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CIÊNCIAS ECONÔMICAS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
HABILITAÇÃO ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
SÃO LEOPOLDO
2006
CAROLINE HAIDÊE DE SOUZA DA SILVA
SÃO LEOPOLDO
2006
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
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EPÍGRAFE
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RESUMO
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................11
1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA.................................................................12
1.1.1 Questão Problema ...........................................................................13
1.2 OBJETIVOS ............................................................................................13
1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................13
1.2.2 Objetivos Específicos .......................................................................13
1.3 JUSTIFICATIVA .....................................................................................14
2 LOGÍSTICA DE FORNECEDORES........................................................15
2.1 LOGÍSTICA..............................................................................................15
2.1.1 A Logística em Empresas Prestadoras de Serviços...........................16
2.1.2 A Cadeia de Suprimentos .................................................................17
2.1.3 Integração da Cadeia de Suprimentos..............................................18
2.2 AQUISIÇÃO.............................................................................................19
2.2.1 A Função Compras .........................................................................19
2.2.2 Processo de Aquisição de Produtos e Serviços.................................22
2.2.3 Seleção e Avaliação de Fornecedores ..............................................27
2.2.4 Avaliação de Desempenho dos Fornecedores (pós-compra).............32
2.2.5 Relacionamento com Fornecedores..................................................34
2.2.6 Qualidade de Fornecimentos ...........................................................38
2.3 PROCESSO E MELHORIA CONTÍNUA.................................................39
3 MÉTODO ...................................................................................................42
3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA..........................................................42
3.2 UNIDADE DE ANÁLISE ........................................................................43
3.3 TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS.....................................................43
3.3.1Participantes da Pesquisa.................................................................44
3.4 TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS .....................................................45
3.5 LIMITAÇÕES DO MÉTODO...................................................................46
4 ESTUDO DE CASO ...................................................................................47
4.1 O SETOR DE SUPRIMENTOS ...............................................................49
4.2 ATIVIDADES DO SETOR DE SUPRIMENTOS .....................................49
4.3 PROCESSOS DE COMPRAS ...................................................................52
4.4 FORNECEDORES ...................................................................................57
4.4.1 A Seleção de Fornecedores ..............................................................58
4.4.2 Avaliação de Fornecedores..............................................................62
4.5 BENCHMARK UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL (UCS) ..............65
5 ANÁLISE E SUGESTÕES DE MELHORIAS .........................................68
5.1 SELEÇÃO DE FORNECEDORES ...........................................................68
5.2 AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES.........................................................70
5.3 RELACIONAMENTO COM FORNECEDORES........................................75
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................78
REFERÊNCIAS................................................................................................83
APÊNDICE A - Quesitos da Observação Participante..................................85
APÊNDICE B - Considerações Iniciais Repassadas aos Entrevistados........86
APÊNDICE C - Roteiro de Entrevista - Gestor da Área de Compras..........87
APÊNDICE D - Roteiro de Entrevistas - Compradores................................89
10
1 INTRODUÇÃO
mas que também atinja a total qualidade desejada por eles, que por sua vez se constitui em
níveis de exigências cada vez mais elevados.
Da mesma forma, com o intuito de garantir cada vez mais a qualidade para seus clientes
e para a comunidade, a Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos se preocupa com a
qualidade do fornecimento dos bens e serviços adquiridos para a realização das suas atividades.
No entanto, torna-se importante a constante busca por aperfeiçoamento, técnicas ou
instrumentos para compor as rotinas praticadas para o desenvolvimento dos fornecedores.
Diante disto, o presente trabalho possui o objetivo de analisar e propor alternativas de
melhorias aos processos de seleção e avaliação de fornecedores da Unisinos. Este estudo
apresenta-se divido em cinco capítulos, distribuídos da seguinte forma: no primeiro, é
apresentada a definição do problema de pesquisa, os objetivos geral e específicos, bem como a
justificativa para a realização deste trabalho e sua relevância.
Para maior entendimento do assunto em questão, o referencial bibliográfico
desenvolvido no segundo capítulo abrange assuntos como logística, cadeia de suprimentos e
processos de aquisições e de fornecimentos.
No terceiro capítulo é apresentado o delineamento da pesquisa, a unidade de análise
estudada, as técnicas de coleta e análise de dados e as limitações do método e estudo.
O capítulo quarto trata do estudo de caso que consiste na apresentação da empresa,
descrição da unidade e dos processos relacionados aos fornecedores, um subcapítulo que relata
a etapa do “benchmark” realizado em outra universidade e, por fim, são apresentadas as
propostas de melhorias.
No quinto e último capítulo é feito o fechamento do trabalho através das considerações
finais.
atenta à utilização de métodos eficazes para selecionar, avaliar e monitorar seus fornecedores,
para que assim tenha como resultado a máxima certeza possível de que os objetivos da empresa
estão sendo atingidos ao nível da qualidade desejada.
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
2 LOGÍSTICA DE FORNECEDORES
2.1 LOGÍSTICA
No entender de Baily, et al. (2000), muitas empresas gastam mais com aquisições de
serviços do que com o fornecimento de bens tangíveis. Quanto mais as empresas “terceirizam”
partes de seu trabalho, mais o suprimento de serviços torna-se importante.
Muitas oportunidades de negócios são perdidas em função do pensamento de que a
logística limita-se à movimentação e armazenagem de produtos físicos do ambiente
manufatureiro. Os princípios, conceitos e técnicas logísticas podem ser aplicados tanto em
empresas manufatureiras como de prestação de serviços, militar e, até mesmo, gestão
ambiental. Isto tem representado uma nova direção para o desenvolvimento futuro das práticas
logísticas (BALLOU, 2001).
Mesmo as empresas que distribuem um produto intangível, envolvem-se em atividades
e decisões de distribuição física, por exemplo, um banco deve selecionar o método para
transportar os cheques cancelados entre os bancos associados.
17
Chopra (2003) e Gonçalves (2004) concordam ao dizer que a existência de uma cadeia
de suprimentos visa satisfazer as necessidades dos clientes em um processo gerador de lucros.
Envolve um fluxo constante de informações, produtos e dinheiro que se deslocam entre
fabricantes, fornecedores, transportadoras, depósitos, varejistas e os próprios clientes. O fluxo
de materiais começa com a matéria-prima, passa por produtos em processos e acaba na forma
de produtos acabados que fluem ao longo dos diversos pontos da cadeia para por fim chegarem
aos varejistas ou clientes.
O objetivo de toda a cadeia é o de maximizar o valor global gerado, que é a diferença da
receita gerada de um produto e o custo total embutido para atender o pedido do cliente. Uma
cadeia de suprimentos inicia com um pedido feito por um cliente e termina quando este cliente
paga por esta compra (CHOPRA, 2003). Para Arnold (1999), a cadeia de suprimentos
normalmente apresenta diversas empresas ligadas por uma relação de oferta e demanda.
No entender de Giannakis (2001 apud ABRAMCZUK, 2001, p.12) “a expressão
“cadeia de suprimento” é uma metáfora usada para descrever as empresas que estão envolvidas
no fornecimento de um produto ou serviço”.
Segundo definição de Christopher (1999) uma cadeia de suprimentos é formada por um
conjunto de relacionamentos entre fornecedores e parceiros. O desempenho da cadeia depende
dos relacionamentos que se estendem desde os fornecedores até os clientes.
Arnold (1999, p. 23-24) ressalta alguns pontos importantes na cadeia de suprimentos:
A cadeia de suprimentos inclui todas as atividades e processos necessários para
fornecer um produto ou serviço a um consumidor final.
Qualquer número de empresas pode ser ligada em uma cadeia de suprimento.
Um cliente pode ser um fornecedor de outro cliente de modo que a cadeia total
possua muitas relações do tipo fornecedor-cliente.
Embora o sistema de distribuição possa dar-se diretamente do fornecedor para o
cliente, dependendo dos produtos e dos mercados, poderá também conter
diversos intermediários (distribuidores), com atacadistas, depósitos e varejistas.
18
Gonçalves (2004) distingue que os três principais fluxos na cadeia de suprimentos são:
• Fluxo de materiais: voltado para o abastecimento dos elos da cadeia de forma contínua.
• Fluxo de informações: constitui-se das informações que fluem ao longo da cadeia.
• Fluxo Financeiro: trata das transações financeiras efetivadas nos diversos elos da cadeia.
Para Baily et al. (2000), o foco de atenção na cadeia de suprimentos deve estar voltado
para a interação entre as várias organizações que compõem a cadeia e não apenas para a
empresa individualmente. A administração da cadeia de suprimentos diz respeito ao
relacionamento direto entre comprador e vendedor no decorrer de uma série longa de eventos.
Os fornecedores de uma empresa têm seus próprios fornecedores e, freqüentemente seus
clientes diretos não são os consumidores finais. Esses compradores e vendedores fazem parte
de um processo contínuo, na qual se reconhece o benefício obtido com a tentativa de assumir
uma visão estratégica e integrada da cadeia, em vez de focar os elos individuais.
Gonçalves (2004) procura evidenciar a importância da integração de todos os elos da
cadeia de suprimentos para o atingimento de redução de custos e estoques, bem como a
máxima satisfação do cliente final. Porém, enfatiza que esta integração não é muito fácil. Um
dos dificultadores desta integração é o fato de que a cadeia de suprimentos é um sistema
dinâmico que se modifica de acordo com as oscilações das demandas e em função de avanços
tecnológicos, inovações de produtos e obsolescência de outros. Às vezes, os envolvidos na
cadeia têm objetivos diferentes, o que pode gerar conflitos, como por exemplo, quando
fornecedores necessitam que os fabricantes façam encomendas de grandes quantidades e com
certa flexibilidade na programação de entregas. Já no caso dos fabricantes, eles necessitam de
uma boa margem de flexibilidade no processo de produção em função de desejarem atender os
clientes de acordo com as suas necessidades. Esta integração da cadeia de suprimentos passa
por vários estágios de complexidade, que varia em função do grau de interação entre os elos da
cadeia. Dentre esses elos, a área de compras possui elevado grau de interação, possuindo
extrema importância e contribuição para o fluxo contínuo de toda a cadeia de suprimentos.
