foi criado baseado em informações


de 16 de junho de 2013. Alterações posteriores
por parte da organização do evento não estão
refletidas. Desculpem por qualquer transtorno.

Destaques da programação
Sábado Domingo
17:00 Parada Cosplay 17:30 Final do concurso de cosplay
partindo da área externa WCS 2014 Brasil no palco principal
17:30 Miss Nikkey Brasil 2014
no palco principal

Todos os dias Workshop e caricaturas em mangá pela Spirit Art School


no Akibaspace Toyota Etios decorado com os mangás vencedores
do concurso Brazil Manga Awards
#hashitag
28

A felicidade
da gastronomia
T
odos os anos, o Festival do Japão de
São Paulo aborda um tema central que
serve de enredo para a decoração e
para as apresentações do evento. Em
2014, o tema traz uma reflexão para os parti-
cipantes sobre a “Origem da Felicidade”.

Por isso, decidimos conversar com alguns


chefs para que cada um pudesse falar sobre
suas próprias experiências e pontos de vista
sobre o que os faz felizes na profissão e na
vida pessoal.

Taka e Yoshihiro Higuchi,


do Bar Kintaro

‘ Temos muitos momentos e sabores que


nos remetem à felicidade. Cheios de saudade
e ternura. Para nós, marcou muito a comida
que era feita pelas mães dos atletas depois
arquibancadas do
estádio de baseball Mie-Nishi (no Bom Retiro).
O treino era duro, mas aquele momento
era sublime. Foi um tempo muito feliz.
dos treinos de sumô. Antigamente, as famílias
inteiras participavam dos treinos: os garotos Aquela coisa caseira e cheia de carinho
lutavam, os pais ficavam em volta da arena é o que tentamos passar no Kintaro.
dando pitacos e as mães, na cozinha. Às vezes vem gente que come e diz:
"Nossa, isso parece comida da bachan
Não era só chankonabe que saía das mãos (avó)!". Bingo! Ponto para nós.
habilidosas e carinhosas das mães. Tinha Apesar de tudo estar bastante diferente
hiyashi chuka nos dias quentes; kare raisu nos daqueles momentos nostálgicos que
frios... Rolava até macarronada e feijoada! consideramos os mais felizes, existem
Pegávamos nossas tigelas e comíamos nas pequenos momentos de glória!

#HASHITAG
Chefs contam o
que os faz felizes
[texto] Karin Kimura
[fotos] Henrique Minatogawa
/ Nikko Fotografia

Jidapa Tisa (Poppy),


consultora de culinária tailandesa

‘ Eu sou feliz com o que eu trabalho, como


chef. Gosto quando as pessoas apreciam a
minha comida e ao ver as pessoas felizes
quando provam as minhas preparações.
gostamos de nos reunir com todos os
parentes. Cozinho para eles e ver a casa
cheia é sempre bom. Ver todos comendo
e conversando. Nós também gostávamos
Eu fico muito feliz. Me preocupo com o muito de conhecer novos restaurantes
que as pessoas vão dizer e é ainda mais para provar as recomendações de amigos.
prazeroso quando o prato todo fica vazio Quanto mais você prova, mais você consegue
e vejo que elas ficaram satisfeitas. compreender os sabores e adquirir mais
experiência. Isso também vale para viagens
Eu venho de uma família budista e e para todos os lugares a que eu vou.
nós prezamos o compartilhamento da
felicidade, a doação. Quando eu doo, Eu, como cozinheira, gosto de provar qualquer
fico feliz. Quando você faz os outros coisa. Para ser um bom chef, você precisa
felizes, você fica feliz também. provar de tudo. Já que gosto muito de viajar e
de conhecer diferentes culturas, sempre estou
Na vida pessoal, para mim, felicidade é atrás de coisas diferentes nos mercados de
quando eu volto para a Tailândia e estou cada país. Cada região tem uma característica
perto da minha família. Lá, nós também muito peculiar que eu gosto de conhecer.

30

arquivo pessoal
Cristina Eguchi (Tininha),
chef patissier

‘ Pois bem... o que é felicidade para mim?

