Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Araraquara
2014
VANESSA MARA CHAPLA
Araraquara
2014
DADOS CURRICULARES
Dados Pessoais:
Formação Acadêmica:
Bolsas Concedidas
3. HILARIO, F., CHAPLA, V. M., ARAUJO, A. R., SANTOS, L. C. Estudo químico por
HPLC-PDA de fungos endofíticos isolados das partes aéreas de Paepalanthus
giganteus (Eriocaulaceae). 36ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química,
Águas de Lindóia - SP. 2013.
4. HONORIO, A. E., GUBIANI, J. R., CHAPLA, V. M., BOLZONI, V.S., ARAUJO, A.
R., CAVALHEIRO, A. J. Saccharicola sp. um endófito de Eugenia jambolana, um
prolífico produtor de metabólitos bioativos. 36ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira
de Química, Águas de Lindóia - SP. 2013.
5. ARAUJO, A. R., MONFARDINI, J. D., CHAPLA, V. M., LOPES, M.N., SILVA, D.H.S.,
CAVALHEIRO, A. J., BOLZANI, V.S. Dihydroisocoumarins produced by
Botryosphaeria parva an endophytic fungus from Eugenia jambolana In: The
International Congress on Natual Products Research, 2012.
7. CHAPLA, V. M., SILVA, D.H.S., BOLZONI, V.S., FERREIRA, LIMA, D., J., B.,
PESSOA, C., MORAES, M. O., ARAUJO, A. R. Bioprospection in endophytes
associated with Eugenia jambolana, Brazilian Conference of Natural Products, Ouro
Preto-MG, 2011.
8. CHAPLA, V. M., ZANARDI, M. L., LOPES, M.N., SILVA, D.H.S., YOUNG, M. C. M.,
BOLZANI, V. S., ARAUJO, A. R. Metabólitos secundários produzidos pelo endófito
Phomopsis sp. associado a Senna spectabilis In: 33a Reunião Anual da Sociedade
Brasileira de Químcia, Águas de Lindóia – SP, 2010.
11. PELLEGRINI, M. M.; CHAPLA, V. M.; BIASETTO, C. R.; ZANARDI, L. M.; SILVA,
D. H. S.; BOLZANI, V. S.; ARAUJO, A. R. Prospecção Química do fungo endofítco
Nigrospora shaerica isolado de Alchornea glandulosa. 17-Encontro da SBQ-Regional
Interior Paulista Waldemar Saffioti, Araraquara, 2009.
16. CHAPLA, V. M.; OLGUIN, C. F. A.; FOLLMANN, H. D. M.; NUNES, D.; SONE, A.
P.; HAMERSKI, L. Toxicidade frente à Artemia salina e germinação de Lactuca sativa
com os extratos fracionados da parte aérea da Eichhornia crassipes.In: XIII Encontro
de Química da Região Sul, Florianópolis, 2005.
Demais tipos de produção técnica
Orientações e supervisões
Iniciação científica
2. Julia Dietsche Monfardini. Estudo químico e biológico do fungo endofítico
Botryosphaeria parva isolado de Eugenia jambolana. 2012. Iniciação científica
(Química) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Atividades extracurriculares
Um lugar e um alguém
Que tornarão-me mais feliz
Um lugar onde as pessoas
Sejam loucas e super chapadas
Um lugar do caralho
Lugar do caralho
“Jupter maçã”
Resumo
RESUMO
Abstract
The natural products have occuped an important role for humanity, in the use of folk
medicine and in the generation of drug discovery. Endophytic fungi are microorganism
that living in a mutualist association with host species, refleting benefits to both, and
they are a promising source for natural products. The vegetal species Eugenia
jambolana has been intensively explored chemically and biologically, because of its
popular uses and it has several biological activities. In order to explore the
potencionality of this plant species, E. jambolana was submitted to isolation of
endophytic fungi in the leaves stems and fruits, of which thirteen endophytic fungi were
isolated. The endophytes were cultived in small scale in Czapek (400 mL) to give the
EtOAc crude extract. The EtOAc crude extract were submited to chemistry (thin layer
chromatography, high performace liquid chromatography and 1H nuclear magnetic
ressonance) and biological (antioxidant, antifungal, anticholinesterase and cytotoxic
activities) analysis. All of crude extract showed at least one positive biological activity,
which added the chemical analyzes allowed us to select two endophytic fungi to
growing on a larger scale, and isolation of secondary metabolites. The endophytic
fungus isolated from stems of E. jambolana encoded Ej-c3 was identified as
Saccharicola sp. it was isolated 7 substances of which 4 are new (4-7). The substances
4 e 5 were inactive in the biological assays. Chemical study of Botryosphaeria parva
(Ej-f1) isolated from leaves, was isolated 4 isocoumains [melein (3), 4-hidroxymelein
(11), 5-hidroxymelein (13), 7-hidroxymelein (12)]. The substances 3 and 13 were active
in antifungal assay agains the fungus C. sphaerospermum.
In order to increase the metabolite production and activate the silent biossintetic
pathway, the epigenetic appear as a useful and simple tool to gene expression.
Lecythophora sp. an endolichenic fungus from Parmotrema tinctorum, was submited
to chemical study using the epigenetic modifier 5-azacytidine (500 µM). In small scale
culture (PDB 1L) the epigenetic modifier increase the yield of the crude extract in 9.2
times. The HPLC analyses was observed the production of two diferent compounds.
The grow up scale culture (10 L) in the presence of 5-azacytidine (500 µM) were
isolated 5 oxaspirois compounds (14-18), which two are new compounds (14 and 15).
The absolute stereochemistry of the substances 16 (oxaspirol E) and 17 (oxaspirol C)
were obtained using the Mosher’s ester method. The new substances were produced
just in the culture using epigenetic modifier, showing that this technique is efficient in
modifier the metabolic production in fungi. The oxaspirol E, C and B were inactive in
the cytotoxic assay. The structure of the substances were determinted by
spectrometric 1D and 2D techniques, mass spectrometry and IR.
LISTA DE FIGURAS
Figura 23: Espectro de absorção na região do UV para: pico a (a) pico b (b) e pico c
(c) do cromatograma do fungo Ej-f1 (Figura 22) ....................................................... 81
Figura 24: Espectro de absorção na região do UV para: pico a (a) e pico b (b) do
cromatograma do fungo Ej-f2 (Figura 22).................................................................. 81
Figura 25: Espectro de absorção na região do UV para: o pico d (a) e pico e (b) do
cromatograma do fungo Ej-f3 (Figura 22).................................................................. 81
Figura 26: Cromatogramas dos extratos bruto dos fungos endofíticos isolados dos
caules ........................................................................................................................ 82
Figura 27: Espectros de absorção na região do UV para o pico f (a), pico g (b) do
extrato bruto do fungo Ej-c3 ...................................................................................... 83
Figura 28: Cromatogramas dos extratos produzidos pelos fungos isolados do fruto
de E. jambolana. ....................................................................................................... 84
Figura 29:Espectro de RMN de 1H do extrato bruto do fungo Ej-f1 (CDCl3, 500 MHz)
.................................................................................................................................. 85
Figura 30: Espectro de RMN de 1H do extrato bruto do fungo Ej-f2 (CDCl3, 500 MHz)
.................................................................................................................................. 86
Figura 31: Espectro de RMN de 1H do extrato bruto do fungo Ej-f3 (CDCl3, 500 MHz)
.................................................................................................................................. 87
Figura 32: Espectro de RMN de 1H do extrato bruto do fungo Ej-c1 (CDCl3, 500
MHz) .......................................................................................................................... 89
Figura 33: Espectro de RMN de 1H do extrato bruto do fungo Ej-c2 (CDCl3, 500
MHz) .......................................................................................................................... 90
Figura 34: Espectro de RMN de 1H do extrato bruto do fungo Ej-c3 (CDCl3, 500
MHz) .......................................................................................................................... 90
Figura 35: Espectro de RMN de 1H do extrato bruto do fungo Ej-c4 (CDCl3, 500MHz)
.................................................................................................................................. 91
Figura 36: Espectro de RMN de 1H do extrato do fungo Ej-fm1 em DMSO-d6
(500MHz)................................................................................................................... 92
Figura 37: Espectro de RMN de 1H do extrato do fungo Ej-fv1 em DMSO-d6
(500MHz)................................................................................................................... 93
Figura 38: Espectro de RMN de 1H do extrato do fungo Ej-fv2 em DMSO-d6 (500
MHz) .......................................................................................................................... 93
Figura 39: Espectro de RMN de 1H do extrato do fungo Ej-fv3 em DMSO-d6 (500
MHz) .......................................................................................................................... 94
Lista de figuras
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Rendimento obtido dos extratos brutos dos endófitos fermentados em 400
mL ............................................................................................................................. 78
Tabela 2: Dados de RMN de 1H e 13C para a substância 3 (DMSO-d6) .................... 96
Tabela 3: Percentual de inibição do crescimento celular (IC%) das amostras em três
linhagens tumorais testadas na dose única de 50 µg mL-1 Valores são média ± DPM.
.................................................................................................................................. 99
Tabela 4: Fator de Retenção das substâncias que apresentaram inibição da enzima
acetilcolinesterase (sílica gel – eluente Hex:AcOEt 3:7) ......................................... 100
Tabela 5: Fator de Retenção das substâncias que apresentaram inibição no
crescimento dos fungos fitopatógenos (sílica gel – eluente Hex:AcOEt 3:7) .......... 101
Tabela 6: Tempo de Retenção das substâncias que apresentaram potencial
antioxidante (sílica gel – eluente Hex:AcOEt 3:7) ................................................... 103
Tabela 7: Valores de 1H e 13C para a substância 4 (DMSO-d6, 500 MHz) .............. 110
Tabela 8: Valores de 1H e 13C para a substância 5 (DMSO-d6, 500 e 125 MHz) .... 113
Tabela 9: Valores de 1H e 13C para a substância 6 (DMSO-d6, 500 MHz e 125 MHz)
................................................................................................................................ 115
Tabela 10: Valores de 1H e 13C para a substância 7 (DMSO-d6, 500 MHz) ............ 117
Tabela 11: Dados de RMN de 1H e 13C para a substância 8 (DMSO-d6) ................ 120
Tabela 12: Dados de RMN de 1H e 13C para a substância 9 (DMSO-d6) ................ 123
Tabela 13:Valores de 1H e 13C (500 e 125 MHz, DMDO-d6) para a substância 10. 125
Tabela 14: Dados obtidos de RMN de 1H (500 MHz) e 13C (125 MHz) da substância
11 (CDCl3). .............................................................................................................. 131
Tabela 15: Dados obtidos de RMN de 1H (500 MHz) das substâncias 12 e 13
(CDCl3). ................................................................................................................... 133
Tabela 16: Resultado das substâncias para o ensaio antifúngico contra a linhagem
C. sphaerospermum ................................................................................................ 136
Tabela 17: Fração obtidas da CC reunidas de acordo com o perfil em CCDC ....... 148
Tabela 18: Resultados obtidos para os dois extratos brutos nos ensaios biológicos
testados ................................................................................................................... 155
Tabela 19: Dados de RMN obtidos para a substância 14 (CDCl3, 400 MHz) ......... 159
Tabela 20: Dados de RMN obtidos para a substância 15 (400 MHz) ..................... 161
Tabela 21: Dados de RMN obtidos para a substância 16 (CDCl3, 400 MHz) ......... 165
Tabela 22: Dados de RMN obtidos para a substância 17 (400 MHz) ..................... 168
Lista de abreviaturas e siglas
LISTA DE SÍMBOLOS
Deslocamento químico
Comprimento de onda
Variação do deslocamento químico
μ Micro
[M]+ Íon molecular
J Constante de acoplamento
s Simpleto
sl Simpleto Largo
d Dupleto
dd Duplo dupleto
dt Duplo tripleto
m Multipleto
m/z Relação massa-carga
p para
t Tripleto
q Quarteto
quin Quinteto
sext Sexteto
Lista de substâncias
Saccharicola sp.