19
2.2 AQUISIÇÃO
Arnold (1999), ainda atribui algumas funções básicas que devem ser desempenhadas
para se alcançar a satisfação destes objetivos:
• Determinar as especificações de compra: qualidade, quantidade e entrega (tempo e lugar
corretos).
• Selecionar o fornecedor correto.
• Negociar os termos e condições de compra.
• Emitir e administrar pedidos de compra.
Para Baily et al. (2000), o papel e a contribuição da atividade compras têm crescido
muito durante a segunda metade do século XX. A área de compras possui responsabilidades e
objetivos muito mais amplos do que atender as requisições de compras necessárias para a
empresa. Os autores afirmam que uma definição bem conhecida dos objetivos de compras é:
comprar a qualidade de material correta, no tempo certo, na quantidade exata, da fonte certa, ao
preço adequado. Portanto, embora forneça uma estrutura prática e útil, essa definição chavão é
criticada por alguns como sendo superficial e simplista. Para os propósitos atuais, os autores
sugerem uma definição ampla desses objetivos:
• Suprir a organização com um fluxo de materiais e serviços.
• Assegurar a continuidade de suprimento.
20
• Comprar eficiente e sabiamente, obtendo por meios éticos o melhor valor por centavo gasto.
• Administrar estoques para proporcionar o melhor serviço ao menor custo.
• Manter relacionamentos cooperativos e sólidos com outros departamentos.
• Desenvolver funcionários, políticas, procedimentos e organização para assegurar o alcance
dos objetivos previstos.
atividade. As empresas devem tratar a área de compras como parte estratégica da organização e
não somente como uma simples área emissora de pedidos, ordens de compras ou um órgão
burocrático de controle.
Cada vez mais as empresas se dão conta que o mercado exige mudanças significativas
na função de compras. Da mesma forma, cada vez mais esta função está se tornando proativa e
estrategicamente mais importante (Biemans; Brand, 1998 apud ABRAMCZUK, 2001, p.9).
As influências internas dão início às mudanças da função compras. O crescente nível de
gasto com aquisições e a implementação de sistemas integrados que reduzem o trabalho
rotineiro, promovem a função a níveis mais elevados. No entender de Baily et al. (2000), à
medida que o nível de atenção dedicado às compras e suprimentos aumenta, o trabalho tende a
se tornar mais estratégico. O fato de o papel estratégico e de contribuição da área de compras
serem bem reconhecidos em negócios relevantes significa, entretanto, que as decisões
estratégicas de compras podem ser tomadas pela diretoria das organizações. Além das
atividades de rotina, a tendência é concentrar maior ênfase em atividades como negociação de
relacionamentos de longo prazo, desenvolvimento de fornecedores e redução de custos.
Essa mudança nos papéis de compras trouxe a evolução de uma abordagem proativa que
reflete na contribuição das práticas e operações de compras. Contudo, o desenvolvimento de
um papel estratégico proativo tem sido um dos principais problemas enfrentados pela área de
compras e suprimentos de muitas organizações. O quadro seguinte mostra uma comparação
entre compra reativa e compra proativa.
22
Segundo Baily et. al. (2000), atualmente as pesquisas sobre os estágios do processos de
compras estão bem avançadas. Contudo, estas pesquisas tiveram início nos anos 60, sendo
conduzida por Robinson e Faris, na qual dividiram o processo em oito estágios. Em 1978, Wind
ampliou o processo de compras para 12 estágios conforme seguem:
10. Compra.
11. Uso.
12. Avaliação pós-compra.
Procedimento Esclarecimento
Por que preço deve ser Evidencia o conhecimento da evolução dos preços do
comprado mercado.
Em que quantidade deve ser Estabelece a quantidade ideal, por meio da qual haja
comprado economia na compra.
Quadro 2: Procedimentos Fundamentais da Administração de Materiais
Fonte: Viana (2000, p.40)
In íc io
P re p a ra ç ã o d o s
P ro c e s s o s
P la n e ja m e n to d a
C o m p ra
A n á lis e d o s S e le ç ã o d e E la b o r a ç ã o d e
F o rn e c e d o re s F o rn e c e d o re s C o n d iç õ e s G e r a is
C o n c o r r ê n c ia
A v a lia ç ã o
N e g o c ia ç ã o
A u t o r iz a ç ã o d e C o n tr a ta ç ã o C o n tra to d e L o n g o
F o r n e c im e n to P ra z o
D i l ig e n c ia m e n t o
R e c e b im e n t o
E n c e r r a m e n to d o
P ro c e s s o
F im
perda de várias etapas fundamentais do processo. Essas compras tornam-se desvantajosas, pois
geralmente resultam em compras de preços mais elevados que os preços das compras normais.
Início
U suário
E m ite pedido de
com pra em
em ergência
Fim
S etor de
C om pras
R ecebim ento
Q uestionam ento da
em ergência R etirada do
m aterial no
fornecedor
Para Dias (1993), antes de selecionar um fornecedor é preciso analisar se ele é honesto e
justo em seus relacionamentos, tem estrutura e know-how suficiente, condições de atender as
exigências do comprador, possui sólida posição financeira, preços competitivos, necessidade de
desenvolvimento de seus produtos e se o mesmo se satisfaz ao atender da melhor forma os seus
clientes.
O mesmo autor divide em duas etapas a avaliação de fornecedores:
Avaliação técnica: Composição do corpo técnico em relação às necessidades da
empresa, recursos técnicos disponíveis e utilizados, disponibilidade de operadores,
máquinas, ferramentas e instrumentos adequados às exigências técnicas.
Avaliação administrativa: Composição de staff responsável pela administração da
empresa, procedimentos usuais e conceituação no mercado, grau de interesse em
participar do corpo de fornecedores. (DIAS, 1993, p.301).
Arnold (1999) considera que um bom fornecedor é o que possui tecnologia para a
fabricação de um produto com a qualidade exigida, na quantidade necessária. Para ele, um bom
fornecedor deve possuir capacidade de administrar seu negócio com eficiência para vender
produtos a preços competitivos e obter lucros. O autor destaca alguns fatores que influenciam
para a escolha de fornecedores:
• Habilidade técnica: deve-se procurar saber se o fornecedor possui a habilidade necessária
para a produção ou fornecimento do produto desejado e se ele possui programas de
desenvolvimento e melhorias para este produto. Esta habilidade pode ser benéfica para o
comprador no sentido de que o fornecedor pode fazer sugestões de outros produtos melhores
ou similares que atendam ou superem as necessidades do comprador e ainda pode trazer
uma redução de custos.
• Capacidade de produção: o fornecedor deve ser capaz de produzir com a qualidade
exigida, na quantidade necessária e no prazo adequado.
• Confiabilidade: é importante checar questões quanto a solidez financeira do fornecedor,
garantia de confiança e reputação.
• Serviço pós-venda: capacidade do fornecedor em dar apoio técnico após a venda e também
de possuir peças de reposição.
• Localização do fornecedor: uma localização próxima do fornecedor auxilia na redução de
tempo de entrega e também de custos com frete.
• Outras considerações: devem ser considerados termos de crédito, reciprocidade e
disposição do fornecedor em fazer reservas de produtos.
• Preço: competitividade de preço, que não que dizer o menor preço. Deve-se considerar
quantidade, qualidade, pontualidade e outros serviços agregados.
29
Classificação de Fornecedores
Pontuação de Classificação de
Fator Peso
fornecedores fornecedores
Fornecedores A B C D A B C D
Função 10 8 10 6 6 80 100 60 60
Custo 8 3 5 9 10 24 40 72 80
Serviço 8 9 4 5 7 72 32 40 56
Assistência Técnica 5 7 9 4 2 35 45 20 10
Termos de crédito 2 4 3 6 8 8 6 12 6
Total (classificação dos fornecedores) 219 223 204 222
Quadro 3: Modelo do Método de Classificação de Fornecedores
Fonte: Arnold (1999, p.221)
quantificar coisas que não podem ser quantificadas naturalmente. Apesar de não ser
considerado um método perfeito, leva o comprador a considerar a importância relativa de
vários fatores (ARNOLD, 1999).
Dias e Costa (2003) afirmam que os compradores precisam tomar alguns cuidados com
relação aos novos fornecedores e as exigências devem ser de acordo com a amplitude da
aquisição. Disponibilizar uma ficha cadastral que contenha informações mínimas necessárias,
podendo estar disponível no site da empresa, pode ser um primeiro passo para a habilitação de
futuros fornecedores. Deve-se investigar desempenhos anteriores e pedir documentos que
demonstrem algumas capacidades. Estes documentos podem ser:
• Estatuto ou Contrato Social vigente e registrado;
• Inscrição no Cadastro Geral de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda (CNPJ);
• Inscrição Estadual e/ou Municipal;
• Provas de regularidade perante a Fazenda Federal, Estadual, Municipal e ainda à Seguridade
Social (INSS) e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS);
• Comprovações de que a empresa fornece regular e satisfatoriamente os produtos que
comercializa;
• Análise da capacidade instalada do fornecedor;
• Outros documentos específicos relativos ao ramo de atividade do fornecedor, os quais ele
seja obrigado a possuir para poder comercializar seus produtos;
• Balanço patrimonial e demonstrações contábeis dos três últimos exercícios, visando avaliar a
situação financeira da empresa a ser possivelmente contratada;
• Certidão negativa de falência ou concordata, de execução patrimonial e de protesto;
• Relação do montante de faturamento mensal da empresa, relativa aos últimos doze meses.
