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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
EM PSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Nome da orientadora
Orientadora
INSTITUTO WP
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM
PSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Nome da orientadora
Orientadora
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
EM PSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
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Nome da orientadora
Orientadora
O transtorno de pânico é uma condição crônica e recorrente que prejudica a qualidade de vida
redução dos ataques de pânico, muitos pacientes não respondem adequadamente a essas
Comportamental
ABSTRACT
Panic disorder is a chronic and recurrent condition that impairs the quality of life and the
psychosocial functioning of the patients. Although medications are effective in reducing panic
attacks, many patients do not respond adequately to these interventions. Cognitive therapies
play a major role in the recent advancement of interventions with regard to their recognition as
for treating panic disorder and agoraphobic avoidance. The aim of the study is to describe the
INTRODUÇÃO
se sabe o transtorno de pânico (TP) tem como característica principal a compleição de ataques
repentinos de ansiedade, seguindo-se de sintomas físicos e afetivos, além do temor de lidar com
sensibilidade ao tempo?
Pode-se afirmar, ainda, que esta terapia tem como caminho a solução de
problemas atuais, bem como busca ensinar ao paciente a desenvolver sua capacidade em
se a definição de Wright, Basco & Thase (2008, p. 22) que a descrevem como um episódio onde
Neste sentido, os ataques de pânico de acordo com Barlow (2016, p. 2) são “[...]
episódios distintos de temor ou medo intenso, acompanhados por sintomas físicos e cognitivos
2013)”. Tais ataques são caracterizados por seu início inesperado ou súbito e de sua curta
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APA, American Psychiatry Association. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV-
TR). 4a. ed. rev. Porto Alegre: Artmed, 2002.
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tem seu início tardiamente, ocorrendo normalmente aos 20 anos de idade, afetando de duas a
três vezes mais mulheres do que homens e pode alcançar 3,5% da população (MANFRO, ET
AL, 2008).
Para que se alcance o intento será realizada uma revisão literária nos artigos que
divindade semi-humana. É dotado de muita agilidade, rápido na corrida, sabe camuflar-se nas
moitas, onde se esconde para espiar as Ninfas e assustá-las. Conta-se também que surgia
Inicialmente para que se possa discorrer sobre o assunto, interessante que se faça
algumas breves considerações acerca do transtorno de pânico que segundo Bruna (2018):
[...] síndrome ou transtorno do pânico (ansiedade paroxística episódica) é uma doença que se
caracteriza pela ocorrência repentina, inesperada e de certa forma inexplicável de crises de
ansiedade aguda marcadas por muito medo e desespero, associadas a sintomas físicos e
emocionais aterrorizantes, que atingem sua intensidade máxima em até dez minutos. Durante o
ataque de pânico, em geral de curta duração, a pessoa experimenta a nítida sensação de que vai
morrer, ou de que perdeu o controle sobre si mesma e vai enlouquecer. [...]. O episódio pode
repetir-se, de forma aleatória, várias vezes no mesmo dia ou demora semanas, meses ou até anos
para surgir novamente. Pode ocorrer também durante o sono.
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absolutamente inopinadas de medo e desespero, sendo que a pessoa tem a nítida impressão de
que está morrendo devido a um ataque cardíaco, uma vez que seu coração dispara, sente falta
Transtorno de Pânico, sendo que tanto fatores genéticos quanto ambientais parecem contribuir
qualidade de vida das pessoas. Estudos demonstram que o seu tratamento com medicamentos
comprovada. Todavia, a recaída pode ser frequente e a falha nas táticas de enfrentamento para
lidar com episódios que lhe causem estresse, tem sido registradas como o gatilho deste remate
(VIANA, 2012).
permanecem, por pelo menos um mês, já que existe a preocupação constante de que um novo
ataque (ansiedade antecipatória) aconteça, além de suas consequências, e por uma expressiva
alteração comportamental em razão dos ataques. Este transtorno é comumente complexo por
ou de onde é difícil evadir-se ou obter ajuda em caso de novo ataque (APA, 2012).
