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ORGÂNICOS
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO............................................................................................................................................................4
1 OBJETIVO ...............................................................................................................................................................5
4 GENERALIDADES .................................................................................................................................................6
6 DESCRIÇÃO DO PROCESSO...............................................................................................................................7
8 APELAÇÕES..........................................................................................................................................................13
9 RECLAMAÇÕES...................................................................................................................................................14
11 CONFIDENCIALIDADE ......................................................................................................................................14
14 COMPROMISSOS DO TECPAR.........................................................................................................................16
APRESENTAÇÃO
O Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR, empresa pública de direito privado, com sede e
foro na cidade de Curitiba, Estado do Paraná, Brasil, foi fundado em 1940 e vem, ao longo dos
anos, desenvolvendo ações no sentido de proporcionar melhores condições ao desenvolvimento e
à capacitação empresarial e institucional.
Com posição consolidada como pioneiro no apoio ao desenvolvimento tecnológico e industrial, o
TECPAR atua em pesquisa, desenvolvimento e inovação, prestação de serviços tecnológicos às
organizações e também no desenvolvimento e produção de imunobiológicos.
A credibilidade e o reconhecimento que conquistou junto ao meio empresarial, fez com que o
TECPAR ampliasse sua área de atuação estruturando o serviço de avaliação da conformidade para
atender à demanda das organizações interessadas, operacionalizado pela Divisão de Certificação
e que abrangem os seguintes programas acreditados pelo INMETRO:
− Certificação de sistema de gestão da qualidade, segundo a norma NBR ISO 9001;
− Certificação de sistema de gestão ambiental, segundo a norma NBR ISO 14001;
− Certificação de manejo florestal , segundo as normas NBR 14789 e NBR 15789;
− Certificação de cadeia de custódia para produtos de base florestal, segundo a NBR 14790;
− Certificações de sistemas de gestão da qualidade de empresas de serviços e obras na
construção civil – PBQP-H;
− Certificação de produtos elétricos (fios e cabos, interruptores, plugues, tomadas, cabos e
cordões, cabos de potência e cabos e cordões até 500V);
− Certificação da produção integrada de frutas – PIF (maçã, pêssego, citrus, banana, mamão
uva);
− Certificação de cachaça;
− Avaliação da conformidade de cestas de alimentos e similares.
Outros programas:
− Certificação de saúde e segurança ocupacional, segundo a OHSAS 18001;
− Avaliação da conformidade de meios de hospedagem;
− Certificação de produtos agroindustriais (soja e milho não transgênicos, orgânicos);
− Certificação de produtos orgânicos – acreditado pelo Fórum Internacional de Movimentos da
Agricultura Orgânica - IFOAM
− SASSMAQ – Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade
− Certificação de produtos de telecomunicações – ANATEL.
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1 OBJETIVO
2 DEFINIÇÕES E REFERÊNCIAS
Na revisão C foi realizada adequação geral do regulamento para atender a todos os escopos de
certificação do sistema de produção orgânica.
Na revisão D foi realizada adequação deste regulamento para atender a Instrução Normativa n0 64
de 18/12/2008 – Regulamento técnico para os sistemas orgânicos de produção animal e vegetal,
a Instrução Normativa n0 17 de 28/05/2009 – Normas técnicas para obtenção de produtos
orgânicos oriundos do extrativismo sustentável orgânico, a Instrução Normativa n0 18 de
28/05/2009 – Regulamento técnico para o processamento, armazenamento e transporte de
produtos orgânicos, a Instrução Normativa n0 19 de 28/05/2009 – Mecanismos de controle e
informação da qualidade orgânica e o Regulamento específico relativo à produção orgânica e
rotulagem de produtos orgânicos de acordo com o regulamento (CE) n0. 834/2007.
Na revisão E foi incluído o item 5 – Documentos de referência, adequação dos títulos dos anexos
com referências as Instrução normativas contempladas no referido anexo.
4 GENERALIDADES
As disposições estabelecidas neste documento são partes integrantes do processo de avaliação
da conformidade realizado pelo TECPAR.
Nossos serviços são acessíveis a todas as organizações que o requeiram, independentemente do
tipo, tamanho ou de sua vinculação a uma associação ou grupo.
O TECPAR se compromete a manter a imparcialidade em todos os processos de solicitação de
certificação.
Os critérios sob os quais o TECPAR fornece os serviços de certificação são aqueles constantes
de normas apropriadas para essa finalidade.
O TECPAR limita os requisitos de certificação aqueles especificamente relacionados aos escopos
considerados.
As organizações, que buscam a certificação, devem atender aos requisitos estabelecidos pelo
TECPAR neste e em outros documentos pertinentes.
5 DOCUMENTOS DE REFERENCIA
Lei nº 10.831, de 23 de dez. 2003. Dispõe sobre a agricultura orgânica e dá outras providências.
Diário Oficial da União, Brasília, 24 de dez. 2003, Seção 1, p. 8.
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6 DESCRIÇÃO DO PROCESSO
− Processamentos em geral.
Não serão certificados produtos que contenham qualquer resíduos de pesticidas ou que não
contemplem os padrões microbiológicos estabelecidos para alimentos.
Quanto aos demais contaminantes não poderão exceder o determinado no Anexo 8 deste
regulamento.
6.2.7 Reunião de encerramento
Atividade conduzida pelo auditor líder com o objetivo de apresentar as constatações e as
conclusões da auditoria, de modo que elas sejam compreendidas e assinadas pelos auditados.
Quando aplicável, as não conformidades identificadas são apresentadas e devem ser
reconhecidas pelo responsável da organização, bem como deve ser estabelecido o prazo de
implementação das ações corretivas pertinentes, não podendo ultrapassar 30 (trinta) dias. Findo
este prazo o TECPAR reserva-se no direito de iniciar novo processo.
A Gerência da Divisão da Certificação decide sobre a concessão da certificação com base nas
informações obtidas durante a etapa da auditoria inicial e, quando aplicável, com base na
avaliação dos resultados dos ensaios laboratoriais.
Caso a decisão seja contrária a concessão, a organização é formalmente comunicada dos
motivos que levaram a não obtenção da certificação.
Posteriormente é emitido o certificado de conformidade com validade de um ano.
Após a concessão da certificação, no mínimo uma vez ao ano durante a validade do contrato são
executadas auditorias de supervisão afim de que seja renovado o Certificado de Conformidade.
Esse processo deve ser iniciado antes do término da validade do certificado em curso.
Excepcionalmente poderão ocorrer outras auditorias, desde que haja deliberação do TECPAR,
baseada em evidências que as justifiquem ou nos casos mais complexos, como cultivos ou
criações de vários ciclos anuais e produção ou processamento em estabelecimentos com
produção paralela, o TECPAR deverá realizar uma auditoria por semestre, alternado auditorias
programadas e sem aviso prévio.
A sistemática de avaliação é a mesma estabelecida para a auditoria inicial conforme item 5.2
deste regulamento.
A decisão sobre a manutenção da certificação é de responsabilidade do Gerente de Divisão de
Certificação com base nas informações obtidas nas etapas anteriores.
A decisão pela manutenção ou não é comunicada formalmente à organização, devidamente
justificada.
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Podem ser coletadas e analisadas amostras para detecção de eventuais contaminações por
produtos não autorizados na produção orgânica. Essas análises são efetuadas sempre que exista
suspeitas da utilização de produtos não autorizados na produção orgânica ou denúncia.
O TECPAR pode realizar auditorias sem aviso prévio, em pelo menos 5% (cinco por cento) das
unidades certificadas, a cada ano, considerando:
A organização poderá solicitar formalmente ao TECPAR a extensão de escopo da sua base física
produtiva ou de produto.
Em função das mudanças informadas, o TECPAR avaliará a necessidade de realização de
auditoria adicional caso o produto seja de categorias diferentes e/ou em áreas diferentes das já
certificadas.
Nos casos de unidades de produção e comercialização certificadas só poderão comercializar os
novos produtos após aprovação do TECPAR.
Quando se tratar de produtos de escopo diferente, o TECPAR realizará auditorias adicionais, e
caso os
produtos sejam da categoria dos já certificados e produzidos nas áreas já cobertas pela
certificação, o TECPAR fará apenas uma avaliação da alteração no sistema de
produção/comercialização.
Enquanto não houver a aprovação do TECPAR, as unidades de produção e comercialização
certificadas não podem comercializar como orgânicos os produtos decorrentes das alterações
processadas.
7 SUSPENSÃO E CANCELAMENTO
− Quando a organização não permitir que as auditorias de supervisão sejam realizadas nas
frequências e prazos estabelecidos;
− Se a produção for paralisada por período determinado, definido em acordo mútuo entre o
TECPAR e a organização;
− Se a comercialização de produto com alteração for feita sem a anuência prévia do TECPAR;
− Se detectado pelos auditores durante a auditoria, que a organização teve alguma atitude
fraudulenta em relação ao produto certificado.
A decisão da suspensão é do Gerente da Divisão de Certificação e o período da suspensão é
geralmente de 1 (um) mês.
A organização é comunicada formalmente sobre a decisão, as condições e prazos para a
retomada da certificação.
Nos casos de suspensão da certificação, a organização continua com a posse do certificado e do
contrato de certificação mas no período de suspensão, deve deixar de usar a marca de
conformidade nos produtos objeto da certificação e em todo o material publicitário que contenha
alguma referência à certificação.
8 APELAÇÕES
Apelação é a solicitação por parte de uma organização, de reconsideração de qualquer decisão
adversa tomada pelo TECPAR, relacionada a situação da certificação.
A organização poderá apelar das decisões do TECPAR em relação a:
- Recusa de aceitar uma solicitação para certificação;
- Recusa de prosseguir com uma auditoria;
- Solicitação de ações corretivas;
- Alterações no escopo de certificação;
- Decisão de não concessão da certificação, suspensão ou cancelamento da certificação.
9 RECLAMAÇÕES
As organizações podem formalizar reclamações, em relação aos serviços de certificação do
TECPAR, bem como todas as partes interessadas (terceiros) no processo de certificação podem
formalizar comentários e/ou reclamações, em relação à organização certificada.
