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FACULDADE FUCAP
KARINA BRASILICIO DE OLIVEIRA

ANALISE DA CAPACIDADE PRODUTIVA EM UMA EMPRESA DE


BENEFICIAMENTO DE MARMORES E GRANITOS

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Graduação em
Engenharia de Produção da Faculdade FUCAP,
como parte dos requisitos à obtenção do Título
de Engenheiro de Produção.

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Orientador: Halyson de Oliveira

Capivari de Baixo – SC
Outubro – 2018
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1. Definição do Problema

Uma das necessidades básicas das empresas que tem como seu principal ramo de
atividade a produção de bens é ter o conhecimento de todos os seus processos produtivos,
principalmente no que tange o seu funcionamento. Essas informações têm se tornando cruciais,
principalmente quando se trata de indústrias onde suas operações fabris são controladas sem a
presença de estoque em processamento e sua produção é controlada pela demanda do mercado,
sendo o seu start.
Por isso, a operação produtiva deve responder a demanda de forma eficaz, e
principalmente estar capacitada para decidir como a operação deve reagir às flutuações que
podem ocorrer mensalmente com a demanda. (Slack, 2002).
Surgindo a necessidade de determinar a capacidade produtiva que as empresas possuem,
considerando ainda, que muitas organizações operam abaixo de sua capacidade total de
processamento. Isso pode ser devido, a uma demanda insuficiente, ou má distribuição das
atividades no processo produtivo, resultando ociosidade em alguns setores e sobrecarga em
outros (Slack, 2009).
Slack (2002) define o estudo de tempos como um procedimento para a melhoria da
produtividade ao estabelecer padrões de tempo e classificar os movimentos utilizados ou
necessários para executar uma determinada série de operação e atribuindo padrões de tempo
predeterminados para estes movimentos. O estudo de tempos e movimentos evidencia desta forma,
a eficiência da aplicação dos recursos disponíveis no alcance dos objetivos de desempenho do
trabalho.
As empresas de beneficiamento de mármores e granitos por possuírem um portfólio de
produtos amplo, e sua demanda variável, para terem informações mais confiáveis sobre os seus
processos produtivos, tal como sua capacidade de produção, é aconselhável abordar e aplicar
cálculos que tragam análises sobre o tempo gasto nas atividades de cada setor de produção.
Até quanto um maquinário consegue produzir e em quanto tempo, são informações
essenciais para definir quando é possível a entrega de um produto solicitado e para que a
empresa consiga aproveitar o máximo de seus recursos, mantendo a confiabilidade do cliente.
Levando estas informações em consideração, como seria possível mensurar especificamente a
capacidade produtiva de uma empresa do ramo de beneficiamento de mármores para determinar
prazos mais confiáveis aos seus clientes?
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2. Justificativa

Conhecer seu processo produtivo demanda uma analise especifica do fluxo de trabalho,
em que se deve definir como ou quando uma atividade ocorre, listando os recursos utilizados
para execução da atividade, sempre denotando que cada processo tem inicio e fim bem
determinados. Uma ferramenta que auxilia nessa atividade é o mapeamento de processos, que
possibilita o melhor entendimento dos processos atuais.
O mapeamento de processos vem ao encontro da identificação dos principais passos e
decisões em um fluxo de trabalho de rotina de forma visual. Também controla o fluxo de
informações, materiais e documentos envolvidos no processo e esclarece tarefas, decisões e
ações que são necessárias em determinados pontos no tempo. (BARBROW; HARTLINE,
2015).
A obtenção destes dados possibilita ao gestor responsável, realizar uma analise
criteriosa dos processos produtivos, assim como proporcionar umas visões globais de todas as
atividades envolvidas. Com isso, estas informações serão também ponto de partida para realizar
a analise da capacidade produtiva da organização e assim mensurar o tempo exato e especifico
que determinadas peças produzidas serão entregues aos clientes que as solicitaram.
Automaticamente ao se definir um prazo exato para a entrega de um produto solicitado
para produção, é possível além de construir a fidelidade e confiabilidade do cliente estabelecer
vantagens competitivas aos concorrentes da região e poder atender as futuras demandas dos
produtos, possibilitando também padronizar ações e estabelecer um tempo máximo para
executa-las.
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3. Objetivos Geral e Específico

Determinar a capacidade produtiva de uma empresa de beneficiamento de pedras como


mármores e granitos com o proposito de definir prazos mais confiáveis aos clientes.
 Conhecer as etapas e atividades de todo o processo produtivo, desde a venda do
projeto até a entrega.
 Definir o tempo em que o projeto leva para ter seu inicio na linha produção.
 Realizar o levantamento do tempo em que cada atividade demora a ser realizada.
 Efetuar a análise da capacidade produtiva e do tempo de produção estimado para
os projetos usuais da empresa.

