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Vasco Simões

ISIG 2002

Funções Homogéneas – Teorema de Euler

1. Definição

Considere-se a função f ( x1 ,... , xn ) : R n a R .


Diz-se que f é Homogénea de grau p se
f ( λ x1 ,..., λ xn ) = λ p f ( x1 , ... , xn ) , ∀λ ∈R

Por exemplo, a função f ( x) = 3 x2 é homogénea de grau 2, com efeito

f ( λx ) = 3λ2 x 2 = λ2 ( 3x2 ) = λ2 f ( x )

e a função f ( x, y, z ) = 2 x 2 yz sin( y / z ) é homogénea de grau 4. Já as funções f ( x, y ) = sin( xy)

e f ( x, y , z ) = xyz + x2 + y não são homogéneas.

Uma propriedade importante das funções homogéneas é o facto de que se conhecermos o


valor da função num ponto P, então conhecemos o valor da função em qualquer ponto P’ que tenha
coordenadas proporcionais ás coordenadas de P, isto é, se soubermos por exemplo que f ( x, y ) é

homogénea de grau 3, e que f ( 2,3) = 1 , então sabemos imediatamente o valor de f no ponto


(4,6), com efeito:

f ( 4,6) = f ( 2 ⋅ 2, 2 ⋅ 3) = 23 f (2,3) = 8 ⋅ 1 = 8

2. Teorema de Euler para funções homogéneas

Outra propriedade importante das funções homogéneas é a que vamo s expor de seguida.
Seja então f : R n a R homogénea de grau p. Então

f ( λ x1 ,..., λ xn ) = λ p f ( x1 , ... , xn ) , ∀λ ∈R

derivando esta equação em ordem a λ obtemos:


Vasco Simões
ISIG 2002
n
∂f
∑ ∂( λx ) x
i =1
i = p λ p −1 f ( x1 , ... , xn )
i

e como esta relação deve ser válida para qualquer λ real, se λ = 1 fica
n
∂f
∑ ∂( x ) x = p f ( x , ..., x )
i =1
i 1 n
i

Acabámos assim de demonstrar o chamado Teorema de Euler para funções homogéneas:

TEOREMA
n
∂f
Se f : R n a R é homogénea de grau p, então ∑∂x
i =1
xi = p f ( x1 , ..., xn ) .
i

Podemos agora estudar a homogeneidade das derivadas de f .

Para tal vamos derivar em ordem a x j a expressão anterior:

∂ n
∂f ∂
∂x j
∑ ∂x
i =1
xi = p
∂x j
f ( x1 , ..., xn )
i

∂f ∂2 f n
∂2 f ∂f
∂x j
+ xj 2 +
∂x j
∑ ∂x ∂x xi = p
∂x j
i =1 i j
i≠ j

∂2 f n
∂2 f ∂f
xj
∂x 2j
+ ∑
i =1 ∂xi ∂ x j
xi = ( p −1)
∂x j
i≠ j

∂ ∂f n
∂ ∂f ∂f
xj +∑ xi = ( p − 1)
∂ x j ∂ x j i =1 ∂ x i ∂ x j ∂x j
i≠ j

n
∂ ∂f ∂f
∑∂x xi = ( p −1)
i =1 j ∂ xi ∂x j

∂f
que é a expressão do Teorema de Euler para a função , e portanto pode concluir-se que se f é
∂ xj

homogénea de grau p, as suas primeiras derivadas são homogéneas de grau p −1 .


Vasco Simões
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2. Consequências do Teorema de Euler

2.1. Expoente simbólico

Chama-se “Expoente Simbólico” [ e indica-se entre parêntesis ] ao operador que quando


aplicado a uma função, funciona como um expoente vulgar para escalares, mas funciona como
operador de derivação para funções e suas derivadas. Por exemplo

2 2
 df  d f 
 x  = x 2   trata-se de um expoente vulgar, mas:
 dx dx

( 2)
 d f  d2 f
 x  = x2 trata-se de um expoente simbólico.
 dx  d x2

2 ( 2)
 ∂f ∂f  ∂f ∂f 
Vejamos então o que representa  x +y  e  x +y 
 ∂x ∂ y   ∂x ∂ y 

