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UNISAL – Centro Universitário Salesiano de São Paulo, Unidade São Paulo, Campus Pio XI

Curso de Pós-graduação lato sensu em Espaço Litúrgico: Arquitetura e Arte Sacra


Prof.ª: Gabriel Frade Disciplina: Arte Sacra nos Documentos I Módulo
Alunos: GRUPO 02 Data: 05/07/2019
Almir José Neto
Ana Paula Zavariz
Dalton Rodrigues Machado
Francisco Alexandre
Idenilson Lemes da Conceição
Johniery Almeida Silva
Romolo Picoli Ronchetti
Silvana Velludo P. da Silva
Tadeu Filemon de M. de Lima

INSTRUÇÃO GERAL SOBRE O MISSAL E ESTUDO 106 DA CNBB:


apontamentos para a constituição do espaço celebrativo cristão

O espaço litúrgico cristão, como nós o conhecemos hoje, sofreu uma grande evolução
ao longo da História, e em cada período foi expressão da própria compreensão do Ser Igreja.
Num primeiro momento, a ekklesia - tradução grega do hebraico Kahal, que quer dizer
“assembleia convocada”, evidencia a iniciativa de Deus como aquele que convoca – é a
comunidade reunida para Escutar a Palavra de Deus e celebrar os Sacramentos (inicialmente
o Batismo e a Eucaristia). Com o passar do tempo, a mudança das circunstâncias históricas
e o consequente aumento do número de cristãos, surgiu a necessidade de constituir um
espaço arquitetônico adequado às celebrações litúrgicas, e também chamaram este espaço
de ekklesia (igreja). Essa necessidade foi acompanhada do cuidado de imprimir na edificação
a imagem de seu Ser: o que molda e condiciona o espaço celebrativo cristão são a Fé
professada e a Liturgia celebrada.
Neste sentido, a Instrução geral sobre o Missal Romano (IGMR) e o Estudo 106 da
CNBB, oferecem as orientações para se pensar e projetar o edifício cristão, de forma a
evidenciar a sua simbologia e garantir a sua funcionalidade, apontando sempre para o Cristo,
que é presente neste lugar e nele age.
LUGARES DE CONVOCAÇÃO E ACOLHIDA
O CAMPANÁRIO. O convite à liturgia por meio de sinal ou som é algo presenta na
ação que antecede a mesma desde os tempos mais antigos. O Ritual de Bênçãos recorda em
sua fórmula registros bíblicos que prefiguram o ressoar dos sinos da Igreja e para estes o
Estudo 106 evidencia a importância da concepção de um lugar que favoreça a esta prática,
lugar este que contribua ainda para fácil identificação do edifício-igreja.
A PORTA. Sinal do próprio Cristo como citado por João em seu evangelho. Deve
exprimir tal significado por especial atenção à sua composição em diferenciação a outros
acessos técnicos e de segurança.
O ÁTRIO. Lugar de preparação e passagem, sinal do colo materno da Igreja que
recebe seus filhos. É o espaço onde se dá alguns ritos de acolhida ou celebrações
preparatórias, conforme orientações do Cerimonial dos Bispos. Além destas, é o lugar onde
pode-se dispor objetos e equipamentos de apoio pastoral, a pia batismal, a imagem do
padroeiro e, até mesmo, servir de isolamento acústico e barreira visual.

O LUGAR DA ASSEMBLEIA
O lugar da assembleia é parte estruturante no espaço litúrgico, é nele que o povo
sacerdotal, através da santa convocação, por meio de Cristo Jesus, celebra o Mistério Pascal.
A igreja entendida como corpo de Cristo, reunida para a adoração e comunhão deve encontrar
alento e conforto para o espírito. Neste sentido, faz-se necessário que o lugar da assembleia
propicie ao indivíduo o acolhimento necessário para o bom relacionamento dele com o
transcendente, além de conduzi-lo à adoração através da ação litúrgica. Deve-se atentar para
o conforto e ergonomia, para o bom dimensionamento dos espaços de trânsito e locomoção,
a fim de que seja garantida a manifestação gestual e os movimentos e procissões dos
diferentes ritos.

