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FUNDAMENTAL.
Introdução
mostrado que muitos destes profissionais ainda não têm formação adequada, recebem
remuneração baixa e trabalham sob condições bastante precárias. Se na pré-escola,
constata-se, ainda hoje, uma pequena parcela de profissionais considerados leigos, nas
creches ainda é significativo o número de profissionais sem formação escolar mínima
cuja denominação é variada: berçarista, auxiliar de desenvolvimento infantil, monitor,
recreacionista, etc (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO, 1998).
pautada por uma visão que estigmatizava a população de baixa renda. Nessa
perspectiva, o atendimento era entendido como um favor oferecido para poucos,
selecionados por critérios excludentes. A concepção educacional era marcada por
características assistencialistas, sem considerar as questões de cidadania. Modificar essa
concepção de educação assistencialista significa atentar para várias questões que vão
muito além dos aspectos legais. Envolve, principalmente, assumir as especificidades da
Educação Infantil e rever concepções sobre a infância, as relações entre classes sociais,
as responsabilidades da sociedade e o papel do Estado diante das crianças pequenas
(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO, 1998). Retratando tal
perspectiva, vemos que as creches de Campinas eram alocadas na Secretaria de
Promoção e Assistência Social, e por uma decisão política, na gestão do Partido dos
Trabalhadores (1989-1990) passaram à Secretaria Municipal de Educação (Ávila,
2002).
Nesta linha, nos reportamos aos pensamentos de Vygotsky (2005), segundo este
autor “Para compreender a fala de outrem não basta entender as suas palavras – temos
de compreender o seu pensamento. Mas nem mesmo isso é suficiente – também é
preciso que conheçamos a sua motivação”. Isso porque, o pensamento é gerado pela
motivação, ou seja, pelos desejos e necessidades do sujeito, seus interesses e emoções.
propósitos definidos, ideais e valores. Montessori defende uma idéia mais voltada para
o social, dizendo que é a personalidade humana e não um método de educação que
deve-se considerar, é a defesa da criança, o reconhecimento científico de sua natureza, a
proclamação social de seus direitos que devem substituir os falhos modos de conceber a
educação. Freint segue esta mesma linha, dizendo que o processo educacional deve
fazer sentido num contexto de atividades significativas, que possibilitassem às crianças
sentirem-se sujeitos do processo pessoal de aquisição de conhecimentos. Entendendo o
dinamismo, a ação, como estimulantes das crianças na buscar por conhecimento,
multiplicando seus esforços em busca de uma satisfação interior (apud Almeida, 2002).
Deste modo, Almeida (2002) destaca que o processo educativo deve ser visto em
todo o contexto social, a qual criança e a qual instituição estamos falando, a nos
atentarmos as particularidades existentes, assim, formar os professores com estes
teóricos que dizem muito sobre a infância é de fundamental importância para subsidiar-
lhes na construção de suas práticas, tendo consciência das opções teórico-práticas que
fazem, participando ativamente de um processo histórico social e, assim, libertando-se
das amarras impostas pelas inseguranças originárias do desconhecimento de seu objeto
de trabalho, a infância.
Almeida (2002) relata em seu texto como foi o surgimento da Educação Infantil
ao longo dos séculos, e assim mostrando as várias teorias que podem subsidiar
professores e afins para compreenderem melhor as crianças com as quais trabalham.
Começando pelo século XVII, um grande nome para a educação é Comênio, suas ideias
vão no sentido de que, assim como uma árvore que se desenvolve a partir do tronco,
todas as coisas que queremos instruir em um homem para utilidade de toda a vida,
deverão ser-lhes plantadas logo nesta primeira escola. No século XVIII surgem as idéias
de Rousseau que evidencia a necessidade de considerar a infância, e não mais ver a
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O papel da escola passa a ter uma relevância muito grande para que o sujeito se
forme, mas que, muitas vezes, o comprometimento das instituições educativas passa
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longe do seu papel de educar. Wallon (1979) destaca que seria justamente na
cooperação e na integração que haveria as condições ideais de exploração de todo o
potencial de desenvolvimento do ser humano e isto tem reflexos que se expandem para
a sociedade.
