Penhane BOLETIM OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO DE APOIO E ASSISTÊNCIA JURÍDICA AS COMUNIDADES
Director Executivo: Rui Vasconcelos* Sede: AAAJC* Telefone: 20030252*Cidade de Tete* Bairro Chingodzi* Editado em Português e Inglês
Comunide de Capanga exije seu reassentamento à ANE
Não está claro, pelo menos à vista das 63 familias de
Capanga, para quando é que sairá da dura realidade
de aguardar por um reassentamento prometido pelo
Gabinete da Construção da Nova Ponte, uma
instituição gestora da problemática social e da
construção da Ponte Kassuende, há mais de 5 anos
inaugurada. E para aquela população, ressalta como
relevante a actualização do cadastro das suas casas
por deslocar, entendendo que as familias estão em
constante crescimento, requerendo novas infra-
estruturas de acomodação, em respeito aos possiveis
lucros cessantes e danos emergentes no processo,
desde à comunicação do futuro deslocamento. “Não
é nos dada informação sobre a subsistência no
período interino até às primeiras colheitas, nem sobre
o que é que as famílias perdem com a deslocação, ou
seja, sobre o custo de oportunidade, para as famílias,
desta deslocação”, lê-se numa carta daquela
comunidade endereçada a ANE. E atendendo que os
princípios do reassentamento determinam que seja
evitada e minimizada a necessidade da deslocação
física e económica através da análise de alternativas,
localização, alinhamento e outras modificações na
concepção, é justo que tal realize novos processos de
consulta que abranjam a participação livre, prévia e
informada das pessoas e das comunidades afectadas,
incluindo comunidades hospedeiras na tomada de
decisões relacionadas com o nosso reassentamento e
que continue a participação durante a implementação
Benefícios directos do projecto: será possivel?
Um dado novo nas exigências da comunidade de
Capanga é de ver estabelecidos programas e
iniciativas através dos quais os agregados
familiares deslocados podem beneficiar
directamente do Projecto e a monitoria e avaliação
na implementação do programa de
reassentamento para garantir que as medidas
tomadas pelo Projecto satisfaçam as necessidades
das pessoas afectadas, e para identificar quaisquer
medidas correctivas, caso necessário. Não se
Quem somos? Associação de Apoio e Assistência Jurídica as Comunidades (AAAJC), é uma organização da Sociedade Civil Moçambicana, não-
governamental, sem fins lucrativos, de âmbito nacional, fundada em 2008 e com os seus estatutos legalmente publicados em 2010 no Boletim da República nº. 2, III serie, 4º suplemento de 19
de Janeiro. A sede é na cidade de Tete.
e a monitoria, como dizem aquelas familias. Num
outro tom, aquela população que aguarda
impacientemente desse reassentamento, desde que
fora anunciada, exige que haja envolvimento dos
representantes da Província, do Distrito, do Posto
Administrativo, da Localidade, da comunidade e as
partes interessadas no processo de reassentamento,
para além de propôr uma compensação das partes
afectadas ou Pessoas Afectadas pelo Projecto, pelo
Valor Total de Substituição, pelos bens perdidos, sob
forma monetária ou em espécie, em conformidade com
a legislação Moçambicana. Que o reassentamento de
Capanga prometido pela ANE proporcione
oportunidades às pessoas deslocadas para melhorarem
os seus níveis de vida através da provisão de
habitação, garantia de posse, infraestruturas sociais e
serviços melhorados, e através da integração social
com as comunidades hospedeiras. Mas também
propõe que sejam concebidos e implementados
atempadamente, medidas de restabelecimento dos
meios de subsistência culturalmente apropriados e
economicamente sustentáveis e que sejam
proporcionadas medidas para apoiar a deslocação
física e o restabelecimento bem como a identificação de
quaisquer pessoas ou agregados familiares que possam
ser particularmente vulneráveis aos impactos do
deslocamento e prestar assistência especial, onde se
justificar, para os ajudar a participar e a beneficiar dos
programas de reassentamento.
conhece uma única comunidade em Tete que nas
suas exigências tenha colocado este aspecto para o
proponente da expropriação. E mais, aquela
comunidade quer que seja determinada a data do
inicio do processo de expropriação, pois, no seu
entender, passa muito tempo e já chegou a hora de
monitora das “nossas expectativas em face deste
processo emocional”, lê-se.
Parceiros:
 Penhane OFICIAL NEWS LETTER OF THE ASSOCIATION FOR SUPPORT AND LEGAL ASSISTANCE TO COMUNITIES

