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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS

VOLUME 1
REVISÃO

COLBERT SÃO PAULO


ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉRICOS EM CORRENTE CONTÍNUA
Sumário

Introdução ....................................................................................................................................1
Leis e Conceitos Básicos Relevantes em Eletricidade ...................................................................1
A Corrente Elétrica ...................................................................................................................1
Conceito Básico de Circuito Elétrico .........................................................................................2
Leis de Ohm ..............................................................................................................................3
Potência ...................................................................................................................................3
Regime dos Componentes de um Circuito Elétrico ......................................................................4
Leis de Kirchhoff ...........................................................................................................................5
Conceitos Avançados em Circuitos Elétricos ................................................................................6
Teorema de Thévenin ..................................................................................................................8
Resistência de Thévenin ...........................................................................................................9
Tensão de Thévenin .................................................................................................................9
Medições Elétricas .....................................................................................................................10
Amperímetro ..........................................................................................................................11
Voltímetro ..............................................................................................................................11
Análise de Circuitos em Corrente Contínua

Introdução

Hoje os fenômenos elétricos são interpretados à luz da teoria moderna sobre a


estrutura da matéria. Nem sempre foi assim. Houve época em que os fenômenos
físicos eram considerados como fluidos. Assim tínhamos o fluido calórico, o fluido
luminoso e o fluido elétrico. A corrente era tida como um fluido.
Com o advento da nova teoria, a matéria passou a ser descrita como
constituída por átomos. Segundo os estudos desenvolvidos por Rutherford e Bohr, os
átomos apresentam um núcleo central e eletrosferas. Basicamente no núcleo
encontramos partículas como prótons e nêutrons e nas eletrosferas as partículas
denominadas elétrons.
Os elétrons se distribuem em camadas e, nos átomos isolados, os elétrons da
última camada estão fracamente ligados ao núcleo. Os elétrons que participam da
última camada são conhecidos como elétrons de valência. Quando ocorre uma ligação
entre os átomos para a criação de uma estrutura metálica, os elétrons de valência
ficam fracamente ligados aos átomos, formando uma nuvem. Fato diferente ocorre
quando existe uma ligação covalente. Nesta, os elétrons dos átomos são
compartilhados entre eles, dificultando a liberação destes elétrons da influência destes
átomos. Esta descrição da matéria nos permite concluir pela existência de corpos
condutores e isolantes.

Leis e Conceitos Básicos Relevantes em Eletricidade

A Corrente Elétrica

Até a invenção da pilha por Alessandro Volta em 1800, os fenômenos elétricos


eram limitados a atrações e repulsões elétricas e descargas rápidas. Com esta invenção
aprofundou-se o estudo do fenômeno elétrico conhecido como corrente elétrica.
Denominamos corrente elétrica como sendo o movimento ordenado das partículas
carregadas livres por ação do campo elétrico. Nos metais o deslocamento dos elétrons
livres acaba por se sobrepor ao movimento desordenado devido à temperatura que o
metal se encontra. Embora a velocidade de avanço dos elétrons no metal seja
pequena, a velocidade de propagação da energia elétrica é praticamente igual á
velocidade da luz.
A intensidade da corrente elétrica é definida como a carga total, Δ , que passa
por uma seção transversal S de um condutor durante certo intervalo de tempo Δ . A
unidade de medida é o ampère, ou simplesmente A.

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua

Convencionalmente considera-se o sentido da corrente contrária ao


movimento dos elétrons.
Isto é o mesmo que considerar em movimento as cargas positivas. Embora sem
sentido do ponto de vista do fenômeno físico
real, esta consideração ajuda a entender o
fluxo da corrente do ponto de vista
mecânico, isto é, fluindo do potencial maior
para o potencial menor como mostra o
desenho ao lado.
Assim como as águas de um rio fluem
do ponto mais alto para o ponto mais baixo,
assim poderá ser analisada a corrente elétrica. A corrente deixará o potencial maior da
fonte indo para o potencial menor.

Quando esta corrente não altera sua intensidade, denominamos corrente


contínua.
A maneira de “domarmos” a corrente elétrica é através dos circuitos elétricos.

Conceito Básico de Circuito Elétrico

Um circuito elétrico é formado, basicamente, de uma fonte G, que transforma


qualquer forma de energia em energia elétrica; um receptor R, que transforma a
energia elétrica em qualquer forma de energia e condutores que ligam a fonte ao
receptor. Estes condutores são considerados, em uma simplificação inicial do estudo
dos fenômenos elétricos como desprovidos de resistência. Abaixo temos o exemplo de
um circuito elétrico.

