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2018 Semana 08
02 ____06
abr
•
•
•
•
•
Inibição enzimática
Competitiva
Não competitiva
o inibidor competitivo
não competitivo
Reversível
Irreversível
Fil.
Professor: Gui Franco
Monitor: Leidiane Oliveira
Fil.
06
Aristóteles: conceitos básicos
abr
RESUM O
Aristóteles (384 - 322 a.C) foi um dos mais importantes pensadores da Antiguidade grega, tendo sido
discípulo de Platão por aproximadamente vinte anos para, posteriormente, desenvolver sua própria filosofia.
O filósofo nasceu em Estagira em 384 a.C, vindo a falecer em Atenas em 322 a.C, deixando um legado
impressionante para a cultura ocidental através de livros que abordam assuntos como a Ética, a Metafísica, a
preceptor do conquistador Alexandre, o Grande, que construiu um Império sem precedentes na Antiguidade.
essência comum, é exatamente a isso que Aristóteles dá o nome de forma, enquanto a matéria é pura
Fil.
passividade, princípio indeterminado do mundo físico.
Outra importante distinção é a que existe entre essência e acidente. Para entender essa distinção
devemos compreender que o conceito aristotélico de substância diz respeito àquilo que é em si mesmo.
Mas, a substância ( o que existe em si) pode receber atributos essenciais ou acidentais. Nesse sentido, a
essência é entendida como aquilo que dá identidade a uma substância, de modo que, se lhe faltasse, ela não
poderia ser ela mesma. Já o acidente é aquilo que a substância pode ou não ter, sem que sua identidade seja
alterada por isso. Temos ainda a distinção aristotélica entre ato e potência, onde esta última (potência) se
refere a capacidade de uma substância de se tornar alguma coisa, ou seja, diz respeito às suas possibilidades
de transformação ou mudança. Já aquilo que existe em ato se refere a maneira como uma certa coisa existe
no momento presente, isto é, atualmente, e não virtualmente.
Quatro causas são responsáveis pela existência e transformação das substâncias. A causa formal é a
forma ou essência da substância. A causa material é a matéria de que a substância é feita. A causa eficiente é
quem fez ou produziu a substância. A causa final é o propósito, o objetivo, a finalidade da substância. Por
EXERCÍ CI OS DE AULA
1. Para Aristóteles,
Só julgamos que temos conhecimento de uma coisa quando conhecemos sua causa. E há quatro tipos
de causa: a essência, as condições determinantes, a causa eficiente desencadeadora do processo e a
causa final.
(ARISTÓTELES. Analíticos Posteriores. Livro II. Bauru: Edipro. 2005. p. 327.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a metafísica aristotélica, é correto afirmar.
a) A existência de um plano superior constituído das ideias e atingido apenas pelo intel ecto permite
a Aristóteles a compreensão objetiva dos fenômenos que ocorrem no mundo físico.
b) A realidade, para Aristóteles, sendo constituída por seres singulares, concretos e mutáveis, pode
ser conhecida indutivamente pela observação e pela experimentação.
c) Para a compreensão das transformações e da mutabilidade dos seres, Aristóteles recorre ao
princípio da criação divina.
d) Na metafísica aristotélica, a compreensão do devir de todas as coisas está vinculada à
determinação da causa material e da causa formal sobre a causa final.
e) Para Aristóteles, todas as coisas tendem naturalmente para um fim (telos), sendo esta concepção
teleológica da realidade a que explica a natureza de todos os seres.
2. "Todos os homens, por natureza, desejam conhecer. Sinal disso é o prazer que nos proporcionam os
nossos sentidos; pois, ainda que não levemos em conta a sua utilidade, são estimados por si mesmos;
e, acima de todos os outros, o sentido da visão". Mais adiante, Aristóteles afirma: "Por outro lado, não
identificamos nenhum dos sentidos com a Sabedoria, se bem que eles nos proporcionem o
conhecimento mais fidedigno do particular. Não nos dizem, contudo, o porquê de coisa alguma".
Fonte: ARISTÓTELES, Metafísica. Tradução de Leonel Vallandro. Porto Alegre: Globo, 1969, p. 36 e 38.
Com base nos textos acima e nos conhecimentos sobre a metafísica de Aristóteles, considere as
afirmativas a seguir.
I. Para Aristóteles, o desejo de conhecer é inato ao homem.
II. O desejo de adquirir sabedoria em sentido pleno representa a busca do conhecimento em mais alto
grau.
III. O grau mais alto de conhecimento manifesta-se no prazer que sentimos em utilizar nossos sentidos.
IV. Para Aristóteles, a sabedoria é a ciência das causas particulares que produzem os eventos.
Aristóteles. Categorias. Trad. Ricardo Santos. Porto: Porto Editora, 1995, p. 39.
Tendo o texto acima como referência, é correto afirmar que, segundo Aristóteles,
a) a substância primeira, assim como o acidente, existe em algum sujeito e é dito dele.
b) as substâncias segundas assemelham-se às Formas de Platão por ambas existirem em si e por si
mesmas.
c) as substâncias segundas são universais que não existem por si mesmos, mas que podem ser
conhecidos.
d) a substância primeira diferencia-se da substância segunda por esta última englobar todos os
acidentes a ela pertencentes.
4.
quer dizer: o que é possível segundo a verossimilhança e a necessidade. Com efeito, não diferem o
historiador e o poeta por escreverem verso ou prosa [...] diferem, sim, em que diz um as coisas que
sucederam, e outro as que poderiam suceder. Por isso a poesia é algo de mais filosófico e mais sério
do que a história, pois refere a
(ARISTÓTELES. Poética. Trad. de Eudoro de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 209.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a estética em Aristóteles, é correto afirmar:
a) A poesia é uma cópia imperfeita, realizada no mundo sensível, sob a inspiração das musas e distante
da verdade.
b) Os poetas, de acordo com a sua índole, representam pessoas de caráter elevado, como ocorre na
tragédia, ou homens inferiores, como na comédia.
c) A poesia deve ser fiel aos acontecimentos históricos e considerar os fatos em sua particularidade.
d) A poesia deve a sua origem à história e a compreensão daquela supõe o entendimento da própria
natureza do ser humano.
e) A imitação, que ocorre na tragédia, representa uma ação completa e de caráter elevado, de uma
forma narrativa e não dramática.
EXERCÍ CI OS DE CASA
1. Aristóteles rejeitou a dicotomia estabelecida por Platão entre mundo sensível e mundo inteligível. No
entanto, acabou fundindo os dois conceitos em um só. Esse conceito é
a) a forma, aquilo que faz com que algo seja o que é. É o princípio de inteligibilidade das coisas.
b) a matéria, enquanto princípio indeterminado de que o mundo físico é composto, e aquilo de que
algo é feito.
c) a substância, enquanto aquilo que é em si mesmo e enquanto é suporte dos atributos.
d) o Ato Puro ou Primeiro Motor Imóvel, causa incausada e causa primeira e necessária de todas as
coisas.
2. A substância, no sentido o mais fundamental, primeiro e principal do termo, é o que não se afirma de
André é um homem branco, tem dois metros de altura, e hoje se encontra sentado na esqui na, lendo
um romance que o emociona a cada página. Considerando os textos acima, é correto afirmar que
a) o conceito aristotélico de substância expressa uma crítica ao abstracionismo da ideia platônica e,
segundo Aristóteles, podemos afirmar que o essencial n
Fil.
hoje ele se emocionou na sua leitura.
b) o conceito aristotélico de substância é um outro nome para ideia platônica e, segundo Aristóteles,
c) o conceito aristotélico de substância expressa uma crítica à teoria das ideias de Platão e, segundo
3. -se dois
modos de ser muito diferentes e, em certo sentido, opostos. Aristóteles, de fato, chama o ser da
potência até mesmo de não-ser, no sentido de que, com relação ao ser-em-ato, o ser-em-potência é
não-ser-em-
REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. Vol. II. Trad. de Henrique Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São
Paulo: Loyola, 1994, p. 349.
A partir da leitura do trecho acima e em conformidade com a Teoria do Ato e Potência de Aristóteles,
assinale a alternativa correta.
a) Para Aristóteles, ser-em-ato é o ser em sua capacidade de se transformar em algo diferente dele
mesmo, como, por exemplo, o mármore (ser-em-ato) em relação à estátua (ser-em-potência).
b) Segundo Aristóteles, a teoria do ato e potência explica o movimento percebido no mundo sensível.
Tudo o que possui matéria possui potencialidade (capacidade de assumir ou receber uma forma
diferente de si), que tende a se atualizar (assumindo ou recebendo aquela forma).
c) Para Aristóteles, a bem da verdade, existe apenas o ser-em-ato. Isto ocorre porque o movimento
verificado no mundo material é apenas ilusório, e o que existe é sempre imutável e imóvel.
d) Segundo Aristóteles, o ato é próprio do mundo sensível (das coisas materiais) e a potência se
encontra tão-somente no mundo inteligível, apreendido apenas com o intelecto.
Fil.
o bem (porque este é, com efeito, o fim de
Adaptado de: ARISTÓTELES. Metafísica. Trad. De Vincenzo Cocco. São Paulo: Abril S. A. Cultural, 1984. p.16. (Coleção
Os Pensadores.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que indica, corret amente,
a ordem em que Aristóteles apresentou as causas primeiras.
a) Causa final, causa eficiente, causa material e causa formal.
b) Causa formal, causa material, causa final e causa eficiente.
c) Causa formal, causa material, causa eficiente e causa final.
d) Causa material, causa formal, causa eficiente e causa final.
e) Causa material, causa formal, causa final e causa eficiente
Com base nos textos e nos conhecimentos sobre Aristóteles, é correto afirmar:
a) Aqueles que sustentam, com Heráclito, conceber verdadeiramente que propriedades contrárias
podem subsistir e não subsistir no mesmo sujeito opõem-se ao princípio de não contradição.
b) Pelo princípio de não contradição, sustenta-se a tese heracliteana de que, numa enunciação
verdadeira, se possa simultaneamente afirmar e negar um mesmo predicado de um mesmo sujeito,
em um mesmo sentido.
c) Nas demonstrações sobre as realidades suprassensíveis, é possível conceber que propriedades
contrárias subsistam simultaneamente no mesmo sujeito, sem que isso incorra em contradição
lógica, ontológica e epistêmica.
d) Para que se possa fundamentar o estatuto axiomático do princípio de não contradição, exige-se
que sua evidência, enquanto princípio primário, seja submetida à demonstração.
e) Com o princípio de não contradição, torna-se possível conceber que, se existem duas coisas não
idênticas, qualquer predicado que se aplicar a uma delas também poderá ser aplicado
necessariamente à outra.
QUESTÃO CONTEXTO
Fil.
Exercícios de aula
1. e
Aristóteles concebe quatro causas primeiras que explicam a origem, o motivo e o ser das coisas
(essências): a causa material (a matéria que é feita uma coisa), a causa formal (a forma que uma essência
possui), a causa eficiente (a origem da essência) e a causa final (que dá a razão para alguma coisa existir).
É em relação a esta última causa que se pode dizer que Aristóteles compreende um fim para toda
realidade da natureza dos seres.
2. a
Para Aristóteles, a busca pelo conhecimento é algo que faz parte da própria natureza humana, iniciando-
se e manifestando-se primeiramente através dos sentidos, que captam as substâncias, realidades
particulares. A partir desta captação inicial dos sentidos, degrau primeiro do conhecimento, o homem
vai então, mediante o poder de abstração do seu intelecto, obtendo sabedoria, isto é, apreendendo os
princípios universais que regem a realidade.
3. c
A substância corresponde a algo que não pode ser dito do sujeito. É o substrato das qualidades de um
ser. Quanto à diferenciação entre substância primeira e substância segunda, a primeira é aquela referente
aos seres individuais, enquanto que a segunda é referente aos sujeitos universais que não existem em si,
mas que podem ser conhecidos pelo pensamento, exatament e como afirma a alternativa [C].
4. b
Questão difícil. Não existe alternativa que esteja totalmente de acordo com o texto do enunciado.
errada porque ap
contrariam o enunciado da questão. A poesia não está vinculada à história, contrapondo -se a ela
justamente pelo fato de não precisar narrar (necessariamente) acontecimentos passados. Pelo contrário,
compreende-
relacionada ao texto.
Fil.
Exercícios de casa
1. c
Aristóteles criticou durante a metafísica do seu mestre Platão pois considerava o dualismo da Teoria das
Ideias algo inaceitável. De fato, como pode a essência de uma coisa estar separada da própria coisa? Foi
então que, superando o dualismo, Aristóteles propôs uma nova metafísica, na qual se compreende que
o mundo é constituído pelas substâncias, realidades particulares e autossuficientes, no interior das quais
se encontram as respectivas essências.
2. c
Segundo Aristóteles, em crítica à teoria das Ideias de Platão, toda coisa (realidade que subsiste por si
mesma) é uma substância. Por sua vez, no interior de cada substância, podem-se distinguir dois tipos de
características: a essência, característica primordial da substância, que a define (no caso do homem, por
exemplo, a racionalidade) e os acidentes, características secundárias, que compõem a substância, mas
que ela pode perder ou adquirir sem deixar de ser o que é. No caso da questão, a substância André é da
espécie humana pois sua essência é humana. Entretanto, André não deixaria de ser André caso sua pele
mudasse de cor ou caso começasse a andar pela rua: essas são características acidentais.
3. b
Para Aristóteles, toda mudança é sempre uma passagem da potência (possibilidade de ser, o que não
existe, mas que não é contraditório que exista, que pode existir) ao ato (aquilo que existe efetivamente).
Em outras palavras, para que algo mude e se torne real, primeiro necessitava ser possível.
4. a
Somente as afirmativas I e II são corretas. Um conhecimento discursivo (como o conhecimento científico)
depende do conhecimento dos princípios, que é, de certa forma, um conhecimento imediato da
ião é um
conhecimento que admite o falso, e por isso a afirmativa IV é incorreta. Já a afirmativa III contraria a frase
5. c
A causa formal ou forma é a essência da substância, a característica primordial que a define. A causa
material ou matéria é de que a substância é feita, o que a compõe. A causa eficiente é quem ou o que
fez, produziu a substância. A causa final é o propósito, objetivo da substância.
6. a
A melhor maneira de compreender o princípio do terceiro excluído é nos reportarmos à lógica. Como
todo pensamento, a proposição está submetida a três princípios lógicos (princípio da identidade, da não -
contradição e do terceiro excluído) fundamentais que são condições de toda a verdade. Dadas no
princípio do terceiro excluído, duas proposições com o mesmo sujeito e o mesmo predicado, uma
afirmativa e outra negativa, uma delas é necessariamente verdadeira e a outra necessariamente falsa. A é
x ou não-x, não havendo terceira possibilidade.
Questão contexto
Aristóteles define a mudança como uma passagem da potência ao ato . No linguajar aristotélico, potência é
uma possibilidade de ser que a substância tem, mas que ela não está realizando em dado momento. Por outro
lado, ato é aquilo que a substância realmente é em dado momento. Sendo assim o todo girino é um ato, mas
um sapo em potência.
Fil.
Fís.
Professor: Silvio Sartorelli
Monitor: João Carlos
Fís.
Aprofundamento nas leis 05
de Newton abr
RESUM O
Restou-nos apenas para concluir os estudos das leis de Newton, a sua segunda lei. Chega mais!
A resultante das forças externas ⃗� produz num corpo de massa m uma aceleração �⃗ na mesma direção e
sentido da resultante e de intensidade proporcional.
⃗� = �⃗
Fís.
� �� � :
�
= �=
�
Unidades:
Grandezas S.I. (M.K.S.) C.G.S. M.K*.S. (Técnico)
Força (F) newton (N) dina (dyn) quilograma-força (kgf)
Massa(m) quilograma (kg) grama (g) utm
Aceleração (a) m/ s² cm/ s² m/ s²
� ≈ ,
5
=
= , �
EXERCÍ CI OS DE AULA
1. Certos automóveis possuem um recurso destinado a manter a velocidade do veículo constante durante
a viagem. Suponha que, em uma parte de uma estrada sem curvas, o veículo passe por um longo trecho
em subida seguido de uma longa descida, sempre com velocidade constante. Desprezando o efeito
do atrito com o ar e supondo que o controle da velocidade é atribuído exclusivamente ao motor,
considere as afirmações:
I Durante o percurso, a resultante das forças aplicadas sobre o automóvel é constante e não nula.
II Durante o percurso, a resultante das forças aplicas sobre o automóvel é nula.
III A força tangencial aplicada pela pista às rodas tem mesmo sentido da velocidade na descida e
contrário na subida.
2. Observe a tirinha
Fís.
Uma garota de 50 kg está em um elevador sobre uma balança calibrada em newtons. O elevador move-
se verticalmente com aceleração para cima na subida e com aceleração para baixo na descida. O
módulo da aceleração é constante e igual a 2 m/ s² em ambas situações. Considerando g = 10 m/ s², a
diferença, em newtons, entre o peso aparente da garota, indicado na balança, quando o elevador sobe
e quando o elevador desce, é igual a
a) 50
b) 100
c) 150
d)200
e) 250
3. Rasgando a terra, tal como a proa de um navio corta as águas, o arado em forma de cunha é uma
ferramenta agrícola utilizada para revolver a terra, preparando -a para o cultivo. Para utilizá-lo, é
necessária a tração de um animal. Enquanto ele é puxado pelo animal, uma pessoa segura seus dois
manetes, orientando o movimento do arado.
Na figura, pode-se notar o ângulo que as lâminas formam entre si, assim como o engate onde os arreios
são fixados. Quando o arado representado na figura é engatado a um animal e esse animal se desloca
para frente, os vetores que representam as direções e sentidos das forças com que as lâminas do arado
empurram a terra, quando ele está em uso, estão melhor representados em
Desconsidere a ação do atrito entre as lâminas e a terra.
Fís.
4.
