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PROCESSO Nº TST-AIRR-304-96.2011.5.04.

0221

A C Ó R D Ã O
2ª Turma
GMRLP/aon/th  

AGRAVO  DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE


REVISTA. AÇÃO CIVIL PÚBLICA QUE VISA
OBSTAR INTERMEDIAÇÃO DE MÃO DE OBRA
COM A COOPERATIVA – OBJETO DIVERSO DA
AÇÃO INDIVIDUAL QUE PRETENDE O
RECONHECIMENTO DA RELAÇÃO DE EMPREGO
COM A TOMADORA DE SERVIÇOS – AUSÊNCIA
DE INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO. Nega-se
provimento a agravo de instrumento
que visa liberar recurso despido dos
pressupostos de cabimento. Agravo
desprovido.

Vistos,   relatados   e   discutidos   estes   autos   de


Agravo   de   Instrumento   em   Recurso   de   Revista   n°  TST­AIRR­304­
96.2011.5.04.0221,  em  que   é  Agravante  PAULO  RENATO  DA  ROSA  LIMA  e
Agravado CMPC CELULOSE RIOGRANDENSE LTDA..

Agrava  do r. despacho de seq. 1, págs. 683/685,


originário do Tribunal Regional do Trabalho da Quarta Região, que
denegou seguimento ao recurso de revista interposto, sustentando, em
suas razões de agravo de seq. 1, págs. 691/699, que o seu recurso
merecia seguimento. Agravo processado nos autos principais.
Contraminuta apresentada às págs. 715/719 do seq. 1. Dispensado o
parecer da d. Procuradoria-Geral, nos termos do artigo 83, §2º, II,
do RITST.
É o relatório.

V O T O

CONHECIMENTO
Conheço do agravo de instrumento, posto que
presentes os pressupostos de admissibilidade.

FUNDAMENTOS DO AGRAVO DE INSTRUMENTO


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A agravante reitera os fundamentos do recurso de


revista.