O O HO
OH OH OH
HO HO O
OH OH OH
4 OH 5 H 6 H
OH
OH
O
OH
O
OH HO O
HO O
OH
7 8 9
HO
O
10
Botriosphaeria parva
OH O OH O
OH O OH O
O O HO
O O
OH OH
3 11 12 13
Lecythosphora sp.
O
OH O HO
O OH HO
HO O
HO OH HO
14 15 16
HO O
HO HO
O O
HO HO
O O
18
17
Sumário
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 31
1.1 Produtos naturais ......................................................................................... 31
1.2 Fungos ......................................................................................................... 33
1.3 Fungos endofíticos ....................................................................................... 34
1.3.1 Interação com o hospedeiro .................................................................. 35
1.3.2 Produtos naturais obtidos de fungos endofíticos ................................... 36
1.4 Espécie hospedeira - Eugenia jambolana .................................................... 40
1.5 Botryosphaeria parva ................................................................................... 45
1.6 Saccharicola sp. ........................................................................................... 47
1.7 Líquen .......................................................................................................... 47
1.8 Parmotrema tinctorum .................................................................................. 48
1.9 Fungos endofíticos de liquens ...................................................................... 50
1.10 Lecythosphora sp. ..................................................................................... 51
1.11 Epigenética e moduladores epigenômicos ................................................ 52
2 Objetivos ............................................................................................................ 60
2.1 Objetivos Gerais ........................................................................................... 60
2.2 Objetivos Específicos ................................................................................... 60
BIOPROSPECÇÃO DOS FUNGOS ENDOFITICOS ASSOCIADOS A EUGENIA
JAMBOLANA
1 INTRODUÇÃO
1.2 Fungos
ventos fortes, salinidade, etc.) (CHANDRA, 2012; ARNOLD, 2007; ALY; DEBBAB;
PROKSCH, 2011; GUNATILAKA, 2006).
A presença dos endófitos pode alterar o metabolismo de muitas plantas. Alguns
endófitos produzem enzimas, como as celulases e ligninases que auxiliam na
degradação das folhas, hormônios de plantas, metabólitos secundários, ou até mesmo
melhorar a fotossíntese (SANCHEZ- AZEFEIFA et al., 2012).
R O
OH HO O
O
OH OH
OH O
O O
O
O
R=OH; pestaloteol A (I)
R=H; pestaloteol B (II) pestaloteol C (III) pesteloteaol D (IV)
OH
O
O OH
O
O H OH
O O
HO O
HO O OH O OCOCH3
O
HO
H2N O OH O
HO
cercosporamida (V)
enfumagina (VI) tricodemina (VII)
O
O OH O O R
H OH
O O O O O
OH O
OH O
OH O
O HO
OH H
NH N O OH
HN O
OH O
HO
O
H O
O NH
HO H
O
OH H
O OH
HN O
O
O
O O O
N H
O OH O OH N
H
O O OH OH N O
O O
OH OH N
O O OH
HO OH HO OH
ácido citônico A (XVII) ácido citônico B (XVIII) 16--hidroxi-5-N-acetilardimina (XIX)
R4
R1 O
O R5
O O
O OH
N O OH
R1 R2
OH O R3
O O R2
N HO
HO (XXI) R1=R2=H (XXIV) R1=R2=R3=R4=R5=H
(XXII) R1=H, R2=OH (XXV) R1=OH, R2=R3=R4=R5=H
10-hidroxicamptotecina (XX) (XXIII) R1=OH, R2=H (XXVI) R1=R2=R3=R4=H, R5=OH
antraquinonas XXI-XXIII (XXVII) R1=H, R2=R3=R4=R5=OH
antraquinonas XXIV-XXVII
OH
AcO O OH N
O
O N
N O
O N
H O H
O OH OH
O CH3O O
N HO Ph OAc
O CH3O N OAc
HN Ph H
O HO
Ph O OCH3
O
camptotecina (XXVIII) taxol (XXIX) vincristina (XXX)
OH
O
O
O
O
CH3O OCH3
OCH3
podofilotoxina (XXXI)
culinária em tortas, sucos, drinques e vinhos (SANTOS et al., 2012; BALIGA et al.,
2011).
foram selecionados para o estudo mais aprofundado, o fungo endofítico isolado das
folhas classificado como Botryosphaeria parva, e o fungo endofítico isolado dos caules
classificado como Saccharicola sp.
1.7 Líquen
Fonte: http://parmotrema.lifedesks.org/node/4
O OH OH
COOCH 3 COOH
O O O
OH
HO
O O O
OHC OH
HO OH HO OH
HO
O O CHO
OH O O
O O OH
O HO OH O OH
HO OH OH O
OCH 3
HO OH
O H
haematomato de metila
isolado de planta Alyxia reinwardtii, foi isolada uma nova macrolactona glicosilada,
lecitomicina, que apresentou atividade antifúngica contra os fungos Aspergillus
fumigatus e Candida Kruzei (SUJIGANTO; DIESEL; RATEB, 2011). De Lecythophora
hoffmannii, associado à Populus tremuloides, foi isolado uma nova substância
denominada de sulfato de caetiacandina (lecitoforina, XLIV), o conhecido
caetiacandina (XLV) e lecitosideo (XLVI) (Figura 9) (AYER; KAWAHARA, 1995;
AYER et al., 1996).
OR OH
HO OH OH OH
O HO O
O O O
O OH OH
OH
OH OH OH
OH O
HO OH
XLVI
O O
XLIV R = SO3Na
XLV R = H
NH2 NH2
H3C
N DNA metiltransferase N
N O N O
H H
Citosina 5-metilcitosina
Figura 11: Acetilação do resíduo lisina encontrado nas histonas e sua interação com o DNA
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivos Gerais:
Isolar e estudar quimicamente os fungos endofíticos da espécie vegetal
Eugenia jambolana;
Avalição da produção metabólica do fungo endofítico de líquen Lecythophora
sp., no cultivo com e sem modificador epigenético.
3 PARTE EXPERIMENTAL
3.1.1 Solventes
Deuterados: CDCl3 e DMSO-d6 (CIL e Acros).
Não-deuterados: Merck, J.T. Baker, TEDIA e Quimis.
analítica Fenil (Shim-pack Phenyl, 250 mm, 5 μm), coluna preparativa Fenil (Shim-
pack Phenyl, 250 x 25 mm) e coluna preparativa C18 (Phenomenex, tipo Luna 5µm).
Czapek Broth: Sacarose (30 g), NaNO3 (3 g), K2HPO4 (1 g), MgSO4 (0,5 g), KCl (0,5
g) e FeSO4 (0,01 g) /1L de água.
Os meios líquidos de cultura foram submetidos à esterilização em autoclave
(Quimis) a 121oC por 20 minutos.
A avaliação da pureza das linhagens foi realizada pela aparência uniforme das
placas. Foram obtidas sete linhagens puras, codificadas como Ej-c1, Ej-c2, Ej-c3, Ej-
c4, Ej-f1, Ej-f2, Ej-f3 (Ej = Eugenia jambolana; c = caule; f = folha), os quais foram
posteriormente preservadas em “slants”, contendo água estéril (método Castelani), e
depositadas na micoteca do Departamento de Química Orgânica, IQ-UNESP.
O isolamento dos fungos endofíticos, presentes nos frutos verdes e maduros,
foi realizado seguindo o mesmo protocolo utilizado no isolamento dos endófitos
presentes nas folhas e caule, apenas o tempo de esterilização foi alterado, devido a
mudança do material vegetal. No processo de esterilização, as imersões em solução
de NaClO 1%, etanol aquoso 70% e dupla lavagem em água estéril foram realizadas
em 3 min, 5 min e 5 min, respectivamente. A seguir, pedaços dos frutos foram
seccionados assepticamente (3 a 4 de 0,5 cm) e inoculadas em placas de Petri
contendo BDA, ao qual foi adicionado, após esterilização em autoclave, antibiótico
sulfato de gentamicina (100 μg mL-1). O crescimento dos fungos foi monitorado até
cada cultura atingir 0,5-1,0 cm de comprimento, e submetidas a sucessivas
repicagens até obtenção das linhagens puras.
A avaliação da pureza das linhagens foi realizada pela aparência uniforme das
placas e pela utilização de microscópio. Foram obtidas seis linhagens puras,
codificadas como Ej-fm1, Ej-fv1, Ej-fv2, Ej-fv3, Ej-fv4, Ej-fv5 (Ej = Eugenia jambolana,
fm = fruto maduro, fv = fruto verde) sendo posteriormente preservados em “slants”,
contendo água estéril e depositadas na micoteca do Departamento de Química
Orgânica, IQ-UNESP.
66
Desenvolvimento
Figura 15: Fluxograma da obtenção e triagem dos extratos brutos obtidos de E. jambolana
micélio por filtração a vácuo, o filtrado foi submetido a uma partição líquido/líquido com
AcOEt (3 x 2,2 L) e concentrado, fornecendo o extrato bruto AcOEt (520,0 mg) (Figura
16).
O extrato bruto AcOEt foi submetido a análise de CCDC, CLAE e RMN de 1H.
O perfil cromatográfico do extrato foi obtido por CLAE em gradiente
exploratório, utilizando como fase estacionária uma coluna analítica Phenomenex (tipo
Gemini, C18) e eluição em gradiente de H2O:CH3OH (95:05 v/v a 0:100% em 40
minutos permanecendo nesta condição por mais 10 min.), com uma vazão de 1,0 mL
min-1.
O extrato bruto AcOEt obtido do fungo Saccharicola sp. (500,0 mg) foi
submetido a um fracionamento utilizando coluna de vidro (21 x 4 cm), como fase
estacionária sílica de fase reversa C18 (40-75 µm, Sorbent Technologies) e eluente
69
Desenvolvimento
separado do micélio por filtração, o filtrado foi submetido a uma partição líquido/líquido
com AcOEt (3 x 12,6 L) e concentrado, fornecendo o extrato bruto AcOEt. O extrato
bruto AcOEt foi submetido a análise de CCDC, CLAE e RMN de 1H (Figura 18).
Ao preparar-se a amostra para análise de RMN de 1H utilizando clorofórmio
deuterado (CDCl3), observou-se a dissolução parcial do extrato, com o deposito de
um sólido branco na parede do balão, e um sobrenadante amarelo. Devido a
dissolução de parte do extrato bruto, utilizou-se clorofórmio (CHCl3) para
recristalização do sólido contido no balão de evaporação. Obtendo-se um sólido
branco (105,0 mg), e um resíduo amarelo oleoso (135,6 mg) proveniente do
sobrenadante. Ambos os extratos foram submetidos à análise de RMN de 1H, e
somente o extrato oleoso (Ext. AcOEt-óleo) foi submetido à análise CLAE em modo
analítico.
Figura 18: Fluxograma de cultivo e obtenção do extrato bruto produzido por B. parva
Figura 19: Isolamento dos metabólitos secundários produzidos pelo fungo B. parva
73
Desenvolvimento
Método
Análise de citotoxicidade pelo método do MTT vem sendo utilizada no programa
de screening do National Câncer Institute dos Estados Unidos (NCI), que testa mais
de 10.000 amostras a cada ano (SKEHAN et al., 1990). É um método rápido, sensível
e barato. Foi descrita primeiramente por Mosman (1983), tendo a capacidade de
analisar a viabilidade e o estado metabólico da célula. É uma análise colorimétrica
baseada na conversão do sal 3-(4,5-dimetil-2-tiazol)-2,5-difenil-2-H-brometo de
tetrazolium (MTT) em azul de formazan, a partir de enzimas mitocondriais presentes
somente nas células metabolicamente ativas. O estudo citotóxico pelo método do MTT
permite definir facilmente a citotoxicidade, mas não o mecanismo de ação
(BERRIDGE et al., 1996).