Um corpo de massa m está apoiado sobre a superfície vertical de um carro de massa M, como mostra
a figura acima. O coeficiente de atrito estático entre a superfície do carro e a do corpo é µ. Sendo g o
módulo da aceleração da gravidade, a menor aceleração (a) que o carro deve ter para que o corpo de
massa m não escorregue é
5. Ao tentar arrastar um móvel de 120 kg sobre uma superfície plana e horizontal, Dona Elvira percebeu
que, mesmo exercendo sua máxima força sobre ele, não conseguiria movê-lo, devido à força de atrito
entre o móvel e a superfície do solo. Chamou, então, Dona Dolores, para ajudá-la. Empurrando juntas,
elas conseguiram arrastar o móvel em linha reta, com aceleração escalar constante de módulo 2,0
m/ s².
Sabendo que as forças aplicadas pelas duas senhoras tinham a mesma direção e mesmo sentido do
movimento do móvel, que Dona Elvira aplicou uma força de módulo igual ao dobro da aplicada por
Dona Dolores e que durante o movimento atuou sobre o móvel uma força de atrito de intensidade
constante e igual a 240 N, é correto afirmar que o módulo da força aplicada por Dona Elvira, em
newtons, foi igual a
a) 320
Fís.
b) 60
c) 256
d) 176
e)120
6. Uma invenção que significou um grande avanço tecnológico na Antiguidade, a polia composta ou a
associação de polias, é atribuída a Arquimedes (287 a.C. a 212 a.C.). O aparato consiste em associar
uma série de polias móveis a uma polia fixa. A figura exemplifica um arranjo possível para esse aparato.
É relatado que Arquimedes teria demonstrado para o rei Hierão um outro arranjo desse aparato,
movendo sozinho, sobre a areia da praia, um navio repleto de passageiros e cargas, algo que seria
impossível sem a participação de muitos homens. Suponha que a massa do navio era de 3000 kg, que
o coeficiente de atrito estático entre o navio e a areia era de 0,8 e que Arquimedes tenha puxado o
navio com uma força ⃗ , paralela à direção do movimento e de módulo igual a 400 N.
Considere os fios e as polias ideais, a aceleração da gravidade igual a 10 m/ s² e que a superfície da
praia é perfeitamente horizontal.
O número mínimo de polias móveis usadas, nessa situação, por Arquimedes foi
a) 3
b) 6
c) 7
d) 8
e) 10
7. Um abajur está apoiado sobre a superfície plana e horizontal de uma mesa em repouso em relação ao
solo. Ele é acionado por meio de um cordão que pende verticalmente, paralelo à haste do abajur,
conforme a figura 1.
Para mudar a mesa de posição, duas pessoas a transportam inclinada, em movimento retilíneo e
uniforme na direção horizontal, de modo que o cordão mantém-se vertical, agora inclinado de um
ângulo Θ =30º, constante em relação à haste do abajur, de acordo com a figura 2. Nessa situação, o
abajur continua apoiado sobre a mesa, mas na iminência de escorregar em relação a ela, ou seja,
qualquer pequena inclinação a mais da mesa provocaria o deslizamento do abajur.
Calcule:
a) o valor da relação N 1 / N2, sendo N 1 o módulo da força normal que a mesa exerce sobre o abajur
na situação da figura 1 e N 2 o módulo da mesma força na situação da figura 2.
b) o valor do coeficiente de atrito estático entre a base do abajur e a superfície da mesa.
Fís.
EXERCÍ CI OS DE CASA
2.
seu treinamento, fazendo uso de cordas resistentes, de dois cavalos do mesmo porte e de uma árvore.
As modalidades de treinamento são apresentadas nas figuras ao lado, onde são indicadas as tensões
nas cordas que o atleta segura.
Suponha que os cavalos exerçam força idênticas em todas as situações, que todas as cordas estejam
na horizontal, e considere desprezíveis a massa das cordas e o atrito entre o atleta e o chão.
Assinale, dentre as alternativas abaixo, aquela que descreve as relações entre as tensões nas cordas
quando os conjuntos estão em equilíbrio.
3. Uma pessoa pendurou um fio de prumo no interior de um vagão de trem e percebeu, quando o trem
partiu do repouso, que o fio se inclinou em relação à vertical. Com o auxílio de um transferidor, a
pessoa determinou que o ângulo máximo de inclinação, na partida do trem, foi 14º.
Nessas condições, Fís.
a) represente, na figura da página de resposta, as forças que agem na massa presa ao fio.
b) indique, na figura da página de resposta, o sentido de movimento do trem.
c) determine a aceleração máxima do trem.
4. Um garoto de 40 kg está sentado, em repouso, dentro de uma caixa de papelão de massa desprezível,
no alto de uma rampa de 10 m de comprimento, conforme a figura.
Para que ele desça a rampa, um amigo o empurra, imprimindo -lhe uma velocidade de 1 m/ s no ponto
A, com direção paralela à rampa, a partir de onde ele escorrega, parando ao atingir o ponto D. Sabendo
que o coeficiente de atrito cinético entre a caixa e a superfície, em todo o percurso AD, é igual a 0,25,
que senΘ = 0,6, cosΘ = 0,8, g = 10 m/ s² e que a resistência do ar ao movimento pode ser desprezada,
qual é o módulo da força de atrito, em N, entre a caixa e a rampa no ponto B.
a) 20
b) 40
c) 60
d) 80
e) 100
5. No Levantamento de Peso Olímpico, a prova do arranque consiste no atleta levantar uma barra com
pesos do solo até acima da cabeça em um único movimento. O recordista mundial é o atleta iraniano
Behdad Salimi que, nos Jogos Olímpicos do Rio, levantou 216 kg. Considere, para este levantamento,
duas situações.
Na situação inicial (A), o atleta está levantando o peso quando o halter já não está mais em contato
com o chão. Ele faz uma força vertical para cima, de modo que a barra acelera, verticalmente para
cima, com aceleração de 1 m/ s². Na situação (B), a barra já está em repouso, acima da cabeça do
halterofilista.
Fís.
a) A figura abaixo mostra quatro opções para o diagrama de forças da barra. Em cada opção mostrados
dois diagramas, um para a situação (A) e outro para a situação (B). Em todos eles, F é a força que o
halterofilista faz na barra naquela situação e P é o peso da barra. Responda qual das opções representa
corretamente a relação entre o módulo das forças, justificando sua resposta no campo abaixo.
b) Calcule a força que o levantador faz na barra em cada caso.
QUESTÃO CONTEXTO
Um tubo em forma de U de secção transversal uniforme, parcialmente cheio até uma altura h com um
determinado líquido, é posto num veículo que viaja com aceleração horizontal, o que resulta numa diferença
de altura z do líquido entre os braços do tubo interdistantes de um comprimento L. Sendo desprezível o
diâmetro do tubo em relação à L, a aceleração do veículo é dada por
Fís.
GABARI TO
Exercícios de aula
1. a
I) O movimento do automóvel é retilíneo e uniforme, portanto, por Inércia, a força resultante é nula. II)
2. d
Elevador subindo:
−� = �→ − = . → =
Elevador descendo:
�− = �→ − = . → =
− = − =
3. b
A força normal é sempre perpendicular à superfície de apoio.
4. c
Para o corpo apoiado na superfície vertical do carro, o diagrama de corpo livre abaixo mostra as forças
envolvidas na situação:
Fís.
Fat = P Fat = mg (2)
Mas para que o corpo permaneça equilibrado na vertical, é necessário que o atrito estático não seja
ultrapassado.
Fat µN (3)
Combinando as equações (1) e (2) em (3):
� �
�
�
5. a
Aplicando o Princípio Fundamental da Dinâmica no móvel:
� = ∙�
+ −�= ∙�
Em que é a força aplicada pela Dona Elvira, é a força aplicada pela Dona Dolores, � é o atrito, é
a massa do móvel e � é a aceleração. Lembrando que do enunciado temos que = , logo:
+ −�= ∙�
Substituindo os valores do enunciado, temos:
− =
= +
=
=
Portanto:
=
=
=
6. b
A vantagem mecânica de um sistema é dada pela razão entre a força resistente e a força potente.
Na situação descrita, a força resistente é a intensidade da força de atrito máxima (A máx.).
��á�. = �� . = �� . . = , . . =
A força potente é a aplicada por Arquimedes, de 400 N.
A vantagem mecânica foi, então, de:
�� = =
A relação entre o números de polias móveis e a vantagem mecânica pode ser vista pela tabela abaixo:
7. A) Na figura 1, o abajur está em repouso, na horizontal. Então, a normal e o peso têm a mesma intensidade.
N1 = P
A figura mostra as forças que agem no abajur na situação da figura 2. Como o abajur ainda está em
repouso, a resultante dessas forças é nula. Pela regra da poligonal, elas devem fechar um triângulo.
Fís.
No triângulo destacado:
√
�= → =� °= �
�
� √
= = =
√ �⁄ √
B) Como o abajur está na iminência de escorregar, a força de atrito tem intensidade máxima.
Ainda no triângulo destacado:
�� �� √
�= → = � → �� = � = °=
Exercícios de casa
1. c
I A reação ao peso do lustre é uma força que o lustre aplica no centro da Terra.
II A reação à tração que o fio aplica no lustre é a força que o lustre aplica no fio.
III e IV forma um par ação-reação entre o fio e o teto da sala.
2. c
Pela lei da inércia, o corpo tende a manter seu estado de movimento a menos que uma força externa
atue sobre ele. Calvin, tenderia a manter seu movimento em trajetória retilínea (saindo pela tangente).
3. d
Como o homem está em repouso nas três situações, em todas elas a resultante das forças é nula, ou seja,
as trações estão equilibradas.
Seja F a intensidade da força aplicada por cada cavalo:
4.
A) As forças que agem na massa são a força peso e a tração.
B) Teremos:
Fís.
5. e
Tratando o conjunto de blocos como se fosse um só, teremos a força ⃗ a favor do movimento e os pesos
de B e C contrários.
Aplicando a segunda lei de Newton ao conjunto, teremos:
− � +� = ∑ �→ − = . → =
6. A figura mostra o diagrama de forças e foi considerando sen45º = cos45º= 0,7.
Como PB > PAx, o corpo B está descendo e o corpo A está subindo. Por isso a força de atrito ⃗ tem o
sentido da figura. Se o movimento é uniforme, aplicando o princípio da inércia, têm -se:
7. A) Para que o atleta consiga erguer a barra da situação (A), a força aplicad a por ele sobre a barra deve
ser maior que o peso da mesma. Já para o estado de equilíbrio sobre a cabeça do atleta (situação B)
temos igualdade entre a força aplicada e o peso da barra, sendo que o peso da barra é constante. Logo,
a opção correta é a 1.
Fís.
Outra opção seria analisando pelo gráfico, através da relação existente entre as quadrículas, imaginando
que os vetores estão proporcionalmente representados, temos: 7 quadrículas para a força e 5 quadrículas
para o peso, então:
= �→ = . . =
Esse valor não é consistente com o calculado anteriormente. Sendo assim, como aprendizado, é
interessante usar esse valor para confirmar a aceleração dada, temos:
−� −
−� = � →� = →�= =
Assim, constatamos que a utilização dos valores das quadrículas leva o aluno a cometer o erro, pois a
aceleração do movimento de arranque é de apenas 1 m/ s². Portanto, essa tentativa de solução está
condenada. Somente seria possível fazer a utilização desta possibilidade de cálculo se a proporção fosse
11 para 10 em vez de 7 para 5 como representado.
Para a situação B: Força e Peso são iguais a 5 quadrículas que corresponde a:
=�= . =
Questão Contexto
e
A figura destaca uma partícula na superfície do líquido sujeita as forças peso e normal. A resultante dessas
forças é �⃗⃗ .
� �
�= → = →�=
�
Fís.
Geo.
Professor: Ricardo Marcílio
Monitor: Rhanna Leoncio
Geo.
02
O papel da China no espaço mundial
abr
RESUM O
Aspectos Populacionais
Apesar de possuir a maior população absoluta do mundo, com mais de 1,3 bilhões de habitantes, a
população da China está espacialmente distribuída de uma maneira desigual. O país apresenta uma
densidade demográfica média de 135 hab./ km², a maior entre os países de grande extensão territorial, mas
registram também locais de baixa ocupação humana nas regiões anecúmenas, regiões montanhosas do
Tibete e nos desertos de Sin-Kiang e da Mongólia Interior, havendo, portanto, extensas áreas quase
totalmente despovoadas. Algumas regiões de bacias demográficas que ultrapassam 2000 hab./ km².
A região das planícies orientais e das colinas meridionais, que ocupam um quinto do território, abriga cerca
de 80% da população chinesa. A partir de 1949, as migrações promovidas pelo governo socialista para
ocupação de regiões subpovoadas avançaram para Mongólia e Sin-Kiang, onde se fixaram em projetos de
mineração, agricultura irrigada e, mais recentemente, industrialização.
As campanhas de limitação da natalidade têm surtido efeito, apesar de encontrar resistência entre as
populações. A taxa de natalidade caiu quase pela metade durante a década de 1970. Na década de 1990, a
urbanização foi o principal fator que impulsionou a retomada da queda do número de filhos.
Hoje o crescimento vegetativo é inferior a 1% ao ano. Essa taxa, quando analisada em números absolutos,
resulta no crescimento de quase 10 milhões de pessoas ao contingente populacional. O nascimento anual de
tantas crianças cria uma grande pressão no orçamento nacional, obrigando o Estado a realizar elevados
investimentos com assistência pré-natal, educação, saúde, alimentação, etc.
Em 2012 a população urbana superou a quantidade de moradores das zonas rurais. A china possui 51,27% da
população total vivendo em cidades. Atualmente, os órgãos chineses de planejamento buscam conter o
processo de concentração urbana, por meio da criação de pequenas e médias cidades e da tentativa de
controle de crescimentos dos grandes centros urbanos. Há restrições de deslocamentos entre c idades e
incentiva a transferência de populações urbanas para zonas rurais, principalmente em frentes pioneiras, para
as regiões subpovoadas de Sin-Kiang, Tibete e Manchúria.
Aspectos econômicos
A economia chinesa é uma das mais diversificadas do mundo e apresenta grandes contrastes de
desenvolvimento regional e setorial.
Com a revolução socialista em 1949 ocorreu a coletivização das terras e o controle estatal da Geo.
economia. O governo introduziu maior controle sobre a produção a partir de 1968, criando grandes
comunidades agrícolas obrigadas a produzir cotas de produtos escolhidos pelo Estado. Eram chamadas de
comunas populares e chegavam a ter entre 10 mil e 20 mil famílias cada uma. Além das atividades agrícolas,
mantinham, na zona rural, as funções industrial, administrativa, política, educacional, social e militar.
No final da década de 1970 o país adotou a política das quatro modernizações, que passou a permitir
a propriedade privada e as cooperativas no campo, além de criar Zonas Econômicas Especi
litorânea, destinadas à industrialização e abertas a investimentos estrangeiros. No inicio de 2002, foi abolido
o sistema de cotas na produção obrigatórias, integrando de forma mais profunda o campo as reformas quês
estão direcionando o país para uma economia de mercado.
O território chinês possui uma quantidade significativa de recursos energéticos e minerais, nos quais
se apoia o desenvolvimento da indústria pesada. O país apresenta relevância na produção mundial de ferro,
estanho, fosfatos, carvão e linhito. Tem ainda grande produção e consideráveis reservas de manganês, ouro,
mercúrio e petróleo. O aproveitamento desses recursos se intensificou na última década do século, graç as à
crescente industrialização. No nordeste do país e ao longo do rio Amarelo existe um elevado potencial
hidroelétrico, apenas parcialmente explorado, embora já tenha a terceira maior produção de eletricidade do
mundo.
EXERCÍ CI OS DE AULA
No texto, as reformas econômicas ocorridas na China são colocadas como antagônicas à construção
de um país socialista. Nesse contexto, a característica fundamental do socialismo, à qual o modelo
econômico chinês atual se contrapõe é a
a) Desestatização da economia.
b) Instauração de um partido único.
c) Manutenção da livre concorrência.
d) Formação de sindicatos trabalhistas.
e) Extinção gradual das classes sociais.
Geo.
Com base nos gráficos e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.
a) O comércio bilateral entre China e África cresceu timidamente no período e envolveu,
principalmente, bens de capital africanos e bens de consumo chineses.
b) As exportações chinesas para a África restringem-se a bens de consumo e produtos primários
destinados a atender ao pequeno e estagnado mercado consumidor africano.
c) A implantação de grandes obras de engenharia, com destaque para rodovias transcontinentais,
ferrovias e hidrovias, associa-se ao investimento chinês no setor da construção civil na África.
d) O agronegócio foi o principal investimento da China na África em função do exponencial
crescimento da população chinesa e de sua grande demanda por alimentos.
e) O investimento chinês no setor minerador, na África, associa-se ao crescimento industrial da China
e sua consequente demanda por petróleo e outros minérios.
4. Uma das artérias fluviais mais importantes da China é o Yang-Tsé, conhecido como Rio Azul. Qual
destas características é correta:
a) Apesar de utilíssimo para a rizicultura, ou seja, para o plantio do arroz, o rio Azul não se presta à
navegação.
b) O Yang-Tsé tem o apelido de Rio Azul por causa da calma de suas águas, causando sempre um tom
cristalino de azul transparente.
c) O inverno chinês, apesar de rigoroso, é bastante breve. Isso faz com que o arroz plantado na bacia
do Yang-Tsé se beneficie de uma longa estação vegetativa, que permite duas colheitas anuais.
d) Mesmo com grande volume de água, o Rio Azul jamais ameaça as várias aldeias instaladas em suas
margens com o perigo de inundação.
e) O delta do Yang-Tsé ainda é a região menos habitada da China, não abrigando mais do que 7
milhões de habitantes.
5.
Geo.
EXERCÍ CI OS DE CASA
1. Observe a charge.
3.
Na Zona Econômica Especial (ZEE) de Pudong, que ocupa 500 km 2 na costa chinesa, está sendo
construído o maior centro financeiro, industrial e comercial do Extremo Oriente. Antes do fim do ano,
cerca de cem entidades financeiras da Europa e dos Estados Unidos se somarão às 200 que já operam
na ZEE, considerada uma das maiores captadoras de investimentos na Ásia. Apresente uma vantagem
oferecida pelo Estado chinês para atrair capitais transnacionais para Pudong.
