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Matéria: Direito Administrativo

Professor: Jonatas Albino do Nascimento


Direito Administrativo
Teoria e Questões comentadas
Prof. Jonatas Albino do Nascimento - Aula 00

APRESENTAÇÃO

Olá, pessoal!
É com imensa satisfação que lançamos o curso de Direito
Administrativo para Auditor Fiscal Tributário Municipal do ISS Campinas –
Teoria e Questões no Exponencial Concursos.
Vamos nos apresentar!
Meu nome é Jonatas Albino, sou Agente Fiscal de Rendas do Estado de
São Paulo (ICMS/SP), professor do Exponencial Concursos e de cursinhos
preparatórios presenciais em Marília, São Paulo.
Caso esse seja nosso primeiro contato, faço uma breve apresentação
sobre a mim para que nos conheçamos melhor.
Minha vida de concurseiro começou logo cedo, quando decidi que queria
ser Oficial de carreira do Exército Brasileiro. Era o ano de 2005 e morava em
Boa Vista-RR. Por não ter confiança nos cursos preparatórios lá disponíveis,
encarei a preparação por conta própria por meio de uma boa bibliografia e
muitas horas de estudos. A receita era boa e o resultado apareceu: 14º
colocado para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército, 1º colocado no
vestibular para Ciências da Computação na UFRR e 1º colocado para a Escola
de Especialistas da Aeronáutica.
Passados aproximadamente 8 anos no Exército Brasileiro, já como 1º
tenente, decidi que queria uma carreira diferente, apontando meus esforços
para a área fiscal. Mais uma vez, agora pela impossibilidade de conciliar aulas
presenciais com a rotina exaustiva na caserna, optei pela tática já antes
utilizada: bom material e muitas horas de estudo. O resultado veio
relativamente rápido: após um ano e meio de preparação fui aprovado para o
concurso para a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, vulgarmente
conhecido como ICMS-SP, onde estou até hoje, mais precisamente na cidade
de Marília, como dito anteriormente.
Vamos fazer uma passagem pela metodologia do curso!
O curso será composto por 15 aulas (contando com a demonstrativa),
cuja divulgação obedecerá ao cronograma da página 4. A estrutura das aulas
será assim:
Teoria
Caro aluno, o melhor material para concursos não é o mais extenso, mas
o que te faça aprender corretamente e de forma rápida. Vale lembrar que o
foco é passar na prova e não se formar em direito, ok? Com esse foco, nosso
curso será extremamente objetivo, ensinando tudo o que você precisa
saber, sem doutrinas e divagações desnecessárias. A ideia é valorizar o seu
tempo.

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Por isso, vamos apresentar diversos esquemas, fluxogramas, tabelas


comparativas, pequenos resumos, sublinhados, entre outras ferramentas para
potencializar seu aprendizado.
Aqui vamos explicar uma coisa: vamos preparar o curso de forma que
os destaques, as cores, os negritos e os sublinhados sirvam para que vocês
possam fazer uma leitura dinâmica de forma que seja suficiente para resgatar
o conhecimento do assunto objeto da leitura, permitindo as revisões mais
rápidas após a leitura inicial do curso.
Questões
Faremos MUITAS questões, principalmente da banca do concurso
(VUNESP), mas utilizaremos também questões de outras bancas (CESPE, FCC,
FVG, ESAF, entre outras) quando forem importantes para a fixação dos
conceitos ou temas.
Procuraremos também extrair o máximo de conhecimento de cada
questão resolvida, assinalando o item incorreto.
Aqui gostaria de detalhar alguns pontos importantes:
 Iremos colocar questões também na parte teórica para quebrar um
pouco o ritmo, aumentar a dinâmica do estudo e também para ajudar
na fixação do conteúdo.
 Vamos colocar as questões com o gabarito no final sem os comentários
para facilitar no treinamento.
 Quando tivermos algum assunto que ainda não foi cobrado em provas
anteriores (ou que tenha sido pouco cobrado) criaremos algumas
questões no estilo da banca para que vocês não sejam pegos
desprevenidos.
Nos comentários iniciais das aulas vamos conversar com vocês dando
várias dicas, principalmente sobre técnicas de estudo. E para iniciar, lá vai a
dica inicial: planejamento!
Por isso, principalmente se você ainda está conhecendo o “mundo dos
concursos”, considere ser conduzido por um dos coachs do Exponencial.

Aproveito para convidar você para


curtir minha página no Instagram, por onde
mantenho contato com meus alunos.

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Aula Conteúdo
00 - Direito Administrativo:
Conceito e fontes do Direito Administrativo..
01 Regime jurídico administrativo.

02 Organização administrativa brasileira:


Princípios, espécies, formas e características.
Centralização e descentralização da atividade administrativa do
Estado.
Concentração e desconcentração.
Administração Pública direta e indireta.
Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas, Sociedades de
Economia Mista.
Entidades paraestatais.
Contratos de Gestão.
03 Organizações sociais.
04 A Administração Pública:
Conceito, poderes e deveres do administrador público, uso e abuso do poder.
Poderes Administrativos:
Poder vinculado, poder discricionário, poder hierárquico, poder disciplinar,

poder regulamentar e poder de polícia.

05 Atos Administrativos:
Conceitos e requisitos, atributos, classificação, motivação, invalidação.

06 Servidores públicos.
Regime Estatutário
07 Direitos, deveres e responsabilidade.

08 Improbidade administrativa.

09 Contratos Administrativos:
Conceito, peculiaridades e interpretação, formalização, execução,
inexecução, revisão e rescisão.

10 Licitação- Parte 01:


Conceito, finalidades, princípio, objeto, obrigatoriedade, dispensa,
inexigibilidade e vedação.

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11 Licitação – Parte 02
Modalidades, procedimentos, anulação e revogação, sanções penais, normas
gerais de licitação.

12 Responsabilidade civil do Estado.


Ação de indenização.
Ação regressiva.
13 Controle da Administração Pública:
Conceito, tipos e formas de controle, controle interno e externo, controle
prévio, concomitante e posterior, controle parlamentar, controle pelos
Tribunais de Contas, controle jurisdicional.
14 Serviços Públicos:
Conceitos, classificação, regulamentação, controle, permissão, concessão e

autorização. Servidores públicos.

*Confira o cronograma de liberação das aulas no site do


Exponencial Concursos, na página do curso.

Durante o curso, estabeleceremos contato por meio do Fórum, onde


serão trabalhadas as dúvidas.
Vamos em frente!

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CONCEITOS INTRODUTÓRIOS

Sumário
1 - Conceitos Introdutórios............................................................................. 7
1.1 – Estado e Governo ................................................................................................................................. 7
1.2 – Formas de Estado ................................................................................................................................. 9
1.3 – Formação dos Estados........................................................................................................................ 13
1.4 – Formas de Governo ............................................................................................................................ 14
1.5 – Poderes do Estado .............................................................................................................................. 14
1.6 – Sistema de governo ............................................................................................................................ 16
1.7 – Sistema Administrativo ...................................................................................................................... 17
2 – Direito Administrativo............................................................................. 20
2.1 – Conceito ............................................................................................................................................. 20
2.2 – Fontes do Direito Administrativo ....................................................................................................... 23
2.3 – Critérios de definição do direito administrativo ................................................................................ 25
3 – Administração Pública ............................................................................ 28
3.1 – Administração Pública no sentido amplo e estrito ............................................................................ 28
3.2 – Princípio da Autotutela e Sindicalidade ............................................................................................. 28
3.3 – Administração Pública Subjetiva e Objetiva ....................................................................................... 30
3.4 – Atividades tipicamente administrativas ............................................................................................. 31
4 – Questões Comentadas ............................................................................ 33
4.1 - VUNESP ............................................................................................................................................... 33
4.2- ESAF ..................................................................................................................................................... 36
4.3 - FCC ...................................................................................................................................................... 44
4.4- FGV ....................................................................................................................................................... 46
4.5 - CESPE .................................................................................................................................................. 46
4.6 - FUNDATEC ........................................................................................................................................... 55
5 – Lista de exercícios .................................................................................. 58
5.1 - VUNESP ............................................................................................................................................... 58
5.2 - ESAF .................................................................................................................................................... 60
5.3 - FCC ...................................................................................................................................................... 64
5.4 - FGV ..................................................................................................................................................... 65
5.5 - CESPE .................................................................................................................................................. 65
5.6 - FUNDATEC ........................................................................................................................................... 69
6 – Gabarito .................................................................................................. 71
7 – Referencial Bibliográfico ......................................................................... 72

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1 - Conceitos Introdutórios

1.1 – Estado e Governo

O ser humano é um ser social, que precisa conviver com outros seres da
mesma espécie, e vive em sociedade. O desejo é que a convivência entre
todos seja harmônica e para que isso ocorra é necessário o estabelecimento
de regras de convivência. Porém, essas regras requerem o emprego de
recursos humanos e materiais para serem cumpridas.
O conceito de Estado está diretamente ligado ao descrito acima. As
pessoas de um determinado território estabelecem regras que serão
cumpridas por todos por meio de um determinado governo.
Podemos entender Estado (letra maiúscula) como sendo a pessoa
jurídica de direito público externo que organiza através de um governo
soberano seu povo em um determinado território.
Pessoa Jurídica de Direito Público Externo: O Estado tem
personalidade jurídica, logo pode ser sujeito de direitos e obrigações. Essa
personalidade se manifesta inclusive na relação com outros Estados e, por
isso, o Estado caracteriza-se por ser de Direito Público Externo.
Como pudemos perceber há três elementos na definição de Estado:
 Governo Soberano: Conjunto de órgãos com funções definidas pela
Constituição Federal para a realização de atividades políticas que
correspondem a definição da estrutura do próprio Estado e das políticas
públicas.
 Povo: São todos os habitantes nacionais do país. Notem que aqui
estão excluídos os estrangeiros que porventura lá se encontrem.
 Território: É a região onde aquele Estado atua de forma soberana. É a
delimitação física do Estado