As células foram plaqueadas na concentração de 0,1 x 10 6 cél mL-1 para as
linhagens MDA/MB-435 e SF-295 e 0,7 x 105 cél mL-1 para a linhagem HCT-8. As
placas foram incubadas por 72 horas em estufa a 5% de CO 2 a 37C. Ao término
deste, as mesmas foram centrifugadas e o sobrenadante, removido. Em seguida,
foram adicionados 150 L da solução de MTT (sal de tetrazolium), e as placas foram
incubadas por 3h. A absorbância foi lida após dissolução do precipitado com 150 L
de DMSO puro em espectrofotômetro de placa a 595 nm.
*Ensaio realizado pelo Dr. Paulo Michel Pinheiro Ferreira na UFP, PI.
74
Desenvolvimento
Análise Estatística
Os experimentos foram analisados segundo a média ± desvio padrão da média
(DPM) da porcentagem de inibição do crescimento celular usando o programa
GraphPad Prism.
**Ensaios biológicos realizados pela Dra. Maria Claudia Marx Young do Instituto Botânico, SP.
75
Desenvolvimento
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
a migrar para outros tecidos da planta, o que pode ser um motivo para a diminuição
da diversidade (ARAUJO et al., 2010).
Tabela 1: Rendimento obtido dos extratos brutos dos endófitos fermentados em 400 mL
Folha Massa obtida (mg) Caule Massa obtida (mg) Fruto Massa obtida (mg)
Ej-f1 29,7 Ej-c1 21,0 Ej-fm1 87,8
Ej-f2 25,5 Ej-c2 28,6 Ej-fv1 60,5
Ej-f3 20,8 Ej-c3 78,2 Ej-fv2 32,5
Ej-c4 27,9 Ej-fv3 67,4
Ej-fv4 36,7
Ej-fv5 40,1
79
Resultados e Discussão
A CCDC dos extratos brutos foi realizada em placas de sílica gel utilizando
como eluente uma mistura de Hex:AcOEt (3:7 v/v) e revelada com anisaldeído (Figura
21). É possível observar nos extratos brutos de cada fungo uma diversa produção de
substâncias, possivelmente de classes diferentes, por apresentar distintas colorações
após revelação com anisaldeído. As substâncias presentes na placa de sílica Figura
21c foram reveladas com lâmpada de UV em = 366 nm.
Legenda
1- Ej-F1 Legenda:
2- Ej-F2 1 - Ej-fm1
3- Ej-F3 2 - Ej-fv1
4- Ej-c1 3 - Ej-fv2
5- Ej-c2 4 - Ej-fv3
6- Ej-c3 5 - Ej-fv4
7- Ej-c4 6 - Ej-fv5
1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6
(a) (b) (c)
Figura 22: Cromatogramas dos extratos bruto dos fungos endofíticos isolados das folhas
81
Resultados e Discussão
Figura 23: Espectro de absorção na região do UV para: pico a (a) pico b (b) e pico c (c) do
cromatograma do fungo Ej-f1 (Figura 22)
Figura 24: Espectro de absorção na região do UV para: pico a (a) e pico b (b) do
cromatograma do fungo Ej-f2 (Figura 22)
Figura 25: Espectro de absorção na região do UV para: o pico d (a) e pico e (b) do
cromatograma do fungo Ej-f3 (Figura 22)
Figura 26: Cromatogramas dos extratos bruto dos fungos endofíticos isolados dos caules
83
Resultados e Discussão
Figura 27: Espectros de absorção na região do UV para o pico f (a), pico g (b) do extrato
bruto do fungo Ej-c3
Figura 28: Cromatogramas dos extratos produzidos pelos fungos isolados do fruto de E.
jambolana.
85
Resultados e Discussão
Figura 29:Espectro de RMN de 1H do extrato bruto do fungo Ej-f1 (CDCl3, 500 MHz)
86
Resultados e Discussão
Figura 30: Espectro de RMN de 1H do extrato bruto do fungo Ej-f2 (CDCl3, 500 MHz)
Este metabólito já foi isolado por membros do nosso grupo de pesquisa, dos
fungos endofíticos Phomopsis sp. associado a espécie vegetal Senna spectabilis e
87
Resultados e Discussão
Figura 31: Espectro de RMN de 1H do extrato bruto do fungo Ej-f3 (CDCl3, 500 MHz)
88
Resultados e Discussão
H O
CH3
H O O n n
CH3
H O O
n n
CH3
H O n n
H
Figura 32: Espectro de RMN de 1H do extrato bruto do fungo Ej-c1 (CDCl3, 500 MHz)
Os espectros de RMN de 1H dos extratos brutos dos fungos Ej-c2 (28,6 mg),
Ej-c3 (78,2 mg) e Ej-c4 (27,9 mg) (Figura 3433-35) apresentaram uma vasta produção
de metabólitos secundários, pois foi possível visualizar sinais em uma ampla faixa
espectral (H 0,5 a 11,0 ppm); diversos sinais de hidrogênios aromáticos, olefínicos,
carbinólicos, metilênicos e metílicos, evidenciando a produção de constituintes
químicos interessantes. No espectro do extrato bruto do fungo Ej-c4 foi possível
identificar sinais característicos de triglicerídeos como observado no espectro de RMN
de 1H do extrato bruto do fungo Ej-c1
90
Resultados e Discussão
Figura 33: Espectro de RMN de 1H do extrato bruto do fungo Ej-c2 (CDCl3, 500 MHz)
Figura 34: Espectro de RMN de 1H do extrato bruto do fungo Ej-c3 (CDCl3, 500 MHz)
91
Resultados e Discussão
Figura 35: Espectro de RMN de 1H do extrato bruto do fungo Ej-c4 (CDCl3, 500MHz)
Os espectros de RMN de 1H dos extratos brutos obtidos dos fungos dos frutos
Ej-fm1 (87,8 mg), Ej-fv1 (60,5 mg) e Ej-fv2 (32,5 mg) (Figura 36 - 38) apresentaram
sinais de hidrogênio na região dos aromáticos (H 6,0-8,6 ppm), sinais de hidrogênios
carbinólicos (H 3,0-4,5 ppm), metilênicos (H 1,2-3,0 ppm) e metílicos (H 0,5-1,2
ppm). Foi observado sinais por toda largura espectral sugerindo substâncias de alta
complexidade estrutural ou então várias substâncias de várias classes estruturais. O
espectro de RMN de 1H do extrato bruto obtido do fungo Ej-fv1 (Figura 37) apresentou
sinais de hidrogênios desblindados (10,5-13,0 ppm), sugerindo substâncias
aromáticas com hidroxilas fenólicas que fazem ligação de hidrogênio com carbonilas
vizinhas.
No espectro de RMN de 1H do extrato bruto do fungo Ej-fv2 (Figura 38),
observou-se a produção majoritária de uma substância, que ao comparar os valores
dos deslocamentos químicos em 2,96 (t, J = 5,0Hz) e 4,78 ppm (t, J = 5,0Hz) com a
92
Resultados e Discussão
literatura (CHOMCHEM et al., 2005; CHAPLA, 2010) foi possível identificá-la como o
ácido nitropropiônico (1). O extrato bruto foi submetido a espectrometria de massa de
alta resolução em injeção direta, onde foi detectado o íon molecular em m/z 118,0180
[M-H+] correspondente a formula molecular C3H5O4N. Este metabólito foi identificado
no extrato bruto do fungo codificado como Ej-f3 isolado das folhas de E. jambolana.
Figura 36: Espectro de RMN de 1H do extrato do fungo Ej-fm1 em DMSO-d6 (500 MHz)
93
Resultados e Discussão
Figura 38: Espectro de RMN de 1H do extrato do fungo Ej-fv2 em DMSO-d6 (500 MHz)
94
Resultados e Discussão
Figura 39: Espectro de RMN de 1H do extrato do fungo Ej-fv3 em DMSO-d6 (500 MHz)
OH O
8
7 1 O
3 H
6 4a
5 4 CH3
Os espectros de RMN de 1H dos extratos brutos dos fungos Ej-fv4 (36,7 mg)
(Figura 40) e Ej-fv5 (40,1 mg) (Figura 41), apresentaram sinais característicos de
hidrogênios aromáticos (H 6,0-8,5 ppm), carbinólicos (H 3,0-4,8 ppm), metilênicos e
metílicos (H 0,6-2,4 ppm). É importante salientar a riqueza de sinais na região de
aromáticos que se estendem pela região de 6,2 a 8,5 ppm. Os sinais na região de H
8,5 ppm, fortemente sugerem a presença de grupos retirados de densidade eletrônica
no anel aromático. Como observado para o perfil cromatográfico (Figura 28) os
espectros de RMN de 1H do extrato bruto dos fungos Ej-fv4 e Ej-fv5 mostraram-se
similares evidenciando se tratar de fungos da mesma espécie ou do mesmo gênero.
97
Resultados e Discussão
Figura 40: Espectro de RMN de 1H do extrato do fungo Ej-fv4 em DMSO-d6 (500 MHz)
O estudo fitoquímico bioguiado fornece uma ferramenta que pode ser usada
para testar a atividade alvo em uma amostra específica. Bioensaios em um
“screening” devem ser rápidos, simples, capazes de serem automatizados, de baixo
custo e produzir alta rentabilidade (SPAINHOUR, 2005).
Extratos brutos RF
Ej-f1 0,6
Ej-f2 0,8
Ej-f3 -
Ej-c1 0,8 / 0,4 / 0,4 / 0,1
Ej-c2 0,8 / 0,4 / 0,1
Ej-c3 0,6
Ej-c4 0,8 / 0,4 / 0,1
Ej-fm1 0,0
Ej-fv1 0,0
Ej-fv2 0,0
Ej-fv3 0,0
Ej-fv4 0,0
Ej-fv5 0,3 / 0,0
Fisostigmina 0,3
101
Resultados e Discussão
Figura 42: Placas de CCDC obtida no ensaio antifúngico para os extratos obtidos dos
fungos endofíticos (sílica gel – eluente Hex:AcOEt 3:7)
Legenda:
1 - Ej-fm1
2 - Ej-fv1
3 - Ej-fv2
4 - Ej-fv3
5 - Ej-fv4
6 - Ej-fv5
P – nistatina (5µg)
Extratos brutos RF
Ej-f1 0,9/0,8/0,6/0,0
Ej-f2 0,9/0,8/0,6/0,0
Ej-f3 0,8/0,6/0,0
Ej-c1 0,9
Ej-c2 0,9
Ej-c3 0,9/0,8
Ej-c4 0,9/0,8
Ej-fm1 0,9/0,8/0,6/0,0
Ej-fv1 -
Ej-fv2 0,9/0,9/0,8/0,3/0,0
Ej-fv3 0,9/0,8/0,0
Ej-fv4 0,9
Ej-fv5 0,9
possível selecionar dois fungos para cultivo em escala ampliada e isolamento dos
metabólitos produzidos por estes. Com os resultados obtidos os fungos identificados
como Saccharicola sp. (Ej-c3) e Botryosphaeria parva (Ej-f1) foram selecionados para
o estudo químico. Em uma revisão na literatura (SciFinder e Web of Science) sobre
essas espécies notou-se que não há relatos do estudo químico das mesmas.
105
Resultados e Discussão
H3C CH3
16 15
14
13
12
O
1
OH
6 2
5 3
4
HO 10
7
9
8 OH
HO CH3
11
carbono sp2 e uma sobre carbono carbinólico, cinco hidrogênios carbinólicos H 3,11
(s, 1H, H-6), H 4,44 (sl, 1H, H-5), H 3,90 (d, J = 7,5Hz, 1H, H-2), H 3,30 (m, 2H, H-
10), e dois hidrogênios metínicos de carbono sp2 em H 5,10 (dt, J = 1,6 e 8,0Hz, H-
13) e H 5,57 (sl, H-4).
O espectro de RMN de 13C (Figura 86, pág. 189) com auxílio de experimento de
HMQC (Figura 87, pág. 190) evidenciou seis carbonos carbinólicos sendo atribuídos
a três carbonos metínicos (C 58,7; 64,3 e 67,2), um metilênico (C 69,6) e dois
quaternários (C 61,2; 67,6), sendo que os observados em C 61,2 e 58,7 foram
atribuídos aos carbonos carbinólicos de um epóxido.
