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Tendo feito a análise acima, não se pode ignorar que, de fato, há inúmeros
motivos para muitos se sentirem desanimados no ministério pastoral. Vivemos
em um mundo caído e diariamente nos relacionamos com pessoas
fragmentadas. Além do mais, em nós mesmos temos a comprovação dos
efeitos da queda, pois nossa inconsistência nos flagela a todo momento. Dessa
forma, é de se esperar que o aspecto relacional do ministério resulte em uma
luta contínua contra o desalento. John Stott certa vez observou que “o
desencorajamento é risco ocupacional do ministro cristão”.[1] Logo, saber lidar
com esse fenômeno é crucial para cada pastor que deseja cumprir cabalmente
o seu ministério.
Dos muitos conselhos sábios que tenho recebido sobre esse assunto, o melhor
tem sido: pregue o evangelho para você mesmo! Pastores pregam o evangelho
toda semana. Eles se colocam no púlpito e proclamam as riquezas da graça em
Cristo, o perdão dos pecados, a consolação do Espírito e inúmeras outras
verdades. Todavia, nem sempre se apropriam dos benefícios resultantes desse
evangelho. Dessa forma, pregar o evangelho para si mesmo é uma excelente
maneira de enfrentar os desânimos comuns no ministério pastoral.
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A afirmação de Paulo sobre o amor do Pai foi feita em um contexto em que ele
lembrava seus leitores de que “somos entregues à morte todos os dias; fomos
considerados como ovelhas para o matadouro” (v36). Dessa maneira,
considerar o amor de Deus por nós é importante para se perceber a luz nas
trevas e a providência daquele que nos dará, com Cristo, todas as coisas (v
32).
Por essa razão, querido pastor, pregue o evangelho do amor do Pai para você
mesmo! Medite no fato de que o amor de Deus não depende do seu
desempenho diário, mas da graça dele para contigo. Esse amor é a garantia de
que o Pai nunca o desamparará.
O pastor deve se lembrar sempre que o fato dele ser representado por Cristo, e
não pelo seu sucesso ministerial, é a base segura de sua aceitação. Em outras
palavras, sua identidade em Cristo é mais importante do que sua aceitação
social.
a. Ore. Separe alguns momentos para derramar seu coração diante de Deus,
expondo a Ele suas angústias a dores;
b. Lembre-se de que você está engajado em uma batalha espiritual. Alguns
elementos do desânimo podem ter sua origem nas investidas do inimigo, e ele
certamente tenta se aproveitar de nossos desapontamentos;
c. Interceda por aqueles que têm agido de maneira negativa em relação a você.
Jesus nos ensinou a amar nossos inimigos (Mt 5.42-44), o que, por extensão,
deve nos motivar a interceder por aqueles que são acidamente críticos ao nosso
trabalho, a nossa pessoa ou a nossa família;
d. Compreenda que o processo de mudança é, na maioria das vezes, lento.
Certamente desejamos mudanças de uma noite para o dia, mas não é assim
que o Senhor geralmente age. Pois no processo de transformar outros, ele
também nos amadurece; e essas coisas podem levar tempo;
e. Procure encontrar meios de se alegrar e demonstrar o seu amor pela igreja
local. O rebanho precisa ser assegurado do amor do seu pastor. Procure se
lembrar dos pequenos gestos de afeto pelos quais você deve ser grato e
motivado a demonstrar seu amor pelos membros de sua igreja;
f. Cuide de sua saúde física. Algumas vezes justificamos nosso cansaço, mal-estar
e fadiga pelas pressões a que somos submetidos. Todavia, é importante
observarmos que esses mesmos problemas podem ser causados por obesidade,
falta de sono ou péssima alimentação, que fazem parte do estilo de vida de
alguns pastores.
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Valdeci Santos