4. Metodologia

Esta pesquisa caracteriza-se como aplicada e explicativa de caráter quantitativo, visto


que objetiva conhecer detalhadamente o processo produtivo e calcular até quanto é possível
produzir, mensurando o tempo máximo e mínimo de entrega das peças solicitadas.
A empresa alvo atua no segmento de produção com mármores e granitos e está
localizada no Sul do Estado de Santa Catarina. Produz peças de design diferenciado,
trabalhando através de pedidos e projetos, conforme especificação do cliente.
A coleta de dados será in loco, com levantamento de informações direto na linha de
produção, desde a venda do produto até a montagem das peças completas na casa do cliente.
Será realizado um mapeamento de processo, coletando dados referentes ao fluxo de trabalho
e de cada etapa envolvida no processo.
Em termos práticos, a pesquisa se dará por meio de quatro etapas, a primeira etapa
consistirá em realizar o mapeamento do processo, para identificar cada etapa envolvida
juntamente com seu inicio e fim. É necessário sempre pensar no fluxo de informações de cada
processo individualmente, sendo incluído na analise os objetivos do processo, suas entradas,
componentes e saídas geradas. Nesta etapa será necessário também desenhar e documentar o
processo através de um fluxograma.
Na segunda etapa será calculado quanto tempo demora para dar inicio ao projeto
através da criação de um controle de produção para monitorar a data de entrada e saída do
pedido, desde o momento que ele foi vendido até a data que ele foi liberado para produção.
Com isto será obtido o tempo que o projeto leva para concluir as etapas administrativas antes
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do processo produtivo. Este controle será feito com uma planilha do Excel com detalhamento
de atividades.
A terceira etapa consistirá no levantamento do tempo em que cada atividade que
envolve as etapas de produção demora a ser feita. Será usado o documento Folha de Controle
de Produção, realizando algumas alterações na Ordem de Produção atual da empresa,
incluindo os seguintes itens:

FOLHA CONTROLE DE PRODUÇÃO

Etapas do processo Data Inicial Hora Inicial Data Final Hora Final

Corte - serra ou manual

Acabamento

Montagem das peças

Limpeza

Figura 1 – Fonte: A autora.

E por fim, na quarta e ultima etapa, se dará inicio a análise da capacidade produtiva e
o tempo de produção estimado para os projetos usuais da empresa, com a criação de uma
programação de produção, indicadores de produção e produtividade e o tempo total do
processo, baseando-se nos dados coletados das etapas anteriores.
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5. Referencial Teórico

Nesta seção é apresentada a fundamentação teórica relacionada ao objeto de estudo


abordado, apresentando os conceitos acerca da indústria de mármore e granitos, a seguir,
aprofundar a discussão sobre as ferramentas utilizadas para a análise da capacidade produtiva.

5.1 Mármores e granitos no Brasil

Comercialmente são classificados como mármores, todas as rochas carbonáticas


capazes de receber polimento. A composição mineralógica depende da composição química do
sedimento e do grau metamórfico. Dessa forma, possuem uma variedade de cores e texturas,
estruturas que as tornam bastantes rentáveis na indústria de rochas ornamentais.
O Brasil possui uma grande quantidade de jazidas de pedras ornamentais com grande
potencial exportador. Isso o coloca na 8ª posição no ranking de países exportadores de blocos
e o 5º maior exportador de rochas ornamentais acabadas. Atualmente, o mercado de rochas no
país movimenta cerca de 2,1 bilhões de dólares por ano, incluindo a comercialização no
mercado interno e externo e as transações de máquinas, equipamentos, insumos e materiais de
consumo e serviços. São mais de 1.200 variedades de rochas ornamentais encontradas em solo
brasileiro e exploradas por 12.000 empresas instaladas por todo o território nacional, gerando
100 mil empregos diretos.