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua

Leis de Ohm

Os estudos desenvolvidos por Ohm permitiram que ele chegasse à conclusão


que, ao variar a tensão em um circuito, a corrente deste circuito variava
proporcionalmente. Isto ocorre em função da não variação do componente elétrico
receptivo do circuito, que ficou conhecido como resistência ôhmica. A representação
matemática desta conclusão pode ser escrita como:

= .
Sendo:
U a diferença de potencial existente no circuito, proveniente da fonte;
I a intensidade da corrente que circula no circuito;
R a resistência ôhmica do circuito.

Esta equação é conhecida como Primeira Lei de Ohm.


Existe outra equação, também estudada por Ohm, que apresenta a variação do
valor R em função do material e das dimensões deste material. Alguns autores
denominam Segunda Lei de Ohm.
Tomando determinado material, Ohm fez variar seu comprimento e depois sua
espessura e observou que o valor de R variava diretamente com o comprimento e
inversamente com a espessura. Também verificou que R variava com o tipo de
material. Hoje, a partir destas observações, expressamos o fenômeno pela equação:

R é a resistência ôhmica, medida em ohms (Ω);


L o comprimento do condutor;
S a área da seção transversal do condutor;
ρ é a resistividade do material de que é feito o condutor. Para o cobre seu valor
é 0,0175 Ω.mm²/m e para o alumínio é 0,028 Ω.mm²/m, considerando a
temperatura ambiente em 20oC.

Potência

Este é outro conceito importantíssimo em circuitos elétricos por nos permitir


associar a energia consumida ou fornecida por determinado componente do circuito.
Uma carga elétrica positiva tem energia potencial quando se encontra junto ao
polo positivo de uma fonte. Ao se estabelecer um circuito, esta carga movimenta-se
(corrente convencional) devido a ação da força do campo elétrico, deslocando-se para
um ponto de potencial menor. Neste caso existe um trabalho realizado pela força do
campo elétrico para movimentar a carga. Para caracterizar as condições energéticas,
importa saber o intervalo de tempo que o fenômeno ocorre. Denominamos potência a

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua

relação entre o trabalho para mover a carga no campo elétrico e o intervalo de tempo
utilizado para sua realização, ou seja:

O trabalho realizado pela força do campo elétrico para levar a carga elétrica, do
potencial A, para o potencial B, é igual a:

ℑ= Δ ( − )

Substituindo esta equação na anterior, obtemos:

Esta equação nos mostra a existência do valor Δ /Δ , que foi anteriormente


denominada como sendo a intensidade da corrente I. Nossa equação passa a ser:

Denominando a diferença de potencial = − ,

A potência P é em watt (W). Ela fornece a energia ativa utilizada no processo.

Regime dos Componentes de um Circuito Elétrico

A realização dos cálculos dos circuitos elétricos tem como objetivo a análise dos
diversos regimes dos componentes do circuito elétrico. Este estudo permite estimar as
condições de funcionamento de trabalho dos equipamentos eletrotécnicos, bastando, para
isto, que se conheça a corrente em cada equipamento e a tensão sobre o equipamento para se
determinar a potência dele, ou com a potência e a tensão a ser aplicada, a intensidade da
corrente solicitada pelo equipamento para funcionar.
Os regimes de funcionamento dos componentes de um circuito são o nominal e o de
trabalho. As fontes, receptores de energia elétrica, condutores, assim como aparelhos e
dispositivos auxiliares são caracterizados pelo regime nominal, valores calculados pelas
fábricas produtoras do equipamento, para o funcionamento normal. Este valor permite
estimar a vida útil do equipamento. Mas os equipamentos podem funcionar, por diversos

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua

motivos, fora do regime nominal. Neste caso, considerando que ele esteja dentro dos limites
admissíveis pelo fabricante, o regime é chamado de trabalho.
Um equipamento que trabalhe com valores acima do especificado para o regime
nominal terá sua vida útil menor. Por exemplo, suponha que você adquira uma lâmpada com
as seguintes especificações técnicas: 100 W – 110 V. Isto significa que esta lâmpada está apta a
fornecer uma quantidade de energia de 100 J a cada segundo quando ligada a uma diferença
de potencial igual a 110 V. Ligando esta lâmpada em uma rede cuja diferença de potencial seja
igual a 127 V, sua potência de trabalho será maior.
Considerando apenas a existência de elementos resistivos:

Substituindo os valores numéricos:

Resolvendo, encontramos o valor P = 133,3 W.


