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“A revisão dos sistemas conduzida pelo dentista visando à cirurgia bucal deve ser guiada
pelas respostas pertinentes obtidas a partir da história.”
História Médica:
1- Já teve hemorragia?
Paciente com risco moderado: conversar com o médico, solicitar exames complementares,
avaliar a possibilidade de troca ou suspensão de medicamentos durante o período de
tratamento.
2 – Já teve alergia?
O termo reumatismo infeccioso pode não ser um termo familiar e desconhecido para o
paciente, dessa obtêm – se a resposta para essa pergunta mostrando os principais
sintomas da doença “Você teve uma doença que sentiu febre, dor nas juntas e infecção na
garganta?”
Pacientes de alto risco são aqueles que apresentam válvulas cardíacas protéticas,
endocardite bacteriana prévia, doenças cardíacas congênitas cianóticas, construção
cirúrgica de condutos para melhorar irrigação pulmonar, disfunção valvular adquirida (por
febre reumática).
A Profilaxia para pacientes com risco de endocardite bacteriana pode ser feita com:
- amoxicilina 2g, 1h antes
4.2 Arterosclerose
Sintomas principais são dor torácica intensa na área subesternal esquerda com ou sem
irradiação para o braço esquerdo, dispnéia, palpitação, náusea e vômito.
No tratamento odontológico não atender antes de 6 meses do infarto, pois o miocárdio não
obteve estabilidade e quando passado esse período atende sob avaliação médica.
4.5 Marcapasso
Gera impulsos que regulam o ritmo do coração. Deve – se evitar ultra-som, canetas de alta
rotação e eletro-cirurgia.
Alguns fatores são: AAS, álcool, AINE e corticosteróides, fumo, cafeína e estresse emocional.
As taxas normais de glicemia são em jejum (8h) – 70 a 99mg/dl e 2h após sobrecarga de glicose
<140 mg/dl.
OBS: 150mg/dl é o nível máximo da glicose que se pode realizar algum tratamento
ambulatorial.
Tratamento odontológico:
- pacientes que não sabem da condição: atenção aos relatos dos sintomas e fazer
encaminhamento.
- pacientes controlados: atendimento normal
- pacientes descontrolados: atendimento realizado somente após estabilização das condições
sistêmicas.
O fator emocional pode causar síncope. Previamente a sincope pode se ter o que chamamos
de lipotímia (tontura pré-síncope).
Convulsão
Epilepsia pode ser:
- pequeno mal: 10 a 30 segundos (Síndrome da Ausência)
- grande mal: 2 a 5 minutos
Indivíduos que sofrem com esse mal geralmente fazem uso de medicações como fenitoína,
fenolsarbitol, carbamazepina, diazepam e entre outros.
OBS: Jamais se deve colocar a mão na boca de um paciente que está convulsionando.
Deve ser ter conhecimento e se você mesmo encontrar sinais que levem a suspeitar de
alguma doença encaminhar para o infectologista.
É importante e necessário a proteção da equipe cirúrgica com os EPI e imunização.
12 – Está grávida?
OBS: Os profissionais devem está imunizados contra o tétano, hepatite, difteria, rubéola,
sarampo, caxumba, hepatite b e tuberculose.
Deve ser feita no início do dia, antes e após qualquer procedimento, antes e depois do uso de
luvas e em caso de contaminação.
A lavagem das mãos com antissépticos tem eficácia comprovadas contra o Staphyloccocus
aureus e outros tipos.
- soluções alcoólicas (álcool 70%) - soluções iodadas (aquosa a 2%, alcoólicas a 2%)
- clorexidina a 0,12%, 2% e 4% - iodoforos (PVPI a 10%)
OBS: Na boca devem ser usadas substâncias aquosas ao invés de alcoólicas, já que estas
podem causar queimaduras.
OBS: O álcool 70% é usado por ser menos volátil que o álcool 90% ou absoluto, sendo menos
volátil, evapora com menor rapidez e mata mais m.o.
OBS: Degermantes são a base de sabão e fazem espumas. Tópicos são aplicados em
superfícies.