Estas reclamações devem ser encaminhadas diretamente ao TECPAR, que dará o devido
tratamento conforme instrução específica – IT CERT G26 disponibilizada no site
www.tecpar.br/cert ou poderá ser solicitada por meio de contato direto com o TECPAR.
O TECPAR deve determinar, junto com a organização e o reclamante, se ele deve tornar público o
assunto da reclamação e sua solução e, se assim for, em que extensão.
11 CONFIDENCIALIDADE
Visando proteger os direitos de propriedade da organização, o TECPAR trata as informações a
que tem acesso durante e após as atividades de certificação como estritamente confidenciais e
não as revela a terceiros, sem prévio consentimento por escrito da organização, exceto quando for
requerido pela legislação do País ou pelo Organismo Acreditador.
Toda a equipe que participa direta ou indiretamente do processo de certificação, firma com o
TECPAR um termo de compromisso, intitulado “Código de Ética”, o qual contém questões de
confidencialidade, conflito de interesses e regras de conduta.
12 RESPONSABILIDADE LEGAL
13 COMPROMISSOS DA ORGANIZAÇÃO
As organizações, além de cumprir com o estabelecido no contrato de certificação, deve se
comprometer a:
- Fornecer as informações e documentos requeridos para a solicitação da certificação e
realização das auditorias;
- Informar ao TECPAR, qualquer inclusão ou substituição de produtos e áreas;
- Prover evidencias do atendimento aos requisitos estabelecidos nos documentos normativos de
referência e demais requisitos legais durante a vigência da certificação, independentemente
de sua transcrição.
- Prover recursos necessários para permitir a condução de auditorias solicitadas pelo TECPAR;
- Permitir a equipe de auditores do TECPAR tenha acesso aos documentos, dados, assim como
às instalações onde se realizam as operações estabelecidas no escopo objeto da certificação;
- Cumprir com os prazos acordados nas auditorias, na execução das ações corretivas e nas
sanções acordadas;
- Cumprimento com os termos estabelecidos no contrato de certificação;
- Não manter a mesma codificação de um produto certificado para um produto não certificado;
- Aplicar a marca de conformidade nos produtos, conforme critérios estabelecidos no
documento “Condições de uso da marca de conformidade – orgânicos”;
- Submeter previamente ao TECPAR todo o material de divulgação onde aplicado a marca de
conformidade;
- Acatar as decisões pertinentes à certificação tomadas pelo TECPAR;
- Manter as condições técnico e organizacionais que serviram de base para a concessão da
licença para uso da marca de conformidade, informando, previamente ao TECPAR, qualquer
modificação que pretenda fazer no produto ao qual foi concedida a licença;
- Comunicar imediatamente ao TECPAR no caso de qualquer alteração, inclusão ou
substituição de produtos e/ ou áreas.
- As unidade de produção e comercialização certificadas, apenas poderão comercializar os
novos produtos após a aprovação da certificação;
− Manter registros de todas as reclamações trazidas ao conhecimento da organização relativas
à conformidade dos produtos com os requisitos das normas pertinentes, bem como tomem
ações apropriadas em relação as reclamações.
- A organização autorizada tem responsabilidade técnica, civil e penal referente aos produtos
por ela fabricados, bem como a todos os documentos referentes à certificação, não havendo
hipótese de transferência desta responsabilidade.
- Permitir o acesso as fiscalizações do MAPA e caso seja evidenciado o descumprimento da
legislação da produção orgânica, as penalidades previstas no Decreto 6323/2007 serão
aplicadas.
14 COMPROMISSOS DO TECPAR
- Implementar o programa de avaliação da conformidade, previsto neste regulamento, conforme
os requisitos aqui estabelecidos;
- Cumprir com os termos estabelecidos no contrato de certificação;
- Manter equipe auditora qualificada para execução dos trabalhos inerentes a certificação;
- Manter atualizadas todas informações relativas ao processo de certificação.
O TECPAR mantém e fornece quando solicitado, uma relação atualizada das certificações
concedidas, suspensas e canceladas e também mantém atualizado os dados referentes a todas
as unidades de produção sob seu controle no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos.
Abrangência:
Este anexo visa estabelecer os mecanismos de controle e informação da qualidade orgânica a
serem seguidos pelas pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que produzam,
transportem, comercializem ou armazenem produtos orgânicos, ou que sejam responsáveis pela
manutenção da conformidade orgânica.
Os escopos de certificação a que se refere este anexo são:
− Produção primária animal;
− Produção primária vegetal;
− Extrativismo sustentável orgânico;
− Processamento de produtos de origem vegetal;
− Processamento de produtos de origem animal;
− Processamento de insumos agrícolas;
− Processamento de insumos pecuários;
− Processamento de cosméticos;
− Processamento de fitoterápicos;
− Processamento de produtos têxteis;
− Comercialização, transporte e armazenamento;
RELAÇÕES DE TRABALHO
As relações de trabalho nos sistemas orgânicos devem respeitar a tradição, a cultura e os
mecanismos de organização social nas relações de trabalho em condições especiais, quando em
comunidades locais tradicionais.
Nas unidades de produção orgânica deve ser observado o acesso dos trabalhadores aos serviços
básicos, em ambiente de trabalho com segurança, salubridade, ordem e limpeza.
O contratante é responsável pela segurança, informação e capacitação dos trabalhadores.
Podem ser exigidos pelo TECPAR, termo de compromisso, assumido pelo empregador com os
trabalhadores, com medidas a serem adotadas para melhoria contínua da qualidade de vida.
SISTEMAS ORGÂNICOS
Conversão
Para que uma área dentro de uma unidade de produção seja considerada orgânica, deverá ser
obedecido um período de conversão.
O período de conversão varia de acordo com o tipo de exploração e a utilização anterior da
unidade, considerada a situação sócio-ambiental atual.
Este período é quão necessário para a adequação do sistema de produção e adequação das
práticas e procedimentos aos requisitos exigidos para ser considerado como orgânico.
As atividades a serem desenvolvidas durante o período de conversão deverão ser estabelecidas
em plano de manejo orgânico da unidade de produção.
Produção Paralela
É permitida a produção paralela nas unidades de produção e estabelecimentos onde haja cultivo,
criação ou processamento de produtos orgânicos.
Nas áreas e estabelecimentos em que ocorra a produção paralela, os produtos orgânicos deverão
estar claramente separados dos produtos não orgânicos e será requerida descrição do processo
de produção, do processamento e do armazenamento.
COMERCIALIZAÇÃO
Mercado Interno:
Os produtos orgânicos deverão ser protegidos continuamente para que não se misturem com
produtos não orgânicos e não tenham contato com materiais e substâncias cujo uso não esteja
autorizado para a produção orgânica.
Os produtos orgânicos passíveis de contaminação por contato ou que não possam ser
diferenciados visualmente devem ser identificados e mantidos em local separado dos demais
produtos não orgânicos.
No comércio varejista, os produtos orgânicos passíveis de contaminação por contato ou que não
possam ser diferenciados visualmente dos similares não orgânicos devem ser mantidos em
espaço delimitado e identificado, ocupado unicamente por produtos orgânicos.
Todos os produtos orgânicos comercializados a granel devem trazer a identificação do seu
fornecedor no respectivo espaço de exposição.
Exportação
Não poderão ser comercializados como orgânicos, no mercado interno, os produtos destinados à
exportação em que o atendimento de exigências do país de destino ou do importador implique a
utilização de produtos ou processos proibidos na regulamentação brasileira.
Estes produtos não poderão receber o selo do sistema brasileiro de avaliação da conformidade
orgânica.
Importação
Para serem comercializados no País como orgânicos, os produtos orgânicos importados deverão
estar de acordo com a regulamentação brasileira para produção orgânica.
Estes produtos deverão:
- Possuir certificação concedida por organismo de avaliação da conformidade orgânica
credenciado junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; ou
- Para produtos com 95% ou mais de ingredientes orgânicos, deverão ser identificados os
ingredientes não orgânicos e poderão utilizar o termo “ORGÂNICO” ou “PRODUTO
ORGÂNICO”;
- Para produtos com 70% a 95% de ingredientes orgânicos, os rótulos deverão identificar esses
ingredientes orgânicos e apresentar os dizeres: “PRODUTO COM INGREDIENTES
ORGÂNICOS”; e
Os produtos com menos de 70% de ingredientes orgânicos não poderão ter nenhuma expressão
relativa à qualidade orgânica.
Nota: Água e sal adicionados não devem ser incluídos no cálculo do percentual de ingredientes
orgânicos.
É PROIBIDO PELOS PRODUTORES, COMERCIALIZADORES, TRANSPORTADORES E
ARMAZENADORES.
- Veicular qualquer forma de propaganda, publicidade ou apresentação de produto que
contenha denominação, símbolo, desenho, figura ou qualquer indicação que possa induzir a
erro ou equívoco quanto à origem, natureza, qualidade orgânica do produto ou atribuir
características ou qualidades que não possua.
- Comercializar produtos orgânicos não certificados;
- Deixar de atender a exigências no prazo determinado;
- Impedir ou dificultar por qualquer meio a ação de auditoria.
- Comercializar, substituir, subtrair ou remover, total ou parcialmente, produto com
comercialização suspensa pelo órgão fiscalizador;
- Distribuir, substituir, subtrair ou remover, total ou parcialmente, produtos, rótulos, embalagens
ou matérias-primas condenadas pelo órgão fiscalizador, sem a sua autorização prévia;
- Utilizar-se de falsa declaração;
- Expor à venda ou comercializar produto como orgânico sem que tenha sido observado período
de conversão estabelecido nas normas vigentes;
- Embalar, expor à venda ou comercializar produtos orgânicos utilizando-se de rótulos ou
identificação em desacordo com as disposições legais definidas neste Regulamento e
legislação complementar;
- Transportar, comercializar ou armazenar produtos orgânicos juntamente com produtos não
orgânicos sem o devido isolamento e identificação, ou de maneira que prejudique sua
qualidade orgânica ou induza o consumidor a erro;
- Produzir produtos orgânicos mediante utilização de equipamentos e instalações em desacordo
com os dispositivos legais pertinentes à produção orgânica;
- Operar produção paralela em desacordo com os dispositivos legais pertinentes à produção
orgânica;
O TECPAR, quando solicitado, emite ou autoriza a unidade de produção a emitir uma declaração
de transação comercial.