É viajar no sabor de cada alimento, textura,


aroma. Por ser nutricionista também, consigo
que gosto de
fazer. Sim, tentei
desistir várias vezes, pelos motivos financeiros,
determinar quando é o melhor tempo de qualidade de vida, ter que trabalhar nos
consumo do alimento e acho isso fantástico! domingos e feriados. Porém, ao pensar que
Saber o que cada nutriente é capaz de não poderia ter a chance de criar, desenvolver
fazer com o seu metabolismo corporal, e mostrar isso às pessoas e ver o rosto delas
aliviar o estresse, equilíbrio do humor... com aquele “hmmmmmm!!!”, voltava atrás.
Talvez pudesse segui-la como um hobby, mas
Desde pequena tinha essa curiosidade é diferente ser assim sendo um profissional de
e realmente quando a gente verdade na “carteira”. A gente sabe o que faz!
aprende o que é, é delirante!
Minha área especificamente é a confeitaria,
Agora, quando a gente junta os temperos num que nada mais é que a alquimia dos açúcares,
determinado alimento e leva à cocção, vira do cacau, do trigo, das frutas, do leite.
alquimia de sabores. Nossa, como adoro isso! Cada um tem seu tempo para desenvolver,
equilíbrio para ficar como um “oh! Dos
Adoro ir a mercados, feiras livres e lojas deuses”. Transformar tudo isso é gratificante.
de produtos de cozinha. É impressionante
como minhas amigas acham engraçado, Agradeço aos meus pais por sempre
pois não tenho aquele “tesão” em entrar apoiarem as minhas loucuras na cozinha
numa loja de roupas ou sapatos. e por sempre estarem dispostos a
experimentar as minhas criações.
Tenho uma profissão que exige que eu fique
quase 12 horas em pé, sob grande pressão. Sou feliz porque sempre estou
Mas a minha escolha por ela é por amar o acompanhada de gostosuras!

#HASHITAG
31

Carlos Watanabe,
chef do Sushi Kiyo

‘ A maior felicidade que posso ter é

Rafael Salvador
quando vejo no semblante das pessoas
a satisfação que elas tiveram ao provar a
comida que eu faço. Essa é a maior alegria
que eu tenho profissionalmente.

Na vida pessoal, a maior felicidade que


tenho é poder ter um tempo para os
amigos e para a família. Não sou muito
exigente. São coisas que dificilmente
eu tenho, geralmente aos domingos.
Então quando tenho, aproveito com muita
intensidade. Quando estou com meus amigos,
aproveito o momento com muita intensidade.
Quando tenho uma reunião de família, brinco
com meus primos, tios. Esses momentos são
muito importantes. Entre as comidas da família, um pedaço do paraíso. É muito bom! Não é
gosto de kombu gobo no nitsuke e de sekihan. simplesmente um bolinho de arroz com peixe
em cima. Cada momento em que eu tenho a
Hoje, uma coisa que me deixa muito oportunidade de provar as coisas que meu pai
feliz é quando o meu pai prepara sushi faz é muito importante, porque é uma forma
para a gente comer. Todo sábado é um de preservar a memória gustativa da principal
ritual. Ele faz os sushis para a minha mãe referência que eu tenho; é uma forma de
e sei que quando ele faz para mim, é uma preservar a consistência exata do arroz, o
forma de ele demonstrar carinho, pois sabor, o formato do sushi, o peso, o corte do
ele sabe que eu estou dando duro. peixe e a sensação de tudo isso na boca. Um
dia, quero retratar aquilo que meu pai prepara
O sushi do meu pai, para mim, é como se fosse porque quero fazer um sushi como o dele.

#hashitag
32

Saquê doce
Versátil, amazake permite diversas combinações

[texto] [fotos] Henrique Minatogawa


/ Nikko Fotografia

#HASHITAG
A
mazake é uma bebida adocicada, do do produto, este já pode ser adocicado o
feita a partir da fermentação do ar- suficiente e dispensar o açúcar”, recomenda
roz. Comparado com o saquê pro- Sonia Yamane, sake sommelier da Haru Con-
priamente dito, apresenta teor alco- sultoria.
ólico menor (ou nulo) e sabor adocicado – o
nome significa, literalmente, “saquê doce”. Já para as épocas de calor, a especialista indi-
ca misturar com iogurte, limão, laranja, yuzu
É possível preparar o amazake de modo ar- ou outras frutas. “Também pode ser tomado
tesanal, utilizando água quente, arroz cozido gelado diluído com café (foto acima), como
e a levedura koji (fermento). Porém, é um se fosse um café com leite gelado”, explica.
processo relativamente longo e que requer
precisão para que não seja produzido álcool Substituto do leite
em excesso ou que a mistura simplesmente O amazake pode substituir parcialmente o
não apodreça. leite na preparação de bolos, panquecas e ou-
tros.
Existe um produto conhecido como sake kasu
ou sake ko, que é o modo prático de preparar Porém, a troca nunca é total devido à dife-
o amazake. Trata-se de uma massa composta rença de teor de gordura, como conta Sonia.
por resíduo de arroz, resultante da produção “Em caso de substituição total de um produto
de saquê. Pode ser encontrado na geladeira pelo outro, o resultado final não será o mes-
de mercearias especializadas, geralmente a mo”, completa.
menos de R$ 5 pelo pacote de 500 g.
Sake kasu
Quente ou frio
O amazake é indicado tanto para dias quentes
como para os frios.