ESTERILIZAÇÃO X DESINFECÇÃO
Do menos resistente ao mais resistente temos vírus lipofílicos (herpes 1 e 2, HVB e HIV),
bactérias vegetativas, fungos (candida b), vírus não lipídicos (adeno, rino e rotavírus),
Micobacterium tuberculosis e Esporos Bacterianos e Prions.
Processos de Esterilização
Processos físicos:
Processos Físico-Químicos
- Óxido de Etileno
- Peróxido de Hidrogênio
Processos Químicos
- Glutaraldeído
- Ácido paracético
Autoclave
TEMPERATURA X TEMPO
121°C – 24 min
129° C – 15 min
134°C – 3 a 4 min
Estufa
Assim como na esterilização em estufa fatores como limpeza inadequada dos instrumentais,
tempo inadequado, interrupção do ciclo por abertura da porta, temperatura inadequada e
acondicionamento inadequado também podem causar falhas no processo.
TEMPERATURA X TEMPO
160°C – 2h
170°C – 1h
DESINFECÇÃO
- baixa atividade biocida: não inativa o Mycobacterium tuberculosis, vírus hidrofílicos e nem
esporos.
EX: quartenário de amônio, fenol simples detergente.
- Semi - críticos: entram em contato com a pele e mucosa sem penetrá-la (condensador,
espátula de inserção). Estes devem ser submetidos à esterilização ou desinfecção de alta
atividade biocida.
- Não - críticos: não entram em contato com a pele ou mucosas, mas sofrem contaminação
(refletor). Estes devem ser submetidos a desinfecção de média atividade biocida.
- Área não-crítica: não utilizada para atendimentos aos pacientes. A limpeza dessa área deve
ser feita com água e sabão.
- Área semi-crítica: utilizadas em algumas fases do atendimento aos pacientes ex: laboratórios.
Deve se realizar limpeza e desinfecção semelhante à domestica nesse local.
- Área crítica: destinada à assistência direta aos pacientes. Nesse ambiente deve ser feita
rigorosa desinfecção diária (com hipoclorito de sódio, água e sabão) e semanalmente associar
fenóis sintéticos.
Propriedades de um desinfetante ideal:
Hipoclorito de sódio:
VANTAGENS: desinfetantes de superfície, ação rápida, média atividade biocida (amplo
espectro) e econômico.
DESVANTAGENS: não são esporicidas, preparo diário, restos orgânicos diminuem a sua ação,
irritante para a pele e olhos e é corrosivo (metais, plásticos e borrachas).
Antissépticos – Clorexidina
VANTAGENS: efetivos na presença de restos orgânicos, usados para degermação das mãos (2 a
4%), usados como anti-séptico bucal (0,12%), efeito residual prolongado e menos irritante que
o PUPI.
DESVANTAGENS: inativados por sabões ou cremes que contêm emulsificantes ou surfactantes
aniônicos, podem causar conjuntivite e lesão de córnea, podem causar dermatite de contato e
ototoxicidade.
Antissépticos – Álcool
OBS: A autoclavagem da caneta de alta rotação, contra ângulo e micromotor deve ser
precedida das seguintes etapas:
Acidentes:
Cabo de bisturi
Lâmina de bisturi
Molt nº 9
Tem como função separar a mucosa e periósteo do osso, de maneira que o osso fique
desnudo. Ele possui ponta ativa cortante, portanto é normal haver sangramento.
Além do Molt n º 9 existem outros modelos de descoladores como o Freer e Seldin (que
também é um afastador)
Afastadores
Temos o Minnesota que é o mais utilizado e o Austin. Além desses há o Farabeuf que é
ideal quando se trabalha na região anterior e assoalho de boca, Weider e Brunings que são
usados para afastar a língua.
Pinça Hemostática
Ela pode ser reta e curva (a curva facilita o acesso à região posterior da boca)
Pinça de Adson
Elas podem apresentar dentes (pinça dente de rato) ou não. As que possuem dente
apresentam como desvantagem na cirurgia a laceração que causa nos tecidos.
Pinça Allis
A pegada desse instrumento é a mesma do porta-agulha.
OBS: muito semelhante ao fórceps, porem a pinça – goiva possui uma presilha.
