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2a.

Avaliação Presencial – 2018/1


Disciplina: Populações, Comunidades e Conservação

Questão 1 (2,0 pontos)

a) Qual a relação entre a Riqueza de espécies (S), a Equitabilidade (J) e o índice de Diversidade de
Shannon (H')? (0,5 ponto)
O índice de Diversidade de Shannon reúne os componentes: Riqueza (número de espécies) e
Equitabilidade (regularidade, dentre as espécies da comunidade, da abundância de indivíduos).
Principal problema nessa AP2: alunos confundiram riqueza com equitabilidade.

b) Se todas as espécies de uma comunidade apresentarem o mesmo número de indivíduos, qual será o
valor de E? (0,5 ponto)

O valor de E será 1,0.


c) Uma comunidade bentônica em costão marinho apresenta valor de H' = 2,5 antes de ocorrer um
derramamento de óleo no entorno. Após o evento, essa comunidade apresentou valor de J próximo
de zero. Com essa informação, é correto deduzir que a riqueza de espécies (S) da comunidade do
costão foi afetada nesse trecho pelo derramamento de óleo? (0,5 ponto)

Com a informação da forte redução do valor de equitabilidade (J), certamente o valor de Shannon (H')
também foi reduzido, mas NÃO podemos afirmar que a riqueza foi afetada, pois a redução abrupta
na abundância de algumas espécies, não necessariamente as elimina. Se todas as espécies
permaneceram, a riqueza (S) não foi afetada.

d) Um ano após o derramamento de óleo, H’ voltou a apresentar valor 2,5, mas J não voltou ao seu
valor inicial. Portanto, o que aconteceu com S nesse período? (0,5 ponto)

A Riqueza (S) aumentou, pois, se o valor de diversidade (H') conseguiu recuperar-se sem a ajuda do
valor da equitabilidade (J), que não voltou ao seu valor inicial, certamente foi a presença de mais
espécies a responsável pela elevação de H'. Ou seja, novas espécies entraram para a comunidade
após o evento, aumentando a riqueza e o índice de diversidade.

Questão 2 (2,0 pontos)

“Em meados da década de 1980, ilhas Aleutas com populações de lontras de alta densidade suportaram densas
florestas de algas, relativamente poucos ouriços e abundantes rochas verdes, enquanto o padrão oposto (ouriços
abundantes, florestas de algas escassas e relativamente poucas plantas verdes) ocorreu nas ilhas onde as lontras
eram raras. Em 2000, as abundâncias de ouriços, algas e rochas verdes permaneceram basicamente inalterados
nas ilhas onde as lontras eram inicialmente raras, mas haviam mudado para o padrão característico dos sistemas
livres de lontras em ilhas onde as lontras eram inicialmente abundantes”.

Leia com atenção o estudo de caso e responda às questões: Nas Ilhas Aleutas (entre Alaska e Estreito
de Bering), as lontras marinhas (Enhydra lutris) regulam a estrutura e organização das florestas de kelp
(macroalgas) por predarem os ouriços do mar, que se alimentam do “kelp” e de outras algas. Essa
relação se tornou conhecida através de observações de longo prazo sobre esse sistema. Nesses estudos
também foi registrado o efeito da pressão da caça às lontras marinhas (impacto antrópico), que, quando
excessiva, dizimava temporariamente as populações desses animais, caracterizando períodos “com
lontra” e “sem lontra”.
a) Como se chama esse efeito que se propaga em vários níveis de uma cadeia alimentar e qual é o tipo
de regulação trófica predominante no sistema descrito? Explique. (0,5 ponto)
O efeito é dito "cascata trófica" e o tipo de regulação é descendente ou "top down". O controle é
feito de cima para baixo, com o predador regulando a abundância do consumidor primário, que
é o ouriço e este o da floresta de kelp.

b) Faça um desenho esquemático dessa cadeia trófica em períodos “naturais” (“com lontra”) e outro em
períodos de impacto antrópico (“sem lontra”). Cada táxon pode ser representado por símbolos. (1,0
ponto)
No desenho sem lontra necessariamente devia haver uma indicação do aumento dos ouriços e da
diminuição do kelp.

c) A lontra marinha pode ser considerada uma espécie chave nesse sistema? Explique esse conceito.
(0,5 ponto)
Sim. A espécie chave é a espécie que, independente de sua abundância, determina a estrutura de
uma comunidade devido a seu papel funcional.