5.2 Capacidade produtiva

Capacidade Produtiva é definida como “o máximo nível de atividade de valor


adicionado em determinado período de tempo que o processo pode realizar sob condições
normais de operação” (SLACK, 2007, p. 344).
Analisar a capacidade produtiva da indústria auxilia os gestores a avaliar se está
ocorrendo produção em excesso ou em falta, sempre relacionando-a com a demanda do
mercado. Uma demanda superior à capacidade de produção poderá significar clientes não
atendidos ou atendidos com atraso.
Segundo Slack (2007) para se manter competitiva no mercado e conseguir atender sua
demanda de forma adequada, mantendo os clientes satisfeitos, é necessário obter a capacidade
produtiva de todos os setores da empresa, visto que todos os setores dependem um do outro
para dar prosseguimento a produção. Uma marmoraria, por exemplo, precisa que o setor de
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corte realize suas atividades dentro do tempo previsto para que os processos seguintes não
atrasem.
Ao se realizar um planejamento e controle da capacidade será facilmente possível
informar ao cliente quanto tempo será necessário para produzir seu produto solicitado e quando
o produto estará pronto para ele. Isso garante a sua satisfação e atende melhor as demandas que
possam vir.

5.2.1 Estudo dos tempos e movimentos

Para ter uma visão detalhada da produção é necessário registrar cada etapa do processo
produtivo, uma vez que se torna mais claro o seu funcionamento, possibilitando a identificação
de problemas (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2009).
Segundo Sugai (2003) o foco dos estudos dos movimentos é escolher um método mais
apropriado para efetuar uma atividade no trabalho, após uma análise dos processos que já eram
executados pelo funcionário. Com essa análise feita serão extintos os movimentos que são
desnecessários ou obsoletos que provocam perda de tempo.
O estudo de movimentos e de tempos é o estudo sistemático dos sistemas de trabalho
com seguintes objetivos:
1. Desenvolver o sistema e método preferido, usualmente aquele de menor custo;
2. Padronizar esse sistema e método;
3. Determinar o tempo gasto por uma pessoa qualificada e devidamente treinada,
trabalhando em ritmo normal, para executar uma tarefa ou operação especifica;
4. Orientar o treinamento do trabalhador no método preferido (BARNES, 1977 p.1).
Observa-se que o estudo de tempos analisa a mão-de-obra em cada etapa e/ou setor da
produção e obtêm-se as informações necessárias para avaliar a possibilidade de um maior
aproveitamento de tempo e por consequência uma maior eficiência produtiva. Entretanto é
estabelecido primeiramente um tempo padrão para o operador exercer determinada atividade e
após padronizar suas ações.

5.2.1.1 Tempo padrão

Tardin, et al (2013), definem o tempo-padrão como a quantidade de tempo necessário


para a execução de uma tarefa específica por um operário, sendo realizada em um determinado
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ambiente, incluindo o tempo requerido com margens para acontecimentos, necessidades


pessoais, repouso, atrasos imprevisíveis e pessoais.
Desta forma, através do encontro do tempo-padrão, deve-se padronizar o método e
estabelecer o tempo para cada tarefa, fazendo com que o trabalhador trabalhe em um ritmo
considerado normal, com isso, servirá como referência para que possa determinar a capacidade
produtiva de determinada área e elaboração de programas de produção.
Para encontrar o tempo-padrão é necessário uma serie de cronometragens de cada etapa
do processo produtivo, desde o corte das pedras até o a montagem e/ou colagem das pedras para
formar o produto. Ao levar antes informações em consideração, para uma empresa aumentar
sua capacidade produtiva é necessário a redução de seu tempo-padrão.
Figueiredo, Oliveira e Santos (2011) afirmam que a utilização da cronoanálise
(cronometragem) pode determinar o método mais eficiente e rápido para execução de uma
operação, dispondo também a possível identificação de falhas, além disso, a cronoanálise
possibilita encontrar a capacidade produtiva, pois essa capacidade pode ser definida pela maior
quantidade produzida de um produto em um tempo pré-definido. No caso deste projeto, será
necessário calcular uma média das cronometragens, pois cada projeto desenvolvido na
marmoraria difere do outro.

5.3 Mapeamento de Processos

Para Orofino (2009) o procedimento de mapeamento de processos deve se iniciar


através da visualização global do processo para então partir para a visão mais especifica,
identificando as principais atividades e funções pertinentes ao processo assim como os
responsáveis pela execução de tais atividades. Este raciocínio pode ser aplicado a este trabalho,
pois um dos objetivos é exatamente realizar o mapeamento dos processos da organização.
Segundo Kettinger et al. (1997), muitas são as técnicas de representação, usadas para
construir modelos de processo, disponíveis que auxiliam a elaboração de diferentes tipos de
mapas. Mas qualquer que seja a técnica adotada, o mapeamento de processo segue,
normalmente, as seguintes etapas (Biazzo, 2000):
1. Definição das fronteiras e dos clientes do processo, dos principais inputs e outputs e
dos atores envolvidos no fluxo de trabalho;
2. Entrevistas com os responsáveis pelas várias atividades dentro do processo e estudo
dos documentos disponíveis;
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3. Criação do modelo com base na informação adquirida e revisão passo a passo do


modelo seguindo a lógica do ciclo de “author-reader” (onde o “reader” pode ser tanto aqueles
que participam do processo como potenciais usuários do modelo).
Tendo sido feito o mapeamento dos processos o passo seguinte é a identificação das
falhas e deficiências existentes e a elaboração de medidas de melhorias, o estabelecimento de
prazos para implantação e obtenção de resultados das medidas adotadas para então estabelecer
um padrão aceitável para a realização do processo tendo em vista as condições e recursos
disponíveis no momento (OROFINO, 2009).

6. Recursos

Para determinar a análise e acompanhamento do processo, a necessidade dos seguintes


itens foi de fundamental importância, abaixo relacionamos:
 Computador – utilizado para inserir e analisar os dados coletados no processo
produtivo.
 Cronômetro de hora centesimal – utilizado para cronometrar o tempo que cada etapa
do processo produtivo demora a ser feita
 Ordem de Produção – utilizada para anotar o tempo de cada etapa do processo
produtivo.
 Office Excel – utilizado para organizar os dados coletados.
 Operadores da linha de produção – anotarão na Ordem de Produção o tempo de cada
etapa do processo produtivo.

7. Resultados esperados

Espera-se com esta pesquisa encontrar a real capacidade produtiva da empresa, para
então eliminar o problema de atrasos na entrega dos pedidos solicitados, e encontrar prazos
mais confiáveis para os clientes.
Com a análise dos dados coletados e calculados, espera-se que na hora que o cliente
solicite um orçamento, já lhe seja passado na hora a data exata que o pedido será montado em
sua residência/empresa.
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8. Bibliografia

PACHECO, Diego Augusto de Jesus, et al. Modelo de gerenciamento da capacidade


produtiva: Integrando teoria das restrições e o índice de rendimento operacional global.
UNISINOS – Universidade do Vale do Rio dos Sinos de São Leopoldo, 2012. Disponível em:
< https://producaoonline.org.br/rpo/article/download/981/940> Acesso em: 25 de out. 2018.

ROCHA, Juliana Aparecida Vieira; NAVARRO, Alexandre. A importância da capacidade


produtiva e cronoanálise para empresas do polo moveleiro de Ubá. Universidade Federal
de Viçosa, 2014. Disponível em: < http://www.saepro.ufv.br/wp-content/uploads/2014.15.pdf>
Acesso em: 18 de ago. 2018

SANTOS, Lucas Almeida dos, et al. Mapeamento de Processos: Um estudo no ramo de


serviços. Universidade Federal de Santa Catarina, 2015. Disponível em: <
http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/IJIE/article/viewFile/3667/pdf_107> Acesso
em: 05 de out. 2018

CORREIA, Kwami Samora Alfama, et al. Mapeamento de processo: Uma abordagem para
análise de processo de negócio. Universidade Federal de Itajubá, 2002. Disponível em:
<www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2002_tr10_0451.pdf> Acesso em: 15 de out. 2018

KATO, Alan Kiyomasa, et al. Modelagem da capacidade produtiva através da aplicação da


engenharia de métodos em uma empresa de mármores e granitos. Universidade do Estado
do Pará, 2003. Disponível em: <
www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2003_TR0114_0937.pdf> Acesso em: 08 de ago. de
2018.

VIEIRA, Romero Rondinele dos Santos, et al. Determinação do tempo padrão em uma
operação do setor de panificação. Universidade Federal Rural do Semi-Arido, 2016.
Disponível em: < www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_226_317_29643.pdf> Acesso em:
01 de nov. 2018
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MILHOMEM, Danilo Alcantara, et al. Aplicação do estudo de tempos e movimentos para


fins de melhorias no processo produtivo de uma fábrica de cerâmica vermelha.
Universidade do Estado do Pará, 2015. Disponível em: <
www.abepro.org.br/biblioteca/tn_stp_206_220_27155.pdf> Acesso em: 01 nov. de 2018

SOUZA, Rejane de Jesus, et al. Análise do estudo de tempos cronometrados para


determinar a capacidade produtiva em uma panificadora na cidade de Marabá/PA.
Universidade do Estado do Pará, 2017. Disponível em: <
www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STP_238_377_34792.pdf> Acesso em: 01 nov. 2018.

FILHO, Cid Chiodi; KISTEMANN, Denize. Setor de rochas ornamentais no Brasil. 2014.
Disponível em:
<http://mineralis.cetem.gov.br/bitstream/cetem/1739/1/CCL00180014Cap10LivroRochas.pdf
> Acesso em: 25 de nov. 2018

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