Embora pouco usado, é valido salientar a existência do cinzel e martelo já que ainda é
usado em cirurgias ortognáticas.
Temos como exemplos de broca a nº 4138, nº 2135 e Zecrya (não são multilaminadas) e a
nº 6, 703 e 702 (que são multilaminadas).
Porta-agulha
PROVA: Quais as diferenças existentes que impedem com que a pinça hemostática seja
usada no lugar do porta-agulha?
O porta-agulha apresenta ponta ativa menor e a superfície da ponta ativa apresenta linhas
entrecruzadas (rendilhado). Já a pinça hemostática apresenta ponta ativa maior e a
superfície da ponta ativa apresenta linhas paralelas entre si (serrilhado).
Agulha
As agulhas de nº 2 e 3 são as ideais. A ponta ativa das agulhas pode ser circular (perfura
facilmente, tem ponta ativa cortante, porém seu corpo não), lanceolada e triangular
(perfuram facilmente e a ponta ativa e corpo são perfurantes).
Tesouras
Abridores de boca
Pontas de Aspiração
EXTRATORES DENTÁRIOS
O jogo de Seldin consiste em um conjunto de extratores. Um com ponta ativa reta e dois com
ponta ativa triangulares.
O extrator apical que tem ponta ativa em formato de goiva pode ser reto ou curvo e é utilizado
para remover raízes e restos radiculares.
O Apexo nº 303 é um extrator reto ou levemente curvado com ponta ativa goiva com serrilha.
DENTES Nº DO FÓRCEPS
Incisivos superiores 150
Caninos superiores
Pré-molares superiores
Molares Superiores
Direito 18 R
Esquerdo 18 L
Incisivos inferiores
Caninos inferiores 151
Pré-molares inferiores
Molares inferiores 17
Na clínica da UFCG o fórceps 16 (conhecido como chifre de boi) substitui o 17. Na teoria isso
não tem aplicação.
É interessante enfatizar que a curva existente nos cabos de alguns fórceps influencia somente
na pegada e não na função.
Na cirurgia você causa um trauma tecidual e por isso deve conhecer o poder de reparação dos
tecidos (na anamnese você pode ter conhecimento acerca disso) e é necessário, além disso,
outros conhecimentos, treinamento e prática.
1. PLANEJAMENTO
2. ANTISSEPSIA
3. ANESTESIA
4. DIÉRESE
5. HEMOSTASIA
6. SÍNTESE
7. CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS
4. DIÉRESE
- Incisão:
Alguns fatores como lâmina afiada, tamanho adequado, lâmina perpendicular ao tecido, traço
único preservando estruturas importantes e incisão sobre osso saudável são importantes na
incisão.
Incisões em pele da face devem ser orientadas de acordo com as linhas de expressão da face.
- Divulsão:
Manobra que segue a incisão e nela ocorre o afastamento subepitelial dos tecidos. A divulsão
sempre é feita com tesoura de ponta romba e nunca com tesoura de ponta afiada.
Na hora de realizar a divulsão com a tesoura de ponta romba deve – se introduzi-la fechada,
abrir no interior da incisão e tira-la fechada.
- Descolamento:
Nessa manobra ocorre o a separação da mucosa e periósteo do osso, de modo que o periósteo
e mucosa permaneçam integro e osso fique desnudo sendo possível o acesso e visualização do
mesmo.
Esse retalho:
O fim da incisão deve ser divergente e nunca convergente de modo que a base do retalho seja
maior que o ápice, dessa maneira o tecido não correrá risco de necrosar por falta de
vascularização já que o suprimento sanguíneo não foi cortado.
Para que a o retalho seja recolocado sobre tecido ósseo saudável, as incisões cervicais deverão
ser feitas na mesial do dente adjacente no qual se vai trabalhar. Desse modo o retalho abrange
o osso que sofreu e que não sofreu intervenção permitindo assim que o processo de
cicatrização ocorra da maneira correta.
TIPOS DE INCISÃO:
Semilunar - Partsch
Realizada em cirurgia na região periapical de um dente.
Triangular
Trapezoidal
5. HEMOSTASIA
Etapa que consiste em manobras que visam o controle do sangramento evitando perda
excessiva, melhor visibilidade do campo e minimizar hematomas.