4. Com base nos conhecimentos sobre a China e a Índia, os dois países mais populosos do mundo ,
considere as afirmativas a seguir.
I. Os dois países enfrentam conflitos territoriais, com potencial para desestabilizar as relações
Geo.
internacionais na região, e, no caso indiano, o problema tem fundamento religioso.
II. Quanto ao controle do crescimento populacional, China e Índia desenvolvem programas de
controle da natalidade semelhantes, limitando dois filhos por casal.
III. Na última década, China e Índia apresentaram taxas de crescimento de seus respectivos Produtos
Internos Brutos (PIB) acima da média mundial.
IV. Dentre os dois países, apenas a Índia tem tido sucesso em atrair investimentos diretos de capital,
pois a China enfrenta problemas nesse setor, devido às características particulares de seu regime
político.
Assinale a alternativa que contém as três características que melhor representam a situação da
economia chinesa, na atualidade.
a) I, II e III.
b) I, III e V.
c) III, IV e V.
d) II, III e V.
e) I, II e IV.
6. Nunca na história da humanidade houve tão grande concentração de poder nuns poucos lugares nem
tamanha separação e diferença no interior da comunidade humana. Formou-se um mundo quase
totalmente integrado um sistema mundo evidentemente controlado a partir de alguns centros
de poderes econômicos e políticos.
(Olivier Dollfus, 1994. Adaptado.)
7. O mapa a seguir apresenta as principais regiões industriais e as rotas comerciais da Bacia do Pacífico.
Geo.
QUESTÃO CONTEXTO
China avança em comércio global com nova Rota da Seda, projeto de US$ 1 trilhão
Um acordo entre 68 países que reúnem uma população de 4,4 bilhões de pessoas e 40% da economia
Geo.
global. A nova Rota da Seda chinesa, inaugurada pelo governo do atual presidente Xi Jinping no mês
passado, reforça a ânsia do país em ampliar sua posição como potência global e vem, aos poucos, captando
a atenção de líderes ao redor do globo. (...) Há 2.000 anos, o governo imperial chinês de Zhang Qian
estabeleceu a chamada Rota da Seda como forma de ligar economicamente a China com a Ásia central e o
mundo árabe. O nome faz referência ao tecido que era o maior produto de expo rtação chinês à época. O
intercâmbio econômico influenciou no desenvolvimento dos países que faziam parte do cinturão, mas se
perdeu entre guerras. Na nova versão da rota, no entanto, a seda deve ficar só no nome. O objetivo de Xi
Jinping é levar e trazer produtos de todos os tipos, como matérias-primas e eletrônicos, ampliando o alcance
e competitividade do produto chinês. Além de derrubar fronteiras diplomáticas, implantando parcela dos
trilhões de dólares da reserva internacional chinesa no projeto, Xi Jinping tenta cultivar uma vizinhança
economicamente estável para, no futuro, estabelecer um bloco Euroasiático, dominado pela China, que
possa competir com o bloco Transatlântico, dominado pelos EUA.
Disponível em: https:/ / g1.globo.com/ economia/ noticia/ china-avanca-em-comercio-global-com-nova-rota-da-seda-projeto-de-us-
1-trilhao.ghtml. Acesso em: 12 de fev 2018.
Exercícios de aula
1. e
Embora proponha uma ditadura do proletariado, a revolução socialista transformaria a sociedade de
forma a extinguir gradualmente as classes sociais. No entanto, a manutenção de práticas capitalistas
no país mantém uma sociedade marcada pela existência dessas mesmas classes.
2. b
A China é um dos exemplos mais citados de país que emprega o chamado Socialismo de mercado
definido como, um sistema político-econômico que mescla características socialistas na área política
e social com princípios da economia de mercado exemplificados
3. e
Os gráficos apontam a crescente intensificação das relações econômicas entre a China e o continente
africano, com destaque para os minérios (29,2%), que são os principais produtos importados pela
China.
4. c
O Yang-Tsé é um dos principais rios da China, principalmente devido à sua importância para agricultura
(cultivo de arroz, algodão, trigo, milho...).
5. a) Atualmente a China ocupa uma posição de grande destaque na economia mundial graças ao seu
intenso crescimento verificado nas últimas décadas. Porém, esse ritmo de crescimento pode ser
ameaçado pelas limitações da infraestrutura, com destaque para a questão energética, e pela escassez
de matérias-primas. Sua economia é marcada pela forte presença de indústrias estrangeiras nas Zonas
Econômicas Especiais (ZEEs), pela mão-de-obra barata e pelo grande potencial do mercado
consumidor.
b) Os interesses do Brasil, ao se aproximar da China, estão relacionados ao fato de ela pode representar
um grande mercado consumidor para as suas exportações de matérias-primas, como a soja e o ferro.
6. e
Como consequência de um país em acelerado processo de crescimento econômico, a China enfrenta
Geo.
alguns dilemas que podem abalar esse crescimento, tais como as cidades inchadas devido a grande
população e a falta de recursos energéticos.
Exercícios de casa
1. e
As únicas afirmativas incorretas são a I e a III, pois, respectivamente, a China importa matéria-prima do
continente africano e de países subdesenvolvidos; e a Europa e a China dependem uma da outra, já
que se beneficiam mutuamente das relações comerciais estreitas. A UE é o principal parceiro comercial
da China, enquanto os investimentos chineses são um dos fatores de contenção da crise do euro.
2. b
Durante anos, o carvão foi vital para a China sendo a sua principal fonte de energia, contudo, nos
últimos anos, o país tem procurado diminuir esse uso devido aos altos índices de poluição e pressão
internacional.
3. Entre as vantagens oferecidas pelo governo chinês aos empreendimentos estrangeiros encontram -se:
rendimentos livres de impostos, terrenos públicos e construções de qualidade a baixo custo, liberdade
para remessa de lucros para o exterior e facilidades para associações entre o capital estatal e os
investimentos privados globais; moeda desvalorizada que permite a exportação de produtos baratos
para o mercado global; mão-de-obra local qualificada, com salários relativamente mais baixos;
infraestrutura de transportes e telecomunicações moderna e promovida pelo Estado.
4. b
As únicas afirmativas incorretas são a II e a IV, pois, respectivamente, a China não adota a política do
filho único como mecanismo de controle populacional desde 2015 e a Índia não adotou uma política
populacional tão radical, ela adotou um programa de planejamento familiar criado em 1952, e que ficou
conhecido como norma da pequena família, buscando a estabilidade da população; e apesar da China,
em parte, ser socialista, ela adotou uma postura chamada socialismo de mercado, o que permite
investimentos diretos no país.
5. b
As únicas afirmativas incorretas são a II e a IV, pois, respectivamente, apenas em 2012 a China concluiu
o seu processo de urbanização; e a atividade agrícola na China não passou por um intenso processo
de modernização.
6. d
A China é o principal aliado diplomático e maior parceiro comercial da Coreia do Norte. Cerca de 80%
das importações norte-coreanas de petróleo e outros produtos são oriundas do país vizinho.
7. a) Nas rotas comerciais apontadas no mapa realiza-se mais da metade das transações comercias do
mundo atual, que envolvem duas das grandes potências (Estados Unidos e Japão) e alguns dos mais
importantes países emergentes. Dentro da estrutura geoeconômica do mundo atual, em que países
emergentes como a China, Índia e Tigres Asiáticos têm uma participação crescente no comércio
internacional, a importância dessas rotas tende a aumentar rapidamente.
b) As zonas industriais situadas no litoral da China (ZEEs) surgiram e se desenvolveram nas três últimas
décadas como parte do programa de inserção do país no cenário internacional. Com a abertura a
investimentos internacionais, essas regiões assistiram a um acelerado crescimento de empresas estatais
e transnacionais que, usando a abundante mão de obra local, transformaram o país em uma plataforma
de exportação. Nos últimos anos, como fruto do acúmulo de capitais e dos investimentos em
tecnologia, a China está ingressando em uma nova etapa do processo produtivo, p rocurando espaço
no mercado mundial de produtos de maior valor agregado. As zonas industriais de São Francisco e Los
Angeles são muito mais antigas. Após a Segunda Guerra Mundial tiveram a sua produção acelerada e
foram transformadas em áreas de indústrias estratégicas, com elevado uso de tecnologia de ponta,
como a aeronáutica, informática, naval e bélica. Ao contrário do que ocorre na China, essas regiões
Geo.
cresceram assentadas no mercado interno, embora na última década as exportações regionais estejam
crescendo de forma significativa.
c) Dentre as medidas que visam neutralizar o relativo isolamento do Brasil das rotas comerciais da Bacia
do Pacífico, destacam-se a adoção política externa voltada para o estreitamento das relações
comerciais com países dessa região, especialmente com a China, e investimentos na criação de novas
rotas terrestres que facilitem o escoamento de suas produções para o Pacífico, por meio da construção
de vias de circulação em parceria com seus vizinhos sul-americanos, como o Peru e o Chile. Essas
medidas do governo brasileiro devem-se em parte ao fato de o Canal do Panamá estar saturado pelo
excesso de circulação de navios e à dificuldade de navegação pelo Canal de Beagle.
8. b
A china controla o Tibete não concedendo independência alegando diversos motivos, procuram evitar
o colapso que desmembrou a ex-União Soviética, a riqueza em recursos naturais, como ouro, zinco,
manganês e madeira encontrados no país e o fato que o Tibete faz fronteira com a Índia. A proximidade
ajuda a China a ficar de olho no vizinho.
9. a) Observando-se a legenda do mapa de distribuição da população, verifica-se que a China tem uma
população acima de 500 milhões de habitantes. Trata-se do país de maior população no mundo
(1.315.844.000 hab. Em 2005). Por outro lado, a Coréia do Sul apresenta uma população menor que 50
milhões de habitantes (47.817.000 hab. em 2005). Já no mapa de densidade demográfica, observa-se
que a China apresenta densidade entre 101 e 200 habitantes por km2 (137 hab./ km2). Na Coréia do Sul,
a densidade demográfica (482hab./ km2) verificada é de mais de 400 habitantes por km2.
b) No caso do mapa de distribuição da população, considera-se a população absoluta, ou seja, o
número total de habitantes do país. Já na densidade demográfica, considera-se a divisão do valor de
população absoluta pela área do país, o que significa que, embora a China apresente uma expressiva
população absoluta, sua dimensão territorial (9.596.961 km2) também é significativa, fazendo com que
a densidade demográfica não seja comparativamente tão alta. A Coréia do Sul, embora não apresente
uma população absoluta tão elevada, tem um território relativamente pequeno (99.016 km2), o que faz
com que a densidade demográfica registrada seja elevada.
Questão Contexto
Geo.
GEP
Slide de abertura
Alimentação e exercícios na rotina 05
de um vestibulando abr
Falar de alimentação e exercícios é, fundamentalmente, uma questão de hábitos. Exercer essas tare-
fas de forma saudável não significa realizá-las por um curto período de tempo, e sim incorporá-las à sua
rotina. Assim, seu corpo deixa de pensar sobre ser saudável e executa isso de forma mais natural. Entenda,
no vídeo abaixo, como o poder do hábito pode te ajudar a ser mais saudável.
O hábito de uma alimentação saudável não é apenas uma questão restrita ao subjetivo. É necessário
entender como o brasileiro está acostumado a se alimentar, quais são as diferenças entre cada tipo de ali-
mento e o impacto deles na saúde. No vídeo abaixo, você pode entender a diferença entre alimentos in
natura, processados e ultraprocessados, além de conhecer como eles estão distribuídos na dieta do brasileiro
e seus impactos na saúde.
GEP
Saia do conforto
A partir disso, você pode começar a mudar. Sair da zona de conforto é, muitas vezes, algo difícil,
porém, o ganho é sempre recompensador. Não tenha medo de enfrentar o novo. No início, ele é assustador,
porém, depois de algum tempo, você se acostuma e fica sempre mais fácil. Confira estes dez passos simples
que você pode seguir para começar a ter uma alimentação mais saudável, clicando na imagem abaixo.
Esse vídeo foi criado a partir do Guia Alimentar para a População Brasileira, que você pode baixar
aqui. Se preferir uma rotina melhor definida, busque a ajuda de um profissional nutricionista ou algum outro
médico que possa te orientar sobre sua alimentação.
GEP
O segredo da atividade física Esporte e vestibular
Exercício
O monitoramento é uma das estratégias mais importantes para cultivar um novo hábito positivo ou
abandonar aquele negativo. Registre, durante uma semana, como você tem se alimentado.
• Crie um bloco de notas e registre sua alimentação, durante o período de uma semana.
• Seja detalhista, colocando o horário do almoço, lanche, café da manhã, além de colocar a sua co-
mida.
• Observe o quanto você ingere de comida processada e ultraprocessada no seu dia a dia.
Compartilhe lá no grupo do GEP como tem sido esse monitoramento e as descobertas que você tem
feito sobre sua alimentação. Além disso, se você pratica alguma atividade física, publica lá no grupo, descre-
vendo como é sua rotina.
His.
Professor: João Daniel
Monitor: Octavio Correa
His.
Aprofundamento em 02
História Colonial Brasileira abr
RESUM O
No resumo iremos passar pelos mais variados aspectos do período colonial, falaremos sobre política,
economia e a sociedade colonial em suas diferentes fases. Veremos a evolução da ocupação, da economia
e como a formação do Brasil colonial transformou a nossa realidade contemporânea.
Sociedade Colonial
Os primeiros habitantes europeus vieram com os primeiros navios de Cabral, os degredados,
mendigos e órfãos eram largados nas praias a fim de começar um contato com os indígenas, no período pré-
colonial os portugueses não desenvolveram uma sociedade aqui somente algumas relações com os índios.
Com a divisão do Brasil em capitanias hereditárias a situação começa a mudar, a ocupação da colônia
começa a ser incentivada com a distribuição de faixas de terra, o cultivo do açúcar começa a ser incentivado
e com ele veio a sociedade patriarcal do engenho de açúcar, o senhor de engenho além de comandar sua
família comandava com a mesma influência seus escravos e a populações livres ao seu redor, já que todos
dependiam da economia do engenho.
A sociedade colonial não mudaria muito, no entanto com a descoberta do ouro vemos uma maior
concentração urbana da população principalmente em Minas Gerais e no Sudeste depois da descoberta do
ouro. Nessa região em particular vemos uma diminuição no número de escravos e um aumento considerável
na população livre, que era a maioria nas minas que atraíram inúmeros imigrantes da colônia e da metrópole.
Economia Colonial
A descrição econômica do Brasil colonial pode ser explicada através da analogia de um arquipélago
econômico onde as diversas regiões produzem primeiramente um certo tipo de produto devido a sua
localização e oscilações do mercado, as atividades aqui desenvolvidas estavam ligadas a terra como a
pecuária, mineração e agricultura. As diferentes regiões brasileiras foram ocupadas por diferentes modos
econômicos, as razões das escolhas desses modos foram majoritariamente pelo clima - adaptação da
atividade ao meio - e pela necessidade do mercado e do Império Português.
Temos como um produto de ponta na economia colonial o açúcar, desde muito tempo o litoral
brasileiro por seu clima havia sido escolhido para o plantio do açúcar, de 1550 até a invasão holandesa no
Nordeste o açúcar se expande por todo o litoral brasileiro do Sul na Vila de São Vicente até o Nordeste nas
cidades de Olinda e Recife. Com a invasão holandesa pondo fim a exclusividade portuguesa e com o açúcar
His.
de beterraba no norte da Europa a produção açucareira brasileira entra em crise devido aos preços
internacionais, sua recuperação vem depois ao fim do século XVII com a racionalização do fabrico de açúcar
como o uso do bagaço para o aquecimento da fornalha e uma maior capitalização do negócio, a recuperação
foi tão plena que nos primeiros anos do século XVIII a produção açucareira bateu a produção aurífera.
Para a recuperação dos cofres portugueses depois da Restauração (1640) D. Pedro II de Portugal
incentiva a produção de Tabaco no Nordeste e no Sul, especialmente na região do Rio de Janeiro, o incentivo
a cultura do fumo foi uma forma de recuperação comercial da colônia depois do duro golpe da queda dos
preços do açúcar, a cultura era além de revendida para a Europa e para o mercado interno este servia como
moeda de troca por escravos na Costa da Mina e em Angola, isso gerava um lucro grande que provocava
uma procura por tabaco na mesma medida fazendo com que diversos colonos optassem pela cultura
deixando de lado o plantio de subsistência ou de outras culturas para exportação, o que defasaria Portugal e
Angola em questão de abastecimento, assim o rei editou diversas leis que tentariam barrar a falta de cultura
de alimentos evitando crises de fomes.
Se o açúcar ocupou a faixa litorânea a principal ocupação do interior é creditada a pecuária, com o
aumento populacional na colônia devido ao açúcar e ao tabaco se fazia necessário mais alimentos para o
sustento dos colonos e escravos, assim durante praticamente toda a ocupação portuguesa no Brasil foram
criados gado no sertão Nordestino e no Sul do Brasil. O Sul principalmente pelos campos da Colônia do
Sacramento e no Nordeste a principal região eram as margens do Rio São Francisco o que facilitava o
transporte do gado e a comunicação das fazendas com as vilas.
Vemos no Norte a principal atividade a exploração extrativista das Drogas do Sertão, que se resumia
em especiarias típicas da Amazônia e a pesca e caça de animais como o peixe-boi por exemplo. A região
ainda tinha um interesse especial que mesmo que fora da ordem econômica favoreceu esta, os governos
portugueses tiveram uma preocupação especial com a região da bacia amazônica, já que esta era a entrada
para o interior brasileiro e para as minas de prata espanholas no Peru, assim a atividade das drogas do sertão
foi incentivada, junto com o cultivo do açúcar, para povoar a região e proteger os rios durante a metade do
século XVII e início do XVIII, no entanto os colonos eram muito mais atraídos por regiões mais proeminentes
como Pernambuco ou Rio de Janeiro.
