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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC

Rodrigo Santos Carvalho

ANÁLISE SOBRE AS ATIVIDADES DE SUSTENTABILIDADE DA SAMARCO

São Paulo

2017
A) Ressalte as ações que você julga mais importantes descritas no relatório, nas
dimensões social, ambiental e econômica.

SOCIAL

 Termo ajustamento conduta mediante consultas públicas, dialogo com povos afetados
e criação de Central de Relacionamento 0800 para atender as demandas.
 Ações humanitárias e Reassentamento das comunidades afetadas com utilização da
mão de obra local para reconstrução municípios impactados.
 Ações emergenciais e mitigadoras - Prestação de contas com transparência, Execução
dos programas pactuados a fim de Retomar a confiança da sociedade.
 Mais de 7.000 Cartões de auxílio-financeiro emergencial entregues para mais de 16
mil pessoas, entre titulares e dependentes.

ECONOMICA

 Investimento em Excelência operacional: Lean 6 sigma (LSS), kaizen e Lean office.


 Paralisação das operações até conclusões das perícias e liberações das novas Licenças,
buscando também atender às expectativas da sociedade quanto à segurança de seus
processos para que se cumpram os requisitos junto a órgãos reguladores, governos e
instituições.
 Investimentos em Pesquisa, tecnologia e inovação. Estudos de aproveitamentos dos
rejeitos (arenoso e lama) = economia circular.

AMBIENTAL

 Plano de Gestão Atmosférica: ampliação e modernização da Rede Automática de


Monitoramento da Qualidade do Ar permitiram aprimorar o controle das emissões.
 Investimentos na recuperação de áreas alteradas, na conservação e preservação de
fauna e flora e na consequente manutenção dos serviços ecossistêmicos.
 Execução de ações de prevenção, monitoramento e mitigação dos impactos
emergenciais decorrentes do rompimento com investimentos em projetos ambientais.
 Captação da Lama e rejeitos para utilização na construção e reurbanização e
reassentamento dos espaços degradados.
 Mais de 800 hectares revegetados emergencialmente nos municípios de Mariana,
Barra Longa, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado, a fim de controlar processos de
erosão e carreamento de sólidos com as chuvas.

 Criação da Fundação Renova. Instituição de direito privado, sem fins lucrativos, com
autonomia para gerir e executar todas as medidas de remediação e compensação
previstas nos planos de recuperação para os próximos anos.

B) Critique positivamente e/ou negativamente as ações (relacionadas ao TBL) que a


empresa declara realizar no seu relatório oficial de sustentabilidade.

Focaremos, em alguns aspectos do TBL referente às ações descritas no relatório de


sustentabilidade emitido pela SAMARCO em detrimento as reais implementações efetuadas e
suas consequências frente ao maior desastre ambiental do Brasil.

O rompimento de uma das barragens da mineradora em 2015 e o que está sendo feito
efetivamente para mitigar o desastre que deixou 19 mortos e espalhou destruição em torno de
600 km, poluindo a água, desabrigando milhares de famílias, desde Mariana em MG até o
Mar no litoral do Espirito Santo.

Dentre outros problemas, pode-se também destacar àqueles que contrariam na prática o
relatório de sustentabilidade ao afirmar que “a Empresa e os Sindicatos entenderam que o
processo de demissões voluntárias (PDV) foi uma alternativa viável, respeitosa e condizente
com o cenário”. (SAMARCO; Relatório Bienal 2015_16; pg. 50).

“Assim, tornou-se necessário realizar uma redução de cerca de 1.200 postos de trabalho, por
meio de condições especiais para os empregados que aderiram. O plano foi comunicado junto
ao posicionamento de oferecer apoio aos que aderissem ao PDV para recolocação no mercado
de trabalho, por meio de workshops preparatórios, encaminhamento e indicações, a serem
realizados pela equipe de Recursos Humanos” (SAMARCO; Relatório Bienal 2015_16; pg.
49 a 50).