“Para dias frios, o amazake pode ser ingeri-


do com mel, canela ou gengibre. Dependen-
34

PerfildoChef
Carlos
Watanabe
chef do Sushi Kiyo
[texto] Karin Kimura
[fotos] Rafael Salvador / Nikko Fotografia

O
chef Carlos Watanabe, que está à
frente da cozinha do Sushi Kiyo,
é hoje um dos representantes da
culinária japonesa tradicional em
São Paulo. Ele até tentou fugir do caminho
traçado pelo pai, Kiyomi Watanabe, e foi es-
tudar engenharia civil, mas acabou


seguindo os passos da família. Foi o próprio Carlos que ajudou a
Me diziam fazer o projeto do atual restau-
“Quando era adolescente, aju- que eu deveria rante. “Com o tempo, precisei
dava meu pai no restaurante, superar o meu ajudar no balcão de sushis e
no atendimento. Naquela épo- pai e ser um decidi buscar conhecimento
ca, quando o restaurante ainda chef melhor acadêmico no curso de gastro-
era no bairro da Liberdade, mui-
tos frequentadores eram japoneses
que ele.
’ nomia, na Anhembi Morumbi”,
disse o chef.
empresários, e eles diziam que eu de-
veria superar o meu pai e ser um chef ainda Toda a bagagem de conhecimento e prática
melhor. Aquilo me deixava confuso, pois era na área traz repertório também para as con-
como se tivesse que ser melhor que alguém sultorias que Carlos faz atualmente para ou-
que eu já admirava”, lembra Carlos. tros restaurantes japoneses. Além da elabora-
ção de menus, o sushiman pensa na formação
O chef explicou que primeiramente decidiu da equipe, no treinamento dos funcionários
ser engenheiro. “Estudei engenharia civil e e ainda analisa a organização do projeto ar-
trabalhei em uma construtora por dois anos. quitetônico. “Como tenho conhecimento em
Essa foi uma parte irônica da minha forma- projetos e em normas de higiene sanitária da
ção, pois eu quis correr, mas não teve jeito”, cozinha, auxilio na elabora-
brinca. ção da organização da cozi-
nha e do funcionamento do
Em 1997, o restaurante mudou para o atual restaurante como um todo”,
endereço, e seu pai pediu para que o ajudasse. explica. Leia a matéria
completa no site!
2palit.us/
sushikiyo
#ReceitadoChef
Carlos Watanabe

Yosenabe
[dif] Fácil Preparo
[tempo] 40 min. [1] Misture todos os ingrediente do caldo
[porcoes] 2 porções e aqueça em fogo médio até levantar
fervura. Ajuste o tempero se necessário.
Ingredientes
• 150 g de robalo
[2] Acomode os ingredientes em
uma panela larga. Comece pelo
• 5 cogumelos shiitake
kombu, na base da panela.
• 20 g de alga kombu hidratada
• 1 maço de cebolinha
[3] Enrole as folhas de acelga com o
auxílio de uma esteira e corte em oito
• 150 g de peito de frango branqueado
partes. Coloque os pedaços de forma
• 2 camarões rosa que as folhas se mantenham enroladas.
• 100 g de acelga pré-cozida
[4] Coloque os cogumelos nas laterais.
• Tofu a gosto
Ingredientes para o caldo [5] Corte o frango e o peixe em pedaços
pequenos (“no tamanho de uma bocada”).
• 1 colher de café (2 g) de
glutamato monossódico [6] Distribua os pedaços de
• 1 colher de café (2 g) de frango e de peixe.
tempero à base de peixe
[7] Finalize com o camarão pré-cozido e a
• 20 g de alga kombu cebolinha picada em pedaços compridos.
• 1 colher de sopa (15 mL)
de saquê culinário [8] Adicione o caldo e leve ao
fogo para finalizar a cocção dos
• 1 colher de sobremesa (10 g) de sal
ingredientes. Leve a panela à mesa.
• 500 mL de água
36