Após a avaliação dos dados cadastrais e demais verificações, o fornecedor estará ou não
apto a fornecer para a empresa. É conveniente que ao cadastrar o fornecedor, que esse ganhe
um código que corresponda a alguma lógica, por exemplo: E: uniformes; F transportadoras
(DIAS; COSTA, 2003).
Ainda, quanto ao cadastro dos fornecedores, Dias (1993) sugere que este reúna
informações importantes sobre a empresa como, por exemplo, o material que a empresa
comercializa. Isto facilita quando o comprador desconhece o fornecedor de determinado
produto. Através da consulta do cadastro é possível identificar melhor o fornecedor.
32
Classificação do fornecedor
através da importância do produto. Quanto maior a garantia, mais elevado o custo e o tempo
exigidos para atingir o nível desejado.
Dias e Costa (2003), citam que pelo fato de as empresas possuírem naturezas diferentes,
deve-se identificar os pontos que deverão ser objetos de uma avaliação mais acurada. Os
principais pontos a serem analisados são: tempo, custo, qualidade/quantidade. Desta forma, os
parâmetros que poderão compor um sistema de avaliação de fornecedores podem ser:
• Performance do fornecedor com relação a prazos de entrega;
• Qualidade dos materiais recebidos;
• Manutenção das condições propostas;
• Conduta durante as negociações;
• Assistência prestada.
Além destes parâmetros, Dias (1993) ainda acrescenta que uma excelente fonte de
informação sobre a performance do fornecedor visa:
• Acompanhar as entregas e as alterações dos prazos;
• Alterações de preço e condições de pagamento;
• Quantidade de cancelamentos.
O cadastro dos fornecedores precisa estar adaptado para receber todas as informações
relativas aos fornecedores, a fim de tê-las em mãos sempre que preciso (DIAS; COSTA, 2003).
Harrington (1997, p.312) afirma: “bons fornecedores podem fazer até mesmo clientes
com mau desempenho parecer bons, mas todos parecerão ruins se os fornecedores forem
ruins”.
Parceria de Suprimentos
Compromisso da
Envolvimento de todas as alta administração Franqueza e
disciplinas relevantes confiança
Objetivos conjuntos
Flexibilidade claros
Parceria de
Suprimentos
Trabalho Relacionamento a
conjunto longo prazo
Administração de Proatividade e
qualidade total não reatividade
Baily et al. (2000) afirmam que a área de compras não pode ter uma visão transacional,
pois esta forma está baseada na simples troca com comprador e vendedor interagindo entre si a
curta distância onde o comprador se limita ao preço. Os autores não condenam esta forma de
visão, mas afirmam que é uma forma apropriada para a aquisição de produtos de baixo custo,
ou seja, commodities, porém salientam que não é o método ideal para a maioria das compras.
Aponta-se uma tendência para o relacionamento mútuo que é baseado na confiança com intuito
de conquistar valor para ambas as empresas, onde os benefícios decorrem de idéias de
36
O autor ressalta que ao mudar ou remover uma atividade deve-se simular o impacto
desta sobre o processo total. Em muitos casos, têm-se diferentes formas de mudar uma
atividade, porém deve-se fazer uma avaliação a partir do ponto de vista do processo como um
todo. Às vezes, uma atividade que é mudada pode exercer impacto positivo para uma parte
específica do processo, porém impactando de forma negativa para todo o processo.
42
3 MÉTODOS E PROCEDIMENTOS
As formas utilizadas para analisar os dados coletados foram por meio de análises dos
documentos da empresa, análises dos processos e procedimentos observados e análises das
respostas dos entrevistados. Estes também foram submetidos a uma análise qualitativa em
comparação à teoria pesquisada para que pudesse ser finalizado com a apresentação das
sugestões de melhorias.
Os dados das entrevistas foram coletados por meio de um gravador e, posteriormente
foram transcritos, organizados e materializados sob forma de texto, o que facilitou a
compreensão dos mesmos. As ações e eventos que ocorrem durante a observação participante
foram da mesma forma descritas e interpretadas.
O método de análise utilizado foi análise de discurso. Segundo Marschall (1994 apud
Roesch, 2006), esse tipo de análise focaliza a linguagem proveniente de entrevistas, respostas
abertas, discussões de grupos e documentos. Este método adapta-se a este estudo, pois é
46
apropriado para amostras pequenas, permitindo uma exploração profunda de formas discursivas
e as transcrições das entrevistas podem ser combinadas com materiais oriundos de outras fontes
como conversas informais ou materiais escritos. Nessa técnica, a contribuição do entrevistador
é importante, pois tanto o entrevistador como o entrevistado, se baseiam em um conjunto de
recursos interpretativos que são considerados de interesse para a análise.
Devido às características deste estudo e do método de pesquisa que nele foi empregado,
é possível verificar algumas limitações que podem ter restringido seus resultados.
Por tratar-se de um estudo de caso, os resultados obtidos nesta pesquisa são de difícil
generalização a demais organizações, o que representa a principal limitação do método
utilizado. A unidade escolhida para esta pesquisa possui variáveis peculiares, portanto convém
ter muito cuidado ao utilizar os resultados deste estudo como base em outras empresas.
A visão que o pesquisador possui do processo como um todo pode ser considerada uma
limitação do método, uma vez que o mesmo é funcionário da empresa e está diretamente ligado
aos assuntos em questão. No entanto, isto foi minimizado em função da realização das
entrevistas e observações, nas quais se verificou a percepção e o posicionamento de outras
pessoas.
Também pode ser considerada uma limitação do método o fato da proximidade entre
entrevistador e entrevistados, bem como o recurso de gravação durante as respostas. Isto pode
ter gerado certo constrangimento por parte dos entrevistados ao responderem questões que
exigiam um posicionamento mais incisivo dos mesmos. Como forma de amenizar este
problema e obter mais confiança dos entrevistados, foram informados com antecedência quais
assuntos seriam abordados na entrevista. Também foi sugerido a eles que solicitassem o
desligamento do gravador nos momentos em que julgassem necessário. O pesquisador ainda se
comprometeu em não citar nomes nas descrições e também a não expor as gravações para
terceiros, bem como em não deixar vazar nenhum relato mais pessoal citado na entrevista.
4 ESTUDO DE CASO
A Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos foi criada em 1969 e é uma
instituição de ensino superior de direito privado, sem fins lucrativos, que tem por finalidades a
promoção do ensino, da pesquisa e da assistência social. A Unisinos pertence à Mantenedora
Associação Antônio Vieira (ASAV) que é uma associação civil, filantrópica, de natureza
educativa, cultural, assistencial, beneficente, de ação social e cristã, fundada em 1899.
O câmpus da Unisinos está situado na cidade de São Leopoldo, Região Metropolitana
de Porto Alegre. Sua estrutura administrativa constitui-se da seguinte forma:
Reitoria
Vice-Reitor
Pró-Reitoria Acadêmica/Pró-Reitoria de Administração
Graduação
Pesquisa e Pós-
Graduação
Educação
Continuada
Pró-Educação
A área de compras da Unisinos vem assumindo cada vez mais responsabilidades dentro
da instituição. O Setor de Suprimentos pertence à Unidade de Apoio de Finanças e Informação
e é responsável por grande parte das aquisições de bens e serviços para a Universidade, o que
resulta na aquisição de uma ampla variedade de itens. Algumas aquisições não são de
responsabilidade da área de compras, pois tratam-se de compras específicas que precisam ser
efetuadas diretamente pelas áreas. Alguns exemplos são: demandas do Setor de Marketing,
Biblioteca (material bibliográfico), alguns serviços como consultorias e outras contratações.
Na Universidade, também compete ao Setor de Suprimentos à administração dos
estoques. O Almoxarifado pertence ao Setor de Suprimentos, porém fica localizado em espaço
físico separado e distante um do outro. No Almoxarifado são recebidos os materiais adquiridos,
bem como estocados produtos de escritório, materiais elétricos, hidráulicos, higiene, limpeza e
alguns outros.
A área de compras é constituída por treze funcionários: um gerente, quatro compradores
de produtos e serviços diversos, dois responsáveis por demandas de impressões gráficas, um
responsável por despesas com deslocamentos, viagens e hospedagens, dois auxiliares
administrativos, um almoxarife e dois auxiliares de almoxarifado.
“O Setor de Suprimentos da Unisinos deve prover soluções e processos que atendam às
demandas de materiais e serviços da Universidade de forma rápida, precisa e por um preço
justo”, conforme cita o Gestor de compras durante a entrevista realizada nesta pesquisa. O
objetivo da função compras é minimizar o risco da falta de produtos e serviços e maximizar
para a Universidade o valor das aquisições dentro dos critérios de qualidade, quantidade, prazos
de entrega e preços, buscando desenvolver a interação do Setor com as demais áreas da
Universidade.
Posicionamento de compras
Alto
Itens de "Gargalo" Itens Críticos (Estratégicos)
Risco de Não
fornecimento Softwares específicos Biblioteca (base de dados)
Biblioteca (livros, periódicos, Marketing
impressoras fiscais) Equipamentos para salas de aula
Exposição
Baixo Alto
Custo Relativo
Produtos de gargalo são aqueles em que é necessário ter uma garantia de fornecimento
ou quando a empresa precisa se proteger contra a falta do produto, pois esta falta pode gerar
grande impacto para a empresa. Neste caso é importante a identificação de novas fontes e a busca
por produtos substitutos.
Os itens de rotina são aqueles comuns do dia-a-dia, que possuem baixos custos e
volumes e que não gera nenhum forte impacto para a empresa, tendo grande disponibilidade no
mercado e em muitos fornecedores.