H3C CH3
OH
HO CH3
HO H
O
1 2 3 4 5
6
H OH H
H
A junção de C-6 e C-5 foi realizada com base nas correlações observadas em
HMBC de H-6↔C-4, e da interação observada em COSY de H-5↔H-6 dando origem
a estrutura parcial D (Figura 47).
O
OH
H
H
HO
H
H
H3C CH3
O H
H OH
HO
H OH
HO CH3
HO
O
H
HO H
H R
110
Resultados e Discussão
H3C CH3
O
OH
HO
OH
HO CH3
H3C CH3
16 15
13
O
OH
1
5 3
HO 10
7
8 OH
H CH3
11
Figura 51: Principais correlações observadas em HMBC para a substância 5 (500 MHz)
H3C CH3
O H
H OH
HO
H OH
H CH3
HO
O
H
HO H
H R
113
Resultados e Discussão
H3C CH3
O
OH
HO
OH
H CH3
H3C CH3
16 15
13
12
HO
OH
1
5 3
O 10
7
8 OH
H CH3
11
HO H
OH
H OH
H CH3
Tabela 9: Valores de 1H e 13C para a substância 6 (DMSO-d6, 500 MHz e 125 MHz)
Posição H (J em Hz) C
1 - 74,5
2 3,71 (s) 72,0
3 - 142,5
4 5,92 (s) 130,7
5 - 197,3
6 2,20 (m) 44,2
2,50 (m)
7 - 81,4
8 - 103,8
9 2,58 (sest, 6,5) 29,7
10 3,36 (m) 64,9
3,48 (m)
11 1,14 (d, 6,5) 16,9
12 2,18 (m) 35,9
2,75 (dd, 6,5 e 13,5)
13 5,24 (m) 118,8
14 - 133,1
15 1,68 (s) 25,9
16 1,55 (s) 17,8
116
Resultados e Discussão
H3C CH3
16 15
13
12
O
OH
1
5 3
O 10
7
8 OH
HO CH3
11
O H
OH
H OH
HO CH3
OH O
OH
LXIII
11
OH 9
10
12
4
5 3
8
6 2
1
7
HO O
quaternários, sendo uma tripla ligação (C 84,9 e 94,0), uma carbonila de ácido
carboxílico (C 166,5) e três carbonos aromáticos.
Os sinais característicos de hidrogênios aromáticos em H 6,96 (d, J = 8,5
Hz,1H, H-5), H 7,76 (dd, J = 8,5 e 2,5 Hz, 1H, H-6) e H 7,83 (d, J = 2,5 Hz, 1H, H-2)
indicaram a presença de um anel aromático trissubstituído. As constantes de
acoplamento e as correlações observadas no experimento COSY dos H-5↔H-6↔H-
2 sugerem substituição nas posições 1, 3 e 4 do anel aromático. A presença do
deslocamento químico C 161,1 sugere um substituinte –OH para a posição C-4 do
anel aromático. As correlações observadas em HMBC do H-5↔C-1/C-3 (C
121,5/110,0), do H-6↔C-7/C-2 (C 166,5/134,2) e do H-2↔C-7 (C 166,5), associado
aos valores de deslocamento químico tanto em hidrogênio como carbono treze,
permitiram posicionar o grupo carboxílico em C-1.
Os valores de deslocamento químico de C 84,9 e 94,0 indicam a presença de
uma tripla ligação nas posições C-8 e C-9. Essa posição foi confirmada pelas
correlações entre H-11↔C-9 (C 94,0), e de H-2↔C-8 (C 84,9).
O sinal em H 5,37 (d, J = 1,5 Hz, 2H, H-11) foi atribuído a uma ligação dupla
terminal, devido ao valor de deslocamento químico e da constante de acoplamento.
Com a correlação dos hidrogênios H-11↔H-12 observada no experimento COSY, e
as correlações observadas em HMBC do H-12↔C-10/C-11/C-9 (C 125,2/122,0/94,0)
foi possível atribuir a posição da metila ao C-12 (H 1,95, t, J = 1,5 Hz, 3H, H-12).
Deslocamento em H 1,95 é característico de grupo metila ligado a um carbono
quaternário hibridizado em sp2 de ligação dupla.
A cadeia lateral de 5 carbonos foi posicionada na posição 3 do anel aromático
devido a correlação observada em HMBC do H-2 com o C-8 (C 84,9).
Comparando-se os dados espectroscópicos com a literatura (ABRAHAM,
ARFMANN, 1990) foi possível identificar a substância 8 como sendo o ácido 4-hidroxi-
3-(3’-metil-3’-buten-1’-il) benzóico, que é conhecido também como ácido eutipine.
Essa substância foi relatada do fungo Eutypa lata (DEFRANQ; ZESIGER; TABACCHI,
1993) e do fungo Culvularia fallax (ABRAHAM; ARFMANN, 1990), e apresenta baixa
citotoxicidade contra linhagens fúngicas do gênero Fusarium (CHRISTEN et al., 2005).
120
Resultados e Discussão
11
OH
4 8 10
5
3 9 12
1
7
HO O
OH
5 4
6 4a
O 3
2 10
7
8a
8 O
9
Tabela 13:Valores de 1H e 13C (500 e 125 MHz, DMDO-d6) para a substância 10.
H (J em Hz) C
2 - 77,1
3 5,81(10) 131,8
4 6,49 (10) 120,9
4a - 123,0
5 7,67 (2,0) 127,4
6 - 122,0
7 7,70 (8,0 e 2,0) 127,4
8 6,79 (8,0) 115,8
8a - 156,0
9 1,40 (s) 27,8
10 1,40 (s) 27,8
126
Resultados e Discussão
CO 2H CO 2H HO CO 2H
NADPH -H2O
HO OH O OH O OH
OH OH OH
ácido chiquímico
CO 2H CO 2H
O CO 2H
OH OH
ácido corísmico ácido p-hidroxibenzóico
DMAPP
preniltransferases
CO 2H CO 2H
O OH
10 9
CO 2H
OH
8
128
Resultados e Discussão
HO O
7 8a 1 O
3
4a 9
5 CH3
OH
resolução (ESI (+) [217,0436 [M+Na]+). O espectro de RMN de 1H mostrou dois duplos
dupletos integrando para um hidrogênio aromático cada em H 6,86 (dd, J = 8,0 e 0,5
Hz, 1H, H-5) e H 6,97 (dd, J = 8,0 Hz; e 0,5 Hz, 1H, H-7), e um tripleto em H 7,41 (t,
J = 8,0 Hz; 1H, H-6), evidenciando um anel aromático trissubstituído. Observou-se
também um dupleto em H 1,53 (d, J = 6,5 Hz; 3H, H-9) característico da metila C-9
de isocumarinas; um simpleto em H 10,9 (1H) indicando a presença de uma ligação
intramolecular entre um grupo hidroxila (8-OH) e a carbonila em C-1. O espectro de
RMN de 13C evidenciou a presença de seis carbonos aromáticos, uma carbonila (C
162,0), e dois carbonos oxigenados (C 78,0 e 67,0) (Anexos Figura 117-121 pág. 221-
225).
No experimento de COSY foi possível observar as correlações entre o
hidrogênio metínico carbinólico em H 4,63 (dq, J = 6,5 Hz e 2,0 Hz, 1H, H-3) com os
hidrogênio metílico em H 1,53 e oxibenzilíco em H 4,51 (d, J = 2,0 Hz, 1H, H-4),
permitindo estabelecer a sub-unidade -metil-hidroxi para a substância 11. Esta
observação foi confirmada pelas correlações observadas no experimento de HMBC
de H-9 com C-3 e C-4.
No experimento de HMBC foi possível observar a correlação do H-5 com o C-
1 (C 162,0) que foi atribuído a uma carbonila de éster.
A configuração relativa de 11 foi definida com base na constante de
acoplamento de H-4 com H-3 de 2,0 Hz, indicando que estes hidrogênios se
encontram em uma relação cis. Essas informações aliadas a dados da literatura
(OLIVEIRA, 2009), permitiram sugerir que a substância 11 trata-se da isocumarina
denominada de rel. (3S, 4R)-4-hidroximeleina.
131
Resultados e Discussão
Tabela 14: Dados obtidos de RMN de 1H (500 MHz) e 13C (125 MHz) da substância 11
(CDCl3).
Posição 1
H (J = Hz) C
13
1 - 162,0
3 4,63 (dq, 6,5; 2,0) 78,0
4 4,51 (d, 2Hz) 67,0
4a - 140,0
5 6,86 (dd, 7,5; 0,5) 117,8
6 7,41 (t, 8,0) 136,4
7 6,97 (dd, 8,0; 1,0) 118,4
8 - 162,0
8a - 107,0
9 1,53 (d, 6,5) 15,7
HO O O
HO
7 8a 1 HO 7 8a
O 1 O
3 3
4a 9 4a 9
5 CH3 5 CH3
HO 12 13
Tabela 15: Dados obtidos de RMN de 1H (500 MHz) das substâncias 12 e 13 (CDCl3).
12 13
Posição 1
H (J em Hz) H (J em Hz)
1
1 - -
3 4,64 (m) 4,64 (m)
4 3,06 (dd, 17,0 e 3,0) 2,81 (d, 6,5)
2,61 (dd, 17,0 e 11,2)
5 - 6,54 (dd, 8,0)
6 6,92 (t ap, 8,0) 7,01 (t ap, 8,0)
7 6,73 (dd, 8,0; 1,0) -
8 - -
9 1,48 (d, 6,0) 1,45 (d, 6,5)
HO O
7 8a 1
O
3
4a 9
5 CH3
O O O O
SEnz Ciclização O
O HO Enolização
Reação de
O O Aromatização
Claisen OH
OH O
OH O
O Redução
O
HO
6-hidroximeleina
meleina
ão
aç
xil
Hi
dr o
dr
Hi
o
ção
xil
açã
oxila
OH O
Hidr
O
OH O
OH O
HO
O
OH O
4-hidroximeleina
7-hidroximeleina
OH
5-hidroximeleina
136
Resultados e Discussão
Tabela 16: Resultado das substâncias para o ensaio antifúngico contra a linhagem C.
sphaerospermum
substâncias 100 µg 50 µg 25 µg 10 µg 5 µg 1 µg
4 - - - - - -
5 - - - - - -
8 ** ** ** - - -
9 ** ** ** * * -
3 ** ** * - - -
13 * * - - - -
11+12 - - - - - -
*atividade fraca/**atividade media/***atividade forte
137
Resultados e Discussão
Figura 64: Resultados obtidos para as substâncias testadas para o ensaio antifúngico
138
Conclusão
5 CONCLUSÃO:
6 PARTE EXPERIMENTAL
6.1.1 Solventes
Deuterados: CDCl3 e DMSO-d6 (CIL).
Não-deuterados: Sigma, Macron, Fisher e Aldrich.
Foi utilizado coluna analítica Phenomenex tipo Luna (250 x 4,60 mm e 5 μm) e
coluna semi preparativa C18 (Phenomenex, tipo Luna, 250 x 10 mm x 5 µm).
O fungo endofítico Lecythophora sp. foi repicado para placas de Petri contendo
BDA e incubado por 5 dias. Em seguida preparou-se uma solução de esporos, que foi
preparada adicionando esporos do fungo em água destilada estéril, agitando-se em
vortex e filtrando-se em separador celular. Em seguida foi medida a absorbância em
espectrofotômetro (Abs 0,8). A solução de esporos foi adicionada (1,2 mL) em tubos
que continham meio de cultivo MBD (12 mL) e diferentes concentrações do
modificador epigenético 5-azacitidina (125; 250 e 500 µM) Os meios contendo os
143
Desenvolvimento
Figura 65: Esquema do cultivo e extração para obtenção dos extratos brutos dos fungos
endofíticos
144
Desenvolvimento
O fungo Lecythophora sp. foi repicado para placas de Petri contendo BDA e
incubado por 5 dias. Em seguida preparou-se uma solução de esporos (Abs:0.6-0.8),
esta solução foi adicionada (10,0 mL) em 2 frascos de Erlenmeyer (2 L), um fraco
contendo 1 L de meio de cultivo MBD e o outro frasco contendo 1 L de meio MBD com
500 µM do modificador epigenético 5-azacitidina, os frascos foram incubados em
“shaker” a 160 rpm e 28oC por 7 dias. Após esse período o caldo foi separado do
micélio por filtração, mediu-se o pH do filtrado e neutralizou-se, em seguida foi
submetido a uma partição líquido/líquido com acetato de etila (AcOEt) (3 x 600 mL), a
fase orgânica foi lavada com água destilada (3 x 600 mL) e em seguida concentrada,
fornecendo o extrato bruto AcOEt (Figura 66: Fluxograma da obtenção e triagem dos
extratos brutos obtidos de Lecythophora sp.).