#táfresquinho!
[texto] Henrique Minatogawa
Renkon
[fotos] Rafael Salvador / Nikko Fotografia Nutritivo e ainda dá sorte

O
renkon (raiz de lótus) é uma plan- O renkon é fonte de fibras e vitaminas B, B6 e
ta facilmente associada à imigra- C, além dos minerais ferro, zinco e magnésio.
ção japonesa no Brasil. Nativa
do Oriente, foram os imigrantes Simbolismo
que a trouxeram e desenvolveram seu cultivo O renkon tem alta carga de significado, origi-
por aqui. nada de práticas budistas, que têm na flor de
lótus um de seus símbolos.
Apesar de chamada de “raiz”, na verdade, o
renkon é o caule da planta. Do tipo rizoma, Apesar do ambiente considerado feio e hostil,
ele cresce embaixo da terra. Os característi- a planta nasce e se desenvolve, representando
cos “furos”, aliás, ajudam na sustentação da força e persistência.
planta, já que seu habitat são áreas pantano-
sas, constantemente alagadas. O fato de praticamente todas as partes da
planta serem aproveitadas é uma referência
Como ingrediente, é muito utilizado em cozi- ao combate ao desperdício, traço marcante da
dos, tempurá e saladas. cultura japonesa.

Finalmente, conta-se que, olhando através dos


furos, é possível enxergar o futuro. Quem
sabe, um sinal de boa sorte.
Receita: Ayumi Miura

Receita
Sanduíche de renkon
com carne de porco
[dif] Fácil Modo de preparo
[tempo] 2 h [1] Cozinhe o renkon com
[porcoes] 7 sanduíches limão até ficar macio.

Ingredientes [2] Misture a barriga de porco


com a cebola e o alho.
• 1 unidade de renkon
• 300 g de barriga de porco moída [3] Corte o renkon em rodelas finas.
• 1/2 cebola [4] Faça um sanduíche com
• 1 dente de alho as rodelas e a carne.
• 1 clara de ovo [5] Empane e frite.
• Sal a gosto
Para empanar
[dica] Dica: Servir com molho tonkatsu ou:
• Farinha de trigo
• Farinha de tempurá • 30 g de molho inglês
• Farinha de pão • 30 g de shoyu
• Limão • 100 g de ketchup
Yakisoba
para todos os gostos
[texto] Jo Takahashi

Rafael Salvador

#HASHITAG
39

Prato originário da China virou mania no mundo todo.


Mas no Japão, invenções incríveis sobre o mesmo
tema mostram ousadia e contribuem para criar uma
identidade gastronômica em suas regiões de origem

E
m cada dez Festivais do Japão
realizados por todos os cantos do
país, dez têm barracas de yakiso-
ba. Este prato de origem chinesa,
que se popularizou também no Japão, caiu no
gosto popular e é um dos mais pedidos em
serviços de delivery de comida chinesa.

O macarrão é conhecido na China há pelo


menos 4.000 anos, como mostram as recen-
tes pesquisas do Instituto de Geologia e Ge-
ofísica da Academia de Ciências de Pequim.
Pesquisadores deste instituto encontraram,
em ruínas à beira do rio Amarelo, um reci-
piente com fios de massa feitos com milhete,
um grão originário da Ásia. É tempo de sobra
para descobrirem todas as formas possíveis
e imagináveis para se comer macarrão, e o Yakisoba pronto do Taizan,
em porção generosa
filtro histórico nos mostra como campeão
nas preferências o yakisoba. A receita é bem

Molho sendo preparado na panela


wok pelo chef Álvaro Turra, do
tradicional restaurante Taizan.
O fogo alto, que chega a pegar
diretamente nos ingredientes
do molho, e o sabor metálico
da panela em alta temperatura
fotos: divulgação

conferem um gosto todo


especial a este yakisoba.
40

Sauce yakisoba
preparado pelo
chef Shin Koike.
simples: um macarrão salgado, frito, cober-
Este prato não to com um molho à base de legumes, carnes
está no cardápio.
Ele preparou de porco e frango. A base do molho chinês é
especialmente feita com ossos de galinha, e os restaurantes
para o evento
“Comida de Rua, chineses costumam usar também molho de
Né”, que acon- ostra para dar uma encorpada.
teceu em maio