O banco de dados do sistema da Unisinos possui o cadastro de, aproximadamente 4.740
itens. Este número inclui produtos e serviços diversos, sendo que, constantemente, são
adicionados novos itens. No último relatório de compras, constatou-se que durante o ano
vigente foram solicitados, repetidas vezes, em torno de 2.030 destes itens.
alguns itens deixaram de fazer parte do estoque para serem solicitados via requisição de
compra.
Para atender às muitas demandas, faz-se uma divisão de itens por comprador da
seguinte forma:
• itens diversos para laboratórios, como produtos químicos, gases, medicamentos, produtos
médico-hospitalares, vidrarias, produtos plásticos, suprimentos fotográficos, peças,
componentes eletrônicos, chapas de madeira e ferro, etc;
• compras que envolvem obras civis, móveis e utensílios, material elétrico, hidráulico,
ferragens, liberação de consertos, manutenções e peças de reposição para máquinas e
equipamentos, produtos de limpeza e higiene e materiais de escritório;
• compras relacionadas a projetos de pesquisa, equipamentos, serviços e suprimentos de
informática (suprimentos que não sejam itens em estoque), aquisições e renovações de
licenças de softwares, equipamentos fotográficos e de filmagem, equipamentos eletro-
eletrônicos, aquisições com cartões de crédito de supermercado, demandas de importações/
exportações, controle e prestação de contas de pequenas despesas (fundo fixo);
• dois funcionários ficam responsáveis pelas demandas de serviços gráficos e de impressão
(papéis, documentos, encadernações, provas, folders, banners, cópias, etc). Embora o
processo de impressão na Universidade também seja terceirizado, há a necessidade de
supervisão e controle feitos por estes dois funcionários.
Esta divisão não é seguida de forma totalmente rígida e é muito comum que os
compradores comprem itens que não sejam aqueles de sua responsabilidade. Alguns dos
motivos para que isto aconteça são: as urgências, a diversidade de demandas e às vezes ainda
depende do departamento que solicita as compras.
Com o sistema ERP, os usuários passaram a efetuar os pedidos de compras através do
sistema, podendo ser acompanhados e monitorados a qualquer instante via web. No sistema
ficam cadastrados e codificados os itens que os requisitantes utilizam para fazer suas
solicitações de compras. Os usuários geram requisições de compras que são encaminhadas para
a diretoria correspondente para que seja efetuada, ou não, a aprovação e verificação
orçamentária.
Após a aprovação, os compradores passam a visualizar as requisições no sistema e, à
princípio, deveriam atendê-las por ordem de chegada, ou seja, o primeiro a ser requisitado deve
ser o primeiro a ser atendido. Porém não há um critério claro que define o atendimento das
requisições. Com muita freqüência, os compradores recebem a informação de que precisam
efetuar compras com urgência. Estas compras urgentes acontecem, principalmente, em vista da
54
falta de planejamento das áreas demandantes e as informações costumam partir dos gestores e
também dos usuários. Muitas vezes, os usuários desses pedidos urgentes começam a
“pressionar” os compradores antes mesmo de terem cumprido com todas as etapas que
englobam a efetivação de uma requisição de compra no sistema .
O alto volume de pedidos urgentes reflete num certo descontrole no fluxo normal de
compras, pois o comprador deixa de atender uma requisição mais antiga para atender uma mais
recente. Isto também acaba tornando difícil a decisão do comprador em definir o nível de
prioridade das urgências, pois não existem critérios para isto. Esta dificuldade aumenta ainda
mais por não haver uma forma de classificação dos itens devido ao seu grau de importância. Os
itens requisitados ficam igualmente registrados, não havendo uma forma de diferenciação para
o que é mais ou menos crítico ou urgente. Nestes casos, o que conta muito é o conhecimento, a
experiência e o feeling dos compradores.
As compras de serviços diferem das compras de produtos, embora envolvam
basicamente os mesmos processos. As contratações de serviços envolvem algumas etapas
distintas e específicas de cada tipo de serviços, por exemplo, serviços de manutenção,
consultorias e obras civis.
A contratação de serviços que possam gerar algum tipo de poluente no câmpus ou que,
de alguma forma, possam vir a causar algum impacto ambiental, também envolverá alguns
procedimentos específicos. Um dos procedimentos freqüentes é o preenchimento do formulário
chamado F19 - Avaliação Ambiental de Fornecedores (ANEXO A) e F16 - Declaração de
Metodologia Ambiental de trabalho (ANEXO B). Estas exigências são feitas em função de que
a Unisinos é certificada pela ISO14001, na qual atesta que a instituição cumpre todas as normas
para reduzir o impacto de suas atividades sobre o ambiente natural.
Normalmente as compras que são efetuadas com fornecedores habituais já cadastrados
passam por um processo que podemos denominar como “fluxo básico de compra”, que
assemelha-se à denominação dada por Viana (2000). Essas compras referem-se aos itens de
baixo a médio custo, que possuem grande disponibilidade no mercado e são ofertados por
muitos fornecedores. Geralmente, este processo consiste na realização de três ou mais cotações.
O fluxo a seguir demonstra as fases do processo de compra a partir da requisição
efetuada no sistema PeopleSoft, no qual os fornecedores já estão devidamente cadastrados.
Pode-se dizer que este processo é semelhante ao processo ou ciclo de compras citado por
Arnold (1999).
55
Fluxo de Compras
Não Sim
1
Despachar OC
ao fornecedor Não
1
Sim Sim
Impressão da OC para
Almoxarife recebe entrega e aceite do Entrega do produto Não Material
o produto requisitante ao requisitante OK? devolvido 2
Sim
Pagamento ao
fornecedor
Este fluxo considerado “básico” sofrerá muitas alterações dependo do tipo de item
solicitado e do quadrante em que ele se encontrará no posicionamento de compras exposto
anteriormente. Os processos diferenciados costumam ser referentes aos itens do quadrante
alavancagem (viagens e informática, por exemplo), críticos estratégicos e, praticamente, todos
os itens muito específicos, pois precisarão envolver os profissionais das áreas competentes.
Conforme demonstrado na figura, o processo segue a partir de uma requisição aprovada
e com disponibilidade orçamentária. No entanto, este e quaisquer outros processos de compra
somente poderão ser concluídos se o valor da compra não ultrapassar 10% do valor aprovado
na requisição. Caso contrário, o comprador retorna ao requisitante para que ele reveja a questão
orçamentária, corrigindo os valores.
56
4.4 FORNECEDORES
90
69 fornecedores (5,6%) =
80
80% das compras
70
8 fornecedores =
60
50% das compras
% Gastos
50
40
1 fornecedor =
30
18,7% das compras
20
10
0
1 37 73 109 145 181 217 253 289 325 361 397 433 469 505 541 577 613 649 685 721 757 793 829 865 901 937 973 1009
Nº Fornecedores
Para que os fornecedores possam efetuar negócios com a Universidade, eles precisam
estar de acordo com alguns requisitos essenciais:
• Fornecer todos os dados e documentos necessários para fins de cadastro;
• Constar como empresa ativa no Sistema Integrado de Informações sobre Operações
Interestaduais com Mercadorias e Serviços (SINTEGRA);
• Emitir nota fiscal em nome da Universidade;
• Ter, de preferência, o preço final com frete incluso e fazer a entrega dos produtos na
Universidade (Almoxarifado Central);
59
• Estar de acordo com pagamentos após a entrega dos produtos através de depósitos ou boletos
bancários (geralmente opta-se por fornecedores que não exijam pagamentos antecipados);
• Oferecer e honrar os prazos de garantia dos produtos vendidos;
• Atender os requisitos do Sistema de Gestão Ambiental da Universidade.
Além de os fornecedores estarem de acordo com os principais requisitos desejados pela
Universidade, existe ainda a preocupação quanto aos fatores tais como:
• Solidez;
fatores de análise mais criteriosos. A preocupação com o meio ambiente, por exemplo, passou a
ser um dos aspectos a serem analisados em muitos fornecedores. O aumento do nível de
qualidade ambiental desejado e o cumprimento desta exigência ajudaram para que a
Universidade obtivesse a certificação de qualidade ambiental ISO 14001.
A seleção de fornecedores é iniciada com a solicitação de uma apresentação da empresa,
que deve incluir a gama de produtos e marcas com as quais trabalha, alguns de seus principais
clientes e fornecedores e os dados cadastrais da empresa. Não há nenhuma restrição em
selecionar fornecedores de fora do estado do Rio Grande do Sul, porém os compradores dão
preferência aos fornecedores da região por facilidades logísticas e também por oportunizar o
desenvolvimento regional, constituindo-se um dos objetivos do plano estratégico da
Universidade.
Conforme apresentado por Baily et. a. (2000), o posicionamento de compras perante a
matriz estratégica demonstra que alguns fornecedores necessitam de um maior nível de atenção
que outros. Da mesma forma, acontece para os procedimentos que devem ser utilizados para a
homologação e seleção dos fornecedores.
Na Unisinos, quando as seleções referem-se aos fornecedores do quadrante itens de
rotina e alavancagem, as exigências ao fornecedor são menos complexas, exceto quando
envolve contratos de longo prazo. Nestes casos, são analisados os requisitos essenciais
desejáveis e são solicitados alguns documentos e dados, tais como:
• Cópia do Contrato Social;
• Cópia do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);
• Número da Inscrição Estadual e/ou Municipal;
• Endereço completo;
• Referências bancárias.
• Laudos técnicos;
• Certificações governamentais,
• Licenciamentos;
• Certificações de qualidade;
• Carta de revenda ou distribuidor autorizado;
• Balanço Social do último período;
• Balancete do último trimestre;
• Certidões Negativas de Débitos e Comprovantes da Previdência Social;
• Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS);
• Ficha do funcionário (no caso de prestação de serviços nas dependências do câmpus).
