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REGULAMENTO PARA CERTIFICAÇÃO

ORGÂNICOS

INSTITUTO DE TECNOLOGIA DO PARANÁ


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Regulamento para Certificação
Orgânicos

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO............................................................................................................................................................4

1 OBJETIVO ...............................................................................................................................................................5

2 DEFINIÇÕES E REFERÊNCIAS ..........................................................................................................................5

3 HISTÓRICO DAS REVISÕES...............................................................................................................................6

4 GENERALIDADES .................................................................................................................................................6

5 DOCUMENTOS DE REFERENCIA .....................................................................................................................6

6 DESCRIÇÃO DO PROCESSO...............................................................................................................................7

7 SUSPENSÃO E CANCELAMENTO ...................................................................................................................12

8 APELAÇÕES..........................................................................................................................................................13

9 RECLAMAÇÕES...................................................................................................................................................14

10 NOTIFICAÇÕES DE ALTERAÇÕES DOS REQUISITOS DE CERTIFICAÇÃO .......................................14

11 CONFIDENCIALIDADE ......................................................................................................................................14

12 RESPONSABILIDADE LEGAL ..........................................................................................................................15

13 COMPROMISSOS DA ORGANIZAÇÃO ..........................................................................................................15

14 COMPROMISSOS DO TECPAR.........................................................................................................................16

15 RELAÇÃO DAS CERTIFICAÇÕES CONCEDIDAS .......................................................................................17

ANEXO 1 - MECANISMOS DE CONTROLE E INFORMAÇÃO DA QUALIDADE ORGÂNICA EM


CONFORMIDADE COM A LEI 10.831 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003, DECRETO 6.323 DE 27 DE
DEZEMBRO DE 2007 E IN 19 DE 28 DE MAIO DE 2009. .......................................................................................18

ANEXO 2 – REQUISITOS TÉCNICOS PARA GRUPO DE PRODUTORES EM CONFORMIDADE COM A


LEI 10.831 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003, DECRETO 6.323 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007 E IN 19 DE 28
DE MAIO DE 2009. ........................................................................................................................................................27

ANEXO 3 – REQUISITOS TÉCNICOS PARA SISTEMAS ORGÂNICOS DE PRODUÇÃO PRIMÁRIA


ANIMAL E VEGETAL EM CONFORMIDADE COM A LEI 10.831 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003,
DECRETO 6.323 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007, IN 64 DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008 E IN 19 DE 28 DE
MAIO DE 2009................................................................................................................................................................32

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ANEXO 4 – REQUISITOS TÉCNICOS PARA PROCESSAMENTO, ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE


DE PRODUTOS ORGÂNICOS DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL E VEGETAL EM
CONFORMIDADE COM A LEI 10.831 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003, DECRETO 6.323 DE 27 DE
DEZEMBRO DE 2007, IN 18 DE 28 DE MAIO DE 2009 E IN 19 DE 28 DE MAIO DE 2009. .............................52

ANEXO 5 – REQUISITOS TÉCNICOS PARA PRODUTOS ORGÂNICOS ORIUNDOS DO EXTRATIVISMO


SUSTENTÁVEL ORGÂNICO EM CONFORMIDADE COM A LEI 10.831 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003,
DECRETO 6.323 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007, IN 17 DE 28 DE MAIO DE 2009 E IN 19 DE 28 DE MAIO
DE 2009. ...........................................................................................................................................................................55

ANEXO 6 – REQUISITOS TÉCNICOS PARA COMERCIALIZAÇÃO, TRANSPORTE E


ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS ORGÂNICOS EM CONFORMIDADE COM A LEI 10.831 DE 23 DE
DEZEMBRO DE 2003, DECRETO 6.323 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007 E IN 19 DE 28 DE MAIO DE 2009.
...........................................................................................................................................................................................60

ANEXO 7 – REQUISITOS TÉCNICOS PARA SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM CONFORMIDADE


COM A LEI 10.831 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003, DECRETO 6.323 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007 E IN
19 DE 28 DE MAIO DE 2009.........................................................................................................................................65

ANEXO 8 - REQUISITOS TÉCNICOS PARA PRODUÇÃO DE AQUICULTURA ORGÂNICA EM


CONFORMIDADE COM AS NORMAS IFOAM 2005..............................................................................................69

ANEXO 9 – SUBSTÂNCIAS E PRÁTICAS PERMITIDAS PARA USO NA PRODUÇÃO ORGÂNICA ...........72

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APRESENTAÇÃO

O Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR, empresa pública de direito privado, com sede e
foro na cidade de Curitiba, Estado do Paraná, Brasil, foi fundado em 1940 e vem, ao longo dos
anos, desenvolvendo ações no sentido de proporcionar melhores condições ao desenvolvimento e
à capacitação empresarial e institucional.
Com posição consolidada como pioneiro no apoio ao desenvolvimento tecnológico e industrial, o
TECPAR atua em pesquisa, desenvolvimento e inovação, prestação de serviços tecnológicos às
organizações e também no desenvolvimento e produção de imunobiológicos.
A credibilidade e o reconhecimento que conquistou junto ao meio empresarial, fez com que o
TECPAR ampliasse sua área de atuação estruturando o serviço de avaliação da conformidade para
atender à demanda das organizações interessadas, operacionalizado pela Divisão de Certificação
e que abrangem os seguintes programas acreditados pelo INMETRO:
− Certificação de sistema de gestão da qualidade, segundo a norma NBR ISO 9001;
− Certificação de sistema de gestão ambiental, segundo a norma NBR ISO 14001;
− Certificação de manejo florestal , segundo as normas NBR 14789 e NBR 15789;
− Certificação de cadeia de custódia para produtos de base florestal, segundo a NBR 14790;
− Certificações de sistemas de gestão da qualidade de empresas de serviços e obras na
construção civil – PBQP-H;
− Certificação de produtos elétricos (fios e cabos, interruptores, plugues, tomadas, cabos e
cordões, cabos de potência e cabos e cordões até 500V);
− Certificação da produção integrada de frutas – PIF (maçã, pêssego, citrus, banana, mamão
uva);
− Certificação de cachaça;
− Avaliação da conformidade de cestas de alimentos e similares.

Outros programas:
− Certificação de saúde e segurança ocupacional, segundo a OHSAS 18001;
− Avaliação da conformidade de meios de hospedagem;
− Certificação de produtos agroindustriais (soja e milho não transgênicos, orgânicos);
− Certificação de produtos orgânicos – acreditado pelo Fórum Internacional de Movimentos da
Agricultura Orgânica - IFOAM
− SASSMAQ – Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade
− Certificação de produtos de telecomunicações – ANATEL.
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1 OBJETIVO

O objetivo do presente documento é de fornecer informações detalhadas sobre os procedimentos


de avaliação e certificação, bem como em relação aos direitos e deveres daqueles que venham a
ter seus produtos certificados.

2 DEFINIÇÕES E REFERÊNCIAS

Para a utilização do presente regulamento se aplicam as seguintes definições e referências:


Sistema orgânico de produção: todo aquele em que se adotam técnicas específicas, mediante a
otimização do uso dos recursos naturais e sócio econômicos disponíveis e o respeito à integridade
cultural das comunidades rurais, tendo por objetivo a sustentabilidade econômica e ecológica, a
maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência de energia não-renovável,
empregando, sempre que possível, métodos culturais, biológicos e mecânicos, em contraposição
ao uso de materiais sintéticos, a eliminação do uso de organismos geneticamente modificados e
radiações ionizantes, em qualquer fase do processo de produção, processamento,
armazenamento, distribuição e comercialização, e a proteção do meio ambiente.
Organização: denominação utilizada para clientes, produtores ou indústrias que solicitam a
certificação bem como para aqueles que já são certificados.
Auditoria: processo sistemático, documentado e independente, para obter evidência da auditoria e
avaliá-la objetivamente para determinar a extensão na qual os critérios de auditoria são atendido.
Mesmo que inspeção, avaliação, etc.
Certificação em grupo de produtores: certificação de um grupo de pequenos produtores, com
produção agrícola similar, organizados e legalmente constituídos.
Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos: base de dados com informações relativas aos
produtores orgânicos em conformidade com a regulamentação brasileira para a produção
orgânica
Declaração de Transação Comercial: documento emitido pelo TECPAR ou pelas unidades de
produção, com base nos procedimentos definido pelo TECPAR , com informações qualitativas e
quantitativas sobre produtos comercializados, com o intuito de permitir o controle e
rastreabilidade dos mesmos.
Unidade de produção controlada: unidade de produção em que é feita a avaliação da
conformidade orgânica por um OAC credenciado pelo MAPA;
Grupo: Conjunto de pessoas organizadas de maneira formal ou informal que realiza ações
coletivas de monitoramento mútuo e avaliação da conformidade das unidades de produção dos
fornecedores; um grupo pode incluir diferentes atores sociais que exercem o poder e a
responsabilidade compartilhados pelas decisões relacionadas a conformidade dos produtos com
os regulamentos da produção orgânica.
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Escopo de certificação: parâmetros que limitam a certificação concedida, incluindo o produto ou


tipos de produtos certificados, e onde aplicável, a área da propriedade, as normas de referência e
o programa de certificação.
IFOAM: International Federation of Organic Agriculture Movements
OAC: Organismo de Avaliação da Conformidade

3 HISTÓRICO DAS REVISÕES

Na revisão C foi realizada adequação geral do regulamento para atender a todos os escopos de
certificação do sistema de produção orgânica.
Na revisão D foi realizada adequação deste regulamento para atender a Instrução Normativa n0 64
de 18/12/2008 – Regulamento técnico para os sistemas orgânicos de produção animal e vegetal,
a Instrução Normativa n0 17 de 28/05/2009 – Normas técnicas para obtenção de produtos
orgânicos oriundos do extrativismo sustentável orgânico, a Instrução Normativa n0 18 de
28/05/2009 – Regulamento técnico para o processamento, armazenamento e transporte de
produtos orgânicos, a Instrução Normativa n0 19 de 28/05/2009 – Mecanismos de controle e
informação da qualidade orgânica e o Regulamento específico relativo à produção orgânica e
rotulagem de produtos orgânicos de acordo com o regulamento (CE) n0. 834/2007.
Na revisão E foi incluído o item 5 – Documentos de referência, adequação dos títulos dos anexos
com referências as Instrução normativas contempladas no referido anexo.

4 GENERALIDADES
As disposições estabelecidas neste documento são partes integrantes do processo de avaliação
da conformidade realizado pelo TECPAR.
Nossos serviços são acessíveis a todas as organizações que o requeiram, independentemente do
tipo, tamanho ou de sua vinculação a uma associação ou grupo.
O TECPAR se compromete a manter a imparcialidade em todos os processos de solicitação de
certificação.
Os critérios sob os quais o TECPAR fornece os serviços de certificação são aqueles constantes
de normas apropriadas para essa finalidade.
O TECPAR limita os requisitos de certificação aqueles especificamente relacionados aos escopos
considerados.
As organizações, que buscam a certificação, devem atender aos requisitos estabelecidos pelo
TECPAR neste e em outros documentos pertinentes.

5 DOCUMENTOS DE REFERENCIA
Lei nº 10.831, de 23 de dez. 2003. Dispõe sobre a agricultura orgânica e dá outras providências.
Diário Oficial da União, Brasília, 24 de dez. 2003, Seção 1, p. 8.
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Decreto nº 6.323, de 27 de dez. 2007. Regulamenta a Lei nº 10.831, de 23 de Dezembro de 2003,


que dispõe sobre a agricultura orgânica e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília,
28 de dez. 2007, Seção 1, p. 2 – 8
Instrução Normativa nº 64, de 18 de dez. 2008. Aprova o Regulamento Técnico para os Sistemas
Orgânicos de Produção Animal e Vegetal. Diário Oficial da União, Brasília, 19 de dez. de 2008,
Seção 1, p. 21 – 26.
Instrução Normativa Conjunta nº 18, de 28 de mai. 2009. Aprova o Regulamento Técnico para o
Processamento, Armazenamento e Transporte de Produtos Orgânicos. Diário Oficial da União,
Brasília, 29 de mai. de 2009, Seção 1, p. 15 -16.
Instrução Normativa Conjunta nº 17, de 28 de mai. 2009. Aprova as normas técnicas para a
obtenção de produtos orgânicos oriundos do extrativismo sustentável orgânico. Diário Oficial da
União, Brasília, 29 de mai. de 2009, Seção 1, p. 14 - 15.
Instrução Normativa nº 19, de 28 de mai. 2009. Aprova os mecanismos de controle e informação
da qualidade orgânica. Diário Oficial da União, Brasília, 29 de mai. de 2009, Seção 1, p. 16 – 26.
Instrução Normativa n.° 50, de 05 de novembro de 20 09; Instituir o selo oficial do Sistema
Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica, e estabelecer os requisitos para a sua
utilização nos produtos orgânicos.
Norma IFOAM para produção e processamento de orgânicos Versão 2005 (THE IFOAM NORMS
FOR ORGANIC PRODUCTION AND PROCESSING VERSION 2005).

6 DESCRIÇÃO DO PROCESSO

6.1 SOLICITAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO


As organizações, que desejam obter a certificação devem fornecer as informações necessárias
através do preenchimento do formulário denominado “Questionário” disponibilizado no site
www.tecpar.br/cert ou encaminhado à organização por solicitação da mesma, por meio de contato
com o TECPAR.
As informações fornecidas são avaliadas criticamente para verificar a viabilidade de atendimento.
Sendo viável, encaminha-se uma proposta técnica e comercial contendo os preços das atividades
a serem desenvolvidas.
Para confirmar a contratação dos serviços, a organização deve preencher todos os campos do
formulário “Aceite da proposta”, anexado a proposta e devolver ao TECPAR, juntamente com os
documentos e comprovantes solicitados.
Com a formalização do aceite tem início o processo de certificação.

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6.2 AVALIAÇÃO INICIAL

6.2.1 Designação da equipe auditora e data da auditoria


O TECPAR seleciona e designa a equipe auditora e encaminha os nomes de seus componentes e
as datas para realização da auditoria para a organização que será avaliada, para aprovação.
Caso haja impedimento das datas e/ou em relação ao nome de algum componente da equipe
designada, a organização deve encaminhar para o TECPAR o motivo e justificativa da não
aceitação, num prazo máximo de 2 (dois) dias após o recebimento. Findo esse prazo as datas e a
equipe auditora será considerada aceita.
6.2.2 Plano de auditoria
Antes da data de execução da auditoria, é encaminhado o plano de auditoria contendo o período
e as atividades a serem desenvolvidas.
Qualquer ressalva em relação ao mesmo deve ser formalmente comunicada ao TECPAR, num
prazo máximo de 2 (dois) dias após o recebimento. Findo esse prazo o plano será considerado
aceito.
6.2.3 Reunião de abertura
A auditoria inicia-se com a reunião de abertura a qual é conduzida pelo auditor líder, devendo
contar com a participação dos representantes da organização.
6.2.4 Execução da auditoria
A auditoria inicial é realizada nas instalações da organização, para constatação da implementação
dos requisitos estabelecidos nos documentos normativos de referência e neste regulamento.
6.2.5 Coleta e verificação de informações
As informações pertinentes são coletadas através de entrevistas, registros, documentos e
verificadas nos locais definidos no plano de auditoria. Todas as evidências, são registradas e
avaliadas pela equipe auditora, gerando as constatações da auditoria, as quais podem indicar
tanto conformidade quanto não conformidade em relação aos documentos normativos de
referência. As não conformidades são registradas.
6.2.6 Ensaios laboratoriais
As análises laboratoriais podem ser necessárias para subsidiar os procedimentos da auditoria ou
para o atendimento de declarações adicionais exigidas em certificações específicas. As análises
devem ser executadas por laboratórios oficiais ou credenciados por órgãos oficiais de âmbito
federal.
Nas auditorias iniciais para fins da concessão da certificação devem ser realizados ensaios
laboratoriais os seguintes escopos:

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− Produção primária animal e/ou vegetal;

− Extrativismo sustentável orgânico; e

− Processamentos em geral.
Não serão certificados produtos que contenham qualquer resíduos de pesticidas ou que não
contemplem os padrões microbiológicos estabelecidos para alimentos.
Quanto aos demais contaminantes não poderão exceder o determinado no Anexo 8 deste
regulamento.
6.2.7 Reunião de encerramento
Atividade conduzida pelo auditor líder com o objetivo de apresentar as constatações e as
conclusões da auditoria, de modo que elas sejam compreendidas e assinadas pelos auditados.
Quando aplicável, as não conformidades identificadas são apresentadas e devem ser
reconhecidas pelo responsável da organização, bem como deve ser estabelecido o prazo de
implementação das ações corretivas pertinentes, não podendo ultrapassar 30 (trinta) dias. Findo
este prazo o TECPAR reserva-se no direito de iniciar novo processo.

6.2.8 Ações de acompanhamento


Quando identificadas não conformidades, a organização deve encaminhar ao TECPAR as ações
corretivas e seus respectivos comprovantes, em conformidade com o prazo estabelecido na
reunião de encerramento.
A verificação das ações corretivas pode ser efetuada de duas maneiras:

− Somente com a avaliação da documentação comprobatórias de sua execução, ou

− Verificação nas instalações da organização, em função da complexidade da ação.


O processo permanece pendente até o fechamento das não conformidades.

6.2.9 Registro de Exceções


O TECPAR mantém procedimento para registrar exceções concedidas previstas nos
regulamentos técnicos. Tais exceções são limitadas a um período de tempo de no máximo 02
(dois) anos, sendo justificadas e registradas.

6.2.10 Relatórios de Inspeção e Auditoria


Após a realização da auditoria é elaborado relatório pelo auditor líder e encaminhado ao produtor
num prazo não superior a 15 (quinze) dias.

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6.3 CONCESSÃO DA CERTIFICAÇÃO

A Gerência da Divisão da Certificação decide sobre a concessão da certificação com base nas
informações obtidas durante a etapa da auditoria inicial e, quando aplicável, com base na
avaliação dos resultados dos ensaios laboratoriais.
Caso a decisão seja contrária a concessão, a organização é formalmente comunicada dos
motivos que levaram a não obtenção da certificação.
Posteriormente é emitido o certificado de conformidade com validade de um ano.

6.4 AUTORIZAÇÃO PARA USO DA MARCA DE CONFORMIDADE

A autorização para o uso da marca de conformidade está vinculado a assinatura do contrato de


certificação. O qual contém os direitos e obrigações da organização e do TECPAR.
A licença para uso da marca de conformidade terá validade de 3 (três) anos, podendo ser
cancelada ou suspensa, caso o TECPAR verifique o não atendimento aos requisitos técnicos
especificados para a organização para a qual a licença de uso da marca foi concedida, ou em
função do descumprimento de cláusula contratual.

Cabe a organização aplicar, a marca de conformidade, de acordo com o estabelecido no


documento “Condições de uso da marca de conformidade – orgânicos”, em todos os seus
produtos certificados.

6.5 MANUTENÇÃO DA CERTIFICAÇÃO

Após a concessão da certificação, no mínimo uma vez ao ano durante a validade do contrato são
executadas auditorias de supervisão afim de que seja renovado o Certificado de Conformidade.
Esse processo deve ser iniciado antes do término da validade do certificado em curso.
Excepcionalmente poderão ocorrer outras auditorias, desde que haja deliberação do TECPAR,
baseada em evidências que as justifiquem ou nos casos mais complexos, como cultivos ou
criações de vários ciclos anuais e produção ou processamento em estabelecimentos com
produção paralela, o TECPAR deverá realizar uma auditoria por semestre, alternado auditorias
programadas e sem aviso prévio.
A sistemática de avaliação é a mesma estabelecida para a auditoria inicial conforme item 5.2
deste regulamento.
A decisão sobre a manutenção da certificação é de responsabilidade do Gerente de Divisão de
Certificação com base nas informações obtidas nas etapas anteriores.
A decisão pela manutenção ou não é comunicada formalmente à organização, devidamente
justificada.
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Podem ser coletadas e analisadas amostras para detecção de eventuais contaminações por
produtos não autorizados na produção orgânica. Essas análises são efetuadas sempre que exista
suspeitas da utilização de produtos não autorizados na produção orgânica ou denúncia.

6.6 AUDITORIAS SEM AVISO PRÉVIO

O TECPAR pode realizar auditorias sem aviso prévio, em pelo menos 5% (cinco por cento) das
unidades certificadas, a cada ano, considerando:

− Risco que o sistema de produção orgânica da organização apresenta;

− A manutenção da integridade orgânica do produto e produção, e

− Os riscos, de não conformidade, da complexidade da produção e outros observados entre


uma auditoria e outra;

− Em função de reclamação ou denuncia recebida.