Como o yakisoba chinês atravessou o mar e


foi parar no Japão? Na história gastronômica
japonesa, o yakisoba aparece, de fato, a partir
Horumon do final da Segunda Grande Guerra (1945).
yakisoba:
miúdos Até então, o macarrão mais conhecido era o
de frango chinasoba, servido com caldo grosso. Muitos
ou porco
soldados japoneses que serviram nos países
da Ásia retornaram trazendo a grande novi-
dade. No período de reconstrução do país,
alguns ex-soldados empreendedores resol-
veram testar a receita em negócios próprios.
Por volta de 1955, os dagashi-ya, um misto
de doceria e loja de brinquedos, começaram
Black yakisoba: a oferecer o yakisoba como lanche para as
tinta de lula, crianças. No Japão, começou-se a empregar
ovo frito e
benishoga, o shoyu no tempero do yakisoba.
prato típico
da cidade de

Rafael Salvador
Itoigawa, na
província de Yakisoba do Restaurante Deigo. Tem
Niigata um molho ankake, cremoso, com
legumes fatiados, carne de porco,
frango e boi e um macarrão tostado
Yakisoba pan: aqui a versão final da comida de rua.
O Yakisoba pan é uma das comidas da infância do
chef Shin Koike que ele tentou recriar para o evento

Yakisoba pan: é um sanduiche de “sauce


Um fabricante de shoyu que começou a im- yakisoba”. Sim, é muito carboidrato. O
portar molho inglês resolveu testar a novida- chef Shin Koike recriou esta pérola
de no yakisoba. A receita da época empregava da comida de rua em recente evento
bastante repolho, pois o macarrão industria- promovido pelo restaurante Sakagura A1.
lizado ainda era um alimento caro. Como o
repolho solta muito líquido no processo de Horumon yakisoba: emprega
fritura, o molho inglês entrou para dar mais miúdos de frango ou de porco com
consistência e sabor, e caiu no gosto japonês. tarê de yakitori, adocicado.
Para reforçar o gosto nipônico, incluiu-se Italian: um yakisoba com molho
alga nori e uma pequena porção de benishoga, à bolonhesa. Muito popular na
o gengibre curtido vermelho. Estava pronto o província de Niigata, onde surgiu.
“yakisoba japonês”, que foi batizado de “sau-
Black yakisoba: também de Niigata,
ce yakisoba”.
esta invenção partiu da cidade de
Itoigawa. Trata-se de um yakisoba
Grosso modo, o yakisoba mais conhecido é
preparado com tinta de lula.
o chinês, que leva legumes e carnes no mo-
lho, com o macarrão bem frito, e é conhe- Sobameshi: é um sauce yakisoba com
cido como “ankake yakisoba”, seguido do macarrão cortado, onde se acrescenta
yakisoba japonês, com molho inglês, e mais arroz. Prato típico da cidade de Kobe.
seco, que é o “sauce yakisoba”. No entanto, Ketchup yakisoba: esta invenção é
hoje, no Japão, há mais de trinta variações. feita com o soba de Okinawa, mais
Veja aqui algumas interessantes e outras grosso. No tempero, entra ketchup.
mais engraçadas.
42

Para se sentir em casa


O que hotéis devem Alimentação
fazer para receber Na cozinha de um hotel que recebe japoneses
não pode faltar arroz, hashi e as louças
bem japoneses adequadas. Um japonês dificilmente comeria
arroz usando garfo e sem ser em um chawan.
[texto] [fotos] Henrique Minatogawa / Nikko Fotografia

N
o Japão, as pessoas não costu- No Brasil, esses três itens acontecem de for-
mam apertar o botão do elevador ma muito irregular: ora muito bem, ora muito
várias vezes. Não é só porque mal. Para quem vive de outra forma, o im-
não, mas porque as coisas fun- pacto pode ser desgastante. A adaptação a um
cionam por lá. novo local pode levar tempo.

As pessoas que vivem lá durante algum tempo Para algumas pessoas, tempo é dinheiro. Es-
rapidamente se acostumam, entre outros fato- sas pessoas, quando no exterior, geralmen-
res, com transporte público eficiente, presta- te se hospedam em hotéis que devem estar
ção de serviços com pontualidade e senso de prontos para fazê-las, quase literalmente, se
coletividade por parte das outras pessoas. sentirem em casa.

