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A superioridade da cozinha francesa às demais é algo que nos faz refletir sobre os aspectos
que antecederam a esse sucesso. Através da História Moderna e Contemporânea chegamos às
suas origens e à junção de elementos indispensáveis, como a riqueza dos ingredientes, a
sabedoria de como utilizá-los e o requinte. A gastronomia Francesa é responsável por
inúmeras outras cozinhas que nela se espelharam devido ao seu sucesso e estão espalhadas
pelo mundo. Estas usaram a Francesa como exemplo no aspecto de fazer a comida e a mesa
como arte.
A Idade Média era uma civilização que consumia bastante cereais e o pão se tornou o principal
alimento consumido na ceia, juntamente com o vinho. A evolução da cozinha foi lenta, porém,
progressiva, deixando de lado alguns alimentos como temperos de peixes que foram
substituídos por outras especiarias como noz-moscada e o cravo da Índia. Ao longo da Idade
Média, aconteceu outra importante mudança. A postura do corpo do indivíduo ao comer foi
alterada, pois, a cozinha foi fundada nos picados e almôndegas que podiam ser agarradas com
as mãos e posteriormente, a mesma priorizava o corte das carnes. Deixando de lado o ato de
comer deitado para então, comer sentado.
A descoberta das Américas, das novas rotas para as Índias e a conquista espanhola da América
Central trouxeram novos alimentos para os europeus como, por exemplo: milho, tomate,
pimenta, batata, feijão entre outros.
No século XVIII, viu-se surgir à individualização da comida, isto é, um prato e seus talheres para
cada pessoa. Surgindo então os fundamentos da refeição moderna: a elegância da mesa, a
etiqueta e o comportamento diante a mesa para comer e para beber.
Ao decorrer do século, a forma de dispor a comida nos pratos foi fortemente influenciada
pelos acompanhamentos e a consequente expulsão da ditadura do alho e da cebola. Os
legumes, os vegetais e os temperos passaram a dar cores aos pratos. Antes da Revolução
Francesa (1789-1799), inventou-se, em Paris, o primeiro restaurante. Há duas versões sobre a
criação dos mesmos. A primeira é de Flandrin e Montanari, onde o padeiro e vendedor de
sopas resolveu colocar em seu estabelecimento caldos a disposição dos seus clientes. Com o
aumento da clientela passou-se a exigir novos pratos. A segunda versão parte de Spang, que
atribui a Marthurin Roze de Chantoiseau a fundação do restaurante. Roze, após algumas
tentativas de elaboração de projetos para ajudar a França a sair da sua crise em 1765, abriu as
portas do primeiro restaurante. Chefes de cozinha, desempregados, devido a Revolução,
acabaram também abrindo seus próprios restaurantes. Tornando então a cozinha artística dos
grandes mestres, antes só encontrada nas residências de poderosos, agora mais acessível.
Nasce assim, o restaurante na França, tornando a cozinha francesa famosa e respeitada.
Desenvolveu-se uma verdadeira “ciência da mesa”para designar o que Montaigne chamava de
“ciência da gula”.
“Nouvelle Cuisine” foi uma denominação Francesa para uma total renovação culinária ligada a
cultura pós-maio de 1968, usando ingredientes frescos de temporada, processos de
cozimentos curtos, cardápios leves, evitando-se marinadas, fermentações e molhos a base de
farinha, manteiga e caldos.
Há agora uma nova cozinha na França. Em recente evento em Tours/França, intitulado “Novas
tendências culinárias”, foi constatada a realidade de que não há como abstrair as influências
da cozinha molecular na culinária francesa.
A "Gastronomia Molecular" foi criada em 1988, por Nicholas Kurti e Hervé This, esta valoriza os
resultados da Ciência dos Alimentos junto a particulares, acompanhando-os na cozinha, até o
prato final (pronto). Acredita-se que com as colaborações do mundo culinário profissional, esta
irá contribuir para o avanço da culinária francesa.