Assim, não fazer idéia de quando ou se vai ocorrer novamente, gera um estado
de tensão e ansiedade que pode propiciar o desenvolvimento de outras fobias, sendo a mais
comum e conhecida como agorafobia2 que é marcada pelo temor de encontrar-se em situação
ou lugares dos quais não possa sair se tiver um araque de pânico (BRUNA,2 018).
2
Agorafobia é uma palavra grega que significa, literalmente, ‘medo de praça pública’. Alguns ativadores típicos
da agorafobia são o esforço vigoroso, estar sozinho, dirigir por sobre pontes ou em túneis, multidões, lugares
altos, águas profundas, trens, aviões, áreas abertas ou elevadores (Leahy, 2011).
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acabam, muitas vezes por ser afetados (KESSLER ET AL APUD VIANA, 2012). Pode-se
constatar ainda que tal transtorno está vinculado ao alto custo social, uma vez que os portadores
pública, como: emergências, consultas médicas e exames (MENDLOWICZ; STEI, 2000 APUD
VIANA, 2012).
de pânico estão ligados a fortes disposições à ação. Tais tendências, mais frequentemente estão
ligadas a necessidade de fugir e menos com a vontade de lutar, o que resulta no alto estímulo
morte, perda do controle ou até ridicularização pública. Todavia, é preciso lembrar que os
estão presentes em todas as ocorrências de pânico auto avaliadas (IZARD, 1992 APUD
BARLOW, 2016).
autonômica pressupõe ansiedade antecipatória e não o pânico real (BARLOW ET AL., 1994
APUD BARLOW, 2016), notadamente porque ataques de pânicos mais graves “[...] estão mais
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O nome dado a esta reação é estranho, mas é simples de perceber. De forma simples o mecanismo da luta ou fuga
é uma reação fisiológica que ocorre na presença de algo que é aterrorizante ou ameaçador. Ou seja, essa resposta
prepara o corpo para lutar ou fugir de uma ameaça. É também importante notar que a resposta pode ser
desencadeada devido a ameaças reais ou imaginárias. Disponível em: <https://www.vladman.net/blog/o-
mecanismo-da-luta-ou-fuga>. Acesso em: 21.abr.2018.
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percepções de ameaça ou perigo. Esta situação foi denominado, segundo Barlow (2016) como
pânico ‘não cognitivo’. Por fim, de acordo com Barlow (2016, p. 2) “[...] a urgência de escapar
por outro”.
crescente e rápida. De acordo com o autor, o modelo de Barlow amplia o conceito acima, uma
vez que segundo ele, o ataque de pânico inicial é um alarme falso que pode ser acionado na
apreensiva em relação a ataques futuros”. A conclusão que se chega é que o medo original no
TP é o medo das sensações físicas, com ênfase as associadas à ativação autonômica, com
MANFRO, 2009).
Wright, Basco & Thase (2008) ao citar Barlow et al. (1989); D. M. Clark et al.,
[...] que os pacientes com transtorno de pânico normalmente apresentam uma constelação de
sintomas cognitivos (p. ex., medos catastróficos de calamidades físicas ou de perda de controle)
e sintomas comportamentais (p. ex., fuga ou evitação). Pesquisas extensivas demonstraram a
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eficácia de uma abordagem combinada que utiliza técnicas cognitivas (para modificar as
cognições de medo) juntamente com métodos comportamentais, incluindo o treinamento da
respiração, o relaxamento e a terapia de exposição.
interessante que se entenda o que a psicoterapia (do grego psykhē - mente, e therapeuein -
curar; primeira referência ca. 1890), nada mais é do que um tipo de terapia cujo objetivo é o de
paciente.
psicopatologia, suicídio e psicometria, é o criador da Teoria Cognitiva, nos anos 60. A partir de
psiquiatra Aaron T. Beck, com pacientes deprimidos. O médico observou que pacientes
depressivos apresentavam uma visão desvirtuada de si mesmo, do mundo ao seu redor e de seu
futuro, a conhecida tríade negativa, que tem formação na infância. Daí a concluir-se que o
pensamento negativo distorcido é a chave que transforma nosso humor e por conseguinte nosso
paciente”.