Quando autorizado, a unidade de produção certificada emite a declaração de transação comercial,
devendo fornecer ao TECPAR informações sobre cada declaração emitida de forma a assegurar
que elas possam manter o controle sobre o total do produto comercializado.
As declarações de transação comercial, previstas neste regulamento e emitidas pelo TECPAR ou
pelas unidades de produção certificadas autorizadas devem conter:
- Nome do vendedor;
- Nome do comprador;
- Data da venda;
- Data da emissão da declaração;
- Descrição clara dos produtos, sua quantidade e, quando relevante em função da característica
específica do produto ou de controle especial exigido pelo mercado, a qualidade e a época de
produção ou colheita;
- Números de lote e demais identificações existentes dos produtos;
- Referência ao documento fiscal de venda;
- Indicação do organismo de certificação responsável pela certificação;
- Declaração da unidade de produção e/ou comercialização certificada de que o produto foi
produzido de acordo com os regulamentos técnicos aplicáveis; e
- Informações sobre a certificação de matérias-primas.
Este requisito aplica-se para organizações certificadas ou candidatas a certificação e que utilizam
serviços ou produtos de terceira parte (subcontratados) para realizarem serviços de produção,
processamento, manipulação, transporte, envase, rotulagem e comercialização.
O TECPAR não exige a certificação e também não emite nenhum tipo de certificado para as
partes subcontratadas.
As partes subcontratadas não podem fazer nenhum tipo de propaganda sobre o produto
certificado, incluindo o certificado e a licença de controle desse produto.
O TECPAR deve realizar inspeção nas partes subcontratadas antes que esses serviços sejam
utilizados. A freqüência das inspeções é anual.
A organização é responsável pela produção ou processamento subcontratado e está sujeita a
sanções caso hajam não conformidades nas partes subcontratadas. O contrato assinado entre o
TECPAR e a organização possui uma cláusula formalizando essa responsabilidade.
A organização deve celebrar um acordo legal (contrato) com as partes contratadas, relatando
todas as cláusulas que devem ser cumpridas, entre elas:
1. CONDIÇÕES GERAIS
Apenas poderão ser contemplados pelo processo de certificação em grupo uma organização que
possua entidade legalmente constituída, formada por pequenos produtores, agricultores
familiares, projetos de assentamento, quilombolas, ribeirinhos, indígenas e extrativistas com
sistema de produção similar e estarem localizados geograficamente próximos, que atendam os
seguintes requisitos:
- Tenham organização e estrutura suficientes para assegurar um Sistema de Controle Interno
(SCI) documentado que inclua todos os seus integrantes e defina a estrutura organizacional,
fundamentado numa avaliação de risco que garanta a adoção, por parte das unidades de
produção individuais, dos procedimentos regulamentados;
- Sejam realizadas visitas de controle interno em todas as unidades de produção ao menos uma
vez por ano;
- Garantam que a inclusão de novas unidades de produção ao grupo somente poderá ser
efetivada após a aprovação do TECPAR;
- Possuam registros internos correspondentes das áreas de produção ou de processamento,
incluindo a identificação do(s) proprietário(s) e das unidades sob regime de produção orgânica
certificada;
- Garantam às unidades de produção do grupo adequada compreensão dos regulamentos
técnicos;
- Tenham firmado, por todos os responsáveis pelas unidades de produção que fazem parte do
grupo, um acordo formal para definir a responsabilidade do grupo e de seu sistema de controle
interno, este acordo deve conter a exigência do compromisso de todas as unidades de
produção individuais ao cumprimento dos regulamentos técnicos vigentes e de permitir a
realização de visitas de controle interno e auditoria pelo TECPAR e pelos órgãos
fiscalizadores;
- Possuam um responsável técnico com registro profissional e pessoal com competência para
implementar e manter o sistema de controle da qualidade;
- Tenham uma documentação completa que inclua: mapas / croquis apropriados dos locais;
- Estabelecido e implementado os procedimentos que garantam que todos os participantes do
grupo preencham e cumpram suas obrigações, levando-se em consideração os requisitos
estabelecidos nos documentos de referência;
As auditorias poderão ser realizadas por sistema de amostragem, desde que a organização
possua um sistema de controle interno (SCI).
As auditorias por sistema de amostragem poderão ser realizadas em organizações ou grupos de
produtores que envolvam várias unidades de produção, e estes deverão:
- Possuir um Sistema de Controle Interno - SCI aprovado previamente pelo TECPAR.
- Ter um corpo administrativo (inspetores internos treinados no sistema) capaz de acompanhar,
com visitas de auditorias, 100% (cem por cento) dos produtores;
- Firmar contrato com os produtores a eles vinculados de acordo com o modelo fornecido pelo
TECPAR;
- Colocar à disposição dos produtores a legislação aplicável atualizada, de forma clara e
adequada ao nível de entendimento do grupo;
- Possuir os seguintes documentos:
- Manual de procedimentos para o controle interno;
- Identificação da organização;
- Resumo do projeto a certificar com lista de produtores;
- Croqui das unidades de produção;
- Ficha com histórico das parcelas, no mínimo, dos últimos 3 (três) anos;
- Termo de compromisso de cada produtor;
- Laudo de inspeção e controle interno de cada produtor, produção e processamento;
- Documentos relativos ao reconhecimento da unidade de produção como orgânica, com
destaque àqueles referentes à redução de prazo de conversão; e
- Tabela de certificação especificando status por talhão por produtor.
Para determinar a amostra o TECPAR adota a fórmula (x=√y), sendo y o número total de membros
do grupo (esta fórmula define a amostragem para grupo de até 5000 membros).
A amostragem levará em conta a avaliação do risco do sistema de controle interno, baseando-se
em processo compartilhado entre o auditor e o grupo que busca a certificação, considerando
aspectos sociais, econômicos, culturais e tecnológicos que podem levar elementos do grupo ao
descumprimento dos regulamentos usando como base a seguinte tabela:
Número mínimo de unidade inspecionadas pela auditoria do TECPAR
Número de membros do
Fator de risco 1 Fator de risco 2 Fator de risco 3
grupo
Mínimo 10 12 14
50 10 12 14
100 10 12 14
200 14 17 20
500 22 27 31
1000 32 38 44
2000 45 54 63
5000 71 85 99
O sistema de controle interno deverá ser auditado anualmente pelo TECPAR, no qual será
verificado, dentre outros:
- Que 100% (cem por cento) dos produtores estão sendo inspecionados pelo SCI;
- Que as inspeções internas estão seguindo os procedimentos específicos previamente
aprovados;
- Que a regulamentação brasileira para a produção orgânica está sendo cumprida;
- Que os laudos das inspeções internas estão sendo mantidos e correspondem às informações
obtidas pelo auditor do TECPAR por ocasião da auditoria;
- Que as não conformidades detectadas nas visitas de inspeção interna são registradas e as
medidas corretivas correspondentes sejam adotadas e igualmente registradas.
- Se novos membros foram admitidos somente após terem passado pela auditoria interna;
- Se ocorrências de não conformidades foram tratadas apropriadamente pelo controle interno e
de acordo com o sistema documentado de sanções;
- Se os membros do grupo compreendem os regulamentos de sistema de produção orgânica.
4. CONTRATO E CERTIFICADO DE CONFORMIDADE
O certificado de conformidade é emitido em nome da entidade representativa do grupo com o
nome e localização de todos os seus componentes. Cópias do certificado podem ser enviadas aos
componentes do grupo desde que solicitadas pela entidade responsável.
O contrato de certificação contendo a licença para uso da marca de conformidade é celebrado
entre o TECPAR e a entidade representativa do grupo.
5. RESPONSABILIDADES
Cabe ao grupo de produtores, ou seja a organização, a responsabilidade da conformidade de
todos os integrantes e pela aplicação e monitoramento dos requisitos estabelecidos em contrato,
bem como:
- Estabelecer e implementar os procedimentos que garantam que todos os participantes do
grupo certificado preencham e cumpram suas obrigações, levando-se em consideração os
requisitos estabelecidos nos regulamentos, nos documentos normativos e regulatórios;
- Quando da inclusão ou exclusão de algum membro, o grupo de produtores deve informar
imediatamente ao Tecpar;
- Quando da alteração de posse ou comando de um determinado indivíduo ou organismo que
compõe o grupo certificado, o novo integrante do grupo deverá demonstrar, por escrito, sua
concordância com os compromissos assumidos junto ao TECPAR;
1 ABRANGÊNCIA
O presente anexo visa estabelecer as normas técnicas para os Sistemas Orgânicos de Produção
Animal (bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, equinos, suínos, aves, coelhos e abelhas) e Vegetal
a serem seguidos por toda pessoa física ou jurídica responsável por unidades de produção em
conversão ou por sistemas orgânicos de produção.
2 REQUISITOS GERAIS DOS SISTEMAS ORGÂNICOS DE PRODUÇÃO
2.1 Quanto aos aspectos ambientais, os sistemas orgânicos de produção devem buscar:
- Manutenção das áreas de preservação permanente;
- Atenuação da pressão antrópica sobre os ecossistemas naturais e modificados;
- A proteção, a conservação e o uso racional dos recursos naturais.
2.2 As atividades econômicas dos sistemas orgânicos de produção devem buscar:
- O melhoramento genético, visando à adaptabilidade às condições ambientais locais;
- A manutenção e a recuperação de variedades locais, tradicionais ou crioulas, ameaçadas pela
erosão genética;
- A promoção e a manutenção do equilíbrio do sistema de produção como estratégia de
promover a sanidade dos animais e vegetais;
- A interação da produção animal e vegetal;
- A valorização dos aspectos culturais e a regionalização da produção.