O direito do TECPAR para realizar as auditorias sem aviso prévio está garantida no contrato
assinado entre as partes.
Em situações particulares o TECPAR pode definir um procedimento alternativo.

6.7 EXTENSÃO DE ESCOPO

A organização poderá solicitar formalmente ao TECPAR a extensão de escopo da sua base física
produtiva ou de produto.
Em função das mudanças informadas, o TECPAR avaliará a necessidade de realização de
auditoria adicional caso o produto seja de categorias diferentes e/ou em áreas diferentes das já
certificadas.
Nos casos de unidades de produção e comercialização certificadas só poderão comercializar os
novos produtos após aprovação do TECPAR.
Quando se tratar de produtos de escopo diferente, o TECPAR realizará auditorias adicionais, e
caso os
produtos sejam da categoria dos já certificados e produzidos nas áreas já cobertas pela
certificação, o TECPAR fará apenas uma avaliação da alteração no sistema de
produção/comercialização.
Enquanto não houver a aprovação do TECPAR, as unidades de produção e comercialização
certificadas não podem comercializar como orgânicos os produtos decorrentes das alterações
processadas.

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7 SUSPENSÃO E CANCELAMENTO

A organização poderá solicitar a qualquer momento a suspensão ou cancelamento da certificação.


Caso a organização que obteve a certificação, cesse definitivamente seu empreendimento, deverá
informar imediatamente ao TECPAR.
O TECPAR reserva-se o direito de suspender temporariamente a certificação, a qualquer
momento durante a validade do contrato.
A suspensão pode ser aplicada, entre outras nas seguintes situações:

− Descumprimento de cláusulas contratuais;

− Quando da consideração do uso indevido do certificado ou da marca de conformidade e da


não adoção de ações necessárias para a correção, determinados pelo TECPAR;

− Não cumprimento dos prazos acordados para a implementação de ações corretivas;

− Quando a organização, de alguma forma, acionar indevidamente o TECPAR ou colocá-lo em


descrédito;

− Quando a organização não permitir que as auditorias de supervisão sejam realizadas nas
frequências e prazos estabelecidos;

− Se a organização não providenciar a adequação do produto certificado exigida em virtude de


alteração ou nova edição do documento normativo aplicável;

− Uso impróprio da marca de conformidade ou do certificado;

− Se a produção for paralisada por período determinado, definido em acordo mútuo entre o
TECPAR e a organização;

− Se a comercialização de produto com alteração for feita sem a anuência prévia do TECPAR;

− Se detectado pelos auditores durante a auditoria, que a organização teve alguma atitude
fraudulenta em relação ao produto certificado.
A decisão da suspensão é do Gerente da Divisão de Certificação e o período da suspensão é
geralmente de 1 (um) mês.
A organização é comunicada formalmente sobre a decisão, as condições e prazos para a
retomada da certificação.
Nos casos de suspensão da certificação, a organização continua com a posse do certificado e do
contrato de certificação mas no período de suspensão, deve deixar de usar a marca de
conformidade nos produtos objeto da certificação e em todo o material publicitário que contenha
alguma referência à certificação.

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A retomada da certificação depende exclusivamente da constatação de que a organização corrigiu


todas as deficiências causadoras da suspensão.
O não cumprimento da resolução de problemas que ocasionaram a suspensão no prazo
estabelecido pelo TECPAR, deve resultar na redução de escopo ou cancelamento da certificação
da organização.
O cancelamento pode também ocorrer quando:
- Uma reclamação de terceiros efetuada ao TECPAR contra a organização, for considerada
comprovadamente procedente e de extrema gravidade afetando diretamente a credibilidade
da certificação;
- Ocasionado por um pedido formal da organização antes do término da validade do certificado;
- Falha na resolução dos problemas que ocasionaram a suspensão, no prazo estabelecido;
- Por solicitação da organização.
O TECPAR reserva o direito de publicar e divulgar, de maneira como julgar apropriado, a
suspensão e o cancelamento da certificação.
O cancelamento da certificação por iniciativa do TECPAR ou da organização, resulta na rescisão
do contrato, devendo a organização não mais aplicar a marca de conformidade nos produtos.
Deve também cessar toda e qualquer publicidade que tenha relação com a certificação, e
retirando a marcação dos produtos no mercado, num prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar da
data do cancelamento.
A organização deve comunicar ao TECPAR, por escrito, o término do processo de retirada do
mercado, informando os produtos, as quantidades, os endereços dos locais de retirada, bem
como a disposição tomada com os produtos retirados.

8 APELAÇÕES
Apelação é a solicitação por parte de uma organização, de reconsideração de qualquer decisão
adversa tomada pelo TECPAR, relacionada a situação da certificação.
A organização poderá apelar das decisões do TECPAR em relação a:
- Recusa de aceitar uma solicitação para certificação;
- Recusa de prosseguir com uma auditoria;
- Solicitação de ações corretivas;
- Alterações no escopo de certificação;
- Decisão de não concessão da certificação, suspensão ou cancelamento da certificação.

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

O processo de tratamento de apelações está descrito em instrução específica – IT CERT G26


disponibilizada no site www.tecpar.br/cert ou poderá ser solicitada por meio de contato direto com
o TECPAR.
O apelante será informado do recebimento, andamento, resultado e término do processo de
tratamento da apelação.

9 RECLAMAÇÕES
As organizações podem formalizar reclamações, em relação aos serviços de certificação do
TECPAR, bem como todas as partes interessadas (terceiros) no processo de certificação podem
formalizar comentários e/ou reclamações, em relação à organização certificada.
Estas reclamações devem ser encaminhadas diretamente ao TECPAR, que dará o devido
tratamento conforme instrução específica – IT CERT G26 disponibilizada no site
www.tecpar.br/cert ou poderá ser solicitada por meio de contato direto com o TECPAR.
O TECPAR deve determinar, junto com a organização e o reclamante, se ele deve tornar público o
assunto da reclamação e sua solução e, se assim for, em que extensão.

10 NOTIFICAÇÕES DE ALTERAÇÕES DOS REQUISITOS DE CERTIFICAÇÃO


Quaisquer alterações que possam ocorrer nos requisitos de certificação praticados pelo TECPAR
decorrentes de legislação, norma de referência, requisitos do organismo de acreditação ou outros
de controle externos, serão informadas as organizações e atualizadas nos documentos
pertinentes.
Um prazo, é estabelecido pelo TECPAR ou quando aplicável, pelo organismo acreditador, para
que as organizações possam executar as alterações e ajustes necessários, demonstrando o
atendimento aos novos requisitos.
No site www.tecpar.br/cert estarão disponíveis as informações e dúvidas poderão ser esclarecidas
diretamente com os profissionais da Divisão de Certificação.

11 CONFIDENCIALIDADE
Visando proteger os direitos de propriedade da organização, o TECPAR trata as informações a
que tem acesso durante e após as atividades de certificação como estritamente confidenciais e
não as revela a terceiros, sem prévio consentimento por escrito da organização, exceto quando for
requerido pela legislação do País ou pelo Organismo Acreditador.
Toda a equipe que participa direta ou indiretamente do processo de certificação, firma com o
TECPAR um termo de compromisso, intitulado “Código de Ética”, o qual contém questões de
confidencialidade, conflito de interesses e regras de conduta.

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

12 RESPONSABILIDADE LEGAL

Coordenar e supervisionar o processo de manutenção do Certificado de Conformidade e da


Licença para Uso da Marca de Conformidade.
Executar as atividades de supervisão com a periodicidade definida na documentação normativa
de forma a assegurar que os produtos certificados continuem atendendo os requisitos dos
documentos normativos pelos quais foram certificados.
Designar para as atividades de supervisão pessoal próprio ou subcontratado com a qualificação
apropriada.
Fornecer a organização as instruções sobre o uso correto das marcas de conformidade, bem
como monitorar seu uso.
Atualizar as informações as informações referentes aos produtores a eles vinculados no cadastro
nacional de produtores orgânicos.
Exceto no caso de negligência devidamente comprovada, o TECPAR não será responsável por
quaisquer perdas ou danos causados na instalação da organização durante a execução das
auditorias ou outros serviços.
O TECPAR não pode ser responsabilizado pela organização ou por terceiros (consumidores),
envolvidos com organização, quando do não cumprimento das cláusulas contratuais ou pela falta
de informações prestadas sobre o objeto da certificação, por parte da organização.
A indicação dos inspetores é de responsabilidade do TECPAR, não podendo as unidades de
produção escolher ou recomendar inspetores.

13 COMPROMISSOS DA ORGANIZAÇÃO
As organizações, além de cumprir com o estabelecido no contrato de certificação, deve se
comprometer a:
- Fornecer as informações e documentos requeridos para a solicitação da certificação e
realização das auditorias;
- Informar ao TECPAR, qualquer inclusão ou substituição de produtos e áreas;
- Prover evidencias do atendimento aos requisitos estabelecidos nos documentos normativos de
referência e demais requisitos legais durante a vigência da certificação, independentemente
de sua transcrição.
- Prover recursos necessários para permitir a condução de auditorias solicitadas pelo TECPAR;
- Permitir a equipe de auditores do TECPAR tenha acesso aos documentos, dados, assim como
às instalações onde se realizam as operações estabelecidas no escopo objeto da certificação;

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

- Cumprir com os prazos acordados nas auditorias, na execução das ações corretivas e nas
sanções acordadas;
- Cumprimento com os termos estabelecidos no contrato de certificação;
- Não manter a mesma codificação de um produto certificado para um produto não certificado;
- Aplicar a marca de conformidade nos produtos, conforme critérios estabelecidos no
documento “Condições de uso da marca de conformidade – orgânicos”;
- Submeter previamente ao TECPAR todo o material de divulgação onde aplicado a marca de
conformidade;
- Acatar as decisões pertinentes à certificação tomadas pelo TECPAR;
- Manter as condições técnico e organizacionais que serviram de base para a concessão da
licença para uso da marca de conformidade, informando, previamente ao TECPAR, qualquer
modificação que pretenda fazer no produto ao qual foi concedida a licença;
- Comunicar imediatamente ao TECPAR no caso de qualquer alteração, inclusão ou
substituição de produtos e/ ou áreas.
- As unidade de produção e comercialização certificadas, apenas poderão comercializar os
novos produtos após a aprovação da certificação;
− Manter registros de todas as reclamações trazidas ao conhecimento da organização relativas
à conformidade dos produtos com os requisitos das normas pertinentes, bem como tomem
ações apropriadas em relação as reclamações.
- A organização autorizada tem responsabilidade técnica, civil e penal referente aos produtos
por ela fabricados, bem como a todos os documentos referentes à certificação, não havendo
hipótese de transferência desta responsabilidade.
- Permitir o acesso as fiscalizações do MAPA e caso seja evidenciado o descumprimento da
legislação da produção orgânica, as penalidades previstas no Decreto 6323/2007 serão
aplicadas.

14 COMPROMISSOS DO TECPAR
- Implementar o programa de avaliação da conformidade, previsto neste regulamento, conforme
os requisitos aqui estabelecidos;
- Cumprir com os termos estabelecidos no contrato de certificação;
- Manter equipe auditora qualificada para execução dos trabalhos inerentes a certificação;
- Manter atualizadas todas informações relativas ao processo de certificação.

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

15 RELAÇÃO DAS CERTIFICAÇÕES CONCEDIDAS

O TECPAR mantém e fornece quando solicitado, uma relação atualizada das certificações
concedidas, suspensas e canceladas e também mantém atualizado os dados referentes a todas
as unidades de produção sob seu controle no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos.

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

ANEXO 1 - MECANISMOS DE CONTROLE E INFORMAÇÃO DA QUALIDADE ORGÂNICA EM


CONFORMIDADE COM A LEI 10.831 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003, DECRETO 6.323 DE 27
DE DEZEMBRO DE 2007 E IN 19 DE 28 DE MAIO DE 2009.

Abrangência:
Este anexo visa estabelecer os mecanismos de controle e informação da qualidade orgânica a
serem seguidos pelas pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que produzam,
transportem, comercializem ou armazenem produtos orgânicos, ou que sejam responsáveis pela
manutenção da conformidade orgânica.
Os escopos de certificação a que se refere este anexo são:
− Produção primária animal;
− Produção primária vegetal;
− Extrativismo sustentável orgânico;
− Processamento de produtos de origem vegetal;
− Processamento de produtos de origem animal;
− Processamento de insumos agrícolas;
− Processamento de insumos pecuários;
− Processamento de cosméticos;
− Processamento de fitoterápicos;
− Processamento de produtos têxteis;
− Comercialização, transporte e armazenamento;

− Restaurantes, lanchonetes e similares.


A finalidade de um sistema de produção orgânica é:
− A oferta de produtos saudáveis isentos de contaminantes intencionais;
− A preservação da diversidade biológica dos ecossistemas naturais e a recomposição ou
incremento da diversidade biológica dos ecossistemas modificados em que se insere o
sistema de produção;
− Incrementar a atividade biológica do solo;
− Promover um uso saudável do solo, da água e do ar;
− Reduzir ao mínimo todas as formas de contaminação desses elementos que possam resultar
das práticas agrícolas;

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

− Manter ou incrementar a fertilidade do solo a longo prazo;


− A reciclagem de resíduos de origem orgânica, reduzindo ao mínimo o emprego de recursos
não-renováveis;
− Basear-se em recursos renováveis e em sistemas agrícolas organizados localmente;
− Incentivar a integração entre os diferentes segmentos da cadeia produtiva e de consumo de
produtos orgânicos e a regionalização da produção e comércio desses produtos;
− Manipular os produtos agrícolas com base no uso de métodos de elaboração cuidadosos, com
o propósito de manter a integridade orgânica e as qualidades vitais do produto em todas as
etapas.
São diretrizes dos sistemas orgânicos:
− Contribuição da rede de produção orgânica ao desenvolvimento local, social e econômico
sustentáveis;
− Manutenção de esforços contínuos da rede de produção orgânica no cumprimento da
legislação ambiental e trabalhista pertinentes na unidade de produção, considerada na sua
totalidade;
− Desenvolvimento de sistemas agropecuários baseados em recursos renováveis e organizados
localmente;
− Incentivo à integração da rede de produção orgânica e à regionalização da produção e
comércio dos produtos, estimulando a relação direta entre o produtor e o consumidor final;
− Inclusão de práticas sustentáveis em todo o seu processo, desde a escolha do produto a ser
cultivado até sua colocação no mercado, incluindo o manejo dos sistemas de produção e dos
resíduos gerados;
− Preservação da diversidade biológica dos ecossistemas naturais e a recomposição ou
incremento da diversidade biológica dos ecossistemas modificados em que se insere o
sistema de produção, com especial atenção às espécies ameaçadas de extinção;
− Relações de trabalho baseadas no tratamento com justiça, dignidade e eqüidade,
independentemente das formas de contrato de trabalho;
− Consumo responsável, comércio justo e solidário baseados em procedimentos éticos;
− Oferta de produtos saudáveis, isentos de contaminantes, oriundos do emprego intencional de
produtos e processos que possam gerá-los e que ponham em risco o meio ambiente e a
saúde do produtor, do trabalhador ou do consumidor;
− Uso de boas práticas de manuseio e processamento com o propósito de manter a integridade
orgânica e as qualidades vitais do produto em todas as etapas;
− Adoção de práticas na unidade de produção que contemplem o uso saudável do solo, da água
e do ar, de modo a reduzir ao mínimo todas as formas de contaminação e desperdícios
desses elementos;

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

− Utilização de práticas de manejo produtivo que preservem as condições de bem-estar dos


animais;
− Incremento dos meios necessários ao desenvolvimento e equilíbrio da atividade biológica do
solo;
− Emprego de produtos e processos que mantenham ou incrementem a fertilidade do solo em
longo prazo;
− Reciclagem de resíduos de origem orgânica, reduzindo ao mínimo o emprego de recursos
não-renováveis; e
− Conversão progressiva de toda a unidade de produção para o sistema orgânico.

RELAÇÕES DE TRABALHO
As relações de trabalho nos sistemas orgânicos devem respeitar a tradição, a cultura e os
mecanismos de organização social nas relações de trabalho em condições especiais, quando em
comunidades locais tradicionais.
Nas unidades de produção orgânica deve ser observado o acesso dos trabalhadores aos serviços
básicos, em ambiente de trabalho com segurança, salubridade, ordem e limpeza.
O contratante é responsável pela segurança, informação e capacitação dos trabalhadores.
Podem ser exigidos pelo TECPAR, termo de compromisso, assumido pelo empregador com os
trabalhadores, com medidas a serem adotadas para melhoria contínua da qualidade de vida.

SISTEMAS ORGÂNICOS
Conversão
Para que uma área dentro de uma unidade de produção seja considerada orgânica, deverá ser
obedecido um período de conversão.
O período de conversão varia de acordo com o tipo de exploração e a utilização anterior da
unidade, considerada a situação sócio-ambiental atual.
Este período é quão necessário para a adequação do sistema de produção e adequação das
práticas e procedimentos aos requisitos exigidos para ser considerado como orgânico.
As atividades a serem desenvolvidas durante o período de conversão deverão ser estabelecidas
em plano de manejo orgânico da unidade de produção.
Produção Paralela
É permitida a produção paralela nas unidades de produção e estabelecimentos onde haja cultivo,
criação ou processamento de produtos orgânicos.
Nas áreas e estabelecimentos em que ocorra a produção paralela, os produtos orgânicos deverão
estar claramente separados dos produtos não orgânicos e será requerida descrição do processo
de produção, do processamento e do armazenamento.

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

No caso de unidade processadora de produtos orgânicos e não orgânicos, o processamento dos


produtos orgânicos deve ser realizado de forma totalmente isolada dos produtos não orgânicos no
espaço ou no tempo.
Todas as unidades de produção e estabelecimentos de produção, orgânica e não orgânica, serão
objeto de controle.
Nas unidades de produção ou estabelecimentos envolvidos com a geração de produtos orgânicos
que apresentem produção paralela, a matéria-prima, insumos, medicamentos e substâncias
utilizadas na produção não orgânica deverão ser mantidos sob rigoroso controle, em local isolado
e apropriado.
A produção não orgânica, a que se refere o regulamento, não poderá conter organismos
geneticamente modificados.