Estados Unidos, da reunião de duas correntes das pesquisas em psicologia, quais sejam: a
ajudar a pessoa a reconhecer melhor o seu modo de idealizar, por meio dos pensamentos e
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respeitada no meio médico e é indicada para casos de fobia, dependência química, depressão e
Aaron T. Beck, entre outras tem se destacado expressivamente no decorrer dos anos (ARAÚJO;
SHINOHARA, 2002).
acordo com seus idealizadores, é o fato de fundamentar-se em uma formulação clinica das
de avaliação e medida, buscará associar a história de seu paciente com seus problemas de
maneira diferenciada, o que lhe permitirá desenvolver estratégias especificas na busca da ajuda
Beck; Rush; Shaw e Emery (1997), afirma que a visão teórica da TCC está
cuja a participação ativa do cliente e terapeuta, voltada para o presente, que se baseia no modelo
maneira como o indivíduo afere seus experimentos no mundo (BECK; RUSH; SHAW E
será determinante da maneira como ela irá se sentir, afetiva e fisiologicamente, e de como ela
(2008) é categórico em afirmar que é um tratamento efetivo para o TP, variando entre 74% e
95% o seu grau de eficácia, “[...] medida em termos de ausência de ataques de pânico depois
seguimentos de um e dois anos”. Acrescenta o autor (RENGÉ, 2008), que tanto a resposta
que os sentimentos e comportamentos do paciente são verificados pelo modo como ele estrutura
mudanças de pensamento e crenças de seu paciente, de modo que ocorra a mudança emocional
COMPORTAMENTAL
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Terapia Comportamental Cognitiva com hipóteses próprias, bem como novas abordagens,
De acordo com Heldt (2006) apud Otto; Withall (1995); Pollack e Smoller
(1995) a TCC caracteriza-se por ser abreviada e ter fins claros a serem atingidos, por ser prática
e por ser abrangente, sendo que ela pode ser incluída a qualquer tempo do tratamento,
especialmente para prevenir a cronicidade da doença, uma vez que os psicofármacos não tratam
uma apresentação dos pressupostos e das maneiras de atuar dos terapeutas comportamentais
cognitivos.
Cognitiva - TCC tem uma abordagem mais direta, ordinariamente com objetivos determinados
e, portanto, com um prazo definido para a conclusão do tratamento. Isto fará sentido se o
terapeuta refletir que, ao oposto de ter uma investigação geral pelo autoconhecimento, o foco
operação homogênea alcançada de modo padronizado; ao contrário, ela abraça várias táticas
dentro do indivíduo, em sua cognição, em maior importância para que as mudanças sejam
são desenvolvidas na tenra idade, por meio de interações com pessoas que tem muito
mundo em geral.
teor da sua reação cognitiva, ele sente-se entusiasmado a enxergá-la como uma hipótese em vez
de um fato. Em outras palavras, uma sugestão possível, mas não essencialmente verdadeira. De
acordo com os autores, a concepção de uma crença como uma hipótese é chamada de
‘distanciamento’ (BECK; TANG; RUBEIS, 2006, p. 270) e tem por objetivo destacar o modo
no qual é plausível se dissociar de uma crença para permitir uma análise mais objetiva.
duração, da frequência e dos desencadeamentos dos ataques, uma vez que o automonitoramento
estilo de vida, ajustamento social, redução do estresse, resolução de problemas, etc., permitindo
(KNAPP, 2004).
como essencial na terapêutica do TP, uma vez que a terapia de base cognitivo-comportamental,
irá restaurar o pensamento do paciente em afinidade à sua segurança, à ponderação das crises,
ao medo de outras crises e à agorafobia, bem como de municiar aprendizados que promovem o
De acordo com Beck; Rush; Shaw e Emery (1997, p.142) é assaz importante que
o indivíduo compreenda a coerência das várias empreitadas comportamentais que, sendo que o
[...] nos pacientes deprimidos um desafio considerável, uma vez que eles são propensos a
distorcer post facto o objectivo das tarefas. É responsabilidade do terapeuta assegurar-se de que
do paciente interprete os resultados de uma tarefa dentro dos limites do objectivo inicial. Esse
objectivo inicial, portanto, deve ficar claro desde o princípio.