O LUGAR DA PRESIDÊNCIA: A CADEIRA


No espaço litúrgico disposto, deve-se destacar a cadeira de quem preside a
celebração, que é sinal de Cristo, pois manifesta sua função de presidir e dirigir a oração. Ela
é um dos polos constitutivos do espaço da celebração, juntamente com a mesa da Eucaristia
e a mesa da Palavra. É sugerido que tais peças sejam do mesmo material e estilo,
demonstrando sinais do único Cristo. É indicado que a posição da cadeira seja ao fundo do
presbitério, de frente para o povo, salva guarda, quando a estrutura do edifício o impeçam do
mesmo. Os outros assentos, para concelebrantes, diáconos e outros ministros, podem estar
próximos a suas tarefas ou da cadeira da presidência. Ela deve se destacar das demais, sem
ter a aparência de trono. Antes de ser utilizada liturgicamente, convém que se faça a benção
da cadeira da presidência conforme rito descrito no Ritual Romano.
LUGAR DA PALAVRA: O AMBÃO
Para a dignidade da Palavra de Deus se faz necessária que haja na igreja um lugar
condigno para a sua proclamação e para o qual, durante a liturgia da palavra, possam os fiéis
prestar a devida atenção. O ambão deve ser estável e não um simples móvel, que componha
com a arquitetura da igreja de modo que os ministros ordenados e os leitores possam ser
facilmente vistos e ouvidos pelos fiéis. Do ambão são proferidas unicamente as leituras, o
salmo responsorial e o precônico pascal. Pode-se também, fazer do ambão, a homilia e as
intenções da oração universal. Convém que um novo ambão, antes do uso, seja benzido
segundo o Ritual Romano.

LUGAR CENTRAL DA EUCARISTIA: O ALTAR


O local onde toda a Igreja se reúne para a celebração eucarística constitui o altar do
Senhor, representado como o altar do sacrifício e a mesa do banquete. Por ser o símbolo do
próprio Cristo no meio da assembleia, precisa ter toda a sua dignidade através dos materiais
nobres de sua construção e da sua ocupação, sendo ela um lugar visível, posicionado de
forma central e em destaque. A sua posição fixa e de modo especial dedicado, representa
Jesus Cristo como Pedra Viva. Ele também pode ser móvel desde que seja condizente com
o uso Litúrgico. Quanto a sua ornamentação deve-se ao menos ser posto sobre ele uma toalha
de cor branca para celebrar com reverência o banquete em que se comunga o corpo e o
sangue do Senhor. Porém, em nada deve ser exagerado com excessos de ornamentos. Junto
a ele deve ter também uma cruz visível para recordar a Paixão do Senhor.
RESERVA EUCARÍSTICA. Destinada ao culto eucarístico, a comunhão fora da missa
e aos enfermos, a reserva eucarística deve ser preservada com todo cuidado e veneração
que lhe são devidos. Desta forma, o tabernáculo ou sacrário deve ser inamovível, inviolável e
confeccionado com materiais nobres e não transparentes. Deve ser seguro, de forma a evitar
qualquer perigo de profanação. Deve ser posto em lugar digno, como uma capela. Junto a
ele deve haver uma lâmpada acessa, indicativo da presença da reserva eucarística. O acesso
dos fiéis a este ambiente seja facilitado, quer internamente ou externamente, para a adoração.
Cuide-se também, para que não esteja na mesma área do altar, subtraindo deste a
centralidade de todo espaço de celebração.

LUGAR DO BATISMO
Dentre os elementos que compõe o espaço litúrgico, se distingue o batistério, onde
está a fonte batismal, local este que deve ser realçada a dignidade do Sacramento do Batismo,
primeiro sacramento da vida cristã, porta de entrada da vida eclesial, ato solene de inserção
do neo catecúmeno no corpo místico. Para melhor evidenciar o sentido da Água Viva, que
lava o pecado e “matam a sede de vida eterna” (RB, n. 869) é aconselhável que haja água
corrente na fonte batismal.
LUGAR DA RECONCILIAÇÃO
O lugar específico na estrutura arquitetônica da Igreja para se manifestar a experiência
da misericórdia é o confessionário, onde o Sacramento da Reconciliação é efetivado. Este
lugar deve ser facilmente identificado na estrutura da Igreja. Deve possibilitar os gestos rituais,
a escuta da Palavra de Deus e a imposição das mãos, como também, a confissão face a face.

A constituição do espaço litúrgico, em sua arquitetura e também em sua iconografia,


alcança sua perfeição quando é capaz de revelar o modelo Trinitário: Povo de Deus, Corpo
de Cristo e Templo do Espírito Santo - convocados por Deus por meio de Sua Palavra, somos
inseridos no Corpo de Cristo, sob constante ação do Espírito Santo. É um espaço moldado
pela Comunhão e que é capaz de criar a Comunhão, entre o Homem e Deus e dos Homens
entre si.
A verdadeira Beleza que habita o espaço litúrgico cristão - comunicada através da
silenciosa linguagem das formas arquitetônicas, da luz e da iconografia - deve ser não só a
Beleza que cria toda comunhão, mas como diz Dionísio o Areopagita, deve ser “aquela Beleza
que a comunhão, a Koinonia com Deus e com os irmãos, pode criar” (BIANCHI, 2006)

Referência Bibliográfica
 Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Orientações para projeto e construção de
Igrejas e disposição do Espaço Celebrativo. 2ª edição, Brasília: Edições CNBB,
2015.
 BIANCHI, Enzo. in L’ambone: tavola della Parola di Dio. Magnano: Edizioni Qiqajon,
2006.

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