Ora, a dependência da mineração traz a tona uma segunda tragédia: Os impactos causados em
relação à geração de empregos e renda. 02 de cada 10 moradores foram demitidos depois da
tragédia. De cada R$10 que circulava na cidade de Mariana, R$9 vinha da mineração. A
paralisação das atividades da empresa provocou um efeito dominó, pois o dinheiro parou de
circular e muitos comerciantes tiveram que fechar as portas.
Migrações internas em massa, problemas psicológicos irreparáveis são a ponta de um iceberg
gigantesco que esse vazamento ocasionou.
O município mergulhou em problemas econômicos e sociais. São incalculáveis os prejuízos
aos ribeirinhos que vivem integralmente da pesca na região e que a partir do incidente, não
tem sequer o que pôr nas suas mesas para alimentar suas famílias.
Em relação aos problemas ambientais, dentre outros, “os pesquisadores afirmam que a foz do
Rio Doce apresenta até 4 vezes mais metais pesados do que antes da lama. A diversidade de
espécies de zooplânctons ficou 40% menor” ( Tv Gazeta, G1 –ES ).
São infinitas e ainda incalculáveis as consequências para o ecossistema das regiões afetadas.
Segundo o relatório de sustentabilidade, a empresa criou a fundação RENOVA, com a
finalidade de desenvolver projetos de revegetação, monitoramento da qualidade da água,
planos de contingência para e estação das chuvas, monitoramento integral da biodiversidade,
dentre outras ações.
Por fim, a Empresa afirma estar cumprindo com todas as exigências, prazos e multas
aplicadas sobre o ocorrido, porém, contrariando suas afirmações, ela pagou só 1% do valor de
multas ambientais pela tragédia a qual foi responsável. “O IBAMA e o governo de MG e ES
aplicaram 68 multas, que totalizaram 552 milhões de reais. A SAMARCO recorreu de todas”
(Jornal El Pais, 09 Ago de 2017). Não havendo assim, nenhuma espécie de privilégio sobre as
dimensões analisadas no estudo do TBL deste relatório.

C) Qual a finalidade para a empresa escolhida em divulgar o relatório?


A sustentabilidade é um conceito, um jeito de fazer negócio. Trata-se de um processo de
criação de lucro sustentável, ou seja, através do lucro, obter-se mais lucro. Sustentabilidade é
estabelecer com todas as partes interessadas uma relação ética, transparente, envolvendo essas
partes no seu planejamento estratégico para poder atender as expectativas de todos e não só
dos acionistas.
Boas práticas de gestão geram benefícios tangíveis, intangíveis, lucratividade e aumento da
reputação. Este último, por exemplo, não é um conceito meramente unilateral, ou seja, a
propaganda da empresa dizendo que ela é “boa”, já não funciona tão bem assim. É necessária
então, a opinião de todas as partes que formará a massa sólida de credibilidade e isso, portanto
está intimamente ligada a sustentabilidade.
“Hoje, por exemplo, já existem indicadores como o ISO 26.000, GRI, ISE-Bovespa para
empresas de capital aberto, que é uma carteira seleta só para empresas com boas práticas e
etc. Dessa forma os próprios investidores olham com bons olhos para as empresas que
desenvolvem uma conduta sustentável, pois ela apresentará menores taxas de risco e mais
chances de obter sucesso no médio e longo prazo”. (Portal HSM, Entrevista João F. de
Carvalho-2011).
Assim, estas empresas adquirem maior acesso a obter capital e recursos, gerando uma imagem
mais positiva perante todas as partes, mais reputação e, portanto um ambiente mais favorável
ao seu crescimento.
Assim, a sustentabilidade hoje é um jeito de se fazer negócio pensando na sua perenidade.
Quanto mais alinhada às estratégias de marketing, melhores são as chances de se criar uma
imagem positiva da empresa no cenário mercadológico.
Tomaremos como base o relatório de sustentabilidade da SAMARCO, especificamente o de
2015/16, que traz no seu bojo, um teor justificativo sobre os problemas ocasionados com o
rompimento da barragem do Fundão. Há uma negligência em demonstrar fatos técnicos sobre
o que ocasionou o rompimento da barragem.
“Do ponto de vista ambiental, por exemplo, o risco de rompimento desde o ano de 2014 já era
eminente. A empresa realizou obras de drenagem e correções insuficientes para estabilizar o
sistema. A decisão da SAMARCO em continuar depositando rejeitos na barragem saturada
agravou a situação”. (Sinait, Rinaldo Marinho, Dptº Seg.Trab. MTPS).
A fiscalização ainda detectou infrações trabalhistas, especialmente a terceirização na atividade
fim, que seria a própria construção da barragem. Também não havia sistemas de alerta interno
e externo, falta de simulações de situações de emergência entre outras irregularidades.
Certamente, esses pontos não foram expostos no relatório.
Ao que parece, há uma preocupação superficial na prestação de contas. Há uma necessidade
em demonstrar ações mitigadoras para acalmar pressões sociais. A paralisação dos processos
de mineração, pelos embargos federais, está afetando os indicadores econômicos da empresa.
E por conta disso, segundo a mineradora, não se consegue evoluir mais em outros pontos do
TBL: sociais e ambientais.
As razões claras do maior acidente ambiental da história do Brasil deveriam ser expostas a
fim de demonstrar o real interesse de transparência da empresa para com toda a sociedade,
mas isso, ao que parece, não ocorreu.
Referências Bibliográficas

 SAMARCO; Relatório Bienal 2015_16; pg. 50.

 SAMARCO; Relatório Bienal 2015_16; pg. 49 a 50.

 Tv Gazeta; G1 –ES; 10 Jul de 2017.

 Jornal El Pais; 09 Ago de 2017.

 Portal HSM; Entrevista João F. de Carvalho; 2011.

 Sinait, Rinaldo Marinho, Dptº Segurança do Trabalho; MTPS; 2015.

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