COMERCIALIZAÇÃO
Mercado Interno:
Os produtos orgânicos deverão ser protegidos continuamente para que não se misturem com
produtos não orgânicos e não tenham contato com materiais e substâncias cujo uso não esteja
autorizado para a produção orgânica.
Os produtos orgânicos passíveis de contaminação por contato ou que não possam ser
diferenciados visualmente devem ser identificados e mantidos em local separado dos demais
produtos não orgânicos.
No comércio varejista, os produtos orgânicos passíveis de contaminação por contato ou que não
possam ser diferenciados visualmente dos similares não orgânicos devem ser mantidos em
espaço delimitado e identificado, ocupado unicamente por produtos orgânicos.
Todos os produtos orgânicos comercializados a granel devem trazer a identificação do seu
fornecedor no respectivo espaço de exposição.
Exportação
Não poderão ser comercializados como orgânicos, no mercado interno, os produtos destinados à
exportação em que o atendimento de exigências do país de destino ou do importador implique a
utilização de produtos ou processos proibidos na regulamentação brasileira.
Estes produtos não poderão receber o selo do sistema brasileiro de avaliação da conformidade
orgânica.
Importação
Para serem comercializados no País como orgânicos, os produtos orgânicos importados deverão
estar de acordo com a regulamentação brasileira para produção orgânica.
Estes produtos deverão:
- Possuir certificação concedida por organismo de avaliação da conformidade orgânica
credenciado junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; ou

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

- Ser proveniente de país que possua acorde de equivalência ou de reconhecimento mútuo de


sistemas de avaliação da conformidade orgânica com o Brasil.
Perderão a condição de orgânicos os produtos importados que forem submetidos a tratamento
quarentenário não compatível com a regulamentação da produção orgânica brasileira.
ROTULAGEM DOS PRODUTOS ORGÂNICOS
O rótulo de produtos orgânicos não poderá contrariar a legislação em vigor e não poderá sugerir
efeitos sobre a saúde.
Os dizeres ORGÂNICO e PRODUTO COM INGREDIENTES ORGÂNICOS não poderão fazer
parte da marca (nome comercial) nem da denominação do produto (iogurte, leite, manteiga, por
exemplo), devendo configurar informação adicional de qualidade, e deverão estar escritos com
caracteres uniformes em corpo e cor, não podendo ser de tamanho superior aos da denominação
do produto.
É obrigatório constar dos rótulos a proporção dos ingredientes orgânicos e não orgânicos.
O atendimento do disposto neste regulamento não exime o cumprimento de outras exigências
sobre rotulagem contidas nas legislações específicas para os diferentes produtos.
O rótulo dos produtos orgânicos para o mercado interno deverá conter informações sobre a
unidade de produção constando, no mínimo, o nome ou nome empresarial, endereço e o número
do CNPJ ou CPF.
Os produtos orgânicos e os produtos com ingredientes orgânicos, que atendam o estabelecido na
regulamentação da produção orgânica, deverão estar identificados pelo selo do Sistema Brasileiro
de Avaliação da Conformidade Orgânica.
O selo, de que trata da identificação da qualidade orgânica do produto, deverá estar na parte
frontal do produto e logo abaixo dele deverá haver a identificação do sistema de avaliação da
conformidade orgânica utilizado.
A marca do TECPAR poderá ser utilizada simultaneamente com o selo do Sistema Brasileiro de
Avaliação da Conformidade Orgânica.
A informação da qualidade orgânica nos rótulos deverá se dar na parte frontal do produto e será
identificada pelo uso dos termos: “ORGÂNICO”, “PRODUTO ORGÂNICO”, “PRODUTO COM
INGREDIENTES ORGÂNICOS“ ou suas variações de gênero (masculino ou feminino) e número
(singular ou plural) gramaticais.
As denominações citadas acima poderão ser complementados com os seguintes termos
ECOLÓGICO, BIODINÂMICO, DA AGRICULTURA NATURAL, REGENERATIVO, BIOLÓGICO,
AGROECOLÓGICO, PERMACULTURA e EXTRATIVISMO SUSTENTÁVEL ORGÂNICO e outros
que atendam os princípios estabelecidos pela regulamentação da produção orgânica.
Para produtos que contenham ingredientes, incluindo aditivos, que não sejam orgânicos aplicam-
se as seguintes regras:

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

- Para produtos com 95% ou mais de ingredientes orgânicos, deverão ser identificados os
ingredientes não orgânicos e poderão utilizar o termo “ORGÂNICO” ou “PRODUTO
ORGÂNICO”;
- Para produtos com 70% a 95% de ingredientes orgânicos, os rótulos deverão identificar esses
ingredientes orgânicos e apresentar os dizeres: “PRODUTO COM INGREDIENTES
ORGÂNICOS”; e
Os produtos com menos de 70% de ingredientes orgânicos não poderão ter nenhuma expressão
relativa à qualidade orgânica.
Nota: Água e sal adicionados não devem ser incluídos no cálculo do percentual de ingredientes
orgânicos.
É PROIBIDO PELOS PRODUTORES, COMERCIALIZADORES, TRANSPORTADORES E
ARMAZENADORES.
- Veicular qualquer forma de propaganda, publicidade ou apresentação de produto que
contenha denominação, símbolo, desenho, figura ou qualquer indicação que possa induzir a
erro ou equívoco quanto à origem, natureza, qualidade orgânica do produto ou atribuir
características ou qualidades que não possua.
- Comercializar produtos orgânicos não certificados;
- Deixar de atender a exigências no prazo determinado;
- Impedir ou dificultar por qualquer meio a ação de auditoria.
- Comercializar, substituir, subtrair ou remover, total ou parcialmente, produto com
comercialização suspensa pelo órgão fiscalizador;
- Distribuir, substituir, subtrair ou remover, total ou parcialmente, produtos, rótulos, embalagens
ou matérias-primas condenadas pelo órgão fiscalizador, sem a sua autorização prévia;
- Utilizar-se de falsa declaração;
- Expor à venda ou comercializar produto como orgânico sem que tenha sido observado período
de conversão estabelecido nas normas vigentes;
- Embalar, expor à venda ou comercializar produtos orgânicos utilizando-se de rótulos ou
identificação em desacordo com as disposições legais definidas neste Regulamento e
legislação complementar;
- Transportar, comercializar ou armazenar produtos orgânicos juntamente com produtos não
orgânicos sem o devido isolamento e identificação, ou de maneira que prejudique sua
qualidade orgânica ou induza o consumidor a erro;
- Produzir produtos orgânicos mediante utilização de equipamentos e instalações em desacordo
com os dispositivos legais pertinentes à produção orgânica;
- Operar produção paralela em desacordo com os dispositivos legais pertinentes à produção
orgânica;

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

- Não atender às características e requisitos básicos dos sistemas orgânicos de produção em


seus aspectos técnicos, ambientais, econômicos e sociais, conforme dispositivos legais
pertinentes à produção orgânica;
- Comercializar produto orgânico importado em desacordo com o previsto nos documentos
normativos pertinentes à produção orgânica;
- Não manter ou deixar de apresentar à autoridade competente documentos, licenças, relatórios
e outras informações pertinentes ao processo de produção, processamento e avaliação da
conformidade orgânica na unidade de produção, estabelecimento ou local de produção;
- Não manter à disposição dos consumidores e dos órgãos fiscalizadores informações
atualizadas sobre os produtos utilizados, quando restaurantes, hotéis, lanchonetes e similares
anunciarem em seus cardápios refeições preparadas com ingredientes orgânicos.

DECLARAÇÃO DE TRANSAÇÃO COMERCIAL

O TECPAR, quando solicitado, emite ou autoriza a unidade de produção a emitir uma declaração
de transação comercial.
Quando autorizado, a unidade de produção certificada emite a declaração de transação comercial,
devendo fornecer ao TECPAR informações sobre cada declaração emitida de forma a assegurar
que elas possam manter o controle sobre o total do produto comercializado.
As declarações de transação comercial, previstas neste regulamento e emitidas pelo TECPAR ou
pelas unidades de produção certificadas autorizadas devem conter:
- Nome do vendedor;
- Nome do comprador;
- Data da venda;
- Data da emissão da declaração;
- Descrição clara dos produtos, sua quantidade e, quando relevante em função da característica
específica do produto ou de controle especial exigido pelo mercado, a qualidade e a época de
produção ou colheita;
- Números de lote e demais identificações existentes dos produtos;
- Referência ao documento fiscal de venda;
- Indicação do organismo de certificação responsável pela certificação;
- Declaração da unidade de produção e/ou comercialização certificada de que o produto foi
produzido de acordo com os regulamentos técnicos aplicáveis; e
- Informações sobre a certificação de matérias-primas.

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

PRODUÇÃO E PROCESSAMENTO SUBCONTRATADOS

Este requisito aplica-se para organizações certificadas ou candidatas a certificação e que utilizam
serviços ou produtos de terceira parte (subcontratados) para realizarem serviços de produção,
processamento, manipulação, transporte, envase, rotulagem e comercialização.
O TECPAR não exige a certificação e também não emite nenhum tipo de certificado para as
partes subcontratadas.
As partes subcontratadas não podem fazer nenhum tipo de propaganda sobre o produto
certificado, incluindo o certificado e a licença de controle desse produto.
O TECPAR deve realizar inspeção nas partes subcontratadas antes que esses serviços sejam
utilizados. A freqüência das inspeções é anual.
A organização é responsável pela produção ou processamento subcontratado e está sujeita a
sanções caso hajam não conformidades nas partes subcontratadas. O contrato assinado entre o
TECPAR e a organização possui uma cláusula formalizando essa responsabilidade.
A organização deve celebrar um acordo legal (contrato) com as partes contratadas, relatando
todas as cláusulas que devem ser cumpridas, entre elas:

− Manter a conformidade das operações contratadas com o cumprimento dos regulamentos


técnicos;

− Providenciar e disponibilizar informações e permitir o livre acesso do TECPAR, sempre que


necessário.
Após a celebração do acordo legal (contrato), o mesmo deve ser encaminhado ao TECPAR para
avaliação.

RASTREABILIDADE, DOCUMENTAÇÃO E REGISTROS


O TECPAR requer que as organizações tenham um sistema de documentação e registro
adaptado ao tipo de atividade desenvolvida que permita a rastreabilidade e a obtenção de
informações para realizar as verificações necessárias sobre produção, armazenamento,
processamento, aquisição e vendas.

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Orgânicos

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

ANEXO 2 – REQUISITOS TÉCNICOS PARA GRUPO DE PRODUTORES EM CONFORMIDADE


COM A LEI 10.831 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003, DECRETO 6.323 DE 27 DE DEZEMBRO
DE 2007 E IN 19 DE 28 DE MAIO DE 2009.

1. CONDIÇÕES GERAIS
Apenas poderão ser contemplados pelo processo de certificação em grupo uma organização que
possua entidade legalmente constituída, formada por pequenos produtores, agricultores
familiares, projetos de assentamento, quilombolas, ribeirinhos, indígenas e extrativistas com
sistema de produção similar e estarem localizados geograficamente próximos, que atendam os
seguintes requisitos:
- Tenham organização e estrutura suficientes para assegurar um Sistema de Controle Interno
(SCI) documentado que inclua todos os seus integrantes e defina a estrutura organizacional,
fundamentado numa avaliação de risco que garanta a adoção, por parte das unidades de
produção individuais, dos procedimentos regulamentados;
- Sejam realizadas visitas de controle interno em todas as unidades de produção ao menos uma
vez por ano;
- Garantam que a inclusão de novas unidades de produção ao grupo somente poderá ser
efetivada após a aprovação do TECPAR;
- Possuam registros internos correspondentes das áreas de produção ou de processamento,
incluindo a identificação do(s) proprietário(s) e das unidades sob regime de produção orgânica
certificada;
- Garantam às unidades de produção do grupo adequada compreensão dos regulamentos
técnicos;
- Tenham firmado, por todos os responsáveis pelas unidades de produção que fazem parte do
grupo, um acordo formal para definir a responsabilidade do grupo e de seu sistema de controle
interno, este acordo deve conter a exigência do compromisso de todas as unidades de
produção individuais ao cumprimento dos regulamentos técnicos vigentes e de permitir a
realização de visitas de controle interno e auditoria pelo TECPAR e pelos órgãos
fiscalizadores;
- Possuam um responsável técnico com registro profissional e pessoal com competência para
implementar e manter o sistema de controle da qualidade;
- Tenham uma documentação completa que inclua: mapas / croquis apropriados dos locais;
- Estabelecido e implementado os procedimentos que garantam que todos os participantes do
grupo preencham e cumpram suas obrigações, levando-se em consideração os requisitos
estabelecidos nos documentos de referência;

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

- Informado aos participantes do grupo e às partes interessadas sobre seus direitos e


obrigações junto à certificação;
- Estabelecido o mecanismo para a inclusão de novos associados e exclusão dos membros do
grupo que por ventura não consigam manter a certificação;
- Procedimento para formalizar ao TECPAR os casos de inclusão e de exclusão dos
integrantes;
- Demonstre que as responsabilidades e a sistemática para a implementação dos requisitos de
certificação foram discutidas entre todos os membros do grupo de produtores.
- Devem ser fornecidas ao TECPAR informações básicas sobre todas as unidades de produção
que compõem o grupo, devendo conter a identificação, nome, ano de ingresso no grupo, mapa
de localização da área, área da unidade de produção e os registros de produção e
comercialização.
2. SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO PELO TECPAR
Todas as unidades de produção que compõem o grupo deverão ser objeto de auditoria inicial pelo
TECPAR ou do controle interno, sendo assegurado a cada produtor o direito ao certificado
individual, assim como o acesso e uso dos seus documentos de certificação, histórico das glebas
e descrição do processo de produção.

As auditorias poderão ser realizadas por sistema de amostragem, desde que a organização
possua um sistema de controle interno (SCI).
As auditorias por sistema de amostragem poderão ser realizadas em organizações ou grupos de
produtores que envolvam várias unidades de produção, e estes deverão:
- Possuir um Sistema de Controle Interno - SCI aprovado previamente pelo TECPAR.
- Ter um corpo administrativo (inspetores internos treinados no sistema) capaz de acompanhar,
com visitas de auditorias, 100% (cem por cento) dos produtores;
- Firmar contrato com os produtores a eles vinculados de acordo com o modelo fornecido pelo
TECPAR;
- Colocar à disposição dos produtores a legislação aplicável atualizada, de forma clara e
adequada ao nível de entendimento do grupo;
- Possuir os seguintes documentos:
- Manual de procedimentos para o controle interno;
- Identificação da organização;
- Resumo do projeto a certificar com lista de produtores;
- Croqui das unidades de produção;

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Orgânicos

- Ficha com histórico das parcelas, no mínimo, dos últimos 3 (três) anos;
- Termo de compromisso de cada produtor;
- Laudo de inspeção e controle interno de cada produtor, produção e processamento;
- Documentos relativos ao reconhecimento da unidade de produção como orgânica, com
destaque àqueles referentes à redução de prazo de conversão; e
- Tabela de certificação especificando status por talhão por produtor.
Para determinar a amostra o TECPAR adota a fórmula (x=√y), sendo y o número total de membros
do grupo (esta fórmula define a amostragem para grupo de até 5000 membros).
A amostragem levará em conta a avaliação do risco do sistema de controle interno, baseando-se
em processo compartilhado entre o auditor e o grupo que busca a certificação, considerando
aspectos sociais, econômicos, culturais e tecnológicos que podem levar elementos do grupo ao
descumprimento dos regulamentos usando como base a seguinte tabela:
Número mínimo de unidade inspecionadas pela auditoria do TECPAR
Número de membros do
Fator de risco 1 Fator de risco 2 Fator de risco 3
grupo
Mínimo 10 12 14
50 10 12 14
100 10 12 14
200 14 17 20
500 22 27 31
1000 32 38 44
2000 45 54 63
5000 71 85 99

A periodicidade das auditorias de supervisão é anual e inclui a avaliação do sistema de controle


interno (SCI), a efetividade de sua aplicação, a conformidade com as normas de referência,
requisitos legais e ainda o risco da integridade orgânica representado dentro do grupo e no
ambiente no qual atua.
No caso de um ou mais dos membros do grupo apresentarem não-conformidades em relação aos
requisitos normativos, o grupo pode perder a certificação, caso não sejam implementadas e
efetivadas as ações corretivas dentro do período estabelecido.
O descumprimento das normas e regulamentos por parte de um dos produtores associados
acarretará em penalidade para toda a associação ou grupo.
3. AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

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Orgânicos

O sistema de controle interno deverá ser auditado anualmente pelo TECPAR, no qual será
verificado, dentre outros:
- Que 100% (cem por cento) dos produtores estão sendo inspecionados pelo SCI;
- Que as inspeções internas estão seguindo os procedimentos específicos previamente
aprovados;
- Que a regulamentação brasileira para a produção orgânica está sendo cumprida;
- Que os laudos das inspeções internas estão sendo mantidos e correspondem às informações
obtidas pelo auditor do TECPAR por ocasião da auditoria;
- Que as não conformidades detectadas nas visitas de inspeção interna são registradas e as
medidas corretivas correspondentes sejam adotadas e igualmente registradas.
- Se novos membros foram admitidos somente após terem passado pela auditoria interna;
- Se ocorrências de não conformidades foram tratadas apropriadamente pelo controle interno e
de acordo com o sistema documentado de sanções;
- Se os membros do grupo compreendem os regulamentos de sistema de produção orgânica.
4. CONTRATO E CERTIFICADO DE CONFORMIDADE
O certificado de conformidade é emitido em nome da entidade representativa do grupo com o
nome e localização de todos os seus componentes. Cópias do certificado podem ser enviadas aos
componentes do grupo desde que solicitadas pela entidade responsável.
O contrato de certificação contendo a licença para uso da marca de conformidade é celebrado
entre o TECPAR e a entidade representativa do grupo.
5. RESPONSABILIDADES
Cabe ao grupo de produtores, ou seja a organização, a responsabilidade da conformidade de
todos os integrantes e pela aplicação e monitoramento dos requisitos estabelecidos em contrato,
bem como:
- Estabelecer e implementar os procedimentos que garantam que todos os participantes do
grupo certificado preencham e cumpram suas obrigações, levando-se em consideração os
requisitos estabelecidos nos regulamentos, nos documentos normativos e regulatórios;
- Quando da inclusão ou exclusão de algum membro, o grupo de produtores deve informar
imediatamente ao Tecpar;
- Quando da alteração de posse ou comando de um determinado indivíduo ou organismo que
compõe o grupo certificado, o novo integrante do grupo deverá demonstrar, por escrito, sua
concordância com os compromissos assumidos junto ao TECPAR;

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- Demonstrar que as responsabilidades para a implementação dos requisitos para certificação


foram discutidas entre todos os membros do grupo de produtores.

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Orgânicos

ANEXO 3 – REQUISITOS TÉCNICOS PARA SISTEMAS ORGÂNICOS DE PRODUÇÃO


PRIMÁRIA ANIMAL E VEGETAL EM CONFORMIDADE COM A LEI 10.831 DE 23 DE
DEZEMBRO DE 2003, DECRETO 6.323 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007, IN 64 DE 18 DE
DEZEMBRO DE 2008 E IN 19 DE 28 DE MAIO DE 2009.

1 ABRANGÊNCIA
O presente anexo visa estabelecer as normas técnicas para os Sistemas Orgânicos de Produção
Animal (bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, equinos, suínos, aves, coelhos e abelhas) e Vegetal
a serem seguidos por toda pessoa física ou jurídica responsável por unidades de produção em
conversão ou por sistemas orgânicos de produção.
2 REQUISITOS GERAIS DOS SISTEMAS ORGÂNICOS DE PRODUÇÃO
2.1 Quanto aos aspectos ambientais, os sistemas orgânicos de produção devem buscar:
- Manutenção das áreas de preservação permanente;
- Atenuação da pressão antrópica sobre os ecossistemas naturais e modificados;
- A proteção, a conservação e o uso racional dos recursos naturais.
2.2 As atividades econômicas dos sistemas orgânicos de produção devem buscar:
- O melhoramento genético, visando à adaptabilidade às condições ambientais locais;
- A manutenção e a recuperação de variedades locais, tradicionais ou crioulas, ameaçadas pela
erosão genética;
- A promoção e a manutenção do equilíbrio do sistema de produção como estratégia de
promover a sanidade dos animais e vegetais;
- A interação da produção animal e vegetal;
- A valorização dos aspectos culturais e a regionalização da produção.
2.3 Quanto aos aspectos sociais, os sistemas orgânicos de produção devem buscar:
- Relações de trabalho fundamentadas nos direitos sociais determinados pela Constituição
Federal;
- A melhoria da qualidade de vida dos agentes envolvidos em toda a rede de produção
orgânica.
3 DOCUMENTAÇÃO E REGISTRO
3.1 REQUISITOS LEGAIS

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

- Comprovação da posse ou autorização formalizada para o uso do imóvel para atividade


desenvolvida.
- Averbação de reserva legal e ou SISLEG. Poderá ser apresentado termo de ajustamento de
conduta e em casos excepcionais com justificativa documentada pelo produtor, o mesmo
poderá apresentar justificativa de ausência de reserva legal averbada e declaração de
comprometimento em preservação da mesma, estando a reserva constituída.
- Outorga d’água, quando aplicável.
3.2 REGISTROS
3.2.1 O produtor deverá comprovar a rastreabilidade dos produtos orgânicos através de um
sistema estruturado que permita resgatar a origem do produto e todas as etapas do processo
produtivo adotados até a sua disposição ao mercado.
3.2.2 A unidade de produção orgânica deverá possuir registros de procedimentos de todas as
operações envolvidas na produção.
3.2.3 Registros de produtos adquiridos fora da propriedade e produzidos para utilização no
sistema orgânico de produção. Constando os seguintes dados: produto, data de aquisição,
quantidade, origem, e quando produzido na propriedade incluir informações referente a
composição.
3.2.4 Registro das técnicas e insumos utilizados no sistema orgânicos de produção. Constando os
seguintes dados: data, produto/técnica, quantidade/dosagem, local de aplicação e objetivo.
3.2.5 Registro de colheita e destinação dos produtos orgânicos. Constando os seguintes dados:
data, produto, quantidade, destino.
3.2.6 Todos os registros deverão ser mantidos por um período mínimo de 5 (cinco) anos.
4 PLANO DE MANEJO ORGÂNICO
4.1 Todas as unidades de produção orgânica devem dispor de Plano de Manejo Orgânico
atualizado.
4.1.1 Para o período de conversão, deverá ser elaborado um plano de manejo orgânico específico
contemplando os regulamentos técnicos e todos os aspectos relevantes do processo de
produção.
4.1.2 O Plano de Manejo Orgânico deverá contemplar:
a. Histórico de utilização da área; áreas de produção, culturas plantadas,
b. Manutenção ou incremento da biodiversidade;
c. Manejo dos resíduos;
d. Conservação do solo e da água;
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Orgânicos

e. Manejos da produção vegetal, tais como: manejo fitossanitário, material de propagação,


instalações e nutrição;
f. Manejos da produção animal, tais como: manejo sanitário, instalações, nutrição, reprodução e
material de multiplicação e bem-estar animal;
g. Procedimentos para pós-produção, envase, armazenamento, processamento, transporte e
comercialização;
h. Medidas para prevenção e mitigação de riscos de contaminação externa, inclusive OGM e
derivados;
i. Procedimentos que contemplem a aplicação das boas práticas de produção;
j. As inter-relações ambientais, econômicas e sociais;
k. A ocupação da unidade de produção considerando os aspectos ambientais, geomorfológicos,
de eficiência energética, bioclimatológicos;
l. Ações que visem evitar contaminações internas e externas, tais como: medidas de proteção
em relação às fontes de contaminantes para áreas limítrofes com unidades de produção
convencionais e o controle da qualidade da água, dentro da unidade de produção, por meio de
análises para verificação de contaminação química e microbiológica, conforme o tipo de
atividade executada de acordo com os parâmetros especificados pela legislação vigente.
(Obs.: as análise serão solicitadas quando houver suspeita de contaminação ou denúncias).
m.
n. Tenham uma documentação completa que inclua: mapas / croquis apropriados dos locais de
produção;
4.2 O produtor deverá comunicar ao TECPAR, no caso de potencial risco de contaminação
ambiental não prevista no plano de manejo para definição das medidas mitigadoras.
5 PERÍODO DE CONVERSÃO
5.1 O período de conversão para que as unidades de produção possam ser consideradas
orgânicas tem por objetivo:
a. Assegurar que as unidades de produção estejam aptas a produzir em conformidade com os
regulamentos técnicos da produção orgânica, incluindo a capacitação dos produtores e
trabalhadores;
b. Garantir a implantação de um sistema de manejo orgânico por meio: da manutenção ou
construção ecológica da vida e da fertilidade do solo, do estabelecimento do equilíbrio do
agroecossistema e da preservação da diversidade biológica dos ecossistemas naturais e
modificados.

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Orgânicos

5.2 Para que um produto receba a denominação de orgânico, deverá ser proveniente de um
sistema de produção onde tenham sido aplicados os princípios e normas estabelecidos na
regulamentação da produção orgânica, por um período variável de acordo com:
a. A espécie cultivada ou manejada;
b. A utilização anterior da unidade de produção;
c. A situação ecológica atual;
d. A capacitação em produção orgânica dos agentes envolvidos no processo produtivo;
e. A análise e a avaliação da unidade de produção pelo TECPAR.
6 INÍCIO DO PERÍODO DE CONVERSÃO
6.1 O início do período de conversão será estabelecido pelo TECPAR.
6.1.1 A decisão da data a ser considerada como ponto de partida do período de conversão terá
como base as informações levantadas nas inspeções ou visitas de controle interno que deverão
verificar a compatibilidade da situação encontrada com os regulamentos técnicos, por meio de
elementos comprobatórios, tais como:
- Declarações de órgãos oficiais relacionados às atividades agropecuárias;
- Declarações de órgãos ambientais oficiais;
- Declarações de vizinhos, associações e outras organizações envolvidas com a rede de
produção orgânica;
- Análises laboratoriais;
- Fotos aéreas e imagens de satélite;
- Inspeção in loco na área;
- Documentos de aquisição de animais, sementes e mudas;
- O conhecimento dos produtores e trabalhadores dos princípios, das práticas e da
regulamentação da produção orgânica.
7 DURAÇÃO DO PERÍODO DE CONVERSÃO
7.1 A duração do período de conversão será estabelecido pelo TECPAR.
7.1.1 O período de conversão será variável de acordo com o tipo de exploração e a utilização
anterior da unidade de produção, considerando a situação ecológica e social atual, com duração
mínima de:
a. 12 (doze) meses de manejo orgânico na produção vegetal de culturas anuais, para que a
produção do ciclo subseqüente seja considerada como orgânica;
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Orgânicos

b. 18 (dezoito) meses de manejo orgânico na produção vegetal de culturas perenes, para que a
colheita subseqüente seja considerada como orgânica;
c. 12 (doze) meses de manejo orgânico ou pousio na produção vegetal de pastagens perenes.
7.2 Os prazos e condições para reconhecimento de animais, seus produtos e subprodutos como
orgânicos estão estabelecidos nos itens 12.1 e 12.2 deste anexo.
8 CONVERSÃO PARCIAL E DA PRODUÇÃO PARALELA
8.1 A conversão parcial ou produção paralela será permitida desde que atendidas as seguintes
condições:
a. No caso de culturas anuais e na implantação de culturas perenes no início da conversão,
deverão ser utilizadas espécies diferentes ou variedades que apresentem diferenças visuais
em áreas distintas e demarcadas;
b. No caso de culturas perenes pré existentes ao período de conversão, somente será permitida
a conversão parcial ou produção paralela, de mesma espécie ou variedades sem diferenças
visuais, se forem obtidas em áreas distintas e demarcadas, e no máximo por cinco anos; a
partir deste período, só será permitida a conversão parcial ou produção paralela com o uso de
espécies diferentes ou variedades com diferenças visuais em áreas distintas e demarcadas;
c. A criação de animais de mesma espécie será permitida desde que tenham finalidade produtiva
diferente ou produtos visualmente diferentes, apenas em áreas distintas e demarcadas, e no
máximo por cinco anos; a partir deste período, só será permitido o uso de espécies diferentes
em áreas distintas e demarcadas.
8.1.1 A conversão parcial ou produção paralela deve ser autorizada pelo TECPAR e será
concedida em função dos seguintes critérios:
- Distância entre as áreas sob manejo orgânico e não orgânico;
- Direção do vento;
- Posição topográfica das áreas, incluindo o percurso da água;
- Insumos utilizados nas áreas convencionais e forma de aplicação;
- Demarcação específica da área não orgânica;
- Facilidade de acesso para inspeção.
8.2 Na conversão parcial ou produção paralela, a unidade de produção deverá ser dividida em
áreas, com demarcações definidas, sendo vedada a alternância de práticas de manejo orgânico e
não orgânico numa mesma área.
8.2.1 Os equipamentos de pulverização empregados em áreas e animais sob o manejo não
orgânico não poderão ser usados em áreas sob o manejo orgânico.

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Orgânicos

8.2.2 Os equipamentos e implementos utilizados na produção animal e vegetal, sob manejo não
orgânico, exceto os equipamentos de pulverização mencionados no item 9.4, deverão passar por
limpeza para uso em manejo orgânico.
8.2.3 Os insumos utilizados em cada uma das áreas, sob manejo orgânico e não orgânico, devem
ser armazenados separadamente, perfeitamente identificados, e os não permitidos para uso na
agricultura orgânica não poderão ser armazenados na área de produção orgânica.
8.2.4 Os resíduos da produção animal não orgânica, seja da propriedade ou de fora da mesma, só
poderão ser utilizados de acordo com o especificado nas normas de produção vegetal dispostas
neste Regulamento.
8.3 O produtor deverá comunicar ao TECPAR, antes da colheita ou da obtenção do produto de
origem animal:
- A data prevista da obtenção desses produtos;
- Os procedimentos de separação;
- A produção estimada.
8.4 O plano de manejo da unidade de produção com conversão parcial ou produção paralela
deverá:
a. Conter procedimentos que visem à aplicação das boas práticas de produção;
b. Conter procedimentos que visem à eliminação do uso de organismos geneticamente
modificados e derivados em toda a unidade de produção;
c. Prever a quantidade estimada, a freqüência, o período e a época da produção orgânica e não
orgânica.
9 SISTEMAS ORGÂNICOS DE PRODUÇÃO ANIMAL
9.1 Os sistemas orgânicos de produção animal devem buscar:
- Seguir os princípios do bem-estar animal em todas as fases do processo produtivo;
- Manter a higiene e saúde em todo o processo criatório, compatível com a legislação sanitária
vigente e com o emprego de produtos permitidos para uso na produção orgânica;
- A adoção de técnicas sanitárias preventivas;
- A oferta de alimentação nutritiva, saudável, de qualidade e em quantidade adequada de
acordo com as exigências nutricionais de cada espécie;
- A oferta de água de qualidade e em quantidade adequada, isenta de agentes químicos e
biológicos que possam comprometer sua saúde e vigor, a qualidade dos produtos e os
recursos naturais, de acordo com os parâmetros especificados pela legislação vigente;

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Orgânicos

- Utilizar instalações higiênicas, funcionais e adequadas a cada espécie animal e local de


criação;
- Destinar de forma ambientalmente adequada os resíduos da produção;
Nota: Os itens deste requisito não se aplicam à produção apícola que possuem requisitos específicos
estabelecidos no item 9.2 abaixo.

9.2 Os sistemas orgânicos de produção apícola devem buscar:


- A existência de áreas de colheita de néctar e pólen com dimensões suficientes para promover
a nutrição adequada e o acesso à água de qualidade isenta de contaminantes intencionais;
- A adoção de medidas preventivas para a promoção da saúde das abelhas, tais como a
seleção adequada das raças, a existência de área de liberação favorável e suficiente e o
manejo apropriado dos enxames;
- A construção de colmeias mediante a utilização de materiais naturais renováveis que não
apresentem risco de comprometimento e contaminação para o meio ambiente e para os
produtos da apicultura;
- A preservação da população de insetos nativos, quando da liberação das abelhas em áreas
silvestres, respeitando a capacidade de suporte do pasto apícola.
10 SISTEMAS PRODUTIVOS E PRÁTICAS DE MANEJO ORGÂNICO DE BOVINOS,
OVINOS, CAPRINOS, EQUINOS, SUÍNOS E AVES
10.1 Será permitido o uso de inseminação artificial, cujo sêmen preferencialmente advenha de
animais de sistemas orgânicos de produção.
10.2 São proibidas as técnicas de transferência de embrião e fertilização in vitro e outras técnicas
que utilizem indução hormonal artificial.
10.3 O corte de dentes e de ponta de chifres, a castração, o mochamento e as marcações,
quando realmente necessários, deverão ser efetuados na idade apropriada visando reduzir
processos dolorosos e acelerar o tempo de recuperação.
10.3.1 O uso de anestésicos no caso em que seja necessário, deverá ser efetuado de acordo com
a recomendação de um médico veterinário.
10.3.2 Não será permitido a debicagem das aves, o corte da cauda de suínos, assim como a
inserção de "anel" no focinho, a descorna de animais e outras mutilações não mencionadas;
10.4 Não será permitida a prática da muda forçada em aves de postura.
10.5 A iluminação artificial será permitida desde que se garanta um período mínimo de 8 (oito)
horas por dia no escuro. Este período mínimo no escuro, não se aplica na fase inicial de criação
de pintos, quando a iluminação artificial for a melhor opção como fonte de calor.

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

10.6 Não será permitido o uso de estímulos elétricos ou tranqüilizantes alopáticos no manejo de
animais.
10.7 Não será permitido o sistema intensivo e a retenção permanente em gaiolas, correntes,
cordas ou qualquer outro método restritivo aos animais.
10.7.1 O sistema semi-intensivo será permitido desde que respeitados os princípios de bem-estar
animal e mediante autorização do TECPAR.
10.8 É proibido utilizar em serviço animais feridos, enfermos, fracos ou extenuados ou obrigar
animais de serviço a trabalhos excessivos ou superiores às suas forças por meio de torturas ou
castigos.
10.9 A doma de animais, quando feita em unidades de produção orgânica, deve ser realizada
seguindo os princípios da doma racional.
10.10 O transporte, o pré-abate e o abate dos animais, inclusive animais doentes ou descartados,
deverão atender ao seguinte:
- Princípios de respeito ao bem-estar animal;
- Redução de processos dolorosos;
- Procedimentos de abate humanitário;
- A legislação específica.
10.10.1 No caso de animais que necessitem ser sacrificados, o uso de anestésico poderá ser
utilizado.
10.10.2 Não será permitido manter ou conduzir animais, por qualquer meio de locomoção, de
cabeça para baixo, de membros atados ou de qualquer outro modo que lhes produza sofrimento.
10.10.3 Não será permitido manter animais embarcados sem água e alimento por um período que
comprometa suas funções vitais.
10.11 Nas exposições e aglomerações, nos mercados e outros locais de venda deverão ser
atendidos os princípios de bem estar e necessidades fisiológicas de cada espécie animal.
11 AQUISIÇÃO DE ANIMAIS
11.1 Quando for necessário introduzir animais no sistema de produção, estes deverão ser
provenientes de sistemas orgânicos.
11.1.1 Na indisponibilidade de animais de sistemas orgânicos, poderão ser adquiridos animais de
unidades de produção convencionais, desde que previamente aprovado pelo TECPAR e que
atendam aos seguintes requisitos:
- Os animais adquiridos tenham idade mínima em que possam ser recriados sem a presença
materna, desde que respeitado o período de conversão previsto neste anexo e observando-se
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Orgânicos

que a idade máxima para ingresso de frangos de corte é de dois dias de vida e para outras
aves de até duas semanas;
- O plantel reprodutivo adquirido não ultrapasse a quantidade máxima de 10% (dez por cento)
ao ano em relação ao número de animais adultos, da mesma espécie, na unidade de
produção, sendo exceção a esta regra os casos em que haja: a ocorrência de caso fortuito ou
força maior e a ampliação significativa da atividade;
- Os animais adquiridos sejam necessários a implantação de um novo componente de produção
animal na unidade.

12 ISOLAMENTO E PERÍODO DE CONVERSÃO


12.1 Todos os animais oriundos de unidades de produção não orgânicas deverão ser identificados
e alojados em ambiente isolado para evitar a contaminação do sistema orgânico.
12.1.1 O período de isolamento será de, no mínimo, três meses para ruminantes e equídeos, dois
meses para suínos e um mês para aves e coelhos, onde os animais deverão receber o manejo
orgânico.
12.2 Para que animais, seus produtos e subprodutos possam ser reconhecidos como orgânicos,
tanto oriundos de unidades de produção em conversão para sistemas orgânicos, como de animais
trazidos de sistemas de produção não orgânicos, deverão atender as disposições abaixo:
- Para aves de corte: pelo menos ¾ (três quartos) do período de vida em sistema de manejo
orgânico;
- Para aves de postura: pelo menos 75 (setenta e cinco) dias em sistema de manejo orgânico;
- Para bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos leiteiros: pelo menos 180 (cento e oitenta) dias em
sistema de manejo orgânico, antes do início da lactação;
- Para bovinos e bubalinos e eqüídeos para corte: mínimo de 12 meses em sistema de manejo
orgânico, sendo que este período represente pelo menos ⅔ (dois terços) do período de vida
do animal;
- Para ovinos, caprinos e suínos para corte: mínimo de seis meses em sistema de manejo
orgânico, sendo que este período represente pelo menos ¾ (três quartos) do período de vida
do animal; e
- Para coelhos para corte: mínimo de um mês em sistema de manejo orgânico, sendo que este
período represente pelo menos ¾ (três quartos) do período de vida do animal.
13 NUTRIÇÃO
13.1 Os Sistemas Orgânicos de Produção Animal deverão utilizar alimentação da própria unidade
de produção ou de outra sob manejo orgânico.

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Orgânicos

13.1.1 A formação e o manejo de pastagens, capineiras e legumineiras, assim como a produção


de silagem, feno e outros produtos e subprodutos de origem vegetal deverão ser de manejo
orgânico; poderão ser utilizadas como aditivos na produção de silagem as bactérias lácticas,
acéticas, fórmicas e propiônicas ou seus produtos naturais ácidos, quando as condições não
permitam a fermentação natural, mediante autorização do TECPAR.
13.1.2 Outras substâncias, não mencionadas no item anterior deste artigo, só poderão ser
utilizadas na alimentação animal se constantes da relação estabelecida no item 9.3 do anexo 9.
13.1.3 Em casos de escassez ou em condições especiais, de acordo com o plano de manejo
orgânico acordado entre produtor e o TECPAR, será permitida a utilização de alimentos
convencionais na proporção da ingestão diária, com base na matéria seca, de:
- Até 15% para animais ruminantes;
- Até 20% para animais não ruminantes.
13.1.4 Os aditivos e os auxiliares tecnológicos utilizados devem ser provenientes de fontes
naturais e não poderão apresentar moléculas de ADN / ARN recombinante ou proteína resultante
de modificação genética em seu produto final.
13.2 O fornecimento de alimentos de origem animal deverá estar em conformidade com a
legislação sanitária vigente.
13.3 Não poderão ser utilizados compostos nitrogenados não protéicos e nitrogênio sintético na
alimentação de animais em sistemas orgânicos de produção.
13.4 É permitido o uso de suplementos minerais e vitamínicos, desde que os seus componentes
não contenham resíduos contaminantes acima dos limites permitidos e que atendam à legislação
específica.
13.5 Os mamíferos jovens deverão ser amamentados pela mãe ou por fêmea substituta.
13.5.1 Na impossibilidade do aleitamento natural, será permitido o uso de alimentação artificial,
preferencialmente com leite da mesma espécie animal.
13.5.2 Em ambos os casos o período de aleitamento deve ser de, no mínimo:
- 90 (noventa) dias para bovinos, bubalinos e equídeos;
- 42 (quarenta e dois) dias para suínos;
- 45 (quarenta e cinco) dias para ovinos e caprinos.
14 INSTALAÇÕES
14.1 As instalações para os animais em sistemas orgânicos deverão dispor de condições de
temperatura, umidade e ventilação que garantam o bem-estar animal.
14.2 Os criatórios para animais em sistemas orgânicos deverão dispor de áreas que assegurem:
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Orgânicos

a. O contato social, movimento e descanso, que permitam aos animais assumirem seus
movimentos naturais;
b. A alimentação, reprodução e proteção, em condições que garantam a sanidade e o bem-estar
animal.
14.3 Com relação aos espaços para a criação de animais em sistemas orgânicos, deverão ser
observados:
a. Para aves poedeiras e frangos de corte adultos: a lotação máxima permitida em galpão é de 6
(seis) aves por m2 e a área externa deve ter, no mínimo, 3 (três) m2 para cada ave, os ninhos
devem ter área de no mínimo 120 cm2 para cada 8 (oito) aves e os puleiros devem apresentar,
no mínimo, 18 cm lineares por ave;
b. Para vacas de leite, a lotação máxima permitida em alojamento tem que respeitar a relação
de, no mínimo, 6 (seis) m2 para cada animal;
c. Para bovinos de corte, a lotação máxima permitida em alojamento tem de respeitar a relação
de, no mínimo, 1,5 m2 para cada 100 kg de peso vivo dos animais;
d. Para leitões acima de 40 dias e até 30 kg, a lotação máxima permitida para área de galpão
deve respeitar a relação de, no mínimo, 0,6 m2 para cada animal;
e. Para suínos adultos, a lotação máxima permitida para área de galpão deve respeitar a relação
de, no mínimo: 0,8 m2 para cada animal com até 50 kg de peso vivo, 1,1 m2 para cada animal
com até 85 kg de peso vivo e 1,3 m2 para cada animal com até 110 kg de peso vivo;
f. Para ovelhas e cabras, a lotação máxima permitida para área de galpão deve respeitar a
relação de, no mínimo, 1,5 m2 para cada animal adulto e de 0,35 m2 para cada
cabrito/cordeiro.
14.3.1 Para os animais de que tratam os item 14.2 parágrafo primeiro, item 14.3 parágrafos
quatro (item d) e cinco (item e) deste anexo, deve ser observada a obrigatoriedade de acesso à
área externa com sol e a forragem verde.
14.4 A cerca elétrica é permitida desde que seja desenhada, construída, usada e mantida de
modo que, quando os animais a toquem, apenas sintam um ligeiro desconforto.
14.4.1 Os animais, antes de serem colocados em pastos com cercas elétricas, devem passar por
um período prévio de condicionamento ao seu uso.
14.5 As instalações, os equipamentos e os utensílios devem ser mantidos limpos e desinfetados
adequadamente utilizando apenas as substâncias permitidas que constam nos itens 9.1 e 9.4 do
anexo 9.
14.6 Na confecção das camas, os materiais utilizados devem ser naturais e livres de resíduos de
substâncias não permitidas para uso em sistemas orgânicos de produção.

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Orgânicos

14.7 As instalações de armazenagem e manipulação de dejetos, incluindo as áreas de


compostagem, deverão ser projetadas, implantadas e operadas de maneira a prevenir a
contaminação das águas subterrâneas e superficiais.
14.8 A madeira para instalações e equipamentos não pode ser tratada com substâncias que não
estejam permitidas para uso em sistemas orgânicos de produção e devem ser provenientes de
extração legal.
15 SANIDADE ANIMAL
15.1 Somente poderão ser utilizadas na prevenção e tratamento de enfermidades as substâncias
constantes no item 9.2 do anexo 9.
15.1.1 Os produtos comerciais devem atender ao disposto na legislação específica do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
15.2 É obrigatório o registro em livro específico, a ser mantido na unidade de produção, de toda
terapêutica utilizada nos animais, constando, no mínimo, as seguintes informações:
- Data de aplicação;
- Período de tratamento;
- Identificação do animal;
- Produto utilizado.
15.3 Todas as vacinas e exames determinados pela legislação de sanidade animal serão
obrigatórios.
15.4 No caso de doenças ou ferimentos em que o uso das substâncias no item 9.2 do anexo 9
não estejam surtindo efeito e que, por conta disso, o animal esteja sofrendo, os produtores
deverão tratá-los com produtos que impliquem a perda da categoria de produto orgânico.
15.4.1 No caso de uso dos produtos que impliquem a perda da categoria de produto orgânico, o
período de carência a ser respeitado para que os produtos dos animais tratados possam voltar a
ter o reconhecimento como orgânicos deverá:
- Ser duas vezes o período de carência estipulado na bula do produto; e
- Em qualquer caso, ser de no mínimo 48 horas.
15.4.2 Cada animal poderá ser tratado com medicamentos não permitidos para uso na produção
orgânica por:
- No máximo duas vezes no período de um ano;
- Com intervalo mínimo de 3 meses entre cada tratamento; e
- No máximo três vezes em toda a sua vida.
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Orgânicos

15.4.3 Se houver necessidade de aumentar a frequência dos tratamentos, estipulada no item


anterior deste anexo, o animal deverá ser retirado do sistema orgânico.
15.4.4 Durante o tratamento e durante o período de carência, o animal deverá ser identificado e
alojado em ambiente isolado, sendo que ele e seus produtos não poderão ser vendidos como
orgânicos.
15.5 Os tratamentos hormonais somente serão permitidos para fins terapêuticos e, no caso de seu
uso, deverá ser respeitadas o previsto no item 15.4 deste anexo.
15.6 Os medicamentos utilizados para estimular crescimento ou produção são proibidos, bem
como qualquer medicamento proveniente de organismos geneticamente modificados.
16 BEM - ESTAR ANIMAL
16.1 É proibida a alimentação forçada dos animais.
16.2 Os sistemas de produção devem ser idealizados de forma que sejam produtivos e respeitem
as necessidades e o bem estar dos animais.
16.3 Para sistemas orgânicos de produção, deve-se dar preferência por animais de raças
adaptadas às condições climáticas e ao tipo do manejo empregado.
16.4 Em sistemas orgânicos de produção animal devem ser respeitadas:
- A liberdade nutricional: os animais devem estar livres de sede, fome e desnutrição;
- A liberdade sanitária: os animais devem estar livres de feridas e enfermidades;
- A liberdade de comportamento: os animais devem ter liberdade para expressar os instintos
naturais da espécie;
- A liberdade psicológica: os animais devem estar livres de sensação de medo e de ansiedade;
e
- A liberdade ambiental: os animais devem ter liberdade de movimentos em instalações que
sejam adequadas a sua espécie.
16.5 Todo manejo deve ser realizado de forma a não gerar estresse aos animais e a permitir o
atendimento das liberdades animais previstas no item 16.4 deste anexo.
16.6 No caso de ruminantes, devem-se respeitar as necessidades de pastoreio e a ingestão
diária de fibras.
16.7 O contato entre tratadores e os animais deve ser estimulado dentro de uma freqüência que
permita que os animais se habituem à presença de pessoas.
16.8 O manejo deve ser realizado de forma calma, tranquila e sem agitações, sendo vedado o uso
de instrumentos que possam causar medo ou sofrimento aos animais.

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16.9 As pastagens cultivadas devem ser compostas de vegetação arbórea suficiente para
propiciar sombreamento necessário ao bem-estar da espécie em pastejo.
16.10 Em caso de pastagens cultivadas sem áreas de sombreamento, determina-se um prazo de
5 (cinco) anos para estabelecimento de vegetação arbórea suficiente.
17 SISTEMAS PRODUTIVOS E PRÁTICAS DE MANEJO ORGÂNICO APÍCOLA
17.1 As normas estabelecidas neste item se aplicam à apicultura fixa ou migratória e a toda
pessoa física ou jurídica responsável por qualquer produto apícola oriundo de um sistema
orgânico de produção.
18 CONVERSÃO
18.1 A localização de apiários durante o período de conversão deve obedecer ao estabelecido no
item 20 deste anexo.
18.2 O período de conversão aplica-se tanto às unidades de produção em conversão para
sistemas orgânicos, como para as colmeias trazidas de sistemas de produção não orgânicos.
18.3 Para que as colmeias, seus produtos e subprodutos possam ser reconhecidos como
orgânicos, devem estar sob manejo orgânico por, no mínimo, 120 (cento e vinte) dias.
18.4 Durante o período de conversão, a cera necessária para a fabricação de novas folhas de
cera deve ser proveniente de unidades orgânicas de produção ou dos próprios opérculos.
18.5 É proibida a reutilização da cera e dos favos não obtidos em sistemas orgânicos.
18.6 As melgueiras e os quadros das melgueiras em conversão devem ser substituídos ou
preparados com cera proveniente de unidades de produção orgânica.
18.7 Em circunstâncias excepcionais, na indisponibilidade de cera produzida organicamente,
poderá ser autorizada, pelo TECPAR, a utilização de cera que não provenha de unidades de
produção orgânicas, nas quais não tenham sido utilizados ou aplicados produtos proibidos para
apicultura orgânica.
18.8 Não será necessária a substituição da cera quando, no enxame, não houve a utilização
prévia de produtos proibidos por este anexo.
19 ORIGEM DAS ABELHAS
19.1 Na escolha das raças, deverá ser levada em consideração a capacidade das abelhas em se
adaptarem às condições locais, sua vitalidade e sua resistência a doenças.
19.2 Os apiários deverão ser constituídos, preferencialmente, por enxames provenientes de
unidades de produção orgânica.
19.3 Os enxames adquiridos de unidades de produção convencionais ou em conversão para o
manejo orgânico, assim como os enxames que venham a se instalar espontaneamente na própria
unidade de produção, deverão passar por período de conversão.
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Orgânicos

19.4 Para fins de reposição, poderão ser adquiridos até 10% (dez por cento) de enxames
convencionais por ano.
19.5 Em casos fortuitos ou de força maior, o TECPAR poderá autorizar a aquisição de uma
porcentagem maior de enxames, desde que observado o período de conversão.
19.6 Será permitida a colheita de abelhas, desde que verificada a ausência de doenças e
observado o período de conversão.
20 LOCALIZAÇÃO DOS APIÁRIOS
20.1 Os apiários deverão estar instalados em unidades de produção orgânica, em áreas nativas
ou em áreas de reflorestamento.
20.2 A instalação de apiários em áreas de reflorestamento dependerá da autorização do TECPAR.
20.3 O apicultor deverá apresentar croqui em escala adequada da unidade de produção ao
TECPAR.
20.4 O croqui deverá indicar os locais de implantação de colmeias.
20.5 O TECPAR poderá exigir análises comprobatórias de que as regiões acessíveis às abelhas
atendem ao estabelecido neste anexo.
20.6 Os apiários em manejo orgânico deverão situar-se a uma distância de no mínimo 5 km (cinco
quilômetros) de centros urbanos, auto-estradas, zonas industriais, aterros e incineradores de lixo e
unidades de produção não agrícolas.
20.7 A localização de apiários orgânicos deve ser avaliada levando-se em consideração a
presença de néctar e pólen num raio de no mínimo 3 km (três quilômetros) e que essa área seja
constituída essencialmente por:
- Culturas em manejo orgânico;
- Vegetação nativa ou espontânea;
- Outras culturas em que só sejam aplicados produtos permitidos por este anexo.
No caso em que for constatada a insuficiência nas fontes de alimentação nas áreas mencionadas
no item 20.7 deste anexo, o raio a ser considerado será de 5 km (cinco quilômetros).
20.8 Os apiários devem ser instalados em locais onde os operadores tenham a capacidade de
monitorar todas as atividades que possam afetar as colmeias.
21 ALIMENTAÇÃO
21.1 Deverá haver disponibilidade de água de boa qualidade nas proximidades do apiário.
21.2 Ao término de cada estação de produção, deverão ser deixadas reservas de mel e de pólen
suficientes para a sobrevivência dos enxames até o início de uma nova estação de produção.
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Regulamento para Certificação
Orgânicos

21.3 No caso de deficiências temporárias de alimento devido a condições climáticas adversas,


poderá ser administrada alimentação artificial ao enxame, devendo ser utilizados mel, açúcares e
plantas produzidas organicamente, preferencialmente da mesma unidade de produção.
21.3.1 No caso de ausência de produtos produzidos organicamente e, de acordo com o TECPAR,
poderão ser utilizados produtos convencionais, desde que nestes não tenham sido utilizados
produtos não regulamentados para uso na produção orgânica.
21.3.2 A alimentação artificial só poderá ser fornecida:
- Após a última colheita;
- Até 15 (quinze) dias antes do início do período subseqüente de produção;
- Mediante prévia aprovação pelo TECPAR.
21.3.3 Os apiários que utilizarem alimentação artificial deverão manter registros onde constem o
tipo e a quantidade de produto utilizado, as datas da utilização e os enxames alimentados.
22 MANEJO SANITÁRIO
22.1 Os enxames que apresentarem sintomas de doenças devem ser tratados imediatamente com
produtos permitidos para os sistemas orgânicos de produção, devendo-se dar preferência aos
tratamentos fitoterápicos e homeopáticos.
22.2 Em caso de tratamento com substâncias químicas sintéticas, os produtos apícolas não
poderão ser comercializados como orgânicos.
22.2.1 Para recuperar a condição de orgânico, o apiário deverá passar por período de conversão,
contado a partir da última aplicação do medicamento, exceto no caso de aplicação de
medicamento de uso obrigatório imposto pela legislação de sanidade animal.
22.3 Será obrigatório o registro de toda terapêutica utilizada, em livro específico, a ser mantido na
unidade de produção, constando, no mínimo, as seguintes informações:
- Data de aplicação;
- Período de tratamento;
- Identificação da colmeia;
- Produto utilizado.
22.4 Para desinfecção, higienização e controle de pragas dos enxames, serão autorizadas as
substâncias constantes no item 9.4 do anexo 9.
23 MANEJO DAS COLMEIAS

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Orgânicos

23.1 É proibida a colheita de mel a partir de favos que contenham ovos ou larvas de abelhas e a
destruição das abelhas nos favos como método associado à colheita dos produtos da apicultura,
assim como não são permitidas mutilações nas abelhas, tais como o corte das asas.
23.2 Será permitida a substituição de abelha rainha com supressão da antiga.
23.3 A prática da supressão dos machos somente será permitida como meio de contenção da
infestação pelo ácaro Varroa Jacobsoni.
23.4 O deslocamento das colmeias somente poderá ser efetuado mediante acordo com o
TECPAR.
23.5 Será proibido o uso de repelentes químicos de síntese durante as operações de extração de
mel.
23.6 É proibido o uso de materiais de revestimento e outros materiais com efeitos tóxicos na
confecção e na proteção de caixas para acondicionamento dos enxames.
23.7 Não é permitido o uso de telhas de amianto ou outro material tóxico, para a cobertura das
colmeias.
23.8 Para a produção de fumaça, necessária para o manejo das abelhas, deverão ser usados
materiais naturais ou madeira sem tratamento químico.
23.9É vedado o uso de combustíveis que gerem gases tóxicos, tais como querosene e gasolina,
para viabilizar a queima do material gerador da fumaça.
24 SISTEMAS ORGÂNICOS DE PRODUÇÃO VEGETAL
24.1 Os sistemas orgânicos de produção vegetal devem priorizar:
- A utilização de material de propagação originário de espécies vegetais adaptadas às
condições edafoclimáticas locais e tolerantes a pragas e doenças;
- A reciclagem de matéria orgânica como base para a manutenção da fertilidade do solo e a
nutrição das plantas;
- A manutenção da atividade biológica do solo, o equilíbrio de nutrientes e a qualidade da água;
- A adoção de manejo de pragas e doenças que: respeite o desenvolvimento natural das
plantas, respeite a sustentabilidade ambiental, respeite a saúde humana e animal, inclusive
em sua fase de armazenamento e privilegie métodos culturais, físicos e biológicos;
- A utilização de insumos que, em seu processo de obtenção, utilização e armazenamento, não
comprometam a estabilidade do habitat natural e do agroecossistema, não representando
ameaça ao meio ambiente e à saúde humana e animal.
25 SISTEMAS PRODUTIVOS E DAS PRÁTICAS DE MANEJO

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

25.1 A diversidade na produção vegetal deverá ser assegurada, no mínimo, pela prática de
associação de culturas a partir das técnicas de rotação e consórcios.
25.1.1 Para culturas perenes, a diversidade deverá ser assegurada, no mínimo, pela manutenção
de cobertura viva do solo.
25.2 A irrigação e a aplicação de insumos devem ser realizadas de forma a evitar desperdícios e
poluição da água de superfície ou do lençol freático.
25.3 As instalações de armazenagem e manipulação de esterco, incluindo as áreas de
compostagem, deverão ser projetadas, implantadas e operadas de maneira a prevenir a
contaminação das águas subterrâneas e superficiais.
25.4 É proibido o uso de reguladores sintéticos de crescimento na produção vegetal orgânica.
25.4.1 Os reguladores de crescimento similares aos encontrados na natureza são permitidos,
desde que obedeçam ao mesmo modo de ação dos reguladores de origem natural ou biológica,
respeitados os princípios da produção orgânica.
25.5 Nas atividades de pós-colheita, a unidade de produção deve instalar sistemas que permitam
o uso e a reciclagem da água e dos resíduos, evitando o desperdício e a contaminação química e
biológica do ambiente.
26 SEMENTES E MUDAS
26.1 As sementes e mudas deverão ser oriundas de sistemas orgânicos.
26.1.1 O TECPAR, caso verifique a indisponibilidade de sementes e mudas oriundas de sistemas
orgânicos, ou a inadequação das existentes à situação ecológica da unidade de produção, poderá
autorizar a utilização de outros materiais existentes no mercado, dando preferência aos que não
tenham recebido tratamento com agrotóxicos ou com outros insumos não permitidos.
26.1.2 As exceções de que trata o item 26.1.1 deste anexo não se aplicam aos brotos
comestíveis, que somente podem ser produzidos com sementes orgânicas.
26.1.3 A partir de cinco anos da publicação da Instrução Normativa n0 64 de 18 de dezembro de
2008, fica proibida a utilização de sementes e mudas não obtidas em sistemas orgânicos de
produção.
26.2 É proibida a utilização de organismos geneticamente modificados em sistemas orgânicos de
produção vegetal.
26.3 É vedado o uso de agrotóxicos sintético no tratamento e armazenagem de sementes e
mudas orgânicas.
27 FERTILIDADE DO SOLO E FERTILIZAÇÃO
27.1 Somente é permitida a utilização de fertilizantes, corretivos e inoculantes que sejam
constituídos por substâncias autorizadas constantes no item 9.5 do anexo 9, que complementa

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Orgânicos

este Regulamento de Certificação e de acordo com a necessidade de uso prevista no Plano de


Manejo Orgânico.
27.1.1 A utilização desses insumos deverá ser autorizada especificamente pelo TECPAR, que
devem especificar:
- As matérias-primas e o processo de obtenção do produto;
- A quantidade aplicada;
- A necessidade de análise laboratorial em caso de suspeita de contaminação.
27.2 Em caso de suspeita de contaminação dos insumos de que trata o item 27.1, será exigida,
pelo TECPAR, realização de análise laboratorial e, se constatada a contaminação, estes não
poderão ser utilizados em sistemas orgânicos de produção.
27.3 Deverão ser mantidos registros e identificações, detalhados e atualizados, das práticas de
manejo e insumos utilizados nos sistemas de produção orgânica.
28 MANEJO DE PRAGAS
28.1 Somente poderão ser utilizados para o manejo de pragas, nos sistemas de produção
orgânica, as substâncias e práticas relacionadas no item 9.7 do anexo 9.
28.1.1 As substâncias e práticas devem ter o seu uso autorizado pelo TECPAR.
28.2 Os insumos destinados ao controle de pragas na agricultura orgânica não deverão gerar
resíduos, nos seus produtos finais, que possam acumular-se em organismos vivos ou conter
contaminantes maléficos à saúde humana, animal ou do ecossistema.
28.3 É vedado o uso de agrotóxicos sintéticos, irradiações ionizantes para combate ou prevenção
de pragas e doenças, inclusive na armazenagem.
28.4 São proibidos insumos que possuam propriedades mutagênicas ou carcinogênicas.

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ANEXO 4 – REQUISITOS TÉCNICOS PARA PROCESSAMENTO, ARMAZENAMENTO E


TRANSPORTE DE PRODUTOS ORGÂNICOS DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL E
VEGETAL EM CONFORMIDADE COM A LEI 10.831 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003,
DECRETO 6.323 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007, IN 18 DE 28 DE MAIO DE 2009 E IN 19 DE
28 DE MAIO DE 2009.

1 CAMPO DE APLICAÇÃO
1.1 Este anexo aplica-se a toda pessoa física ou jurídica que processe, armazene e transporte
produtos obtidos em sistemas orgânicos de produção ou oriundos de processo extrativista
sustentável orgânico, desde que não prejudicial ao ecossistema local.
2 PROCESSAMENTO
2.1 O processamento de produtos orgânicos deverá obedecer igualmente à legislação específica
para cada tipo de produto.
2.2 É obrigatório o uso de boas práticas de manuseio e processamento de forma a manter a
integridade orgânica dos produtos.
2.2.1 A unidade de produção deverá manter registros atualizados que descrevam a manutenção
da qualidade dos produtos orgânicos durante o processamento e assegurem a rastreabilidade de
ingredientes, matéria-prima, embalagens e do produto final.
2.3 Deverão ser exclusivamente utilizados os produtos de higienização de equipamentos e das
instalações utilizadas para o processamento de produtos orgânicos dispostos no item 9.9 do
anexo 9.
2.5 O processamento dos produtos orgânicos deverá ser realizado de forma separada dos não
orgânicos, em áreas fisicamente separadas ou, quando na mesma área, em momentos distintos.
2.5.1 No processamento de produtos orgânicos e não orgânicos na mesma área, será exigida
uma descrição do processo de produção, do processamento e do armazenamento.
2.5.2 Os equipamentos e instalações utilizados devem estar livres de resíduos de produtos não
orgânicos.
2.6 Serão proibidos o emprego de radiações ionizantes, emissão de microondas e nanotecnologia
em qualquer etapa do processo produtivo.
2.7 Os ingredientes utilizados no processamento de produtos orgânicos deverão ser provenientes
de produção oriunda do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica.
2.7.1 Em caso de indisponibilidade de ingredientes agropecuários obtidos em sistemas orgânicos
de produção, poderá ser utilizada matéria-prima de origem não orgânica em quantidade não
superior a 5% (cinco por cento) em peso.
2.7.2 Não será permitida a utilização do mesmo ingrediente de origem orgânica e não orgânica.
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2.7.3 O emprego de água potável e sal (cloreto de sódio – NaCl e cloreto de potássio – KCl) serão
permitidos sem restrições e não serão incluídos no cálculo do percentual de ingredientes
orgânicos.
2.8 A defumação deverá ser realizada mediante a utilização de madeiras obtidas de manejo
sustentável ou fonte renovável e que não produzam substâncias tóxicas durante o processo de
combustão.
2.9 No processamento de produto orgânico, será permitido o uso dos aditivos e coadjuvantes de
tecnologia dispostos no item 9.8 do anexo 9.
2.9.1 Os aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia mencionados neste anexo somente
poderão ser utilizados no produto orgânico se estiverem autorizados para o respectivo produto
não orgânico pela legislação específica do órgão competente da Saúde ou da Agricultura,
observadas as funções dos mesmos ou, quando houver, as condições de uso estabelecidas no
item 9.8 do anexo 9.
2.9.2 O uso dos aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia autorizados para os produtos
orgânicos está limitado à quantidade necessária para atender às Boas Práticas de Fabricação, em
quantidade suficiente para obter o efeito tecnológico desejado (q.s.p ou quantum satis), salvo nos
casos em que houver limite máximo estabelecido no item 9.8 do anexo 9.
2.10 O uso de enzimas deverá atender aos dispositivos legais vigentes.
2.11 É proibido o uso de organismos geneticamente modificados ou produtos em cujo processo de
obtenção aqueles organismos tenham sido utilizados.
2.12 Durante o processamento de produtos orgânicos, deverão ser utilizados métodos de
higienização de ingredientes e produtos mediante a utilização dos produtos dispostos no item 9.9
do anexo 9.
3 PROCESSAMENTO DOS PRODUTOS APÍCOLAS
3.1 Os equipamentos utilizados para a extração e o processamento dos produtos apícolas
deverão ser construídos com materiais inertes e estar de acordo com as recomendações técnicas
específicas.
3.2 É proibida a utilização de qualquer tipo de aditivo no mel, assim como açúcares e outras
substâncias que alterem a sua composição original.
3.3 O processo de aquecimento do mel deverá atender a critérios técnicos no que se refere à
combinação de temperatura e tempo de exposição ao calor, de forma a garantir a manutenção
das características originais, considerando a origem do mel, seja do gênero apis ou de abelhas
nativas sem ferrão (subfamília Meliponinae).
3.4 Os produtos apícolas de que trata este regulamento deverão atender aos requisitos mínimos
de qualidade e ao regulamento técnico de produção, industrialização, envase e transporte,
estabelecidos pela legislação vigente para os produtos apícolas.

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4 ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE
4.1 No armazenamento e transporte de produtos orgânicos, deverão ser utilizados produtos de
higienização de equipamentos e instalações permitidos na produção orgânica, constantes no item
9.9 anexo 9.
4.2 Durante o armazenamento e o transporte, os produtos orgânicos deverão ser devidamente
acondicionados, identificados, assegurando sua separação dos produtos não orgânicos.
4.3 O produto orgânico a granel deverá ser armazenado em áreas separadas e identificadas e
transportado isoladamente.
5 CONTROLE DE PRAGAS NO PROCESSAMENTO, ARMAZENAMENTO E
TRANSPORTE DE PRODUTOS ORGÂNICOS
5.1 Nas áreas físicas de processamento, armazenamento e transporte de produtos orgânicos,
além de ser observada a legislação específica, deverão ser adotadas as seguintes medidas para o
controle de pragas, preferencialmente nessa ordem:

• Eliminação do abrigo de pragas e do acesso das mesmas às instalações, mediante o uso de


equipamentos e instalações adequadas;

• Métodos mecânicos, físicos e biológicos, como som, ultrassom, luz, repelentes à base de
vegetal, armadilhas (de feromônios, mecânicas, cromáticas) e ratoeiras;

• Uso de substâncias autorizadas pela regulamentação da produção orgânica.


5.2 É proibida a aplicação de produtos químicos sintéticos nas instalações de processamento,
armazenamento e transporte de produtos orgânicos.
6 PROCESSAMENTO DE FIBRA TÊXTIL
6.1 Fibra para transformação deve ser avaliado de acordo com os requisitos de processamento.
6.2 A etiquetagem deve cumprir os requisitos referente a "Rotulagem".
6.3 Os operadores devem dispor de um sistema de manejo estabelecido que assegure que os
efluentes líquidos liberados ao meio ambiente sejam tratados de maneira apropriada.
7 FIBRA, TÊXTEIS E VESTUÁRIO
7.1 Somente as substâncias permitidas conforme os critérios de processamento poderão ser
utilizadas para processar produtos de fibra produtos rotulados como orgânicos.
7.2 Roupas e outros produtos têxteis para serem etiquetados como orgânico devem possuir no
mínimo 95% de seu peso em fibras orgânicas
7.3 Para serem etiquetados como “feito com (X%) de fibras produzidas organicamente”, o produto
deve possuir no mínimo 70% de fibras orgânicas.

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7.4 As porcentagens em 7.2 e 7.3, se referem a peso total de fibras e não incluem o peso de
acessórios não têxteis, como os botões e zíperes.

ANEXO 5 – REQUISITOS TÉCNICOS PARA PRODUTOS ORGÂNICOS ORIUNDOS DO


EXTRATIVISMO SUSTENTÁVEL ORGÂNICO EM CONFORMIDADE COM A LEI 10.831 DE 23
DE DEZEMBRO DE 2003, DECRETO 6.323 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007, IN 17 DE 28 DE
MAIO DE 2009 E IN 19 DE 28 DE MAIO DE 2009.

1 CAMPO DE APLICAÇÃO
1.1 Estes requisitos aplicam-se exclusivamente aos produtos não madeireiros de origem vegetal
ou fúngica que tenham como objetivo a sua identificação como produto orgânico. As visitas e
levantamento de informações às unidades de inspeção, serão feitas por intermédio de entrevistas
com coletores e intermediários locais, verificação de uma fração representativa e quantitativa a
área certificada, considerando o plano de manejo estabelecido e, quando houver, entrevistas com
pessoas e instituições ligadas a questões ambientais e sociais que possam prestar informações
sobre as unidades de produção.
2 REQUISITOS GERAIS
2.1 Podem ser reconhecidos como produtos oriundos do extrativismo sustentável orgânico todos
aqueles extraídos ou coletados, em ecossistemas nativos ou modificados, onde a manutenção da
sustentabilidade do sistema não dependa do uso sistemático de insumos externos.
2.2 Nos casos em que ocorra na área do extrativismo sustentável orgânico a produção de outros
produtos, para estes será necessário que se observe o estabelecido no anexo 3 deste
regulamento para a produção animal e vegetal orgânicas e com base no Plano de Manejo
Orgânico.
2.3 As atividades devem cumprir a legislação pertinente que será avaliada, para cada caso ou tipo
de extração bem como possuir o devido o licenciamento ambiental, quando aplicável.
2.4 Em áreas de extração particulares e ou de terceiros que não sejam caracterizadas como
unidades de conservação de uso sustentável ficam estas sujeitas a apresentação da Averbação
da reserva legal, e os devidos comprovantes de Cadastro do imóvel rural e pagamento de
impostos denominados CCIR e ITR.
2.5 O Manejo Extrativista Sustentável Orgânico em Unidades de Conservação de Uso Direto ou
em Áreas Especialmente Protegidas considera a utilização conjunta ou alternada de múltiplas
espécies manejadas e eventualmente plantadas, seus produtos e subprodutos.
2.6 O Manejo Extrativista Sustentável Orgânico das espécies para obtenção de produtos não
madeireiros pode ser combinado, na mesma área, com a exploração legal de madeira, desde que
haja compatibilidade entre as distintas práticas ambientais.
2.7 O Manejo Extrativista Sustentável Orgânico deve adotar práticas que atendam aos seguintes
princípios gerais:

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− Conservação dos recursos naturais;

− Manutenção da estrutura dos ecossistemas e suas funções;

− Manutenção da diversidade biológica;

− Desenvolvimento sócio econômico e ambiental local e regional;

− Respeito à singularidade cultural dos povos e comunidades tradicionais e agricultores


familiares;

− Destinação adequada dos resíduos de produção, buscando ao máximo o seu aproveitamento.


2.8 O manejo extrativista sustentável orgânico deverá estar descrito no Projeto Extrativista
Sustentável Orgânico que é equivalente ao Plano de Manejo Orgânico regulamentado para a
produção agropecuária orgânica.
2.9 A avaliação da conformidade orgânica esta vinculada à apresentação de Projeto Extrativista
Sustentável Orgânico que será avaliado e aprovado pelo TECPAR.
2.10 O responsável pelo Projeto Extrativista Sustentável Orgânico poderá solicitar a inclusão de
novas espécies a serem manejadas em projeto já aprovado, desde que apresente as informações
exigidas neste Anexo.
2.11 Para implementação das práticas de produção do manejo sustentável orgânico, os seguintes
fundamentos técnicos devem embasar o Projeto de Extrativismo Sustentável Orgânico:

− Levantamento dos recursos naturais disponíveis, considerando as características ecológicas


das espécies a serem manejadas, podendo considerar o potencial de enriquecimento, de
forma a contemplar a manutenção ou ampliação dos estoques e da produtividade das
espécies de interesse;

− Mecanismos que possibilitem a manutenção de populações das espécies manejadas nos


ecossistemas e das suas funções ecológicas;

− Uso dos recursos naturais compatíveis com a capacidade local, assegurando o estoque e
sustentabilidade da espécie utilizada;

− Adoção de técnicas de manejo compatíveis com a manutenção e regeneração natural do


ecossistema;

− Adoção de monitoramento das práticas de produção que avaliem a conformidade com o


Projeto Extrativista Sustentável Orgânico a ser aprovado, garantindo medidas mitigadoras aos
impactos sócio ambientais negativos.
2.12 O Projeto Extrativista Sustentável Orgânico para Unidades de Conservação de Uso Direto ou
para Áreas Especialmente Protegidas deverá ser elaborado conforme o estabelecido no item 4
deste anexo.

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Orgânicos

2.13 Outras práticas de Manejo Extrativista Sustentável Orgânico, além das previstas neste
anexo, adaptadas à realidade sócio ambiental local, poderão ser adotadas em âmbito estadual,
devendo, desde que observado o seguinte procedimento:

− Sejam apresentadas, com a devida justificativa, à Comissão da Produção Orgânica da


unidade da federação – CPOrg-UF, para apreciação;

− Caso a CPOrg-UF as julgue pertinentes, esta deverá encaminhar Parecer Técnico favorável à
Coordenação de Agroecologia – COAGRE/MAPA, para reconhecimento na unidade da
federação proponente.
2.14 A área de Manejo Extrativista Sustentável Orgânico poderá estar situada em propriedades
públicas ou privadas, ou ambas, excetuando-se os casos previstos em lei.
2.15 A transferência da titularidade do imóvel objeto do Projeto Extrativista Sustentável Orgânico
deverá ser comunicada ao TECPAR.
2.16 Nos casos em que se configure transferência de responsabilidade em relação à área do
Projeto Extrativista Sustentável Orgânico, para que possa manter o reconhecimento da
conformidade orgânica do projeto, o adquirente deverá:

− Assumir, junto ao TECPAR que controla o projeto, as obrigações estabelecidas no Projeto


Extrativista Sustentável Orgânico aprovado para a referida área; ou

− Apresentar e ter aprovado um novo Projeto Extrativista Sustentável Orgânico pelo TECPAR
que deverá manter situação regular junto ao MAPA.
2.17 No caso da prática do Extrativismo Sustentável Orgânico em Unidades de Conservação de
Uso Sustentável, além do estabelecido neste anexo e na Instrução Normativa Conjunta n.º 17 de
28 de maio de 2009, a exploração de produtos e subprodutos está sujeita à regulamentação
específica, cujo controle e monitoramento é de competência do órgão gestor da unidade.
3 PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETO EXTRATIVISTA
SUSTENTÁVEL ORGÂNICO
3.1 O Projeto Extrativista Sustentável Orgânico deve seguir o seguinte roteiro:

− Título: “PROJETO EXTRATIVISTA SUSTENTÁVEL ORGÂNICO”;

− Identificação:
a) Proponente: Nome, endereço completo, endereço para contato, natureza jurídica, data do
registro jurídico, CNPJ/CPF/RG e representante(s) legal(is);
b) Executores (no caso de não ser o proponente, ou quando este representar um grupo): nome(s)
do(s) produtor(es), CPF/RG, nome(s) da(s) propriedade(s) ou unidade(s) de produção,
localização, estado, município, croqui de localização, croqui da unidade de produção, tamanho
da(s) área(s) e principais atividades que desenvolve na área;

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Orgânicos

− Detalhamento:
a) estimativa da capacidade produtiva da(s) espécie(s) explorada(s) em relação ao(s) produto(s)
obtido(s), em determinado período de tempo, com a descrição do método utilizado;
b) definição das taxas de intensidade, frequência e sazonalidade da exploração;
c) definição das práticas e método de coleta a ser utilizado, identificando parâmetros como:
tamanho, diâmetro, idade mínima e fase fenológica, considerados de forma isolada ou cumulativa,
para a(s) espécie(s) a ser(em) explorada(s);
d) descrição dos procedimentos de armazenamento, transporte e beneficiamento;
e) descrição das medidas mitigadoras aplicadas para redução dos possíveis impactos negativos
do manejo;
f) descrição do sistema de monitoramento empregado para avaliação da sustentabilidade do
manejo.

− Demonstrativos de que as taxas de intensidade, frequência e sazonalidade da exploração não


excedam a capacidade de suporte, fundamentadas em estudos científicos, experiências locais
consolidadas ou conhecimentos tradicionais; e

− Orientações e precauções específicas relacionadas aos casos em que:


a) A exploração implica a supressão e remoção;
b) A exploração causa dano ao indivíduo, a outras espécies ou a outros produtos florestais;
c) Os produtos são coletados para subsistência;
d) A exploração oferece riscos à integridade física ou à vida dos coletores;
e) A posse ou direito à terra e aos produtos objeto do manejo são passíveis de disputas, afetando
a integridade física de coletores, comunidades ou do meio ambiente; e
f) A(s) espécie(s) explorada(s) estejam sob restrições legais.
4 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETO EXTRATIVISTA
SUSTENTÁVEL ORGÂNICO EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE USO DIRETO OU
ÁREAS ESPECIALMENTE PROTEGIDAS
4.1 Para a elaboração do Projeto Extrativista Sustentável Orgânico em Unidades de Conservação
de Uso Direto ou em Áreas Especialmente Protegidas, devem ser observadas, adicionalmente ao
que está estabelecido no item 3 deste anexo, as disposições descritas a seguir:

− Seja considerada, no âmbito do ecossistema a ser manejado, a necessidade de manutenção


de espécies em quantidade e qualidade suficientes para manutenção das funções
ecossistêmicas;

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− Que, na falta de informação técnica confiável, não deve ser coletado, explorado ou extraído
mais de 30% do recurso;

− Que os parâmetros técnicos estabelecidos garantam que a taxa de recrutamento da


população seja positiva em relação à ação de manejo.
4.2 As práticas de manejo estabelecidas devem estar fundamentadas em estudos científicos,
experiência local consolidada ou conhecimentos tradicionais.
4.3 Para os produtos e subprodutos oriundos do extrativismo em Unidades de Conservação de
Uso Direto ou em Áreas Especialmente Protegidas, o Projeto Extrativista Sustentável Orgânico
deverá apresentar, além daquelas estabelecidas no item 3.1 parágrafo 5 deste anexo, orientações
e precauções específicas para os casos em que:

− A exploração afeta o crescimento ou produtividade de outras espécies;

− A espécie explorada possui alto valor para a sobrevivência da fauna silvestre;

− A espécie explorada possui interdependências ecológicas específicas.


4.4 O monitoramento do Projeto Extrativista Sustentável Orgânico em Unidades de Conservação
de Uso Direto ou em Áreas Especialmente Protegidas de produção deve considerar:

− A taxa de sobrevivência ou recuperação dos indivíduos explorados na unidade de produção,


utilizando como referência o prazo de seis meses após a extração e, posteriormente, a cada
ano, não se aplicando a indivíduos cuja exploração seja de partes de plantas desprendidas
naturalmente;

− O registro anual da produção total da área manejada;

− A avaliação da estrutura populacional a cada três anos após início do manejo, por meio de
levantamento; e

− As observações percebidas na fauna.


4.5 Os dados obtidos no monitoramento devem ser sistematizados e comparados com dados
anteriores.

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ANEXO 6 – REQUISITOS TÉCNICOS PARA COMERCIALIZAÇÃO, TRANSPORTE E


ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS ORGÂNICOS EM CONFORMIDADE COM A LEI 10.831
DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003, DECRETO 6.323 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007 E IN 19 DE
28 DE MAIO DE 2009.

1 ABRANGÊNCIAS
1.1 Este anexo estabelece os mecanismos de controle e informação da qualidade orgânica a
serem seguidos pelas pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, para certificação
das operações de comercialização, transporte e comercialização de produtos orgânicos.
1.2 Este anexo não se aplica aos processos de certificação ORGÂNICA PARA A VENDA DIRETA
SEM CERTIFICAÇÃO.
2 REQUISITOS LEGAIS
2.1 Para a comercialização no mercado interno, os produtos orgânicos devem atender ao disposto
neste regulamento e os seguintes requisitos legais:
a. Alvará de funcionamento do estabelecimento;
b. Licença Sanitária;
c. Registro no serviço de inspeção de produtos de origem animal, quando aplicável;
d. Inscrição Estadual;
e. Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);
f. Classificação dos produtos comercializados de acordo com a instruções normativas de
padronização e classificação dos produtos destinados ao consumo humano do Ministério da
Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA).
3 COMERCIALIZAÇÃO
3.1 Em todas as etapas do processo de armazenamento, transporte e comercialização, deve-se
manter a integridade dos produtos orgânicos, aplicando as seguintes medidas:
a. Em todo momento, os produtos orgânicos deverão ser protegidos para que não se misturem
com produtos não obtidos em sistemas orgânicos e não tenham contato com materiais e
substâncias cujo uso não está autorizado no cultivo e pós-colheita de produtos orgânicos; e
b. Os produtos orgânicos passíveis de contaminação por contato ou que não possam ser
diferenciados visualmente devem ser identificados e mantidos em local separado dos demais
produtos não obtidos em sistemas orgânicos.
3.2 O atendimento do disposto neste regulamento não exime o cumprimento de outras exigências
sobre comercialização, interna e externa, dispostas nas legislações específicas.

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Orgânicos

3.3 Os estabelecimentos que comercializem produtos orgânicos devem:


a. Manter à disposição dos consumidores, lista atualizada dos itens orgânicos ofertados e de
seus fornecedores de produtos orgânicos;
b. Os produtos que sofrem processamento ou transformação agroindustrial e que são
comercializados a granel devem estar em exposição para venda na embalagem original ou em
outra embalagem desde que a rotulagem original seja mantida. Quando da impossibilidade de
se manter o rótulo no produto, esta rotulagem deve ser transcrita, constando minimamente as
seguintes informações: nome do produto, endereço e CNPJ do fabricante, validade, nº de lote,
ingredientes e nome do organismo de avaliação da conformidade responsável pelo produto;
c. Os produtos “in natura” a granel devem estar identificados no respectivo espaço de venda com
o uso de etiqueta afixada no compartimento, recipiente ou embalagem da mercadoria, com no
mínimo as seguintes informações de origem: produto e variedade, nome ou razão social do
produtor ou fornecedor, endereço do produtor ou fornecedor do produto, CNPJ ou CPF, lote
(quando aplicável), identificação do organismo de avaliação da conformidade responsável pelo
produto.
3.4 O estabelecimento deverá comprovar a rastreabilidade dos produtos comprados e
comercializados através de notas de aquisição ou declarações de transações comerciais,
planilhas de controle de estoque (entradas e saídas) e notas fiscais de venda.
3.5 Os produtos orgânicos comercializados deverão ser comprovadamente proveniente de
produção oriunda do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica.
4 RECEPÇÃO, ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE
4.1 A recepção dos produtos e embalagens deve ser realizada em área protegida, limpa e
adotadas medidas para evitar que esses produtos sejam contaminados.
4.2 Os produtos e as embalagens reprovados devem ser imediatamente separados em local
identificado e destinado para esta finalidade, e determinada a destinação final. Deve ser mantidos
registros deste operação.
4.3 Durante o armazenamento e o transporte, os produtos orgânicos deverão ser devidamente
acondicionados, identificados, assegurando sua separação dos produtos não orgânicos.
4.4 O produto orgânico a granel deve ser armazenado em áreas separadas e identificadas, e
transportado isoladamente.
4.5 Os produtos e as embalagens devem ser armazenados sobre pallet, estrados e ou prateleiras,
respeitando-se o espaçamento mínimo necessário para garantir adequada ventilação, limpeza e,
quando for o caso, desinfecção do local. Os pallet, estrados e ou prateleiras devem ser de
material liso, resistente, lavável e impermeável quando aplicável.
5 FRACIONAMENTO DE PRODUTOS

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Orgânicos

5.1 O fracionamento dos produtos orgânicos deverá ser realizado de forma separada dos não
orgânicos, em áreas fisicamente separadas ou, quando na mesma área, em momentos distintos.
5.2 A área de fracionamento, preparo ou manipulação deve ser higienizada quantas vezes forem
necessárias e imediatamente após o término do trabalho.
5.3 Substâncias odorizantes e/ou desodorantes em quaisquer das suas formas não devem ser
utilizadas nas áreas de preparação e armazenamento dos produtos.
5.4 Durante o fracionamento dos produtos, devem ser adotadas medidas a fim de minimizar o
risco de contaminação cruzada, evitando o contato direto ou indireto entre alimentos crus, semi-
preparados e prontos para o consumo.
5.5 Quando os produtos não forem utilizados em sua totalidade, devem ser adequadamente
acondicionados e identificados, no mínimo, com as seguintes informações: nome produto, lote,
data de abertura e prazo de validade após a abertura ou retirada da embalagem original.
5.6 Deve ser utilizada somente água potável para manipulação de alimentos. Quando utilizada
solução alternativa de abastecimento de água, a potabilidade deve ser atestada semestralmente
mediante laudos laboratoriais, conforme legislação específica.
5.7 O gelo para utilização em alimentos deve ser fabricado a partir de água potável, mantido em
condição higiênico e sanitária que evite sua contaminação.
5.8 O vapor, quando utilizado em contato direto com alimentos ou com superfícies que entrem em
contato com alimentos, deve ser produzido a partir de água potável e não pode representar fonte
de contaminação.
6 EDIFICAÇÃO, INSTALAÇÃO, EQUIPAMENTO, MÓVEIS E UTENSÍLIOS
6.1 As instalações, os equipamentos, os móveis e os utensílios devem ser mantidos em condições
higiênico e sanitárias apropriadas.
6.2 O dimensionamento da edificação e das instalações devem ser compatível com todas as
operações. Deve existir separação entre as diferentes atividades por meios físicos ou por outros
meios eficazes de forma a evitar a contaminação cruzada.
6.3 Os equipamentos, móveis e utensílios que entram em contato com alimentos devem ser de
materiais que não transmitam substâncias tóxicas, odores, nem sabores aos mesmos, conforme
estabelecido em legislação específica.
7 HIGIENIZAÇÃO
7.1 Os produtos para higienização das instalações e equipamentos somente serão permitidos os
constantes no item 9.9 e 9.10 do anexo 9 produtos permitidos para a higienização de instalações
e equipamentos empregados no processamento de produto orgânico. Para os casos omissos
nesta lista ou de produtos que não estejam disponíveis no mercado, deverá ser consultado o
TECPAR.

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

7.2 Os resíduos destes agentes devem ser eliminados através de lavagem cuidadosa com água
potável antes que volte a ser utilizada para a manipulação de alimentos
7.3 Todos os produtos de limpeza e desinfecção devem ser identificados e guardados em local
adequado, fora das áreas de manipulação dos alimentos.
7.4 Os utensílios e equipamentos utilizados na higienização devem ser próprios para a atividade e
estar conservados, limpos e disponíveis em número suficiente e guardados em local reservado
para essa finalidade.
7.5 Os utensílios utilizados na higienização de instalações devem ser distintos daqueles usados
para higienização das partes dos equipamentos e utensílios que entrem em contato com o
alimento.
8 CONTROLE DE PRAGAS
8.1 As edificações, as instalações, os equipamentos e os móveis devem estar livres de vetores e
pragas urbanas. Deve existir um conjunto de ações eficazes e contínuas de controle de vetores e
pragas urbanas, com o objetivo de impedir a atração, o abrigo, o acesso e/ou proliferação dos
mesmos.
8.2 O controle de pragas nas instalações do estabelecimento deve, prioritariamente, ser feito
através de métodos preventivos.
8.3 Nas áreas físicas de processamento, armazenamento e transporte de produtos orgânicos,
além de ser observada a legislação específica, deverão ser adotadas as seguintes medidas para o
controle de pragas, preferencialmente nessa ordem:
a. Eliminação do abrigo de pragas e do acesso das mesmas às instalações, mediante o uso de
equipamentos e instalações adequadas;
b. Métodos mecânicos, físicos e biológicos, a seguir descritos: som, ultrassom, luz, repelentes à
base de vegetal, armadilhas (de feromônios, mecânicas, cromáticas) e ratoeiras;
c. Uso de substâncias autorizadas pela regulamentação da produção orgânica.
8.4 É proibida a aplicação de produtos químicos sintéticos nas instalações de processamento,
armazenamento e transporte de produtos orgânicos.
9 IMPORTAÇÃO
9.1 Só poderão ser comercializados no país os produtos orgânicos importados que estejam de
acordo com a regulamentação brasileira para a produção orgânica.
9.2 Perderão a condição de orgânicos os produtos importados que forem submetidos a tratamento
quarentenário não compatível com a regulamentação da produção orgânica brasileira.
10 INFORMAÇÃO DA QUALIDADE ORGÂNICA

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

10.1 A informação da qualidade orgânica pode se dar por meio da Declaração de Transação
Comercial, da rotulagem dos produtos, por material de publicidade e propaganda e por dizeres
expostos nos locais de comercialização.

11 ROTULAGEM PARA OS PRODUTOS EXCLUSIVOS PARA EXPORTAÇÃO


11.1 Nos casos de produtos destinados exclusivamente para exportação, em que o atendimento
de exigências do país importador implique a utilização de produtos ou processos proibidos na
regulamentação brasileira, seus rótulos deverão conter os dizeres: “PRODUTO EXCLUSIVO
PARA EXPORTAÇÃO”.
11.2 No caso referido no item acima deste neste regulamento, o produto não poderá receber o
selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica.
12 ROTULAGEM DE PRODUTOS IMPORTADOS
12.1 Nos casos de importação de produtos controlados por organismos credenciados no Brasil ou
por acordo de equivalência, os rótulos dos produtos deverão conter o selo do Sistema Brasileiro
de Avaliação da Conformidade Orgânica (SisOrg).
13 CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE TERCEIROS PARA ARMAZENAMENTO E OU
TRANSPORTE
13.1 A contratação de serviços de terceiros para armazenamento e transporte deve atender aos
requisitos pertinentes a atividade.
13.2 Os contratantes devem determinar que os contratos efetuados para os serviços previstos
neste regulamento incluam cláusulas relativas ao cumprimento dos regulamentos técnicos, à
obrigação de fornecimento de informações e concessão de livre acesso às certificadoras e aos
órgãos fiscalizadores.
14 RELAÇÕES DE TRABALHO
14.1 Nas unidades que se desenvolvam atividades orgânicas, coberto pela certificação deve ser
observado o acesso dos trabalhadores aos serviços básicos, em ambiente de trabalho com
segurança, salubridade, ordem e limpeza.
14.2 O contratante é responsável pela segurança, informação e capacitação dos trabalhadores
em relação ao a atividade específica.
14.3 Os funcionários devem estar registrados e regularizados para a atividade desenvolvida.

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

ANEXO 7 – REQUISITOS TÉCNICOS PARA SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM


CONFORMIDADE COM A LEI 10.831 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003, DECRETO 6.323 DE 27
DE DEZEMBRO DE 2007 E IN 19 DE 28 DE MAIO DE 2009.

1 ABRANGÊNCIA
1.1 Aplica-se aos serviços de alimentação tais como cantinas, restaurantes, lanchonetes e self-
services que realizam a preparação e venda de alimentos orgânicos ao consumidor.
1.2 Poderão requerer a certificação orgânica para o estabelecimento como um todo, ou a pratos
ou preparados específicos.
2 REQUISITOS PARA SOLICITAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO
2.1 Para efeito de certificação os estabelecimentos deverão seguir todos os requisitos legais
vigentes aplicáveis.
2.2 Em todos os casos, a higiene do estabelecimento será fator decisivo para o reconhecimento
de sua qualidade.
2.3 O estabelecimento deve comprovar a aquisição de matérias-primas oriundas de sistemas
orgânicos de produção ou de processo extrativista sustentável orgânico e não prejudicial ao
ecossistema local.
2.4 A manipulação de alimentos orgânicos deve preservar a qualidade e integridade do produto
orgânico e minimizar o uso de ingredientes não agrícolas, aditivos e coadjuvantes. Deve causar o
mínimo de impacto ambiental, considerando a poluição, consumo de energia, reciclagem de
materiais e tratamento de resíduos, de forma a não oferecer riscos à saúde e à segurança dos
operadores e das comunidades vizinhas.
2.5 É obrigatória a adoção de um sistema de Boas Práticas de Manipulação, devendo a
organização manter um plano atualizado que descreva a manutenção da qualidade orgânica dos
produtos durante os processos, bem como um plano de rastreabilidade de ingredientes, matéria-
prima, embalagens e do produto final.
2.6 Devem existir planilhas de forma a identificar os produtos orgânicos e não-orgânicos
comprados e utilizados, tanto o volume total como a quantidade utilizada para cada receita ou
cardápio especificamente.
2.7 Os restaurantes, hotéis, lanchonetes e similares que anunciarem em seus cardápios refeições
preparadas com ingredientes orgânicos deverão:

− Manter à disposição dos consumidores lista atualizada dos produtos orgânicos e não
orgânicos ofertados ou/e dos produtos que possuem ingredientes orgânicos, assim como seus
fornecedores;

− Informar, quando solicitado, os fornecedores de produtos orgânicos e as quantidades


adquiridas.
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Regulamento para Certificação
Orgânicos

2.8 Os funcionários devem ser treinados para manipular alimentos.


2.9 É proibido o uso de organismos geneticamente modificados ou produtos quimicamente
definidos produzidos com a utilização de OGM’s.
3 RECEPÇÃO E ESTOQUE DE MATÉRIAS PRIMAS
3.1 Os serviços de alimentação devem especificar os critérios para avaliação e seleção dos
fornecedores de matérias-primas, ingredientes e embalagens. O transporte desses insumos deve
ser realizado em condições adequadas de higiene e conservação.
3.2 A recepção das matérias-primas e dos ingredientes orgânicos deve ser realizada em área
protegida e limpa, e de forma isolada, no tempo ou no espaço dos produtos não orgânicos.
3.3 Os lotes das matérias-primas, ingredientes e embalagens reprovados devem ser
imediatamente devolvidos ao fornecedor e, na impossibilidade, devem ser devidamente
identificados e armazenados separadamente em local específico. Deve ser determinada a
destinação final dos mesmos e manter registros desta operação.
3.4 As matérias-primas e ingredientes de origem orgânica devem ser armazenados
separadamente de produtos não orgânicos de modo a evitar contaminação, e em locais
devidamente identificados.
3.5 Devem ser adotadas medidas que assegurem que não faltem ingredientes orgânicos no
estoque do estabelecimento.
4 MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS
4.1 A manipulação de alimentos orgânicos deve ser realizada de forma totalmente isolada no
espaço ou no tempo dos não orgânicos, sendo que os equipamentos e instalações utilizados
devem estar livres de resíduos de produtos não orgânicos.
4.2 Para a utilização do mesmo espaço físico na preparação de alimentos orgânicos e não
orgânicos na mesma cozinha, deve ser implementado um sistema de limpeza, com procedimentos
documentados descrevendo seu planejamento, implementação e funcionamento.
4.3 Os métodos permitidos para o processamento dos alimentos são: mecânicos, físicos ou
biológicos.
4.4 Os aditivos e coadjuvantes a serem utilizados nos alimentos somente serão permitidos os
constantes no item 9.8 do anexo 9. Para os casos omissos nesta lista ou de produtos que não
estejam disponíveis no mercado, deverá ser consultado o TECPAR.
4.5 É proibido o emprego de radiações ionizantes ou emissão de microondas em qualquer etapa
do processo produtivo.
4.6 Em caso de indisponibilidade de ingredientes obtidos em sistemas orgânicos de produção,
poderão ser utilizadas matérias-primas de origem não orgânica em até 5% (cinco por cento) da

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

composição da receita para ser considerado como “orgânico” e até 30%(trinta por cento) para ser
considerado como “produzido com ingredientes orgânicos”.
4.7 A água potável e sal (NaCl) serão permitidos sem restrições e não serão incluídos no cálculo
do percentual de ingredientes orgânicos.
4.8 Não é permitida a utilização de um mesmo ingrediente de origem orgânica e não orgânica.
5 ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE
5.1 A recepção dos produtos e embalagens deve ser realizada em área protegida, limpa e
adotadas medidas para evitar que esses produtos sejam contaminados.
5.2 Os produtos e as embalagens reprovados devem ser imediatamente separados, identificados
e determinada a destinação final.
5.3 Durante o armazenamento e o transporte, os produtos orgânicos deverão ser devidamente
acondicionados, identificados, assegurando sua separação dos produtos não-orgânicos.
5.4 O produto orgânico a granel deverá ser armazenado em áreas separadas e identificadas e
transportado isoladamente.
5.5 Os produtos e as embalagens devem ser armazenados sobre pallet, estrados e ou prateleiras,
respeitando-se o espaçamento mínimo necessário para garantir adequada ventilação, limpeza e,
quando for o caso, desinfecção do local. Os pallet, estrados e/ou prateleiras devem ser de
material liso, resistente, lavável e impermeável quando aplicável.
6 HIGIENIZAÇÃO
6.1 Os produtos para higienização das instalações e equipamentos somente serão permitidos os
constantes no item 9.9 e 9.10 do anexo 9. Para os casos omissos nesta lista ou de produtos que
não estejam disponíveis no mercado, deverá ser consultado o TECPAR.
6.2 Os resíduos destes agentes devem ser eliminados através de lavagem cuidadosa com água
potável antes que volte a ser utilizada para a manipulação de alimentos
6.3 Todos os produtos de limpeza e desinfecção devem ser identificados e guardados em local
adequado, fora das áreas de manipulação dos alimentos.
6.4 Os utensílios e equipamentos utilizados na higienização devem ser próprios para a atividade e
estar conservados, limpos e disponíveis em número suficiente e guardados em local reservado
para essa finalidade.
6.5 Os utensílios utilizados na higienização de instalações devem ser distintos daqueles usados
para higienização das partes dos equipamentos e utensílios que entrem em contato com o
alimento.
7 CONTROLE DE PRAGAS

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

7.1 As edificações, as instalações, os equipamentos e os móveis devem estar livres de vetores e


pragas urbanas. Deve existir um conjunto de ações eficazes e contínuas de controle de vetores e
pragas urbanas, com o objetivo de impedir a atração, o abrigo, o acesso e/ou proliferação dos
mesmos.
7.2 O controle de pragas nas instalações do estabelecimento deve, prioritariamente, ser feito
através de métodos preventivos.
7.3 Nas áreas físicas de processamento, armazenamento e transporte de produtos orgânicos,
além de ser observada a legislação específica, deverão ser adotadas as seguintes medidas para o
controle de pragas, preferencialmente nessa ordem:

− Eliminação do abrigo de pragas e do acesso das mesmas às instalações, mediante o uso de


equipamentos e instalações adequadas;

− Métodos mecânicos, físicos e biológicos, a seguir descritos: som, ultrassom, luz, repelentes à
base de vegetal, armadilhas (de feromônios, mecânicas, cromáticas), e ratoeiras;

− Uso de substâncias autorizadas pela regulamentação da produção orgânica.


7.4 É proibida a aplicação de produtos químicos sintéticos nas instalações de processamento,
armazenamento e transporte de produtos orgânicos.
8.CERTIFICAÇÃO DE PRATOS ESPECÍFICOS
8.1 Será permitido para certificação de pratos específicos ou itens do cardápio como “orgânico” ou
contendo “ingredientes orgânicos” na sua composição.
8.2 Os pratos para serem possíveis de certificação devem estar em conformidade com outros
itens deste anexo.

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

ANEXO 8 - REQUISITOS TÉCNICOS PARA PRODUÇÃO DE AQUICULTURA ORGÂNICA EM


CONFORMIDADE COM AS NORMAS IFOAM 2005.

1 CONVERSÃO PARA AQUICULTURA ORGÂNICA


1.1 Os produtores devem atender todos os requisitos estabelecidos no item 5 do anexo 2 deste
regulamento.
1.2 O período de conversão da unidade de produção deve ser de no mínimo um ciclo vida do
organismo ou um ano, o que for menor.
1.3 Os produtores devem assegurar que a conversão para aquicultura orgânica leva em
consideração os fatores ambientais e o uso anterior do local de produção, em relação aos
resíduos, sedimentos e qualidade da água.
2 ECOSSISTEMA AQUÁTICO
2.1 O ecossistema aquático deve atender e estar em conformidade com o aspectos ambientais do
anexo 2 deste regulamento.
2.2 Os produtores devem utilizar medidas adequadas para prevenir fugas de espécies exógenas e
ou predadoras e documentar qualquer ocorrência conhecida.
2.3 Os produtores devem tomar medidas verificáveis e efetivas para minimizar o lançamento e
desperdício de nutrientes no ecossistema aquático.
2.4 É proibida a utilização de fertilizantes químicos e agrotóxicos a não ser os que estão listados
no documento regulamentação de produtos orgânicos. Os produtores interessados devem solicitar
o documento ao Tecpar.
3 PLANTAS AQUÁTICAS
3.1 A produção de plantas aquáticas deve estar em conformidade com os requisitos de aspectos
ambientais do Anexo 2 deste regulamento.
3.2 A colheita das plantas aquáticas não deve afetar o ecossistema ou degradar a área de
produção ou o ambiente circundante aquático e terrestre.
4 ORIGENS, RAÇAS E REPRODUÇÃO DOS ANIMAIS
4.1 Os animais devem ser originários de sistema orgânico de criação.
4.2 Se animais orgânicos não estiverem disponíveis, podem ser trazidos animais convencionais.
Estes devem passar pelo menos dois terços de sua vida no sistema orgânico.
4.3 Para a utilização de indivíduos não orgânicos, o produtor dever possui um controle de
fornecedor que garanta a não utilização de hormônios sintéticos e promotores de crescimento
proibidos para estimular artificialmente o crescimento ou reprodução.

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Orgânicos

4.4 Os produtores não podem utilizar organismos poliploides artificialmente.


5 NUTRIÇÃO DOS ANIMAIS AQUÁTICOS
5.1 Os animais devem ser alimentados com alimentação orgânica.
5.2 Os produtores podem utilizar uma porcentagem limitada de alimentação não orgânica, desde
que seja por um período limitado e nos casos em que:

− Não exista disponibilidade de alimentos orgânicos em quantidade e ou qualidade adequada;

− Onde a aquicultura orgânica esteja nos primeiros estágios de desenvolvimento.


5.3 Em nenhum caso a porcentagem de alimentação não orgânica de origem agrícola deve
exceder 15% de matéria seca, calculada em base anual.
5.4 Os produtores podem usar proteína e óleo de fontes de animal aquático não orgânico, desde
que:

− Seja originário de fontes sustentáveis verificadas independentemente;

− Verificado para que o teor de contaminação esteja em níveis abaixo de limites estabelecidos
pela regulamentação para os produtos especificados.

− Não constitua100% da dieta.


5.5 Os requisitos de alimentação para animais aquáticos devem concordar com os requisitos
estabelecidos no item 13 do anexo 3 deste regulamento.
6 SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAIS AQUÁTICOS
6.1 Os produtores devem atender aos requisitos e estar em conformidade com os itens 15 e 16 do
anexo 3 deste regulamento.
6.2 O uso profiláctico de medicamentos veterinários é proibido.
6.3 O uso de medicamentos alopáticos veterinários, drogas e antibióticos é proibido para
invertebrado.
6.4 Os hormônios sintéticos e promotores de crescimento são proibidos para estimular
artificialmente o crescimento ou reprodução.
6.5 A densidade dos animais não deve comprometer o bem-estar animal.
6.6 Os produtores devem habitualmente monitorar a qualidade da água, provendo uma densidade
adequada à saúde dos animais e respeitando o hábito e comportamento natural, de acordo com
os padrões técnicos de cada espécie.
7 TRANSPORTE E ABATE

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

7.1 Os produtores devem estar em conformidade com os requisitos aplicáveis do item 10.13 do
anexo 3 deste regulamento.
7.2 O produtor deve manejar os organismos vivos, respeitando seus aspectos e necessidades
fisiológicas.
7.3 Os produtores devem aplicar medidas para garantir que os animais aquáticos orgânicos sejam
fornecidos, durante o transporte e abate, em condições que atendam as necessidades específicas
dos animais e que minimizem efeitos adversos, tais como:

− Diminuição da qualidade da água.

− Tempo gasto no transporte.

− Densidade;

− Substâncias tóxicas;

− Fuga dos animais.


7.4 Os animais aquáticos vertebrados devem ser dessensibilizados antes do abate. Os produtores
devem assegurar que o equipamento utilizado é adequado para remover sensibilidade e/ou abater
o animal. O equipamento deve ser mantido e monitorado adequadamente.
7.5 Os animais devem ser manejados, transportados e abatidos de forma a minimizar o estresse,
o sofrimento e que sejam respeitadas as necessidades específicas de cada espécie.

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

ANEXO 9 – SUBSTÂNCIAS E PRÁTICAS PERMITIDAS PARA USO NA PRODUÇÃO


ORGÂNICA
9.1 – RELAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS PERMITIDAS PARA USO NA SANITIZAÇÃO DE
INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO ANIMAL ORGÂNICA –
CONFORME ANEXO II DA IN 64 DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008.
Hipoclorito de Sódio
Peróxido de Hidrogênio
Cal e cal virgem
Ácido Fosfórico
Ácido Nítrico
Álcool Etílico
Ácido Peracético
Soda Cáustica
Extratos Vegetais
Microrganismos (Biorremediadores)
Sabões e Detergentes Neutros e Biodegradáveis
Sais Minerais Solúveis
Oxidantes Minerais
Iodo
As substâncias de que trata esta tabela deverão ser utilizadas de acordo com o que estiver estabelecido no
plano de manejo orgânico.

9.2 - RELAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS PERMITIDAS NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE


ENFERMIDADES DOS ANIMAIS ORGÂNICOS - CONFORME ANEXO III DA IN 64 DE 18 DE
DEZEMBRO DE 2008.
Substância
Enzimas
Vitaminas
Aminoácidos
Própolis
Microrganismos
Preparados homeopáticos
Fitoterápicos
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Regulamento para Certificação
Orgânicos

Extratos vegetais
Minerais
Veículos (proibido os sintéticos)
Sabões e detergentes neutros e biodegradáveis
As substâncias de que trata esta tabela deverão ser utilizadas de acordo com o que estiver estabelecido no
plano de manejo orgânico.