Os extratos brutos foram submetidos a avaliação química, por CCDC utilizando
placas pré-prontas de sílica gel e fase móvel [5% MeOH em CH2Cl2] e CLAE.
O perfil cromatográfico dos extratos brutos obtido por CLAE foi realizado em
gradiente exploratório, utilizando como fase estacionária uma coluna analítica
Phenomenex (tipo Luna, C18) e eluição em gradiente de H2O:CH3CN 0,1% TFA
(70:30 v/v durante 10 minutos, diminuindo a polaridade até 0:100% em 40 minutos
permanecendo nesta condição por mais 10 min.), com uma vazão de 0,8 mL min -1.
Os extratos brutos AcOEt foram submetidos a avaliação biológica, testados nos
ensaios, citotóxico, indução de choque térmico (HSIA) e da inibição da migração
celular (CMIA) (para o procedimento dos ensaios veja seção 6.8, pág. 150)
145
Desenvolvimento
Figura 66: Fluxograma da obtenção e triagem dos extratos brutos obtidos de Lecythophora
sp.
O fungo endofítico Lecythophora sp. foi repicado para placas de Petri contendo
BDA e incubado por 5 dias, em seguida preparou-se a solução de esporos e o fungo
foi inoculado em 10 frascos de Erlenmeyer (2 L) contendo 1 L de meio de cultivo MDB,
preparado na concentração de 24 g L-1, e cada frasco contendo 500 µM de 5-
azacitidina, os frascos foram incubados em “shaker” a 28oC e 160 rpm por 7 dias.
Após esse período o caldo foi separado do micélio por filtração a vácuo, mediu-se o
pH do filtrado e neutralizou-se, em seguida o filtrado foi submetido a uma partição
líquido/líquido com AcOEt (3 x 6,0 L), a fase orgânica foi lavada com água destilada e
concentrada, fornecendo o extrato bruto AcOEt (1,56 g) (Figura 67). O extrato bruto
AcOEt foi submetido a análise de CCDC e CLAE.
O perfil cromatográfico foi obtido em CLAE em gradiente exploratório, utilizando
como fase estacionária uma coluna analítica Phenomenex (tipo Luna, C18) e eluição
em gradiente de H2O:CH3CN 0,1% TFA (70:30 v/v durante 10 minutos, diminuindo a
polaridade até 0:100% em 40 minutos permanecendo nesta condição por mais 10
min.), com uma vazão de 0,8 mL min-1.
146
Desenvolvimento
Uma porção da fração CHCl3 (832,2 mg) foi fracionada utilizando coluna de
vidro (21 x 3 cm), como fase estacionária sílica flash (40 µm, 27 g) e eluente um
sistema de hexano:acetato de etila até acetato de etila:metanol (Figura 69), obtendo-
se 80 frações, que foram reunidas de acordo com o perfil cromatográfico em 15 sub-
frações (Tabela 17).
2,5 mL min-1 e =250 nm. Foram coletados 3 picos que foram submetidos à análises
de RMN de 1H, resultando na identificação da substância 14 (tR = 26 min., 1,2 mg).
O composto 17 (2,5 mg) foi transferido para uma tudo de RMN limpo e
completamente seco, adicionou-se ao tubo piridina deuterada (0,5 mL) e o reagente
(R)-MTPA-Cl (5 μL), em seguida borrifou-se N2 no tubo de RMN. Deixou-se reagir por
30 minutos a 25 oC, resultando no composto 17a (éster (S)-MTPA).
Da mesma maneira o composto 17 (2,5 mg) foi submetido a reação com (S)-
MTPA-Cl em um segundo tubo de RMN a 25 oC durante 30 minutos usando piridina
deuterada (0,5 mL) como solvente, resultando no composto 17b (éster (R)-MTPA).
Os compostos 17a e 17b foram submetidos a análise de RMN uni e
bidimensionais. Dados de RMN de 1H obtidos para os compostos 17a: (400 MHz, d5-
piridina). 6,460 (1H, m, H-7), 6,275 (1H, dd, J = 14,8 Hz, H-13), 6,078 (1H, m, H-14),
6,046 (1H, m, H-9), 6,029 (1H, m, H-8), 5,898 (1H, dd, J = 15,2, Hz, H-12), 5,594 (1H,
m, H-15), 5,521 (1H, t, J = 2,0 Hz, H-4), 5,033 (1H, d, J = 4,4 Hz, H-6), 4,959 (1H, t, J
= 2,4 H-11a), 4,880 (1H, t, J = 2,4 Hz, H-11b), 4,085(1H, d, J = 8,4 Hz, H-10), 1,915
(2H, q, J = 7,2 Hz, H-16), 1,251 (2H, q, J = 7,2 Hz, H-17), 0,772 (3H, t, J = 7,2 Hz, H-
18). Dados de RMN de 1H obtidos para os compostos 17b: (400 MHz, d5-piridina).
6,549 (1H, m, H-7), 6,299 (1H, dd, J = 15,2 Hz, H-13), 6,063 (1H, dd, 14,8 Hz, H-14),
5,951 (1H, m, H-9), 5,942 (1H, m, H-12), 5,923 (1H, m, H-8), 5,839 (1H, t, J = 2,4 Hz,
H-4), 5,576 (1H, m, H-15), 5,107(1H, d, J = 4,4 Hz, H-6), 4,966 (1H, t, J = 2,0 H-11a),
4,918 (1H, t, J = 2,0 Hz, H-11b), 4,156 (1H, d, J = 6,8 Hz, H-10), 1,910 (2H, q, J = 7,2
Hz, H-16), 1,247 (2H, q, J = 7,2 Hz, H-17), 0,779 (3H, t, J = 7,2 Hz, H-18).
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Legenda
1= Controle
2= 125μM de Azacitidina
3= 250μM de Azacitidina
4= 500μM de Azacitidina
1 2 3 4
O perfil por CLAE do extrato bruto AcOEt obtido do cultivo na presença de 500
µM de 5-azacitidina, mostrou o aparecimento de dois novos picos (14 + 15), e o
aumento da produção de 16 e 17 (Figura 72). Isso indica a presença de novos
compostos produzidos apenas na adição do modificar epigenético durante o cultivo,
confirmando que este influencia a produção metabólica.
Figura 72: Cromatogramas obtidos do cultivo em 1L do fungo Lecythosphora sp. (A) cultivo
em MDB (B) cultivo em MDB contendo 500 µM de 5-azacitidina (= 254 nm)
155
Resultados e Discussão
Tabela 18: Resultados obtidos para os dois extratos brutos nos ensaios biológicos testados
Ensaio citotóxico
Extrato bruto 1 96,2 92,6 94,0 92,1 75,8 (+) (-) 10 µg/mL
Extrato bruto 2 96,9 98,4 95,4 95,8 77,6 (-) (-) 10 µg/mL
-
Dexorrubicina 86,6 98,6 87,9 82,6 85,1 - 1µM
19
O
11
O 3
4
HO OH
6
7 5
8 10
9
12 14 16 18
O composto 14 foi obtido como uma goma incolor e sua fórmula molecular foi
estabelecida como C17H26O4, por RMN. O espectro de absorção no UV mostrou
absorção máxima em = 250 nm sugerindo a presença de dieno conjugado, e o
espectro no IV apresentou bandas de absorção em 3404 e 1600 cm -1 indicando a
presença de grupos –OH e C=C respectivamente.
Análise dos espectros de RMN de 1H, 13C e HSQC indicaram a presença de
seis grupos metínicos sp2 contribuindo com três ligações duplas [H 5,54 (H-8 C
129,3), H-9, C 132,2), 5,45 (H-12 C 131,5), 6,13 (H-13 C 131,9), 5,99 (H-14 C 129,6),
5,64 (H-15 C 134,8)], cinco grupos metínicos sp3 sendo três oxigenados [H 4,02 (H-
4 C 82,7), 3,57 (H-6 C 79,8) e 4,38 (H-7 C 72,2)], dois grupos metílicos [H 0,88 (t, H-
18 C 13,7), 1,35 (s, H-11 C 18,3), uma metoxila em 3,27 (H-19 C 48,9)] e dois
metilenos alifáticos em 2,01 (m, H-16, C 34,7) e 1,39 (m, H-16, C 22,4). O valor de
carbono quaternário em δC 109,0 sugeriu a presença de um acetal. Estas informações
permitiram propor 5 insaturações, três das quais foram atribuídas à três ligações
duplas e duas a dois ciclos.
Os valores observados em RMN de 1H e 13C, associado com a multiplicidade
dos hidrogênios, evidenciaram a presença da unidade 1,3-heptenila [ 0,88 (t, J = 7,2
Hz, 3H, H-18 C 13,7), 1,39 (m, 2H, H-17 C 2,4), 2,01 (m, 2H, H-16 C 34,7), 5,64
(dt, J = 14,8 e 7,2 Hz, 1H, H-15 C 134,8), 5,99 (dd, J = 14,8 Hz, 1H, H-14 C 129,6),
6,13 (dd, J = 15,0 Hz, 1H, H-13 C 131,9) e 5,45 (dd, J = 15,0 Hz 1H, H-12 C
157
Resultados e Discussão
Estrutura parcial A
O O
H
Estrutura parcial B
O O
H
Estrutura parcial C
158
Resultados e Discussão
Com o conhecimento de C-4 (CH, 82,7) e C-3 (C, 109,9) a ciclização do anel
furano foi realizada e corroborrada pelos baixos valores de deslocamento químico
para os carbonos. Adicionalmente, a correlação observada entre H-19↔C-3 e H-
11↔C-3 permitiu o posicionamento da metoxila em C-3 ao invés de C-4. No segundo
caso observaríamos uma correlação a longa distância 3J com C-4 (C-H) e no primeiro
caso com um carbono quaternário (C-3).
As principais correlações observados no experimento de HMBC e COSY
confirmam a estrutura proposta para a substância 16 (Figura 73).
O H
H H 1H-1H
HO COSY
OH
correlação HMBC
H
11
6 5
10
7
Tabela 19: Dados de RMN obtidos para a substância 14 (CDCl3, 400 MHz)
Posição 1
H H (J = Hz) 13
C C
3 - 109,9
4 4,02 (d, 8,0) 82,7
5 1,61 (q, 10,8) 53,1
6 3,57 (t, 8,0) 79,8
7 4,38 (s) 72,2
8 5,54 (s) 129,3
9 5,54 (s) 132,2
10 2,93 (t, 8,8) 44,3
11 1,35 (s) 18,3
12 5,45 (dd, 15,0) 131,5
13 6,13 (dd, 15,0) 131,9
14 5,99 (dd, 14,8) 129,4
15 5,64 (dt, 7,2; 14,8) 134,8
16 2,01 (m) 34,7
17 1,39 (m) 22,4
18 0,88 (t, 7,2) 13,7
19 3,27 (s) 48,9
OH O
OH
HO
6 4 11
7 5 3
8 10
9
12 14 16 18
O composto 15 foi obtido como uma goma incolor e sua formula molecular foi
estabelecida como C16H24O4, de acordo com os dados obtidos de RMN. Os espectros
de absorção no UV e IV mostraram absorção máxima em = 252 nm e 3404 e 1637
cm-1, respectivamente indicando a presença de grupos –OH e C=O.