Estado

PJ direito público
externo

governo
povo território
soberano

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Uma das principais características do Estado é sua soberania, que


tem tanto efeitos internos quanto efeitos externos.
No plano interno, a soberania significa que dentro do terrório todos
e tudo se submetem ao estabelecido pelo Estado. É aquela ideia “dentro
da minha casa mando eu”! Só que no caso do Estado este “eu” é representado
pelo Governo, que no regime democrático é eleito pelo povo, o verdadeiro
detentor do poder.
Já no plano externo, a soberania se verifica pela capacidade de um
Estado se manifestar em pé de igualdade (isonomia horizontal) frente a
outros Estado soberanos, ou seja, deter personalidade jurídica também no
plano internacional.
“Professor, essa soberania é absoluta?”. Pessoal, muito cuidado com
questões que usem palavras absoluta, sempre, nunca .... Há situações nas
quais essa soberania pode ser relativizada, por exemplo por meio de tratados
internacionais. Outro exemplo interessante é a sede das embaixadas que,
apesar de estarem em solo brasileiro, são consideradas território do país
estrangeiro.
Mas onde está escrito o funcionamento deste governo? Bem, a estrutura
do Estado é geralmente definida na Constituição do país que, sendo a principal
lei, é responsável por definir como será o Estado, a forma de instituição de
seus governantes, as garantias individuais e deveres dos cidadãos, os
princípios da administração pública, as funções dos principais órgãos do
governo, etc.
O Estado pode, através do seu Governo, atuar de forma mais ou menos
efetiva na sociedade e na economia. Quando temos um Estado não
intervencionista (tese defendida por Adam Smith), estamos diante do Estado
Liberal no qual a ideia central seria a de que o Estado deveria intervir pouco
ou mesmo não intervir, principalmente na economia, onde a iniciativa privada
teria maior capacidade e dinamismo.
O Estado Liberal veio como reação ao Estado Absolutista, onde o
monarca detinha imenso poder e atuava fortemente em todos os setores,
inclusive no empresarial.
A verdade é que os dois modelos se mostraram ineficazes na
condução da sociedade. O Estado Absolutista, por concentrar demais o
poder na mão de poucos, acabou por gerar grande insatisfação no povo e nos
grandes capitalistas da época, que se viam incapazes desenvolver a economia
dado o alto intervencionismo do Estado.
Já o Estado Liberal possibilitou um grande desenvolvimento da área
industrial. As economias cresceram, porém juntamente apareceram os efeitos
colaterais. Os cidadãos se viram obrigados a trabalhar ganhando valores muito
baixos e em condições, muitas vezes, degradantes. Com isso, o sentimento de
insatisfação se espalhou pela sociedade.

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A resposta para tais anseios foi a criação do Estado de Bem-Estar


Social. Nesse modelo, o Estado atua de forma mais efetiva na garantia de
direito básicos dos cidadãos. Os direitos trabalhistas foram ampliados e até
mesmo obrigações positivas para o Estado surgiram. A ideia básica é: as
pessoas podem ficar ricas através do seu trabalho, mas o Estado deve
garantir um mínimo para os cidadãos através de políticas afirmativas.
Um dos exemplos mais relevantes desse tipo de política no nosso país é o
Programa Bolsa Família.
Notem que para o Estado implementar tais políticas são necessários
recursos que vem principalmente do pagamento de tributos pelas empresas e
pelas famílias de maior renda, ocorrendo assim uma política redistributiva de
renda.

1.2 – Formas de Estado

Todo estado soberano tem autonomia para definir sua estrutura,


leis, políticas públicas, etc. Esta prerrogativa é chamada de poder
político.
A forma de Estado está relacionada com a repartição (ou não) do
poder político. Caso o Estado tenha apenas um poder político, estaremos
diante de um estado unitário (dizemos que há centralização política). Se
tivermos mais de um poder politico, teremos um Estado federado,
também chamado de complexo ou composto. Nesse caso ocorre a chamada
descentralização politica.

Estado Unitário
Apenas
um
centralização política
Poder
político
Estado Federado
Mais do (complexo ou composto)
que um
Descentralização política

Entendam que, mesmo no Estado federado, há uma entidade central


detentora do poder em questões notadamente de interesse nacional. Este ente
é responsável também por representar o país no plano internacional. No caso
do Brasil este papel é desempenhado pela União

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Tomando como exemplo nosso país, verificamos que há quatro níveis


na divisão do poder político, os chamados entes políticos de direito
público interno (pois não detém personalidade jurídica no plano
internacional), que são: União, Estados, Municípios e Distrito Federal (§
único, art 1º, CF/88), todos autônomos (sem qualquer hierarquia entre sí).
Assim, nosso país é considerado um Estado federado. Os entes federados
atuam de forma coordenada, através da delimitação de competências.
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático
de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”

Podemos entender Estado Democrático de Direito como sendo o


Estado (definido nos tópicos anteriores) onde reina a Democracia, governo
do povo em que todos os cidadãos participam de forma isonômica na eleição
dos governantes. Nesse Estado a lei (por isso “de Direito”) é aplicada a
todos, inclusive ao próprio Estado e seus governantes (princípio do “rule of
law” ou “Império da Lei”), servindo como garantia dos habitantes frente
ao Estado.
Uma das principais decorrências do Estado de Direito é a
presunção relativa (”juris tantum”) de legitimidade dos atos estatais.
Por ser relativa, tal legitimidade pode ser questionada tanto na esfera
administrativa como judicial.
Esse Estado Democrático de Direito é um contraponto ao Estado
Absolutista, onde todo o poder fica na figura do soberano, cuja legitimidade
tem geralmente origem divina.
A autonomia dos entes políticos se manifesta em três áreas
distintas:

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Autonomia

Política Administrativa Financeira

 Autonomia Política: O ente aqui define sua estrutura e regras (leis). O


principal diploma desses entes são as Constituições (Federal e Estaduais) e
Leis Orgânicas do Município. Nessa área são definidas as políticas públicas,
serviços públicos que serão prestados, etc. Aqui é realizado o planejamento, é
definido “onde se quer chegar”.
 Autonomia Administrativa: O ente federativo executa suas atividades
para atingir seus objetivos definidos pelo Poder Político. Aqui estão por
exemplo as Secretarias de Fazendas dos Estados e dos Municípios, que
implementam (executam) a política tributária.
 Autonomia Financeira: Para se ter autonomia, obviamente, são
necessários recursos para que o ente possa atingir seus objetivos. Por isso, há
uma repartição de competências até mesmo na área tributária, que é a
principal fonte de recursos dos entes políticos. Assim, o ente pode aumentar
os tributos de sua competência ou reduzir suas despesar para manter seu
equilíbrio financeiro. Pode também definir como será o seu orçamento.

• Financeira • Autogoverno
Autonomia • Administrativa • Autoadministração
• Política • Auto-organização

A forma federativa é impossível de ser abolida por emenda


constitucional, já que é considerada uma cláusula pétrea (CF, art. 60, §4º,
III). Diante disso, não existe no Brasil o direito à secessão, em que um dos
entes políticos poderia se retirar da federação para se tornar um Estado
autônomo

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É importante entendermos que a Constituição da República Federativa


do Brasil de 1988 (CF/88) vincula TODOS os entes políticos. Na CF/88,
são definidas, por exemplo, as competências de cada entidade política (artigos
21, 23 e 25 da CF/88) e as regras de iniciativa privativas do chefe do
executivo (art 61, CF). Várias dessas regras, que a CF/88 define para os
órgãos federais, são também de aplicação obrigatória pelas outras entidades
políticas, de acordo com jurisprudência do STF.
As leis dos Estados e Municípios obviamente não podem contrariar a CF,
sob pena de serem declaradas inconstitucionais.
Como dissemos, as questões nacionais no Brasil são tratadas pela
União, que inclusive representa a República Federativa do Brasil no plano
internacional. Notem que a União NÃO se confunde com a República, esta
sim detentora de direito e deveres no plano internacional.

União República

Detentora de
Representa, no
direito e deveres no
plano internacional
plano internacional

Outro ponto que merece nossa atenção é o conceito de Confederação,


que se entende como sendo a uma associação de Estados soberanos,
usualmente criada por meio de tratados, mas que pode eventualmente
adotar uma constituição comum. A principal distinção entre uma confederação
e uma federação é que, na Confederação, os Estados constituintes não
abandonam a sua soberania, enquanto que na Federação a soberania é
transferida para o Estado Federal.

Estados constituintes não


Confederação
abandonam sua Soberania

Soberania é transferida para


Federação
o Estado Federal

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Existe previsão na CF/88 de mais um ente: os Territórios Federais (§


2º, art 18, CF/88) que, na verdade, segundo a doutrina majoritária devem
ser tidos como autarquias federais, sem possibilidade de autogoverno e por
isso sem autonomia política. Não existe hoje nenhum território no Brasil.
O conceito de autarquia será explicado em detalhes numa próxima
aula, mas podemos adiantar que é uma pessoa jurídica de direito público
que exerce atividades típica de Estado, com autonomia administrativa,
mas sem autonomia política. Exemplo: Banco Central.

1.3 – Formação dos Estados

Dificilmente um Estado mantém sua forma desde sua criação. Muitas


vezes temos um Estado Unitário que posteriormente se transforma em
Federação ou o contrário.
Em um Estado Unitário, que abre mão de parcela de seu poder em
prol da criação de outros entes políticos, temos a criação de uma
federação por desagregação (ou movimento centrífugo, desagregador).
Percebam que estes novos entes têm autonomia política, mas não
soberania, que continua restrita à federação. Este foi o modelo adotado pelo
Brasil através da Constituição Federal de 1891.
No movimento inverso, no qual Estados soberanos abrem mão de
sua soberania para se tornarem uma federação, temos a criação de uma
federação por agregação (movimento centrípeto). Este modelo foi seguido
nos Estados Unidos onde os Estados eram organizados em uma Confederação
e abriram mão de sua autonomia para formar uma federação.

movimento centrífugo

Estado Unitário
abre mão de novos entes têm
parcela de seu autonomia
Desagregação
poder em prol da política mas não
criação de outros soberania
Formação entes políticos
de Estados
Estados soberanos abrem mão
Agregação de sua soberania para se
tornarem uma federação

movimento centrípeto

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1.4 – Formas de Governo

Outro conceito importante é a forma de governo, que podemos definir


como sendo a maneira como ocorre a instituição e a passagem do poder
dentro da sociedade, bem como a relação entre governantes e
governados.
Na república, os governantes são eleitos pelos cidadãos para exercer
determinada função pública por tempo certo (eletividade). Logo, o poder
(cujo detentor é o povo) é sempre exercido de forma temporária
(temporalidade). Outra característica marcante é que o governante deve
prestar contas dos seus atos, uma vez que no seu mandato está
administrando o patrimônio de toda a sociedade.
Já na monarquia, o poder político é passado de forma hereditária.
Podemos dizer também que não há uma clara divisão entre os bens públicos e
os do governante. Logo, a prestação de contas por parte do governante
acaba não ocorrendo ou não sendo efetiva. Como não há término previsto
para o mandato, diz-se que este é vitalício.