Director Executivo Rui Vasconcelos* Sede: AAAJC* Telefone: 20030252*Cidade de Tete* Bairro Chingodzi* Editado em Português e
Edition nº122

Community of Capanga requires its resettlement to ANE

It is not clear, at least in view of the 63 families of and monitoring, such as say those families. In
Capanga, when it will come out of the harsh another vein, the population that impatiently
reality of waiting for a resettlement promised by awaits resettlement, since it was announced,
the New Bridge Construction Office, an requires the involvement of the representatives of
institution that manages the social problems and the Province, the District, the Administrative
construction of the Kassuende Bridge inaugurated Post, the Locality, the community and the
more than 5 years ago. And for that population, it stakeholders in the resettlement process, in
highlights as relevant the updating of the register addition to propose compensation of the affected
of their houses to move, understanding that parties or Persons Affected by the Project, by the
families are constantly growing, requiring new Total Value of Replacement, for the lost assets, in
accommodation infrastructures, with respect to monetary or in kind form, in accordance with the
possible loss of profits and damages arising in the Mozambican legislation. That resettlement of
process, from the communication of future Capanga promised by ANE, provides
displacement. "We are not given information on opportunities for displaced persons to improve
subsistence in the interim period until the first their standard of living through provision of
harvests, nor on what families lose with the housing, assurances of possession, social
displacement, that is, on the opportunity cost to infrastructure and improved services, and
families of this displacement", we read in a letter through social integration with host
from that community addressed to ANE. And communities. But it also proposes that measures
since resettlement principles dictate that the need to restore culturally appropriate and
for physical and economic displacement through economically sustainable livelihoods be devised
the analysis of alternatives, location, alignment, and implemented in a timely manner and that
and other modifications in the design, it is only measures be provided to support physical
right that this should lead to new consultation displacement and resettlement as well as the
processes that encompass the free, prior and identification of any persons or households that
informed participation of affected people and may be particularly vulnerable to the impacts of
communities, including host communities in displacement and to provide special assistance,
decision-making related to our resettlement, and where appropriate, to help them participate in
to continue participation during implementation and benefit from resettlement programs.

Direct benefits of the project: will it be possible?

A new fact in the demands of the community of known community in Tete that in its demands
Capanga is to see established programs and has placed this aspect for the proponent of
initiatives through which displaced households expropriation. What's more, that community
can benefit directly from the Project and the wants the date of the beginning of the
monitoring and evaluation in the implementation expropriation process to be determined, because
of the resettlement program to ensure that the in its understanding, a lot of time has passed and
measures taken by the Project meet the needs of the time has come to monitor "our expectations in
the persons concerned, and to identify any the face of this emotional process," he reads.
corrective measures, if necessary. There is no
Partners:
Who Are We? The Association for Support and Legal Assistance to Communities (AAAJC) is an mozambican
Civil Society Organization (CSO) based in Tete province, non-governmental and non proffit, created in 2008 by a group of Paralegals in natural resources and development law, formed by the Center for Legal and Judicial Training
(CFJJ), now Ministry of Justice, who decided to organize themselves based on their knowledge to promote social and economic development and respect for human rights based on observance of the principles of social justice,
equity and sustainability. Its scope of action was limited to the areas of economic development and poverty reduction in a pa rticipatory manner, legal support to communities and citizens, environmental education, conflict
resolution, advocacy of public policies and human rights. In 2010, following the implementation of some initiatives and completing the process of its constitution, the organization was formally legalized with statutes published in