#HASHITAG
Hierarquia
Na sociedade japonesa, a questão da
hierarquia determina comportamento e até
o uso de palavras. Erros nessas situações
podem ser considerados altamente ofensivos.
Por isso, no caso de um hotel, a comunicação
entre a equipe é fundamental para a
transmissão correta dessas informações.
A pessoa considerada mais importante deve
ser atendida primeiro, deve ter suas bagagens
levadas primeiro e assim por diante.

freeimages.com
Equipe
Mesmo com eventual dificuldade com o idioma
japonês, a equipe do hotel deve sempre
se mostrar receptiva e disposta a ajudar. Cuidado com o andar
Uma gafe inerente a este ramo de atividade
Decoração é colocar o hóspede hierarquicamente
Hotéis frequentemente abrigam superior de uma empresa em um andar
recepções e reuniões de empresas. Para a mais baixo que o de seus subordinados.
decoração dos ambientes, recomenda-se
combiná-la com as cores da empresa. Comunicação
Com a facilidade das comunicações, tanto por
Só sake telefone como por e-mail, é muito importante
A cerimônia do sake só pode acontecer considerar o fuso horário entre Brasil e Japão.
quando todos os presentes estiverem com
um copo na mão. Nesta situação, nenhuma
Consultoria por Katia Miyada, gerente de
outra bebida além de sake pode ser servida. vendas do Hotel Intercontinental São Paulo.
#DicasIlustradas Amazake
“Amazake, o
iogurte de
arroz”

[texto] Arnaldo Oka [ilustracoes] Vinicius Galhardo


Oi, pessoal.
Como todos os São shows, danças,
taiko, cultura
anos, estamos tradicional, cosplay,
no Festival do mas o que mais interessa
Japão. para nós, aqui, é:

:
A Praça de Gastronomia
reúne a culinária típica Gostou,
das províncias do Japão. Furogui? Esse
É uma oportunidade é o amazake, o
de apreciar pratos Hmm, esta bebida
saquê doce.

:
que não costumam quente e docinha é
estar no cardápio dos perfeita para um dia
restaurantes japoneses frio como hoje.
do Brasil.

Saquê? Eri-chan! Ufa, ainda bem.


Vai pegar muito mal Mas não vai
se formos pegos açúcar também?
bebendo durante o
serviço!

Calma, Não,
Furogui. Furogui.
Apesar do
A receita
nome, esta
bebida à base original
de arroz e não adiciona
água tem teor açúcar*.
alcoólico Só arroz e
nulo ou muito água.
baixo.

(*) Se o amazake for feito usando o sake kasu, que é um resíduo de arroz derivado da produção do saquê, adiciona-se açúcar.

Essa é a parte interessante.


Furogui, você sabe como o
Tá querendo me vinho é feito?
enganar, não é,
Eri-chan? Arroz
não é doce.
Muito bem! Se
o açúcar é
necessário para
fazer álcool, então
como é que se faz
Isso eu sei. Aprendi o saquê a partir do
na Escola de Girinos. arroz, que não é
O suco de uva passa doce?
por uma fermentação
que transforma o
açúcar da fruta em
álcool. Nunca tinha
pensado nisso...
Adiciona uva?

De modo bem simples, o arroz


passa por duas fases*: na primeira,
Arroz cozido Suco de uva
chamada de sacarificação, o amido
do arroz é transformado em açúcar
e, na segunda, esse açúcar é
sacarificação por kome Fermentação alcoólica transformado em álcool.
koji, ou arroz maltado por levedura

Açúcar Vinho

fermentação alcoólica
por levedura
Entendi! Então,
se fizermos só
a primeira fase,
Saquê vamos obter um
suco fermentado
doce à base de
arroz! É daí que
vem o amazake!

(*) Na produção de saquê real, as duas fases são realizadas simultaneamente em um processo chamado “fermentação paralela múltipla”.

