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UNIVASF Disciplina: Gênese, Morfologia e Classificação de Solos

Aula: Perfil do solo: características morfológicas Profª Carmem S. Miranda Masutti

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO


ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL

Assunto: Perfil do solo: características morfológicas

• Introdução:
– Conceito: propriedades macroscópicas prontamente perceptíveis que compõem a
aparência do solo
– Morfologia: arte de exprimir a aparência do objeto em estudo
– Solos diferem de região para região: características peculiares decorrentes dos fatores e
processos de formação
– Características observáveis diretamente: cor, textura, estrutura, consistência e
profundidade
– Características deduzidas/inferidas: permeabilidade, susceptibilidade à erosão e
fertilidade natural
• Características morfológicas:
– Transição entre horizontes: definida quanto à nitidez e topografia dos limites dos
horizontes
• Quanto à nitidez de separação entre dois horizontes:
• abrupta: menor que 2,5 cm
• clara: 2,5 a 7,5 cm
• gradual: 7,5 a 12,5 cm
• difusa: maior que 12,5 cm
• Quanto à topografia da linha de separação dos horizontes:
• plana
• ondulada
• irregular
• descontínua ou quebrada
– Espessura dos horizontes:
• variável e dependente da atuação dos fatores de formação
– Cor:
• Matiz: gama de cor do espectro solar
• Valor: tonalidade (mais clara ou mais escura)
• Croma: pureza da cor (intensidade do colorido - mais vívido ou mais opaco)
• Cores escuras: presença de M.O. ou Mn2+
• Cores cinzentas: hidromorfismo (Fe2+)
• Cores vermelhas e amarelas: hematita e goetita
• Mosqueado: manchas de materiais oxidados e reduzidos
• Cor dos solos relaciona-se a:
– drenagem:
– excesso de água, ambiente reduzido e cor cinzenta
– matéria orgânica:
– relação estreita entre cor escura e M.O.
– Latossolos ricos em óxidos: não refletem o teor de M.O.,
pois o ferro se destaca
– Vertissolos: colorações escuras, mesmo com baixa M.O.,
devido à associação com as cargas da argila
– forma e conteúdo de Fe:
– áreas com umidade bem distribuída: solos amarelados
– bioclima seco: solo pouco vermelho - liberação lenta de Fe
(intemperismo baixo)
– hematita finamente pulverizada: 1 a 2% já confere
tonalidade avermelhada
– solos derivados de rochas máficas: cor vermelho-escuro
– excesso periódico d’água: hematita nos mosqueados
vermelhos da plintita
– fixação de P: maior em solos ricos em óxidos de Fe e Al
– fertilidade geral: material de origem, M.O., condições de drenagem e
teores de óxidos de Fe e Al refletem fertilidade

– Textura:
• Proporção das frações granulométricas (areia, silte e argila) do solo
• Característica mais permanente:

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– depende de material de origem e do intemperismo