Suprimento de Suprimento de
ROTINA ALAVANCAGEM
Subp Classificação do
Item Fatores para avaliação Peso Pontuação do Fornecedor
eso Fornecedor
1 Capacidade Profissional 20 A B C D A B C D
A Gerenciamento do pessoal 4 1 2 4 4 0,80 1,60 3,20 3,20
B Qualificação técnica dos profissionais 6 1 2 4 4 1,20 2,40 4,80 4,80
C Número de funcionários 5 2 3 4 4 2,00 3,00 4,00 4,00
D Índices de solidez 5 2 4 4 4 2,00 4,00 4,00 4,00
Média Ponderada do Fator: 6,00 11,00 16,00 16,00
2 Localização e Estrutura 15
A Distância da nossa empresa 3 3 3 3 3 1,80 1,80 1,80 1,80
Instalações prediais e infra-estrutura dos
B 6 2 3 4 4 2,40 3,60 4,80 4,80
lab. manutenção
C Equipamentos e Ferramentais 6 2 4 4 4 2,40 4,80 4,80 4,80
Média Ponderada do Fator: 6,60 10,20 11,40 11,40
3 Estrutura de Preços 15
A Nível de preço praticado 5 3 3 3 4 3,00 3,00 3,00 4,00
Relação custo X qualidade do serviço
B 7 1 3 4 3 1,40 4,20 5,60 4,20
prestado
C Assessoria/Consultorias e Treinamentos 3 4 1 3 3 2,40 0,60 1,80 1,80
Média Ponderada do Fator: 6,80 7,80 10,40 10,00
4 Performance de Atendimento 20
A Agilidade no retorno dos orçamentos 7 2 1 3 4 2,80 0,40 4,20 5,60
Qualidade e agilidade na coleta e entrega
B 7 2 0 0 4 2,80 0,00 0,00 5,60
dos equipamentos
Atendimento as nossas especificações 6 2 2 3 3
C gerais 2,40 0,80 3,60 3,60
Média Ponderada do Fator: 8,00 1,20 7,80 14,80
5 Parcerias e Relacionamentos Comerciais 15
A Agilidade na reposição de peças 7 1 2 3 4 1,40 2,80 4,20 5,60
B Carteira de clientes pessoa jurídica 5 3 2 4 3 3,00 2,00 4,00 3,00
C Revenda de peças e equipamentos 3 1 1 1 2 0,60 0,60 0,60 1,20
Média Ponderada do Fator: 5,00 5,40 8,80 9,80
6 Gestão da Qualidade 15
A Controle interno do processo e follow-up 7 2 1 4 4 2,80 1,40 5,60 5,60
Comprometimento com a qualidade nos
B 5 2 2 4 3 2,00 2,00 4,00 3,00
serviços prestados
Certificações de capacidade técnica e
C 3 2 4 5 4 1,20 2,40 3,00 2,40
qualidade
Média Ponderada do Fator: 6,00 5,80 12,60 11,00
OBS: A média final dos fornecedores deverá ser igual ou superior a 60 pontos
Figura 12: Planilha de Avaliação de Fornecedores
Fonte: Unisinos
64
Para este modelo de avaliação, são atribuídos pesos para cada categoria de critérios
conforme seu grau de importância. Cada um dos critérios analisados recebe um valor
denominado subpeso, cujo somatório resultará no valor do peso da categoria. Após a visita,
estes critérios observados são avaliados e pontuados através de notas entre 0 e 5, decididas em
conjunto pela equipe avalista. A partir destas notas, é feito um cálculo que resultará uma
pontuação final do fornecedor. Para que o fornecedor seja considerado apto a fornecer para a
Unisinos, foi definido que a nota de avaliação deve ser igual ou maior que 60.
Como pode ser visto, quando ocorrem as avaliações in-loco, elas acontecem na etapa de
seleção ou homologação do fornecedor. A seguir, apresenta-se o fluxo contendo as fases deste
processo:
Fluxograma da Seleção e Homologação de Fornecedores
Documentação Não
ok?
Sim
Elaboração da planilha de
Realização Definição da equipe Sim Necessidade de
avaliação e critérios de
da(s) visita(s) de avaliação avaliação in-loco?
análise
Não
Não
• Fornecimento de medicamentos;
• Agências de viagens;
Embora existam alguns fatores e requisitos que devem ser considerados essenciais para
as seleções dos fornecedores na Unisinos, pôde-se perceber que o processo não se apresenta
formalmente estruturado.
Atualmente, o Setor de Suprimentos não possui métodos claros e padronizados para a
realização de suas atividades. Por isso, seria importante que a área de compras desenvolvesse
um manual de procedimentos padrões, que venham servir como suporte aos compradores.
Pôde-se perceber que a documentação que é solicitada aos fornecedores é basicamente o
procedimento que norteia a homologação, porém o Setor de Suprimentos não possui claramente
um processo de arquivamento ou registro dessa documentação. Durante a observação verificou-
se que, ora a documentação do fornecedor fica anexada ao processo de compra, ora fica
arquivada com demais documentações. Somente a documentação dos fornecedores prestadores
de serviços mais freqüentes é que ficam arquivadas de uma única maneira, embora também
existam lacunas evidentes neste processo. Estes documentos não possuem uma ordem única,
dificultando o acesso às consultas e também não existe controle do que necessita atualização e
do que poderia ser descartado. Para isto, é necessário que exista uma padronização dos
procedimentos relacionados a esta documentação.
Para o cadastro de fornecedores, sugere-se que a Unisinos possua um formulário de pré-
cadastro, semelhante ao proposto por Dias e Costa (2003). Assim, os fornecedores poderiam
colocar as informações essenciais que a Universidade julga importante saber num primeiro
momento. Os dados solicitados neste formulário poderiam ser:
• Segmento ou ramo da empresa;
• Dados de identificação (CNPJ, endereço, razão social, IE, telefone, nome da pessoa
para contato);
• Principais produtos/serviços comercializados;
• Principais referências comerciais (clientes e fornecedores);
• Referências bancárias.
O mesmo formulário poderia ser utilizado para atualização do cadastro das empresas
já fornecedoras e esta finalidade poderia ser uma opção a ser especificada no formulário. Este
69
cadastro prévio poderia ser disponibilizado no site da Universidade, no qual deveriam conter as
instruções para preenchimento, envio, tratamento e as formas de contato com a área
de compras. Para tanto, precisaria ser criado um procedimento específico para tratar a
administração destes dados de pré-cadastro, já que somente a partir da homologação da
primeira compra é que os fornecedores são registrados no sistema PeopleSoft.
Este formulário facilitaria tanto para os fornecedores, quanto para os funcionários do
Setor de Suprimentos. Atualmente, seja por telefone ou em visitas, os funcionários
consomem muito tempo explicando quais os procedimentos necessários para que as empresas
possam se tornar fornecedores da Unisinos. Com o pré-cadastro poderia ser feita uma triagem
daqueles que podem ter melhores condições de atender a Universidade.
De forma semelhante à codificação de fornecedores sugerida por Dias e Costa (2003),
ao ser efetuado o cadastro dos fornecedores no sistema PeopleSoft, o fornecedor poderia
receber uma codificação correspondente à matriz estratégica de compras. Através desta
codificação, seria facilmente identificado a qual quadrante da matriz o fornecedor pertence. Isto
pode facilitar para que os compradores dêem o tratamento adequado aos diferentes
fornecedores. Com tal codificação, os compradores poderão ficar mais atentos aos fornecedores
que precisam ser melhor monitorados, bem como evitar o desperdício de tempo com aqueles
que não requerem muito controle. Como forma de exemplificar a sugestão, segue uma proposta
de codificação dos fornecedores cadastrados:
C - Fornecedor de itens Críticos e Estratégicos
A - Fornecedor de itens de Alavancagem
R - Fornecedor de itens de Rotina
G - Fornecedor de itens de Gargalo
com o grau de importância na matriz estratégica. Itens de gargalo, por exemplo, devem ter
prioridade em relação aos itens de rotina.
Além da padronização dos procedimentos na área de compras, seria importante também
padronizar os procedimentos a serem utilizados por toda a organização, ou seja, qualquer
aquisição deveria ter o envolvimento da área de compras desde o início do processo. Muitos
dos prestadores de serviços e pessoas físicas não são escolhidos e definidos pela área de
Suprimentos em função das suas especificidades. Na verdade, muitas áreas previamente
“selecionam” seus fornecedores e efetuam compras diretamente. Desta forma, são efetuadas
compras com fornecedores que não passaram pelas etapas de seleção e homologação
necessárias para a habilitação do fornecedor. Além deste problema, as compras efetuadas
diretamente podem, ainda, acarretar em demais problemas tais como:
• A falta de orientações aos fornecedores pode resultar na emissão de notas fiscais incorretas
e/ou incompletas;
• Deficiência nas negociações com os fornecedores (preço, prazos e formas de pagamentos e
Embora esse tipo de aquisição aconteça há muito tempo e seja visto como um
procedimento correto, a Universidade deveria agir no sentido de minimizar ao máximo as
compras realizadas diretamente. Mesmo que o Setor de Suprimentos venha tentando
conscientizar as áreas quanto aos processos de compras, os resultados não são ainda
satisfatórios. É preciso que haja um maior comprometimento da alta administração no sentido
de ressaltar a importância estratégica da área de compras e extinguir esses procedimentos
incorretos. Os profissionais que lidam com as atividades de compras no dia-a-dia são os que
possuem o know-how necessário para garantir negociações efetivas.
Os benefícios que podem ser gerados com uma avaliação do desempenho dos
fornecedores e com o controle das não conformidades são de diversas formas apresentados
pelos autores no referencial teórico. Entretanto, nem todas as organizações possuem um método
de controle e avaliação de desempenho específico.