Isto significa uma potência 33,3% acima daquilo que foi especificado. Embora esta
lâmpada forneça um brilho maior, ela terá vida útil menor porque realizará um trabalho maior
no mesmo tempo que realizaria um menor. Ela passa a ser obrigada a realizar um trabalho de
133,3 J em 1 segundo, quando deveria realizar 100 J em 1 segundo.

Leis de Kirchhoff

As Leis de Kirchhoff trabalham com os conceitos: nó, malha e ramo.


Denominamos nó, ao ponto de junção onde dois ou mais elementos têm uma conexão
comum:

Denominamos malha um laço que não contém nenhum outro por dentro.

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua

Acima temos a representação de uma malha contendo cinco componentes


distribuídos. Estes podem ser fontes ou receptores.
Um exemplo esclarecerá o que são as malhas em um circuito. Considere o circuito
abaixo.

Ele é constituído por três malhas.


1) a malha da esquerda com a fonte F1, R1 e R3;
2) a malha da direita com a fonte F2, R2 e R3;
3) a malha que engloba as fontes F1, F2, R1 e R2.

Denominamos Ramo como um caminho único, contendo um elemento simples e que


conecta um nó a outro nó qualquer.
Conhecendo o que seja nó e malha em um circuito, estamos prontos para entender as
duas leis enunciadas por Gustav Robert Kirchhoff. São elas:

1ª Lei ou lei dos nós: A soma das correntes em um nó é nula. Isto é, a soma das
correntes que chegam a um nó deve ser igual à soma das correntes que saem do nó. A
demonstração tem como base a hipótese da conservação da carga.

2ª Lei ou lei das malhas: A soma das diferenças de potenciais em uma malha fechada é
nula.

Conceitos Avançados em Circuitos Elétricos

Existem circuitos que necessitam maior conhecimento para serem analisados.


Estes são circuitos compostos por diversas fontes e receptores ligados sob diversas
maneiras.
Ligações comuns são caracterizadas como ligações em série e em paralelo.

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua

As cargas ligadas em série ou em paralelo podem ser reduzidas a uma única carga
equivalente.
No caso de cargas resistivas ligadas em série, a corrente que circula é a mesma para as
resistências. Isto nos levar a afirmar, de acordo com a Lei de Ohm, que:

= 1+ 2+ 3+ …

De acordo com a lei de Ohm:

.= 1. + 2. + 3. +⋯Rn.I

= 1+ 2+ 3+ …+

No caso de cargas resistivas em paralelo, a tensão aplicada sobre as resistências são


iguais e as correntes diferentes. A corrente total fornecida pela fonte deve ser igual à soma das
correntes que passam por cada um dos resistores:
= 1+ 2+ 3+ …

. = . 1+ . 2+ . 3+ … + U.Rn

+ + + …+

Para o caso especial de duas resistências em paralelo:

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua

Existem ligações que não se enquadram em nenhuma destas formas.

Teorema de Thévenin
Thévenin era engenheiro francês e trabalhava em telegrafia. Ele foi o primeiro a
publicar esse teorema em 1883. Sua demonstração pode ser realizada tomando por base o
princípio da superposição. Este teorema nos permite reduzir qualquer circuito a um circuito
simples contendo a carga em série com um componente equivalente constituído por fonte e
receptor. O circuito de Thévenin é constituído por uma tensão de Thévenin em série com um
receptor de Thévenin.

Para reduzir qualquer circuito ao circuito de Thévenin, seguimos duas etapas:

1. Na primeira, determinamos o valor da resistência de Thévenin, R th;


2. Na segunda, determinamos a tensão de Thévenin, Uth.

Para determinar o valor da resistência de Thévenin, retiramos a carga, deixando em


aberto os pontos de ligação, fazemos um curtocircuito em todas as fontes e determinamos o
valor de Rth equivalente entre os pontos de ligação da carga.
Para determinar o valor da tensão de Thévenin, calculamos a tensão existente entre os
pontos que a carga deveria estar ligada.
Um exemplo ajudará a esclarecer. Observe o circuito abaixo. Deseja-se saber qual a
potência desenvolvida pela carga.

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua

Resistência de Thévenin

Considerando o circuito apresentado acima, coloca-se a fonte em curto e


desconsidera-se a carga, obteremos um novo circuito com três receptores.

Este circuito poderá ser facilmente reduzido utilizando os conhecimentos de


resistência em paralelo e em série.
Trata-se de determinar a resistência equivalente vista a partir dos pontos A e B.
Redesenhando a figura:

A resistência de 3 ohms (de cor rosa) está em paralelo com a resistência de 6 ohms, e o
equivalente entre elas nos fornece uma resistência de 2 ohms:

+
Este resultado está em série com a resistência de 3 ohms (de cor laranja), totalizando 5
ohms. Este é o valor da resistência de Thévenin: Rth = 5 ohms.

