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Trata-se do resumo da obra de Florestan Fernandes Capitalismo Dependente e classes sociais na America Latina, elaborado para a apresentação em sala de aula no Mestrado de Serviço Social, Política Social e Territórios da UFRB.
Trata-se do resumo da obra de Florestan Fernandes Capitalismo Dependente e classes sociais na America Latina, elaborado para a apresentação em sala de aula no Mestrado de Serviço Social, Política Social e Territórios da UFRB.
Trata-se do resumo da obra de Florestan Fernandes Capitalismo Dependente e classes sociais na America Latina, elaborado para a apresentação em sala de aula no Mestrado de Serviço Social, Política Social e Territórios da UFRB.
Capitalismo Dependente e Classes Sociais na América
Latina. 2ª ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1975.
O autor aborda os diferentes sentidos empregados para conceituar classe social.
Fonte: Elaboração própria
Com o objetivo de discutir as classes sociais na América Latina, parte-se de três
temas para situar as questões relacionadas ao estudo. No primeiro momento, questiona a existência de classes sociais na América Latina? No segundo, o Capitalismo Dependente e Classes Sociais e no terceiro, Classe, Poder e Revolução Social. Estes temas são objeto de estudo dos sociólogos latino-americanos na temática das classes sociais e são definidos em diferentes níveis de análise e interpretação.
Nos estudos aqui mencionados, entende-se sobre alguns aspectos que a
economia capitalista, a sociedade de classes e sua ordem social competitiva atuam como o “motor da história”, pois as classes sociais abrangem em diferentes espaços: metrópole, campo ou cidade, círculos sociais privilegiados. Estes setores coexistem com uma massa condenada a níveis de vida inferiores ao de subsistência, desemprego, miséria, marginalidade exclusão social e política. Neste sentido, as classes sociais se superpõem a outras categorias sociais de agrupamento, de solidariedade e de articulação e se manifestam nas sociedades latino-americanas como formações histórico-sociais típicas: de bases perceptivas e cognitivas das atitudes e comportamentos de classe; de conteúdos e orientações da consciência e relações de classe e o da diferenciação, articulação e oposição das classes sociais em si. O capitalismo constituído na América Latina floresceu graças a modernização do arcaico, sendo que a inovação passou a ser regra, surgindo termos como: “nova mentalidade industrial” e “novas estruturas econômicas, entre outros. No entanto, estes termos, não estabelece uma “era industrial”, percebe-se, que estes novos surtos de crescimento econômico renovam e fortalecem desigualdades econômicas, sociais e políticas incompatíveis com a ordenação em classes sociais. Ao discutir Capitalismo Dependente e Sociedade de Classes, três questões são apresentadas para facilitar o emprego com clareza e precisão do conceito de sociedade de classe social ás condições predominantes nas sociedades latino-americanas. Primeiro, refere ao Capitalismo Selvagem, segundo, á forma e dinamismos da sociedade de classes e por último, aos processos de formação, evolução e desintegração da ordem competitiva na sociedade de classes associada ao capitalismo dependente;
O Capitalismo dependente aqui, tem como foco, os processos de exploração e
de expropriação do trabalho. Assim, o capitalismo dependente, gera, ao mesmo tempo subdesenvolvimento econômico e o subdesenvolvimento social, cultural e político, unido o arcaico ao moderno, enfatizando que a ordem social competitiva é acima de tudo uma configuração de papéis econômicos, dissociados das posições sociais. Assim sendo, no capitalismo dependente, a sociedade de classes possui seus próprios dinamismos econômicos, sociais e culturais pautando em padrões de acumulação originária de capital e de mercantilização do trabalho. Neste sentido, há um desgaste das “massas trabalhadoras”, da “ gente pobre” e das “classes operárias” que tem reduzidas suas potencialidades e os anseios de uma reforma ou mudança social. Três vias poderiam abrir para a solução de problemas do capitalismo dependente: primeiro, o fortalecimento a incorporação dos países da América Latina ao espaço econômico, sociocultural e político das nações capitalistas hegemônicas; segundo uma “revolução dentro da ordem” a partir da multiplicação rápida dos pontos de disseminação dos “privilégios estratégicos” universalizando-os entre a classe “média” e classe “baixa”. Sendo estas duas alternativas impraticáveis por diversas questões. Assim, a terceira via intitulada, “revolução contra a ordem” efetivada por meio da explosão popular e do socialismo, embora não seja fácil, por vários motivos externos e internos, é possível na “escala latino-americana, como por exemplo em Cuba. Esta seria a única via efetivamente capaz de superar a dependência e o subdesenvolvimento, por uma ordem social igualitária e democrática, em que não se pode consolidar o capitalismo por meios políticos, entendo que as estruturas de poder de uma sociedade de classes são abertas para as classes privilegias e fechadas para as demais classes. Assim sendo, há um desequilíbrio crônico, pois suas classes privilegiadas não poderão preservar a ordem por muito tempo, elas podem na tentativa de promover a estabilidade da ordem liberar forças sociais revolucionárias capazes destruí-las.