2.3 Quanto aos aspectos sociais, os sistemas orgânicos de produção devem buscar:
- Relações de trabalho fundamentadas nos direitos sociais determinados pela Constituição
Federal;
- A melhoria da qualidade de vida dos agentes envolvidos em toda a rede de produção
orgânica.
3 DOCUMENTAÇÃO E REGISTRO
3.1 REQUISITOS LEGAIS
5.2 Para que um produto receba a denominação de orgânico, deverá ser proveniente de um
sistema de produção onde tenham sido aplicados os princípios e normas estabelecidos na
regulamentação da produção orgânica, por um período variável de acordo com:
a. A espécie cultivada ou manejada;
b. A utilização anterior da unidade de produção;
c. A situação ecológica atual;
d. A capacitação em produção orgânica dos agentes envolvidos no processo produtivo;
e. A análise e a avaliação da unidade de produção pelo TECPAR.
6 INÍCIO DO PERÍODO DE CONVERSÃO
6.1 O início do período de conversão será estabelecido pelo TECPAR.
6.1.1 A decisão da data a ser considerada como ponto de partida do período de conversão terá
como base as informações levantadas nas inspeções ou visitas de controle interno que deverão
verificar a compatibilidade da situação encontrada com os regulamentos técnicos, por meio de
elementos comprobatórios, tais como:
- Declarações de órgãos oficiais relacionados às atividades agropecuárias;
- Declarações de órgãos ambientais oficiais;
- Declarações de vizinhos, associações e outras organizações envolvidas com a rede de
produção orgânica;
- Análises laboratoriais;
- Fotos aéreas e imagens de satélite;
- Inspeção in loco na área;
- Documentos de aquisição de animais, sementes e mudas;
- O conhecimento dos produtores e trabalhadores dos princípios, das práticas e da
regulamentação da produção orgânica.
7 DURAÇÃO DO PERÍODO DE CONVERSÃO
7.1 A duração do período de conversão será estabelecido pelo TECPAR.
7.1.1 O período de conversão será variável de acordo com o tipo de exploração e a utilização
anterior da unidade de produção, considerando a situação ecológica e social atual, com duração
mínima de:
a. 12 (doze) meses de manejo orgânico na produção vegetal de culturas anuais, para que a
produção do ciclo subseqüente seja considerada como orgânica;
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b. 18 (dezoito) meses de manejo orgânico na produção vegetal de culturas perenes, para que a
colheita subseqüente seja considerada como orgânica;
c. 12 (doze) meses de manejo orgânico ou pousio na produção vegetal de pastagens perenes.
7.2 Os prazos e condições para reconhecimento de animais, seus produtos e subprodutos como
orgânicos estão estabelecidos nos itens 12.1 e 12.2 deste anexo.
8 CONVERSÃO PARCIAL E DA PRODUÇÃO PARALELA
8.1 A conversão parcial ou produção paralela será permitida desde que atendidas as seguintes
condições:
a. No caso de culturas anuais e na implantação de culturas perenes no início da conversão,
deverão ser utilizadas espécies diferentes ou variedades que apresentem diferenças visuais
em áreas distintas e demarcadas;
b. No caso de culturas perenes pré existentes ao período de conversão, somente será permitida
a conversão parcial ou produção paralela, de mesma espécie ou variedades sem diferenças
visuais, se forem obtidas em áreas distintas e demarcadas, e no máximo por cinco anos; a
partir deste período, só será permitida a conversão parcial ou produção paralela com o uso de
espécies diferentes ou variedades com diferenças visuais em áreas distintas e demarcadas;
c. A criação de animais de mesma espécie será permitida desde que tenham finalidade produtiva
diferente ou produtos visualmente diferentes, apenas em áreas distintas e demarcadas, e no
máximo por cinco anos; a partir deste período, só será permitido o uso de espécies diferentes
em áreas distintas e demarcadas.
8.1.1 A conversão parcial ou produção paralela deve ser autorizada pelo TECPAR e será
concedida em função dos seguintes critérios:
- Distância entre as áreas sob manejo orgânico e não orgânico;
- Direção do vento;
- Posição topográfica das áreas, incluindo o percurso da água;
- Insumos utilizados nas áreas convencionais e forma de aplicação;
- Demarcação específica da área não orgânica;
- Facilidade de acesso para inspeção.
8.2 Na conversão parcial ou produção paralela, a unidade de produção deverá ser dividida em
áreas, com demarcações definidas, sendo vedada a alternância de práticas de manejo orgânico e
não orgânico numa mesma área.
8.2.1 Os equipamentos de pulverização empregados em áreas e animais sob o manejo não
orgânico não poderão ser usados em áreas sob o manejo orgânico.
8.2.2 Os equipamentos e implementos utilizados na produção animal e vegetal, sob manejo não
orgânico, exceto os equipamentos de pulverização mencionados no item 9.4, deverão passar por
limpeza para uso em manejo orgânico.
8.2.3 Os insumos utilizados em cada uma das áreas, sob manejo orgânico e não orgânico, devem
ser armazenados separadamente, perfeitamente identificados, e os não permitidos para uso na
agricultura orgânica não poderão ser armazenados na área de produção orgânica.
8.2.4 Os resíduos da produção animal não orgânica, seja da propriedade ou de fora da mesma, só
poderão ser utilizados de acordo com o especificado nas normas de produção vegetal dispostas
neste Regulamento.
8.3 O produtor deverá comunicar ao TECPAR, antes da colheita ou da obtenção do produto de
origem animal:
- A data prevista da obtenção desses produtos;
- Os procedimentos de separação;
- A produção estimada.
8.4 O plano de manejo da unidade de produção com conversão parcial ou produção paralela
deverá:
a. Conter procedimentos que visem à aplicação das boas práticas de produção;
b. Conter procedimentos que visem à eliminação do uso de organismos geneticamente
modificados e derivados em toda a unidade de produção;
c. Prever a quantidade estimada, a freqüência, o período e a época da produção orgânica e não
orgânica.
9 SISTEMAS ORGÂNICOS DE PRODUÇÃO ANIMAL
9.1 Os sistemas orgânicos de produção animal devem buscar:
- Seguir os princípios do bem-estar animal em todas as fases do processo produtivo;
- Manter a higiene e saúde em todo o processo criatório, compatível com a legislação sanitária
vigente e com o emprego de produtos permitidos para uso na produção orgânica;
- A adoção de técnicas sanitárias preventivas;
- A oferta de alimentação nutritiva, saudável, de qualidade e em quantidade adequada de
acordo com as exigências nutricionais de cada espécie;
- A oferta de água de qualidade e em quantidade adequada, isenta de agentes químicos e
biológicos que possam comprometer sua saúde e vigor, a qualidade dos produtos e os
recursos naturais, de acordo com os parâmetros especificados pela legislação vigente;
10.6 Não será permitido o uso de estímulos elétricos ou tranqüilizantes alopáticos no manejo de
animais.
10.7 Não será permitido o sistema intensivo e a retenção permanente em gaiolas, correntes,
cordas ou qualquer outro método restritivo aos animais.
10.7.1 O sistema semi-intensivo será permitido desde que respeitados os princípios de bem-estar
animal e mediante autorização do TECPAR.
10.8 É proibido utilizar em serviço animais feridos, enfermos, fracos ou extenuados ou obrigar
animais de serviço a trabalhos excessivos ou superiores às suas forças por meio de torturas ou
castigos.
10.9 A doma de animais, quando feita em unidades de produção orgânica, deve ser realizada
seguindo os princípios da doma racional.
10.10 O transporte, o pré-abate e o abate dos animais, inclusive animais doentes ou descartados,
deverão atender ao seguinte:
- Princípios de respeito ao bem-estar animal;
- Redução de processos dolorosos;
- Procedimentos de abate humanitário;
- A legislação específica.
10.10.1 No caso de animais que necessitem ser sacrificados, o uso de anestésico poderá ser
utilizado.
10.10.2 Não será permitido manter ou conduzir animais, por qualquer meio de locomoção, de
cabeça para baixo, de membros atados ou de qualquer outro modo que lhes produza sofrimento.
10.10.3 Não será permitido manter animais embarcados sem água e alimento por um período que
comprometa suas funções vitais.
10.11 Nas exposições e aglomerações, nos mercados e outros locais de venda deverão ser
atendidos os princípios de bem estar e necessidades fisiológicas de cada espécie animal.
11 AQUISIÇÃO DE ANIMAIS
11.1 Quando for necessário introduzir animais no sistema de produção, estes deverão ser
provenientes de sistemas orgânicos.
11.1.1 Na indisponibilidade de animais de sistemas orgânicos, poderão ser adquiridos animais de
unidades de produção convencionais, desde que previamente aprovado pelo TECPAR e que
atendam aos seguintes requisitos:
- Os animais adquiridos tenham idade mínima em que possam ser recriados sem a presença
materna, desde que respeitado o período de conversão previsto neste anexo e observando-se
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que a idade máxima para ingresso de frangos de corte é de dois dias de vida e para outras
aves de até duas semanas;
- O plantel reprodutivo adquirido não ultrapasse a quantidade máxima de 10% (dez por cento)
ao ano em relação ao número de animais adultos, da mesma espécie, na unidade de
produção, sendo exceção a esta regra os casos em que haja: a ocorrência de caso fortuito ou
força maior e a ampliação significativa da atividade;
- Os animais adquiridos sejam necessários a implantação de um novo componente de produção
animal na unidade.
a. O contato social, movimento e descanso, que permitam aos animais assumirem seus
movimentos naturais;
b. A alimentação, reprodução e proteção, em condições que garantam a sanidade e o bem-estar
animal.