– quartzo > 0,05 mm: muito resistente
– rochas arenosas: alto teor de areia e baixo de argila
– rochas de textura fina: baixo teor de areia e alto de argila
• Materiais grossos resistentes (cimentados por óxidos de Fe):
– não removidos por intemperismo ou erosão
– formação de camadas cascalhentas à superfície (Pavimento desértico)
– Sertão: cascalhos quartzosos arredondados
• Classificação granulométrica:
– relação entre frações e físico-química da superfície das partículas
• Classes de textura (diagrama do USDA):
– areia, areia franca, franco-arenosa, franca, franco-siltosa, silte, franco
argilo-arenosa, franco-argilosa, franco-argilo-siltosa, argila-arenosa,
argila, argila-siltosa e muito argilosa
– fração argila: imprime nome a várias classes (7 das 13 classes)
– textura franca: não há predominância marcante de nenhuma das
frações no comportamento do solo (aproximadamente 40% para areia
e silte e 20% para argila)
• Sistema adotado pela EMBRAPA: Internacional com modificações
– Fração Diâmetro
– Areia grossa 2,0 - 0,2 mm
– Areia fina 0,2 - 0,05 mm
– Silte 0,05 - 0,002 mm
– Argila < 0,002 mm
• Limite de 2 µ para a fração argila:
– Predominância de minerais secundários nas frações < 2 µ
– Aumento da plasticidade nas frações < 2 µ
• Descrição da textura no campo: sensação táctil
– areia: partículas atritam-se; sensação áspera
– silte: sensação sedosa e deslizante (presença de material micáceo)
– argila: mais fina, plástica e pegajosa
• Determinação no laboratório: fração terra fina seca ao ar (TFSA)
• Frações grossas (> 2 mm de diâmetro) são:
– Cascalho: 0,2 - 2,0 cm
– Calhaus: 2,0 - 20 cm
– Matacões: > 20 cm
• Grupamento de classes texturais:
– Textura arenosa: areia e areia franca
– Textura média: mais de 15 % de areia e menos de 35 % de argila
– Textura siltosa: menos de 35 % de argila e menos de 15 % de areia
– Textura argilosa: de 35 a 60 % de argila
– Textura muito argilosa: mais de 60 % de argila
• Classes de textura com cascalhos:
– muito cascalhenta: > 50 %
– cascalhenta: 15 a 50 %
– com cascalhos: 8 a 15 %
– Grau de floculação:
• G.F. = arg. total - arg. dispersa em água x 100
arg. total
• Se argila total = argila dispersa em água: argila dispersa no campo
• G.F. = 0%: Btn - Solonetz Solodizado
• G.F. = 100 %: argila totalmente floculada (Latossolo)
– Importância da textura:
• retenção de água e nutrientes
• uso e manejo do solo (susceptibilidade à erosão)
• estrutura, porosidade, permeabilidade e aeração
• movimento de água e penetração das raízes
• importância do cascalho: desgaste de máquinas agrícolas
– Implicação da textura no comportamento do solo (grau de intemperização do solo):
– partículas de areia e silte: formam argila (mais resistente e menos rica
em nutrientes que o material de origem)
– minerais resistentes: tamanho areia

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– fração silte: ponto de máxima instabilidade; solos mais novos tem


alto teor de silte - reserva de nutrientes (exceto em solos
intemperizados)

– Estrutura:
• Arranjamento das partículas do solo formando agregados ou elementos de
estrutura ou unidades estruturais, as quais se separam nas superfícies de
fraqueza
• Gênese da estrutura:
– floculação: cargas elétricas das partículas e cátions hidratados
– agregação: reunião de partículas primárias individuais e flóculos com
certa estabilidade
– presença de agentes cimentantes:
– partículas finas (argila)
– substâncias coloidais desidratadas (óxidos de Fe e Al):
reversível ou irreversivelmente
– colóides orgânicos: adsorção do húmus às partículas
• Outros processos de gênese da estrutura do solo:
– alternância de umedecimento e secagem do solo
– ação de organismos e raízes:
– fungos: estabilidade dos agregados pelas hifas
– raízes: pressão e secreção de agentes cimentantes
• Desenvolvimento da estrutura:
– estágio intermediário entre grãos simples (ausência de coesão) e
condição maciça (máxima coesão)
– Ex.: Latossolo: aparência de pó de café, estrutura maciça, porosa,
formada por grânulos muito pequenos
GRÃOS SIMPLES ⎜ ESTRUTURA ⎜ MACIÇA

• Classificação da estrutura segundo Nikiforoff:


– Forma: tipo de estrutura
– Laminar:
– partículas em torno de uma linha horizontal
– ocorrência: horizonte E de Argissolos e Luvissolos e camada
superficial (compressão e pisoteio)
– Prismática:
– partículas em torno de uma linha vertical dominante
– sub-classes: prismática e colunar (topo arredondado, pouco
poroso, alongado com agregados menores em blocos)
– ocorrência: solos com B textural (prismática) e B plânico
com alto teor de Na+
– Em blocos:
– forma de cubo ou hexaedro regular
– sub-classes quanto às arestas e vértices: angulares (vértices
agudos) e subangulares (contato pelas faces)
– ocorrência: solos com B textural (Argissolos, Luvissolos e
Nitossolos)
– Granular ou esferoidal:
– forma arredondada, com faces de contato e agregados com
mesma dimensão em todos eixos
– muito poroso
– ocorrência: A rico em M.O. e nos Latossolos (no B)
– Sem estrutura:
– grãos simples
– maciça
– Tamanho: classe de estrutura
– muito pequena
– pequena
– média
– grande
– muito grande
– Grau de nitidez/estabilidade de agregados: grau de estrutura
– fraca

