Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
O povo brasileiro deu um passo à frente na luta por uma maior igualdade de gênero ao eleger a
primeira mulher Presidenta do Brasil. Não deixa de ser surpreendente que, mesmo sendo um
país com tão poucas mulheres na política, o Brasil terá, a partir de 2011, uma mulher no cargo
máximo do Executivo, se adiantando em relação aos Estados Unidos (que fez sua
independência em 1776), à França (que fez uma revolução em 1789) e a outros países
democráticos e com melhores indicadores de gênero.
Contudo, este grande passo à frente tem que ser acompanhado de outros passos rumo à maior
equidade de gênero nas diversas instâncias da democracia. Uma medida imprescindível é a
adoção do princípio de paridade de gênero nos espaços de poder. Medidas concretas que
avancem neste sentido só dependem da presidenta e dos/as governadores/as eleitos/as.
“Adoptar todas las medidas de acción positiva y todos los mecanismos necesarios, incluidas
las reformas legislativas necesarias y las asignaciones presupuestarias, para garantizar la
plena participación de las mujeres en cargos públicos y de representación política con el fin
de alcanzar la paridad en la institucionalidad estatal (poderes ejecutivo, legislativo, judicial y
regímenes especiales y autónomos) y en los ámbitos nacional y local, como objetivo de las
democracias latinoamericanas y caribeñas” (CEPAL, 2007, pág. 4).
1
Professor titular da Escola Nacional de Ciências Estatísticas - ENCE/IBGE. Expressa seus pontos de vista em
caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br. Artigo publicado em 09/11/2010.
“Promover a criação de mecanismos e apoiar os que já existem para assegurar a participação
político-partidária das mulheres que, além da paridade nos registros das candidaturas,
assegurem a paridade nos resultados, garantam o acesso igualitário ao financiamento de
campanhas e à propaganda eleitoral, assim como sua inserção nos espaços de decisão nas
estruturas dos partidos políticos. Da mesma forma, criar mecanismos para sancionar o
descumprimento das leis neste sentido” (Cepal, 2010, p. 8)
Em seu discurso de vitória, na noite do dia 31 de outubro, Dilma Rousseff disse que vai
“honrar as mulheres brasileiras” e vai lutar pela “igualdade de oportundidades”. As palavras
da nova Presidenta do Brasil são uma esperança de que a equidade de gênero se torne uma
realidade no país. Porém, para que se passe da intenção à ação, Dilma Rousseff, o PT e os
demais particos da coligação “Para o Brasil seguir mudando”, precisam incentivar duas
medidas imediatas:
O Brasil já assinou os Consensos de Quito e Brasília. Falta colocá-los em prática. Aliás, é bom
lembrar o que já disse o grande revolucionário e idealista Charles Fourrier, há mais de 200
anos: "O grau de emancipação das mulheres em uma sociedade é o termômetro geral através
do qual se mede à emancipação geral".
Referências:
CEPAL, X Conferencia Regional sobre la Mujer de América Latina y el Caribe, Quito, 6-9
agosto de 2007
http://www.eclac.cl/mujer/noticias/noticias/3/27753/InformeFinalXConferencia.pdf
Consenso de Quito
http://www.eclac.cl/publicaciones/xml/9/29489/dsc1e.pdf
CEPAL, XI Conferencia Regional sobre la Mujer de América Latina y el Caribe, Brasilia del
13 al 16 de julio de 2010.
http://www.eclac.cl/mujer/conferencia/default.asp
Consenso de Brasilia
http://www.observatoriodegenero.gov.br/menu/publicacoes/consenso-de-brasilia/view
European Women’s Lobby 50/50 Campaign for Democracy
http://5050campaign.wordpress.com/