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Maurício Ehrlich.
COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil, me@coc.ufrj.br
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COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS.
cota 874 e distante 4.5 km do local do acidente (cota efetuou-se um alteamento de cerca de 2 metros de
936). No entanto, comparando-se esses valores com forma a melhor confinar a base da pista e minimizar
a série histórica não se pode dizer, que o montante os movimentos. Após a intervenção os movimentos
de chuva tenha sido excepcional. diminuíram, mas não cessaram por completo
No km 101 tem-se um antigo histórico de (Bittencourt e Pinto, 1978).
movimentos lentos. No início da década de 70
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escala 1:500
960
=
=
SILTE
OCORRÊNCIAS ARENOSO
1+15 = =
950 =
05/02 - 63.2mm DE CHUVA
SILTE
07/02 - PRIMEIRA TRINCA EIXO DA MUITO
ARENOSO
=
PISTA
08/02 - ROTURA GERAL =
DRENOS
PROFUNDOS ROCHA
ORIGINAL ALTERADA
3+00
(ESTIMADO) 3+00
940
936
935 (26/02)
DESVIO
ROCHA
1+15 3+00 POUCO
FRATURADA
ATERRO = ATERRO
3+00
APÓS ROTURA = SILTE = =
930 ARGILO-ARENOSO = AREIA
FINA
SR-01
=
= N.A.
N.A. 925.3
(21/02)
924 924
(25/02) ROCHA
= = N.A.
922
= SILTE (12/03)
ALTERADA
= (26/02) ARENOSO POSIÇÃO DO LENÇOL FREÁTICO
= =SILTE = (25/02 - 26/02)
920 ARGILOSO
= =
SP-06 SR-02 SP-02
(SR-04)
ORIGINAL
3+00
(ESTIMADO)
3+00
910 (ESTIMADO)
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Além Paraíba
Rio de Janeiro
Km 101
Além Paraíba
Eixo B
Rio de Janeiro
Eixo A
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5 RESULTADOS
A
5.1 Inclinômetros
ÁREA DE ESTUDO
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5.3 Pluviógrafos
5.3 Piezômetros
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piezômetros variam de acordo com as variações com intensidades menores que 50 mm em 96 horas
pluviométricas maiores que 100 mm. O tempo de basicamente não foram sentidos pelos piezômetros.
resposta é de aproximadamente de 7 dias, ou seja, As movimentações laterais medidas nos
após um evento chuvoso de mais de 100 mm em 96 inclinômetros instalados no km 101 assinalaram
horas, um pico nas leituras piezométricas é maiores velocidade de deslocamento nos períodos
registrado no decorrer de uma semana. chuvosos, praticamente não havendo movimentação
nos períodos de estiagem. Verificaram-se nos dois
instrumentos instalados resultados similares tanto
quanto a velocidade e períodos de deslocamento
quanto no valor de deslocamento acumulado (~70
mm). O movimento é classificado como Rastejo por
ser intermitente e em termos de velocidade de
deslocamento (~40 mm/ano) pode ser descrita como
Muito Baixa, segundo a escala de classificação de
Cruden e Varnes (1996). No entanto, em períodos
chuvosos essas taxas de deslocamento podem
chegar à ordem de 20 mm/mês, estando ainda na
faixa de velocidade de Muito baixa a Baixa,
segundo a mesma escala de classificação.
Verificou-se através dos ensaios geofísicos
efetuados no km 101 a ocorrência de uma língua de
Figura 10: Leituras piezométricas no km 87,3 (sob o material menos consolidado que segue das partes de
viaduto) vs. leituras pluviométricas. menor profundidade para as áreas mais profundas.
Esta língua apresenta-se inclinada (~45º) em relação
ao eixo da rodovia no sentido Rio de Janeiro e tem
profundidade variando de 30 m (cota 215, perfil
CRT-02) a 70 m (cota 140, perfil CRT-08) e largura
entre 150 m (a 27 m de profundidade) e 100 m (a 47
m de profundidade).
Tais estudos, associados aos testemunhos obtidos
nas sondagens efetuadas anteriormente, indicam se
tratar de um paleotalus, ou seja, blocos de rocha
vindo da escarpa acima, depositados ao longo de
milhares de anos num antigo talvegue.
Outro dado importante que reforça a teoria da
existência de um depósito de blocos de rocha na
região do km 101 é o fato das sondagens revelarem
a ocorrência de “Granito Alterado” se iniciando em
pequenas profundidades, em torno de 9 m, e se
estendendo até o limite das sondagens (~50 m). De
acordo com o perfil geológico desta região, o
Figura 11: Leituras piezométricas no km 101 sentido substrato granítico é encontrado nos grandes picos,
RJ vs. Leituras pluviométricas. sotoposto à suíte Santo Aleixo, composta
basicamente de gnaisses.
6 CONCLUSÕES Os dois inclinômetros estão instalados nesta zona
de anomalia condutiva (língua) e o sentido de
Os pluviógrafos assinalam a estação chuvosa entre movimentação coincide com o sentido de orientação
os meses de novembro e abril, podendo atingir picos desta área de material de menor resistividade.
significativos com valores diários maiores que 150
mm. AGRADECIMENTOS
Os resultados piezométricos mostram que a
variação de poropressão acompanha o regime de O primeiro autor agradece a CAPES pelo suporte
chuvas e podem alcançar variações da ordem de 7 m financeiro.
(Piezômetro km 87,3 viaduto), no entanto, não Os autores agradecem também a todo o pessoal da
oferece risco à rodovia. As leituras piezométricas Concessionária Rio - Teresópolis (CRT) envolvido
foram sensíveis às chuvas acumuladas (96h), com com o estudo.
uma defasagem de aproximadamente sete dias em
relação aos picos de chuva. Os picos pluviométricos REFERÊNCIAS
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