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– moderada
– forte
• Descrição: macro (campo) e micro-estrutura (microscópio)
• Importância da estrutura:
– porosidade, permeabilidade e aeração
– movimento de água e penetração das raízes
• Algumas generalizações:
– estrutura granular: óxidos de Fe e Al, M.O., ciclos de umedecimento e
secagem e atividade da pedofauna
– expansão / contração: destruição da estrutura granular e formação da
estrutura em blocos (deformação plástica)
– Latossolo: boa infiltração de água no horizonte B
– argila ativa: M.O. reduz expansão e contração, com maior proporção
de macroporos próximo à superfície
– estrutura granular: coerência mínima entre grânulos (erosão fácil)
– excesso de sais:
– grânulos: solos salinos
– colunar: Planossolos Nátricos (Na+)

– Cerosidade:
• Películas ou filmes de argila depositados na superfície dos agregados dos
horizontes subsuperficiais
• Típico de B textural/B nítico: reserva de nutrientes (ausente em solos
intemperizados)
• Efeito da cerosidade: absorção de nutrientes
– obstáculo para penetração de raízes em agregados
• Natureza das películas (cutãs): argilã, mangã, ferrã e orgã
• Atividade biológica: destruição (intacta em profundidade)

– Porosidade:
• Volume dos vazios do solo, ocupados pela água e pelo ar
• Porosidade textural: vazios entre partículas e dentro dos agregados
• Porosidade estrutural: porosidade entre elementos de estrutura
• Outros poros: atividades da fauna e da flora
• Porosidade:
– argiloso: microporosidade e/ou macroporosidade (estrutura granular)
– arenoso: macroporosidade
• Classificação dos poros:
– diâmetro:
– microporosidade: < 50 µ (0,05 mm)
– macroporosidade: > 50 µ
– tamanho:
– muito pequena: < 1 mm
– pequena: 1 - 2 mm
– média: 2 - 5 mm
– grande: 5 - 10 mm
– muito grande: > 10 mm
• Proporção dos poros: 50 - 60 %
– ideal: 45 % de microporosidade e 55 % de macroporosidade
• Cálculo:
– PT = 100 - (Ds/Dp)*100, onde
– PT = porosidade total
– Ds = densidade do solo (aparente ou global)
– Densidade de partículas (real)
• Importância da porosidade:
– reservatório de água
– transporte e distribuição de água e renovação do ar
– penetração profunda do ar no perfil
• Algumas considerações:
– retenção/adsorção de água:
– maior força nos poros menores: menor disponibilidade
– poros maiores: remoção pela gravidade
– Latossolos: diâmetros de 0,2 ou 1 µ

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– trocas gasosas do solo:


– difusão lenta: 1 % de CO2
– tortuosidade dos poros contínuos e espaço efetivo (vazio)
– aeração: controla produtividade (respiração de microorganismos e
raízes)