O ouro, achado pelos bandeirantes em Minas Gerais marcou a história não pelos seus recordes de
produção, mas pela integração dos mercados coloniais. O ouro foi capaz de integrar a produção de alimentos
de todas as regiões, de tabaco do Nordeste e do Rio de Janeiro (principalmente para a troca com escravos)
com as regiões pecuárias do Nordeste e do Sul, tanto que junto com o gado o ouro em Minas foi o principal
movimento de interiorização da economia brasileira, ele também ajuda na mudança do centro comercial
administrativo para o Rio de Janeiro criando um novo centro de vida urbana e uma classe média como no
Nordeste.
Um produto ainda viria a se destacar ao fim do período colonial, o café foi muito popular no Sudeste
foi o principal produto de exportação brasileira até a Era Vargas, o café veio junto com o crescimento da
demanda do produto na Europa que acompanhava o crescimento industrial necessitando de energia para os
operários das cidades. O café gerara uma classe que enriqueceria com esse comércio, ganhando espaço
político e apoiando a independência brasileira.
Política Colonial
Os primeiros anos de administração passaram praticamente em branco, como não havia um grande
interesse na colônia devido ao seu baixo rendimento econômico já que as pequenas feitorias no Brasil não
rendiam muito para os cofres da colônia. As capit anias hereditárias foi o primeiro sistema de administração
colocado pela coroa nessas terras, foram dividias 14 faixas de terra para 12 donatários que eram responsáveis
pelo povoamento e exploração do território, em troca deteriam as posses hereditárias da terra.
Os homens de confiança que ganharam as faixas de terra do império muitas vezes não chegaram nem
a vir as suas terras na colônia, muitos não enviaram nem emissários para tomar posse de suas faixas de terras,
muitos que vieram fracassaram na missão de povoar e lucrar com as terras, as que prosperaram foram as de
Pernambuco e São Vicente que produziam açúcar.
Com o fracasso desse sistema administrativo foi adotado uma nova forma de governo em 1548. O
Governo Geral foi instalado em Salvador, e assim centralizava o poder nas mãos do Governador Geral que
era responsável pela administração política, outros dois cargos auxiliavam o governador, o Capitão Mor
cuidava da defesa do território e o Tesoureiro Mor cuidava das finanças da colônia.
A próxima forma de governo seria implantada em conjunto com a vinda da família real para o Brasil
em 1808, assim a antiga colônia era elevada a categoria de Reino Unido de Portugal e Algarve, agora o
território gozava de maior autonomia podendo comercializar com as nações amigas e com infraestrutura
comparável ás cidades europeias. Durante a estadia de D. João V o Rio de Janeiro seria a capital do vasto
Império Português já que a metrópole era dominada pelas tropas de Napoleão. Essa mudança foi fundamental
His.
para a estruturação do que viria a ser o Império do Brasil já que o pai de D. Pedro, príncipe regente, havia
criado inúmeras instituições e prédios necessários, como uma escola de medicina, academia militar dentre
outros.
EXERCÍ CI OS DE AULA
3. Desde o início da colonização, os portugueses chamaram de tapuias os grupos indígenas que julgavam
bárbaros, por seus hábitos culturais distintos dos que habitavam o litoral e por seu poder de resistência
aos portugueses.
a) Contextualize historicamente os significados de Guerra Justa para os portugueses a partir do fim
da Idade Média.
b) Indique duas práticas dos indígenas que os portugueses consideravam bárbaras.
His.
brasileiros a Portugal.
e) à corrupção da burocracia metropolitana no Brasil e à desonestidade dos colonos brasileiros.
5. No tocante à economia açucareira do Brasil, ao longo do século XIX, podemos afirmar que:
a) Praticamente desapareceu, pois o café se tornou o produto quase exclusivo das exportações.
b) Regrediu consideravelmente devido à concorrência norte-americana e à introdução do açúcar de
beterraba na Europa.
c) Conheceu um relativo renascimento, graças ao fim da exploração em grande escala de metais
preciosos que drenava todos os recursos.
d) Ficou estagnada, acompanhando o baixo nível das atividades econômicas em declínio, após o fim
da exploração de metais preciosos em grande escala.
e) Regrediu consideravelmente devido à concorrência antilhana e à introdução de açúcar de
beterraba na Europa.
6. A forte e atual presença de usos e costumes dos iorubás na Bahia deve-se
a) à sua chegada no último ciclo do tráfico dos escravos na região, no fim do século XVI e início do
XVII.
b) à vitória dos portugueses sobre os holandeses no Golfo da Guiné, de onde vieram para o Brasil
numerosos escravos embarcados no forte São Jorge da Mina.
c) ao controle pelos portugueses da costa do Congo, onde obtinham um grande número de
escravos, trocados por barras de ferro.
d) à presença numerosa desse povo em Angola, onde era realizado o comércio entre a África e a
Bahia, envolvendo escravos e o tabaco.
e) à resistência cultural desses descendentes de escravos oriundos de classe social elevada e de
sacerdotes firmemente ligados aos preceitos religiosos africanos.
EXERCÍ CI OS DE CASA
João Cabral, recifense, relacionou, no fragmento do poema acima, mar e canavial. A associação
considera semelhanças e diferenças entre eles e pode ser compreendida se considerarmos que:
a) "o avançar em linha rasteira" do canavial é uma menção á expansão da produção açucareira m região
Nordeste e especialmente no Estado de Pernambuco iniciada no período colonial e encerrada; no
Império.
b) o mar e as praias de Pernambuco sempre foram, a (lado da cana, as únicas fontes de riqueza da
região Nordeste, desde o período colonial até os dias de hoje.
c) "o desmedido do derramar-se da cana" é uma referência critica á organização da produção
açucareira em latifúndios, unidades produtoras de grande porte.
d) as lavouras de cana sempre estiveram localizadas no interior de Pernambuco, distantes do litoral, e
a relação com o mar é para mostrar a totalidade geográfica do Estado.
e) "alagando cova a cova onde se alonga" é uma sugestão de que o plantio da cana, assim c omo o
mar, provocou, ao longo de sua história, muitas mortes.
2. A pecuária trouxe benefícios para a economia colonial brasileira e ajudou na ocupação de regiões do
His.
interior.
A pecuária:
a) desenvolveu-se inicialmente, sem dificuldades para sua implantação, no sertão nordestino,.
b) centralizou toda a sua produção na região sudeste, favorecida pelas chuvas comuns na região.
c) era desconectada da produção açucareira, não usando mão -de-obra escrava em suas atividades.
d) ajudou no regime alimentar da colônia, utilizando também, em seus trabalhos, a mão -de-obra
nativa.
e) deu grandes lucros no século XVIII, com exportações para a Europa, no período da Revolução
Francesa.
5. A economia das possessões coloniais portuguesas na América foi marcada por mercadorias que, uma
vez exportadas para outras regiões do mundo, podiam alcançar alto valor e garantir, aos envolvidos
em seu comércio, grandes lucros.
Além do açúcar, explorado desde meados do século XVI, e do ouro, extraído regularmente desde fins
do XVII, merecem destaque, como elementos de exportação presentes nessa economia:
a) tabaco, algodão e derivados da pecuária.
b) ferro, sal e tecidos.
c) escravos indígenas, arroz e diamantes.
d) animais exóticos, cacau e embarcações.
e) drogas do sertão, frutos do mar e cordoaria.
6. A primeira arte a surgir no Brasil pós-descobrimento foi a arquitetura, sendo os fortes militares e as
Igrejas os tipos mais comuns de edificações. Se os primeiros visavam salvaguardar as populações
litorâneas e combater a pirataria estrangeira, as construções religiosas, edificadas durante muito tempo
pedra por pedra enviada de Portugal, e apenas montadas no Brasil por arquitet os locais, cumpriam
dois importantes papéis. Nos séculos XVI e XVII, além da preocupação das autoridades portuguesas
em ensinar o modelo civilizatório europeu aos indígenas, a construção de igrejas, seguindo o modelo
metropolitano, servia
a) à preocupação de acompanhar de perto a veracidade e a sinceridade do processo de conversão
dos cristãos novos, residentes no Brasil, muitos deles ainda seguidores secretos do judaísmo.
b) à manutenção da memória dos europeus emigrados para que, no espaço físico dessas igrejas, não
se esquecessem de sua própria cultura, já que muitos haviam se acostumado com os hábitos locais.
c) à manifestação irrefutável da superioridade civilizatória europeia perante as rudimentares
construções indígenas, que não poderiam competir com o monumentalismo português.
His.
d) à necessidade de registrar o número de índios cristianizados e, portanto, leais à Coroa Portuguesa,
além de realizar casamentos, batismos e todos os cerimoniais cristãos para os portugueses
residentes no Brasil.
e) para combater, no campo religioso, os ataques de corsários e hugenotes franceses que, além de
se interessarem em ocupar o território nacional, desejavam converter os indígenas ao
protestantismo.
7. Hoje em dia, nas grandes cidades, enterrar os mortos é uma prática quase íntima, que diz respeito
apenas à família. A menos, é claro, que se trate de uma personalidade conhecida. Entretanto, isso nem
sempre foi assim. Para um historiador, os sepultamentos são uma fonte de informações importantes
para que se compreenda, por exemplo, a vida política das sociedades.
No que se refere às práticas sociais ligadas aos sepultamentos,
a) na Grécia Antiga, as cerimônias fúnebres eram desvalorizadas, porque o mais importante era a
democracia experimentada pelos vivos.
b) na Idade Média, a Igreja tinha pouca influência sobre os rituais fúnebres, preocupando -se mais
com a salvação da alma.
c) no Brasil colônia, o sepultamento dos mortos nas igrejas era regido pela observância da hierarquia
social.
d) na época da Reforma, o catolicismo condenou os excessos de gastos que a burguesia fazia para
sepultar seus mortos.
e) no período posterior à Revolução Francesa, devido as grandes perturbações sociais, abandona-se
a prática do luto.
Cite as características da religiosidade popular do período e diga o que significou a Inquisição no Brasil-
Colônia.
9. As quadrilhas juninas têm importância fundamental na composição dos elementos culturais que
caracterizam as festas de São João e São Pedro, principalmente no Nordeste b rasileiro.
Neste sentido, identifique a alternativa que melhor situa historicamente a origem da citada
manifestação coreográfica.
a) No período que antecedeu à Revolução Francesa, os presidiários da Bastilha realizavam festas
dançantes para se divertir.
b) As quadrilhas juninas foram introduzidas no Brasil pelos degredados portugueses no período
colonial.
c) A dança em questão é genuína do próprio Brasil, sendo que os termos franceses por ela utilizados
constituem mera coincidência.
d) As danças praticadas pelos aristocratas europeus nos salões eram reproduzidas pelas camadas
populares que fizeram uma ponte cultural com o Brasil.
e) Nos mosteiros medievais as ordens religiosas mais alegres dançavam em homenagem a São João
e São Pedro.
QUESTÃO CONTEXTO
Como vimos a realidade colonial mudou diversas vezes, e acompanhamos que essas mudanças tinham
sempre um fator econômico determinante nelas.
His.
a) Explique porque o fator econômico era um dos canalizadores das mudanças na colônia.
b) Cite uma mudança causada por um dos ciclos econômicos.
GABARI TO
Exercícios de aula
1. d
A ocupação da terra foi uma grande preocupação desde os primeiros trinta anos da colônia, já que a
ocupação garantia a exploração.
2. c
Parte do relativo sucesso da dominação holandesa foi a aproximação com os senhores de engenho da
região, já que estes controlavam boa parte da população e eram os meios para os lucros.
3. a) Guerra Justa era um conceito medieval e cristão utilizado pelos portugueses em suas ações
expansionistas contra os que consideravam inimigos da fé cristã, como muçulmanos e indígenas em
diferentes contextos.
b) Entre as práticas indígenas consideradas bárbaras pelos portugueses poderiam ser citadas:
antropofagia, poligamia, idolatria, feitiçaria (bruxaria), p oliteísmo, nudez, violência endêmica etc.
Por meio das guerras justas, os portugueses encontravam os meios para escravizar as populações
indígenas sem as proibições impostas pela coroa.
4. b
tico dos portugueses e de seu
pacto colonial.
5. e
Os açúcares citados na alternativa diminuíram drasticamente os lucros, já que eram mais baratos, um por
uma técnica mais apurada e o outro por poder ser produzido na Europa.
6. e
Os iorubas mantiveram sua cult ura e religião mesmo nas senzalas como forma de preservação e
resistência da cultura de sua terra.
Exercícios de casa
1. c
His.
A coroa adotou como primeira forma de dominação o grande latifúndio com mão de obra escrava e
monocultura.
2. d
A pecuária alimentou, literalmente, o processo colonizador português sendo que foi amplamente
utilizado no ciclo aurífero.
3. d
O gado era extremamente importante, tanto nos alimentos (bovinos e suínos) quanto no transporte no
caso dos muares.
4. c
A ocupação do interior dependeu muito da pecuária que estendeu as fronteiras de ocupação
assegurando aos portugueses a posse do território.
5. a
O tabaco era uma moeda de troca importante por escravos na costa africana, o algodão servia a crescente
indústria têxtil e o gado além de alimentar a colônia alimentava a metrópole.
6. b
Os portugueses eram historicamente mais abertos a miscigenação e a aculturação, as igrejas feitas como
na Europa lembrava constantemente da cultura de origem dos colonos.
7. c
A hierarquia era constantemente trazida a tona no dia a dia dos colonos, seja na hora do enterro ou na
hora do castigo no escravo nos pelourinhos.
9. b
A cultura brasileira é feita de sincretismos e adaptações como a festa junina e o carnaval.
Questão Contexto
a) A razão para o fator econômico ser muito importante se deve ao fato das colônias em geral terem
His.
sempre a missão da geração de lucro, por tanto a colonização em seus inúmeros aspectos obedece
primeiro ao fator econômico.
b) Uma importante mudança ocorrida por um fator econômico foi o deslocamento do centro político
da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro, a nova capital foi escolhida durante o ciclo aurífero por
estar mais perto das minas o que facilitava a fiscalização.
Lit.
Professor: Diogo Mend es
Monitor: Pamela Puglieri
Lit.
Barroco: Aprofundamento dos 06
sermões de Padre Antonio Vieira abr
RESUM O
A literatura barroca está inserida numa época de Reforma Protestante e Contrarreforma (que é lembrada
especialmente pela Inquisição) ou seja, é um período de choque de ideias por si só. Além disso, o
antropocentrismo renascentista encontra oposição no teocentrismo imposto pela contrarreforma. Dentro
desse contexto de oposição e embate de ideias é que surge o chamado Barroco, que tem como uma de suas
principais características o uso das figuras de linguagem de antítese e parodoxo.
•
•
A dualidade é um dos traços principais para se definir o Barroco. Quanto ao estilo, divide-se essa
produção literária em dois ramos:
• cultismo: texto mais descritivo, que busca provocar sentimentos no leitor; a linguagem apresenta
muitos aspectos visuais
• conceptismo: texto mais dissertativo e persuasivo, com argumentação elaborada e que usa muitas
vezes do paradoxo.
É importante lembrar que essa divisão se dá por questões de método e que nenhum texto é
puramente cultista ou conceptista; o que acontece é que um texto é predominantemente escrito em ou
estilo ou outro.
Na literatura brasileira, os maiores nomes barrocos são Pe. Antônio Vieira e Gregório de Matos.
EXERCÍ CI OS DE AULA
Lit.
e) Mostrou-se tímido diante dos interesses dos poderosos.
II - Uma das feições da poesia barroca era o chamado conceptismo exploração de conceitos e idéias
abstratas através de evoluções engenhosas do pensamento.
III - A ornamentação da linguagem, que caracterizou o Barroco brasileiro, pode ser identificada pelo
uso repetido de jogos de palavras, pela construção frasal e pelo emprego da antítese.
5. "Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada,
sois imperador? Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco
poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres... O ladrão que furta para comer, não vai nem
leva ao inferno: os que não só vão, mas que levam, de que eu trato, são os outros - ladrões de maior
calibre e de mais alta esfera... Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos;
os outros furtam debaixo de seu risco, estes, sem temor nem perigo; os outros se furtam, são
enforcados, estes furtam e enforcam." (Sermão do bo m ladrão, Vieira)
Em relação ao estilo empregado por Vieira neste trecho pode-se afirmar:
a) autor recorre ao Cultismo da linguagem com o intuito de convencer o ouvinte e por isto cria um
jogo de imagens.
b) Vieira recorre ao preciosismo da linguagem, isto é, através de fatos corriqueiros, cotidianos,
procura converter o ouvinte.
c) Padre vieira emprega, principalmente, o Conceptismo, ou seja, o predomínio das idéias, da lógica,
do raciocínio.
d) pregador procura ensinar preceitos religiosos ao ouvinte, o que era prática comum entre os
escritores gongóricos.
6. "Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem a semear, há outros que semeiam sem sair. Os
que saem a semear são os que vão pregar à Índia, à China, ao Japão; os que semeiam sem sair são os
que se contentam com pregar na pátria. Todos terão sua razão, mas tudo tem sua conta. Aos que têm
a seara em casa, pagar-lhes-ão a semeadura; aos que vão buscar a seara tão longe, hão -lhes de medir
a semeadura, e hão-lhes de contar os passos. Ah! dia do juízo! Ah! pregadores! Os de cá, achar-vos-ei
com mais paço; os de lá, com mais passos..."
Essa passagem é representativa de uma das tendências estéticas típicas da prosa seiscentista, a saber:
a) Sebastianismo, isto é, a celebração do mito da volta de D.Sebastião, rei de Port ugal, morto na
batalha de Alcácer-Quibir.
b) a busca do exotismo e da aventura ultramarina, presentes nas crônicas e narrativas de viagem.
c) a exaltação do heróico e do épico, por meio das metáforas grandiloqüentes da epopéia.
d) lirismo trovadoresco, caracterizado por figuras de estilo passionais e místicas.
e) Conceptismo, caracterizado pela utilização constante dos recursos da dialética.
EXERCÍ CI OS DE CASA
1. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) a afirmações abaixo sobre os dois grandes nomes do barroco
brasileiro.
( ) A obra poética de Gregório de Matos oscila entre os valores transcendentais e os valores
mundanos, exemplificando as tensões do seu tempo.
( ) Os sermões do Padre Vieira caracterizam-se por uma construção de imagens desdobradas em
numerosos exemplos que visam a enfatizar o conteúdo da pregação.