O amazake contém vitaminas B1, B2


e B6, ácido fólico, aminoácidos e
glicose, que é a principal fonte }
.. { Hic
eee.
de energia para nosso corpo.
É uma bebida muito saudável.
Experimentem! Eeee

E aqui diz que,


nos dias de
calor, também
pode ser bebido
frio, além de
poder ser
utilizado como
ingrediente
para receitas de
doces! { Hic }

Furogui?!

fim
46

#Meuprimeiro… Corn Dog

Receita
Cachorro-quente estilo oriental Ayumi Miura

[texto] Henrique Minatogawa No Japão, uma modalidade diferente tornou-


[fotos] Rafael Salvador e Henrique -se popular: o corn dog, em que a salsicha é
Minatogawa / Nikko Fotografia servida em um espeto e empanada.

Geralmente encontrado em lojas de conveni-

A
ência e em festivais de rua, lá é conhecido
invenção da salsicha é creditada como “American dog”. Os condimentos são
aos alemães – com alguma contes- os tradicionais ketchup e mostarda.
tação de austríacos. Já o cachorro-
-quente, é impossível deixar de Nesta edição do “Meu Primeiro”, vamos en-
relacioná-lo com os Estados Unidos e seus sinar como preparar uma versão com um sa-
conhecidos carrinhos. bor bem oriental.

#HASHITAG
Ingredientes
• 1 salsicha
• 1 batata
• 20 mL de leite
• 10 g de manteiga
• Wasabi a gosto
• Sal a gosto
Para empanar
• Farinha de trigo [1] Espete a salsicha no [2] Faça um purê de
• 1 xícara de farinha para palito de churrasco. batata com o leite e a
tempurá (tempura-ko) manteiga. Depois de pronto,
• 2 xícaras de água acrescente o wasabi.

[3] Envolva a salsicha no purê e passe na farinha de trigo.

[4] Misture a
farinha para
tempurá
com água
fria em um
recipiente
alto.
Mergulhe
a salsicha
na massa.
[5] Aqueça o óleo e frite com cuidado.

#hashitag
48

#Ondeachara#hashitag
São Paulo / SP
Pinheiros Registro / SP
Butantã
Mercearia Ohashi Av. Comendador Fuji Mercearia R. Cunha Gago, 346 ACNBR R. Nakatsugawa, 165
Alberto Bonfiglioli, 687
Pompeia Santos / SP
Shoji Fujita Av. Corifeu de Loja Kaeru R. Raul Pompéia, 384 Nebuta Temakeria Praiamar Shopping -
Azevedo Marques, 1425 Lj. 2 Nivel II - Praça de Alimentação
Saúde
Campo Belo Mercearia Aozora Av. Jabaquara, 1588 Restarurante Oishi R. Antonio
Hikouki Sushi R. Bela Vista, 633 Guenga, 62/70
Sumarezinho
Centro Shinsei Produtos Orientais São Bernardo do Campo / SP
Instituto Princípio Único Praça R. Heitor Penteado, 1511 Japan House R. Jurubatuba , 156 Sl. O
Carlos Gomes, 60 1º andar
Tatuapé São José do Rio Preto / SP
Cerqueira César Cidade Papel Shopping Tatuapé - Loja 410 Kurosawa Av. Alberto Andalo , 3063
Emporium Oriental Av. Paulista, 523 Loja 8
Vila Campestre Sorocaba / SP
Imirim Hisae Sugishita e Yae Takeda New Station R. Sta. Clara, 266
Center Nippon 2 Av. Imirim, 1077 R. Rainha Vitória Eugênia, 108
Belém / PA
Jabaquara Vila Carrão
Nippobras Travessa Apinagés, 479
Mercearia Sukiyaki Av. Jabaquara, 1744 Mercearia Nihon Hin R. Juno, 125
Belo Horizonte / MG
Jardim Bonfiglioli Vila Clementino
Emporium Oriental R. Tenente Banca Gloria Av. Afonso Pena , 726
Clube do Sushi R. Dr. João
Domingues Sampaio, 25 Gomes Ribeiro, 198
Curitiba / PR
Vila Guarani Itiban Av. Silva Jardim,845
Jardim Paulista
Restaurante Aizome Al. Fernão Cardim, 39 Hanamaru Av. Diederichsen, 1237
Fortaleza / CE
Jardim Peri peri Vila Madalena Casa da Leitura Av. Pontes Vieira, 1843
Mercearia Ponka Av. Mins. Laudo Japonique R. Girassol, 175
Ferreira de Camargo , 300 Porto Alegre / RS
Vila Mariana Jambo Livros e mangás
Jardim da Saúde Rancho da Traíra R. Machado de Assis, 556 R. Sarmento Leite, 631
Kansai Av. Cursino, 1788
Vila Nova Conceição Rio de Janeiro / RJ
Liberdade Kinoshita R. Jacques Felix, 405 Point HQ R. Visconde de
Bunkyo Rua São Joaquim, 381 Piraja, 207 - Loja 317
3º andar salas 51 e 52 Vila Olímpia
Cupcake Ito R. Julio Diniz, 39 Salvador / BA
Comercial Marukai R. Galvão Bueno , 34 Restaurante Takê Av. Oceânica, 3864
Vila Ré
Mercearia Ichiban R. Itinguçu, 576
Himeya R. Galvão Bueno, 54/60 São José / SC
Vila Sônia Torii R. Wanderlei Junior, 259 - loja 5
Livraria Sol Praça da Liberdade , 153
Akemi Produtos Orientais Av. Prof.
Livraria Takano R. Cons. Furtado, 759 Francisco Morato, 3030 Box 10