de importância no currículo que devem ser planejadas e executadas; a emoção leva boa
parte de atenção dos educadores por ser a plataforma onde se baseia todo o resto da
Educação Infantil. Através disso, a criança terá mais confiança para seu prazer,
autonomia e visão da realidade. Com o reconhecimento das emoções pela criança ela
passa a ter mais controle sobre elas. O ideal, segundo o autor, seria haver também uma
atividade específica para cada dimensão do desenvolvimento, por exemplo, os quesitos
música e linguagem se conectam, mas é importante que haja a estimulação dos dois em
separado para reconhecimento da especificidade de cada um pelos pequenos; a rotina
serve para organizar o aprendizado e esclarecer a estrutura de um processo a ser seguido
facilitando também a segurança e autonomia; os materiais devem ser de origem tanto
comercial, quanto artesanal, com finalidades acadêmicas quanto provenientes de
situações cotidianas e corriqueiras. Esses materiais, que também podem ser trazidos de
casa oferecem instrumentos de descoberta e criação;
(Guimarães Rosa)
A criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de
uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada
cultura, em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo meio
social em que se desenvolve, mas também o marca. A criança tem na família, biológica
ou não, um ponto de referência fundamental, apesar da multiplicidade de interações
sociais que estabelece com outras instituições sociais.
o primeiro diz o que é o ser humano e como ele se constitui, a segunda é a concretização
dessa constituição. Vemos então a fundamental importância que a educação tem no
processo de humanização do ser humano, de torná-lo sujeito, um ser social.
O brinquedo, enquanto forma de construção do real, parece não fazer parte das
estratégias pedagógicas para as quais o silêncio, a disciplina e a imobilidade são
componentes fundamentais. O Ensino Fundamental caracteriza-se por ser um espaço
mais formal do que o da Educação Infantil, preocupando-se em preencher a maior parte
do tempo das crianças com atividades dirigidas, de caráter pedagógico. A ênfase recai
significativamente em dinâmicas individualizadas, centralizadas no professor, e
majoritariamente enfocando a escrita através de exercícios mecânicos e cópias
(Teixeira, 2008).
Segundo Saretta (2004) a maioria das crianças apresentam uma alta expectativa
em relação à entrada no primeiro ano do Ensino Fundamental, demonstrando
sentimentos de alegria e de grande motivação. Porém a criança passa a ter outras
responsabilidades e compromissos, o que pode gerar sentimentos de medo e
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insegurança não apenas nelas, mas também nos pais e professores. A entrada no Ensino
Fundamental é vista pelas crianças com grande ansiedade, pois traz demandas novas
para elas, sendo algumas destas o aprender a lidar com um novo ambiente, relacionar-se
com adultos ainda desconhecidos, conquistar aceitação em um novo grupo de iguais e
enfrentar demandas acadêmicas mais desafiadoras. O contexto social se amplia, as
expectativas dos adultos se tornam mais exigentes, a dependência é menos tolerada e o
suporte está menos disponível.
Projeto Metamorfoseando
Objetivos específicos
Criar um ambiente de confiança com os alunos, para que possam expressar suas
emoções e pensamentos sobre a passagem da pré-escola para o primeiro ano.
Participantes
A sala foi dividida em 4 grupos, dos quais dois tiveram como referência a
estagiária Ana Flávia e dois o estagiário Edilson, com cada subgrupo terá como tempo
de execução das atividades aproximadamente 1 hora.
Atividades Desenvolvidas
O tema será iniciado com um clipe musical “O sapo não lava o pé”, e se colocará
em discussão como o sapo é quando nasce e suas transformações ao longo da
metamorfose. Propõem-se as crianças transformar o sulfite, de modo diferente do
habitual, em um sapo que pulasse de verdade, por meio de dobradura e posteriormente a
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dramatização do pular do sapo. Será disponibilizada aos alunos uma imagem do ciclo da
metamorfose do sapo, material este que poderá ser colorido em casa ou sala de aula
posteriormente. Tem-se como objetivo proporcionar às crianças uma reflexão sobre as
metamorfoses.
Neste dia propõe-se uma visita a nova escola. Possibilitando aos alunos o
conhecimento sobre a nova escola.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
assim, minimizar danos desta transição, o que vem a ser uma demanda da atuação do
psicólogo de modo preventivo.
não-formal. Pois almejamos uma escola que possa contribuir para a construção
subjetiva do aluno enquanto sujeito que se apropria de sua história e age no mundo.
Deste modo trabalhos futuros devem focalizar os mediadores presentes na escola, os
professores e a gestão, instrumentalizando-os, pois a continuidade seria orquestrada nas
mãos do que permanecem.
O psicólogo, por sua vez, é o profissional que pode ser e fazer a diferença, por
meio de uma ciência crítica, comprometida com o social e que focalize,
prioritariamente, a promoção dos processos evolutivos saudáveis de todas as pessoas
envolvidas. Uma Psicologia que proponha mudanças no sentido de desenvolver pessoas
emancipadas e autônomas, objetivando a libertação como prática e a liberdade como
fim e é nesta direção que se pretende contribuir com a produção do conhecimento aqui
indicado.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
VYGOTSKY, L.S. (1994) Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes.