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ESTUDO DIRIGIDO
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desprovidas de todos os direitos não ficassem ociosas, as primeiras medidas
sociais, teve o caráter repressor, onde obrigavam os trabalhadores a venderem sua
força de trabalho a qualquer custo, obrigando-os a se submeter aos trabalhos
existente, proibindo a mendicância dos pobres. Sendo elas: o estatuto dos
trabalhadores (1349); estatuto dos artesão (1563); leis dos pobres elisabetanas
(1531 e 1601); lei de domicílio (1662); Speenhamland (1795).
2. O que eram as “leis dos pobres”, que objetivos tinham e qual a sua
importância para a manutenção da ordem feudal?
Entre 1531 e 1601, a Lei dos Pobres, na Inglaterra, tinha caráter mais punitivo
e repressivo do que protetor. Os pobres eram obrigados a trabalhar, em troca de
qualquer salário, induziam os trabalhadores a se manterem do seu próprio trabalho,
e apenas os incapacitados para o trabalho tinham acesso à assistência mínima
como alimentação e viviam reclusos nas workhouses - casas de trabalho.
Em 1795, a Speenhamland, reconheceu o direito de todos os homens a um
mínimo de subsistência, garantindo tanto aos empregados e desempregados uma
renda como complemento ao salário que recebiam. De caráter menos repressor,
exigia como contrapartida a fixação do trabalhador no emprego, o que contribuiu
para retardar a constituição do livre mercado de trabalho, sendo uma forma de
resistência da ordem feudal à implantação da sociedade de mercado. Essa lei
permitia o trabalhador a “negociar” minimamente o valor de sua força de trabalho.
Não teve longa duração, pois como foi criada no período da expansão da
Revolução Industrial, se tornou uma ameaça à necessidade do capital em ter
trabalhadores livres para vender sua força de trabalho e logo acumular capital.
Em 1834, implanta-se a Nova Lei dos Pobres, nasce já no contexto da
revolução industrial e ao contrário da lei anterior , tinha o sentido de liberar a mão-
de-obra necessária à instituição da sociedade de mercado, induzir o trabalhador a se
manter por meio do seu próprio trabalho.
A nova lei dos pobres, restringiu os direitos assegurados pela lei anterior,
restabeleceu a assistência aos pobres inválidos de forma seletiva e restrita, restituiu
o trabalho forçado para os pobres apto ao trabalho, tendo uma vasta massa de
despossuídos a mercê da exploração do capitalismo nascente.
Todas essas leis foram implementadas mediantes conflitos e interesses de
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classes, onde a ordem decadente procurava se manter no poder e a burguesia
buscava a consolidação de seu poder econômico e político.
Com o livre mercado, o trabalho passa a ser fonte única e exclusiva de renda.
A ajuda aos pobres passou a ser considerada um limite para o desenvolvimento
social, pois tais assistência limitava a independência e a autonomia dos pobres,
estimulando assim a ociosidade na sociedade. Tal mudança implicou na limitação da
assistência social aos pobres considerados inválidos e sem capacidade para o
trabalho. Esses que já tinham uma assistência social limitada, passam a ficar a
mercê de caridades a aos domínios da filantropia. Os direitos já assegurados pela lei
Speenhand, são revogados, os não aptos ao trabalho passam a ter uma assistência
interna nos albergues e estabelece-se a obrigatoriedade do trabalho aos aptos para
tal atividade. Os trabalhadores sem nenhuma medida de proteção social, em um
contexto da plena subsunção real do trabalho ao capital, vivenciam um enorme
pauperismo, fenômeno que se expressara na chamada “questão social”.
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5. Qual a relação existente entre Politica Social e o conceito de “Questão
Social”? E como as análises de Marx acerca da jornada de trabalho podem
ajudar na interpretação dessa relação?