sua felicidade é baseada em outra pessoa ou parceiro, ou se você está em um relacionamento para se sentir bem, mas que só prejudica o seu bem-estar.
Você pode começar vendo que esta situação pode
ser a causa de muitos problemas e que é algo que você tem que resolver na sua vida.
Pela importância que tem, vou explicar como
superar a dependência emocional, esquecer a necessidade emocional afetiva, desenvolver a sua iniciativa e explorar o seu potencial.
Acredite, se você fizer e aceitar como um
verdadeiro tratamento, vai começar a viver uma vida muito melhor, mais saudável e feliz. A coisa mais importante no mundo é saber como pertencer a si mesmo. – Michel de Montaigne.
Tipos de co-dependência emocional
Pode haver dois tipos de dependência emocional,
cada um com diferentes antecedentes e consequências:
-Dependente instrumental: está presente quando
você procura ajuda para alcançar metas. Por exemplo, pedir dinheiro para comprar um carro.
Neste tipo, o sub-objetivo é o dinheiro e o
objetivo final o carro.
-Dependente emocional (Psicológica): o objetivo
final é a resposta dos outros, e não a maneira em que você a alcança.
No último tipo, há uma necessidade de afeto e co-
dependência emocional-afetiva que é satisfeita pelas respostas emocionais dos outros. Os dois tipos são vistos de alguma forma na pessoa dependente. Isto é, se você é dependente instrumental, você também vai ser emocional.
Além disso, esta diferenciação é para que você
melhor compreenda o seu comportamento e como começar a resolver suas dependências.
11 chaves para superar a dependência emocional
Quando acontece uma ruptura ou separação da
pessoa dependente, os sintomas de abstinência aparecem.
Esta é caracterizada pela ansiedade, culpa,
pensamentos obsessivos sobre a situação ou até mesmo depressão.
Se você é um dependente, o seu problema está
em si mesmo, e não em alguém ou algo externo.
Compreender isto é muito importante para ser
capaz de ultrapassar o problema. Seus hábitos, costumes e necessidades de afeto criaram essa tendência de precisar de alguém.
Na minha opinião, o problema com a dependência
emocional é acreditar que precisar dos outros é humano e saudável.
No entanto, não é saudável. Na verdade, é um
amor insano; no amor verdadeiro não precisa da outra pessoa para ser feliz.
A principal causa de dependência emocional é a
necessidade. Ou seja, os seres humanos são seres sociais e precisamos interagir, mas não ter uma extrema necessidade de ter um relacionamento, mesmo sendo louco.
Uma boa comparação é com os alimentos. Você
precisa de comida, mas não comer 5 quilos de carne todos os dias.
O mesmo se aplica às relações pessoais: precisas
delas, mas não rastrear ou humilhar-se para tê-las. 1- Mude as suas crenças limitantes por outras mais corretas
Se você é dependente, você provavelmente tem
em maior ou menor grau, uma série de crenças limitantes.
As mais comuns são:
Perceber-se como descontrolado, ineficaz,
impotente e incapaz de alcançar seus objetivos
Acreditar que você precisa de um parceiro ou uma
pessoa para ter uma vida valiosa
Acreditar que você não é capaz de prescindir de
um relacionamento
Acreditar que se você terminar o relacionamento
você vai fazer pior na vida
Há uma crença que pode ser consciente ou
inconsciente e leva a decisões erradas e, possivelmente, grandes erros na vida. É esta: “Eu preciso estar com um parceiro para ser alguém de valor.”
O que acontece então? Bem, você pode escolher
rapidamente e sem pensar.
Você pode ter sorte e cair na sua vida alguém de
valor, mas não é porque você é seletivo, é provável que caia na sua vida alguém que não vai se encaixar com você ou que não lhe aporte nada.
Essas crenças limitantes reforçam a idéia de que
você precisa depender dos outros para lhe orientar e ser feliz na vida.
2- Localizar a situação ideal para o seu bem-estar
Na minha opinião, a situação ideal é que você
consiga ser independente e feliz por si mesmo.
Depois de conseguir isso, você pode escolher um
parceiro adequado e que realmente contribua com coisas positivas a sua vida. Digamos que este casal vai melhorar sua qualidade de vida de acordo com o que cada um contribui.
E com isto, você pode fazer uma outra
comparação:
Eu posso ser feliz na minha cidade, com o que eu
tenho e como eu sou.
No entanto, obter conquistas para me propor
como a obtenção de um melhor trabalho, viajar ou melhorar pessoalmente vai aumentar a minha qualidade de vida.
Uma pessoa que tem um bom emprego aceitaria
um emprego de baixa remuneração e onde é explorado? Obviamente que não.
Se você tiver criado uma boa vida por si mesmo,
sem depender de ninguém, você pode escolher melhores relações.