MONARQUIA REPÚBLICA

• Hereditariedade • Eletividade
• Não há Prestação de • Prestação de Contas
Contas • Temporalidade
• Vitaliciedade

1.5 – Poderes do Estado

O Estado no seu dia a dia atua através dos seus “Poderes”. Estes
poderes representam uma divisão interna de funções, em que cada poder
exerce predominantemente uma determinada função.
A divisão de poderes adotadas hoje é a definida por Montesquieu, que
divide em três os poderes (funções) do Estado: Executivo, Legislativa e
Judiciário.
O Poder Executivo realiza a atividade administrativa de forma
ampla, definindo as políticas públicas, garantindo a prestação de serviços
públicos básicos e executando tarefas para que o país alcance seus objetivos.
Ao Poder Legislativo compete definir as leis que deverão ser
obedecidas por todas (inclusive o próprio governo) para o desenvolvimento do
país e manutenção do Estado de Direito. Outra função desse poder é a de
fiscalizar o Poder Executivo.

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Já o Poder Judiciário é responsável por julgar os litígios (função


jurisdicional) que venham a surgir.
Em suma, temos então as atividades típicas, precípuas, dos poderes:

Executivo Legislativo Judiciário

• Atividade • Definir as leis • Julgar os litígios


administrativa • Fiscalizar o Poder (função jurisdicional)
Executivo

Deve-se salientar que a CF/88 adotou uma divisão flexível dos


poderes, onde cada poder exerce, além das suas funções precípuas,
outras funções atípicas.
Podemos citar como exemplo de funções atípicas que competem ao
Senado Federal (órgão do Poder Legislativo) julgar (função precípua do
Poder Judiciário) o Presidente nos crimes de responsabilidade.
O Poder Judiciário por seu turno também realiza atividades
administrativas no seu dia a dia, definindo processos de trabalho, realizando
atendimento ao cidadão etc.
O Poder Executivo exerce importantíssimo papel na função legislativa,
inclusive sendo o proponente de medidas provisórias que podem entrar em
vigor imediatamente (a depender de seu conteúdo), para só depois serem
avaliadas pelo Congresso.

IMPORTANTE: Em nosso ordemento jurídico predomina a tese de que o


Poder Executivo NÃO exerce função jurisdicional. Há entretanto
administrativistas de renome (como Celso Antônio Bandeira de Melo) que
entendem que o Poder Executivo exerce jurisdição na esfera administrativa,
porém sem definitividade.

O princípio de divisão orgânica das funções de Estados possui


status de cláusula pétrea constitucional (CF, art. 60, §4º), sendo portanto
inviável qualquer medida no sentido de prejudicar sua estrutura.
“§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente
a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.”

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Importante atentar para a expressão “tendente a abolir”, pois tendo


sido submetido ao STF (Supremo Tribunal Federal Federal) se esta vedação
englobaria qualquer tipo de alteração, a corte maior se pronunciou que
apenas alterações que reduzissem o alcance das cláusulas pétreas
estariam vedadas pela CF/88.

1.6 – Sistema de governo

Apesar dessa divisão funcional, os poderes interagem entre si de


diversas formas. Podemos citar a prerrogativa da Câmara dos Deputados de
autorizar, por 2/3 dos seus membros a instauração de processos contra o
presidente, vice e ministros (artigo 1º, inciso I, da CF88). Há também a
prerrogativa do Presidente de nomear os ministros do STF (inc XIII, art 84,
CF) após aprovação do Senado, entre outros.
Especificamente entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo, a
relação de dependência entre esses poderes é chamado de sistema de
governo, tendo como possíveis classificações o presidencialismo e o
parlamentarismo.
No presidencialismo, o presidente acumula as funções de chefe
de Estado (atuando inclusive no plano externo) e de chefe de Governo
(administrando o Estado no plano interno). Há uma maior autonomia do
chefe do Poder Executivo, que não depende do Poder Legislativo para se
manter no cargo, uma vez seu poder vem direto do povo que o elegeu para
ocupar o cargo por um período fixo. Essa autonomia também se verifica no
congresso, que não pode ser dissolvido por ato unilateral do presidente.
Já no parlamentarismo, o presidente ou rei (no caso de uma
monarquia) exerce apenas a chefia do Estado. A condução do Governo
cabe ao Primeiro Ministro, que é eleito pelo Congresso. Nesse sistema há
uma maior dependência entre os poderes. Os adeptos desse sistema
colocam que, por ser o chefe de Governo eleito direto pelo Congresso, o
Primeiro Ministro costuma ter um maior apoio do Poder Legislativo.
Entretanto, caso esta relação com o Legislativo se deteriore, pode o Primeiro
Ministro ser destituído diretamente pelo parlamento através da retirada
do voto de confiança. Caso o presidente entenda que o parlamento já
não representa o povo, pode também dissolvê-lo pelo mesmo
instituto. Como se vê, há uma uma relação muito mais estreita entre esses
dois poderes nesse sistema de governo.
Com a atuação desses poderes autônomos (mas não absolutos),
procurou-se estabelecer um modelo chamado de “Sistema de Freios e
Contrapesos”. Por meio desse sistema, um poder ajuda a garantir que o
outro estará agindo dentro de suas competências, funcionando como um
sistema de controle mútuo dos órgãos governamentais de igual ou

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similar estatura política. A ideia é que o próprio Governo (em sentido


amplo) ajude a manter o Governo na linha.
Outro ponto que merece atenção é que esta divisão é funcional, ou
seja, cada poder possui atribuições específicas. Já tivemos questões que
buscaram enganar o candidato afirmando que o Poder foi divido... Ora, o
poder num Estado Democrático de Direito vem do povo e é indivisível.

PARLAMENTARISMO PRESIDENCIALISMO

• Presidente ou rei exerce apenas a


chefia do Estado
• A condução do Governo cabe ao • Presidente acumula as funções de
Primeiro Ministro chefe de Estado e de chefe de
• Maior dependência entre os Governo
poderes • Maior autonomia do chefe do
• Primeiro Ministro pode ser Poder Executivo
destituído diretamente pelo • Não depende do Poder Legislativo
parlamento através da retirada do para se manter no cargo
voto de confiança • Poder vem direto do povo que o
• Caso o presidente entenda que o elegeu para ocupar o cargo por
parlamento já não representa o povo período fixo
pode também dissolvê-lo pelo
mesmo instituto

1.7 – Sistema Administrativo

Sistema administrativo corresponde a forma como o Estado resolve


seus litígios. Vamos ver abaixo 2 tipos de sistemas: o francês e o inglês.
No sistema francês, há uma divisão de competências entre o Poder
Judiciário e o Poder Executivo em termos de coisa julgada (sem possibilidade
de recurso). Na esfera administrativa, a Administração Pública julga
definitivamente os litígios de sua competência (processos administrativos),
não sendo permitido ao cidadão recorrer na esfera judiciária sobre tais
litígios. Este sistema também é chamado também de contencioso
administrativo ou de dualidade de jurisdição.
Já no sistema inglês, todos os litígios somente são definitivamente
encerrados (coisa julgada, sem qualquer possibilidade de recurso) no Poder
Judiciário. Este é o sistema adotado no Brasil, conforme podemos
perceber na leitura do inc XXXV, art 5º da CF, que inclusive detém status de
cláusula pétrea (CF, art. 60, §4º), sendo chamado de Princípio da
Inafastabilidade da Jurisdição. Por esse princípio, TODOS os litígios
podem (em algum momento) ser levados a apreciação do poder judiciário.
”XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito.”

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Apesar das decisões no âmbito administrativo não serem dotadas de


definitividade, há a figura da coisa julgada administrativa. Nessa situação,
não há mais possibilidade de recursos na esfera administrativa,
mantendo o particular o direito de se recorrer ao Poder Judiciário

• ADM Púb. julga definitivamente os lítígios de sua


competência (não é permitido ao cidadão recorrer na esfera
judiciária sobre tais litígios).
Sistema • É chamado também de contencioso administrativo ou de
Francês dualidade de jurisdição.

• Somente são definitivamente encerrados (coisa julgada,


sem qualquer possibilidade de recurso) no Poder Judiciário.
• TODOS os litígios podem ser levados a apreciação do poder
judiciário.
Sistema • Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição.
Inglês
• Sistema adotado no Brasil.

Vamos resolver uma questão!

(CESPE - TCE-AC – 2009) Julgue o item abaixo:


A Em face do princípio da indeclinabilidade da jurisdição (CF, art. 5º, inciso
XXXV), não se admite a existência da chamada coisa julgada administrativa,
uma vez que sempre é dado ao jurisdicionado recorrer ao Poder Judiciário
contra ato da administração
Comentários:
Sabemos que a coisa julgada administrativa não tem caráter de definitividade
mas de forma alguma podemos dizer que tal instituto não exista.
Gabarito: Errado.
Mais uma questão:

(ESAF - SUSEP - Controle e Fiscalização - Atuária –


2006) O sistema adotado, no ordenamento jurídico brasileiro, de controle
judicial de legalidade, dos atos da Administração Pública, é
a) o da chamada jurisdição única.
b) o do chamado contencioso administrativo.
c) o de que os atos de gestão estão excluídos da apreciação judicial.
d) o do necessário exaurimento das instâncias administrativas, para o
exercício do controle jurisdicional.

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e) o da justiça administrativa, excludente da judicial.


Comentários:
Como reza o princípio que acabamos de ver, de jurisdição única.
Gabarito: A.

O interessado pode, a qualquer tempo, entrar na justiça para discutir


seu direito, ainda que esteja em curso um processo administrativo. Ocorre,
entretanto, que algumas situações exigem por parte do interessado o
esgotamento da via administrativa ou, pelo menos, que este tenha
recorrido inicialmente a Administração Pública e tenha tido sua
solicitação negada.
Vejamos essas situações:
 Justiça Desportiva: Nesse caso o interessado tem que esgotar a via
administrativa para recorrer ao Poder Judiciário. Apesar da palavra “Justiça”
ou “Jurisdição” Desportiva, estes órgãos têm natureza administrativa.
 Ato/Omissão da APU que contrarie súmula vinculante. Conforme
colocado no §1º do art. 7º da Lei 11.417/2006: só poder ser objeto de
reclamação ao STF após esgotada a via administrativa.
“Art. 7o Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar
enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo
indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem
prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação.
§ 1o Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da
reclamação só será admitido após esgotamento das vias
administrativas.”
 Solicitação de Informação indeferida: Nesse caso, apenas após o
indeferimento da solicitação de informação na esfera administrativa que será
legítima a propositura de habeas data.
 Recurso administrativo de efeito suspensivo: Caso haja um recurso
com efeito suspensivo deferido, não cabe MS (mandado de segurança)
conforme o inciso I do artigo 5º da Lei 12.016. Notem que esta restrição se
refere exclusivamente ao MS.