6. SÍNTESE
Etapa na qual ocorre união dos tecidos separados na diérese. Assim como na diérese existe
para tecidos moles e duros.
O objetivo da síntese é que haja reparo tecidual e isso se dá por meio da coaptação das bordas
que permite a manutenção do retalho em posição havendo proteção do coágulo tendo assim
hemostasia e a conseqüente reparação tecidual.
Um importante princípio da sutura é que a agulha deve ser inserida de forma perpendicular ao
tecido.
TIPOS DE SUTURAS
Suturas interrompidas:
- Ponto Simples
- Ponto em X
- Ponto em U
- Blair Danatti
Suturas Contínuas
- Espiral
- Festonada
- “U” ou grega
- Intradérmica
OBS: em relação aos nós, eles podem ser simples quando as pontas dão apenas uma volta
sobre si mesma e do cirurgião, quando as pontas dão duas ou mais voltas sobre si mesma.
OBS: Importante lembrar que os nós nunca devem ser feitos sobre a linha de incisão. Pois o nó
é um local no qual há acumulo de bactérias podendo causar infecções e atrapalhar o processo
de cicatrização.
FIOS DE SUTURA:
Quanto à permanência:
- Absorvível
- Não absorvível
Quanto à origem:
Animal:
- Catgut: é monofilamentar e absorvível feito de serosa de intestino de gato ou carneiro por
isso pode causar uma reação inflamatória e a proteólise ocorre em 8 a 10 dias.
- Seda: é o mais utilizado na odontologia, é multifilamentar (acumula sujeira) e não absorvível
(pode ser siliconizado), é de baio custo e resistente.
Vegetal:
- Algodão: é multifilamentar (acumula sujeira), não absorvível, barato e pode causar reação
inflamatória.
- Linho (não absorvível)
Sintéticos:
- Poliéster (não absorvível)
- Nylon/Mononylon®: é monofilamentar, não absorvível, biocompatível, porém rígido (nó pode
se desfazer rápido)
- Polipropileno: é monofilamentar e não absorvível.
- Ácido poliglicólico – PGA (absorvível)
- Poliglactina 910/Vicryl®: é multifilamentar (não acumula sujeira), absorvível e biocompatível.
- Poliglecaprone 25/ Monocryl®: é monofilamentar, absorvível, resistente, maleável, não
acumula sujeira, porém é muito caro, entretanto é que mais se aproxima do fio ideal.
OBS: A espessura dos fios 3-0 E 4-0 são as idéias para odontologia.
7 – CUIDADOS PÓS-SUTURA
Nos cuidados com a ferida cirúrgica pode – se fazer uso de clorexidina ou outros antissépticos,
realizar limpeza com gaze ou cotonete com água ou outros agentes, escovação pode ser
realizada, mas evitando a área e manter a sutura em média por 5 dias. A remoção da sutura
deve ser feita da seguinte maneirar, com uma pinça se puxa as extremidade do ponto da
sutura e corta com a tesoura.
INDICAÇÕES:
- Cáries extremas
- Envolvimento endodôntico
- Doença periodontal grave
- Dentes não irrompidos
- Dentes supranumerários
- Finalidade ortodôntica
- Dentes fraturados (quando não possível restauração)
- Pacientes que serão irradiados (radioterapia)
- Razões econômicas
- Estética (na literatura dentes manchados consiste em uma condição passível de extração
indicada, porém hoje há vários meios pra mimetizar essas manchas).
CONTRA-INDICAÇÕES:
Locais:
- Pacientes que foram irradiados (radioterapia)
- Remoção de dentes associados à tumores, não fazendo a remoção do tumor.
- Pericoronarite ou infecções agudas (primeiro controlar a inflamação).
Sistêmicas:
- Pacientes com doenças metabólicas descontroladas
- Pacientes com doenças cardiovasculares
- Pacientes com doenças hematológicas
- Pacientes gestantes
- Pacientes que fazem o uso de aspirina e anticoagulantes
- Pacientes que fazem o uso de corticóides e imunossupressores
Deve – se avaliar o acesso ao dente, com isso, analisa-se a abertura bucal, se o paciente
apresenta trismo, a posição do dente, mobilidade e condições da coroa e técnica de extração
adequada.