( ) Gregório de Matos e o Padre Vieira, em seus poemas e sermões, mostram exacerbados
sentimentos patrióticos expressos em linguagem barroca.
( ) A produção satírica de Gregório de Matos e o tom dos sermões do Padre Vieira representam duas
faces da alma barroca no Brasil.
( ) O poeta e o pregador alertam os contemporâneos para o desvio operado pela retórica retumbante
e vazia.
2. Texto 1:
Navegava Alexandre em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia, e como fosse
trazido à sua presença um pirata que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu o muito
Alexandre de andar em tão mau ofício; porém, ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim.
Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma
armada, sois imperador?
Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza; o roubar com pouco poder faz os
piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades e
interpretar as significações, a uns e outros definiu com o mesmo nome: Eodem loco pone latronem et
piratam, quo regem animum latronis et piratae habentem. Se o Rei de Macedônia, ou qualquer outro,
fizer o que faz o ladrão e o pirata, o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o
mesmo nome.
[Fragmento do Sermão do bom ladrão, de Pe. António Vieira]
Uma das mais importantes características da obra do Padre António Vieira refere-se à presença
constante em seus sermões das dimensões social e política, somadas à religiosa. Comente esta
afirmativa em função do texto acima
3. O pregar há-de ser como quem semeia, e não como quem ladrilha ou azuleja. Ordenado, mas como
as estrelas. (...) Todas as estrelas estão por sua ordem; mas é ordem que faz influência, não é ordem
que faça lavor. Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em
xadrez de palavras. Se de uma parte há-de estar branco, da outra há-de estar negro; se de uma parte
está dia, da outra há-de estar noite; se de uma parte dizem luz, da outra hão -de dizer sombra; se de
uma parte dizem desceu, da outra hão-de dizer subiu. Basta que não havemos de ver num sermão duas
palavras em paz? Todas hão-de estar sempre em fronteira com o seu contrário? Aprendamos do céu o
estilo da disposição, e também o das palavras.
(Vieira, "Sermão da Sexagésima".)
No texto, Vieira critica um certo estilo de fazer sermão, que era comum na arte de pregar dos padres
dominicanos da época. O uso da palavra xadrez tem o objetivo de
a) defender a ordenação das idéias em um sermão.
b) fazer alusão metafórica a um certo tipo de tecido.
c) comparar o sermão de certos pregadores a uma verdadeira prisão.
d) mostrar que o xadrez se assemelha ao semear.
e) criticar a preocupação com a simetria do sermão.
5.
Lit.
O trigo que semeou o pregador evangélico, diz Cristo que é a palavra de Deus. Os espinhos, as pedras,
o caminho e a terra boa, em que o trigo caiu, são os diversos corações dos homens. Os espinhos são
os corações embaraçados com cuidados, com riquezas, com delícias; e nestes afogasse a palavra de
Deus. As pedras são os corações duros e obstinados; e nestes seca-se a palavra de Deus, e se nasce,
não cria raízes. Os caminhos são os corações inquietos e perturbados com a passagem e tropel das
coisas do mundo, umas que vão, outras que vêm, outras que atravessam, e todas passam; e nestes é
pisada a palavra de Deus, porque ou a desatendem, ou a desprezam. Finalmente, a terra boa são os
corações bons, ou os homens de bom coração; e nestes prende e frutifica a palavra divina, com tanta
fecundidade e abundância, que se colhe cento por um [...].
(Padre Vieira, Sermão da Sexagésima)
Pode-se dizer que os sermões de Vieira revestem-se de um jogo intelectual no qual se vê o prazer
estético do autor para pregar a palavra de Deus, por meio de uma linguagem altamente elaborada.
a) Um dos recursos bastante utilizado por Vieira é o de disseminação e recolha, por meio do qual o
autor "lança" os elementos e depois os retoma, um a um, explicando -os. Transcreva o período em
que Vieira faz esse lançamento dos elementos e indique os termos aos quais eles vão sendo
comparados.
b) Explique que comparação conduz o fio argumentativo do Padre Vieira nesse trecho.
6. Assinale o que for corret o
onde o sermão foi pregado pela primeira vez), constitui um dos raros momentos de euforia na
produção de Vieira, uma vez que destaca o caráter promissor da Igreja na colônia, tendo em vista
sua disseminação no território brasileiro
Vieira, percebe-se, pelo tom ameno e conciliatório que se traduz no tom harmonioso do sermão
(no qual qualquer impulso belicoso surge atenuado por uma defesa do diálogo entre as nações),
uma antecipação das tendências do Arcadismo.
7. Por isto são maus ouvintes os de entendimentos agudos. Mas os de vontades endurecidas ainda são
piores, porque um entendimento agudo pode-se ferir pelos mesmos fios e vencer-se uma
agudeza com outra maior; mas contra vontades endurecidas nenhuma coisa aproveita a agudeza, antes
dana mais, porque quando as setas são mais agudas, tanto mais facilmente se despontam na pedra.
Oh! Deus nos livre de vontades endurecidas, que ainda são piores que as pedras.
(Sermão da Sexagésima, de Pe. Antônio Vieira.)
Pelo trecho reproduzido, pode-se concluir que o Sermão da Sexagésima trata da:
a) problemática da pregação religiosa, considerando as figuras dos pregadores e dos fiéis.
b) necessidade do engajamento dos fiéis nas batalhas contra os holandeses.
c) exortação que o pregador fazia em favor de seu projeto de criar a Campanha das Índias Ocidentais.
d) perseguição sofrida pelo pregador em função do apoio que emprestava a índios e negros.
e) condenação aos governantes locais que desobedeciam aos princípios do mercantilismo
seiscentista.
8. Ora, suposto que já somos pó, e não pode deixar de ser, pois Deus o disse, perguntar-me-eis, e com
muita razão, em que nos distinguimos logo os vivos dos mortos? Os mortos são pó, nós também somos
pó: em que nos distinguimos uns dos outros? Distinguimo-nos os vivos dos mortos, assim como se
distingue o pó do pó. Os vivos são pó levantado, os mortos são pó caído, os vivos são pó que anda, os
mortos são pó que jaz: Hic jacet. Estão essas praças no verão cobertas de p ó: dá um pé-de-vento,
Lit.
levantase o pó no ar e que faz? O que fazem os vivos, e muito vivos. NÃO AQUIETA O PÓ, NEM PODE
ESTAR QUEDO: ANDA, CORRE, VOA; ENTRA POR ESTA RUA, SAI POR AQUELA; JÁ VAI ADIANTE, JÁ
TORNA ATRÁS; TUDO ENCHE, TUDO COBRE, TUDO ENVOLVE, TUDO PERTURBA, TUDO TOMA, TUDO
CEGA, TUDO PENETRA, EM TUDO E POR TUDO SE METE, SEM AQUIETAR NEM SOSSEGAR UM
MOMENTO, ENQUANTO O VENTO DURA. Acalmou o vento: cai o pó, e onde o vento parou, ali fica;
ou dentro de casa, ou na rua, ou em cima de um telhado, ou no mar, ou no rio, ou no monte, ou na
Antônio Vieira. Trecho do Cap. V do Sermão da Quarta-Feira de Cinza. Apud: Sermões de Padre Antônio Vieira. São
Paulo: Núcleo, 1994, p.123-124.
Em Padre Vieira fundem-se a formação jesuítica e a estética barroca, que se materializam em sermões
considerados a expressão máxima do Barroco em prosa religiosa em língua portuguesa, e uma das mais
importantes expressões ideológicas e literárias da Contrarreforma.
a) Comente os recursos de linguagem que conferem ao texto características do Barroco.
b) Antes de iniciar sua pregação, Vieira fundamenta-se num argumento que, do ponto de vista
religioso, mostra-se incontestável. Transcreva esse argumento.
9. Assinale a alternativa INCORRETA.
a) Na obra de José de Anchieta, encontram-se poesias seguindo a tradição medieval e textos para
teatro com clara intenção catequista.
b) A literatura informativa do Quinhentismo brasileiro empenha-se em fazer um levantamento da
terra, daí ser predominantemente descritiva.
c) A literatura seiscentista reflete um dualismo: o ser humano dividido entre a matéria e o espírito, o
pecado e o perdão.
d) O Barroco apresenta estados de alma expressos através de antíteses, paradoxos, interrogações.
e) O Conceptismo caracteriza-se pela linguagem rebuscada, culta, extravagante, enquanto o
Cultismo é marcado pelo jogo de ideias, seguindo um raciocínio lógico, racionalista..
QUESTÃO CONTEXTO
Texto I
Que falta nesta cidade?... Verdade.
Que mais por sua desonra?... Honra.
Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha.
Texto II
Lit.
O Texto I foi escrito no século XVII, pelo autor Gregório de Matos ao mostrar a sua insatisfação em uma lírica
satírica sobre o governo da Bahia, já o texto II que reúne linguagem verbal e não verbal temos duas
fotografias tiradas em 2013, durante as manifestações de Junho, momento em que inúmeros cidadãos se
reuniram nas ruas para protestar contra a corrupção do governo e a falta de investimentos públicos.
Comparando os dois textos, aponte as semelhanças e diferenças entre eles.
GABARI TO
Exercícios de aula
1. b
Vieira usava os textos bíblicos em seus sermões de forma a arpoximá-los da realidade política da época
e do comportamento cotidiano dos fiéis.
2. d
Vieira não apresentou produção poética/ lírica; seus escritos eram compostos principalmente de
sermões.
3. d
O período citado na I afirmação foi o do florescimento do arcadismo no Brasil.
4. d
O sermão busca, através de uma exposição lógica e apoiada na retórica, demonstrar as contradições no
comportamento dos fiéis.
5. b
Através da aproximação de seus sermões com o cotidiano, Vieira cria uma retórica muito forte e busca,
através dela, tocar seus ouvintes.
6. e
Vieira era conceptista e sua exploração dialética se mostra através da retórica e do encadeamento lógico.
Exercícios decasa
1. c
A retórica nos sermões de Vieira é muito rica e nos escritos de Vieira e Gregório de Matos não há
nacionalismo (pelo contrário, há uma visão crítica da nação, até certo ponto).
2. A preocupação do Pe. Antônio Vieira com temas de dimensão social e política é explícita no fragmento
Lit.
acima. Ao comparar a figura de um conquistador (imperador) com a de um pirata saqueador, o autor faz
uma crítica a esse conquistador, pois o define por seus erros (que são exatamente, segundo ele, os
mesmos que os do saqueador).
3. a
O xadrez remete à ideia de organização e lógica.
4. a
Os sermões de Vieira apresentam crítica ao comportamento cotidiano das pessoas e às negligências da
coroa portuguesa na época.
5. a) "Os espinhos, as pedras, o caminho e a terra boa (em que o trigo caiu) representam os diferentes
corações dos homens." Nesse período, são "lançados" os elementos. Na "recolha ", eles são retomados
um a um para que sejam comparados aos diversos "corações" ou tipos de homens que, conforme sua
natureza, receberam de forma diferente a palavra de Deus, representada pela metáfora do trigo. Os
espinhos são os homens que se preocupam com seus próprios interesses materiais e são egoístas; as
pedras representam os homens insensíveis, duros de coração; os caminhos são os homens insatisfeitos e
intranquilos com o fluxo do tempo e das coisas da vida; a terra boa são os homens que aceitam a palavra
de Deus.
b) Na alegoria do Padre Antônio Vieira, a metáfora que sustenta todo o desenvolvimento do trecho e as
demais comparações é a extraída do texto bíblico e usada como epígrafe do sermão: "Semen est verbum
Dei" - "a palavra de Deus é semente".
6. a
Os sermões de Vieira são conceptismo e se estruturam sob uma retórica que privilegia a lógica e a
organização.
7. a
O sermão da Sexagésima critica as negligências dos fieis e do clero.
a)O Barroco é o movimento marcado pela oposição de ideias; assim, no poema encontram-se antíteses
uimo-nos os vícios dos mortos, assim como s distingue
8. e
O correto é o oposto: o cultismo é extravagante e o conceptismo lógico.
Questão Contexto
Lit.
Por.
Professor: Fernanda Vicente
Monitor: Rodrigo Pamplo na
Por.
Classes de Palavras: Pronomes
20
(Possessivos, Demonstrativos,
mar
Indefinidos e Relativos)
RESUM O
Pronome Pessoais
Os pronomes pessoais servem para caracterizar as pessoas de uma fala, por exemplo, a 1ª pessoa (quem
fala), a 2ª pessoa (com quem se fala) e a 3ª pessoa (de quem se fala). Além disso, funcionam como elemento
de coesão para a retomada de um nome anterio
Os pronomes que servem de sujeito na oração chamam-se retos. Os que desempenham o papel de
complemento verbal denominam-se oblíquos.
Os pronomes oblíquos possuem formas tônicas e átonas: as primeiras vêm precedidas de preposição; as
segundas são partículas inacentuadas, que se colocam antes ou depois do verbo, como fossem sílaba extra.
Exemplos:
Vi-o. (forma átona)
Veio até mim. (forma tônica)
Por.
pessoa
Os pronomes sujeitos (pessoais reto) são normalmente omitidos na Língua Portuguesa porque as desinências
verbais bastam para a indicar a pessoa a que se refere, bem como o número gramatical (singular ou plural)
dessa pessoa. Exemplo: (Eu) ando; (Nós) rimos.
A 1ª pessoa do plural (nós) é conhecida como o plural da modéstia, pois é utilizado para evitar um tom
impositivo ou muito pessoal de opiniões. Os escritores costumam utilizar-se do nós em lugar da forma verbal
eu, por esse motivo. Essa estrutura é encontrada em redações de vestibulares, dissertações de mestrado, etc.
pois o autor procura dar a impressão que as ideias que expõe são compartilhadas por seus leitores.
Se os pronomes oblíquos ou objetivos exercem a função de objeto, logo eles são divididos em:
a) objetivos diretos: me, te, nos, você, o, a, os, as vos, se. Também pertencem a este grupo as
Possessivos
Enquanto os pronomes pessoais denotam as pessoas gramaticais, os possessivos, o que lhes cabe ou
pertence. Eles apresentam formas correspondentes à pessoa que se referem. Observe o quadro:
Um possuidor Vários possuidores
O emprego da 3ª pessoa do singular ou do plural pode gerar ambiguidade em uma frase por conta da dúvida
a respeito do possuidor. Para evitar qualquer ambiguidade, a Língua Portuguesa nos oferece precisar o
possuidor com a utilização das formas: dele(s), dela(s), de você(s), do(s) senhor(es), da(s) senhora(s), entre
outras expressões.
Para reforçar a ideia de posse visando a clareza e a ênfase, costuma-se utilizar as palavras: próprio, mesmo.
Por exemplo: Era ela mesma; eram os seus mesmos braços.
Demonstrativos
1. Definição: São pronomes utilizados para indicar posição de algo (no espaço, no tempo ou no discurso) em
relação às pessoas do discurso.
2. Funções
2.a) No tempo
Este ano está perfeito. (presente)
Esse ano foi/ será perfeito. (passado ou futuro próximo)
Aquele ano foi perfeito. (passado remoto)
2.b) No espaço
Este é meu carro. (próximo de quem fala)
Esse é meu carro. (próximo do interlocutor)
Aquele carro é meu. (distante do emissor e do interlocutor)
Exemplo: João e Roberto trabalham na empresa. Aquele (João) é gerente, este (Roberto), secretário.
Indefinidos:
1. Definição: São os pronomes utilizados para representar a 3ª pessoa do discurso de maneira indeterminada
ou imprecisa.
Masculino Feminino
Alguns(s), certo(s), muito(s), nenhum(uns), outro(s), Alguma(s), certa(s), muita(s), nenhuma(s), outra(s),
qualquer(quaisquer), tanto(s), todo(s), vários, qualquer(quaisquer), tanta(s), toda(s), vária(s),
pouco(s), bastante(s) pouca(s), bastante(s)
Invariáveis
Existem pronomes indefinidos que são utilizados na formulação de perguntas. Eles são chamados de
interrogativos
Interrogativos
2.b) Pronome indefinido adjetivo: qualificam um ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade
aproximada.
São eles: cada, certo(s), certa(s).
Exemplo: Certas pessoas têm enxaqueca crônica.
3. Emprego
3.a) Ninguém: admite dupla negação, quando estiver atuando como sujeito.
Exemplo: Não foi ninguém.
3.b) Algum: Possui valor positivo, se vier anteposto ao substantivo; posposto, negativo.
Exemplo: Alguma pessoa virá à festa. / Pessoa alguma virá à festa.
Relativos
1. Definição:
São os pronomes que representam nomes já mencionados e com os quais se relacionam. Além disso, são
utilizados para unir orações e introduzem as subordinadas adjetivas.
Exemplo: O perfume que adoro. (refere-
Variáveis Invariáveis
O qual, os quais, a qual, as quais, quanto(a), quantos(as), cujo(a), cujos(as) Onde, que, quem
Obs.: Os pronomes relativos devem sempre vir precedidos pela preposição exigida pelo verbo da oração.
Exemplo: Esse é o menino de quem gosto. / Essa é a festa sobre a qual falei.
2. Emprego
2.b) Quem: Só pode ter como antecedente pessoa (ou coisa personificada). É sempre precedido por
preposição.
Ex.: Ela é a pessoa por quem fui apaixonado.
2.c) Que/ o(a) qual / os(as) quais: podem fazer referência tanto a pessoas, quanto a coisas. Porém, é preciso
ter atenção ao uso da preposição. S
os(as) quais.
Ex.: O cidade em que moro é maravilhosa.
Os assuntos sobre os quais falei cairão na prova.
suas variações.
Ex.: Passei pela mulher cuja beleza é infinita.
Derrubaram as casas cujas as paredes estavam caindo. (ERRADO)
EXERCÍ CI OS DE AULA
1.
Por.