Os dados obtidos de RMN da substância 15 foram similares com os obtidos
para a substância 14. O espectro de RMN de 1H revelou a presença de seis
hidrogênios olefínicos [H 5,90 (H-13, H-14), 5,51-5,64 (3H), 5,19 (H-12)], três prótons
oximetínicos [H 4,31 (H-3), 3,70 (H-6), 4,18 (H-7)], dois hidrogênios metínicos [H 3,04
(H-5); 3,40 (H-10)], dois grupos metilênicos [H 2,00 (H-16), 1,35 (H-17)] e dois grupos
metílicos [H 1,25 (H-11), 0,87 (H-18)] (Tabela 20).
O experimento de 1H-1H COSY mostrou o sistema de spin CH3-CH2-CH2-CH-
CH-CH-CH-, o que juntamente com as correlações observadas no experimento de
HMBC evidenciaram a presença da subunidade 1,3-heptenil assim como na
substância 14 (Figura 74).
O anel cicloexeno foi evidenciado devido a presença do sistema de spin -CH-
CH-CH- dos três grupos metínicos presentes em H 3,40 (H-10), 3,04 (H-5) e 3,70 (H-
6), da presença de dois carbonos em C 75,3 (C-6) e 73,4 (C-7), o deslocamento
químico destes carbonos sugerem a presença de grupos –OH ligados aos carbonos,
e devido a presença de dois hidrogênios olefinicos em H 5,54 (H-8, C 131,2) e 5,57
(H-9, C 127,8). A subunidade 1,3-heptenil foi conectada ao cicloexeno devido a
presença da correlação do H-10 com o H-12 no espectro de 1H-1H COSY.
A grande diferença presente no espectro de RMN de 1H da substância 15 para
a substância 14 foi a presença de um dupleto em H 1,25 (H-11) e do quarteto em
4,31 (H-3), que mostraram correlação no espectro de 1H-1H COSY. No experimento
de HMBC, H-11 mostrou correlação com a carbonila em C 214,5 (C-4) sugerindo a
161
Resultados e Discussão
12 14 16 18
11
HO
HO
4 3
HO O
6
1
7 5
8 10 O
9
12 14 16 18
ligação cis entre H-8 e H-9, respectivamente. A estereoquímica cis foi estabelecida
com base na constante de acoplamento entre H-8 e H-9.
O espectro de COSY mostrou correlação 1H-1H do hidrogênio H-7 (H 4,78) com
H-8 e H-6 (H 3,70) e H-10 (H 3,64) com H-9. Esses resultados juntamente com os
deslocamentos químicos do H-7 e H-6 estabelecem o esqueleto cicloexeno com a
dupla ligação entre C-8 e C-9, um grupo hidroxila conectado ao C-6 e ao C-7 e um
carbono quaternário em C-5. O deslocamento químico de C-7 (C 69,7) e C-6 (C 72,3)
confirmam a proposta estrutural para a substância 16.
Os quatro hidrogênios olefínicos remanescentes foram atribuídos ao H-12 (H
5,35), H-13 (H 6,08), H-14 (H 5,88) e H-15 (H 5,61), o qual possuem orientação trans
de acordo com as constantes de acoplamento de 15,2 Hz. No espectro de COSY o H-
13 mostrou correlação 1H-1H com o H-12 e H-14, da mesma maneira o H-15
apresentou correlação com H-14 e H-16 (H 1,99, 2H), e H-17 (H 1,36) com H-16 e
H-18 (H 0,86) formando a subunidade 1,3-heptenil. A conectividade da subunidade
1,3-heptenil com o cicloexeno foi confirmada pela correlação apresentada no espectro
de COSY do H-10 com o H-12.
Os espectros de RMN de 1H e 13C evidenciaram a presença de uma anel
ciclopentano, o qual contém um grupo éster devido a presença da carbonila em C
174,4 (C-1) no espectro de RMN de 13C. O espectro de 13C apresentou ainda carbonos
olefínicos de dupla terminal em C 156,8 (C-3) e C 89,1 (C-11, H 4,72 e 4,64), e um
carbono ligado a um grupo hidroxila C 69,1 (C-4). O espectro COSY apresentou as
correlações 1H-1H do H-11a (H 4,72) e H-11b (H 4,64) com o H-4 (H 5,18).
A configuração relativa foi determinada usando os dados obtidos dos espectros
de ROESY e RMN de 1H. O sinal em H 3,70 (H-6) apresentou correlação com o H-10
e H-7, e H-4 com H-10, indicando que o H-4, H-6, H-7 e H-10 possuem a mesma
orientação espacial na molécula (Figura 77).
164
Resultados e Discussão
Tabela 21: Dados de RMN obtidos para a substância 16 (CDCl3, 400 MHz)
Posição 1
H (J = Hz) 13
C
1 - 174,4
3 - 156,8
4 5,18 (s) 69,1
5 - 57,9
6 3,70 (d, 7,6) 72,3
7 4,78 (d, 5,6) 69,7
8 5,70 (d, 10,0) 127,6
9 5,50 (d, 13,0) 129,3
10 3,64 (d, 6,4) 39,3
11a 4,72 (t, 2,0) 89,1
11b 4,64 (t, 2,0) 89,1
12 5,35 (dd, 15,2; 8,8) 126,4
13 6,08 (dd, 15,2; 10,4) 135,1
14 5,88 (dd, 14,8; 10,4 129,4
15 5,61 (dd, 15,2; 7,2) 135,8
16 1,99 (q, 7,2) 34,7
17 1,36 (sext, 7,2) 22,3
18 0,86 (t, 7,2) 13,7
11
HO
HO
4 3
HO O
6
1
7 5
8 10 O
9
12 14 16 18
HO
HO
H O
HO
H O
11
O
HO
3
HO O
1
7 5
10 O
O SEnz
O
O
7x
SCoA O
O O O
[O] O A
Redução/Desidratação
O X
HO
HO
B O
O
HO
OH OH
y
O via 1 via 2
Succinil-CoA ácido pirúvico
(forma enólica)
O OH
O
X
O OH
O O HO
HO
HO
HO C F
oxaspirol (E/C)
O OH O OH
OH X O
O OH O OH
HO HO
HO HO
D E
H2O
O
O OH
HO
HO F
oxaspirol
OH
OH O HO
COOH
O
O OH
HO
HO J
G
HO
forma ceto
descarboxilação descarboxilação
metilação no -OH
OH
HO O
O
O
HO
H HO K
HO
14
migração
1,2-cetoalcool
O
OH
HO
HO I
15
8 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALY, A. H.; DEBBAB, A.; PROKSCH, P. Fungal endophytes: unique plant inhabitants
with great promises. Applied Microbiology Biotechnology, v. 90, n. 6, p. 1829-
1845, 2011.
ALY, A. H.; DEBBAB, A.; KJER, J.; PROKSCH, P. Fungal endophytes from higher
plants: a prolific source of phytochemicals and other bioactive natural products.
Fungal Diversity, v. 41, n. 1, p. 1-16, 2010.
ARAUJO, W. L.; LACAVA, P. T.; MARCON, J.; LIMA, A. O. S.; SOBRAL, J. K.;
PIZZIRANI-KLEINER, A. A.; AZEVEDO, J. L. Guia prático: isolamento e
caracterização de microrganismos endofíticos. Piracicaba: CALO, 2010. 167 p.
ASAI, T.; CHUNG, Y.; SAKURAI, H.; OZEKI, T.; CHANG, F.; YAMASHITA, K.;
OSHIMA, Y. Tenuipyrone, a novel skeletal polyketide from the entomopathogenic
fungus, Isaria tenuipes, cultivated in the presence of epigenetic modifiers. Organic
Letters, v. 14, n. 2, p. 513-515, 2012a.
ASAI, T.; CHUNG, Y.; SAKURAI, H.; OZEKI, T.; CHANG, F.; WU, Y.; YAMASHITA,
K.; OSHIMA, Y. Highly oxidized ergosterols and isariotin analogs from an
entomopathogenic fungus, Gibellula formosana, cultivated in the presence of
epigenetic modifying agents. Tetrahedron, v. 68, p. 5817-5823, 2012b.
AYER, W.; CRUZ, E. R.; KAWAHARA, N.; MUIR, D. J.; PTASZYNSKA, K. Chemistry
associated with black galls on aspen the metabolites of lecythophora hoffmannii.
Revista Latinoamericana Química, v. 24, n. 3/4, p. 183-190, 1996.
BATISTA JUNIOR, J. M.; LOPES, A. A.; AMBRÓSIO, D. L.; REGASINI, L. O.; KATO,
M. J.; BOLZANI, V. S.; CICARRELI, R. M. B.; FURLAN, M. Natural chromenes and
chromene derivatives as potential anti-trypanosomal agents. Biological
Pharmaceutical Bulletin, v. 31, n. 3, p. 538-540, 2008.
BEAU, J.; KYLE, D. E.; BARISIC, B.; OLPHEN, A. V.; BAKER, B. J. Epigenetic
tailoring for the production of anti-infective cytosporones from the marine fungus
Leucostoma persoonii. Marine Drugs, v. 10, n. 4, p. 762-774, 2012.
BERRIDGE, M. V.; TAN, A. S.; McCOY, K. D.; WANG, R. The biochemical and
cellular basis of cell proliferation assays that use tetrazolium salts. Biochemica, v. 4,
p. 14-19, 1996.
BOUSTIE, J.; TOMASI, S.; GRUBE, M. Bioactive lichen metabolites: alpine habitats
as an untapped source. Phytochemistry Review, v. 10, n. 3, p. 287-307, 2011.
BROWNELL, A.; CHEN, Y.; YU, M.; WANG, X.; DEDEOGLU, A.; CICHETTI, F.;
JENKINS, B. G.; BEAL, M. F. 3-nitropropionic acid-induced neurotoxicity - assessed
by ultra high resolution positron emission tomography with comparison to magnetic
resonance spectroscopy. Journal of Neurochemistry, v. 89, n. 5, p. 1206-1214,
2004.
CARTER, G. T. Natural products and pharma 2011: strategic changes spur new
opportunities. Natural Product Report, v. 28, n. 11, p. 1783-1789, 2011.
CHEN, G.; CHEN, Y.; GAO, H.; SHEN, L.; WU, Y.; LI, X.; LI, Y.; GUO, L.; CEN, Y.;
YAO, X. Xanthoquinodins from the endolichenic fungal strain chaetomium elatum.
Journal of Natural Products, v. 76, n. 4, p. 702-709, 2013.
CHENG, M.; WU, M.; YUAN, G.; CHEN, Y.; SU, Y.; HSIEH, M.; CHEN, I. Secondary
metabolites and cytotoxic activities from the endophytic fungus Annulohypoxylon
squamulosum. Phytochemistry Letters, v. 5, n. 1, p. 219-223, 2012.
CHUNG, Y.; EL-SHAZLY, M.; CHUANG, D.; HWANG, T.; ASAI, T.; OSHIMA, Y.;
ASHOUR, M. L.; WU, Y.; CHANG, F. Suberoylanilide hydroxamic acid, a histone
deacetylase inhibitor, induces the production of anti-inflammatory cyclodepsipeptides
from Beauveria feline. Journal of Natural Products, v. 76, n. 7, p. 1260-1266, 2013.
DOI, J.; HIROTA, A.; NAKAGAWA, M.; SAHAI, H.; ISOGAI, A. Structure of a new
antibiotic oxaspirol A. Agricultural and Biological Chemistry, v. 49, n. 7,
p. 2247-2248, 1985.
ELSASSER, B.; KROHN, K.; FLORKE, U.; ROOT, N.; AUST, H.; DRAEGER, S.;
SCHULZ, B.; ANTUS, S.; KURTAN, T. X-ray structure determination, absolute
configuration and biological activity of phomoxanthone A. European Journal of
Organic Chemistry, v. 2005, n. 18, p. 4563-4570, 2005.
