Вы находитесь на странице: 1из 7

TRATAMENTO TÉRMICO PARA FIXADORES UTILIZADOS NO

MERCADO DE GERADORES EÓLICOS (PARTE 1)

Shun Yoshida (1)

Trabalho a ser publicado na revista Industrial Heating

RESUMO

O mercado de geradores eólicos utiliza-se de fixadores em


dimensões usualmente até ϕ 64 mm, confeccionados em aço
carbono dos tipos AISI 4140, AISI 4340, AISI 4142 e DIN 1.7185 –
33MnCrB5.

A despeito das normas reguladoras deste mercado admitirem os


quatro tipos de aço (ISO 898), há substanciais diferenças em
termos de resultados de tratamento térmico, o que pode limitar
uma ou outra aplicação.

Há importantes diferenças de TEMPERABILIDADE entre os


quatro tipos de aços, o que torna sua seleção em função da bitola
exigida fundamental para o atingimento das especificações
mecânicas e o sucesso do componente em trabalho.

O presente trabalho objetiva avaliar em termos práticos as


temperabilidades dos três tipos de aços, comparando os
diferentes ciclos de tratamentos térmicos disponíveis no
mercado, selecionando a melhor opção em termos de resultados
em função dos requisitos dos diferentes clientes.

O paper será dividido em duas partes, a primeira discutindo as


normas que regulamentam este componente e a segunda
apresentará dados práticos e resultados de tratamentos
térmicos, para corroborar as informações da primeira parte.

_______________________________________________________

(1) Shun Yoshida, Engenheiro Metalurgista, Responsável por


Engenharia e Desenvolvimento na Combustol Tratamento de
Metais Ltda
Introdução

O mercado brasileiro de geradores eólicos, em franca expansão


em nosso país atualmente, utiliza-se de parafusos e fixadores
fabricados em quatro tipos básicos de aços, a saber (tab 1):

COMPOSIÇÃO QUÍMICA (%)


AÇO
C Mn Ni Cr Mo outro

AISI 4340 0,42 0,78 1,79 0,80 0,33

AISI 4140 0,37 0,77 0,98 0,21

AISI 4140 L
0,45 0,95 0,16 1,19 0,26
(4142Mod)

DIN 1.7185
0,36 1,50 0,60 B=0,005
(33MnCrB5-2)

Tab. 1: Composição química dos principais aços utilizados para

parafusos e fixadores na indústria eólica. (ref. 1)

As diferenças de composição química, bem como o efeito dos


diferentes elementos de liga de cada tipo de aço, definem as
propriedades mecânica obtidas no tratamento térmico, em particular
no que ser refere à Temperabilidade. Assim a profundidade na qual é
possível a obtenção de Martensita bem como a máxima dureza
mudam de aço para aço, e também para diferentes bitolas.

Igualmente, as diferenças de temperabilidade vão interferir nos


valores dos demais ensaios utilizados neste tipo de peça, tais como
Ensaios de Impacto e Ensaios de tração.

Importante observar que as especificações do mercado de


Geradores Eólicos é similar ao mercado de Óleo e Gás, e os dados
do presente trabalho poderão ser utilizados igualmente nos dois
mercados, ressalvadas as diferenças especificadas em norma.

A figura 1 ilustra um parafuso de bitola M64 típico.


Fig. 1: parafuso M64, cabeça
sextavada de aplicação eólica,
típico (FORTE FIXADORES)

Requisitos deste Mercado para Tratamentos Térmicos - Normas

Os grandes players deste mercado terceirizam a fabricação de


parafusos, porcas e fixadores em geral com diversas empresas, tendo
em comum as especificações:

a. Todas devem atender aos requisitos da ISO 898-1_2009E,


Mechanical Properties of fasteners made of carbon steels and
alloy steels – Part 1, International Standard 2009, 4ª edição.
Esta norma estabelece as condições físico, químico e mecânicas
de parafusos, porcas e fixadores, fabricados em aço Carbono e
baixa Liga para uso na faixa de temperaturas de 10 a 35 oC, com
bitolas variando de M1,5 a M39, rosca grossa e fina de M8 x 1 a
M39 x 3;
b. Não há até o momento uma especificação comum a todos os
players, mas quando há algum requisito especial, há uma
negociação à parte com desvio em relação à ISO 898;
c. O mercado de geradores eólicos ainda não especifica esta
necessidade, mas para componentes similares, a indústria do óleo
e Gás, exige fornos que atendam às especificações da API 6A,
particularmente no que se refere à avaliação de acuracidade e
uniformidade de temperatura;
d. Apesar do mercado não exigir diretamente a API 6A, há uma
exigência tácita dos equipamentos de tempera atenderem aos
requisitos gerais da norma AMS2750E, que regulamenta os
procedimentos e requisitos de fornos em termos de pirometria;
e. Para as situações em que as bitolas superam as cobertas pela ISO
898, em particular a preparação de corpos de prova para ensaios
mecânicos, há uma negociação entre as partes para adaptações
que permitam atendimento da norma;
f. A norma 898-1 cobre uma ampla faixa de requisitos mecânicos,
mas em princípio, o mercado tem trabalhado invariavelmente na
faixa do 10.9 (1000 Mpa nominal no valor de Limite de
Resistencia);
g. De acordo com os principais fabricantes, o consumidor final exige
um relatório, a cada lote, executado em empresa certificada,
contendo os resultados de ensaios mecânicos e metalográficos –
Ensaio de Tração (Limite de Resistência, Limite de Escoamento,
Alongamento, Redução de área), Impacto (Ensaio Charpy V-
notch), Dureza (superfície, núcleo e microdureza superficial),
Composição Química, e Microestrutura.