Necessidade de esgotamento da via admnistrativa (ou recorrido


inicialmente e solicitação negada) para acesso ao judiciário

Ato/Omissão da APU Solicitação de Recurso


Justiça
que contrarie Informação administrativo de
Desportiva
súmula vinculante indeferida efeito suspensivo

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2 – Direito Administrativo

2.1 – Conceito

Há diversas definições de Direito Administrativo. Seguem:


“O ramo do Direito Público que disciplina a função administrativa e os
órgãos que a exercem.” (Celso Antônio Bandeira de Melo)

“O ramo do direito público que tem por objeto os órgão, agentes e


pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração
Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os
bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de
natureza pública.” (Maria Sylvia Zanella Di Pietro)

“Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos,


os agentes e as atividades administrativas tendentes a realizar
concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado.”
(Hely Lopes Meirelles)

Existem outras tantas definições (que são variações dessas) que


poderíamos citar aqui. Vamos explicar um pouco:
 Ramo do direito público: o direito público é aquele no qual um dos
pólos da relação é ocupada pela sociedade (por isso “público”). Em
decorrência disso, temos que esta é uma relação na qual os interesses
particulares se encontram em situação de desigualdade frente o interesse
público (que possui prerrogativas). Por exemplo, uma pessoa que possua uma
casa no trajeto de uma rodovia que será construída, poderá ter a sua
propriedade desapropriada. É importante perceber o Estado também pode
atuar em situações regidas predominantemente pelo direito privado.
Um exemplo típico são os estabelecimentos de entidades da administração
indireta com foco empresarial, como a Petrobrás. Nesse caso, o Estado estará
em igualdade com os particulares.
 Objeto: Os objetos do direito Adminstrativo são os seus operadores
(órgãos, agentes e entidades), os bens utilizados e a própria atividade
administrativa.
 Fins desejados pelo Estado: O Estado é o responsável por
representar a sociedade no âmbito do direito administrativo. Quando se fala
em “Fins desejados pelo Estado” deve-se entender como os fins almejados
pela sociedade (em princípio).

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ISONOMIA VERTICAL E HORIZONTAL: Alguém poderia questionar o fato da


APU atuar em posição privilegiada em relação ao interesse do particular. Isso
não representa uma violação ao princípio da igualdade? Ocorre que a isonomia
possui dois aspectos: Vertical e Horizontal.
No aspecto vertical, devemos tratar de maneira diferente aqueles que se
encontram em posições diferentes. Quando a APU quando atua nessa condição
(em que predomina o regime de direito público), ela representa toda a
coletividade e por isso deve sim estar em uma posição diferenciada.
Já no aspecto horizontal, temos que todos que se encontram na mesma posição
devem ser tratados de forma isonômica. Isso ocorre nas relações entre
particulares e até em relação a APU, mas nesse último caso apenas quando ela
atua em situações regidas pelo direito privado.

É importante frisar que no âmbito do DA vigora o chamado regime


jurídico-administrativo. Por tal regime devemos entender o conjunto de
normas, princípios e demais fontes do DA que colocam a APU numa posição de
privilegiada nas relações com os particulares (verticalidade). Nesse regime são
definidas prerrogativas e restrições às quais a APU está sujeita. São dois os
princípios basilares da APU: supremacia do interesse público e
indisponibilidade do interesse público.
De acordo com o princípio da supremacia do interesse público, os
interesses da APU correspondem aos interesses da coletividade. Devido a
isso, podem ser adotadas medidas contrárias a vontade do particular, as
chamadas prerrogativas. Podemos citar as cláusulas exorbitantes dos
contratos administrativos, em que é lícito ao Estado retomar a execução de
um determinado contrato com base no interesse público.
Já pelo princípio da indisponibilidade do interesse público,
devemos entender que nenhum ente político, entidade administrativa, órgão
ou agente público pode abrir mão de um bem da sociedade sem que isso
esteja devidamente regulado por lei. Você, como futuro servidor público,
não poderá deixar de exercer uma atividade plenamente vinculada, como a
cobrança um tributo, pois este valor pertence ao Estado de forma imediata e
ao povo de forma mediata. Este princípio, por suas características, acaba
gerando restrições à atuação do Estado.

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REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO

Supremacia do Indisponibilidade
interesse público do interesse público

Prerrogativas Restrições

A doutrina classifica o interesse público em duas vertentes: interesse


público primário e interesse público secundário. O interesse público primário
se manifesta na garantia das necessidades básicas da coletividade
(segurança, saúde, justiça, etc) através das atividades-fim do Estado, que
configuram a administração pública externa ou extroversa. Já o interesse
público secundário está relacionado às atividade-meio, nas quais o Estado
procura assegurar seus próprios interesses (interesses individuais do
Estado), maximizando as receitas e aumentando seu patrimônio,
representando a administração pública interna ou introversa.
Notem que os dois tipos de interesse público são importantes,
pois, para garantir o interesse público primário, são necessários recursos que
só podem ser obtidos através da defesa dos interesses públicos secundários.

Interesse Público

Primário Secundário

Assegurar
seus próprios
Adm. Adm.
Garantia das interesses
Atividade pública Atividade pública
necessidades (maximizar
-fim externa ou -meio interna ou
básicas receita e
extroversa introversa
aumentar
patrimônio)

(ESAF - AUFC - Controle Externo/2006) O regime


jurídico-administrativo é entendido por toda a doutrina de Direito
Administrativo como o conjunto de regras e princípios que norteiam a atuação
da Administração Pública, de modo muito distinto das relações privadas.
Assinale no rol abaixo qual a situação jurídica que não é submetida a este
regime.
a) Contrato de locação de imóvel firmado com a Administração Pública.
b) Ato de nomeação de servidor público aprovado em concurso público.

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c) Concessão de alvará de funcionamento para estabelecimento comercial pela


Prefeitura Municipal.
d) Decreto de utilidade pública de um imóvel para fins de desapropriação.
e) Aplicação de penalidade a fornecedor privado da Administração.
Comentários:
O Estado nas suas relações jurídicas costuma atuar sob o regime de direito
público, logo numa relação desigualdade ante os interesses particulares. A
única situação em que isso não ocorre é na alternativa A, pois no contrato de
aluguel, é facultado ao particular celebrar ou não o contrato e nesse caso a
Administração não se encontra (em princípio) numa situação privilegiada. Nas
demais situações predominam as normas de direito público. Verifiquemos as
demais opções:
(B) Os servidores públicos são regidos por um estatuto específico,
diferentemente das empresas privadas. Notem que a banca colocou a
expressão “servidor” exatamente para não haver confusão com os funcionários
públicos (regidos pela Consolidação da Leis de Trabalho). Veremos essa
matéria mais adiante.
(C) A concessão de alvará de funcionamento é o ato no qual a APU avalia se o
particular atendeu a todos os requisitos para receber o público de uma forma
adequada e segura, logo há nitidamente o predomínio do direito público.
(D) A desapropriação é um dos principais exemplos de aplicação do interesse
público, pois o particular, que é legitimamente proprietário de um imóvel,
pode através de tal instituto ser obrigado a ceder tal imóvel (mediante
indenização) para o Estado.
(E) A APU tem que estar atuando em posição privilegiada, na relação com o
particular, para aplicar uma penalidade. Assim, predomina o direito público.
Gabarito: A.

2.2 – Fontes do Direito Administrativo

Diferente de outros ramos do direito, o DA não tem um código


principal. Há sim uma gama de diplomas jurídicos esparsos que são as fontes
do direito administrativo.
As fontes do DA são os instrumentos de regulação da atividade
atividade administrativa. São as regras (escritas ou não) que devem ser
obedecidas.
As principais fontes são: lei, doutrina, jurisprudência e costumes.
 A lei é a principal (primária ou direta) fonte do DA. Para o direito
administrativo essa lei deve ser interpretada em seu sentido amplo (o que

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significa todas as normas produzidas pela Estado), incluindo a Constituição,


leis ordinárias, complementares, decretos, tratados internacionais, medidas
provisórias).
Os atos normativos expedidos em conformidade com a lei estarão aqui
incluídos, porém como fonte secundária ou indireta.

 A doutrina é uma fonte secundária (indireta) e corresponde à


produção de trabalhos pelos principais estudiosos do DA. Esses
trabalhos influenciam tanto na produção da leis pelo Poder Legislativo quanto
nas decisões do Poder Judiciário.

 A jurisprudência, outra fonte secundária, corresponde à decisões


reiteradas adotadas no âmbito do Poder Judiciário.
No geral, a jurisprudência não vincula o magistrado. Entretanto deve-se
atentar para o instituto da Sumula Vinculante do STF, que vincula todos os
órgão da Administração Pública e as demais instâncias do Judiciário,
sendo também considerada uma fonte primária. O mesmo ocorre face às
decisões do STF no controle de constitucionalidade das leis em tese.
Nessas situações (ação direta de inconstitucionalidade, ação declaratório de
constitucionalidade, arguição de descumprimento de preceito fundamental)
diz-se que o efeito dessas decisões é erga omnes (atinge a todos) e
vinculante (pois tanto os órgão do poder judiciário quanto os do executivo
ficam vinculados às decisões do STF).

 Por último temos os costumes, que são também fontes secundárias.


Os costumes atuam principalmente nas lacunas da legislação. Para
serem aplicados é necessário que sejam de convicção generalizada
(amplamente aceitos) e que sua aplicação seja obrigatória. Não são aceitos
os costumes contra legem (contrários á lei).

CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE. O controle


de constitucionalidade das leis em tese representa o sistema no qual
apenas alguns órgãos do poder judiciário (por isso chama-se de
“concentrado”) julgam ações de caráter objetivo. Nessas ações, a causa
discutida é a própria constitucionalidade das leis, sem a
participação de nenhum particular. No caso da CF/88, este controle é
exercido pelo STF. Poucos legitimados têm competência para questionar a
constitucionalidade das leis por esta via. Esta parte da matéria é
detalhada no curso de direito constitucional. Aqui basta sabermos o
conceito principal.

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2.3 – Critérios de definição do direito administrativo

A definição de direito administrativo varia de acordo com os critérios


adotados (também chamados de escolas). Esses critérios podem ser
adotados de forma isolada (utilizando um único critério, quando são
chamados de unitários, unidimensionais ou simples) ou conjunta (quando
mais de um critério são utilizados, chamados de pluridimensionais ou
compostos)
São eles:

Critério Legalista Critério do Serviço Público Escola da Relações


Jurídicas
Critério Critério da distinção entre Escola do Poder
Teleológico/Finalístico. atividade jurídica e social Executivo
do Estado

Critério Critério da Administração Critério da Hierarquia


Negativo/Residual Pública Orgânica

Vamos lá:
 Critério Legalista: nesse conceito o DA (Direito Administrativo) é
responsável pelo estudo das normas administrativas, sem, entretanto,
delimitar quais seriam essas normas. Também é chamado de critério
exegético, empírico, caótico e francês. Esta interpretação sofreu críticas
por não englobar os princípios não codificados. Os costumes e a jurisprudência
oriunda do Poder Judiciário também eram ignorados, gerando uma definição
bastante limitada do DA. Era utilizada, na interpretação das leis, a
jurisprudência dos tribunais administrativos. O núcleo desse pensamento
era que a Administração Pública vivesse isolada dentro de suas leis e estrutura
orgânica.