DECISÃO
Cumpre observar que os dispositivos legais e
arestos transcritos no agravo de instrumento, ausentes nas razões do
recurso de revista, não viabilizam o conhecimento deste último, por
implicar mera inovação em sede recursal.
No mais, mantenho o despacho que denegou
seguimento ao recurso de revista pelos seus próprios fundamentos:
"PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
Tempestivo o recurso.
Regular a representação processual.
Dispensado o preparo.
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
PRESCRIÇÃO.
CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO /
RECONHECIMENTO DE RELAÇÃO DE EMPREGO.
Alegação(ões):
- contrariedade à(s) OJ(s) 359 SDI-I/TST.
- violação do(s) art(s). 5º, XXXV, 7º, XXIX, da CF.
- violação do(s) art(s). 16 da Lei 7347/85; 202 e 203 do CC.
- divergência jurisprudencial.
Outras alegações:
- contrariedade à Súmula 12 do TRT da 22ª Região.
O Colegiado acolheu o apelo da reclamada para pronunciar a
prescrição total. Assim fundamentou: A reclamada reitera o pedido de
prescrição total arguida na origem. Sustenta, em síntese, que o
reclamante perdeu o seu direito de ação tendo em vista que seu contrato
de trabalho extinguiu-se no dia 30/04/2003 e a reclamatória trabalhista
foi ajuizada em 21/03/2011, passado o prazo de dois anos assegurados
pelo art. 7º, XXIX da CF. Diz que o prazo para o ajuizamento da ação
independe do trânsito em julgado da ação civil pública interposta, até
porque ele sequer necessitava aguardar o ajuizamento de uma ação civil
pública para postular o reconhecimento de vínculo de emprego ou as
parcelas reclamadas. Invoca a teoria da actio nata. Argumenta que a
decisão oriunda da ação civil pública fez coisa julgada material em 2004.
Ressalta que a contagem da prescrição não se opera da data em que foi
procedida a anotação da baixa na CTPS pela recorrente por força de
determinação judicial, mas sim da data do trânsito em julgado da decisão
de mérito (coisa julgada material). Assim, salienta que tendo a sentença de
mérito da ação civil pública transitado em julgado em 2004 (coisa julgada
material), diz que a presente ação está fadada à extinção com julgamento
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do mérito pelo acolhimento da prescrição total, nos termos do art. 7º, XXIX
da CF, art. 11, I da CLT e Súmula 308, I do TST. Analiso. A questão
relativa ao ajuizamento de Ação Civil Pública pelo Ministério Público do
Trabalho é incontroversa nos autos, cumprindo julgar se esse fato
interrompe ou não a prescrição do direito do autor em postular as verbas
trabalhistas decorrentes da relação havida com a ora recorrida. Vale
ressaltar que o próprio reclamante informa na inicial ter encerrado sua
relação de emprego com a demandada em 30.04.2003, por demissão sem
justa causa, sendo a presente ação ajuizada em 21/03/2011. Portanto,
resta prescrito o direito do autor, nos termos do artigo 7ª, XXIX, da
Constituição Federal. Registro que o objeto da Ação Civil Pública
noticiada nos autos, conforme consta no relatório da sentença daquele
processo, às fls. 27/43, dizia respeito às irregularidades apuradas pelo
Ministério Público do Trabalho, quanto à intermediação de mão-de-obra
feita pela Cooperativa dos Trabalhadores do Município de Guaíba Ltda. -
Cooperguaíba para a ora recorrida. Assim, mesmo que o objeto da ação
envolvesse a relação havida entre o reclamante, não havia qualquer
impedimento dele para exercer seu direito de ação, no prazo prescricional
previsto no artigo 7º, XXIX, da Constituição Federal, inclusive, porque a
declaração de vínculo de emprego poderia ter sido buscada em ação
própria, juntamente com o pagamento dos direitos trabalhistas
postulados nesta inicial. Nesse contexto, em que pese os argumentos do
reclamante em relação à interrupção da prescrição, não há amparo legal
à tese da inicial, estando sim prescrito o direito de ação do autor, nos
termos do artigo 7º, XXIX, da Constituição Federal. Nesse mesmo sentido
já decidiu esta Turma Julgadora nos autos do processo 0001029-
22.2010.5.04.0221 (RO), acórdão publicado em 29/02/2012, acerca da
mesma matéria e em face da mesma reclamada. Dou provimento ao
recurso ordinário da reclamada para declarar a prescrição do direito de
ação do reclamante e extinguir o processo com resolução do mérito, nos
termos do art. 269, IV do CPC. (...) - Grifei. (Relator: Marcelo Gonçalves
de Oliveira). Não foram opostos embargos declaratórios.
Considerando os fundamentos expostos, não verifico contrariedade à
orientação jurisprudencial indicada.
Não constato violação aos dispositivos de lei e da Constituição
Federal invocados, circunstância que obsta a admissão do recurso pelo
critério previsto na alínea "c" do art. 896 da CLT.
À luz da Súmula 296 do TST, aresto que não revela identidade fática
com a situação descrita nos autos não serve para impulsionar o recurso.
A reprodução de aresto que provém de órgão julgador não
mencionado na alínea "a" do art. 896 da CLT ou sem indicação do órgão
julgador não serve ao confronto de teses.
É ineficaz a impulsionar recurso de revista alegação estranha aos
ditames do art. 896 da CLT.
CONCLUSÃO
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Nego seguimento." (seq. 1, págs. 683/685) (sem


destaques no original)
Acrescento, ainda, que O Tribunal Regional,
soberano na análise do conjunto fático probatório dos autos, cujo
reexame é inviável por força da Súmula nº 126 desta Corte, consignou
expressamente que "...o objeto da Ação Civil Pública noticiada nos
autos, conforme consta no relatório da sentença daquele processo, às
fls. 27/43, dizia respeito às irregularidades apuradas pelo
Ministério Público do Trabalho, quanto à intermediação de mão-de-
obra feita pela Cooperativa dos Trabalhadores do Município de Guaíba
Ltda. - Cooperguaíba para a ora recorrida.", sendo que na presente
reclamação trabalhista pretendeu o reclamante o reconhecimento da
relação de emprego com a tomadora de serviços (reclamada), bem como
o pagamento das parcelas decorrentes do vínculo.
Portanto, não há como acolher a tese recursal de
que o prazo prescricional da ação individual estaria suspenso, já
que o objeto da ação civil pública era totalmente diverso da
pretensão formulada no presente feito, sendo ainda relevante
destacar a ausência de qualquer impedimento quanto à observância,
pelo reclamante, do prazo estabelecido no artigo 7º, XXIX, da CF/88,
ainda mais quando se considera que o ajuizamento da ação ocorreu 8
(oito) anos após a rescisão do contrato de trabalho.
Nego provimento.

ISTO POSTO

ACORDAM  os Ministros da Segunda Turma do Tribunal
Superior   do   Trabalho,   por   unanimidade,   conhecer   do   agravo   de
instrumento para negar­lhe provimento.
Brasília, 05 de fevereiro de 2014.

Firmado por assinatura digital (Lei nº 11.419/2006)


RENATO DE LACERDA PAIVA
Ministro Relator

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