Uma estratégia útil para avaliar a compreensão do paciente sobre uma tarefa é o emprego da
reversão de papéis (o paciente assume o papel do terapeuta). Assim, o paciente pode rever as
razões para a tarefa (por exemplo, a anotação de actividades diárias) e o terapeuta pode corrigir,
subsequentemente, quaisquer concepções erróneas.
finalidade analisar as condições nas quais se dilataram as crenças pessoais que, no momento,
são as causas de agonia do paciente, evitando que ele chegue a solução de seus problemas e
tem por finalidade fazer com que o paciente com TP perceba que as reações corporais
emergentes são naturais, não indicando um perigo real, mas sim provenientes de mecanismos
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fisiológicos. Assim, ele seria capaz de suportar as impressões corporais sem temor, organizando
novas estratégias de lidar com os pensamentos, sentimentos físicos e comportamentos até então
com métodos que abrangem o controle de respiração, relaxamento, exposição às situações que
pensar. A reestruturação cognitiva, tem por meta treinar o paciente a identificar os pensamentos
que atuam como gatilho com efeitos negativos sobre seu comportamento, buscando
exposição conforme o termo já diz, consiste n técnica interoceptiva, cujo objetivo é a correção
progressivo.
diafragma, inspirando-se pelo nariz e expirando-se pela boca, tirando proveito para tanto dos
principais grupos de músculos do corpo (SILVA, 2012). Interessante anotar que ambas as
isoladamente.
Alerta Beck (2014) que para um observador não treinado, a terapia cognitivo-
comportamental, as vezes pode dar a falsa impressão de ser muito simples. Todavia, os
terapeutas mais experientes realizam muitas tarefas de uma única vez, ou seja:
Se você já pratica outra modalidade terapêutica, será importante tomar uma decisão colaborativa
com os pacientes para introduzir a abordagem da terapia cognitivo-comportamental,
descrevendo o que gostaria de fazer de maneira diferente e apresentando justificativas para isso.
A maioria dos pacientes concorda com essas alterações quando elas são expressas de modo
positivo, para o bem do paciente. Quando os pacientes hesitam, você pode sugerir a instituição
de uma alteração (como, por exemplo, definir uma pauta) como um ‘experimento’, em vez de
um compromisso, para motivá-los a tentar.
rapport com o paciente desde o primeiro contato. Pesquisas revelam que as alianças positivas
BECK, 2014).
De acordo com Beck (2014, p. 41) para que o terapeuta possa alcançar o
compreensível e com resultado positivo para ambas as partes, ou seja, paciente e terapeuta. E
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pode-se afirmar que grande parte dos pacientes sentem-se mais confortáveis quando tem de
MÉTODO
CONCLUSÃO
esquadrinha por meio de suas técnicas o alinhamento dos pensamentos catastróficos que
vida do paciente.
pesquisas que vêm sendo realizadas na área, bem como sugere-se a efetivação de novos estudos
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uma modalidade muito eficaz no tratamento de pacientes com TP. Esse tratamento pressupõe a
sua grande vantagem da Terapia, uma vez que a melhora nos pacientes é mais duradoura. Tal
próprios terapeutas.
tratamentos combinados, uma vez que cada que cada paciente possui sua especialidade. O
profissional deverá realizar uma boa anamnese a fim de observar qual a melhor técnica a ser
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Costa; revisão técnica: Antônio Carlos Scherer Marques da Rosa, Elisabeth Meyer
BECK, Aaron T.; RUSH, A. John; SHAW, Brian F.; EMERY, Gary. Teoria cognitiva da
<https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/transtornosindrome-do-
KING, Anna Lucia Spear; VALENÇA, Alexandre Martins; MELO NETO, Valfrido Leão.
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Artmed, 2004.
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<http://www.psicologiamsn.com/2014/03/o-que-e-terapia-cognitivo-
<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/61733/000866440.pdf?sequen
WRIGHT, Jesse H.; BASCO, Mônica R.; THASE, Michael E. Aprendendo a terapia