9.3 – RELAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS PERMITIDAS PARA A ALIMENTAÇÃO DE ANIMAIS EM


SISTEMAS ORGÂNICOS DE PRODUÇÃO - CONFORME ANEXO VI DA IN 64 DE 18 DE
DEZEMBRO DE 2008.
Substâncias Condições de uso
Resíduos de Origem Vegetal
Melaço • Utilizado como aglutinante nos alimentos compostos
• Algas marinhas têm de ser lavadas a fim de reduzir o
Farinha de algas
teor de iodo
Pós e extratos de plantas
Extratos protéicos vegetais
• Lactose em pó somente extraída por meio de
Leite, produtos e subprodutos lácteos
tratamento físico
Peixe, crustáceos e moluscos, seus produtos e • Permitidas para animais de hábito onívoro.
Subprodutos • Os produtos e subprodutos não podem ser refinados
Sal marinho • O produto não pode ser refinado
• Derivadas de matérias-primas existentes naturalmente
nos alimentos.

Vitaminas e pró-vitaminas • Quando de origem sintética, o produtor deverá adotar


estratégias que visem à eliminação do seu uso num
prazo máximo de cinco anos a contar da data de
publicação da IN 64 de (18/12/2008).
Enzimas • Desde que de origem natural
Microorganismos
Ácido fórmico
Ácido acético
• Para uso apenas para ensilagem
Ácido láctico
Ácido propiônico

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

Sílica coloidal
Diatomita
Sepiolita • Utilizados como agentes aglutinantes,
Bentonita antiaglomerantes e coagulantes (aditivos tecnológicos)

Argilas cauliníticas
Vermiculita
Perlita
Sulfato de sódio
Carbonato de sódio
Bicarbonato de sódio
Cloreto de sódio
Sal não refinado
Carbonato de cálcio
Lactato de cálcio • Permitidos desde que não contenham resíduos
Gluconato de cálcio contaminantes oriundos do processo de fabricação

Calcário calcítico
Fosfatos bicálcicos de osso precipitados
Fosfato bicálcico desfluorado
Fosfato monocálcico desfluorado
Magnésio anidro
Sulfato de magnésio
Cloreto de magnésio
Carbonato de magnésio
Carbonato ferroso
Sulfato ferroso mono-hidratado
Óxido férrico • Permitidos desde que não contenham resíduos
Iodato de cálcio anidro contaminantes oriundos do processo de fabricação

Iodato de cálcio hexa-hidratado


Iodeto de potássio
Sulfato de cobalto mono ou hepta-hidratado
Carbonato básico de cobalto mono-hidratado
Óxido cúprico

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

Carbonato básico de cobre mono-hidratado


Sulfato de cobre penta-hidratado
Carbonato manganoso
Óxido manganoso e óxido mangânico
Sulfato manganoso mono ou tetra-hidratado
Carbonato de zinco
Óxido de zinco
Sulfato de zinco mono ou hepta-hidratado
Molibdato de amônio
Molibdato de sódio
Selenato de sódio
Selenito de sódio

9.4 - RELAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS PERMITIDAS PARA DESINFESTAÇÃO, HIGIENIZAÇÃO E


CONTROLE DE PRAGAS DAS COLMÉIAS EM SISTEMAS ORGÂNICOS DE PRODUÇÃO -
CONFORME ANEXO V DA IN 64 DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008.
Produto
Cal (óxido de cálcio) e cal virgem
Hipoclorito de sódio
Álcool
Soda cáustica
Peróxido de hidrogênio
Potassa cáustica (óxido ou hidróxido de potássio)
Ácidos peracético, acético, oxálico, fórmico e lático
Timol, eucaliptol e mentol
Enxofre
Agentes de controle biológico
Detergentes biodegradáveis
Sabões sódicos e potássicos
Extratos vegetais
As substâncias de que trata esta tabela deverão ser utilizadas de acordo com o que estiver estabelecido no
plano de manejo orgânico.

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Orgânicos

9.5 - SUBSTÂNCIAS E PRODUTOS AUTORIZADOS PARA USO EM FERTILIZAÇÃO E


CORREÇÃO DO SOLO EM SISTEMAS ORGÂNICOS DE PRODUÇÃO - CONFORME ANEXO
VI DA IN 64 DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008.
Restrições, descrição, requisitos de composição e condições de uso

Substâncias e Condições adicionais para as


Produtos substâncias e produtos obtidos de
Condições Gerais
sistemas de produção não
orgânicos
• Permitido somente com autorização
Composto orgânico, vermi- • Definição da quantidade a ser utilizada
do TECPAR.
composto e outros resíduos em função do manejo e da fertilidade do
orgânicos de origem vegetal solo tendo como referência os • Desde que os limites máximos de
e animal. parâmetros técnicos de recomendações contaminantes não ultrapassem os
regionais, de forma a evitar possíveis estabelecidos no item 6 deste
impactos ambientais documentos.
• Permitido desde que oriundo de coleta • Permitido somente com autorização
seletiva; do TECPAR.
• Permitido para culturas perenes desde • Desde que os limites máximos de
que bioestabilizado e não usado contaminantes não ultrapassem os
Composto orgânico diretamente nas partes aéreas estabelecidos no item 6 deste
proveniente de lixo comestíveis; documentos.
doméstico.
• Definição da quantidade a ser utilizada
em função do manejo e da fertilidade do
solo tendo como referência os
parâmetros técnicos de recomendações
regionais de forma a evitar possíveis
impactos ambientais;
• Proibido aplicação nas partes aéreas • Permitido somente com a autorização
comestíveis quando utilizado como do TECPAR;
adubação de cobertura;
• Permitidos desde que compostados e
• Permitidos desde que seu uso e bioestabilizados;
manejo não causem danos à saúde e ao
meio ambiente; • O produto oriundo de sistemas de
criação com o uso intensivo de
Excrementos de animais e • Definição da quantidade a ser utilizada alimentos e produtos veterinários
conteúdo de rúmem e de em função do manejo e da fertilidade do proibidos pela legislação de orgânicos
vísceras. solo tendo como referência os só será permitido quando na região
parâmetros técnicos de recomendações não existir alternativa disponível,
regionais de forma a evitar possíveis desde que os limites de contaminantes
impactos ambientais. não ultrapassem os estabelecidos no
item 6 deste anexo. O produtor deverá
adotar estratégias que visem a
eliminação deste tipo de insumo num
prazo máximo de cinco anos a partir
da publicação da MAPA nº64 de

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

18/12/2008
Adubos Verdes
• Permitidos desde que seu uso e • Permitido somente com autorização
manejo não causem danos à saúde e ao do TECPAR.
meio ambiente
Biofertilizantes obtidos de • Permitidos desde que a matéria prima
componentes de origem não contenha produtos não permitidos
vegetal pela regulamentação da agricultura
orgânica.

• Permitidos desde que seu uso e • Permitido somente com autorização


manejo não causem danos à saúde e ao do TECPAR
meio ambiente;
Biofertilizantes obtidos de • Permitido desde que a matéria prima
componentes de origem • Permitidos desde que bioestabilizados; não contenha produtos não permitidos
animal pela regulamentação da agricultura
• Para o uso em partes comestíveis das orgânica.
plantas deverá ser autorizado pelo
TECPAR
• Permitidos desde que bioestabilizados; • Restrição para contaminação química
Produtos derivados da • Para o uso em partes comestíveis das e biológica;
aqüicultura e pesca plantas deverá ser autorizado pelo
TECPAR
• Permitidos desde que seu uso e • Permitido somente com a Autorização
manejo não causem danos à saúde e ao do TECPAR;
meio ambiente;
• Permitidos desde que os limites
• Permitidos desde que Bioestabilizados; máximos de contaminantes não
ultrapassem os estabelecidos no item 6
Resíduos de biodigestores e • Para o uso em partes comestíveis das
deste documentos;
de lagoas de decantação e plantas deverá ser autorizado pelo
fermentação TECPAR; • O produtor deverá adotar estratégias
que visem à eliminação deste tipo de
• Este item não se aplica a resíduos de insumo num prazo máximo de cinco
biodigestores e lagoas que recebam anos a partir da publicação da
excrementos humanos Instrução Normativa MAPA nº64 de
18/12/2008.
• Não aplicado a cultivos para consumo • Uso Proibido
humano;
• Bioestabilizado;
Excrementos humanos e de
animais carnívoros • Não aplicado em adubação de
domésticos cobertura na superfície do solo e parte
aérea das plantas;
• Permitido somente com a autorização
do TECPAR.
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Regulamento para Certificação
Orgânicos

• Desde que não sejam geneticamente


modificados ou originários de
organismos geneticamente
Inoculantes, microorganismos modificados;
e enzimas • Desde que não causem danos à
saúde e ao ambiente;
• Desde que os teores de metais
pesados não ultrapassem os níveis
máximos regulamentados.
Pós de rocha • Desde que os teores de metais
pesados não ultrapassem os níveis
máximos regulamentados.
Argilas • Desde que proveniente de extração
legal.

Fosfatos de Rocha,
Hiperfosfatos e
Termofosfatos
• Desde que obtidos por procedimentos
físicos, não enriquecidos por processo
químico e não tratados quimicamente
Sulfato de potássio e sulfato para o aumento da solubilidade;
duplo de potássio e
magnésio. • Permitido somente com a autorização
do TECPAR, em que estiverem
inseridos os agricultores familiares em
venda direta.
Micronutrientes
• Desde que o nível de radiatividade
Sulfato de Cálcio (Gesso) não ultrapasse o limite máximo
regulamentado;
• Gipsita (gesso mineral) sem restrição.
Carbonatos, óxidos e
Hidróxidos de cálcio e
magnésio (Calcários e cal)
• Desde que proveniente de extração
Turfa
legal.
• Desde que proveniente de extração
Algas Marinhas
legal.
Preparados biodinâmicos
Enxofre elementar • Permitido somente com a autorização
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Regulamento para Certificação
Orgânicos

do TECPAR.
• Permitidos desde que a matéria prima • Permitidos desde que não sejam
Pó de serra, casca e outros não esteja contaminada por substâncias oriundos de atividade ilegal.
derivados da madeira, pó de não permitidas para uso em sistemas
carvão e cinzas orgânicos de produção;
• Proibido o uso de extrato pirolenhoso.
• Definição da quantidade a ser utilizada • Permitidos desde que não sejam
em função do manejo e da fertilidade do oriundos de atividade ilegal.
Produtos processados de
solo tendo como referência os
origem animal procedentes
parâmetros técnicos de recomendações
de matadouros e abatedouros
regionais de forma a evitar possíveis
impactos ambientais.
• Permitidos desde que obtido sem • Proibido o uso de radiação;
causar dano ambiental.
Substrato para plantas • Permitido desde que sem
enriquecimento com fertilizantes não
permitidos neste regulamento;
• Definição da quantidade a ser utilizada • Proibido o uso de vinhaça amônica;
em função do manejo e da fertilidade do
os • Permitidos desde que não tratados
Produtos, subprodutos e
solo tendo como referência
resíduos industriais de origem
parâmetros técnicos de recomendações com produtos não permitidos neste
animal e vegetal
regionais de forma a evitar possíveis regulamento.
impactos ambientais.
Escórias industriais de reação • Permitido somente com a autorização
básica do TECPAR

9.6 - VALORES DE REFERÊNCIA UTILIZADOS COMO LIMITES MÁXIMOS DE


CONTAMINANTES ADMITIDOS EM COMPOSTOS ORGÂNICOS, RESÍDUOS DE
BIODIGESTOR, RESÍDUOS DE LAGOA DE DECANTAÇÃO E FERMENTAÇÃO, E
EXCREMENTOS ORIUNDOS DE SISTEMA DE CRIAÇÃO COM O USO INTENSO DE
ALIMENTOS E PRODUTOS OBTIDOS DE SISTEMAS NÃO ORGÂNICOS - CONFORME
ANEXO VII DA IN 64 DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008.
Limite
Elemento
(mg kg-1 de matéria seca)
Arsênio 20
Cádmio 0,7
Cobre 70
Níquel 25
Chumbo 45
Zinco 200

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Regulamento para Certificação
Orgânicos

Mercúrio 0,4
Cromo (VI) 0,0
Cromo (total) 70
Coliformes Termotolerantes (número mais
Provável por grama de matéria seca - 1.000
NMP/g de MS)
Ovos viáveis de helmintos (número por
quatro gramas de sólidos totais - n° em 4g 1
ST)
Salmonella sp Ausência em 10g de matéria seca

9.7 - SUBSTÂNCIAS E PRÁTICAS PERMITIDAS PARA MANEJO E CONTROLE DE PRAGAS


E DOENÇAS NOS VEGETAIS EM SISTEMAS ORGÂNICOS DE PRODUÇÃO - CONFORME
ANEXO VIII DA IN 64 DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008.
Descrição, requisitos de composição
Substâncias e práticas
e condições de uso
• O uso de preparados viróticos, fúngicos ou
bacteriológicos deverá ser autorizado pelo TECPAR.
Agentes de controle biológico de pragas e doenças;
• É proibida a utilização de organismos geneticamente
modificados.
Armadilhas de insetos, repelentes mecânicos e • O uso de materiais com substância de ação inseticida
materiais repelentes deverá ser autorizado pelo TECPAR
Semioquímicos (feromônio e aleloquímicos)
Enxofre • Permitido somente com a autorização do TECPAR
Caldas bordalesa e sulfocálcica • Permitido somente com a autorização do TECPAR
• Solução em concentração máxima de 1%
Sulfato de Alumínio
• Permitido somente com a autorização do TECPAR
Pó de Rocha
Própolis
Cal hidratada
Extratos de insetos
• Poderão ser utilizados livremente em partes comestíveis
Extratos de plantas e outros preparados os extratos e preparados de plantas utilizadas na
fitoterápicos alimentação humana;
• O uso do extrato de fumo, piretro, rotenona e
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Regulamento para Certificação
Orgânicos

Azadiractina naturais, para uso em qualquer parte da


planta, deverá ser autorizado pelo TECPAR sendo
proibido o uso de nicotina pura;
• Extratos de plantas e outros preparados fitoterápicos de
plantas não utilizadas na alimentação humana poderão
ser aplicados nas partes comestíveis desde que existam
estudos e pesquisas que comprovem que não causam
danos a saúde humana, aprovados pelo Tecpar Cert.
Sabão e detergente neutros e biodegradáveis
Gelatina
Terras diatomáceas • Permitido somente com a autorização do TECPAR
Álcool etílico • Permitido somente com a autorização do TECPAR
• Desde que isentos de componentes não autorizados
Alimentos de origem animal e vegetal
neste regulamento.
Ceras naturais
• Permitido somente com a autorização do TECPAR
Óleos vegetais e derivados • Desde que isentos de componentes não Autorizados
neste regulamento.
Óleos essenciais
Solventes (álcool e amoníaco) • Permitido somente com a autorização do TECPAR
Ácidos naturais (vinagre, etc.) • Permitido somente com a autorização do TECPAR
Caseína
• Desde que os teores de metais pesados não
ultrapassem os níveis máximos regulamentados.
Silicatos de cálcio e magnésio
• Definição da quantidade a ser utilizada em função do pH
e da saturação de bases.
Bicarbonato de sódio
Permanganato de potássio • Permitido somente com a autorização do TECPAR
Preparados homeopáticos e biodinâmicos
Carbureto de potássio • Permitido somente com a autorização do TECPAR
Dióxido de carbono, gás de nitrogênio (atmosfera
• Permitido somente com a autorização do TECPAR
modificada) e tratamento térmico
Bentonita (argila)

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9.8 ADITIVOS ALIMENTARES E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA PERMITIDOS NO


PROCESSAMENTO DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL E ANIMAL ORGÂNICOS –
CONFORME ANEXO III DA IN 18, DE 28 DE MAIO DE 2009.
ADITIVOS ALIMENTARES
INS Nome Condições
400 Ácido algínico
300 Ácido ascórbico (L-)
330 Ácido cítrico
270 Ácido láctico (L-, D- y DL-)
Somente para
vinhos, com limite
334 Ácido tartárico (L(+)-)
máximo de
0,15g/100mL
406 Ágar
401 Alginato de sódio
Aromatizantes Somente os naturais

503i Carbonato de amônio


170i Carbonato de cálcio
504i Carbonato de magnésio, carbonato básico de magnésio
501i Carbonato de potássio
500i Carbonato de sódio
Carragena (inclui a furcelarana e seus sais de sódio e
407 potássio),
musgo irlandês
901 Cera de abelha (branca e amarela)
331iii Citrato trissódico, citrato de sódio
509 Cloreto de cálcio
511 Cloreto de magnésio
508 Cloreto de potássio
Somente os naturais
Corantes
(não sintéticos)
290 Dióxido de carbono
Somente para
vinhos, com limite
220 Dióxido de enxofre, anidrido sulfuroso
máximo de
0,01g/100g

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Orgânicos

Dióxido de silício, sílica Somente os naturais


551 (não sintéticos)
Edulcorantes
428 Gelatina
414 Goma arábica, goma acácia
412 Goma guar
410 Goma garrofina, goma caroba, goma alfarroba, goma jataí
415 Goma xantana
526 Hidróxido de cálcio
524 Hidróxido de sódio
322 Lecitinas
440 Pectina, pectina amidada
516 Sulfato de cálcio
Somente para
produtos de
panificação, com
336ii Tartarato dipotássico, tartarato de potássio limite máximo de
0,5g/100g (expresso
como ácido
tartárico)

COADJUVANTES DE TECNOLOGIA
Ácido tartárico
Albumina de ovo
Álcool etílico
Bentonita
Caolin
Cera de carnaúba
Culturas de micro-organismos
Ictiocola, cola de peixe
Nitrogênio
Oxigênio
Perlita
Terra diatomácea

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9.9 - PRODUTOS PERMITIDOS PARA A HIGIENIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES E


EQUIPAMENTOS EMPREGADOS NO PROCESSAMENTO DE PRODUTO ORGÂNICO -
CONFORME ANEXO II DA IN 18, DE 28 DE MAIO DE 2009.

PRODUTOS CONDIÇÕES DE USO


Os produtos de que trata este item deverão ser utilizados de acordo com as boas práticas de manuseio e
processamento descritos nos registros da unidade de produção orgânica.
Água
Vapor
Hipoclorito de sódio em solução aquosa
Hidróxido de cálcio (Cal hidratada)
Óxido de cálcio (Cal virgem)
Ácido fosfórico Uso exclusivo em leiterias.
Ácido nítrico Uso exclusivo em leiterias.
Ácido cítrico
Ácido acético
Ácido lático
Ácido Peracético
Álcool etílico
Permanganato de potássio
Hidróxido de Sódio (Soda Cáustica)
Peróxido de hidrogênio
Carbonato de sódio
Extratos vegetais ou essências naturais de
Plantas
Micro-organismos (Biorremediadores)
Sabões (potassa, soda)
Detergentes Biodegradáveis
Sais Minerais Solúveis
Oxidantes Minerais
Iodóforo e soluções à base de iodo

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9.10 PRODUTOS DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO PERMITIDOS PARA USO EM CONTATO


COM OS ALIMENTOS ORGÂNICOS - CONFORME ANEXO IV DA IN 18, DE 28 DE MAIO DE 2009.
PRODUTOS LIMITAÇÕES DE USO
Os produtos deverão ser utilizados de acordo com as boas práticas de manuseio e processamento descritos
nos registros da unidade de produção orgânica
Ácido Acético
Álcool Etílico (etanol)
Álcool Isopropílico (isopropanol)
Hidróxido de Cálcio (cal hidratada)
Hipoclorito de Cálcio
Óxido de Cálcio (cal virgem)
Cloretos de cálcio (oxicloreto de cálcio, cloreto de Oxicloreto de cálcio e cloreto de cálcio são permitidos
cálcio e hidróxido de cálcio). desde que não haja substitutos.
Dióxido de Cloro Permitido desde que não haja substitutos
Ácido Cítrico
Dicloro -S- Triazinatriona de Sódio
Ácido Fórmico
Peróxido de Hidrogênio (água oxigenada)
Ácido Lático
Essências Naturais de Plantas
Ácido Oxálico
Ozônio
Ácido Peracético
Ácido Fosfórico Somente para uso em equipamentos de laticínios
Extratos Vegetais
Sabão Potássico
Carbonato de Sódio
Proibido para descascamento de frutas e
Hidróxido de Sódio (soda cáustica)
hortaliças
Hipoclorito de Sódio Como alvejante líquido
Sabão Sódico

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