 Critério do Serviço Público: por esse critério, o DA corresponderia às


regras relativas aos serviços públicos. Caso estivéssemos falando de
todas as funções exercidas pelo Estado (incluindo o Judiciário), estaríamos
utilizando o conceito de serviço público em sentido amplo (tese defendida
por Duguit e Bonnard). Se por outro lado entendessemos serviços públicos
como as atividades exercidas pelo Estado para atender às necessidades da
coletividade, estaríamos diante do conceito estrito de serviços públicos

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(tese defendida por Jêze). Esta escola foi largamente empregada na França e
inspirou-se basicamente na jurisprudência do conselho de Estado Francês.

 Critério da distinção entre atividade jurídica e social do Estado: o


direito administrativo seria o conjunto dos princípios que regulam a atividade
jurídica não contenciosa do Estado e a constituição dos órgãos e meios
de sua ação em geral.

 Escola da Relações Jurídicas: o DA seria o conjunto de normas que


regulam as relações entre a Administração e os administrados. Esta
definição peca por não diferenciar o DA de outros ramos de direito público,
como o direito tributário.

 Critério Teleológico/Finalístico: o DA seria o conjunto de normas


e princípios que disciplinam a atuação do Estado na busca dos seus
objetivos/fins. Tal definição, entretanto, não define minimamente quais
seriam esses “fins” almejados pelo Estado. Além disso, até atividades de
definição de políticas públicas, como as atividades legislativas, estariam
enquadradas nesse critério.

 Escola do Poder Executivo: segundo esse critério, o DA seria a


legislação referente às atividades do Poder Executivo. Falha esta
definição, pois os outros dois poderes exercem também função administrativa.

 Critério Negativo/Residual: para essa frente, o DA teria por objeto


as normas que disciplinam as atividades desenvolvidas para atingir os
fins públicos, excluídas as atividades legislativa e jurisdicional.

 Critério da Administração Pública: o DA seria o conjunto de normas


e princípios que regulam as atividades realizadas pela Administração
Pública agindo nessa qualidade e, portanto, em condições privilegiadas
frente aos interesses particulares. Essa é a definição mais aceita hoje em
dia.

 Critério da Hierarquia Orgânica: por esse critério o DA seria o ramo


do direito que estuda os órgãos inferiores, enquanto que o direito
constitucional estudaria os órgãos superiores. Órgão Inferiores são aqueles
com pouca autonomia e atribuições ligadas à mera execução.

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(FCC - Proc Cuiabá -2014) Desenvolvida em fins do século


XIX e início do século XX, essa corrente doutrinária, inspirada na
jurisprudência do Conselho de Estado francês, era capitaneada pelos
doutrinadores franceses Léon Duguit e Gaston Jèze, os quais buscavam, no
dizer de Odete Medauar, “deslocar o poder de foco de atenção dos publicistas,
partindo da ideia de necessidade e explicando a gestão pública como resposta
às necessidades da vida coletiva” (O Direito Administrativo em Evolução,
2003:37). Estamos nos referindo à Escola
a) da Administração Social.
b) da Administração Gerencial.
c) do Serviço Público.
d) da Potestade Pública.
e) Pandectista.
Comentários:
O trecho “resposta às necessidades da vida coletiva” e a citação de seus
criadores não deixa dúvida de que se trata do critério do Serviço Público.
Gabarito: C.

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3 – Administração Pública

3.1 – Administração Pública no sentido amplo e estrito

Como vimos nos tópicos anteriores, o Governo é responsável por definir


as políticas públicas do Estado, ou seja, é quem diz onde se quer chegar. Para
atingir esses objetivos definidos pelo Governo, é necessário que existam
órgãos cujas funções sejam de efetivamente implementar esses objetivos. Ai
que entra a Administração Pública.
A Administração Pública em sentido estrito corresponde aos órgãos
responsáveis por implementar as políticas públicas definidas pelo
Governo. Notem que, nessa abordagem, a função política não está
presente. Caso o núcleo governamental esteja presente, estaríamos
diante da Administração Pública em sentido amplo.

Administração Administração
Pública Órgão Pública
(sentido Políticos (sentido
estrito) amplo)

Ou seja:

Administração
Função
Pública em execução das
meramente
Administração sentido administrativa
políticas públicas
Pública em estrito
sentido
amplo estabelecimento das diretrizes e
programas de ação governamental
Função Política
fixação das políticas públicas

3.2 – Princípio da Autotutela e Sindicalidade

Para que a Administração alcance seus objetivos, ela se vale do


princípio da autotutela. Tal princípio diz respeito à capacidade que a
Administração Pública tem de rever os seus próprios atos, caso verifique
alguma irregularidade (anulação) ou mesmo que tais atos sejam
inconvenientes (revogação). Este controle pela APU de seus próprios atos
independe de provocação do particular.
Notem que esse controle da APU não restringe a atuação do Poder
Judiciário, que poderá anular o ato inválido, mas nunca revogá-lo. Há

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necessidade, entretanto, de provocação para que o judiciário adote as


medidas cabíveis.
Vamos olhar uma questão da ESAF:

(ESAF - ATRFB - 2012) A Súmula n. 473 do Supremo


Tribunal Federal – STF enuncia: "A administração pode anular seus próprios
atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se
originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial". Por meio da Súmula n. 473, o STF consagrou
a) a autotutela.
b) a eficiência.
c) a publicidade.
d) a impessoalidade.
e) a legalidade.
Comentários:
Por meio dele a administração pública poderá / deverá anular ou revogar seus
atos conforme o caso.
Gabarito: A.

No que diz respeito ao juízo de conveniência e oportunidade dos


atos, somente a própria Administração poderá desfazê-los, revogando-
os. Isso será visto com maior profundidade nas próximas aulas.
Este controle dos atos administrativos, realizado tanto pelo próprio
Executivo quanto pelo Judiciário, recebe o nome de Princípio da
Sindicalidade. A ESAF cobrou recentemente esse conceito:

(ESAF – AFRFB – 2012) A possibilidade jurídica de


submeter-se efetivamente qualquer lesão de direito e, por extensão, as
ameaças de lesão de direito a algum tipo de controle denomina-se
a) Princípio da legalidade.
b) Princípio da sindicabilidade.
c) Princípio da responsividade.
d) Princípio da sancionabilidade.
e) Princípio da subsidiariedade.
Comentários:

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Muitos candidatos confundiram essa questão com o princípio da


Inafastabilidade da Jurisdição e por tabela com o princípio da legalidade.
Ocorre que a banca especificou que se tratava de algum tipo de controle e não
apenas o controle do judiciário.
Gabarito: B.

3.3 – Administração Pública Subjetiva e Objetiva

Outra classificação interessante de Administração Pública se refere a


como definir exatamente quem faz parte da Administração Pública. Se
avaliarmos a questão levando em consideração os sujeitos, seria
Administração Pública todos os órgão e agentes do Estado. Esta é a
definição subjetiva, formal ou orgânica de Administração Pública. Esta
é a forma de definição vigente no Brasil.
“Professor, eu tenho que decorar tudo isso? Que subjetiva é igual a
formal, que é igual a orgânica?”. Caro aluno, infelizmente a resposta é sim.
Mas vamos a um macete. O próprio sentido das palavras já deixa claro que o
foco são os sujeitos:
subjetiva  sujeito;
orgânica órgãos  sujeito;
formal  formas  sujeito.

Autarquias

Fundações Públicas
Administração
Indireta
Empresas Públicas

Administração
Pública em
sentido formal Sociedades de Economia Mista

Administração Orgãos das pessoas políticas


Direta (U, E, DF, M)

Podemos também olhar a administração pública (minúscula) com a


visão de que ela corresponde a todos aqueles que exercem atividade
administrativa. Nesse caso não estamos olhando “quem” atua (como na
classificação subjetiva), mas sim “o que” está fazendo, ou seja, o foco é a

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natureza das atividades. Aqui estamos avaliando a Administração Pública


sobre o aspecto objetivo, material ou funcional.
Macete das palavras:
objetivo  objeto  atividade;
material  matéria  atividade;
funcional  função  ativdade.

Administração Pública em sentido material

Serviço Polícia
Fomento Intervenção
Público Administrativa

Vamos ver como isso é cobrado:

(CESPE - SUFRAMA - 2014) Acerca do direito


administrativo, julgue o item a seguir.
Do ponto de vista objetivo, a expressão administração pública se confunde
com a própria atividade administrativa exercida pelo Estado.
Comentários:
Questão muito fácil para quem já sabe o nosso macete!
objetivo  objeto  atividade
Gabarito: Certo.

3.4 – Atividades tipicamente administrativas

A doutrina define as seguintes atividades como sendo tipicamente


administrativas:
 Polícia Administrativa: responsável por restringir algum interesse
individual em benefício do interesse público. Um dos atributos do poder de
polícia é a autoexecutoriedade, que consiste na possibilidade da APU
implementar suas decisões sem necessidade de participação do Poder
Judiciário. Para exercer essa prerrogativa a situação deve estar prevista em
lei ou se tratar de situação de urgência. A atuação do Estado independe
de provocação. A atividade de fiscalização tributária é um exemplo dessa
atividade.

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 Intervenção: aqui temos a atuação impositiva do Estado em


detrimento do interesse particular. Um exemplo clássico desse tipo de atuação
é a desapropriação de uma residência que se encontra no trajeto de uma
grande rodovia. É importante entender que quando o Estado atua
diretamente como empresário (através de uma empresa pública
mineradora, por exemplo) não se se trata de uma intervenção sob a ótica do
Direito Administrativo, pois o regime que predomina é o de direito privado.
 Fomento: aqui o Estado intervém no mercado através de política de
incentivo financeiros a setores que o Governo entende como sendo
estratégicos. Podemos citar o relevante papel que o BNDES exerce hoje no
país, provendo recursos que a iniciativa privada geralmente não tem condições
(ou interesse) de alocar.
 Serviço Público: aqui temos a realização de atividades para atender
as necessidades básicas da população, que são realizadas tanto pelo
Administração Pública quanto por particulares por ela delegados. O serviço de
transporte público de passageiros é um excelente exemplo.

serviços públicos intervenção

Atividades
administrativas

polícia administrativa fomento

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4 – Questões Comentadas

4.1 - VUNESP
1. (VUNESP / Delegado de Polícia / PC-SP / 2014)

A Administração Pública, em sentido

a) objetivo, material ou funcional, designa os entes que exercem a atividade


administrativa.

b) amplo, objetivamente considerada, compreende a função política e a


função administrativa.

c) estrito, subjetivamente considerada, compreende tanto os órgãos


governamentais, supremos, constitucionais, como também os órgãos
administrativos, subordinados e dependentes, aos quais incumbe executar os
planos governamentais.

d) estrito, objetivamente considerada, compreende a função política e a


função administrativa.

e) subjetivo, formal ou orgânico, compreende a própria função administrativa


que incumbe, predominantemente, ao Poder Executivo.