3- Estabeleça relações com as pessoas certas
Evite relacionamentos tóxicos com as pessoas e estabeleça relações com pessoas que:
Te respeitem
Te deem valor
Te tratem bem
Traga algo positivo para sua vida
Se o relacionamento com o seu parceiro, membro
da família ou amigo só prejudica você, é aconselhável que o acabe.
4- Criar uma vida que tenha valor
É incerto que você tem que ter alguém ao seu
lado para ter uma vida valiosa. A sua vida depende do que você faz, não de viver com alguém ou não.
Os problemas da sua vida, como não ter um bom
emprego ou um bom relacionamento com a sua família, não se arranjam por estar com alguém, você é quem deve corrigi-los. Construir uma vida valiosa que só dependa de si mesmo, não é algo que se acaba quando um relacionamento termina.
Quanto mais recursos existirem na vida que vai
construir, mais difícil será para que estes acabem.
Imagine um castelo: quantos mais blocos tem e
maior eles forem, mais difícil é que caia.
Exemplo de recursos valiosos para a vida:
Ter seus próprios amigos
Ter relações familiares saudáveis
Ter um bom trabalho
Ser financeiramente independente
Ter os seus próprios hobbies.
5- Construa a sua autoestima
A partir de agora, a sua coragem virá de você
mesmo, não dos outros. Se você está sozinho, você vai se valorizar e se está com alguém também.
E o mesmo com todo o restante da sua vida: se
você não trabalhar você se vai apreciar, se você não conseguir algo também…
Para construir a sua autoestima eu recomendo que
você leia este artigo.
Algumas dicas básicas são:
Evite buscar a aprovação
Seja ciente de seu “pensamento crítico negativo”
Faça coisas que lhe dão medo
Faça esportes
Socialize
6- Confronte a necessidade emocional
Com confrontar quero dizer uma questão de atitude.
Quando você sentir a necessidade de se aproximar
novamente para a pessoa que você era dependente, lute para não cair na tentação.
Eu sugiro que você faça isso agora.
Ou seja, não caia no típico “eu vou fazer isso no
próximo mês” ou “quando eu me sinta melhor.” Corte a dependência; na verdade, eu acredito muito neste tipo de mudança.
Quando as pessoas estão à beira do precipício é
quando ocorrem as mudanças reais e mais fortes.
Elas caíram tanto que já estão no seu limite, não
podem cair mais. E é quando reagem.
Esteja ciente de que, se você é dependente, você
pode sentir-se impotente, mas lembre-se de que as crenças limitantes que eu mencionei anteriormente, são a chave para mudar agora. Você tem a capacidade de fazer as coisas por si mesmo, você tem valor e você pode ser feliz por si mesmo.
Comece a acreditar que você tem a força para
seguir em frente sozinho.
7- Não obedeça às necessidades
Se você cair na tentação de ser dependente, por
exemplo, receber chamadas ou iniciar relacionamentos não saudáveis, você terá obedecido a necessidade emocional.
Aqui, muitas vezes as pessoas dizem “não posso”.
No entanto, sim podem. O que acontece é que se
requer menos esforço fazê-lo que evitá-lo.
Se você quiser superar a dependência você tem
que estar disposto a sentir o esforço.
Portanto, é mais correto dizer “eu não tentei o
suficiente” ou “eu não queria ajuda.” Além disso, vou mostrar o que você pode evitar:
E se a vida de uma pessoa próxima dependesse de
que você caia em comportamentos dependentes? Você teria esses comportamentos?
Certamente que não. Claro que você poderia evitar
coisas como aceitar o desrespeito, ter relacionamentos pouco saudáveis ou restaurar as relações que o magoaram.
O objetivo principal é que o seu bem-estar mental
e felicidade seja constante.
Ou seja, se terminar um relacionamento não se
desanime demais, não se deprima, tenha ansiedade ou deixe a sua vida se conturbar.
Assim, se você terminar um relacionamento, não
tente corrigi-lo procurando um novo parceiro.
Pelo contrário, você vai continuar com a vida que
você construiu, apreciando-a por si mesmo. 8- Conheça os sinais de dependência emocional
Como eu disse, você vai ter que lutar contra a
necessidade, e para isso terá que saber os sinais específicos da necessidade de afeto.
Se você é dependente lhe vão ser familiares alguns
destes sinais e comportamentos:
Alta sensibilidade à rejeição
Reações exageradas após rompimentos ou
problemas conjugais
Você tem que fazer tudo com alguém
Tendência a estabelecer relações com parceiros
que de influência negativa e que não o convém, para não estar só
Necessidade de agradar aos outros
Pedir desculpas ao seu parceiro por recriminar
coisas que ele fez de errado (insulto, ser infiel …) Baixa auto-estima
Vigiar constantemente o parceiro embora este(a) o
trate mal
Ter relações de casal constantes mesmo se o outro
não o atrai nada
9- Arranje tempo para você
Uma das características de dependentes é que lhes
custa estar sozinho.
No entanto, este é pão para hoje e fome para
amanhã, porque, inevitavelmente, vai estar sozinho em determinados momentos da sua vida.