14.3 Com relação aos espaços para a criação de animais em sistemas orgânicos, deverão ser
observados:
a. Para aves poedeiras e frangos de corte adultos: a lotação máxima permitida em galpão é de 6
(seis) aves por m2 e a área externa deve ter, no mínimo, 3 (três) m2 para cada ave, os ninhos
devem ter área de no mínimo 120 cm2 para cada 8 (oito) aves e os puleiros devem apresentar,
no mínimo, 18 cm lineares por ave;
b. Para vacas de leite, a lotação máxima permitida em alojamento tem que respeitar a relação
de, no mínimo, 6 (seis) m2 para cada animal;
c. Para bovinos de corte, a lotação máxima permitida em alojamento tem de respeitar a relação
de, no mínimo, 1,5 m2 para cada 100 kg de peso vivo dos animais;
d. Para leitões acima de 40 dias e até 30 kg, a lotação máxima permitida para área de galpão
deve respeitar a relação de, no mínimo, 0,6 m2 para cada animal;
e. Para suínos adultos, a lotação máxima permitida para área de galpão deve respeitar a relação
de, no mínimo: 0,8 m2 para cada animal com até 50 kg de peso vivo, 1,1 m2 para cada animal
com até 85 kg de peso vivo e 1,3 m2 para cada animal com até 110 kg de peso vivo;
f. Para ovelhas e cabras, a lotação máxima permitida para área de galpão deve respeitar a
relação de, no mínimo, 1,5 m2 para cada animal adulto e de 0,35 m2 para cada
cabrito/cordeiro.
14.3.1 Para os animais de que tratam os item 14.2 parágrafo primeiro, item 14.3 parágrafos
quatro (item d) e cinco (item e) deste anexo, deve ser observada a obrigatoriedade de acesso à
área externa com sol e a forragem verde.
14.4 A cerca elétrica é permitida desde que seja desenhada, construída, usada e mantida de
modo que, quando os animais a toquem, apenas sintam um ligeiro desconforto.
14.4.1 Os animais, antes de serem colocados em pastos com cercas elétricas, devem passar por
um período prévio de condicionamento ao seu uso.
14.5 As instalações, os equipamentos e os utensílios devem ser mantidos limpos e desinfetados
adequadamente utilizando apenas as substâncias permitidas que constam nos itens 9.1 e 9.4 do
anexo 9.
14.6 Na confecção das camas, os materiais utilizados devem ser naturais e livres de resíduos de
substâncias não permitidas para uso em sistemas orgânicos de produção.
16.9 As pastagens cultivadas devem ser compostas de vegetação arbórea suficiente para
propiciar sombreamento necessário ao bem-estar da espécie em pastejo.
16.10 Em caso de pastagens cultivadas sem áreas de sombreamento, determina-se um prazo de
5 (cinco) anos para estabelecimento de vegetação arbórea suficiente.
17 SISTEMAS PRODUTIVOS E PRÁTICAS DE MANEJO ORGÂNICO APÍCOLA
17.1 As normas estabelecidas neste item se aplicam à apicultura fixa ou migratória e a toda
pessoa física ou jurídica responsável por qualquer produto apícola oriundo de um sistema
orgânico de produção.
18 CONVERSÃO
18.1 A localização de apiários durante o período de conversão deve obedecer ao estabelecido no
item 20 deste anexo.
18.2 O período de conversão aplica-se tanto às unidades de produção em conversão para
sistemas orgânicos, como para as colmeias trazidas de sistemas de produção não orgânicos.
18.3 Para que as colmeias, seus produtos e subprodutos possam ser reconhecidos como
orgânicos, devem estar sob manejo orgânico por, no mínimo, 120 (cento e vinte) dias.
18.4 Durante o período de conversão, a cera necessária para a fabricação de novas folhas de
cera deve ser proveniente de unidades orgânicas de produção ou dos próprios opérculos.
18.5 É proibida a reutilização da cera e dos favos não obtidos em sistemas orgânicos.
18.6 As melgueiras e os quadros das melgueiras em conversão devem ser substituídos ou
preparados com cera proveniente de unidades de produção orgânica.
18.7 Em circunstâncias excepcionais, na indisponibilidade de cera produzida organicamente,
poderá ser autorizada, pelo TECPAR, a utilização de cera que não provenha de unidades de
produção orgânicas, nas quais não tenham sido utilizados ou aplicados produtos proibidos para
apicultura orgânica.
18.8 Não será necessária a substituição da cera quando, no enxame, não houve a utilização
prévia de produtos proibidos por este anexo.
19 ORIGEM DAS ABELHAS
19.1 Na escolha das raças, deverá ser levada em consideração a capacidade das abelhas em se
adaptarem às condições locais, sua vitalidade e sua resistência a doenças.
19.2 Os apiários deverão ser constituídos, preferencialmente, por enxames provenientes de
unidades de produção orgânica.
19.3 Os enxames adquiridos de unidades de produção convencionais ou em conversão para o
manejo orgânico, assim como os enxames que venham a se instalar espontaneamente na própria
unidade de produção, deverão passar por período de conversão.
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19.4 Para fins de reposição, poderão ser adquiridos até 10% (dez por cento) de enxames
convencionais por ano.
19.5 Em casos fortuitos ou de força maior, o TECPAR poderá autorizar a aquisição de uma
porcentagem maior de enxames, desde que observado o período de conversão.
19.6 Será permitida a colheita de abelhas, desde que verificada a ausência de doenças e
observado o período de conversão.
20 LOCALIZAÇÃO DOS APIÁRIOS
20.1 Os apiários deverão estar instalados em unidades de produção orgânica, em áreas nativas
ou em áreas de reflorestamento.
20.2 A instalação de apiários em áreas de reflorestamento dependerá da autorização do TECPAR.
20.3 O apicultor deverá apresentar croqui em escala adequada da unidade de produção ao
TECPAR.
20.4 O croqui deverá indicar os locais de implantação de colmeias.
20.5 O TECPAR poderá exigir análises comprobatórias de que as regiões acessíveis às abelhas
atendem ao estabelecido neste anexo.
20.6 Os apiários em manejo orgânico deverão situar-se a uma distância de no mínimo 5 km (cinco
quilômetros) de centros urbanos, auto-estradas, zonas industriais, aterros e incineradores de lixo e
unidades de produção não agrícolas.
20.7 A localização de apiários orgânicos deve ser avaliada levando-se em consideração a
presença de néctar e pólen num raio de no mínimo 3 km (três quilômetros) e que essa área seja
constituída essencialmente por:
- Culturas em manejo orgânico;
- Vegetação nativa ou espontânea;
- Outras culturas em que só sejam aplicados produtos permitidos por este anexo.
No caso em que for constatada a insuficiência nas fontes de alimentação nas áreas mencionadas
no item 20.7 deste anexo, o raio a ser considerado será de 5 km (cinco quilômetros).
20.8 Os apiários devem ser instalados em locais onde os operadores tenham a capacidade de
monitorar todas as atividades que possam afetar as colmeias.
21 ALIMENTAÇÃO
21.1 Deverá haver disponibilidade de água de boa qualidade nas proximidades do apiário.
21.2 Ao término de cada estação de produção, deverão ser deixadas reservas de mel e de pólen
suficientes para a sobrevivência dos enxames até o início de uma nova estação de produção.
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23.1 É proibida a colheita de mel a partir de favos que contenham ovos ou larvas de abelhas e a
destruição das abelhas nos favos como método associado à colheita dos produtos da apicultura,
assim como não são permitidas mutilações nas abelhas, tais como o corte das asas.
23.2 Será permitida a substituição de abelha rainha com supressão da antiga.
23.3 A prática da supressão dos machos somente será permitida como meio de contenção da
infestação pelo ácaro Varroa Jacobsoni.
23.4 O deslocamento das colmeias somente poderá ser efetuado mediante acordo com o
TECPAR.
23.5 Será proibido o uso de repelentes químicos de síntese durante as operações de extração de
mel.
23.6 É proibido o uso de materiais de revestimento e outros materiais com efeitos tóxicos na
confecção e na proteção de caixas para acondicionamento dos enxames.
23.7 Não é permitido o uso de telhas de amianto ou outro material tóxico, para a cobertura das
colmeias.
23.8 Para a produção de fumaça, necessária para o manejo das abelhas, deverão ser usados
materiais naturais ou madeira sem tratamento químico.
23.9É vedado o uso de combustíveis que gerem gases tóxicos, tais como querosene e gasolina,
para viabilizar a queima do material gerador da fumaça.
24 SISTEMAS ORGÂNICOS DE PRODUÇÃO VEGETAL
24.1 Os sistemas orgânicos de produção vegetal devem priorizar:
- A utilização de material de propagação originário de espécies vegetais adaptadas às
condições edafoclimáticas locais e tolerantes a pragas e doenças;
- A reciclagem de matéria orgânica como base para a manutenção da fertilidade do solo e a
nutrição das plantas;
- A manutenção da atividade biológica do solo, o equilíbrio de nutrientes e a qualidade da água;
- A adoção de manejo de pragas e doenças que: respeite o desenvolvimento natural das
plantas, respeite a sustentabilidade ambiental, respeite a saúde humana e animal, inclusive
em sua fase de armazenamento e privilegie métodos culturais, físicos e biológicos;
- A utilização de insumos que, em seu processo de obtenção, utilização e armazenamento, não
comprometam a estabilidade do habitat natural e do agroecossistema, não representando
ameaça ao meio ambiente e à saúde humana e animal.
25 SISTEMAS PRODUTIVOS E DAS PRÁTICAS DE MANEJO
25.1 A diversidade na produção vegetal deverá ser assegurada, no mínimo, pela prática de
associação de culturas a partir das técnicas de rotação e consórcios.
25.1.1 Para culturas perenes, a diversidade deverá ser assegurada, no mínimo, pela manutenção
de cobertura viva do solo.
25.2 A irrigação e a aplicação de insumos devem ser realizadas de forma a evitar desperdícios e
poluição da água de superfície ou do lençol freático.
25.3 As instalações de armazenagem e manipulação de esterco, incluindo as áreas de
compostagem, deverão ser projetadas, implantadas e operadas de maneira a prevenir a
contaminação das águas subterrâneas e superficiais.
25.4 É proibido o uso de reguladores sintéticos de crescimento na produção vegetal orgânica.
