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PLÚVIA
ANDREZA
GABRIELA
Gabriela tem vinte e um (21) anos de idade. Aluna negra e lésbica do
curso de ciências biológicas é também coordenadora de assuntos
estudantis.Tratando, sobretudo, de questões relacionadas à permanência dos
alunos e alunas na universidade. Iniciou sua história de militância ainda no
Ensino Médio por ocasião do Movimento Pau de Arara, em 2015, em que se
sentiu mobilizada pela reivindicação pela diminuição dos preços das passagens
de ônibus. Trabalha como auxiliar técnica para uma empresa terceirizada da
COSERN : a Control. Na manutenção e conserto de postes.
Filiada ao PT, também é militante da KIZOMBA e da Marcha Mundial
das Mulheres. Já participou do CPRD (Coletivo Petista da Revolução
Democrática), mas se afastou devido a colegas do sexo masculino que
desrespeitavam integrantes mulheres com piadas machistas. Atualmente é
solteira, mas há alguns anos teve uma namorada, que chegou a conhecer a sua
mãe. De início, não teve sua sexualidade bem-acolhida pela família. Passou um
tempo proibida pela mãe de sair e foi monitorada pelo celular. Tem reservas para
falar da sua sexualidade com as pessoas do seu bairro na periferia de Mossoró.
Na Universidade, entretanto, parece mais despreocupada para falar abertamente
sobre o assunto e viver romances ocasionais.
BEATRIZ
GLENDHA
Destas três vertentes, a que teve mais sucesso e, sem dúvida, a menos radical foi
a que tinha o nome de Bertha Lutz como ícone – o feminismo “bem comportado”. Esta
vertente estava,quase exclusivamente, interessada em conquistar os direitos políticos
sem problematizar a supremacia masculina nas mais diversas esferas da vida social. De
fato, o direito ao voto feminino foi conquistado em 1932. Anteriormente, ainda em
1927, no Rio Grande do Norte, Cecília Guimarães, mossoroense, é a primeira mulher a
votar no Brasil. Este feito apenas foi possível graças à articulação política de Bertha
Lutz com, o então governador, Juvenal Lamartine.
Durante os anos 1960 e 1970, inaugura-se uma nova fase para o feminismo no
Brasil. Dada a conjuntura política – estávamos em plena ditadura militar – alguns
grupos de feministas se reuniam em reuniões privadas, em especial, nos grandes
centros, como o Rio de Janeiro e São Paulo. Estas mulheres, por sua condição social
privilegiada, tinham tido contato com o pensamento e as mobilizações feministas dos
Estados Unidos e da Europa. Contudo, a intensa vigilância e repressão a qualquer
tentativa de auto-organização da sociedade civil amedrontavam. Por outro lado, a
esquerda da época olhava com suspeita tudo aquilo que chamava de “lutas
particularistas” em oposição ao que considerava como questão maior: a luta pela
democracia.