EXAME RADIOGRÁFICO
Sempre deve ser realizado e apresentar boa qualidade. Deve está visível e acessível durante a
realização da cirurgia. Através desse exame se visualiza condições como hipercementose,
dilacerações, divergências e raízes supranumerárias e a relação do elemento com estruturas
anatômicas.
Tem como finalidade destruir ou remover m.o das mãos. Pode ser feita com iodo, clorexidina
ou álcool glicerinado. A lavagem deve ser feita de modo correto e em seguida o profissional
deve se paramentar.
PREPARAÇÃOA DA MESA
ANTISSEPSIA EXTRAORAL
Tem como finalidade destruir ou remover m.o da face (região peri-bucal, mento, nariz,
bucinador, masséter, região submentoniana e submandibular) dos pacientes. Deve ser feita
antes da colocação dos campo fenestrado e pode ser feita com clorexidina a 2% ou iodo (PVPI)
ou outros.
ANTISSEPIA INTRA-ORAL
Tem como finalidade diminuir a quantidade de m.o da boca. Nesse caso são usados produtos
para o controle de biofilme como clorexidina, listerine ou periogard.
FÓRCEPS
Os fórceps apresentam numeração e forma variada a depender do dente a ser extraído. A
empunhadura é um importante fator na sua efetividade, podendo oferecer um aumento na
força de até 3 vezes.
MOVIMENTOS PARA EXTRAÇÃO COM FÓRCEPS
1 - Apreensão
2 – Intrusão
Movimento realizado no sentido apical determinando o eixo ou fulcro. Quanto mais apical o
fórceps for aplicado/inserido entre o osso e o dente melhor e mais pra cima fica o eixo ou
fulcro.
3- Luxação
Movimento realizado no sentido vestíbulo-lingual. O movimento sempre deve ser realizado
com mais forca pra região de menor resistência, no caso da maxila, para o lado vestibular e pra
mandíbula, de pré a pré-molar para o lado vestibular e nos molares para a lingual.
O movimento de luxação deve ser realizado lentamente e de forma controlada objetivando
dilatar o alvéolo sem causar fraturas.
4 – Rotação
Esse movimento só é realizado na extração de dentes uniradiculares com formato cônico e
sem dilaceração.
5 – Extração
Movimento de retirada do dente do alvéolo. Deve ser feito de forma suave, se o dente se
mostrar resistente significa que os movimentos anteriores não foram realizados efetivamente
ou há algum empecilho. Importante lembrar que deve – se ter cuidado nesse movimento para
que o fórceps não se choque com os dentes antagonistas.
Esses instrumentos apresentam ponta ativa, haste e cabo. A ponta ativa pode ser reta,
angulada e apical e eles podem oferecer um aumento de força de ate 14 vezes.
1 – Alavanca:
Movimento semelhante ao que é realizado para abrir a tampa de uma garrafa com abridor. O
extrator é colocado na face interproximal (espaço do ligamento periodontal) e é abaixado.
2 - Cunha
Movimento de encaixe do extrator entre o dente e o osso (espaço do ligamento periodontal)
na mesial ou distal.
POSIÇÃO DO PACIENTE
- Extração de dentes inferiores: plano oclusal paralelo ao solo, paciente sentado ou levemente
inclinado.
- Extração de dentes superiores: plano oclusal perpendicular ao solo, paciente quase ou
deitado.
OBS: A cabeça do paciente deve ficar reta ou voltada para o cirurgião e deve ser colocado na
altura ou ligeiramente abaixo dos cotovelos do cirurgião.
TÉCNICAS
- Exodontia por via alveolar:
1 – Antissepsia e anestesia
2 - Desinserção dos tecidos moles
3 – Luxação com os extratores: devem ser colocados perpendicular ao dente, de maneira que a
ponta ativa (reta ou goiva) fique voltada para o dente e face curva para o osso e em seguida se
realiza os movimentos de alavanca, cunha e roda e eixo.