Comentários.

A alternativa correta é a letra B. A Administração Pública em sentido


estrito corresponde aos órgãos responsáveis por implementar as
políticas públicas definidas pelo Governo. Notem que, nessa abordagem,
a função política não está presente. Caso o núcleo governamental
esteja presente, estaríamos diante da Administração Pública em sentido
amplo.

Gabarito 1. B.

2. (VUNESP / Auditor Pleno / SPTrans / 2012)

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Considerando os preceitos disciplinares, assinale a alternativa correta sobre o


Direito Administrativo.

a) É ramo do direito privado.

b) É ramo do direito público.

c) Não é ramo do direito, pois trata-se de conjunto disforme de meras regras.

d) A Constituição de 1988 exclui do seu bojo o direito administrativo, pois


concedeu franca liberdade ao administrador público.

e) É estudado como área subordinada ao direito civil, pois trata


exclusivamente do direito contratual ainda que público, inclusive em razão do
que dispõe o novo Código Civil.

Comentários.

A alternativa correta é a letra B. O direito administrativo é o ramo do direito


público que tem por objeto os órgãos, os agentes e as pessoas jurídicas
administrativas que integram a administração pública, a atividade jurídica não
contenciosa que esta exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de
seus fins, de natureza pública.

A alternativa D é incorreta, pois há várias limitações ao agente público na


Constituição. Essa alternativa deve ser entendida no sentido de que o Direito
Administrativo se presta a regular essas limitações do Estado em face do
particular.

A alternativa E está incorreta, pois o Direito Administrativo não se prende a


relações contratuais.

Gabarito 2. B.

3. (VUNESP / Delegado de Polícia / PC-SP / 2014)

O conceito de Direito Administrativo é peculiar e sintetiza-se no conjunto


harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as
atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os
fins desejados pelo Estado. A par disso, é fonte primária do Direito
Administrativo

a) a jurisprudência.

b) os costumes.

c) os princípios gerais de direito.

d) a lei, em sentido amplo.

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e) a doutrina.

Comentários.

A alternativa correta é a letra D. A lei é a principal (primária ou direta)


fonte do Direito Administrativo. Para o direito administrativo essa lei deve ser
interpretada em seu sentido amplo (o que significa todas as normas
produzidas pela Estado), incluindo a Constituição, leis ordinárias,
complementares, decretos, tratados internacionais, medidas provisórias).
Os atos normativos expedidos em conformidade com a lei estarão aqui
incluídos, porém como fonte secundária ou indireta.
Gabarito 3. D.

4. (VUNESP / Juiz / TJ-SP / 2015)

Um dos aspectos primordiais do Direito Administrativo brasileiro é o de ser um


conjunto

a) de princípios e normas aglutinador dos poderes do Estado de maneira a


colocar o administrado em relação de subordinação hierárquica a tais poderes.

b) de princípios e normas que não alberga a noção de bem de domínio


privado do Estado.

c) instrumental de princípios e normas que regula exclusivamente as relações


jurídicas administrativas entre o Estado e o particular.

d) de princípios e normas limitador dos poderes do Estado.

Comentários.

A alternativa correta é a letra D. O Direito Administrativo traz normas e


princípios que limitam os poderes do Estado perante o cidadão. Isso fica claro,
por exemplo, diante da análise dos princípios explícitos do artigo 37, caput, da
Constituição Federal – legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência.

A alternativa A se mostra incorreta diante da exposição acima.

A alternativa B é incorreta, o Direito Administrativo admite perfeitamente que


o Estado tenha bens próprios.

A alternativa C é incorreta, pois no Direito Administrativo teremos várias


normas que irão regular as relações entre entes da própria Administração.

Gabarito 4. D.

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5. (VUNESP / Analista Administrativo / SP-URBANISMO / 2014)

“Atividade de ordem superior referida à direção suprema e geral do Estado em


seu conjunto e em sua unidade, dirigida a determinar os fins da ação do
Estado, a assinalar as diretrizes para as outras funções, buscando a unidade
da soberania estatal” (Renato Alessi).

A definição transcrita, no âmbito do direito administrativo, corresponde ao


conceito de função

a) jurisdicional.

b) legislativa

c) executiva.

d) administrativa

e) política.

Comentários.

A alternativa correta é a letra E. A função política define as políticas públicas.


O estudo da função administrativa sim é um dos principais objetivos do direito
administrativo.

Gabarito 5. E.

4.2- ESAF

6. (ESAF - ATRFB/Geral/2012 (e mais 1 concurso) A Súmula n. 473


do Supremo Tribunal Federal – STF enuncia: "A administração pode anular
seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial". Por meio da Súmula n. 473, o STF consagrou
a) a autotutela.

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b) a eficiência.
c) a publicidade.
d) a impessoalidade.
e) a legalidade.
Comentários:
Definição do princípio da autotutela definido na aula.
Gabarito 6. A.

7. (ESAF - ATRFB -2012) A Súmula n. 473 do Supremo Tribunal Federal


– STF enuncia: "A administração pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos;
ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial".
Por meio da Súmula n. 473, o STF consagrou
a) a autotutela.
b) a eficiência.
c) a publicidade.
d) a impessoalidade.
e) a legalidade.
Comentários:
Por meio dele a administração pública poderá / deverá anular ou revogar seus
atos conforme o caso.
Gabarito 7. A.

8. (ESAF – AFRFB – 2012) A possibilidade jurídica de submeter-se


efetivamente qualquer lesão de direito e, por extensão, as ameaças de lesão
de direito a algum tipo de controle denomina-se
a) Princípio da legalidade.
b) Princípio da sindicabilidade.
c) Princípio da responsividade.
d) Princípio da sancionabilidade.
e) Princípio da subsidiariedade.
Comentários:
Muitos candidatos confundiram essa questão com o princípio da
Inafastabilidade da Jurisdição e por tabela com o princípio da legalidade.

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Ocorre que a banca especificou que se tratava de algum tipo de controle e não
apenas o controle do judiciário.
Gabarito 8. B.

9. (ESAF - SUSEP - Controle e Fiscalização - Atuária – 2006) O


sistema adotado, no ordenamento jurídico brasileiro, de controle judicial de
legalidade, dos atos da Administração Pública, é
a) o da chamada jurisdição única.
b) o do chamado contencioso administrativo.
c) o de que os atos de gestão estão excluídos da apreciação judicial.
d) o do necessário exaurimento das instâncias administrativas, para o
exercício do controle jurisdicional.
e) o da justiça administrativa, excludente da judicial.
Comentários:
Como reza o princípio que acabamos de ver, de jurisdição única.
Gabarito 9. A.

10. (ESAF - AUFC - Controle Externo/2006) O regime jurídico-


administrativo é entendido por toda a doutrina de Direito Administrativo como
o conjunto de regras e princípios que norteiam a atuação da Administração
Pública, de modo muito distinto das relações privadas. Assinale no rol abaixo
qual a situação jurídica que não é submetida a este regime.
a) Contrato de locação de imóvel firmado com a Administração Pública.
b) Ato de nomeação de servidor público aprovado em concurso público.
c) Concessão de alvará de funcionamento para estabelecimento comercial pela
Prefeitura Municipal.
d) Decreto de utilidade pública de um imóvel para fins de desapropriação.
e) Aplicação de penalidade a fornecedor privado da Administração.
Comentários:
O Estado nas suas relações jurídicas costuma atuar sob o regime de direito
público, logo numa relação desigualdade ante os interesses particulares. A
única situação em que isso não ocorre é na alternativa A, pois no contrato de
aluguel, é facultado ao particular celebrar ou não o contrato e nesse caso a
Administração não se encontra (em princípio) numa situação privilegiada. Nas
demais situações predominam as normas de direito público. Verifiquemos as
demais opções:

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(B) Os servidores públicos são regidos por um estatuto específico,


diferentemente das empresas privadas. Notem que a banca colocou a
expressão “servidor” exatamente para não haver confusão com os funcionários
públicos (regidos pela Consolidação da Leis de Trabalho). Veremos essa
matéria mais adiante.
(C) A concessão de alvará de funcionamento é o ato no qual a APU avalia se o
particular atendeu a todos os requisitos para receber o público de uma forma
adequada e segura, logo há nitidamente o predomínio do direito público.
(D) A desapropriação é um dos principais exemplos de aplicação do interesse
público, pois o particular, que é legitimamente proprietário de um imóvel,
pode através de tal instituto ser obrigado a ceder tal imóvel (mediante
indenização) para o Estado.
(E) A APU tem que estar atuando em posição privilegiada, na relação com o
particular, para aplicar uma penalidade. Assim, predomina o direito público.
Gabarito 10. A.

11. (ESAF - ATRFB – 2006) A primordial fonte formal do Direito


Administrativo no Brasil é
a) a lei.
b) a doutrina.
c) a jurisprudência.
d) os costumes.
e) o vade-mécum.
Comentários:
Essa não tem muito o que comentar, né? Óbvio que a principal fonte do direito
administrativo é a lei.
Gabarito 11. A.

12. (ESAF - AFC - CGU - Correição – 2006) O Direito Administrativo é


considerado como sendo o conjunto harmonioso de normas e princípios, que
regem o exercício das funções administrativas estatais e
a) os órgãos inferiores, que as desempenham.
b) os órgãos dos Poderes Públicos.
c) os poderes dos órgãos públicos.
d) as competências dos órgãos públicos.
e) as garantias individuais.

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Comentários: Como vimos um dos critérios para classificar o direito


administrativo é o critério da hierarquia orgânica, onde DA seria o ramo que
estuda os órgãos inferiores do Estado.
Gabarito 12. A.

13. (ESAF – AFRFB – 2005) Em seu sentido subjetivo, o estudo da


Administração Pública abrange
a) a atividade administrativa.
b) o poder de polícia administrativa.
c) as entidades e órgãos que exercem as funções administrativas.
d) o serviço público.
e) a intervenção do Estado nas atividades privadas.
Comentários:
Questão bem simples. No seu sentido subjetivo (lembram: sujeito), a
Administração Pública representa os sujeitos que compões sua estrutura, ou
seja, os agentes, órgão, entidades com autonomia administrativa, etc.
Gabarito 13. C.