Características dos aços

Temperabilidade: o principal requisito para os aços utilizados


neste mercado é a temperabilidade. A Norma ISO 898 – 1 exige
valores da ordem de 32 a 39 HRC, para a classe 10.9.

Entenda-se o termo Temperabilidade como a “Capacidade de um


aço, no processo de tempera, permitir transformação martensítica, a
uma dada profundidade”. (ref.3)

A Temperabilidade de um aço depende essencialmente da


composição química, sendo o C o elemento de liga mais importante.
De fato, o teor de C define a temperabilidade de um aço, interferindo,
inclusive, na dureza máxima obtida conforme a figura. 2, mas deve-
se considerar também o efeito dos elementos de liga, que em geral
contribuem positivamente para a temperabilidade do aço.

Fig. 2: influência do teor


de C na quantidade de
martensita formada no
resfriamento rápido, e a
dureza máxima obtida
(ref.4)

Teor de C

Uma forma muito prática e simples de avaliar a temperabilidade


de um aço, é o Ensaio Jominy (ref. 5), que correlaciona a dureza
obtida em função da velocidade de resfriamento na tempera. A grande
maioria dos aços carbono e baixa liga tem os dados de ensaio
disponíveis na literatura, e são conhecidos como CURVAS JOMINY.

As Figuras 3 e 4 ilustram algumas da curvas Jominy disponíveis.

3a
Dureza (HRC)

54

36

Distancia da extremidade temperada (mm)

Fig. 3a e 3b: Curva Jominy do AISI 4140 e 4340. Austenitizados a 845 oC. (ref. 4)

3b
DUREZA (HRC)

58

48

Distância da extremidade temperada (mm)


Avaliação dos aços utilizados no mercado eólico

A observação das composições químicas dos aços na tabela 1,


de imediato nos traz a variação no teor de C, de 0,36% a 0,45%,
indicando que os aços AISI 4340 e 4142 Mod., tem a temperabilidade
substancialmente mais elevada. Some-se a isso teores elevados de
Molibdenio (que tem grande efeito na temperabilidade) e temos os
principais candidatos para melhor seleção de aço para este tipo de
aplicação, vale dizer aqueles que vão atingir melhores propriedades
mecânicas tratados nas mesmas condições.

A comparação entre os aços AISI 4340 e AISI 4140, pela curvas


Jominy, mostra também a nítida vantagem no uso do AISI 4340 em
termos de obtenção de propriedades mecânicas.

A linha vermelha indicada nos gráficos, corresponde à barra de


bitola 60 mm, dureza tomada no centro, na condição temperada em
óleo, ambos materiais austenitizados a 845 oC. O AISI 4340 apresenta
dureza na faixa de 48/58 HRC enquanto que o AISI 4140 vai de 36/54
HRC.

Conclusão

Esta parte do trabalho tem a intenção somente de alinhar as


informações disponíveis no mercado eólico, no que se refere aos tipos
de aços utilizados, e as normas que regem suas propriedades e
especificações.

A segunda parte do trabalho, deverá discutir os resultados com


diferentes bitolas, dos 4 tipos de aços usados, e tentar estabelecer
uma “tabela” que oriente o projetista quanto ao tipo de aço a ser
utilizado em função da bitola e da dureza especificadas, considerando
que cada um dos aços tem preços diferentes, impactando nos custos
industriais.

Agradecimentos

O autor presta agradecimento à FORTE FIXADORES


INDUSTRIA E COMERCIO LTDA., na pessoa do Engenheiro
Jeverson Valeck, do Departamento de Engenharia, pela valiosa
contribuição para os dados do presente trabalho.
Bibliografia

1. Atlas of isothermal Transformation and Coolling


Transformation Diagrams, ASM, 1977, USA
2. INTERNATIONAL STANDARD, ISO 898-1, Mechanical
Properties of fasteners, made for carbono steels and low alloy
steels; 4th ed., 2009, Switzerland
3. MEI, Paulo, COSTA E SILVA, André Luiz da, AÇOS E LIGAS
ESPECIAIS, Eletrometal, 2ª. Ed, 1988
4. METALS HANDBOOK, vol. 1, 10ª. Ed., ASM International, Ohio
Park, USA, 1990.
5. CANALE, Lauralice, TEMPERABILIDADE, notas de aula,
https://edisciplinas.usp.br/pluginfilePHP/3629506/mod_resou
rce/content/1/aula%2012%20Temperabilidade%20laura.pdf

Вам также может понравиться