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São Paulo
2017
A) Ressalte as ações que você julga mais importantes descritas no relatório, nas
dimensões social, ambiental e econômica.
SOCIAL
Termo ajustamento conduta mediante consultas públicas, dialogo com povos afetados
e criação de Central de Relacionamento 0800 para atender as demandas.
Ações humanitárias e Reassentamento das comunidades afetadas com utilização da
mão de obra local para reconstrução municípios impactados.
Ações emergenciais e mitigadoras - Prestação de contas com transparência, Execução
dos programas pactuados a fim de Retomar a confiança da sociedade.
Mais de 7.000 Cartões de auxílio-financeiro emergencial entregues para mais de 16
mil pessoas, entre titulares e dependentes.
ECONOMICA
AMBIENTAL
Criação da Fundação Renova. Instituição de direito privado, sem fins lucrativos, com
autonomia para gerir e executar todas as medidas de remediação e compensação
previstas nos planos de recuperação para os próximos anos.
O rompimento de uma das barragens da mineradora em 2015 e o que está sendo feito
efetivamente para mitigar o desastre que deixou 19 mortos e espalhou destruição em torno de
600 km, poluindo a água, desabrigando milhares de famílias, desde Mariana em MG até o
Mar no litoral do Espirito Santo.
Dentre outros problemas, pode-se também destacar àqueles que contrariam na prática o
relatório de sustentabilidade ao afirmar que “a Empresa e os Sindicatos entenderam que o
processo de demissões voluntárias (PDV) foi uma alternativa viável, respeitosa e condizente
com o cenário”. (SAMARCO; Relatório Bienal 2015_16; pg. 50).
“Assim, tornou-se necessário realizar uma redução de cerca de 1.200 postos de trabalho, por
meio de condições especiais para os empregados que aderiram. O plano foi comunicado junto
ao posicionamento de oferecer apoio aos que aderissem ao PDV para recolocação no mercado
de trabalho, por meio de workshops preparatórios, encaminhamento e indicações, a serem
realizados pela equipe de Recursos Humanos” (SAMARCO; Relatório Bienal 2015_16; pg.
49 a 50).
Ora, a dependência da mineração traz a tona uma segunda tragédia: Os impactos causados em
relação à geração de empregos e renda. 02 de cada 10 moradores foram demitidos depois da
tragédia. De cada R$10 que circulava na cidade de Mariana, R$9 vinha da mineração. A
paralisação das atividades da empresa provocou um efeito dominó, pois o dinheiro parou de
circular e muitos comerciantes tiveram que fechar as portas.
Migrações internas em massa, problemas psicológicos irreparáveis são a ponta de um iceberg
gigantesco que esse vazamento ocasionou.
O município mergulhou em problemas econômicos e sociais. São incalculáveis os prejuízos
aos ribeirinhos que vivem integralmente da pesca na região e que a partir do incidente, não
tem sequer o que pôr nas suas mesas para alimentar suas famílias.
Em relação aos problemas ambientais, dentre outros, “os pesquisadores afirmam que a foz do
Rio Doce apresenta até 4 vezes mais metais pesados do que antes da lama. A diversidade de
espécies de zooplânctons ficou 40% menor” ( Tv Gazeta, G1 –ES ).
São infinitas e ainda incalculáveis as consequências para o ecossistema das regiões afetadas.
Segundo o relatório de sustentabilidade, a empresa criou a fundação RENOVA, com a
finalidade de desenvolver projetos de revegetação, monitoramento da qualidade da água,
planos de contingência para e estação das chuvas, monitoramento integral da biodiversidade,
dentre outras ações.
Por fim, a Empresa afirma estar cumprindo com todas as exigências, prazos e multas
aplicadas sobre o ocorrido, porém, contrariando suas afirmações, ela pagou só 1% do valor de
multas ambientais pela tragédia a qual foi responsável. “O IBAMA e o governo de MG e ES
aplicaram 68 multas, que totalizaram 552 milhões de reais. A SAMARCO recorreu de todas”
(Jornal El Pais, 09 Ago de 2017). Não havendo assim, nenhuma espécie de privilégio sobre as
dimensões analisadas no estudo do TBL deste relatório.