14. (ESAF - ATRFB – 2003) No conceito de Direito Administrativo, pode-


se entender ser ele um conjunto harmonioso de normas e princípios, que
regem relações entre órgãos públicos, seus servidores e administrados, no
concernente às atividades estatais, mas não compreendendo
a) a administração do patrimônio público.
b) a regência de atividades contenciosas.
c) nenhuma forma de intervenção na propriedade privada.
d) o regime disciplinar dos servidores públicos.
e) qualquer atividade de caráter normativo.
Comentários:
Aqui já temos uma questão mais interessante. Como conversamos há dois
sistemas administrativo. No sistema francês há uma dualidade de jurisdição,
a exercida pelo Poder Judiciário e pelo Poder Executivo. Nesse último são
tratados os litígios onde a Administração Pública seja interessado (dai o nome
contencioso administrativo) e no Judiciário as demais (competência
residual). Ocorre que o Brasil adota o sistema inglês onde os processos
administrativos não fazem coisa julgada uma vez que apenas o
judiciário possui tal prerrogativa. Com isso a banca considerou errada a
letra b.

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” Mas professor, a banca não falou especificando que se tratava do


Brasil nem do sistema inglês...”.
Caro aluno, concordo com você, mas a ESAF vive fazendo esse tipo de
coisa. Vai se acostumando.
Gabarito 14. B.

15. (ESAF - AFRFB - Tributária e Aduaneira – 2005) Tratando-se do


regime jurídico-administrativo, assinale a afirmativa falsa.
a) Por decorrência do regime jurídico-administrativo não se tolera que o Poder
Público celebre acordos judiciais, ainda que benéficos, sem a expressa
autorização legislativa.
b) O regime jurídico-administrativo compreende um conjunto de regras e
princípios que baliza a atuação do Poder Público, exclusivamente, no exercício
de suas funções de realização do interesse público primário.
c) A aplicação do regime jurídico-administrativo autoriza que o Poder Público
execute ações de coerção sobre os administrados sem a necessidade de
autorização judicial.
d) As relações entre entidades públicas estatais, ainda que de mesmo nível
hierárquico, vinculam-se ao regime jurídico-administrativo, a despeito de sua
horizontalidade.
e) O regime jurídico-administrativo deve pautar a elaboração de atos
normativos administrativos, bem como a execução de atos administrativos e
ainda a sua respectiva interpretação.
Comentários:
(a) Verdadeiro. Como decorrência do princípio a indisponibilidade do
interesse público é necessária previsão legislativa para a celebração desse tipo
de acordo.
(b) Falso. Como vimos os regimes jurídico-administrativo compreende
tanto o interesse público primário (finalístico) quanto os secundários.
(c) Verdadeiro. Essa atuação do Estado está relacionada ao princípio da
autoexecutoriedade que veremos em aula posterior.
(d) Verdadeiro. Independente de estarem no mesmo nível (horizontalidade)
as relações entre entidades públicas continuam vinculadas ao regime jurídico-
administrativo
(e) Verdadeiro. Por se tratarem de princípios o regime jurídico
administrativo deve servir como diretriz para toda a APU e também para os
demais poderes, inclusive ne elaboração das leis em sentido amplo.
Gabarito 15. B.

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16. (ESAF – PFN – 2003) Assinale, entre os atos abaixo, aquele que não
pode ser considerado como de manifestação da atividade finalística da
Administração Pública, em seu sentido material.
a) Concessão para exploração de serviço público de transporte coletivo
urbano.
b) Desapropriação para a construção de uma unidade escolar.
c) Interdição de um estabelecimento comercial em razão de violação a normas
de posturas municipais.
d) Nomeação de um servidor público, aprovado em virtude de concurso
público.
e) Concessão de benefício fiscal para a implantação de uma nova indústria em
determinado Estado-federado.
Comentários:
Como vimos a atividade finalística da APU ocorre quando o Estado atua nas
atividades de: serviços públicos (letra A), polícia administrativa (letra C),
fomento (letra E) e intervenção (letra B). O único item que não se enquadra
em nenhum dos itens é a letra D.
Gabarito 16. D.

17. (ESAF - AFRFB – 2003) O estudo do regime jurídico-administrativo


tem em Celso Antônio Bandeira de Mello o seu principal autor e formulador.
Para o citado jurista, o regime jurídico-administrativo é construído,
fundamentalmente, sobre dois princípios básicos, dos quais os demais
decorrem. Para ele, estes princípios são:
a) indisponibilidade do interesse público pela Administração e supremacia do
interesse público sobre o particular.
b) legalidade e supremacia do interesse público.
c) igualdade dos administrados em face da Administração e controle
jurisdicional dos atos administrativos.
d) obrigatoriedade do desempenho da atividade pública e finalidade pública
dos atos da Administração.
e) legalidade e finalidade.
Comentários:
Questão bastante fácil que nos traz os princípios basilares do regime jurídico-
administrativo.
Gabarito 17. A.

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18. (ESAF - AFRFB – 2002) "A lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito". Este direito, previsto na norma
constitucional, impede que, no Brasil, o seguinte instituto de Administração
Pública, típico para a solução de conflitos, possa expressar caráter de
definitividade em suas decisões:
a) arbitragem
b) contencioso administrativo
c) juizados especiais
d) mediação
e) sindicância administrativa
Comentários:
Como verificamos a APU e suas instâncias administrativas poder fazer coisa
julgada apenas no aspecto administrativo, mas que pode vir a ser arguida na
esfera judicial. Logo o contencioso administrativo não tem caráter de
definitividade.
Gabarito 18. B.

19. (ESAF - PFN – 1998) Sobre os conceitos de Administração Pública, é


correto afirmar:
a) em seu sentido material, a Administração Pública manifesta-se
exclusivamente no Poder Executivo
b) o conjunto de órgãos e entidades integrantes da Administração é
compreendido no conceito funcional de Administração Pública
c) Administração Pública, em seu sentido objetivo, não se manifesta no Poder
Legislativo
d) no sentido orgânico, Administração Pública confunde-se com a atividade
administrativa
e) a Administração Pública, materialmente, expressa uma das funções
tripartites do Estado
Comentários:
(a) Falso. Como vimos todos os poderes executam atividade administrativa.
(b) Falso. O conjunto de órgãos e entidades integrantes da Administração é
compreendido no conceito orgânico/subjetivo/formal de Administração
Pública

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(c) Falso.O Poder Legislativo executa atividades administrativas por


exemplo no atendimento de consulta aos cidadãos e nos atos de gestão de
seus servidores.
(d) Falso. No sentido objetivo/funcional/material a Administração
Pública confunde-se com a atividade administrativa
(a) Correto. No sentido material a APU representa a atividade
administrativa. As outras duas são as funções legislativa e judiciária.
Gabarito 19. E.

4.3 - FCC

20. (FCC - AFCE - TCE-PI – 2014) O ordenamento jurídico pátrio


agasalha regimes jurídicos de natureza distinta. A Administração pública
a) obrigatoriamente submete-se a regime jurídico de direito público em
matéria contratual.
b) submete-se a regime jurídico de direito público, podendo, por ato próprio,
de natureza regulamentar, optar por regime diverso, em razão do princípio da
eficiência e da gestão administrativa responsável, e adequado planejamento.
c) pode submeter-se a regime jurídico de direito privado ou a regime jurídico
de direito público, conforme disposto pela Constituição Federal ou pela lei.
d) quando emprega modelos privatísticos, é integral sua submissão ao direito
privado.
e) pode submeter-se a regime jurídico de direito público ou de direito privado,
sendo a opção, por um ou outro regime jurídico, para a Administração pública
indireta, livre ao Administrador.
Comentários:
(b) Falso. Como vimos há situação onde a APU se submete ao direito
privado
(c) Falso. O princípio da eficiência não pode ser desculpa a alteração do
regime jurídico. O tipo de relação que irá definir isso.
(d) Verdadeiro. As leis podem definir o regime administrativo aplicável em
determinadas situações
(e) Falso. Mesmo quando emprega modelos privatísticos (da iniciativa
privada) o que ocorre é o predomínio do direito privado
(f) Falso. Uma autarquia não pode escolher livremente o regime que será
aplicado nas suas relações. Como já dissemos o que irá definir isso é a
natureza da atividade e as leis que a regem.
Gabarito 20. C.

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21. (FCC - AJ TRT2 - Oficial de Justiça Avaliador Federal – 2014) O


princípio da supremacia do interesse público informa a atuação da
Administração pública
a) subsidiariamente, se não houver lei disciplinando a matéria em questão,
pois não se presta a orientar atividade interpretativa das normas jurídicas.
b) alternativamente, tendo em vista que somente tem lugar quando não
acudirem outros princípios expressos.
c) de forma prevalente, posto que tem hierarquia superior aos demais
princípios.
d) de forma ampla e abrangente, na medida em que também orienta o
legislador na elaboração da lei, devendo ser observado no momento da
aplicação dos atos normativos.
e) de forma absoluta diante das lacunas legislativas, tendo em vista que o
interesse público sempre pretere o interesse privado, prescindindo da análise
de outros princípios.
Comentários:
Como vimos o princípío da supremacia do interesse público forma junto com o
princípio da indisponibilidade do interesse público a essência do regime
jurídico administrativo. Daí temos temos que os itens “A” e “B” estão
incorretos (pelas palavras “subsidiariamente” e “alternativamente”).
A letra “C” também está incorreta pois esse princípio não está em
posição superior ao princípio da indisponibilidade do interesse público. A letra
“E” peca ao utilizar ao utilizar a palavra “absoluta” (sempre muito cuidado com
opções que tenham essa palavra) e por generalizar todo o resto.
Gabarito 21. D.

22. (FCC - Proc Cuiabá -2014) Desenvolvida em fins do século XIX e


início do século XX, essa corrente doutrinária, inspirada na jurisprudência do
Conselho de Estado francês, era capitaneada pelos doutrinadores franceses
Léon Duguit e Gaston Jèze, os quais buscavam, no dizer de Odete Medauar,
“deslocar o poder de foco de atenção dos publicistas, partindo da ideia de
necessidade e explicando a gestão pública como resposta às necessidades da
vida coletiva” (O Direito Administrativo em Evolução, 2003:37). Estamos nos
referindo à Escola
a) da Administração Social.
b) da Administração Gerencial.
c) do Serviço Público.
d) da Potestade Pública.

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e) Pandectista.
Comentários:
O trecho “resposta às necessidades da vida coletiva” e a citação de seus
criadores não deixa dúvida de que se trata do critério do Serviço Público.
Gabarito 22. C.