EIFLER-LIMA, V. L.; SPERRY, A.; SINBANDHIT, S.; BOUSTIE, J.; TOMASI, S.;
SCHENKEL, E. NMR spectral data of salazinic acid isolated from some species of
Parmotrema. Magnetic Resonance in Chemistry, v. 38, n. 6, p. 472-474, 2000.
FISH, K. M.; GILLASPY, A. F.; GIPSON, M.; HENRIKSON, J. C.; HOOVER, A. R.;
JACKSON, L.; NAJAR, F. Z.; WÄGELE, H.; CICHEWICZ, R. H. Chemical induction
of silent biosynthetic pathway transcription in Aspergillus niger. Journal of Industrial
Microbiology Biotechnology, v. 36, n. 9, p. 1199-1213, 2009.
GREVE, H.; MOHAMED, I. E.; PONTIUS, A.; KEHRAUS, S.; GROSS, H.; KONIG, G.
M. Fungal metabolites: structural diversity as incentive for anticancer drug
development. Phytochemistry Review, v. 9, n. 4, p. 537-545, 2010.
GUO, B.; WANG, Y.; SUN, X.; TANG, K. Bioactive natural products from endophytes:
a review. Applied Biochemistry and Microbiology, v. 44, n. 2, p. 136-142, 2008.
GUO, B.; DAI, J.; NG, S.; HUANG, Y.; LEONG, C.; ONG, W.; CARTE, B. K. Cytonic
acids A and B: novel tridepside inhibitors of hcmv protease from the endophytic
fungus Cytonaema species. Journal of Natural Products, v. 63, n. 5, p. 602-604,
2000.
GURE, A.; SLIPPERS, B.; STENLID, J. Seed-borne Botryosphaeria spp. from native
Prunus and Podocarpus trees in Ethiopia, with a description of the anamorph
Diplodia rosulata sp. Mycological Research, v. 109, n. 9, p. 1005-1014, 2005.
HE, J.; CHEN, G.; GAO, H.; YANG, F.; LI, X.; PENG, T.; GUA, L.; YAO, X.
Heptaketides with antiviral activity from three endolichenic fungal strains Nigrospora
sp., Alternaria sp. and Phialophora sp. Fitoterapia, v. 83, n. 6, p. 1087-1091, 2012.
JIANG, M.; LI, Y.; WANG, F.; LIU, J. Isoprenylated cyclohexanoids from the
basidiomycete Hexagonia speciosa. Phytochemistry, v. 72, p. 923-928, 2011.
JIANG, M.; ZHANG, L.; LIU, R.; DONG, Z.; LIU, J. Speciosins A-K, oxygenated
cyclohexanoids from the Basidiomycete Hexagonia speciosa. Journal of Natural
Products, v. 72, n. 8, p. 1405-1409, 2009.
KAFFER, M. I.; LEMOS, A. T.; APEL, M. A.; ROCHA, J. V.; MARTINS, S. M. A.;
VARGAS, V. M. F. Use of bioindicators to evaluate air quality and genotoxic
compounds in an urban environment in Southern Brazil. Environmental Pollution,
v. 163, p. 24-31, 2012.
KHARWAR, R. N.; MISHRA, A.; GOND, S. K.; STIERLE, A.; STIERLE, D. Anticancer
compounds derived from fungal endophytes: their importance and future challenges.
Natural Product Report, v. 28, n. 7, p. 1208-1228, 2011.
KOEHN, E.; CARTER, G. T. The envolving rule of natural products in drug discovery.
Nature Reviews Drug Discovery, v. 4, n. 3, p. 206-220, 2005.
KROHN, K.; BAHRAMSARI, R.; FLORKE, U.; LUDEWIG, K.; KLICHESPORY, C.;
MICHEL, A.; AUST, H.; DRAEGER, S.; SCHULZ, B.; ANTUS, S.
Dihydroisocoumarins from fungi: isolation, structure elucidation, circular dichroism
and biological activity. Phytochemistry, v. 45, n. 2, p. 313-320, 1997.
KUSARI, S.; SPITELLER, M. Are we ready for industrial production of bioactive plant
secondary metabolites utilizing endophytes? Natural Product Report, v. 28,
p. 1203-1207, 2011.
179
Referências
LI, G.; WANG, H.; ZHU, R.; SUN, L.; WANG, L.; LI, M.; LI, Y.; ZHAO, Z.; LOU, H.
Phaeosphaerins A−F, cytotoxic perylenequinones from an endolichenic fungus,
Phaeosphaeria sp. Journal of Natural Products, v. 75, n. 2, p. 142-147, 2012.
LI, L.; ADAMS, L. S.; CHEN, S.; KILLIAN, C.; AHMED, A.; SEERAM, N. P. Eugenia
jambolana Lam. berry extract inhibits growth and induces apoptosis of human breast
cancer but not non-tumorigenic breast cells. Journal of Agricultural and Food
Chemistry, v. 57, n. 3, p. 826-831, 2009.
LOPES, A. A.; BALDOQUI, D. C.; LOPES, S. N.; KATO, M. J.; BOLZANI, V. S.;
FURLAN, M. Biosynthetic origins of the isoprene units of gaudichaudianic acid in
Piper gaudichaudianum (Piperaceae). Phytochemistry, v. 68, n. 15, p. 2053-2058,
2007.
MAIER, W.; HAMMER, U.; DAMMANN, U.; SCHULZ, B.; STRACK, D. Acumulation
os sesquiterpenoid cyclohexenone derivates induced by an arbuscular mycorrhizal
fungus in members of the Poaceae. Planta, v. 202, n. 1, p. 36-42, 1997.
MENG, X.; YANG, J.; XU, X.; ZHANG, L.; NIE, Q.; XIAN, M. Biodiesel production
from oleaginous microorganisms. Renewable Energy, v. 34, n. 1, p. 1-5, 2009.
180
Referências
MOSMAN, T. Rapid colorimetric assay for cellular growth and survival: application to
proliferation and cytotoxicity assays. Journal of Immunological Methods, v. 65,
n. 1/2, p. 55-63, 1983.
MURAKAMI, T.; TSUSHIMA, T.; TAKADA, N.; TANAKA, K.; NIHEI, K.; MIURA, T.;
HASHIMOTO, M. Four analogues of spiroleptosphol isolated from Leptosphaeria
doliolum. Bioorganic Medicinal Chemistry, v. 17, n. 2, p. 192-495, 2009.
NEWMAN, D. J.; CRAGG, G. M. Natural products as sources of new drugs over the
last 25 years. Journal of Natural Products, v. 70, n. 3, p. 461-477, 2007.
NEWMAN, D. J.; CRAGG, G. M. Natural products as sources of new drugs over the
30 years from 1981 to 2010. Journal of Natural Products, v. 75, n. 3, p. 311-335,
2012.
OHMURA, Y.; KAWACHI, M.; KASAI, F.; SUGIURA, H.; OHTARA, K.; KON, Y.;
HAMADAS, N. Morphology and chemistry of Parmotrema tinctorum (Parmeliaceae,
lichenized Ascomycota) transplanted into sites with different air pollution levels.
Bulletin of the National Museum of Nature and Science, v. 35, n. 2, p. 91-98,
2009.
ONDEYKA, J. G.; HELMS, G. L.; HENSENS, O. D.; GOETZ, M. A.; ZINK, D. L.;
TSIPOURAS, A.; SHOOP, W. L.; SLAYTON, L.; DOMBROWSKI, A. W.;
POLISHOOK, J. D.; OSTLIND, D. A.; TSOU, N. N.; BALL, R. G.; SINGH, S. B.
Nodulisporic acid A, a novel and potent insecticide from a Nodulisporium sp.
isolation, structure determination, and chemical transformations. Journal of
American Chemical Society, v. 119, n. 38, p. 8809-8816, 1997.
PERDOMO, H.; SUTTON, D. A.; GARCIA, D.; FOTHERGILL, A. W.; GENE, J.;
CANO, J.; SUMMERBELL, R. C.; RINALDI, M. G.; GUARRO, J. Molecular and
phenotypic characterization of Phialemonium and Lecythophora isolates from clinical
samples. Journal of Clinical Microbiology, v. 49, n. 4, p. 1209-1216, 2011.
QUIN, S.; KROHN, K.; HUSSAIN, H.; SCHULZ, B.; DRAEGER, S. Pestalotheols E–
H: antimicrobial metabolites from an endophytic fungus isolated from the tree
Arbutus. European Journal of Organic Chemistry, v. 2011, n. 6, p. 5163-5166,
2011.
SANCHEZ- AZEFEIFA, A.; OKI, Y.; FERNANDES, G. W.; BALL, R. A.; GAMON, J.
Relationships between endophyte diversity and leaf optical properties. Trees, v. 26,
n. 2, p. 291-299, 2012.
182
Referências
SCHULZ, B.; BOYLE, C.; DRAEGER, S.; ROMMERT, A.; KROHN, K. Endophytic
fungi: a source of novel biologically active secondary metabolites. Mycological
Research, v. 106, n. 9, p. 996-1004, 2002.
SHIN, W-H.; PARK, S-J.; KIM, E-J. Protective effect of anthocyanins in middle
cerebral artery occlusion and reperfusion model of cerebral ischemia in rats. Life
Science, v. 79, n. 2, p. 130-137, 2006.
SHWETA, S.; ZUEHLKE, S.; RAMESHA, B. T.; PRITI, V.; MOHANA, K. P.;
RAVIKANTH, G.; SPITELLER, M.; VASUDEVA, R. Endophytic fungal strins of
Fusarium solani, from Apodytes dimidiate E. Mey. ex Arn (Icacinaceae) produce
camptothecin, 10-hydroxycamtothecin and 9-methoxycamotothecin.
Phytochemistry, v. 71, n. 1, p. 117-122, 2010.
SKEHAN, P.; STORENG, R.; SCUDIERO, D.; MONKS, A.; McMAHON, J.; VISTICA,
D.; WARREN, J. T.; BODESCH, H.; KENNEY, S.; BOYD, M. R. New colorimetric
cytotoxicity assay for anticancer - drug screening. Journal of the Natural Cancer
Institute, v. 82, n. 13, p. 1107-1112, 1990.
STANLY, C.; ALI, M. H.; KENG, C. L.; BOEV, P. L.; BHATT, A. Comparative
evaluation of antioxidant activity and total phenolic content of selected lichen species
from Malaysia. Journal of Pharmacy Research, v. 8, n. 4, p. 2824-2827, 2011.
STROBEL, G.; DAISY, B. Bioprospecting for microbial endophytes and their natural
products. Microbiology and Molecular Biology Reviews, v. 67, n. 4, p. 491-502,
2003.
STROBEL, G.; DAISY, B.; CASTILLO, U.; HARPER, J. Natural products from
endophytic microorganisms. Journal of Natural Products, v. 67, n. 2, p. 257-268,
2004.
TEJESVI, M. V.; NALINI, M. S.; MAHESH, B.; PRAKASH, H. S.; KINI, K. R.;
SHETTY, H. S.; SUBBIAH, V. New hopes from endophytic fungal secondary
metabolites. Boletín de la Sociedad Química de México, v. 1, n. 1, p. 19-26, 2007.
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 10. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2012. 934 p.
TULP, M.; BOHLIN, L. Unconventional natural sources for future drug discovery.
Drug Discovery Today, v. 10, n. 9, p. 450-458, 2004.
VIEGAS JUNIOR, C.; BOLZANI, V. S.; FURLAN, M.; FRAGA, C. A. M.; BARREIRO,
E. J. Produtos naturais como candidatos a fármacos úteis no tratamento do mal de
Alzheimer. Química Nova, v. 27, n. 4, p. 655-660, 2004.
WANG, L.; XU, B.; WANG, J.; SU, Z.; LIN, F.; ZHANG, C.; KUBICEK, C. P. Bioactive
metabolites from Phoma species, an endophytic fungus from the Chinese medicinal
plant Arisaema erubescens. Applied Microbiology and Biotechnology, v. 93, n. 3,
p. 1231-1239, 2012.