– Consistência:
• Manifestações de forças físicas (intensidade e natureza) de coesão (fase líquida
formando pontos ou entre partículas adjacentes) e adesão (atração de fase
líquida por fase sólida), atuantes no solo em vários teores de água.
• Envolve:
– resistência à compressão e ruptura
– friabilidade
– plasticidade e pegajosidade.
• Função de:
– textura (> 20% argila) e M.O.
– quantidade e natureza dos minerais de argila
– estrutura e grau de floculação
– tipo de cátion adsorvido (Na+ x Ca2+) e conteúdo de umidade
• Variação da consistência:
– solo argiloso seco: torrões ou pó, se desagregado
– solo molhado: suspensão
• Variações das propriedades de coesão das partículas do solo:
– coesão aumenta com diminuição de umidade: diminuição da
espessura do filme de água
– máximo de coesão: com aumento de argila no sistema
– impacto no manejo de solo
• Adesão:
– adesão máxima: umidade mais alta que na coesão máxima
• Fenômenos de hidratação das argilas:
– Higroscopicidade:
– adsorção de água às partículas por forças de atração em
atmosfera com vapor d’água
– Entumescimento:
– orientação da água na superfície das argilas (propriedades
elétricas do líquido e das argilas)
– Dispersão:
– colóides em suspensão (movimento Browniano)
• Impacto da consistência no manejo:
– solos plásticos e pegajosos: amplitude estreita de umidade
• Solos ricos em silte e areia muito fina: favorecem encrostamento (resistência
mecânica na superfície do solo)
• Solos arenosos: empacotamento (camada muito dura à superficie)
– proporção de areia de vários tamanhos e pouca argila: fração pouco
selecionada (aumento da coesão)
– pobreza natural em agentes desorganizadores (M.O.)
• Estágios da consistência:
– Estágio 1: DURO
– Filmes de água pouco espessos e não-contínuos
– Forças: partículas ligadas umas as outras
– Não volta a agregar se esmagado
– Estágio 2: FRIÁVEL
– Filmes de água finos e quase contínuos
– Filmes finos: partículas agregadas com pouca força
– Tende a agregar-se sob ligeira pressão
– Estágio 3: PLÁSTICO
– Massa moldável: mantém a forma
– Filmes de água finos e contínuos: insuficientes para
constituir uma pasta
– Estágio 4: PEGAJOSO ou PASTOSO
– Material: fluído muito denso, que não escorre sob ação da
gravidade
– Filmes de água: espessos que agem como lubrificante

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– Estágio 5: FLUÍDO GROSSO OU DENSO


– Material: fluido não muito denso, que escorre lentamente
sob a ação da gravidade
– Filmes de água contínuos muito espessos envolvendo as
partículas
– Deslizamento da massa do solo ao longo das vertentes
– Estágio 6: SUSPENSÃO (FLUÍDO FINO)
– Suspensão que flui facilmente sob gravidade
– Partículas envolvidas por grande excesso de água
• Consistência seca: dureza e tenacidade
– Classes: solta, macia, ligeiramente dura, dura, muito dura e
extremamente dura.
• Consistência úmida: friabilidade
– condição de fácil formação de agregados: os grãos individuais ficam
soltos; coesão mínima
– Classes: solta, muito friável, friável, firme, muito firme e
extremamente firme
• Consistência molhada: plasticidade (deformação) e pegajosidade (sensação de
pega)
– Classes: não plástico / não pegajoso; ligeiramente plástico /
ligeiramente pegajoso; plástico / pegajoso; muito plástico / muito
pegajoso

– Cimentação:
• Quando a consistência do solo se deve a algum agente cimentante, dá-se o
nome de cimentação (camadas cimentadas = pã)
• Tipos de pã:
– argipã:
– camada superficial densa e alto teor de argila
– limite abrupto
– estrutura prismática ou em blocos
– grande plasticidade
– alta densidade do solo
– menor penetração de raízes e água
– Planossolos Nátricos
– fragipã:
– textura intermediária: franco-siltosa
– alta densidade do solo
– estrutura em prismas grandes compostos de lâminas, blocos
ou maciços
– duro, quando seco e quebradiço, quando úmido
– Argissolos Acinzentados
– “ortstein”:
– textura mais grossa
– estrutura maciça, grãos simples
– origem iluvial
– agentes cimentantes: M.O. e óxidos de Fe
– Espodossolos
– plintita:
– mosqueados vermelhos e vermelho-escuros ou acinzentados
– endurece se exposto a umedecimento e secagem
– Plintossolos e solos com adjetivação plíntica
– “ironstone”:
– endurecimento ligado a óxidos de Fe
– Cambissolos, Latossolos e Neossolos Litólicos
(concrecionário)
– duripã:
– cimentado por sílica, Fe e carbonatos
– solos de regiões mais secas

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