25.4.1 Os reguladores de crescimento similares aos encontrados na natureza são permitidos,
desde que obedeçam ao mesmo modo de ação dos reguladores de origem natural ou biológica,
respeitados os princípios da produção orgânica.
25.5 Nas atividades de pós-colheita, a unidade de produção deve instalar sistemas que permitam
o uso e a reciclagem da água e dos resíduos, evitando o desperdício e a contaminação química e
biológica do ambiente.
26 SEMENTES E MUDAS
26.1 As sementes e mudas deverão ser oriundas de sistemas orgânicos.
26.1.1 O TECPAR, caso verifique a indisponibilidade de sementes e mudas oriundas de sistemas
orgânicos, ou a inadequação das existentes à situação ecológica da unidade de produção, poderá
autorizar a utilização de outros materiais existentes no mercado, dando preferência aos que não
tenham recebido tratamento com agrotóxicos ou com outros insumos não permitidos.
26.1.2 As exceções de que trata o item 26.1.1 deste anexo não se aplicam aos brotos
comestíveis, que somente podem ser produzidos com sementes orgânicas.
26.1.3 A partir de cinco anos da publicação da Instrução Normativa n0 64 de 18 de dezembro de
2008, fica proibida a utilização de sementes e mudas não obtidas em sistemas orgânicos de
produção.
26.2 É proibida a utilização de organismos geneticamente modificados em sistemas orgânicos de
produção vegetal.
26.3 É vedado o uso de agrotóxicos sintético no tratamento e armazenagem de sementes e
mudas orgânicas.
27 FERTILIDADE DO SOLO E FERTILIZAÇÃO
27.1 Somente é permitida a utilização de fertilizantes, corretivos e inoculantes que sejam
constituídos por substâncias autorizadas constantes no item 9.5 do anexo 9, que complementa
1 CAMPO DE APLICAÇÃO
1.1 Este anexo aplica-se a toda pessoa física ou jurídica que processe, armazene e transporte
produtos obtidos em sistemas orgânicos de produção ou oriundos de processo extrativista
sustentável orgânico, desde que não prejudicial ao ecossistema local.
2 PROCESSAMENTO
2.1 O processamento de produtos orgânicos deverá obedecer igualmente à legislação específica
para cada tipo de produto.
2.2 É obrigatório o uso de boas práticas de manuseio e processamento de forma a manter a
integridade orgânica dos produtos.
2.2.1 A unidade de produção deverá manter registros atualizados que descrevam a manutenção
da qualidade dos produtos orgânicos durante o processamento e assegurem a rastreabilidade de
ingredientes, matéria-prima, embalagens e do produto final.
2.3 Deverão ser exclusivamente utilizados os produtos de higienização de equipamentos e das
instalações utilizadas para o processamento de produtos orgânicos dispostos no item 9.9 do
anexo 9.
2.5 O processamento dos produtos orgânicos deverá ser realizado de forma separada dos não
orgânicos, em áreas fisicamente separadas ou, quando na mesma área, em momentos distintos.
2.5.1 No processamento de produtos orgânicos e não orgânicos na mesma área, será exigida
uma descrição do processo de produção, do processamento e do armazenamento.
2.5.2 Os equipamentos e instalações utilizados devem estar livres de resíduos de produtos não
orgânicos.
2.6 Serão proibidos o emprego de radiações ionizantes, emissão de microondas e nanotecnologia
em qualquer etapa do processo produtivo.
2.7 Os ingredientes utilizados no processamento de produtos orgânicos deverão ser provenientes
de produção oriunda do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica.
2.7.1 Em caso de indisponibilidade de ingredientes agropecuários obtidos em sistemas orgânicos
de produção, poderá ser utilizada matéria-prima de origem não orgânica em quantidade não
superior a 5% (cinco por cento) em peso.
2.7.2 Não será permitida a utilização do mesmo ingrediente de origem orgânica e não orgânica.
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2.7.3 O emprego de água potável e sal (cloreto de sódio – NaCl e cloreto de potássio – KCl) serão
permitidos sem restrições e não serão incluídos no cálculo do percentual de ingredientes
orgânicos.
2.8 A defumação deverá ser realizada mediante a utilização de madeiras obtidas de manejo
sustentável ou fonte renovável e que não produzam substâncias tóxicas durante o processo de
combustão.
2.9 No processamento de produto orgânico, será permitido o uso dos aditivos e coadjuvantes de
tecnologia dispostos no item 9.8 do anexo 9.
2.9.1 Os aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia mencionados neste anexo somente
poderão ser utilizados no produto orgânico se estiverem autorizados para o respectivo produto
não orgânico pela legislação específica do órgão competente da Saúde ou da Agricultura,
observadas as funções dos mesmos ou, quando houver, as condições de uso estabelecidas no
item 9.8 do anexo 9.
2.9.2 O uso dos aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia autorizados para os produtos
orgânicos está limitado à quantidade necessária para atender às Boas Práticas de Fabricação, em
quantidade suficiente para obter o efeito tecnológico desejado (q.s.p ou quantum satis), salvo nos
casos em que houver limite máximo estabelecido no item 9.8 do anexo 9.
2.10 O uso de enzimas deverá atender aos dispositivos legais vigentes.
2.11 É proibido o uso de organismos geneticamente modificados ou produtos em cujo processo de
obtenção aqueles organismos tenham sido utilizados.
2.12 Durante o processamento de produtos orgânicos, deverão ser utilizados métodos de
higienização de ingredientes e produtos mediante a utilização dos produtos dispostos no item 9.9
do anexo 9.
3 PROCESSAMENTO DOS PRODUTOS APÍCOLAS
3.1 Os equipamentos utilizados para a extração e o processamento dos produtos apícolas
deverão ser construídos com materiais inertes e estar de acordo com as recomendações técnicas
específicas.
3.2 É proibida a utilização de qualquer tipo de aditivo no mel, assim como açúcares e outras
substâncias que alterem a sua composição original.
3.3 O processo de aquecimento do mel deverá atender a critérios técnicos no que se refere à
combinação de temperatura e tempo de exposição ao calor, de forma a garantir a manutenção
das características originais, considerando a origem do mel, seja do gênero apis ou de abelhas
nativas sem ferrão (subfamília Meliponinae).
3.4 Os produtos apícolas de que trata este regulamento deverão atender aos requisitos mínimos
de qualidade e ao regulamento técnico de produção, industrialização, envase e transporte,
estabelecidos pela legislação vigente para os produtos apícolas.
4 ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE
4.1 No armazenamento e transporte de produtos orgânicos, deverão ser utilizados produtos de
higienização de equipamentos e instalações permitidos na produção orgânica, constantes no item
9.9 anexo 9.
4.2 Durante o armazenamento e o transporte, os produtos orgânicos deverão ser devidamente
acondicionados, identificados, assegurando sua separação dos produtos não orgânicos.
4.3 O produto orgânico a granel deverá ser armazenado em áreas separadas e identificadas e
transportado isoladamente.
5 CONTROLE DE PRAGAS NO PROCESSAMENTO, ARMAZENAMENTO E
TRANSPORTE DE PRODUTOS ORGÂNICOS
5.1 Nas áreas físicas de processamento, armazenamento e transporte de produtos orgânicos,
além de ser observada a legislação específica, deverão ser adotadas as seguintes medidas para o
controle de pragas, preferencialmente nessa ordem:
• Métodos mecânicos, físicos e biológicos, como som, ultrassom, luz, repelentes à base de
vegetal, armadilhas (de feromônios, mecânicas, cromáticas) e ratoeiras;
7.4 As porcentagens em 7.2 e 7.3, se referem a peso total de fibras e não incluem o peso de
acessórios não têxteis, como os botões e zíperes.
1 CAMPO DE APLICAÇÃO
1.1 Estes requisitos aplicam-se exclusivamente aos produtos não madeireiros de origem vegetal
ou fúngica que tenham como objetivo a sua identificação como produto orgânico. As visitas e
levantamento de informações às unidades de inspeção, serão feitas por intermédio de entrevistas
com coletores e intermediários locais, verificação de uma fração representativa e quantitativa a
área certificada, considerando o plano de manejo estabelecido e, quando houver, entrevistas com
pessoas e instituições ligadas a questões ambientais e sociais que possam prestar informações
sobre as unidades de produção.
2 REQUISITOS GERAIS
2.1 Podem ser reconhecidos como produtos oriundos do extrativismo sustentável orgânico todos
aqueles extraídos ou coletados, em ecossistemas nativos ou modificados, onde a manutenção da
sustentabilidade do sistema não dependa do uso sistemático de insumos externos.
2.2 Nos casos em que ocorra na área do extrativismo sustentável orgânico a produção de outros
produtos, para estes será necessário que se observe o estabelecido no anexo 3 deste
regulamento para a produção animal e vegetal orgânicas e com base no Plano de Manejo
Orgânico.
2.3 As atividades devem cumprir a legislação pertinente que será avaliada, para cada caso ou tipo
de extração bem como possuir o devido o licenciamento ambiental, quando aplicável.
2.4 Em áreas de extração particulares e ou de terceiros que não sejam caracterizadas como
unidades de conservação de uso sustentável ficam estas sujeitas a apresentação da Averbação
da reserva legal, e os devidos comprovantes de Cadastro do imóvel rural e pagamento de
impostos denominados CCIR e ITR.
2.5 O Manejo Extrativista Sustentável Orgânico em Unidades de Conservação de Uso Direto ou
em Áreas Especialmente Protegidas considera a utilização conjunta ou alternada de múltiplas
espécies manejadas e eventualmente plantadas, seus produtos e subprodutos.
2.6 O Manejo Extrativista Sustentável Orgânico das espécies para obtenção de produtos não
madeireiros pode ser combinado, na mesma área, com a exploração legal de madeira, desde que
haja compatibilidade entre as distintas práticas ambientais.