4 – Adaptação do fórceps, primeiro na lingual/palatina e depois na vestibular e ai realiza os
movimentos de apreensão, intrusão, luxação (cortical +fina), quando necessário e possível
rotação e extração.
OBS: a aplicação da força deve ser realizada pelo ombro e parte superior do braço e pelo
punho.
LEMBRAR: Os movimentos devem se lentos e controlados, somente o suficiente para
promover a dilatação do alvéolo e ter cuidado com os dentes vizinhos e antagonistas.
OBS: a mão oposta tem a função de estabilizar a cabeça do paciente (preferencialmente
segurando o osso alveolar, o que também dá a noção por meio do tato da expansão alveolar) e
afastar a bochecha.
INSTRUÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
Entregar uma folha com orientações para o paciente operado na boca, além de entregar isso
se deve orientar verbalmente.
- há uma ordem de realização, primeiro maxila e depois mandíbula, isso porquê a anestesia na
maxila passa mais rápido e a extração é mais fácil e rápida.
- a extração na maxila deve se iniciar pelos dentes posteriores, sendo o 1º M e C os dentes
mais difíceis de serem extraídos, por isso devem ser os últimos, pois sem dentes vizinhos se
tornam menos resistentes.
- a desinserção pode abranger uma maior área (retalho em envelope).
- luxação de todos os dentes deve ser feita com extrator reto e extração com fórceps.
- pode ser necessária a remoção de pequena quantidade de osso vestibular para evitar fratura
e perda óssea.
Desvantagens:
- sangramento sobre os inferiores
- fragmentos podem cair nos alvéolos inferiores, se esta for feita primeiro
Definição:
Para está livre de acidente e complicações o melhor é se prevenir realizando uma avaliação
pré-operatória (se diagnosticar alguma doença metabólica, por exemplo, não atender e fazer o
encaminhamento para o médico), ter conhecimento acerca da história médica, realizar exames
radiográficos antes da cirurgia (pra visualizar a anatomia do dente e possíveis relações com
estruturas circunjacente), fazer o uso correto dos instrumentos, orientar o paciente no pós
operatório e fazer um bom planejamento. Recomenda-se se ter contato com colegas de outras
especialidades e com médicos, ter telefones de hospitais e saber de horários de
funcionamento e o caminho mais rápido e ter auxiliares treinados.
- retalho inadequado
- falta de atenção
- afastadores
- brocas (haste)
- descoladores, extratores e cinzéis
- força excessiva e descontrolada
FRATURAS RADICULARES
Geralmente ocasionadas por raízes longas, curvas ou divergentes, áreas de osso compacto e
ausência de ostectomia e/ou seccionamento (ao invés disso quer tirar na força).
O procedimento em casos de fraturas radiculares é avaliar o grau de luxação do dente antes da
fratura, realizar uma radiografia periapical, conseguir uma visualização adequada da região
periapical por meio da confecção de retalho, osteoctomia, irrigação e aspiração e usar
extratores apicais (movimentos cuidadosos).
Além de fraturas radiculares, também pode ocorrer fraturas de tábuas ósseas (avaliar as
paredes ósseas do alvéolo pra isso não acontecer) e do túber (comum em extração dos 3°
molares) e entre outros.
Pode ocorrer para os seios maxilar, espaço infra-temporal, fossa ptérigo-maxilar e espaço
submandibular.
O seio maxilar pode ser observado em radiografia e sua localização pode variar. Nunca se deve
aplicar força apicais bruscas em direção ao seio maxilar.
Quando há deslocamento para o seio se realiza o acesso de CALDWELL-LUC sob anestesia local
e se aplica antibioticoterapia.
Alguns cuidados pós – operatórios devem ser adotados como não tomar líquido com canudo,
espirrar de boca aberta, paciente que fuma não tragar, deve ser realizado antibioticoterapia
com amoxicilina ou clindamicina, fazer uso de descongestionantes nasal para manter o óstio
(orifício que comunica cavidade nasal com o seio maxilar) aberto e de anti-histamínicos.
COMUNICAÇÃO BUCO-SINUSAIS
Em eventuais extrações de dentes que podem está relacionados com o seio maxilar, pode
haver fratura do assoalho desse seio.