VERÍSSIMO, L. F. As cobras em: Se Deus existe que eu seja atingido por um raio. Porto Alegre: L&PM, 1997. (Foto:
Reprodução/ Enem)
O humor da tira decorre da reação de uma das cobras com relação ao uso de pronome pessoal reto,
em vez de pronome oblíquo. De acordo com a norma-padrão da língua, esse uso é inadequado, pois
a) contraria o uso previsto para o registro oral da língua.
b) contraria a marcação das funções sintáticas de sujeito e objeto.
c) gera inadequação na concordância com o verbo.
d) gera ambiguidade na leitura do texto.
e) apresenta dupla marcação de sujeito.
2. O uso do pronome átono no início das frases é destacado por um poeta e por um gramático nos textos
abaixo.
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
(ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos. São Paulo: Nova Cultural, 1988.)
escrita quand
(CEGALLA. Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Nacional, 1980.)
Comparando a explicação dada pelos autores sobre essa regra, pode-se afirmar que ambos:
a) condenam essa regra gramatical
b) acreditam que apenas os esclarecidos sabem essa regra.
c) criticam a presença de regras na gramática.
d) afirmam que não há regras para uso de pronomes.
e) relativizam essa regra gramatical.
3. Na frase "Isso pouco importa, eu já lhe falei bastantes vezes", as palavras sublinhadas são,
respectivamente:
a) advérbio de intensidade e pronome indefinido.
b) pronome indefinido e advérbio de intensidade.
c) pronome indefinido e pronome indefinido.
d) advérbio de intensidade e advérbio de intensidade.
e) advérbio de intensidade, ambas, mas a segunda está grafada erroneamente no plural.
4.
colaboradora na vida de Dona Plácida. Viu-a outros dias, durante semanas inteiras, gostou, disse-lhe
alguma graça, pisou-lhe o pé, ao acender os altares, nos dias de festa. Ela gostou dele, acercaram-se,
amaram-se. Dessa conjunção luxúrias vadias brotou Dona Plácida. É de crer que Dona Plácida não
Por.
falasse ainda quando nasceu, mas se falasse podia dizer aos autores de seus dias: - Aqui estou. Para
que me chamastes? E o sacristão e a sacristã naturalmente lhe responderiam: - Chamamos-te para
queimar os dedos nos tachos, os olhos na costura, comer mal, ou não comer, andar de um lado para
outro, na faina, adoecendo e sarando, com o fim de tornar a adoecer e sarar outra vez, triste agora,
logo desesperada, amanhã resignada, mas sempre com as mãos no tacho e os olhos na costura, até
acabar um dia na
Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas.
-
seguintes frases, também extra
-
-
-
-me, disse eu, poderei arranjar-lhe alguma
5. AQUI SOZINHO
Aqui sozinho, nesta calma, toda a história da humanidade e da vida rolam diante de mim. Respiro
o ar inaugural do mundo, o perfume das rosas do Éden ainda recendentes de originalidade. A primeira
mulher colhe o primeiro botão. Vejo as pirâmides subindo; o rosto da esfinge pela primeira vez
iluminado pela lua cheia que sobe no oriente; ouço os gritos dos conquistadores avançando. Observo
o matemático inca no orgasmo de criar a mais simples e fantástica invenção humana o zero. Entro na
banheira em Siracusa e percebo, emocionado, meu corpo sofrendo um impulso de baixo para cima
igual ao peso do líquido por ele deslocado. Reabro feridas de traições, horrores do poder, rios de
sangue correm pela história, justos são condenados, injustos devidamente glorificados. Sinto as
frustrações neuróticas de tantos seres ansiosos, e a tentativa de superá-las com o exercício de supostas
santidades. Com a emoção a que nenhum sexo se compara, começo, pouco a pouco, a decifrar, numa
pedra com uma tríplice inscrição, o que pensaram seres como eu em dias assustadoramente remotos.
Acompanho um homem num desses raros instantes de competência que embelezam e justificam a
humanidade pintando e repintando o teto de uma capela; ouço o som divino que outro tira de um
instrumento que ele próprio é incapaz de ouvir. Componho em minha imaginação o retrato de
maravilhosas sedutoras, espiãs, cortesãs e barregãs, que possivelmente nem foram tão belas, nem
seduziram tanto. Sento e sinto e vejo, numa criação única, pessoal e intensa, porque ninguém
materializou nada num teatro, numa televisão, num filme. Estou só com a minha imaginação. E um
livro.
(Fernandes, M. JB 01.02.92)
tentativa de superá-las com o exercício de supostas santidades. Com a emoção a QUE nenhum sexo
EXERCÍ CI OS DE CASA
1.
Por.
2. Não era e não podia o pequeno reino lusitano ser uma potência colonizadora à feição da antiga Grécia.
O surto marítimo que enche sua história do século XV não resultara do extravasamento de nenhum
excesso de população, mas fora apenas provocado por uma burguesia comercial sedenta de lucros, e
que não encontrava no reduzido território pátrio satisfação à sua desmedida ambição. A ascensão do
fundador da Casa de Avis ao trono português trouxe esta burguesia para um primeiro plano. Fora ela
quem, para se livrar da ameaça castelhana e do poder da nobreza, representado pela Rainha Leonor
Teles, cingira o Mestre de Avis com a coroa lusitana. Era ela, portanto, quem devia merecer do novo
rei o melhor das suas atenções. Esgotadas as possibilidades do reino com as pródigas dádivas reais,
restou apenas o recurso da expansão externa para contentar os insaciáveis companheiros de D. João
I.
Caio Prado Júnior, Evolução política do Brasil. Adaptado.
-se a
3. Em "O casal de índios levou-os à sua aldeia, que estava deserta, onde ofereceu frutas aos convidados",
temos:
a) dois pronomes possessivos e dois pronomes pessoais
b) um pronome pessoal, um pronome possessivo e dois pronomes relativos
c) dois pronomes pessoais e dois pronomes relativos
d) um pronome pessoal, um pronome possessivo, um pronome relativo e um pronome interrogativo
e) dois pronomes possessivos e dois pronomes relativos.
4.
Por.
A crônica é um gênero textual que frequentemente usa uma linguagem mais informal e próxima da
oralidade, pouco preocupada com a rigidez da chamada norma culta.
Um exemplo claro dessa linguagem informal, presente no texto, está em:
a) O medo é um evento poderoso que toma o nosso corpo, (l. 1)
b) Me lembrei dessa história por conta de outra completamente diferente, (l. 8)
c) De repente, vejo um menino encostado num muro. (l. 10-11)
d) ele também não podia imaginar que eu pedisse desculpas. (l. 28)
5. TRECHO A
Pronomes relativos
são palavras que representam nomes já referidos, com os quais estão relacionados. Daí denominarem-
se
relativos.
[....]
Onde,
como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a
em que: A casa
onde
moro (= em que) foi de meu avô.
(CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 20. ed. São Paulo: Nacional, 1979, p. 116 -117)
Assinale a alternativa em que o uso do pronome em destaque possa ser exemplo da definição de
PRONOME RELATIVO proposta por Cegalla no trecho A.
a) Quero saber onde você guardou as lâminas.
b) Meu lema é: só amo quem me ama.
c) Todos sabem que ele não é feliz com a esposa há muitos anos.
d) Minha mãe me disse que aonde eu vou ninguém mais pode ir.
e) A mulher cuja lembrança me dói nem sabe que existo.
6. Leia com atenção o fragmento abaixo do conto "A terceira margem do rio".
Nossa mãe, vergonhosa, se portou com muita cordura; por isso, todos pensaram de nosso pai a razão
em que não queriam falar: doideira. Só uns achavam o entanto de poder também ser pagamento de
promessa; ou que, nosso pai, quem sabe, por escrúpulo de estar com alguma feia doença, que sej a, a
lepra, se desertava para outra sina de existir, perto e longe de sua família dele.
Guimarães Rosa in: Primeiras estórias
O uso dos pronomes possessivos na parte grifada do texto está de acordo com a norma culta padrão.
Todavia você pode manter o mesmo sentido usando uma outra construção. Escolha nas alternativas
Por.
abaixo aquela que melhor substituiria o trecho destacado sem criar ambiguidade.
a) perto e longe da tua família dele.
b) perto e longe da sua família.
c) perto e longe da tua família.
d) perto e longe da família dele.
e) perto e longe da família daqui.
8. Cedo ou tarde, uma dúvida cruel pinta na sua cabeça: "Que profissão escolher?". Ou ainda: "Em que
faculdade entrar? [...]
É por isso que a Editora Abril está lançando o Guia do estudante. Porque o que ele mais tem é
exatamente o que você mais precisa saber: tudo sobre todas as profissões universitárias e técnicas, o
mercado de trabalho, os cursos e o nível de todas as faculdades brasileiras, onde e como conseguir
bolsas de estudo e muitas dicas de profissionais bem-sucedidos. Uma verdadeira luz pra você acertar
na escolha da profissão que mais faz sua cabeça.
O melhor de tudo é que a decisão será sua e de mais ninguém. Com os pés no chão. Sentindo firmeza.
Pode contar com o Guia do estudante pra encarar essa parada. Ele vai dar a maior força pra você.
(VEJA, São Paulo, n. 976, 1987 apud. AMARAL, Emília et al. Português: novas palavras literatura, gramática, redação. São Paulo: FTD,
2000. p. 326.)
QUESTÃO CONTEXTO
Por.
Explique o efeito de humor da tirinha, levando em conta seus conhecimentos sobre pronomes.
GABARI TO
Exercícios de aula
1. b
2. e
Os dois autores estão comprometidos com o contexto do uso das normas gramaticais, portanto, eles as
relativizam, por entenderem que, em determinadas situações, o rigor linguístico pode ser deixado de
lado.
3. a
utilizada como advérbio, entretanto, advérbios são invariáveis. Nesse caso, a flexão desse vocábulo nos
leva a crer e que se trata não de um advérbio, mas de um pronome (equivalente a muitas).
4. e
-
5. d
Exercícios de casa
1. b
ro
dá conta de exercer essa função, mas exerce de objeto direto. Dessa forma, a colocação pronominal
lícita seria: Nada lhe escapa.
2. c
3. b Por.
Pronome pessoal do caso oblíquo: os (levou-os). Pronome possessivo: sua. Pronomes relativos: que e
onde.
4. b
Considera-se linguagem informal aquela que se desvia da chamada norma-padrão ou norma culta, mas
estabelece comunicação eficiente em contextos informais como os de uma conversa pessoal. Segundo
a norma culta do português, não se deve começar uma frase por um pronome pessoal átono, como em
-
dessa hist
especial pelo gênero da crônica jornalística.
Observe-se que uma construção metafórica não implica necessariamente linguagem informal, a exemplo
do uso do verbo "tomar" em "O medo é um evento poderoso que toma o nosso corpo". Observe-se,
ainda, que a palavra "num", em "vejo um menino encostado num muro", corresponde ao processo de
combinação da preposição "em" e do artigo "um", previsto nas gramáticas e encontrado em registro
formal desde o século XVIII. (Comentário Uerj)
5. e
quando exerce função de pronome relativo deve ser empregada apenas para conferir ideia de
lugar fixo. Caso isso não ocorra, deve-se utilizar outros pronomes relativos, tais quais cujo (os/ a/ as), em
que, no qual etc.
6. d
O trecho em análise apresenta uma pleonasmo, isto é, uma repetição desnecessária para indicar posse.
A alternativa em que a reescritura
indesejadas e nem apresenta abertura apara outras interpretações.
7. e
8. 2 + 16 + 64 = 82
Questão Contexto
O efeito de humor é produzido pelo fato de o personagem de boné não saber que não se começa período
com pronome oblíquo átono e, após tantas correções feitas pelo homem de óculos, o personagem se irrita
- dizer o que gostaria, mas, por acaso, acertando a colocação
pronominal.
Por.
Mat.
Professor: Gabriel Miranda
Monitor: Fernanda Aranzate
Mat.
Exercícios: Quadriláteros (FUVEST, 04
UNICAMP E UNESP) abr
EXERCÍ CI OS DE AULA
2.
Mat.
Percorre-se o paralelogramo ABCD em sentido anti-horário. A partir de cada vértice atingido ao longo
do percurso, prolonga-se o lado recém-percorrido, construindo-se um segmento de mesmo
comprimento que esse lado. As extremidades dos prolongamentos são denotadas por A , B , C e D ,
de modo que os novos segmentos sejam, então, AA', BB ' e DD' . Dado que AB = 4 e que a distância
de D a reta determinada por A e B e 3, calcule a área do
a) paralelogramo ABCD;
b) triangulo BB’C ’;
c) quadrilátero A’B’C ’D
3. Na figura, o triangulo ABC e retângulo com catetos BC = 3 e AB = 4. Alem disso, o ponto D pertence
ao cateto AB , o ponto E pertence ao cateto BC e o ponto F pertence a hipotenusa AC , de tal forma
3
que DECF seja um paralelogramo. Se DE , então a área do paralelogramo DECF vale
2
63
a)
25
12
b)
5
58
c)
25
56
d)
25
11
e)
5
4. Considere o quadrado de lado a > 0 exibido na figura abaixo. Seja A(x) a funcao que associa a cada
0 ≤ x ≤ a a área da regiao indicada pela cor cinza.
Mat.
b)
c)
d)
5. Um terreno tem a forma de um trapezio retangulo ABCD, conforme mostra a figura, e as seguintes
dimensoes: AB = 25 m, BC = 24 m, CD = 15 m.
Mat.
a) Se cada metro quadrado desse terreno vale R$ 50,00, qual e o valor total do terreno?
b) Divida o trapezio ABCD em quatro partes de mesma area, por meio de tres segmentos PARALELOS
AO LADO BC. Faca uma figura para ilustrar sua resposta, indicando nela as dimensões das divisoes
no lado AB.
EXERCÍ CI OS DE CASA
a) 6
b) 7
c) 8
d) 9
e) 10
3. O mapa de uma regiao utiliza a escala de 1:200 000. A porcao desse mapa, contendo uma Area de
Preservacao Permanente (APP), esta representada na figura, na qual AF e DF sao segmentos de reta, o
ponto G está no segmento AF, o ponto E esta no segmento DF, ABEG e um retângulo e BCDE e um
trapezio. Se AF = 15, AG = 12, AB = 6, CD = 3 e DF = 5 5 indicam valores em centímetros no mapa real,
entao a area da APP é:
a) 100 km²
b) 108 km²
c) 210 km²
d) 240 km²
e) 444 km²
Mat.
4. Renata pretende decorar parte de uma parede quadrada ABCD com dois tipos de papel de parede, um
com linhas diagonais e outro com riscos horizontais. O projeto preve que a parede seja dividida em um
quadrado central, de lado x, e quatro retângulos lat erais, conforme mostra a figura.
Se o total da area decorada com cada um dos dois tipos de papel e a mesma, entao x, em metros, e
igual a
a) 1 + 2 3
b) 2 + 2 3
c) 2 + 3
d) 1 + 3
e) 4 + 3
6. O lado BC do triangulo ABC mede 20 cm. Traca-se o segmento MN, paralelo a BC conforme a figura,
Mat.
3
de modo que a area do trapezio MNBC seja igual a da área do triangulo ABC. Calcule o
4
comprimento de MN.
7. No trapezio ABCD, M e o ponto médio do lado AD; N esta sobre o lado BC e 2BN = NC. Sabe-se que
as areas dos quadriláteros ABNM e CDMN sao iguais e que DC = 10. Calcule AB.
8. Na figura, BC e paralela a DE.
AB = 4
BD = 5
Puzzle
Papai te dá dinheiro todos os dias para colocar no seu novo cofrinho. Ele te dá dinheiro de forma que o
dinheiro no cofrinho dobra a cada dia que passa.
Se você já tem 1 centavo no cofrinho e Papai te dá um centavo no primeiro dia, 2 centavos no segundo dia,
4 centavos no terceiro dia e assim por diante, então o seu cofrinho enche no 15° dia.
Em qual dia o cofrinho estará cheio pela metade?
Mat.
GABARI TO
Exercícios de aula
1. b
Os triângulos CDE e CAB são semelhantes, assim temos:
DE CD
AB CA
DE 20 8
15 20
DE 12
15 20
DE 9
A área do trapézio ABED será:
A
AB DE .AD
2
A
15 9 .8
2
A 96
2. Observe a figura:
a) A = 12
A área do paralelogramo ABCD será:
Mat.
A1 = AB × DE = 4 × 3 = 12
b) A = 12
4.6
A2 12
2
c) S(A’B’C’D’) = 60
Sendo A'DD'≅ BB'C', CC'D'≅ A'AB' e A3
At A1 2.A2 2.A3
8.3
At 12 24 2
2
At 36 24 60
3. d
Observando a figura a seguir, onde m(BCA) = α e DF = EC = x
Pelo Teorema de Pitágoras:
(AC)² = 3² + 4²
AC = 5
Como DECF é um paralelogramo, DE = FC = 3/ 2
Assim, F = 5 3/ 2 = 7/ 2 e
x 3
cos
7 5
2
21
x
10
1 21 3 4 63
Logo, a área do paralelogramo DECF será: 2. .EC .CF.sen . .
2 10 2 5 25
4. d
A partir do enunciado temos:
Como os triângulos ABC e ADC são congruentes, então suas áreas são iguais.
Mat.
Da figura, tem-se que o triângulo ABC tem base e altura com medidas iguais a x e a, respectivamente.
Então:
Como , a função A(x) tem como gráfico um segmento de reta, representado na opção D.
5. a) A partir do enunciado temos: a base maior seria AB = 25m, a base menor CD = 15m, e altura que seria
CB = 24m.
Agora só passar pra formula.
[(B + b) . h]/ 2
A = [25 + 15) *. 24]/ 2
A = 40 . 24/ 2
A = 960/ 2
A = 480m²
480m².50 = R$24.000 reais
b)
Exercícios de casa
1. c
A partir do enunciado temos a seguinte figura:
2. b
Mat.
AABE 21 10 4 7
Os triângulos ABE e BCE têm a mesma área, pois possuem a mesma base BE e a mesma altura h, assim:
AABE 7
3. e
A partir do enunciado temos a seguinte figura:
Sabemos que:
AF = 15 cm
AG = 12 cm
AB = EG = 6 cm,
utilizando o Teorema de Pitágoras, vem:
EF ²= GF² + EG²
EF² = 3²+ 6²
Logo, dado que -
DH 2 5
6 3 5
DH 4cm
Desse modo, a área pedida, em cm2, é dada por:
15 12 12 3
ABEF BCDF
2
.6
2
.4 81 30 111
Consequentemente, se x é a área real da APP, então:
2
111.10 10 1
x 200000
x 10 10
km 10
cm
x km
4. b
Mat.
