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Resenha Crítica Escola Proibidai

O documentário “A Escola Proibida” é do ano de 2012, produzido por Verónica


Guzzo e dirigido por Germán Doin.

O documentário aborda a educação colocada como convencional e os princípios


que norteiam este modelo de escola. A película é um delineamento elaborado
por diversos alunos que passaram a questionar a maneira que o ensino é
passado e se corrobora para essas pessoas viveram no mundo.

Mais de noventa educadores foram entrevistados para reforçar o caráter


competitivo e de supervalorização do lucro que a escola tem. Essa estrutura de
entrevistas aliado a cenas de ficção tornam o documentário atrativo e bem
compreensível.

É explicado no documentário a origem do nosso sistema educacional, que é


originário da Prussia, século dezoito, cujo os ditames eram militares e como de
praxe norteado pela obediência irreflexiva e ampla disposição para guerrear.

Ou seja, essas escolas tinham caráter de presídios, com enormes portões,


grades e muros, com muitos horários estipulados para entrada e saída, farda e
alertas indicando inicio e fim da ala.

Esse foi o modelo espalhado primeiramente pela europa e depois pelas


américas.

Ainda hoje replicamos esse modelo de ensino, que na prática representa uma
máquina de criar crianças e adolescentes acríticos, incapazes de enxergar a
própria realidade, ou seja meros perpretadores de conteúdos.

Embora o documentário traga duríssimas críticas a essa escola tradicional, traz


também soluções, inclusive com amplo protagonismo do educador. O filme
mostra as possibilidades de se fomentar uma nova escola, que seja livre,
respeite os processos de aprendizagem, o ensino na práxis, a socialização e a
observância do mundo por cada estudante. Com isso a postura do professor,
conforme Paulo Freire menciona em “ A Virtude do Educador”, também precisa
mudar, este precisa adotar cada dia mais uma postura menos hierarquizada,
propiciando ao aluno a gerência de sua própria vida escolar, com isso formam-
se mais cidadãos conscientizados de sua vivência e prontos para exercer sua
cidadania de forma amplificada.

“Gostaria de falar sobre um assunto, que como educador me preocupa muito. É sobre o que
costumo chamar de “Reflexão crítica sobre as virtudes da educadora ou do educador”. Estas
virtudes não podem ser vistas como algo, com o qual algumas pessoas nascem ou um presente
que uns recebem, mas como uma forma de ser, de encarar, de comportar-se, de compreender,
tudo criar um site o que se cria através da prática, na busca da transformação da sociedade. Não
são qualidades abstratas, que existem independentes de nós, ao contrário, que se criam conosco
(e não individualmente). As virtudes das quais vou falar não são virtudes de qualquer educador,
mas daqueles que estão comprometidos com a transformação da sociedade injusta e na criação
de uma sociedade mais justa.” (FREIRE, Paulo, Virtudes do Educador, 1982)

No Brasil, um país de tradição escravagista, posteriormente ditatorial não


nacionalista e excludente, tem grande aderência a educação neoliberal que lhe
é imposta. Basta analisar o tamanho esforço que Paulo Freireii fez para que isso
fosse mudado logo em suas raízes e o fracasso que lhe foi imposto nos proêmios
de sua implantação.

“A luta pela humanização, pelo trabalho livre, pela desalienação, pela afirmação dos homens
como pessoas, como ‘seres para si’, esta luta pela humanização somente é possível porque a
desumanização, mesmo que um fato concreto na história, não é, porém, destino dado, mas
resultado de uma ‘ordem’ injusta que gera a violência dos opressores e esta, o ser menos. (…)
O ser menos leva os oprimidos, cedo ou tarde, a lutar contra quem os fez menos. E esta luta
somente tem sentido quando os oprimidos, ao buscarem recuperar sua humanidade, que é uma
forma de criá-la, não se sintam opressores, nem se tornem, de fato, opressores dos opressores,
mas restauradores da humanidade em ambos. E aí está a grande tarefa humanista e histórica
dos oprimidos – libertar-se a si mesmos e aos opressores. (…) Só o poder que nasça da
debilidade dos oprimidos será suficientemente forte para libertar a ambos.” (FREIRE, Paulo,
Pedagogia do Oprimido, 1974)

i A Educação Proibida - La Educación Prohibida, direção Germán Doin, produção


Verónica Guzzo.

iiPaulo Reglus Neves Freire foi um educador, pedagogista e filósofo brasileiro.


É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia
mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. É
também o Patrono da Educação Brasileira.

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