Além disso, estar sempre com alguém é uma fusão
de vida. Você não tem vida própria.
Para começar a construir a sua vida e superar essa
necessidade, arranje tempo para você fazer atividades, ler, estudar, passear … Qualquer coisa que esteja a construir a sua vida e o torne independente, sem a necessidade de alguém para fazê-lo.
10- Mude a sua percepção das relações pessoais
Quase inconscientemente, muitas pessoas tendem
a ver as pessoas como portadoras de recursos e felicidade.
E se você começar a ver o seu parceiro, família e
amigos, como pessoas que complementam a sua felicidade?
Ou seja, você é feliz, tenha ou não a outra pessoa,
estando com outra pessoa ainda tem um complemento para a sua felicidade.
Como alguém que você complementa a sua vida,
não como se ela fosse toda a sua vida.
Eu acredito que esta abordagem vai ajudar muito e
pode mudar muitos comportamentos e decisões. 11- Viaje sozinho
Pessoalmente, eu recomendo viajar sozinho(a).
Você não tem que fazer isso sempre, mas lhe vai fazer bem fazê-lo alguma vez.
Quando você viaja sozinho você tem que resolver
os problemas por si mesmo, conhecer outras pessoas, ser sociável sem a ajuda de parceiro, família ou amigos. Em última análise, ajuda você a ser independente.
É possível que apenas pensar sobre isso te dê
medo, mas você irá superá-lo ao longo do tempo. A partir da primeira viagem, você vai desenvolver as suas habilidades de liderança e quando viajar com outros terá muito mais iniciativa.
A importância da socialização
A socialização teve uma influência importante
sobre as suas necessidades de dependência. Especificamente, o papel do rol sexual:
Os homens são desencorajados a expressar
sentimentos, pensamentos e comportamentos
As mulheres são encorajadas a expressar as suas
necessidades.
Uma investigação de Lytton e Romney (1991)
descobriu que o comportamento dependente é incentivado mais em meninas do que em meninos, e este padrão é consistente entre culturas, sub- culturas, etnias e classes sociais.
Esse papel não só o fazem os pais, mas também
participam professores, colegas e modelos (TV, cinema, esporte).
Além disso, a aprendizagem por observação
desempenha um papel chave no desenvolvimento deste tipo de comportamento. No entanto, embora se desencoraje aos homens para expressar as suas necessidades emocionais, elas não desaparecem.
Em vez disso, elas podem se expressar
indiretamente ou não se expressar em absoluto.
Sintomas de estar em um relacionamento
emocionalmente dependente
Qualquer relação que se baseia na dependência
emocional tem uma probabilidade elevada de provocar conflitos e restringir cada um dos parceiros.
Pense, por exemplo, na relação que você poderia
ter com um chefe:
Você precisa trabalhar e o seu chefe pode
despedi-lo, portanto, está em uma relação de dependência. Como você percebe que está numa relação com um alto grau de risco, você tende a mudar o comportamento na relação.
Por exemplo, se você se percebe como
subordinado ao seu chefe, raramente você vai expressar críticas ou o que realmente pensa.
Você pode se preocupar em dizer qualquer coisa
que seja muito crítica ou negativa, ou seja, você quer ser gentil com o seu chefe para reduzir a possibilidade de ser despedido.
O mesmo se aplica às relações de dependência ou
outras pessoas próximas.
Acredita-se que se precisa da outra pessoa para
viver, por isso se faz tudo o possível para manter esse relacionamento.
A sua função num relacionamento não é que a
outra pessoa se sinta bem consigo mesma. Só ele / ela pode fazê-lo. Na melhor das hipóteses, você pode fornecer atributos positivos à relação como lealdade, escutar, dar apoio…
Arun Mansukhani, vice-diretor atual do Instituto
Andaluz de Sexologia e Piscologia explica que alguns dos sintomas que mostram que se é emocionalmente dependente são:
Ter um padrão persistente de relações conflituosas,
adotando posturas de submissão, dominação ou de evitação (real ou emocional), nas suas várias formas. Por exemplo: casais típicos que estão mal ou que um está muito envolvido e o outro nada, etc. Pode-se considerar que existe um padrão, se a pessoa teve pelo menos 3 relações conflituosas deste tipo.
Abdicar de ter relacionamentos significativos
através do isolamento da distância real ou emocional. Todos os dias há mais pessoas que, após uma série de relações de casal em conflito, decidem não ter um parceiro.
Sentir que as suas necessidades não estão sendo
atendidas nas relações com os outros. Sentir que tais relações não lhe satisfazem.
Conclusões
A coisa mais importante é construir a sua própria
vida: ser capaz de alcançar os seus objetivos e felicidade por si mesmo.
Para fazer isso você deve manter as suas crenças
limitantes e acreditar nas suas possibilidades.
Evite cair em comportamentos de necessidade em
que você tenha que fazer esforço para lidar com a situação.