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argamassados
Características do material
Composição
Agregados
A areia natural quartzosa é bastante utilizada como agregado para revestimentos
argamassados. Algumas impurezas são prejudiciais para os revestimentos, tais como:
aglomerados argilosos, pirita, mica, concreções ferruginosas e matéria orgânica. A
expansão pode ser o efeito resultante de oxidação da pirita e das concreções ferruginosas,
de hidratação de argilo-minerais ou de matéria orgânica. Vesículas esporádicas podem ser
também causadas por matéria orgânica, no interior das quais se observa um ponto escuro.
Aglomerantes
Cal
A presença de núcleos argilosos, com excesso de finos na areia ou de mica em
quantidade apreciável pode ocasionar a desagregação do revestimento. A mica também
pode diminuir a aderência do revestimento, tanto com a base como entre duas camadas.
O carbonato, principal constituinte da matéria-prima, se decompõe e inicia as reações de
endurecimento e produção de cal virgem e cal hidratada. A regeneração deste
componente no endurecimento da argamassa conclui o ciclo de reações, resultando da
ação do anidrido carbônico do ar. A hidratação da cal virgem ocorre por meio de uma
reação contínua e sua velocidade varia conforme condições de calcinação da matéria-
prima. Caso essa reação não seja completa pode continuar após o ensacamento, ou pior,
durante ou após a aplicação da argamassa. Quando ainda na embalagem ocorre o
rompimento da mesma, porém, quando essa reação continua durante ou após a aplicação
da argamassa podem ocorrer o surgimento de vesículas ou empolamento do revestimento,
este último provoca o desprendimento do revestimento.
Cimento
O tipo de cimento a ser utilizado em revestimentos argamassados não é fator relevante,
mas sim o teor de finos. Quanto maior o teor de finos maior a retenção de água nas
primeiras horas de cura, controlando assim retração da argamassa. Porém, em idades
mais avançadas a retração da argamassa aumenta com o teor de finos. Portanto, nas
argamassas com maior teor de cimento e, consequentemente, maior limite de resistência,
as tensões vão se acumulando e a ruptura quando ocorre é na forma de macrofissuras,
muito prejudiciais ao revestimento. Por outro lado, nas argamassas cujas ligações internas
são menos resistentes, as tensões são dissipadas na forma de microfissuras não
prejudiciais.
Essa mesma norma ainda faz referência ao aspecto dos revestimentos, espessura, prumo,
nivelamento, planeza e aderência.
Execução
Um projeto bem-elaborado não tem valia se não for bem-executado. Para tal é
imprescindível a presença de um responsável técnico habilitado. Para uma boa execução,
além de seguir rigorosamente o projeto deve-se também atentar a cuidados para
determinados detalhes.
Uma região propícia ao aparecimento de fissuras é o encontro entre a alvenaria de
vedação e a estrutura de concreto do pavimento superior. As principais causas para esta
ocorrência são a estrutura transmitir os esforços aos quais está submetida para a alvenaria
e a retração da argamassa.
Mão de obra qualificada é fator imprescindível para uma boa execução. O executor deve
ter habilidade de compreender o projeto e aplicar todas as recomendações na execução.
Investir na qualificação da mão de obra pode resultar em grande economia, evitando
retrabalhos, desperdícios de materiais e a insatisfação do usuário final; esta última está
diretamente ligada com a imagem da empresa executora.
Segundo Vieira (2006), existe um programa que foi adotado primeiramente na indústria
seriada do Japão e, posteriormente, em outros segmentos industriais e países do mundo,
com aplicabilidade bastante interessante para o caso da construção civil, que é o chamado
"Método 5S" (senso de simplificação, organização, limpeza, higiene e disciplina).
A prevenção de fissuras nos edifícios, como não poderia deixar de ser, passa
obrigatoriamente por todas as regras do bem planejar e bem construir. Mas ainda, exige
um controle sistemático e eficiente da qualidade dos materiais e dos serviços, uma perfeita
harmonia entre os diversos projetos executivos, estocagem e manuseio correto dos
materiais e componentes no canteiro de obras, utilização e manutenção corretas do
edifício etc. (Thomaz, 1989).
A presença de água nas edificações pode causar avarias e pode ser consequência de
águas de chuva, vazamentos, de lavagem, umidade do solo e a água remanescente das
atividades de construção.
O conforto térmico deve ser garantido por meio de emprego de materiais adequados e da
qualidade dos serviços de aplicação dos mesmos. A grande variação de temperatura
compromete não só a habitabilidade como também a durabilidade da edificação, podendo
ocorrer avarias por grande dilatação e retração dos seus componentes.
As tintas a óleo ou à base de borracha clorada e epóxi formam uma camada impermeável
que dificulta a difusão do ar atmosférico através da argamassa de revestimento. Quando
aplicada prematuramente, o grau de carbonatação atingido não é suficiente para conferir à
camada de reboco a resistência suficiente e este acaba por descolar-se do emboço com
desagregação, como ilustra a figura 7.
Considerações finais
Anomalias em revestimentos
argamassados representam um dos
conjuntos de manifestações em
edificações, sejam estas causadas por
falhas em projeto, execução ou materiais
inadequados. Para que as boas práticas
de engenharia sejam garantidas, alguns
itens, entre outros, devem ser levados
em consideração, tais como:
- Em todos os casos deve-se analisar a
Figura 7 - Deslocamento de revestimento
periculosidade proporcionada aos
por carbonatação insuficiente
usuários e tomar as medidas cabíveis
adequadas para cada situação
- Nunca correr riscos, porém, usar o bom senso e empregar todo o conhecimento técnico
necessário para não condenar edificações que não ofereçam riscos, causando prejuízos
desnecessários aos usuários
- Entender a responsabilidade de interditar ou não uma edificação e tomar a decisão com
plena consciência técnica
- Agir com segurança e respaldo técnico
- Ter responsabilidade técnica e ética profissional.
Em caso de não poder avaliar uma situação, deve-se sempre recorrer opinião de um ou
mais profissionais. É responsabilidade do profissional avaliar se tem ou não habilidade
para solucionar cada caso. Não é demérito não saber, nenhum profissional é obrigado a
ter uma solução para todas as situações. O importante é que a solução proposta seja a
melhor técnica economicamente e proporcione segurança a todos os envolvidos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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