WANG, Q.; BAO, L.; YANG, X.; GUA, H.; REN, B.; GUA, L.; SONG, F.; WANG, W.;
LIU, H.; ZHANG, L.Tricycloalternarenes F–H: three new mixed terpenoids produced
by an endolichenic fungus Ulocladium sp. using OSMAC method. Fitoterapia, v. 85,
p. 8-13, 2013a.
WANG, Q.; BAO, L.; YANG, X.; LIU, D.; GUO, H.; DAI, H.; SONG, F.; ZHANG, L.;
GUO, L.; LI, S.; LIU, H. Ophiobolins P–T, five new cytotoxic and antibacterial
sesterterpenes from the endolichenic fungus Ulocladium sp. Fitoterapia, v. 90,
p. 220-227, 2013b.
WANG, X-N.; BASHYAL, B. P.; WIJERATNE, E. M. K.; U’REN, M. J.; LIU, M. X.;
GUNATILAKA, M. K.; ARNOLD, E.; GUNATILAKA, A. A. L. Smardaesidins A–G,
isopimarane and 20-nor-isopimarane diterpenoids from Smardaea sp., a fungal
endophyte of the moss Ceratodon purpureus. Journal of Natural Products, v. 74,
n. 10, p. 2052-2061, 2011.
XU, Y.; LU, C.; ZHENG, Z.; SHEN, Y. New polyketides isolated from Botryosphaeria
australis strain ZJ12-1A. Helvetica Chimica Acta, v. 94, n. 5, p. 897-902, 2011.
185
Referências
ZHANG, B.; SALITURO, G.; SZALKOWSKI, D.; LI, Z.; ZHANG, Y. ROYO, I.;
VILELLA, D.; DÍEZ, M. T.; PELAEZ, F.; RUBY, C.; KENDALL, R. L.; MAO, X.;
GRIFFIN, P.; CALAYCAY, J.; ZIERATH, J. R.; HECK, J. V.; SMITH, R. G.; MOLLER,
D. E. Discovery of a small molecule insulin mimetic with antidiabetic activity in mice.
Science, v. 284, n. 5416, p. 974-977, 1999.
ZHANG, F.; LIU, S.; LU, X.; GUO, L.; ZHANG, H.; CHE, Y. Allenyl and alkynyl phenyl
ethers from the endolichenic fungus Neurospora terrícola. Journal of Natural
Products, v. 72, n. 10, p. 1782-1785, 2009.
ZHANG, F.; LI, L.; NIU, S.; SI, Y.; GUO, L.; JIANG, X.; CHE, Y. A
Thiopyranchromenone and other chromone derivatives from an endolichenic fungus,
Preussia Africana. Journal of Natural Products, v. 75, n. 2, p. 230-237, 2012.
ZHANG, Y.; SEERAM, N. P.; LEE, R.; FENG, L.; HEBER, D. Isolation and
identification of strawberry phenolics with antioxidant and human cancer cell
antiproliferative properties. Journal Agricultural and Food Chemistry, v. 56, n. 3,
p. 670-675, 2008.
ZHAO, J. H.; ZHANG, Y. L.; WANG, L. W.; WANG, J. Y.; ZHANG, C. L. Bioactive
secondary metabolites from Nigrospora sp. LLGLM003, an endophytic fungus of the
medicinal plant Moringa oleifera Lam. World Journal of Microbiology and
Biotechnology, v. 28, n. 5, p. 2107-2112, 2012.
186
ANEXOS
Figura 83: Espectro de Massas de alta resolução para a substância 1 (Ej-f3)
Intens. -MS, 5.4min #320
x104
117.0191
2.5
2.0
118.0148
1.5
1.0
0.5
112.9853 131.0835
151.0387
147.0467 153.0179
110.9758
135.0426 145.0512
129.0202 149.0463
0.0
100 110 120 130 140 150 m/z
187
Figura 84: Espectro de Massas de alta resolução para a substância 1 (Ej-fv2)
Intens. -MS, 2.5-4.9min #(149-295)
x104
117.0191
1.5
1.0
0.5
118.0180
112.9855 129.0190
139.0002 151.0399
0.0
100 110 120 130 140 150 m/z
188
Figura 85: Espectro de Massas de alta resolução para a substância 4
Intens. +MS, 2.5-3.6min #(150-215)
x105
317.1317
611.2777
333.1088
189
Figura 86: Espectro de RMN de 1H da substância 4 (DMSO-d6, 500MHz)
190
Figura 87: Espectro de RMN de 13C da substância 4 (DMSO-d6, 125 MHz)
191
Figura 88: Espectro de HMQC da substância 4 (DMSO-d6)
192
Figura 89: Espectro de HMBC da substância 4 (DMSO-d6)
193
Figura 90: Espectro de COSY 1H-1H da substância 4 (DMSO-d6)
194
Figura 91: Espectro de Massas de alta resolução para a substância 5
Intens. +MS, 2.5-4.8min #(151-288)
x105
301.1360
1.50
576.2780
1.25
155.0594
1.00
437.2029
0.75
331.1467
0.50 317.1122
715.3520
243.1049
188.0802
0.25
279.1541
122.0388
382.1779
507.3214
0.00
200 300 400 500 600 700 m/z
195
Figura 92: Espectro de RMN de 1H da substância 5 e 6 (DMSO-d6, 500 MHz)
196
Figura 93: Espectro de RMN de 13C da substância 5 e 6(DMSO-d6, 125 MHz)
197
Figura 94: Espectro de HMQC da substância 5 e 6(DMSO-d6)
198
Figura 95: Espectro de HMBC da substância 5 e 6(DMSO-d6)
199
Figura 96: Espectro de COSY da substância 5 e 6(DMSO-d6)
200
Figura 97: Espectro de ROESY da substância 5 e 6 (DMSO-d6)
201
Figura 98: Espectro de Massas de alta resolução para a substância 7
Intens. +MS, 2.9-6.2min #(176-370)
x104
315.1162
393.2921
275.0871
2
253.1027
551.3499 595.3744
639.4015
507.3231
4.0162
0
200 300 400 500 600 700 m/z
202
Figura 99: Espectro de RMN de 1H para a substância 7 (CDCl3)
203
Figura 100: Espectro de HMQC para a substância 7 (CDCl3)
204
Figura 101: Espectro de HMBC para a substância 7 (CDCl3)
205
VanessaFr01-P9_esipos_1106201201_120605172101 #5-39 RT: 0.05-0.47 AV: 35 NL: 7.18E1
Figura 102: Espectro de Massas de baixa resolução para a substância 8
T: ITMS - c ESI Full ms [50.00-800.00]
60.23
100
90
80
70
60
50
62.20
40
201.67
30
20 75.29
10 77.26 219.84
235.83
98.46 181.80
0
100 150 200 250 300 350
m/z
206
Figura 103: Espectro de RMN de 1H da substância 8 (DMSO-d6)
207
Figura 104: Espectro de RMN de HMBC da substância 8 (DMSO-d6)
208
Figura 105: Espectro de RMN de COSY da substância 8 (DMSO-d6)
209
VanessaFr01-P10_esineg_1106201201_120605172101 #29 RT: 0.29 AV: 1 NL: 4.28E2
Figura 106: Espectro de massas de baixa resolução para a substância 9
T: ITMS - c ESI Full ms [55.00-400.00]
205.36
100
90
80
70
60
50
40 207.11
30
20
209.89
10 62.42 221.53
203.16 255.46 321.18 339.64 373.38
0
100 150 200 250 300 350 400
m/z
210
Figura 107: Espectro de RMN de 1H da substância 9 (DMSO-d6)
211
Figura 108: Espectro de HMQC da substância 9 (DMSO-d6, 500 MHz)
212
Figura 109: Espectro de HMBC da substância 9 (DMSO-d6, 500 MHz)
213
Figura 110: Espectro de COSY da substância 9 (DMSO-d6, 500 MHz)
214
Figura 111: Espectro de massas de baixa resolução para a substância 10
Vanessa_Fr01_P11_esipos_1206201201_120611161116 #18 RT: 0.13 AV: 1 NL: 3.86E3
T: ITMS + c ESI Full ms [55.00-800.00]
205.18
100
90
80 279.12
70
Relative Abundance
60
50
40 187.30
85.06
30
207.26
20
219.26 301.30 345.26 391.13 443.62
107.08
10 149.21 261.34 317.42
117.10
0
100 150 200 250 300 350 400
m/z
215
Figura 112: Espectro de RMN de 1H da substância 10 (DMSO-d6, 500 MHz)
216
Figura 113: Espectro de HMQC da substância 10 (DMSO-d6)
217
Figura 114: Espectro de HMBC da substância 10 (DMSO-d6)
218
Figura 115: Espectro de COSY da substância 10 (DMSO-d6)
219
Figura 116: Espectro de NOESY da substância 10 (DMSO-d6)
220
Figura 117: Espectro de Massas de alta resolução para a substância 11
Intens. +MS, 2.3-5.1min #(138-306)
x105
413.2616
1.0
217.0436
0.8
588.4052
0.6 441.2933
0.4
233.1221
157.0810
0.2 177.0519
196.0904 301.1362
393.2920
604.3805
457.2677
284.3261 487.3537509.1756531.3798
0.0
150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 m/z
221
Figura 118: Espectro de RMN de 1H da substância 11 (CDCl3, 500 MHz)
222
Figura 119: Espectro de HMQC da substância 11 (CDCl3, 500 MHz)
223
Figura 120: Espectro de HMBC da substância 11 (CDCl3, 500 MHz)
224
Figura 121: Espectro de COSY da substância 11 (CDCl3, 500 MHz)
225
Figura 122: Espectro de RMN de 1H dsa substâncias 12 e 13 (CDCl3, 500 MHz)
226
Figura 123: Espectro de Massas de alta resolução para as substâncias 12 e 13
Intens. +MS, 2.0-3.5min #(119-206)
x104
217.0438
8
413.2619
4 267.1077
195.0626 441.2939
301.1369
2
177.0520 487.3561
588.4052
393.2931 531.3821
245.1246
329.1679 355.2771 619.4333
283.1003
547.3549
157.0810 503.3310 635.4058
0
150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 m/z
227
Figura 124: Espectro de RMN de 1H das substâncias 3 (CDCl3, 500 MHz)
228
Figura 125: Espectro de RMN de 1H da substância 14 (CDCl3)
229
Figura 126: Espectro de RMN de 13C da substância 14 (CDCl3)
230
Figura 127: Espectro de HMQC da substância 14 (CDCl3)
231
Figura 128: Espectro de HMBC da substância 14 (CDCl3)
232
Figura 129: Espectro de COSY da substância 14 (CDCl3)
233
Figura 130: Espectro de ROESY da substância 14 (CDCl3)
234
Figura 131: Espectro de RMN de 1H da substância 15 (CDCl3)
235
Figura 132: Espectro de RMN de 13C da substância 15 (CDCl3)
236
Figura 133: Espectro de HMQC da substância 15 (CDCl3)
237
Figura 134: Espectro de HMBC da substância 15 (CDCl3)
238
Figura 135: Espectro de COSY da substância 15 (CDCl3)
239
Figura 136: Espectro de RMN de 1H da substância 16 (400 MHz, CDCl3)
240
Figura 137: Espectro de RMN de 13C da substância 16 (CDCl3)
241
Figura 138: Espectro de HMQC da substância 16 (CDCl3)
242
Figura 139: Espectro de COSY da substância 16 (CDCl3)
243
Figura 140: Espectro de ROESY da substância 16 (CDCl3)
244
Figura 141: Espectro de RMN de 1H da substância 17 (CDCl3)
245
Figura 142: Espectro de RMN de 13C da substância 17 (CDCl3)
246
Figura 143: Espectro de HSQC da substância 17 (CDCl3)
247
Figura 144: Espectro de HMBC da substância 17 (CDCl3)
248
Figura 145: Espectro de COSY da substância 17 (CDCl3)
249
Figura 146: Espectro de ROESY da substância 17 (CDCl3)
250
Figura 147: Espectro de RMN de 1H da substância 18 (CDCl3)
251