71
No presente estudo, constatou-se que não são feitas avaliações pós-compras, não
havendo um acompanhamento do desempenho dos fornecedores. Evidenciaram-se, também,
algumas lacunas no processo de inspeção dos produtos que são recebidos no Almoxarifado,
pois estes não passam por uma análise muito criteriosa. A Unisinos não possui um
procedimento específico para tratar os problemas das não-conformidades detectadas no ato do
recebimento dos produtos. Além disso, essas não-conformidades não são registradas.
Segundo um dos entrevistados, quando há problema na entrega dos produtos no
almoxarifado o comprador é contatado para tentar resolver o problema, caso não seja possível,
o material é devolvido com uma observação atrás da nota fiscal. Contudo, não há um controle e
registro destas ocorrências. Na verdade, em função do alto volume de pedidos urgentes, mesmo
que o Almoxarife tenha alguns procedimentos informais para a resolução de problemas, ele
sempre precisa fazer contato com o comprador. O não recebimento dos produtos pode gerar um
impacto muito maior do que resolver posteriormente a não-conformidade constatada.
Dias e Costa (2003), Baily et. al. (2000) e IMAN (2000) concordam em dizer que o
cumprimento dos prazos de entrega é um fator importante que deve ser observado e avaliado
com cuidado. Na Unisinos, as entregas dos produtos são controladas pelo comprador de forma
manual. Desta forma, o comprador corre alto risco de não perceber que um determinado
material não chegou no tempo de entrega previsto. Para isto, sugere-se que no sistema seja
criado um campo para preenchimento de informações de prazo de entrega da mercadoria. Caso
o tempo previsto se esgote sem que o produto tenha sido entregue, o sistema enviaria uma
informação de “alerta" ao comprador para que ele resolva o problema em tempo hábil.
A inexistência dos registros das não-conformidades, tanto do almoxarife, quanto do
usuário final, tornam ineficientes as ações corretivas que devem ser tomadas com os
fornecedores. A informalidade deste processo dificulta a visualização de que há a necessidade
de algumas providências para a solução de problemas. A qualidade dos produtos só é
questionada se começam a aparecer muitas reclamações dos usuários, porém estas reclamações
não são efetuadas por um único canal de comunicação claro e transparente. As reclamações são
feitas via e-mails ou ofícios que podem acabar sendo descartados pela falta de um
procedimento padrão que trate destas questões. Devido a estes problemas, faz-se necessária a
definição de um controle e uma análise cuidadosa do que compreende o recebimento dos
produtos no Almoxarifado.
Para IMAN (2000), os fornecedores precisam ser avaliados após a entrega dos produtos
ou execução dos serviços para que se possa ter a confirmação de que ele atende e satisfaz às
72
exigências da empresa. Se isto não estiver ocorrendo, as causas precisam ser investigadas para
que ações corretivas sejam providenciadas.
As empresas precisam ter um procedimento para identificar, documentar e dispor de
maneira apropriada os produtos não-conformes. Estes registros devem ser feitos no momento
da inspeção de recebimento (ARNOLD, 1994).
Nas entrevistas com o gestor, compradores e almoxarife, foram unânimes as respostas
quanto à importância que uma aplicação de avaliação do desempenho traria para a
Universidade. Foi destacado entre os entrevistados que a avaliação de desempenho pós-
compras poderia trazer muitos benefícios para a Universidade e também para as empresas
fornecedoras. Conforme menciona um dos compradores entrevistados: “Se hoje ocorre um
problema com um fornecedor e o comprador não compartilhar a informação, as outras pessoas,
que desconhecerão o problema, poderão até efetuar novas compras com este fornecedor”.
Dias e Costa (2003) e Baily et. al. (2000) concordam em dizer que ao ter os registros
históricos dos fornecedores disponíveis para todos os envolvidos pode-se, sempre que
necessário, ter em mãos a informação quanto à performance do fornecedor e verificar se eles
estão ou não atendendo a empresa a contento.
Diante disto, sugere-se que a Unisinos crie um procedimento estruturado e sistemático
de avaliação dos fornecedores. Deveria haver uma forma de analisá-los durante todo o processo
de compra incluindo, principalmente, a inserção de dados específicos decorrentes das análises
do recebimento dos produtos. Com o registro das irregularidades e uma avaliação de
desempenho dos fornecedores, a área de compras teria subsídios para promover ações no
sentido de minimizar problemas e para a tomada de decisões futuras.
O desenvolvimento de um método de avaliação precisaria envolver uma análise
detalhada dos processos e suas etapas, podendo ser realizado em conjunto pela equipe de
compras. Entretanto, antes mesmo de se pensar na utilização de um sistema de avaliação de
desempenho dos fornecedores na Unisinos, talvez fosse necessário determinar quais os
fornecedores precisariam ser realmente avaliados. Esta verificação é importante, pois a
utilização de um método de avaliação pode gerar benefícios para a empresa, porém deve-se
também levar em conta o tempo dispensado e os custos envolvidos no processo. Desta forma,
primeiramente precisar-se-ia obter resposta para as seguintes perguntas:
1. Deveriam ser avaliados todos os fornecedores de produtos e serviços da Universidade?
2. Deveriam se avaliados somente os fornecedores de itens críticos e estratégicos que possam
causar maiores impactos na atividade fim da instituição?
73
3. Deveriam ser avaliados somente os fornecedores com os quais se realizam maior parte das
compras?
Ao obterem-se as respostas a estas questões, deve-se partir para a identificação dos
critérios a serem analisados. Harrington (1997) afirma que as avaliações dos fornecedores
devem ser adaptadas conforme seu grau de importância no resultado da empresa.
Diante disto e em função de todos os fatores estudados e considerados importantes no
processo que envolve fornecedores, julga-se necessário que a Unisinos estudasse uma forma de
analisar e avaliar os seguintes critérios:
• Tempo de retorno das cotações solicitadas;
• Preços e reajustes;
• Condições de pagamento;
• Ética comercial;
• Atendimento às normas para a entrega dos produtos (local correto e respeito aos horários
estipulados);
• Qualidade das embalagens dos produtos recebidos;
• Nota fiscal contendo as informações corretas (dados para faturamento, impostos, prazos de
acompanhar o produto;
• Qualidade dos produtos;
classificação de fornecedores definida por Arnold (1999, p.21). Sendo assim, esta mensuração
também seria feita através de pontuações ou atribuição de pesos definidas para cada critério
avaliado e que, ao final, houvesse uma forma de calcular estes valores para se chegar a uma
nota de desempenho do fornecedor.
Esta forma de avaliação revela-se uma alternativa para que a Universidade possa
identificar o desempenho dos seus fornecedores e manter disponíveis os registros de critérios
considerados importantes no processo.
Arnold (1999) afirma que o método de ponderação sugerido é uma tentativa que serve
para quantificar coisas que não podem ser quantificadas naturalmente, na qual procura aplicar
valores com base no julgamento subjetivo. Não se trata de um método perfeito, mas leva a
empresa compradora a considerar a importância relativa de vários fatores.
Baily et. al. (2000) consideram que a avaliação possibilita a organização e a
apresentação dos registros históricos dos fornecedores. Os registros quanto ao desempenho dos
fornecedores são aconselháveis e pode proporcionar mais negócios aos melhores fornecedores,
identificar os inadequados e incentivar a melhoria contínua.
Neste sentido, os registros das avaliações podem ser úteis para a Universidade em uma
tomada de decisão onde algum quesito essencial necessário para uma determinada compra pode
estar sendo falho por parte de um ou outro fornecedor. Pode servir como base para ajudar a
decidir entre dois ou mais fornecedores que disputam acirradamente uma venda, onde, por
exemplo, o fator mais importante no momento seja a pontualidade na entrega. Assim, o
desempenho do melhor fornecedor neste quesito poderia determinar a escolha.
Tendo em vista que os compradores efetuam aquisições com diferentes e muitos
fornecedores, os registros com informações podem, ainda, servir para facilitar o entendimento
do comprador que não conhece ou pouco se relaciona com determinados fornecedores,
conforme cita Dias (1993).
Neste mesmo sentido, Dias e Costa (2003, p. 98) afirmam que se deve “aparelhar o seu
cadastro com toda e qualquer informação relativa aos fornecedores, a fim de tê-las em mãos
sempre que preciso”.
Caso fosse aplicado um método de avaliação de desempenho dos principais
fornecedores e, através disto, fiquem comprovados os benefícios que esta prática pode gerar
para a Universidade, é possível que, posteriormente, a empresa passe a fazer avaliações com os
demais fornecedores. Quanto maior o número de fornecedores com o nível de desempenho
desejado, maior a garantia de que a Universidade está atingindo o seu objetivo quanto à seleção
adequada de suas fontes de fornecimento. Entretanto, conforme cita Harrington (1997) é
75
importante definir qual o nível de garantia que a organização deseja, pois quanto maior este
nível, maiores devem ser os esforços.
Contudo, qualquer sistemática de avaliação que vier a ser adotada pela instituição para
avaliar o desempenho dos fornecedores, deve ser informatizada, podendo ser inserida ao
módulo de compras do sistema PeopleSoft. Portanto, para definir um método específico, seriam
necessárias muitas etapas de desenvolvimento e estudo das reais necessidades da instituição,
viabilidades, formas de aplicação e análise.
não são conhecidos quais os critérios que provêem esta relação de parceria. Muitas vezes, as
compras com os mesmos fornecedores podem estar ocorrendo por questões de comodidade ou
pela necessidade de atender com agilidade aos pedidos urgentes. No entanto, em função da
confiança já estabelecida e a falta de avaliação, não se tem um acompanhamento que comprove
que estes fornecedores estão realmente atendendo às expectativas desejadas e se podem ser
considerados reais parceiros. Afinal, também não se sabe como é que estes fornecedores foram
selecionados, quais foram os critérios utilizados para seleção.