Tenmanya R. dos Estudantes , 19 Mercearia Mok R. André Saraiva, 193

Mirandópolis
Listokyo R. Luis Gois, 1669
Campinas / SP
Nashi Av. José Bonifacio, 2208 Obrigado por ler
Moema
Atelier Hideko Honma R. Pintassilgo, 429
Indaiatuba / SP
Nipon Papelaria R. 9 de Julho , 907
a nossa revista!
Hanoo Sushi Bar Av. dos Eucaliptos, 389 Mirandópolis / SP
Restaurante Tomé Açú Rua Guarau, 122
Hideki Sushi Bar Av. dos Imarés, 542
Osasco / SP Veja outros pontos de
distribuição da #hashitag!
Kazuki Sushi Al. Guaramomis, 248 Hotel Matriz The Premium
2palit.us/r6qyXc
R. Alice Manholer Piteri, 131
Suikah Al. dos Jurupis, 1107 www.hashitag.com.br/
Presidente Prudente / SP
pontosdedistribuicao
Zeni Sushi Av. Lavandisca, 648 Mercado Oriental R. Donato Armelin, 1273

#HASHITAG
Anuncie na #hashitag: (11) 5904-9286 r. 9213 #Vitrine
fotos: arquivo pessoal
O Japão num Roberto Maxwell vive no

Bolinho de Arroz Japão desde 2005, onde atua


como jornalista e artista visual.
É particularmente interessado
na cultura tradicional do
por Roberto Maxwell país e no tema ‘identidades’.
Conheça os trabalhos dele
em robertomaxwell.info

P
ara o paladar do brasileiro, o arroz Para fazer o mochi, o arroz precisa ser pre-

* As opiniões expressas nesta seção não representam necessariamente a opinião da revista.


japonês é sem gosto e grudento. Pas- parado lentamente numa espécie de fogarei-
sados 8 anos de vida no Japão, no ro. Cozido, o arroz é levado para um pilão
entanto, aprendi a apreciar o shiro- grande onde é socado por duas pessoas, com
gohan, o arroz branco nosso de cada dia. a ajuda de uma terceira que revolve a massa.
Os demais comensais ficam em volta do pi-
Contudo, minha relação com o alimento al- lão, marcando o ritmo e preparando-se para
cançou um novo estágio depois do grande a sua vez de bater a massa que, ao chegar no
terremoto seguido de tsunami de 2011. ponto, vai para uma mesa onde é dividida em
bolinhos e servida com o molho. Todos parti-
Um ano depois da tragédia, visitei a região cipam e todos compartilham o prato.
mais afetada para uma reportagem. Na oca-
sião, fomos recebidos pelos moradores de Naquele dia, percebi o quanto um simples bo-
um condomínio de residências temporárias. linho de arroz grudento e sem tempero dizia
Eles estavam celebrando o Hina Matsuri, muito sobre o Japão, um país que convive com
um festival dedicado às meninas. Chega- a tragédia e com a necessidade de se recons-
mos ao local e estava tudo pronto para o truir a cada geração. Engana-se quem pensa
preparo do mochi (lê-se “moti”), um boli- que, neste caso, a tecnologia de reconstrução é
nho feito com pasta de arroz, servido com o mais importante. O preparo do mochi me en-
molho shoyu ou anko, uma espécie de doce sinou que nada, nada mesmo, tem mais valor
de feijão azuki. do que a organização comunitária.

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