2 2 2
 ∂f ∂f  ∂ f ∂f  ∂f ∂f  ∂ f  ∂f ∂f ∂ f 
 x +y  =  x +y   x +y  = x 2   + 2 xy + y 2  
 ∂x ∂y  ∂x ∂ y   ∂x ∂y ∂x ∂x ∂y ∂y
e:
(2 )
 ∂f ∂f  ∂f ∂f   ∂f ∂f ∂2 f ∂2 f 2 ∂ f
2
 x +y  =  x +y  ◊  x +y  = x2 + 2 xy + y
 ∂x ∂ y   ∂x ∂ y  ∂x ∂y ∂ x2 ∂x∂ y ∂ y2

onde se usou o símbolo ◊ para distinguir a operação efectuada do produto usual.


Vasco Simões
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2.2. Operadores

d
Chama-se Operador, a uma regra operatória. Por exemplo, é o
dx

operador de derivação. Por si só não tem qualquer significado, mas quando


aplicado a uma função f ( x) , transforma-a na sua derivada.
Outro exemplo de operador é o Gradiente
∂ ∂  ∂ f ∂ f 
∇ f ( x, y,....) =  , , ..... f =  , , .....
 ∂x dy   ∂x dy 

∂ ∂ 
O operador Gradiente, ∇ ≡  , , . .... quando aplicado á função f transforma-a
 ∂x dy 
num vector cujas componentes são as derivadas parciais de f, vector esse que se chama gradiente
de f.

Vamos então definir um novo Operador a que chamaremos Operador de Euler 1


n

E ≡ ∑x
i =1
i
∂ xi

Então, se f : R n a R for homogénea de grau p, tem-se, pelo Teorema de Euler


E f =pf
Vejamos agora o que sucede se aplicarmos duas vezes o operador E.

 n ∂  n ∂ 
E E f = E 2 f =  ∑ xi   ∑ xi  f =
 i=1 ∂ xi   i=1 ∂ xi 
 n ∂f 
∂ ∑ x j 
 n  j =1 ∂ x 
∂  n ∂f  n
=  ∑ xi   ∑ xi  = ∑ xi  
j
   =
 i =1 ∂ xi   i =1 ∂ xi  i =1 ∂ xi

1
Nota: esta designação não é universal.
Vasco Simões
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n 
n n
∂  ∂ f  n
 ∂2 f ∂f ∂2 f 
= ∑ xi ∑
 j ∂xj  ∑
x = xi ∑ x j + + xi 2 =
j =1 ∂xi 
 ∂xi 
i =1  i =1  jj =≠1i ∂xi ∂x j ∂ xi 

n 2 

n
∂2 f ∂f 2 ∂ f 
= ∑ ∑ xi x j + xi + xi =

i =1 j =1 ∂xi ∂x j ∂xi ∂xi2 
 j ≠ i 

n 
n
∂f n
∂2 f ∂2 f
= ∑ xi + ∑ ∑ x i x j + xi2 2 
i =1 ∂xi i =1  j =1 ∂xi ∂x j ∂xi 
 j ≠i 
repare-se agora que o primeiro somatório é o operador de Euler aplicado á função f, e o segundo
somatório é o expoente simbólico (2) de E f , temos portanto que

E2 f = E f + ( E f )(2)
Vejamos o que sucede no caso f : R 2 a R , homogénea de grau p.
Tem-se
∂f ∂f
Ef = x +y =pf
∂x ∂y
e tornando a aplicar o operador E em ambos os membros fica:
EE f = pE f
isto é:

E f + ( E f ) (2 ) = p 2 f

p f + ( E f )( 2 ) = p 2 f

( E f )( 2 ) = p( p − 1) f
ou seja:
( 2)
∂2 f ∂2 f 2 ∂ f
2
 ∂f ∂f 
x2 + 2 xy + y =  x + y  = p ( p − 1) f
∂x 2
∂ x∂ y ∂y 2
 ∂x ∂y 

Poderíamos continuar a aplicar o operador E, e um raciocínio semelhante mas cada vez


mais trabalhoso levaria ao seguinte resultado
Vasco Simões
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• Se f : R n a R é homogénea de grau p, então


(N )
 n ∂f 
 ∑ xi  = p ( p − 1) .... ( p − N + 1) f
 i =1 ∂xi 
N factores

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