Questão 3 (2,0 pontos)

Dinâmica de comunidades refere-se à maneira como as comunidades biológicas mudam ao longo do


tempo. Às mudanças não cíclicas, direcionais e contínuas que se sucedem a uma perturbação,
chamamos de Sucessão Ecológica. Em relação a esse processo:
a) Estudamos pelo menos três mecanismos biológicos envolvidos em sucessões. Cite dois. Como cada
um deles interfere nos passos seguintes do processo de sucessão? (0,5 ponto)
Mecanismos: Facilitação, Inibição, Tolerância. Pode também ser considerado o Acaso.
Facilitação torna o ambiente favorável para as espécies posteriores; Inibição impede a instalação
de outras espécies até a morte dos indivíduos inibidores; Tolerância é neutra à chegada de outras
espécies.

b) As plantas podem ter alguns atributos de história de vida que as capacitam a serem mais bem
sucedidas em estágios iniciais ou finais da sucessão. Cite dois atributos de cada, relacionando-os à
capacidade colonizadora ou à superioridade competitiva. (1,0 ponto)
Atributos dos estágios iniciais: alta fecundidade, ciclo de vida curto, pouca biomassa; dispersão
de sementes por vento ou água; competidoras fracas.
Atributos dos estágios finais: baixa fecundidade, ciclo de vida longo; maior biomassa; bons
competidores, dispersão de sementes por animais

c) Explique porque o conhecimento dos processos sucessionais é necessário para o manejo de alguns
sistemas. (0,5 ponto)
Por exemplo, esse conhecimento é necessário para o sucesso de restauração de áreas degradadas.

Questão 4 (2,0 pontos)


Na Figura abaixo, é apresentada uma curva de acumulação de espécies de morcegos no Parque de
Itatiaia, RJ.
a) Como é confeccionada a curva? (0,5 ponto)
Para se obter uma curva do coletor deve-se confeccionar um gráfico em que no eixo dos x
(abscissas) seja indicado cada evento de amostragem e no eixo y (ordenadas), o número de
espécies. Registra-se, correspondendo a cada ponto da abscissa, o número de espécies registrado
naquele evento, descontando as espécies registradas nos eventos anteriores, ou seja, de forma
cumulativa. Os pontos de cada evento de coleta são ligados gerando uma curva.
Obs. Quem se referiu a contagem de indivíduos na construção da curva do coletor teve a resposta
invalidada. A curva do coletor refere-se, apenas, à riqueza de espécies.

b) A curva não atingiu a assíntota. O que significa? (0,5 ponto)


Significa que as amostras obtidas não foram suficientes para definir a riqueza de espécies.

c) Por que é chamada “curva do coletor”? (0,5 ponto)


Porque permite avaliar se, com o aumento de amostras, aumenta o número de novas espécies
coletadas, ou seja, aumenta riqueza da comunidade considerada. Quando a curva não estabiliza,
sinaliza que é necessário maior esforço do coletor. Se o número de amostras é suficiente,
representa a totalidade das espécies na comunidade que está sendo estudada.
d) Em inventários e monitoramentos a apresentação dessa curva é exigida pelos analistas de agências
ambientais. Por quê? (0,5 ponto)
Porque é uma indicação importante da representatividade e confiabilidade dos observações
relativas à comunidade em questão.

Figura - Curva de acumulação de espécies de morcegos por número de indivíduos capturados no Parque
Nacional do Itatiaia, RJ. Fonte: Adaptado de Martins, M.A. 2011. Riqueza, diversidade de espécies e variação
altitudinal de morcegos (Mammalia, Chiroptera) no Parque Nacional do Itatiaia, Rio de Janeiro, Brasil.
Dissertação. PPG-UFRRJ.

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