Quanto à questão que trata o relacionamento com os fornecedores, a Universidade
poderia promover ações tais como:
• Redefinir as relações com os fornecedores em função da matriz estratégica;
Em resumo, a etapa do benchmark foi de grande valia, pois pôde-se verificar quão
semelhantes são os procedimentos e processos utilizados na área de compras destas duas
universidades. Embora a Unisinos utilize um sistema ERP e a UCS não, os processos voltados
para seleção e avaliação de fornecedores não possuem diferenças significativas.
Talvez, em função do pouco tempo de uso deste sistema na Unisinos, ainda não tenha
sido possível conhecer e usufruir todas as ferramentas que o sistema contempla. Uma delas é a
inserção das informações relativas aos documentos de compras que poderiam estar
disponibilizados para consultas no próprio sistema (cotações, por exemplo). Embora seja de
forma muito operacional, a UCS possui esses documentos no sistema, porém a consulta está
mais voltada para o uso da área de compras. Na Unisinos, poderia estar disponível para todos
os envolvidos, inclusive para os usuários, já que possui um sistema integrado.
Através das etapas de coleta e análise dos dados, foi possível identificar os pontos
negativos e falhas nos processos executados na área de compras da Unisinos. A última questão
do roteiro de entrevistas tratava buscava saber qual nota os entrevistados dariam para os
processos que envolvem os fornecedores. Em uma escala de 0 a 10, a nota dada, em média, foi
6, o que demonstra que as pessoas estão cientes de quanto os processos precisam ser
melhorados.
Um dos pontos críticos do processo de compras está relacionado ao elevado índice de
pedidos urgentes, pois isto resulta em uma série de outros problemas. Os pedidos não recebem
o nível de atenção necessária, às vezes deixam de passar por etapas importantes e ainda reflete
no desempenho dos compradores, que não conseguem dedicar tempo e esforços necessários
para elevar a qualidade dos processos de seleção e avaliação dos fornecedores.
Para os pontos negativos identificados, foram desenvolvidas propostas de melhorias,
conforme demonstrado no quadro a seguir. Estas oportunidades de melhoria surgiram das
análises detalhadas e do entendimento das operações dos processos.
As melhorias sugeridas podem ser efetuadas, em grande parte, pelos próprios
funcionários que executam os processos no dia-a-dia, porém é necessário que primeiramente
sejam elaborados os planos de ação.
80
Entendimento sobre avaliação de Mudar a visão do que significa avaliação, Incentivar a importância e execução das atividades de
fornecedores delimitar regras, saber quem, como e por que avaliações de desempenhos dos fornecedores
avaliar. Avaliar o desempenho desde antes da
Inexistência de avaliações de Utilizar um método de avaliação de "Mensurar" a qualidade dos fornecedores e parceiros
desempenho dos fornecedores desempenho escolhidos (preços, prazos, atendimento, etc.) e atuar
sobre os resultados
Falta de acompanhamento do Inserir no sistema campo que determina o Maior controle para minimizar o risco da falta de
recebimento das compras efetuadas lead-time de entrega dos produtos entregas
Falta de registro das não-conformidades Manter os registros das não-conformidades Possibilitar que ações corretivas sejam tomadas e
auxiliar em decisões de compras futuras
Falta de capacitações e treinamentos Ofertar treinamentos e capacitações regulares Aumentar o nível de desempenho e motivação dos
dos profissionais de compras (in-company ) profissionais
de terceirização);
• Estudar formas de adequar os principais processos de compras às regulamentações da
ISO 9000;
• Avaliação dos processos pós-implementação do sistema ERP (analisar se houve aumento da
burocratização);
• Definir indicadores de desempenho para a área de compras;
REFERÊNCIAS
BAILY, et al. Compras: princípios e administração. 8.ed. São Paulo: Atlas, 2000.
BALM, Gerald J. Benchmarking: oum guia para o profissional tornar-se – e continuar sendo-
o melhor dos melhores. 2.ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1995.
CHING, Hong Yuh. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada: supply chain. São
Paulo: Atlas, 1999.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 4.ed. São
Paulo: Atlas, 1993.
LEIBFRIED, Kathleen H.J. Benchmarking: uma ferramenta para a melhoria contínua. Rio
de Janeiro: Campus, 1994.
84
VERÇOSA, Marta. A valorização da área de compras. Jornal Gazeta Mercantil, São Paulo,
29 dez. 2003. Opinião. Disponível em:<http://www.cbec.org.br/noticias/noticias3.html>.
Acesso em: 20 out. 2005.
VIANA, João José. Administração de Materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas.
2000.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookmam. 2001.
Objetivo:
Esta entrevista possui o objetivo de coletar dados e informações ao estudo dos processos de
seleção e avaliação de fornecedores na Unisinos.
Observações:
1. As entrevistas realizadas não serão expostas a outras pessoas, somente serão para uso do
entrevistador.
2. Os dados coletados não serão transcritos e apresentados na íntegra, mas serão utilizados para
descrever e embasar sugestões de melhorias aos processos utilizados na Unisinos.
3. O entrevistador se responsabiliza por não expor informações que não lhe sejam autorizadas.
4. O entrevistador compreenderá caso o entrevistado não se sinta à vontade ou não possa
responder qualquer questão do roteiro de entrevista.
5. Depois de concluído este trabalho, os resultados poderão ser disponibilizados aos
interessados que colaboraram para a sua realização.
87
1 Seleção de Fornecedores
1) Qual a missão, premissas ou políticas da área de compras da Universidade?
2) Que requisitos são considerados essenciais para que um novo fornecedor possa fornecer
para a Universidade e como estes costumam ser analisados?
3) Existe algum tipo de roteiro formal que os compradores devem seguir para selecionar
fornecedores?
4) Há situações em que a tomada de decisão quanto à escolha do fornecedor é feita pela alta
gerência? Se sim, em quais situações isto acontece?
5) Qual o procedimento utilizado para decidir qual o melhor fornecedor em uma seleção?
6) São feitas avaliações “in-loco” nos fornecedores? Se sim, qual (is)?
7) Geralmente, quais pessoas são envolvidas nas avaliações para a seleção de um novo
fornecedor?
8) O processo de seleção de fornecedores prestadores de serviços difere do processo de seleção
de fornecedores de produtos? Se sim, o que difere?
9) Existem situações em que o fornecedor não passa por nenhum tipo de avaliação? Se sim,
qual (is)?
10) Existe alguma restrição em selecionar fornecedores de fora do Estado? Estes competem da
mesma forma que os fornecedores locais?Justifique sua resposta.
11) Os fornecedores que não constituem o perfil desejado ou que, por algum motivo, não
estejam aptos a fornecer para Universidade, recebem algum feedback das razões que
propiciaram esta decisão? Como isto ocorre?
3 Informações Gerais
1) Como são compartilhadas as informações relativas à seleção, avaliação e desempenho dos
fornecedores entre os funcionários da área de compras?
2) Os demais funcionários de outros setores da Universidade possuem o conhecimento das
disposições gerais para a seleção dos fornecedores?
3) Existe algum plano de melhoria ou aprimoramento nos processos de seleção, avaliação e
desempenho de fornecedores? Quais suas sugestões de melhorias para curto e longo prazo?
4) A gerência e/ou a diretoria da instituição já utilizou o “benchmark” para o aprimoramento
ou melhoria de algum processo que envolve a área de compras? Se sim, qual? Se não, por que
nunca utilizou? Se fosse utilizar teria alguma sugestão de organização que poderia ser
referência para a Universidade?
5) Os funcionários que trabalham direta ou indiretamente com os fornecedores são treinados e
capacitados nos compromissos e nas informações que eles podem oferecer e também absorver
dos fornecedores? Se sim, qual a freqüência dos treinamentos? Se não, por que os mesmo não
acontecem?
6) Levando-se em consideração os processos atuais que envolvem fornecedores (e não as
possíveis melhorias a serem feitas), se tivesse que dar uma nota de 0 a 10, que nota você daria?
89
1 Seleção de Fornecedores
1) Fornecedores em potencial preenchem algum formulário ou questionário que contenham as
questões essenciais que a Universidade julga necessário saber num primeiro contato?
2) Que requisitos são considerados essenciais para que um novo fornecedor possa fornecer
para a Universidade e como estes costumam ser analisados?
3) Existe algum tipo de roteiro formal a ser seguido em um processo de seleção?
4) Você costuma solicitar que o fornecedor em potencial mencione seus principais clientes e
fornecedores que ele possui relacionamentos?
5) Estas referências são consultadas para verificar a veracidade da informação? Se sim, procura
obter algum tipo de informação adicional? Qual (is)?
6) São feitas avaliações “in-loco” em algum tipo de fornecedor? Se sim, qual (is)?
7) Geralmente, quais pessoas são envolvidas para avaliar e selecionar um novo fornecedor?
8) Qual o procedimento utilizado para decidir qual o melhor fornecedor em uma seleção?
9) O processo de seleção de fornecedores prestadores de serviços difere do processo de seleção
de fornecedores de produtos? Se sim, o que difere?
10) Não considerando os requisitos essenciais desejados num fornecedor, há algum fator
determinante para a escolha de um fornecedor de itens de rotina? E para prestadores de
serviços?
11) Existe alguma restrição em selecionar fornecedores de fora do Estado? Estes competem da
mesma forma que os fornecedores locais? Justifique sua resposta.
12) O que você considera como pontos positivos e pontos negativos do atual processo utilizado
para a seleção dos fornecedores?
13) Os fornecedores que não constituem o perfil desejado ou que, por algum motivo, não
estejam aptos a fornecer para Universidade, recebem algum feedback das razões que
propiciaram esta decisão? Como isto ocorre?
90
3 Informações Gerais
1) Como são compartilhadas as informações que envolvem os fornecedores entre os demais
compradores e colegas?
2) Há o conhecimento dos demais compradores sobre os fornecedores não aptos a fornecer
para a Universidade, bem como suas razões?
3) Como são mantidos e armazenados os registros e documentações dos fornecedores?