2.7 O Manejo Extrativista Sustentável Orgânico deve adotar práticas que atendam aos seguintes
princípios gerais:
− Uso dos recursos naturais compatíveis com a capacidade local, assegurando o estoque e
sustentabilidade da espécie utilizada;
2.13 Outras práticas de Manejo Extrativista Sustentável Orgânico, além das previstas neste
anexo, adaptadas à realidade sócio ambiental local, poderão ser adotadas em âmbito estadual,
devendo, desde que observado o seguinte procedimento:
− Caso a CPOrg-UF as julgue pertinentes, esta deverá encaminhar Parecer Técnico favorável à
Coordenação de Agroecologia – COAGRE/MAPA, para reconhecimento na unidade da
federação proponente.
2.14 A área de Manejo Extrativista Sustentável Orgânico poderá estar situada em propriedades
públicas ou privadas, ou ambas, excetuando-se os casos previstos em lei.
2.15 A transferência da titularidade do imóvel objeto do Projeto Extrativista Sustentável Orgânico
deverá ser comunicada ao TECPAR.
2.16 Nos casos em que se configure transferência de responsabilidade em relação à área do
Projeto Extrativista Sustentável Orgânico, para que possa manter o reconhecimento da
conformidade orgânica do projeto, o adquirente deverá:
− Apresentar e ter aprovado um novo Projeto Extrativista Sustentável Orgânico pelo TECPAR
que deverá manter situação regular junto ao MAPA.
2.17 No caso da prática do Extrativismo Sustentável Orgânico em Unidades de Conservação de
Uso Sustentável, além do estabelecido neste anexo e na Instrução Normativa Conjunta n.º 17 de
28 de maio de 2009, a exploração de produtos e subprodutos está sujeita à regulamentação
específica, cujo controle e monitoramento é de competência do órgão gestor da unidade.
3 PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETO EXTRATIVISTA
SUSTENTÁVEL ORGÂNICO
3.1 O Projeto Extrativista Sustentável Orgânico deve seguir o seguinte roteiro:
− Identificação:
a) Proponente: Nome, endereço completo, endereço para contato, natureza jurídica, data do
registro jurídico, CNPJ/CPF/RG e representante(s) legal(is);
b) Executores (no caso de não ser o proponente, ou quando este representar um grupo): nome(s)
do(s) produtor(es), CPF/RG, nome(s) da(s) propriedade(s) ou unidade(s) de produção,
localização, estado, município, croqui de localização, croqui da unidade de produção, tamanho
da(s) área(s) e principais atividades que desenvolve na área;
− Detalhamento:
a) estimativa da capacidade produtiva da(s) espécie(s) explorada(s) em relação ao(s) produto(s)
obtido(s), em determinado período de tempo, com a descrição do método utilizado;
b) definição das taxas de intensidade, frequência e sazonalidade da exploração;
c) definição das práticas e método de coleta a ser utilizado, identificando parâmetros como:
tamanho, diâmetro, idade mínima e fase fenológica, considerados de forma isolada ou cumulativa,
para a(s) espécie(s) a ser(em) explorada(s);
d) descrição dos procedimentos de armazenamento, transporte e beneficiamento;
e) descrição das medidas mitigadoras aplicadas para redução dos possíveis impactos negativos
do manejo;
f) descrição do sistema de monitoramento empregado para avaliação da sustentabilidade do
manejo.
− Que, na falta de informação técnica confiável, não deve ser coletado, explorado ou extraído
mais de 30% do recurso;
− A avaliação da estrutura populacional a cada três anos após início do manejo, por meio de
levantamento; e
1 ABRANGÊNCIAS
1.1 Este anexo estabelece os mecanismos de controle e informação da qualidade orgânica a
serem seguidos pelas pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, para certificação
das operações de comercialização, transporte e comercialização de produtos orgânicos.
1.2 Este anexo não se aplica aos processos de certificação ORGÂNICA PARA A VENDA DIRETA
SEM CERTIFICAÇÃO.
2 REQUISITOS LEGAIS
2.1 Para a comercialização no mercado interno, os produtos orgânicos devem atender ao disposto
neste regulamento e os seguintes requisitos legais:
a. Alvará de funcionamento do estabelecimento;
b. Licença Sanitária;
c. Registro no serviço de inspeção de produtos de origem animal, quando aplicável;
d. Inscrição Estadual;
e. Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);
f. Classificação dos produtos comercializados de acordo com a instruções normativas de
padronização e classificação dos produtos destinados ao consumo humano do Ministério da
Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA).
3 COMERCIALIZAÇÃO
3.1 Em todas as etapas do processo de armazenamento, transporte e comercialização, deve-se
manter a integridade dos produtos orgânicos, aplicando as seguintes medidas:
a. Em todo momento, os produtos orgânicos deverão ser protegidos para que não se misturem
com produtos não obtidos em sistemas orgânicos e não tenham contato com materiais e
substâncias cujo uso não está autorizado no cultivo e pós-colheita de produtos orgânicos; e
b. Os produtos orgânicos passíveis de contaminação por contato ou que não possam ser
diferenciados visualmente devem ser identificados e mantidos em local separado dos demais
produtos não obtidos em sistemas orgânicos.
3.2 O atendimento do disposto neste regulamento não exime o cumprimento de outras exigências
sobre comercialização, interna e externa, dispostas nas legislações específicas.
5.1 O fracionamento dos produtos orgânicos deverá ser realizado de forma separada dos não
orgânicos, em áreas fisicamente separadas ou, quando na mesma área, em momentos distintos.
5.2 A área de fracionamento, preparo ou manipulação deve ser higienizada quantas vezes forem
necessárias e imediatamente após o término do trabalho.
5.3 Substâncias odorizantes e/ou desodorantes em quaisquer das suas formas não devem ser
utilizadas nas áreas de preparação e armazenamento dos produtos.
5.4 Durante o fracionamento dos produtos, devem ser adotadas medidas a fim de minimizar o
risco de contaminação cruzada, evitando o contato direto ou indireto entre alimentos crus, semi-
preparados e prontos para o consumo.
5.5 Quando os produtos não forem utilizados em sua totalidade, devem ser adequadamente
acondicionados e identificados, no mínimo, com as seguintes informações: nome produto, lote,
data de abertura e prazo de validade após a abertura ou retirada da embalagem original.
5.6 Deve ser utilizada somente água potável para manipulação de alimentos. Quando utilizada
solução alternativa de abastecimento de água, a potabilidade deve ser atestada semestralmente
mediante laudos laboratoriais, conforme legislação específica.
5.7 O gelo para utilização em alimentos deve ser fabricado a partir de água potável, mantido em
condição higiênico e sanitária que evite sua contaminação.
5.8 O vapor, quando utilizado em contato direto com alimentos ou com superfícies que entrem em
contato com alimentos, deve ser produzido a partir de água potável e não pode representar fonte
de contaminação.
6 EDIFICAÇÃO, INSTALAÇÃO, EQUIPAMENTO, MÓVEIS E UTENSÍLIOS
6.1 As instalações, os equipamentos, os móveis e os utensílios devem ser mantidos em condições
higiênico e sanitárias apropriadas.
6.2 O dimensionamento da edificação e das instalações devem ser compatível com todas as
operações. Deve existir separação entre as diferentes atividades por meios físicos ou por outros
meios eficazes de forma a evitar a contaminação cruzada.
6.3 Os equipamentos, móveis e utensílios que entram em contato com alimentos devem ser de
materiais que não transmitam substâncias tóxicas, odores, nem sabores aos mesmos, conforme
estabelecido em legislação específica.
7 HIGIENIZAÇÃO
7.1 Os produtos para higienização das instalações e equipamentos somente serão permitidos os
constantes no item 9.9 e 9.10 do anexo 9 produtos permitidos para a higienização de instalações
e equipamentos empregados no processamento de produto orgânico. Para os casos omissos
nesta lista ou de produtos que não estejam disponíveis no mercado, deverá ser consultado o
TECPAR.
7.2 Os resíduos destes agentes devem ser eliminados através de lavagem cuidadosa com água
potável antes que volte a ser utilizada para a manipulação de alimentos
7.3 Todos os produtos de limpeza e desinfecção devem ser identificados e guardados em local
adequado, fora das áreas de manipulação dos alimentos.
7.4 Os utensílios e equipamentos utilizados na higienização devem ser próprios para a atividade e
estar conservados, limpos e disponíveis em número suficiente e guardados em local reservado
para essa finalidade.
7.5 Os utensílios utilizados na higienização de instalações devem ser distintos daqueles usados
para higienização das partes dos equipamentos e utensílios que entrem em contato com o
alimento.
8 CONTROLE DE PRAGAS
8.1 As edificações, as instalações, os equipamentos e os móveis devem estar livres de vetores e
pragas urbanas. Deve existir um conjunto de ações eficazes e contínuas de controle de vetores e
pragas urbanas, com o objetivo de impedir a atração, o abrigo, o acesso e/ou proliferação dos
mesmos.
8.2 O controle de pragas nas instalações do estabelecimento deve, prioritariamente, ser feito
através de métodos preventivos.
8.3 Nas áreas físicas de processamento, armazenamento e transporte de produtos orgânicos,
além de ser observada a legislação específica, deverão ser adotadas as seguintes medidas para o
controle de pragas, preferencialmente nessa ordem:
a. Eliminação do abrigo de pragas e do acesso das mesmas às instalações, mediante o uso de
equipamentos e instalações adequadas;
b. Métodos mecânicos, físicos e biológicos, a seguir descritos: som, ultrassom, luz, repelentes à
base de vegetal, armadilhas (de feromônios, mecânicas, cromáticas) e ratoeiras;
c. Uso de substâncias autorizadas pela regulamentação da produção orgânica.
8.4 É proibida a aplicação de produtos químicos sintéticos nas instalações de processamento,
armazenamento e transporte de produtos orgânicos.
9 IMPORTAÇÃO
9.1 Só poderão ser comercializados no país os produtos orgânicos importados que estejam de
acordo com a regulamentação brasileira para a produção orgânica.
9.2 Perderão a condição de orgânicos os produtos importados que forem submetidos a tratamento
quarentenário não compatível com a regulamentação da produção orgânica brasileira.
