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A MISÉRIA INEVITÁVEL: MALTHUS

Mário Schmidt

“Para muitos burgueses, a culpa da miséria era dos próprios trabalhadores. Assim pensava o
economista inglês Thomas Malthus (1766-1834). Em seu Ensaio sobre o princípio da população
(1798), Malthus diz que a quantidade de alimento que a humanidade produzia crescia em
progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7...), mas a população mundial crescia muito mais rápido,
em progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128...). Ou seja, a quantidade de bocas estaria
aumentando mais depressa do que a quantidade de pratos de comida. Qual seria a conseqüência
disso? Em breve haveria muito mais gente do que alimento disponível para todos. A fome,
então, seria inevitável.
E por que, para Malthus, a população crescia tão depressa? Porque os pobres tinham muitos
filhos, dizia ele. Portanto, os culpados pela pobreza seriam os pobres, os quais não conseguiam
alimentar. Felizmente, segundo ele, as guerras, as pestes, as catástrofes naturais (enchentes,
terremotos) e a própria fome se incumbiam de reduzir a população até um ponto de equilíbrio
entre a quantidade de pessoas e a de comida...
O que o governo deveria fazer? Absolutamente nada. As pessoas que defendiam leis sociais,
hospitais para pobres, aposentadoria para os velhinhos, proteção para os órfãos eram
malfeitores da humanidade, porque estavam lutando por recursos que fariam a população
crescer mais ainda. Malthus também criticava a distribuição de renda. Para ele, os únicos
responsáveis pelo desenvolvimento da economia, das artes e das ciências eram as classes ricas.
Elas é que investiam capital, elas é que patrocinavam artistas e inventores. Por isso, cobrar
impostos dos ricos para ajudar as classes mais pobres seria um grande prejuízo para toda a
humanidade: impediria o progresso da tecnologia e da economia, arruinaria o desenvolvimento
cultural.
Malthus defendia o puro liberalismo econômico, ou seja, para ele as forças do capitalismo
deveriam gozar de total liberdade e o governo não tinha de perder tempo ajudando os pobres. Só
assim haveria pleno progresso.
Malthus não era o único a pensar assim. O Parlamento inglês mostrou que tinha idéias
semelhantes quando adotou uma lei (1834) que abolia qualquer ajuda do governo aos
desempregados. Os respeitáveis deputados argumentaram que a ajuda do governo aos pobres só
serviria para estimular a preguiça. O desamparo dos pobres seria um incentivo para que eles
procurassem emprego (por qualquer salário...) e se dedicassem a ele, o que levaria ao
desenvolvimento da economia em benefício de todos. (“Será que todos realmente seriam
beneficiados”?). (SCHMIDT, Mário Furley. Nova História Crítica. São Paulo : Nova Geração,
1999. Vol. 3. Págs. 115-116) .

A partir do que é apresentado pelo autor do texto


acima, procure responder:
1)Para muitos burgueses, a culpa da miséria era dos próprios trabalhadores, por quê?

2)E por que, para Malthus, a população crescia tão depressa?


3)Segundo Malthus, o que o governo deveria fazer para acabar com a pobreza? Por quê?

4)Malthus defendia o puro liberalismo econômico. E o que esse “puro” liberalismo econômico
defendia?

5) Reescreva a Teoria de Malthus a respeito do crescimento da população e da produção de


alimentos nos países capitalistas. A que conclusão ele chega? Dê sua opinião. Você concorda
com ele? Justifique sua resposta.

6)Escreva um texto entre 15 e 30 linhas, no máximo, a respeito da prestação de serviço em sua


comunidade. Que tipo de serviço básico é mais precário no seu bairro: fornecimento de água,
calçamento, esgoto, transporte, trabalho, lazer, educação, moradia, saúde, higiene, “limpeza
urbana”? Escolha um ou mais itens dos citados acima e desenvolva seu texto.

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