Na figura tem-se: AM = BI = CH = HG = EF = DE = 2.
Os lados dos retângulos AMEF e CHJI medem 2 e 2 + x.
Como o total da área decorada com cada um dos dois tipos de papel é a mesma, teremos:
2. 2. 2 x x 2 .2. 4 2x x 2
x2 x 0
4 16 32 4 48 4 4 3
x 2 2 3
2 2 2
Como x > 0, x 2 2 3
5. a
A partir do enunciado temos a seguinte figura:
Adotando como unidade um quadrado de lado 160 m = 0,16 km, a soma das áreas numeradas de 1 a 7 vale
1
5.1 2.1 2.8 4.5 2 49, 75
7 2 .3 6 5 .1 5.
2 2 2 2 2 2
Como tais áreas foram calculadas por excesso, a área do campus é menor que:
49,75 ⋅ 0,162 = 1,2736 km 2.
Além disso, existem 27 quadrados inteiros numerados na figura abaixo e pelo menos 14 regiões (marcadas
com x na figura abaixo) cuja área é maior que a área de meio quadrado, ou seja, a área do campus é maior
que:
1
km
2
Mat.
6. MN=10
Observando a figura abaixo, temos:
2y x 24 2y x
4y 24
y 6
x y
8 8
x 6
8 8
x 6
7. AB=20
Como AM = MD e a distância de N até AD é a altura relativa às bases AM e MD dos triângulos ANM e DNM,
estes têm mesma área.
Os quadriláteros ABNM e CDMN têm mesma área, logo:
área ABNM = área CDMN
área ANM + área ABN = área DNM + área CDN
área ABN = área CDN
AB.BN .sen ( ABN ) DC .NC .sen (DCN )
2 2
AB.BN .sen ( ABN ) 10.2BN .sen (DCN )
20BN .sen (DCN )
sen ( ABN )
Os ângulos ABN e DCN são suplementares e, portanto, têm senos iguais. Deste modo, AB = 20.
8.
Área do triângulo 15
Área do trapézio 65
Mat.
A=b .h/ 2
A = b . 2bc / 2
A = c . b²
ABC = c . 4² = 16c
ADE = c . 9² = 81c
A área de BCDE é dada pela diferença entre elas (análise direta da figura), portanto, 81c - 16c = 65c
Área do triângulo 15c 15
Assim:
Área do trapézio 65c 65
Puzzle
14º dia
Como o dinheiro no cofrinho dobra a cada dia que passa, o cofrinho estará cheio pela metade na véspera do
dia em que ele estaria cheio por completo. Portanto, o cofrinho estará cheio pela metade no 14° dia.
Mat.
Quí.
Professor: Abner Camargo
Monitor: Gabriel Pereira
Quí.
Geometria molecular, polaridade e 27
forças intermoleculares mar
RESUM O
Geometria molecular
pares
eletrônicos ligantes ou não, do átomo central. Eles tendem a manter a maior distância possível entre si,
porém, as forças de repulsão eletrônica não são suficientes para que a ligação entre os átomos seja
rompida, logo, podemos observar essa distância no ângulo formado entre eles.
Quí.
Obs.: Geometrias do tipo angular e piramidal ocorrem quando sobra par de elétron no átomo central.
a) Linear
OBS: Toda substância com 2 elementos tem geometria linear, pois não existe átomo central.
b) Angular
c) Trigonal plana
d) Piramidal
Quí.
e) Tetraédrica
Polaridade
• Elementos de diferente eletronegatividade: ligações polares.
• Elementos de mesma eletronegatividade: ligações apolares.
• Na polaridade de moléculas, ao sobrar par de elétron no átomo central, molécula polar. Caso não
sobre teremos duas possibilidades:
• Ligantes iguais, molécula apolar.
• Ligantes diferentes, molécula polar.
• Vetor momento de dipolo aponta sempre para o átomo mais eletronegativo.
Exemplo:
CO 2
Os vetores possuem a mesma diferença de eletronegatividade por serem entre os mesmos alementos, e
possuem a mesma direção e sentidos opostos, fazendo com que se anulem e o momento dipolo( ) seja
igual a zero.
H2O
O oxigênio da água possui dois pares de elétrons que não se ligam a nada, logo esses pares empurram as
ligações O-H para baixo, formando assim um ângulo entre eles, os vetores não se anulam como na
molécula de CO 2. O momento dipolo( ) nesse caso é diferente de zero.
Ligações intermoleculares
Quí.
Interações intermoleculares explicam como as moléculas se relacionam e também os estados físicos da
matéria.
PSIU!!
Ligação Íon-dipolo
A interação íon-dipolo envolve um íon e uma molécula polar, de forma que as cargas que possuam caráter
atrativo se aproximam. Portanto, quanto maior a carga do íon relativamente ao dipolo, maior a intensidade
da ligação (melhor será a atração).
EXERCÍ CI OS DE AULA
1.
Quí.
Analise a tabela periódica e as seguintes afirmações a respeito do elemento químico enxofre (S) :
3. O carvão ativado é um material que possui elevado teor de carbono, sendo muito utilizado para a
remoção de compostos orgânicos voláteis do meio, como o benzeno. Para a remoção desses
compostos, utiliza-se a adsorção. Esse fenômeno ocorre por meio de interações do tipo
intermoleculares entre a superfície do carvão (adsorvente) e o benzeno (adsorvato, substância
adsorvida).
No caso apresentado, entre o adsorvente e a substância adsorvida ocorre a formação de:
a) Ligações dissulfeto.
b) Ligações covalentes.
c) Ligações de hidrogênio.
d) Interações dipolo induzido-dipolo induzido.
e) Interações dipolo permanente-dipolo permanente.
4. Além de ser uma prática ilegal, a adulteração de combustíveis é prejudicial ao meio ambiente, ao
Quí.
governo e, especialmente, ao consumidor final. Em geral, essa adulteração é feita utilizando
compostos com propriedades físicas semelhantes às do combustível, mas de menor valor agregado.
Considerando um combustível com 20% de adulterante, a mistura em que a adulteração seria
identificada visualmente é
a) etanol e água.
b) etanol e acetona.
c) gasolina e água.
d) gasolina e benzeno.
e) gasolina e querosene.
5. A geometria das moléculas pode ser determinada fazendo-se o uso do modelo de repulsão dos pares
eletrônicos. Dentre as alternativas abaixo, assinale a que corresponde à combinação CORRETA entre
estrutura e geometria.
a) H2O – Geometria Linear
b) NH4 – Geometria Tetraédrica
c) CO2 – Geometria Angular
d) BF3 – Geometria Piramidal
6. Assinale a alternativa que contém as respectivas geometrias e polaridades das espécies química abaixo.
EXERCÍ CI OS DE CASA
Quí.
SO 3, H2S e BeC 2 apresentam, respectivamente, as geometrias moleculares:
a) III, I e II.
b) III, I e IV.
c) III, II e I.
d) IV, I e II.
e) IV, II e I.
3. As ligações covalentes podem ser classificadas em dois tipos: ligações covalentes polares e ligações
covalentes apolares. Observando a polaridade das ligações e a geometria da molécula, somos capazes
de verificar se uma molécula será polar ou apolar. Com base nisso, assinale a opção que apresenta
moléculas exclusivamente apolares.
a) HC , NO2 e O2
b) C 2 , NH3 e CO2
c) C 2 , CC 4 e CO2
d) CC 4 , BF3 e H2SO 4
4. Considere que, em um experimento, foram colocados, em três copos, em proporções idênticas, os
seguintes líquidos:
5. Compostos contendo enxofre estão presentes, em certo grau, em atmosferas naturais não poluídas,
cuja origem pode ser: decomposição de matéria orgânica por bactérias, incêndio de florestas, gases
vulcânicos etc. No entanto, em ambientes urbanos e industriais, como resultado da atividade humana,
as concentrações desses compostos são altas. Dentre os compostos de enxofre, o dióxido de enxofre
(SO2 ) é considerado o mais prejudicial à saúde, especialmente para pessoas com dificuldade
respiratória.
Adaptado de BROWN, T.L. et al, Química: a Ciência Central . 9ª ed, Ed. Pearson, São Paulo, 2007.
Em relação ao composto SO2 e sua estrutura molecular, pode-se afirmar que se trata de um composto
que apresenta
Quí.
molecular. Relacione cada molécula com a adequada geometria molecular.
1. NOC ( ) linear
2. NC 3 ( ) tetraédrica
3. CS2 ( ) trigonal plana
4. CC 4 ( ) angular
5. BF3 ( ) piramidal
8. As camadas de gelo polar de Marte aumentam e diminuem de acordo com as estações. Elas são feitas
de dióxido de carbono sólido e se formam pela conversão direta do gás em sólido.
Qual é o tipo de interação intermolecular existente entre as moléculas de dióxido de carbono?
a) Ligação de hidrogênio.
b) Dipolo dipolo.
c) Dipolo induzido.
d) Dipolo permanente.
9. Forças intermoleculares são responsáveis pela existência de diferentes fases da matéria, em que fase é
uma porção da matéria que é uniforme, tanto em sua composição química quanto em seu estado físico.
Com base nestas informações, relacione os termos às afirmações que melhor os descrevem.
1. Ligações de hidrogênio
2. Interações íon-dipolo
3. Forças London
4. Interações dipolo-dipolo
( ) Podem ocorrer quando sólidos tais com KC ou Nal, por exemplo, interagem com moléculas
como a água.
( ) Podem ocorrer quando elementos com eletronegatividade elevada estão ligados covalentemente
com o átomo de hidrogênio.
( ) São forças que estão presentes quando temos, por exemplo, uma amostra de acetona (propanona)
dissolvida em etanoato de etila.
( ) Ocorrem entre compostos não polares, sendo esta uma interação bastante fraca.
Quí.
d) 4 2 3 1
e) 3 1 4 2
QUESTÃO CONTEXTO
Em todos os postos brasileiros em que você chega com o carro há basicamente três tipos de gasolina: comum,
aditivada e premium. Mas, além do preço por litro, qual a diferença entre elas? Tem o mesmo efeito no motor do
carro? Se você ainda não prestou a atenção nisso, fiquei atento às dicas. O uso do combustível faz toda a diferença
para o motor do seu veículo.
Importante: independentemente se é comum, aditivada ou premium, toda gasolina automotiva vendida no Brasil
tem 25% de etanol anidro. Está na lei esse mesmo percentual para todas, não importa a marca. Não caia nessa
conversa que determinada marca tem mais ou menos etanol. Esclarecido esse ponto, veja as diferenças entre os
principais combustíveis existentes hoje.
Comum
A gasolina comum é o combustível bruto que sai das refinarias acrescido dos 25% de etanol anidro. Ele não contém
nenhum tipo de aditivo e é basicamente igual em todas as marcas. Por não ter aditivos, é o combustível menos
recomendado para os automóveis porque não contém em sua fórmula substâncias que protegem o motor.
Combustíveis comuns, sem aditivo, deixam resíduos de combustão depositados sobre as válvulas de admissão do
motor, comprometendo a mistura entre o ar e o combustível ao longo do tempo. Em médio prazo, a sujeira
compromete o funcionamento do veículo, o que pode resultar em aumento de consumo de combustível.
Aditivada
A aditivada também tem os 25% de etanol anidro. Porém, ela é composta por aditivos químicos que ajudam na
limpeza do motor. Cada marca tem sua fórmula específica de aditivada. Em geral, todas têm detergentes e
dispersantes. O detergente desprende a sujeira e o dispersante faz com que ela seja quebrada para ser eliminada
pelo sistema de combustão. Nos aditivos ainda estão anticorrosivos e antioxidantes.
A gasolina Shell V-Power Nitro+, a aditivada dos Postos Shell, por exemplo, traz um benefício a mais. Ela tem uma
substância chamada FMT (Friction Modification Technology), desenvolvida no mesmo laboratório que testa os
combustíveis para a equipe Ferrari de Fórmula 1. O FMT cria uma película de proteção nas partes internas do motor
que reduz a fricção (atrito). Com menos atrito, a energia que seria desperdiçada pelo motor é melhor aproveitada
em forma de potência nas acelerações.
Premium
Como manda a lei, a premium também tem os 25% de etanol anidro. Ela é composta por aditivos usados na gasolina
aditivada que ajudam na conservação e limpeza do motor. A principal diferença é em relação à octanagem.
Enquanto a comum e a aditivada têm 87 octanas (ou IAD índice anti detonante), a premium tem 91octanas.
A octanagem é a medida de resistência da gasolina à queima espontânea que ocorre dentro da câmara de
combustão. Assim, com maior octanagem é possível que os motores operem com maiores taxas de compressão,
o que se traduz em melhor eficiência. Mas é importante saber que a octanagem terá efeito significativo somente
nos carros de alta compressão. Ou seja, nos mais potentes, geralmente os esportivos de luxo. Nos demais veículos,
http:/ / g1.globo.com/ carros/ especial -publicitario/ shell/ mitos-e-verdades-do-combustivel/ noticia/ 2014/ 09/ comum-
aditivada-ou-premium-veja-diferenca-entre-elas.html
Quí.
Que tipo de ligação intermolecular está presente na mistura da gasolina e álcool mencionado no texto e qual
substancia possui o maior ponto de ebulição?
GABARI TO
Exercícios de aula
1. c
[I] Incorreta. O enxofre (S) tem massa atômica menor do que a do selênio (Se) , pois está localizado no
mesmo grupo, porém num período acima na classificação periódica.
[II] Correta. O enxofre (S) é um ametal que pode formar com o hidrogênio um composto molecular de
fórmula H2S, pois apresenta seis elétrons de valência (grupo 16) e pode compartilhar dois destes.
[III] Correta. Tanto o enxofre (S) como o sódio (Na) estão localizados no terceiro período da classificação
periódica. Quanto mais a direita num mesmo período, maior a carga nuclear e, consequentemente,
a energia de ionização.
[IV] Incorreta. Pode formar com o sódio (Na) um composto iônico de fórmula Na2S.
Na (grupo 1) Na
S (grupo 16) S2
NaNa S2 Na2S
2. d
A reação fornecida no enunciado descreve a representação geral de um processo de neutralização.
HX(g) NH3(g) NH4 X(s) NH4(aq) X(aq)
A fixação da água aos íons formados se dá por interações do tipo íon dipolo.
Esquematicamente:
Quí.
3. d
O carvão (C(s) ) e o benzeno (C6H6 ) são substâncias classificadas como apolares (R 0).
Conclusão: as forças atrativas envolvidas na atração entre o adsorvente e o adsorvato são do tipo dipolo
induzido-dipolo induzido.
4. c
Gasolina (apolar) e água (polar) não se misturam devido à diferença de polaridade.
A mistura formada teria duas fases e a adulteração seria identificada visualmente.
5. b
Teremos:
NH4 – Geometria Tetraédrica.
6. c
Teremos:
Quí.
Exercícios de casa
1. c
Sabemos que substâncias que apresentam polaridade semelhante e interações intermoleculares intensas
e semelhantes formam misturas homogêneas. Como o benzeno é apolar, ele se mistura
convenientemente com outras substâncias apolares:
Como o NH3, H2O e HF são polares apresentam baixíssima solubilidade em benzeno.
2. e
Resolução:
Neste caso devemos seguir o método da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência, ou seja:
1o) Esquematizar a estrutura de Lewis e acomodar todos os pares de elétrons de valência no átomo central.
2o) Determinar o número total de pares de elétrons na camada de valência (número estérico) do átomo
central e orientar estes pares de elétrons de modo que a repulsão entre os eles seja mínima.
3o) Determinar a quantidade de pares isolados, se eles estiverem presentes na estrutura, e localiza-los de
modo que as repulsões entre eles e os outros pares de elétrons sejam mínimas. Teremos, então:
3. c
C 2, CC 4 e CO2 são moléculas exclusivamente apolares, pois apresentam vetores momento dipolo
elétricos resultantes nulos.
Quí.
4. b
Nos copos 1 e 2 formam-se sistemas homogêneos, com substâncias de igual polaridade, e no copo 3
forma-se um sistema heterogêneo, devido à diferença de polaridades.
6. b
Analisando a geometria a partir da teoria da repulsão dos pares de elétrons, vem:
1. NOC angular
2. NC 3 piramidal
3. CS2 linear
4. CC 4 tetraédrica
5. BF3 trigonal plana
7. a
Como ambos são ametais, haverá compartilhamento de elétrons, formando uma ligação do tipo
covalente.
Quí.
8. c
A molécula de dióxido de carbono, O C O, apresenta interação do tipo dipolo-induzido, que são
forças de interação fracas que ocorrem entre moléculas apolares.
9. c
[1] Ligações de hidrogênio: ocorre entre átomos de elevada eletronegatividade (flúor, oxigênio e
nitrogênio) e o hidrogênio unidos por ligações covalentes.
[2] Interações íon-dipolo: ocorre quando um composto iônico como o KC ou Nal, é atraído pelos polos
de uma molécula polar como a água por exemplo, provocando a dissociação iônica desses compostos.
[3] Forças London: são forças de fraca intensidade que ocorre principalmente entre compostos apolares.
[4] Interações dipolo-dipolo: são ligações que ocorre entre moléculas polares, como a propanona e o
etanoato de etila.
Questão Contexto
Ligação de dipolo induzido. O álcool possui maior ponto de ebulição por realizar ligações de hidrogênio.
Quí.
Professor: Abner
Camargo
Monitor: Gabriel Pereira
Quí.
03
Número de oxidação e reação redox
abr
RESUM O
O número de oxidação (Nox) demonstra como os elétrons estão distribuídos entre os átomos que
participam de um composto iônico ou de uma molécula.
Nos compostos iônicos, o Nox corresponde à própria carga do íon. Já nas moléculas O Nox é zero.