Tensão de Thévenin

Mantemos a carga desconectada do circuito.

Neste caso, estando os terminais A e B abertos, não circulará corrente na resistência


de 3 ohms (de cor laranja). A corrente percorrerá a malha constituída pela fonte de 90 V, o
resistor de 3 ohms (de cor rosa) e o resistor de 6 ohms.
Como a mesma corrente passa pelos resistores 3 ohms (de cor rosa) e pelo resistor de
6 ohms, então estes podem ser considerados, neste caso, em série.

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua

O circuito fica constituído por uma resistência total de 9 ohms e uma fonte de 90 V, tal
como nos mostra o desenho abaixo:

Utilizando a Lei de Ohm, determinamos a corrente que circula na malha:

Esta corrente circula pelo resistor de 3 ohms. Isto significa que entre os pontos D e E
deve existir uma diferença de potencial. Esta diferença é determinada pela Lei de Ohm:

Esta diferença de potencial entre os pontos D e E será a mesma que aparecerá entre os
pontos A e B quando não existir carga aí ligada. Isto pode ser afirmado fazendo uso da 2ª Lei
de Kirchhoff.
A tensão de 60 V é a tensão de Thévenin. O circuito inicialmente apresentado fica
reduzido ao circuito de Thévenin:

Uma vez com este circuito você pode considerar qualquer carga ligada entre os pontos
A e B e resolver.
No caso da carga ser de 5 ohms, a corrente que circula será de 6 A e a potência
dissipada nesta carga será:

Medições Elétricas
A base da construção dos equipamentos
elétricos de medida como o amperímetro e o
voltímetro, foi a invenção do Galvanômetro por
William Sturgeon em 1836. O nome é homenagem a
Luigi Galvani. Neste equipamento, a passagem da
corrente elétrica em uma bobina interage com um
campo magnético produzindo um torque que é
proporcional à intensidade da corrente.

Existem diversos equipamentos para


realizar medidas elétricas, como osciloscópio,
wattímetro, ohmímetro, etc. Dois destes

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua

equipamentos são básicos em medidas elétricas: o amperímetro e o voltímetro.

Amperímetro

O amperímetro é um equipamento que nos fornece a quantidade de corrente que


circula em certo trecho do circuito. Ele é ligado em série com a carga que pretendemos
conhecer a corrente solicitada, conforme mostra o desenho abaixo. Por isto, este equipamento
deve apresentar resistência interna muito pequena para não interferir no circuito, fornecendo
valores errados de corrente.

Considere que a fonte forneça uma diferença de potencial igual a 100 V. Sendo sua
resistência interna r = 1 ohm e a resistência da carga R = 10 ohms, se a resistência interna do
amperímetro for igual a 9 ohms, a corrente no circuito será:

Mas, ao substituirmos o amperímetro por um fusível de 5 A, este irá queimar porque a


corrente no circuito é:

Neste exemplo, o amperímetro usado é inadequado. Costuma-se associar o


amperímetro a uma resistência interna nula (não existente), mas na realidade o que
precisamos ter é um amperímetro com resistência interna adequada ao circuito. Quando a
resistência do circuito for pequena a resistência interna do amperímetro deverá ser muito
menor para não afetar a medida. Isto traz alguns problemas.
No exemplo acima, se o amperímetro apresentasse uma resistência interna de 0,1
ohm, o erro seria menor.

Voltímetro

O voltímetro nos fornece a diferença de potencial entre dois pontos do circuito. Este
aparelho, ao contrário do amperímetro, deve possuir resistência interna elevada para não
interferir no circuito, porque será ligado em paralelo à
carga estudada como mostra o desenho a seguir.
É possível verificar que, duas resistências em
paralelo, o valor da resistência equivalente será
próxima daquela de menor valor quanto maior for a
outra. Por exemplo, duas resistência, uma de 1 ohm e
outra de 1000 ohms ligadas em paralelo, será
equivalente a uma resistência de 0,999 ohm; sendo 1
ohm com 10.000 ohms a resistência equivalente será

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua

0,9999 ohms. No entanto, se a resistência interna do voltímetro fosse igual a 1 ohm teríamos
uma resistência equivalente igual a 0,5 ohm.
Embora os exemplos acima tenham como referência a corrente contínua, estes
equipamentos também são construídos para medirem corrente e tensão alternadas. Eles
possuem chaves para fazerem a mudança.

Exercícios
1.

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