10 INFORMAÇÃO DA QUALIDADE ORGÂNICA
10.1 A informação da qualidade orgânica pode se dar por meio da Declaração de Transação
Comercial, da rotulagem dos produtos, por material de publicidade e propaganda e por dizeres
expostos nos locais de comercialização.
1 ABRANGÊNCIA
1.1 Aplica-se aos serviços de alimentação tais como cantinas, restaurantes, lanchonetes e self-
services que realizam a preparação e venda de alimentos orgânicos ao consumidor.
1.2 Poderão requerer a certificação orgânica para o estabelecimento como um todo, ou a pratos
ou preparados específicos.
2 REQUISITOS PARA SOLICITAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO
2.1 Para efeito de certificação os estabelecimentos deverão seguir todos os requisitos legais
vigentes aplicáveis.
2.2 Em todos os casos, a higiene do estabelecimento será fator decisivo para o reconhecimento
de sua qualidade.
2.3 O estabelecimento deve comprovar a aquisição de matérias-primas oriundas de sistemas
orgânicos de produção ou de processo extrativista sustentável orgânico e não prejudicial ao
ecossistema local.
2.4 A manipulação de alimentos orgânicos deve preservar a qualidade e integridade do produto
orgânico e minimizar o uso de ingredientes não agrícolas, aditivos e coadjuvantes. Deve causar o
mínimo de impacto ambiental, considerando a poluição, consumo de energia, reciclagem de
materiais e tratamento de resíduos, de forma a não oferecer riscos à saúde e à segurança dos
operadores e das comunidades vizinhas.
2.5 É obrigatória a adoção de um sistema de Boas Práticas de Manipulação, devendo a
organização manter um plano atualizado que descreva a manutenção da qualidade orgânica dos
produtos durante os processos, bem como um plano de rastreabilidade de ingredientes, matéria-
prima, embalagens e do produto final.
2.6 Devem existir planilhas de forma a identificar os produtos orgânicos e não-orgânicos
comprados e utilizados, tanto o volume total como a quantidade utilizada para cada receita ou
cardápio especificamente.
2.7 Os restaurantes, hotéis, lanchonetes e similares que anunciarem em seus cardápios refeições
preparadas com ingredientes orgânicos deverão:
− Manter à disposição dos consumidores lista atualizada dos produtos orgânicos e não
orgânicos ofertados ou/e dos produtos que possuem ingredientes orgânicos, assim como seus
fornecedores;
composição da receita para ser considerado como “orgânico” e até 30%(trinta por cento) para ser
considerado como “produzido com ingredientes orgânicos”.
4.7 A água potável e sal (NaCl) serão permitidos sem restrições e não serão incluídos no cálculo
do percentual de ingredientes orgânicos.
4.8 Não é permitida a utilização de um mesmo ingrediente de origem orgânica e não orgânica.
5 ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE
5.1 A recepção dos produtos e embalagens deve ser realizada em área protegida, limpa e
adotadas medidas para evitar que esses produtos sejam contaminados.
5.2 Os produtos e as embalagens reprovados devem ser imediatamente separados, identificados
e determinada a destinação final.
5.3 Durante o armazenamento e o transporte, os produtos orgânicos deverão ser devidamente
acondicionados, identificados, assegurando sua separação dos produtos não-orgânicos.
5.4 O produto orgânico a granel deverá ser armazenado em áreas separadas e identificadas e
transportado isoladamente.
5.5 Os produtos e as embalagens devem ser armazenados sobre pallet, estrados e ou prateleiras,
respeitando-se o espaçamento mínimo necessário para garantir adequada ventilação, limpeza e,
quando for o caso, desinfecção do local. Os pallet, estrados e/ou prateleiras devem ser de
material liso, resistente, lavável e impermeável quando aplicável.
6 HIGIENIZAÇÃO
6.1 Os produtos para higienização das instalações e equipamentos somente serão permitidos os
constantes no item 9.9 e 9.10 do anexo 9. Para os casos omissos nesta lista ou de produtos que
não estejam disponíveis no mercado, deverá ser consultado o TECPAR.
6.2 Os resíduos destes agentes devem ser eliminados através de lavagem cuidadosa com água
potável antes que volte a ser utilizada para a manipulação de alimentos
6.3 Todos os produtos de limpeza e desinfecção devem ser identificados e guardados em local
adequado, fora das áreas de manipulação dos alimentos.
6.4 Os utensílios e equipamentos utilizados na higienização devem ser próprios para a atividade e
estar conservados, limpos e disponíveis em número suficiente e guardados em local reservado
para essa finalidade.
6.5 Os utensílios utilizados na higienização de instalações devem ser distintos daqueles usados
para higienização das partes dos equipamentos e utensílios que entrem em contato com o
alimento.
7 CONTROLE DE PRAGAS
− Métodos mecânicos, físicos e biológicos, a seguir descritos: som, ultrassom, luz, repelentes à
base de vegetal, armadilhas (de feromônios, mecânicas, cromáticas), e ratoeiras;
− Verificado para que o teor de contaminação esteja em níveis abaixo de limites estabelecidos
pela regulamentação para os produtos especificados.
7.1 Os produtores devem estar em conformidade com os requisitos aplicáveis do item 10.13 do
anexo 3 deste regulamento.
7.2 O produtor deve manejar os organismos vivos, respeitando seus aspectos e necessidades
fisiológicas.
7.3 Os produtores devem aplicar medidas para garantir que os animais aquáticos orgânicos sejam
fornecidos, durante o transporte e abate, em condições que atendam as necessidades específicas
dos animais e que minimizem efeitos adversos, tais como:
− Densidade;
− Substâncias tóxicas;
Extratos vegetais
Minerais
Veículos (proibido os sintéticos)
Sabões e detergentes neutros e biodegradáveis
As substâncias de que trata esta tabela deverão ser utilizadas de acordo com o que estiver estabelecido no
plano de manejo orgânico.
Sílica coloidal
Diatomita
Sepiolita • Utilizados como agentes aglutinantes,
Bentonita antiaglomerantes e coagulantes (aditivos tecnológicos)
Argilas cauliníticas
Vermiculita
Perlita
Sulfato de sódio
Carbonato de sódio
Bicarbonato de sódio
Cloreto de sódio
Sal não refinado
Carbonato de cálcio
Lactato de cálcio • Permitidos desde que não contenham resíduos
Gluconato de cálcio contaminantes oriundos do processo de fabricação
Calcário calcítico
Fosfatos bicálcicos de osso precipitados
Fosfato bicálcico desfluorado
Fosfato monocálcico desfluorado
Magnésio anidro
Sulfato de magnésio
Cloreto de magnésio
Carbonato de magnésio
Carbonato ferroso
Sulfato ferroso mono-hidratado
Óxido férrico • Permitidos desde que não contenham resíduos
Iodato de cálcio anidro contaminantes oriundos do processo de fabricação
18/12/2008
Adubos Verdes
• Permitidos desde que seu uso e • Permitido somente com autorização
manejo não causem danos à saúde e ao do TECPAR.
meio ambiente
Biofertilizantes obtidos de • Permitidos desde que a matéria prima
componentes de origem não contenha produtos não permitidos
vegetal pela regulamentação da agricultura
orgânica.
Fosfatos de Rocha,
Hiperfosfatos e
Termofosfatos
• Desde que obtidos por procedimentos
físicos, não enriquecidos por processo
químico e não tratados quimicamente
Sulfato de potássio e sulfato para o aumento da solubilidade;
duplo de potássio e
magnésio. • Permitido somente com a autorização
do TECPAR, em que estiverem
inseridos os agricultores familiares em
venda direta.
Micronutrientes
• Desde que o nível de radiatividade
Sulfato de Cálcio (Gesso) não ultrapasse o limite máximo
regulamentado;
• Gipsita (gesso mineral) sem restrição.
Carbonatos, óxidos e
Hidróxidos de cálcio e
magnésio (Calcários e cal)
• Desde que proveniente de extração
Turfa
legal.
• Desde que proveniente de extração
Algas Marinhas
legal.
Preparados biodinâmicos
Enxofre elementar • Permitido somente com a autorização
RC CERT P19 (rev E)
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do TECPAR.
• Permitidos desde que a matéria prima • Permitidos desde que não sejam
Pó de serra, casca e outros não esteja contaminada por substâncias oriundos de atividade ilegal.
derivados da madeira, pó de não permitidas para uso em sistemas
carvão e cinzas orgânicos de produção;
• Proibido o uso de extrato pirolenhoso.
• Definição da quantidade a ser utilizada • Permitidos desde que não sejam
em função do manejo e da fertilidade do oriundos de atividade ilegal.
Produtos processados de
solo tendo como referência os
origem animal procedentes
parâmetros técnicos de recomendações
de matadouros e abatedouros
regionais de forma a evitar possíveis
impactos ambientais.
• Permitidos desde que obtido sem • Proibido o uso de radiação;
causar dano ambiental.
Substrato para plantas • Permitido desde que sem
enriquecimento com fertilizantes não
permitidos neste regulamento;
• Definição da quantidade a ser utilizada • Proibido o uso de vinhaça amônica;
em função do manejo e da fertilidade do
os • Permitidos desde que não tratados
Produtos, subprodutos e
solo tendo como referência
resíduos industriais de origem
parâmetros técnicos de recomendações com produtos não permitidos neste
animal e vegetal
regionais de forma a evitar possíveis regulamento.
impactos ambientais.
Escórias industriais de reação • Permitido somente com a autorização
básica do TECPAR
Mercúrio 0,4
Cromo (VI) 0,0
Cromo (total) 70
Coliformes Termotolerantes (número mais
Provável por grama de matéria seca - 1.000
NMP/g de MS)
Ovos viáveis de helmintos (número por
quatro gramas de sólidos totais - n° em 4g 1
ST)
Salmonella sp Ausência em 10g de matéria seca
COADJUVANTES DE TECNOLOGIA
Ácido tartárico
Albumina de ovo
Álcool etílico
Bentonita
Caolin
Cera de carnaúba
Culturas de micro-organismos
Ictiocola, cola de peixe
Nitrogênio
Oxigênio
Perlita
Terra diatomácea