K+ F-
Nox: +1 -1
Nox
Metais alcalinos +1
Metais alcalinoterrosos +2
Zinco (Zn) +2
Prata (Ag) +1
Alumínio ( Al) +3
• Nox do hidrogênio é geralmente +1 exceto quando estiver ligado a um metal, onde seu Nox é -1
• O nox do elemento oxigênio é, na maioria dos casos, -2. Com exceção nos peróxidos onde seu Nox
é -1 e no composto de fluoreto de oxigênio (OF2), seu Nox é +2.
• Os halogênios apresentam Nox = -1 quando formam compostos binários nos quais são mais
Quí.
eletronegativos.
Cu Cu+2 + 2 e-
2 Ag + + 2 e- 2 Ag
Perceba que o Nox do elemento Ag foi de +1 para 0.
No exemplo acima, o cobre (Cu) sofre oxidação e é por isso denominado agente redutor.
Os íons prata (Ag +) sofre redução e é por isso denominado agente oxidante.
Resumo
agente redutor
EXERCÍ CI OS DE AULA
1. Utensílios de uso cotidiano e ferramentas que contêm ferro em sua liga metálica tendem a sofrer
processo corrosivo e enferrujar. A corrosão é um processo eletroquímico e, no caso do ferro, ocorre
a precipitação do óxido de ferro (III) hidratado, substância marrom pouco solúvel, conhecida como
ferrugem. Esse processo corrosivo é, de maneira geral, representado pela equação química:
2. O primeiro passo no metabolismo do etanol no organismo humano é a sua oxidação a acetaldeído pela
enzima denominada álcool desidrogenase. A enzima aldeído desidrogenase, por sua vez, converte o
acetaldeído em acetato.
Quí.
Os números de oxidação médios do elemento carbono no etanol, no acetaldeído e no íon acetato são,
respectivamente,
a) 2, 1 e 0.
b) 2, 1 e 0.
c) 1, 1 e 0.
d) 2, 1 e 1.
e) 2, 2 e 1.
3. Uma medida adotada pelo governo do estado para amenizar a crise hídrica que afeta a cidade de São
artigo publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo , três especialistas alertam sobre os riscos trazidos por
esse procedimento que pode trazer à tona poluentes depositados no fundo das represas, onde se
concentram contaminantes que não são tratados por sistemas convencionais. Entre os poluentes
citados que contaminam os mananciais há compostos inorgânicos, orgânicos altamente reativos com
4. Na manhã de 11 de setembro de 2013, a Receita Federal apreendeu mais de 350 toneladas de vidro
contaminado por chumbo no Porto de Navegantes (Santa Catarina). O importador informou que os
contêineres estavam carregados com cacos, fragmentos e resíduos de vidro, o que é permitido pela
legislação. Nos contêineres, o exportador declarou a carga corretamente - tubos de raios catódicos.
O laudo técnico confirmou que a porcentagem em massa de chumbo era de 11,5%. A importação de
material (sucata) que contém chumbo é proibida no Brasil.
O chumbo presente na carga apreendida estava na forma de óxido de chumbo II. Esse chumbo é
recuperado como metal a partir do aquecimento do vidro a aproximadamente 800°C na presença de
carbono (carvão), processo semelhante ao da obtenção do ferro metálico em alto forno. Considerando
as informações fornecidas, escreva a equação química do processo de obtenção do chumbo metálico
e identifique o agente oxidante e o redutor no processo.
5. Um efluente industrial contaminado por Cr 6+ recebe um tratamento químico que consiste na sua Quí.
acidificação e na adição de ferro metálico. O ferro metálico e o ácido reagem entre si, dando origem
ao íon Fe2+. Este, por sua vez, reage com o Cr 6+, levando à formação dos íons Fe3+ e Cr3+. Depois desse
passo do tratamento, o pH do efluente é aumentado por adição de uma base, o que leva à formação
dos correspondentes hidróxidos pouco solúveis dos íons metálicos presentes. Os hidróxidos sólidos
formados podem, assim, ser removidos da água.
6. Uma estudante de Química elaborou um experimento para investigar a reação entre cobre metálico
(Cu) e ácido nítrico (HNO 3(aq)). Para isso, adicionou o ácido nítrico a um tubo de ensaio (I) e, em
seguida, adicionou raspas de cobre metálico a esse mesmo tubo. Observou que houve liberação de
calor e de um gás marrom, e que a solução se tornou azul. A seguir, adicionou raspas de cobre a dois
outros tubos (II e III), contendo, respectivamente, soluções aquosas de ácido clorídrico (HC (aq)) e
nitrato de sódio (NaNO 3(aq)). Não observou qualquer mudança nos tubos II e III, ao realizar esses testes.
Sabe-se que soluções aquosas de íons Cu 2+ são azuis e que o gás NO 2 é marrom.
Escreva, nos espaços delimitados abaixo, as equações que representam a semirreação de oxidação e
a semirreação de redução que ocorrem no tubo I.
Semirreação de oxidação
Semirreação de redução
EXERCÍ CI OS DE CASA
Sobre tais transformações, pode-se afirmar, corretamente, que ocorre oxirredução apenas em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
Quí.
O agente oxidante e o agente redutor dessa reação, respectivamente, são:
a) H2O , Cd OH2 s
b) NiO2 s , Cd OH s
2
c) NiO2 s , Cd s
d) Cd s , Cd OH s
2
e) NiO2 s , Ni OH s
2
3. A hidrazina (N 2H4) e o tetróxido de dinitrogênio (N 2O 4) formam uma mistura autoignitora que tem sido
utilizada em propulsores de foguetes. Os produtos da reação são nitrogênio e água. Forneça a equação
química balanceada para essa reação e a estrutura de Lewis para a molécula do reagente redutor.
Dados: Números atômicos: H = 1 N = 7 O = 8
4. O titânio pode ser encontrado no mineral ilmenita, FeTiO3 . O metal ferro e o óxido de titânio (IV)
sólido podem ser obtidos desse mineral, a partir de sua reação com monóxido de carbono. Tal reação
forma, além dos produtos indicados, um composto gasoso.
Um outro método de processamento do mineral consiste em fazer a ilmenita reagir com cloro e carvão,
simultaneamente, produzindo cloreto de titânio (IV), cloreto de ferro (III) e monóxido de carbono.
Considere que, na ilmenita, o estado de oxidação do ferro é 2. Preencha a tabela, indicando, para a
reação descrita neste item, todos os elementos que sofrem oxidação ou redução e também a
correspondente variação do número de oxidação.
sofre oxidação
sofre redução
5. Em leite adulterado, é comum encontrar peróxido de hidrogênio (H2O 2), substância adicionada pelo
fraudador com a finalidade de diminuir o desenvolvimento de micro -organismos provenientes de
manipulação e estocagem inadequadas do produto. Um teste simples para a detecção dessa
substância consiste em gotejar solução aquosa de iodeto de potássio em uma amostra acidificada do
leite a ser analisado. Caso contenha H2O 2, a amostra adquirirá coloração amarelada devido à formação
de iodo, uma molécula diatômica.
Escreva a equação química que representa a reação entre o peróxido de hidrogênio e o iodeto em
meio ácido, com produção de iodo e água, apresentando os números de oxidação para o iodo no
reagente (íon iodeto) e no produto (iodo molecular).
6.
materiais que podem ser reaproveitados. Em vista das propriedades químicas dos dois materiais
mencionados nas expressões, pode-se afirmar corretamente que
a) nos dois casos as expressões são apropriadas, já que ambos os materiais se oxidam com o tempo,
b) nos dois casos as expressões são inapropriadas, já que ambos os materiais se reduzem com o
c) a primeira expressão é apropriada, pois o ferro se reduz com o tempo, enquanto a segunda
expressão não é apropriada, pois o ouro é um material inerte.
d) a primeira expressão é apropriada, pois o ferro se oxida com o tempo, enquanto a segunda
expressão não é apropriada, pois o ouro é um material inerte.
7.
Quí.
Nas últimas décadas, o dióxido de enxofre (SO2 ) tem sido o principal contaminante atmosférico que
afeta a distribuição de liquens em áreas urbanas e industriais. Os liquens absorvem o dióxido de enxofre
e, havendo repetidas exposições a esse poluente, eles acumulam altos níveis de sulfatos (SO42 ) e
bissulfatos (HSO4 ), o que incapacita os constituintes dos liquens de realizarem funções vitais, como
fotossíntese, respiração e, em alguns casos, fixação de nitrogênio.
(Rubén Lijteroff et al . Revista Internacional de contaminación ambiental , maio de 2009. Adaptado.)
Nessa transformação do dióxido de enxofre em sulfatos e bissulfatos, o número de oxidação do
elemento enxofre varia de __________ para __________, portanto, sofre __________.
As lacunas desse texto são, correta e respectivamente, preenchidas por:
a) 4; 6 e redução.
b) 4; 6 e oxidação.
c) 2; 4 e redução.
d) 2; 4 e oxidação.
e) 2; 4 e oxidação.
8. Insumo essencial na indústria de tintas, o dióxido de titânio sólido puro (TiO 2) pode ser obtido a partir
de minérios com teor aproximado de 70% em TiO 2 que, após moagem, é submetido à seguinte
sequência de etapas:
I. aquecimento com carvão sólido
No processo global de purificação de TiO 2, com relação aos compostos de titânio envolvidos no
processo, é correto afirmar que ocorre
a) oxidação do titânio apenas nas etapas I e II.
b) redução do titânio apenas na etapa I.
c) redução do titânio apenas nas etapas II e III.
d) redução do titânio em todas as etapas.
e) oxidação do titânio em todas as etapas.
9.
de álcool etílico ingerido pelos motoristas, de acordo com a Le
-se na alteração da cor alaranjada para verde dos sais de
Quí.
cromo, decorrente da seguinte reação,
localização litorânea. O material que constitui o porto e os navios que transitam pelo mar necessitam de um
cuidado maior em suas estruturas. Um dos grandes problemas que tem de ser enfrentados é a ferrugem, que
consiste em uma reação de oxirredução; para que ela se forme, os átomos de ferro que estão no estado
sólido oxidam (perdem elétrons), formando óxido de ferro III, e o oxigênio que se encontra no ar at mosférico
Quí.
GABARI TO
Exercícios de aula
1. c
Uma forma de impedir o processo corrosivo nesses utensílios é impermeabilizar a superfície, isolando -a
de seu contato com o ar úmido, pois assim, evita-se a reação do ferro sólido com o gás oxigênio e com
a água presente na atmosfera, ou seja, evita-se a oxidação.
4 Fe(s) 3 O2(g) 2 H2O( ) 2 Fe2O3 H2O (s)
Ferrugem
Fe : Nox (Fe) 0.
O2 : Nox (O) 0.
Fe2O3 : Nox (Fe) 3.
Fe2O3 : Nox (O) 2.
4Fe3 12 e
oxidação
4Fe0
3 O2 12 e
6 O2
redução
2. b
C2H6 O (e tanol)
C C HHHHHHO
x x 1 1 1 1 1 1 2
2x 6 2 0
x 2
C2H4 O (acetaldeído)
C C HHHHO
y y 1 1 1 1 2
2y 4 2 0
y 1
C2H3 O2 (acetato)
C C H H H O O
Quí.
z z 1 1 1 2 2
2z 3 4 1
z0
3. e
No processo de degradação aeróbica ocorrem reações de oxirredução, em que o oxigênio atua como
agente oxidante.
agente
oxidante
CH2O n nO2 nCO2 nH2O
0 2 (redução)
agente
oxidante
MO C,H,N,S nO2 CO2 H2O NO3 SO 42
0 2 (redução)
4. Monóxido de carbono é formado a partir da queima do carvão, então se pode representar a equação
química do processo de obtenção do chumbo metálico da seguinte maneira:
Δ
CO(g) PbO(s) CO2 (g) Pb(s)
agente agente
redutor oxidante
2 4 (oxidação do carbono)
2 0 (redução do chumbo)
5.
a) Exemplo de reação em que não houve transferência de elétrons (não houve alteração do Nox):
b) Teremos:
Quí.
6.
1. e
Observe:
2. c
Teremos:
redutor oxidante
Cd s NiO2 s 2 H2O Cd OH2 s Ni OH2 s
0 oxidação 2
4 redução 2
3.
A equação química será dada por:
Quí.
2N 2H4 + N 2O 4 3N 2 + 4H2O
No N 2H4 o número de oxidação do nitrogênio é 2.
No N 2 o número de oxidação do nitrogênio é + 2.
Isto significa que o nitrogênio sofre oxidação, logo o N 2H4 é o agente redutor.
4.
2 FeTiO3 7 C 2 6 C 2 Ti C 4 2 Fe C 3 C 3 6 CO
| | | | | | |
2 0 0 1 3 1 6
Variação do número
Elementos
de oxidação
Fe 2 para 3 1
sofre oxidação
C 0 para 2 2
5.
Equação química que representa a reação entre o peróxido de hidrogênio e o iodeto em meio ácido,
com produção de iodo e água e os números de oxidação para o iodo no reagente (íon iodeto) e no
produto (iodo molecular):
agente agente
oxidante redutor
H2O2 I H I2 H2O
1 2 (redução)
1 0 (oxidação)
Nox Nox
do do
io det o io do
molecular
6. d
A primeira expressão é apropriada, pois o ferro se oxida com o tempo na presença do ar formando óxidos
de ferro, enquanto a segunda expressão não é apropriada, pois o ouro é um metal muito pouco reativo.
Ou seja, o potencial de redução do ouro é maior do q ue o do ferro.
7. b
Nessa transformação do dióxido de enxofre em sulfatos e bissulfatos, o número de oxidação do elemento
Quí.
enxofre varia de 4 para 6, portanto, sofre oxidação.
SO2 SO42 HSO 4
S O O ( S O O O O)2 (H S O O O O)
4 2 2 x 2 2 2 2 1 x 2 2 2 2
0 x 8 2 x 7 1
x 6 x 6
S4 S6 2e (oxidação)
8. b
Ocorre redução do titânio apenas na etapa I:
Etapa I :
TiO2 (s) C(s) Ti(s) CO2 (g)
4 0 (redução do titânio)
0 4 (oxidação do carbono)
Etapa 2 :
Ti(s) 2C 2 (s) TiC 4( )
0 4 (oxidação do titânio)
Etapa III :
TiC 4( ) O2 (g) TiO2 (s) 2C 2 (g)
4 4
9. d
Na reação fornecida no enunciado, teremos:
3 CH3 CH2OH 2 K 2Cr2O7 8 H2SO4 3 CH3 COOH 2 Cr2 SO4 3 2 K 2SO4 11H2O
1 3 (oxidação)
6 3 (redução)
Questão Contexto
Fe 0
Fe2O 3 - +3
Variação de 3.
Quí.
Red.
Professor: Carolina Achut ti
Monitor: Maria Paula Queiroga
Red.
04
A estrutura ortodoxa
abr
RESUM O
A introdução é parte inicial do texto, o lugar que irá cativar a atenção do leitor para se aprofundar
nas ideias restantes. Dessa forma, é onde estabelece o primeiro contato com o tema e o que irá ser abordado
nos parágrafos de desenvolvimento (ou também chamado de tese). É necessário um olhar objetivo e claro
para a apresentação da interpretação temática do autor para com seus interlocutores, uma boa dica é a
utilização de conhecimentos gerais (alusão histórica, citação, filmes, músicas, noções da atualidade) para a
conexão das ideias do escritor.
O desenvolvimento é o seguinte passo de sua redação. Ele se estende na justificação das suas ideias
mencionadas no parágrafo introdutório em forma de argumentos. Assim, a linguagem persuasiva e
convincente se tornam essenciais para uma maior legitimidade dos argumentos mencionados. Nestes
parágrafos, os argumentos devem sempre estar acompanhados de uma exemplificação ou confirmação,
aprofundando a veracidade do que está sendo dito, mecanismos que podem ser encontrados dentro do
próprio repertório do candidato, como também nos textos de apoio disponibilizados pelo próprio vestibular.
Por fim, a conclusão decorre de uma síntese daquilo que foi dito anteriormente. Um reforço das
ideias do autor, através de palavras chaves que concluam e estão de acordo com os argumentos
apresentados. É necessário ressaltar que diferentes vestibulares exigem diferentes tipos de conclusão, sejam
elas dispostas de propostas de intervenção (uma solução para a problemática do tema) ou não. Assim, é
imprescindível uma clara leitura do candidato nas informações disponibilizadas pelo vestibular.
Vejamos isso tudo aplicado, a partir de um exemplo extraído da proposta de redação da Fuvest em
Red.
2011
em que se esperava do candidato uma reflexão acerca da permanência ou não de valores altruístas em uma
sociedade individualista e imediatista. Abaixo temos uma redação, disponível no site da Fuvest, considerada
pela banca corretora uma das melhores:
Red.
Nesse texto podemos perceber bem a estrutura ortodoxa do texto dissertativo, uma vez que el e
mantém essa divisão de forma muito bem delimitada, fato que demonstra a progressão das ideias do autor e
contribuiu para o sucesso da dissertação.
Nos 2º, 3º e 4º parágrafo, o vestibulando situa o desenvolvimento: Neste ponto, ele coloca a
argumentação propriamente dita, apresentando no 2º parágrafo uma referência filosófica acerca do tema -
ele cita Lipovetsky -, e, assim demonstrando a riqueza de seu próprio repertório, apresentando, também, a
comprovação de suas ideias. No 3º parágrafo, o autor continua seu questionamento sobre o legado da
humanidade sobre a questão individualista, entrando diretamente no tema proposto e fazendo uma ligação
com o argumento apresentado no 2º parágrafo.
Por fim, no quarto e último parágrafo, é considerada toda argumentação abordada e, em forma de
síntese, é concluído o texto, a partir de uma retomada da alusão histórica da própria introdução, a política
pão e circo.
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A partir disso tudo, vemos como a organização da dissertação segundo a estrutura ortodoxa é o primeiro
passo para que o texto apresente de forma lógica e organizada os argumentos pretendidos pelo seu autor.
Sem ela, as ideias podem ficar difusas e ser mal interpretadas pelo corretor, fazendo com que o vestibulando
perca muito no que se refere à clareza na exposição de seu ponto de vista.
Red.