4) Há treinamento e capacitação regular para os funcionários que se envolvem nos processos
com fornecedores?
5) Você acha que a instituição proporciona todos os recursos necessários para o desempenho
das atividades que envolvem fornecedores? Justifique sua resposta.
6) Você tem conhecimento de algum plano para melhoria ou aprimoramento nos processos de
seleção, avaliação e desempenho de fornecedores? Quais suas sugestões de melhorias para
curto e longo prazo?
7) Levando em consideração os processos atuais que envolvem os fornecedores (e não as
possíveis melhorias a serem feitas), se tivesse que dar uma nota de 0 a 10, que nota você
daria?
APÊNDICE E - Roteiro de Entrevista – Funcionários do Almoxarifado - Unisinos
As questões que serão realizadas nesta entrevista referem-se aos procedimentos de recebimento
dos produtos no Almoxarifado da Unisinos, bem como demais informações relevantes ao
assunto.
Declaração de Metodologia Ambiental de Trabalho para serviços e atividades executadas por Empresas
Contratadas dentro do Câmpus da Unisinos
7.1 - Qual(is)?
( ) Elétrica ( ) Ar comprimido ( ) GLP ( ) Gás Natural ( ) Diesel ( ) Gasolina ( ) Outros
Especificar:
____________________________________________________________________________________________
7.2 - Descrever os pontos de utilização de fontes energéticas e utilidades em geral.
____________________________________________________________________________________________
7.3 - Listar as medidas de minimização do consumo de energia:
____________________________________________________________________________________________
8. As atividades a serem executadas utilizarão água? ( ) Sim ( ) Não
ATENÇÃO: USO DE SANITÁRIOS, USO DE BEBEDOUROS, USO DE RESTAURANTES E LANCHERIAS
CORRESPONDEM A CONSUMO DE ÁGUA.
8.1 - Qual (is) será (ão) a(s) fonte (s) utilizada ( s)?
____________________________________________________________________________________________
8.2 - Para que fim (ns)?
____________________________________________________________________________________________
8.3 - Volume diário/mensal?
____________________________________________________________________________________________
8.4 - Listar as medidas de controle e/ou minimização:
____________________________________________________________________________________________
9. As atividades a serem executadas afetarão áreas verdes, (flora ou fauna) (tombamento/poda de árvores, etc.)?
( ) Sim ( ) Não
Especificar:
___________________________________________________________________________________________
9.1 - Listar as medidas de controle e/ou otimização.
____________________________________________________________________________________________
93
10. Envolve a utilização de produtos químicos (inclusive de limpeza), óleos e/ou gases? ( ) Sim ( ) Não
10.1 - Em caso positivo, anexar relação de produtos com nome, fabricante, quantidade/volume mensal de uso,
forma de aplicação de cada material e suas respectivas Fichas de Informação de Segurança de Produto Químico
(FISPQs)
10.2 – Algum destes produtos faz parte da relação de produtos/substâncias contida no na Portaria 1274 (Produtos
Controlados Pela Polícia Federal)? ( ) Sim ( ) Não
Especificar:
____________________________________________________________________________________________
10.3 – A empresa possui procedimento(s) documentado(s) específico(s) para descarregamento, armazenagem,
manuseio, e transporte interno de produtos químicos? Em caso de positivo, anexe-os à esta declaração.
( ) Sim ( ) Não
10.4 – Listar e anexar medidas preventivas (transporte, manuseio e armazenagem) e de emergência (contato,
telefones de emergência, materiais absorventes ou kits de emergência utilizados), especificando quantidade e local
de armazenagem), brigada de emergência, extintores, alarmes, etc.) praticados pela empresa.
( ) Sim ( ) Não
__________________________________________________________________________________________
11.2 – A empresa possui procedimento(s) documentados específico(s) para a armazenagem temporária, manuseio
e transporte interno de resíduos? ( ) Sim ( ) Não Anexe-os a esta declaração.
11.6 – O custo desta destinação e o controle estão previstos no contrato com a Unisinos? ( ) Sim ( ) Não
11.7- Os resíduos perigosos a serem descartados possuem autorização de transporte para resíduos perigosos?
( ) Sim ( ) Não
15. Existem outras formas através das quais às atividades da empresa contratada/sub-contratada afetará o meio
ambiente ou a segurança ocupacional dos funcionários, professores e alunos da UNISINOS?
( ) Sim ( ) Não
__________________________________________________________________________________
16. Descreva quaisquer práticas ou metodologia de monitoramento ambiental a serem realizadas:
__________________________________________________________________________________
17. Identifique os requisitos ambientais legais aplicáveis às atividades da empresa contratada/sub-contratada:
____________________________________________________________________________________________
OBS:
a) Caso seja necessário, poderão ser anexados documentos para complementar os métodos de trabalho relativos
aos aspectos ambientais.
b) Considera-se substâncias perigosa todo material que seja, isoladamente ou não, corrosivo, tóxico, radioativo,
oxidante, e que durante o seu manuseio, armazenamento, processamento, embalagem, ou tranporte, possa
ocasionar impactos adversos aos funcionários, professores e alunos, equipamentos ou meio ambiente (Portaria Nº
3.214 de 08 de Junho de 1978 – NR-26.4)
Declaramos que estamos conscientes da importância do cumprimento para com a legislação ambiental e de saúde e
segurança ocupacional, com a Política Ambiental da UNISINOS, com procedimentos, instruções operacionais e
demais requisitos de seu Sistema de Gestão Ambiental, bem como das consequências do não cumprimento dos
mesmos. Esta decisão tem a finalidade de assegurar à UNISINOS que todos os aspectos ambientais de nossas
atividades, produtos e serviços referentes aos itens 3 ao 18 foram identificados e contemplados para a análise
ambiental, e que todas as ações para o gerenciamento do uso de produtos químicos, de resíduos gerados e demais
aspectos ambientais durante a execução das nossas atividades estão contempladas nesta declaração. Declarações
complementares nos casos em que quaisquer atividades, produtos químicos, resíduos ou outros aspectos
ambientais adicionais forem identificados no decorrer do serviço/atividade ou alterações do escopo dos mesmos,
antes de iniciarem-se serão comunicados ao SUPR. Comprometemo-nos a informar à UNISINOS sobre todos os
produtos químicos a serem utilizados dentro do câmpus, cientes de que existem substâncias controladas pela
Polícia Federal, as quais merecem tratativa especial. Comprometemo-nos a manter nossos empregados e nossos
sub-contratados permanentemente treinados e informados sobre os requisitos do Sistema de Gestão Ambiental da
UNISINOS, incluindo a sua Política Ambiental, procedimentos e instruções operacionais e demais requisitos
aplicáveis às atividades da empresa dentro do Câmpus da Unisinos.
1 - DADOS DA EMPRESA:
1.1 - Razão Social: ____________________________________________________________
1.2 - Nome Fantasia:___________________________________________________________
1.3 - Nome do Responsável: ____________________________________________________
1.4 - Endereço: _______________________________________________________________
1.5 - Telefone:____________________________ Fax: _____________________________
1.6 - E-mail:__________________________________________________________________
1.7 - Cidade:________________________________________ Estado:__________________
1.8 - Ano de início de Operação:_________________ 1.9 - Área total construída: _________
1.10 - Localização da Empresa: (Área urbana/industrial/rural): __________________________
2 - ESTRUTURA
2.1 - Nº de empregados diretos: __________________
2.2 - Nº de empregados indiretos: ________________
2.3 – Enumere os tipos de serviços executados por sua empresa:
____________________________________________________________________________________________
2.4 - Existe uma área específica responsável pelos assuntos associados ao Meio Ambiente?
( ) Sim ( ) Não
2.6 - Quais funções ambientais são desempenhadas em sua empresa e quais profissionais desempenham tais
funções? (Cargo/formação):
____________________________________________________________________________________________
3 - REQUISITOS LEGAIS
3.1 - Sua empresa possui Licença Ambiental (Prévia/Instalação/Operação)? ( ) Sim ( ) Não
a) Se afirmativo , favor enviar-nos uma cópia.
b) Processo em andamento? ( ) Sim ( ) Não
3.4 - Sua empresa tem conhecimento sobre a Legislação Ambiental específica aplicável à(s) sua(s) atividade(s)?
( ) Sim ( ) Não. Quais as fontes utilizadas?_______________________
4- GERENCIAMENTO AMBIENTAL
4.1 - A Empresa possui Sistema de Gestão Ambiental (SGA) implantado:
( ) Sim ( ) Não
Em caso negativo, quando pretende implantar?
__________________________________________________________________________________________
4.2 - O Sistema de Gestão Ambiental é Certificado? ( ) Sim ( ) Não
a) Se afirmativo , favor enviar-nos uma cópia e passar para o item 5.
4.6 - A Empresa registra e responde às reclamações de terceiros com relação aos assuntos ambientais?
( ) Sim ( ) Não
4.7 - A Empresa registra e adota ações corretivas para as Ocorrências Ambientais?
( ) Sim ( ) Não
4.8 - Existe Objetivos e Metas Ambientais formalizados? ( ) Sim ( ) Não
Como são acompanhados?
____________________________________________________________________________________________
4.9 - Existe uma Política Ambiental descrita pela Alta Administração da Empresa?
( ) Sim ( ) Não
a) Se afirmativo, favor enviar-nos uma cópia.
5 – INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
a) 5.1 A empresa possui certificação OHSAS 18001? ( ) Sim ( ) Não
b) a) Se afirmativo, favor enviar-nos uma cópia do certificado.
c) 5.2 A empresa possui certificação ISO 9000? ( ) Sim ( ) Não
d) Se afirmativo, favor enviar-nos uma cópia do certificado.
5.3 Nome do Responsável pelo Preenchimento:_____________________________________
5.4 Assinatura: __________________________________________ 5.5 Data: ___/_____/____