4.4- FGV

23. (FGV - Auditoria - AL BA – 2014) No que tange ao conceito e à


abrangência do Direito Administrativo, assinale a afirmativa correta.
a) Disciplina, predominantemente, relações jurídicas horizontais.
b) Tem como objeto de estudo o aparato estatal de execução de políticas
públicas.
c) Tem como um de seus objetos principais o estudo do exercício da função
política.
d) Volta‐se exclusivamente para o estudo do Poder Executivo, uma vez que é
esse poder que exerce, com exclusividade, função administrativa.
e) Estuda apenas as pessoas jurídicas de direito público.
Comentários:
Vamos analisar cada item
(a) Errado. Como vimos o DA disciplina relações regidas
predominantemente pelo direito público.
(b) Correto. O DA tem como as atividades administrativas, que são a
forma de implementação das políticas públicas.
(c) Errado. A função política define as políticas públicas. O estudo da função
administrativa sim é um dos principais objetivos do DA
(d) Errado. Os Poderes Legislativo e Judiciário também executam função
administrativa.
(e) Errado. O DA estuda também pessoas jurídicas de direito privados como
as sociedades de economia mista e empresas públicas que serão estudadas
em aulas posteriores.
Gabarito 23. B.

4.5 - CESPE

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24. (CESPE / Analista Técnico Administrativo / DPU / 2016)


Acerca da organização administrativa da União, da organização e da
responsabilidade civil do Estado, bem como do exercício do poder de polícia
administrativa, julgue o item que se segue.
A repartição do poder estatal em funções — legislativa, executiva e
jurisdicional — não descaracteriza a sua unicidade e indivisibilidade.
Comentários.
Afirmativa correta. O Poder que emana do povo é uno e indivisível, havendo
apenas divisão em funções.
Gabarito 24. Certo.

25. (CESPE / Técnico em Assuntos Educacionais / DPU / 2016)


Em relação à administração pública direta e indireta e às funções
administrativas, julgue o item a seguir.
A função administrativa é exclusiva do Poder Executivo, não sendo possível
seu exercício pelos outros poderes da República.
Comentários.
Afirmativa incorreta. A função administrativa está presente em todos os
Poderes, ainda que exercida de forma atípica, como nos casos do Legislativo e
Judiciário.
Gabarito 25. Errado.

26. (CESPE - TJ CE - Técnico-Administrativa – 2014) No que se refere


ao Estado, governo e à administração pública, assinale a opção correta.
a) O Estado liberal, surgido a partir do século XX, é marcado pela forte
intervenção na sociedade e na economia.
b) No Brasil, vigora um sistema de governo em que as funções de chefe de
Estado e de chefe de governo não são concentradas na pessoa do chefe do
Poder Executivo.
c) A administração pública, em sentido estrito, abrange a função política e a
administrativa.
d) A administração pública, em sentido subjetivo, diz respeito à atividade
administrativa exercida pelas pessoas jurídicas, pelos órgãos e agentes
públicos que exercem a função administrativa.
e) A existência do Estado pode ser mensurada pela forma organizada com que
são exercidas as atividades executivas, legislativas e judiciais.
Comentários:

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Excelente questão para rever vários conceitos. Vamos lá:


(a) Errado. Como vimos o Estado Liberal pregava a não intervenção na
economia
(b) Errado. Exatamente o contrário. No Brasil o Presidente é tanto o chefe
de Estado quanto de governo.
(c) Errado. A APU em sentido amplo engloba as funções políticas e
administrativas. A APU em sentido estrito somente a função
administrativa
(d) Errado. A APU em sentido subjetivo abrange os sujeitos. A opção até
cita tais sujeitos mas o fato de colocar “... diz respeito à atividade
administrativa...” torna a opção errada
(e) Correta. O Estado se organiza dividindo suas funções entre seus
“Poderes”, Executivo, Legislativo e Judiciário.
Gabarito 26. E.

27. (CESPE - TJ CE - Técnico-Administrativa -Administração/2014)


Com relação ao conceito, ao objeto e às fontes do direito administrativo,
assinale a opção correta.
a) Consoante o critério negativo, o direito administrativo compreende as
atividades desenvolvidas para a consecução dos fins estatais, incluindo as
atividades jurisdicionais porém excluindo as atividades legislativas.
b) Pelo critério teleológico, o direito administrativo é o conjunto de princípios
que regem a administração pública.
c) Para a escola exegética, o direito administrativo tinha por objeto a
compilação das leis existentes e a sua interpretação com base principalmente
na jurisprudência dos tribunais administrativos.
d) São considerados fontes primárias do direito administrativo os atos
legislativos, os atos infralegais e os costumes.
e) De acordo com o critério do Poder Executivo, o direito administrativo é
conceituado como o conjunto de normas que regem as relações entre a
administração e os administrados.
Comentários:
Vamos comentar por item
(a) Errado: De acordo com o critério negativo são consideradas atividades
administrativas as atividades realizadas pela APU excluídas as funções
legislativas e judiciárias.
(b) Errado. Pelo critério Teleológico (Finalístico) o DA é o conjunto de
normas e princípio que regem o DA na busca dos seus fins/objetivos.

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(c) Correto.
(d) Errado. As fontes primárias do DA são as leis que podem inovar, ou
seja, criar ou extinguir direitos e deveres. Os Atos infralegais e costumes não
estão nesse conceito.
(e) Errado. De acordo com o critério do Poder Executivo o DA é conceituado
como todas as atividades realizadas por esse poder.
Gabarito 27. C.

28. (CESPE – MDIC – 2014) Julgue o item seguinte, relativo à


administração pública e aos atos administrativos.
O exercício das funções administrativas pelo Estado deve adotar, unicamente,
o regime de direito público, em razão da indisponibilidade do interesse público.
Comentários:
No exercício da função administrativo o Estado adota predominantemente o
regime de direito público. Há situação onde predomina o regime de direito
privado, como na realização de um contrato de aluguel.
Gabarito 28. Errado.

29. (CESPE – MTE – 2014) Julgue o item a seguir acerca da


responsabilidade civil do Estado e do Regime Jurídico Administrativo.
A supremacia do interesse público sobre o privado e a indisponibilidade, pela
administração, dos interesses públicos, integram o conteúdo do regime
jurídico-administrativo.
Comentários:
Traz o conceito correto do princípio citado.
Gabarito 29. Certo.

30. (CESPE - Ag Adm – MTE – 2014) Acerca do regime jurídico


administrativo e dos atos administrativos, julgue o próximo item.
Em razão da submissão ao regime jurídico administrativo, a administração
pública não dispõe da mesma liberdade para contratar que é conferida a
particular.
Comentários:
Vamos ver um exemplo para explicar esse item. Na negociação de um
contrato de prestação de serviço a APU tem sempre que maximizar os
benefícios para a sociedade. Isso é faito através da licitação, onde são
estabelecidos critérios para que este contrato seja o menos oneroso possível

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para a sociedade e que gera o maior benefício possível. Se fosse um contato


celebrado por um particular, este poderia optar por pagar mais cara, mesmo
sem nenhum benefício aparente por isso. Tal diferença está intimamente
ligada do princípio da indisponibilidade do interesse público.
Gabarito 30. Certo.

31. (CESPE - PF – 2014) No que se refere ao regime jurídico


administrativo, aos poderes da administração pública e à organização
administrativa, julgue o item subsequente.
Em face do princípio da isonomia, que rege toda a administração pública, o
regime jurídico administrativo não pode prever prerrogativas que o
diferenciem do regime previsto para o direito privado.
Comentários:
Como vimos a APU quando atuando nessa qualidade tem suas relações regidas
pelo direito público e por dispões de prerrogativas e restrição que não se
aplicam aos particulares.
Gabarito 31. Errado.

32. (CESPE - SUFRAMA – 2014) A respeito do direito administrativo,


julgue o item subsecutivo.
A impossibilidade da alienação de direitos relacionados aos interesses públicos
reflete o princípio da indisponibilidade do interesse público, que possibilita
apenas que a administração, em determinados casos, transfira aos
particulares o exercício da atividade relativa a esses direitos.
Comentários:
Realmente o APU pode transferir a atividade pública em certos casos, como na
prestação de serviços públicos de transporte.
Gabarito 32. Certo.

33. (CESPE - AnaTA SUFRAMA – 2014) Acerca do direito administrativo,


julgue o item a seguir.
O princípio administrativo da autotutela expressa a capacidade que a
administração tem de rever seus próprios atos, desde que provocada pela
parte interessada, independentemente de decisão judicial.
Comentários:

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Se não fosse o “desde que...” a questão estaria perfeita. A APU não precisa de
provocação para rever seus atos.
Gabarito 33. Errado.

34. (CESPE - SUFRAMA - 2014) Acerca do direito administrativo, julgue o


item a seguir.
Do ponto de vista objetivo, a expressão administração pública se confunde
com a própria atividade administrativa exercida pelo Estado.
Comentários:
Questão muito fácil para quem já sabe o nosso macete!
objetivo  objeto  atividade
Gabarito 34. Certo.

35. (CESPE - AUFC - Psicologia – 2011) Julgue o próximo item, que se


refere ao conceito, ao objeto e às fontes do direito administrativo.
O direito administrativo tem como objeto atividades de administração pública
em sentido formal e material, englobando, inclusive, atividades exercidas por
particulares, não integrantes da administração pública, no exercício de
delegação de serviços públicos.
Comentários: Na sua vertente material a APU corresponde a atividade
administrativa. Por esse conceito todos aqueles que realizam atividade
administrativa compõem a APU, inclusive os particulares delegatários.
Gabarito 35. Certo.

36. (CESPE - AUFC - Psicologia/2011) Julgue o próximo item, que se


refere ao conceito, ao objeto e às fontes do direito administrativo.
Os costumes sociais também podem ser considerados fonte do direito
administrativo, sendo classificados como fonte direta, pois influenciam a
produção legislativa ou a jurisprudência.
Comentários:
Os costumes são fontes secundárias ou indiretas do DA.
Gabarito 36. Errado.

37. (CESPE - AUFC - Psicologia/2011) Julgue o próximo item, que se


refere ao conceito, ao objeto e às fontes do direito administrativo.

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Segundo a doutrina administrativista, o direito administrativo é o ramo do


direito privado que tem por objeto os órgãos, os agentes e as pessoas
jurídicas administrativas que integram a administração pública, a atividade
jurídica não contenciosa que esta exerce e os bens de que se utiliza para a
consecução de seus fins, de natureza pública.
Comentários: O direito administrativo é o ramo do direito público que tem
por objeto os órgãos, os agentes e as pessoas jurídicas administrativas que
integram a administração pública, a atividade jurídica não contenciosa que
esta exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de
natureza pública.
Gabarito 37. Errado.

38. (CESPE - INSS – 2010) Acerca do direito administrativo, julgue o


item a seguir.
Segundo a Escola Legalista, o direito administrativo pode ser conceituado
como o conjunto de leis administrativas vigentes em determinado país, em
dado momento.
Comentários: De acordo com a Escola (critério) Legalista o DA é conceituado
como o conjunto de leis administrativas e jurisprudência dos tribunais
administrativos.
Gabarito 38. Certo.

39. (CESPE - INSS – 2010) Acerca do direito administrativo, julgue o item


a seguir.
Povo, território e governo soberano são elementos do Estado.
Comentários:
A afirmativa está de acordo com o que estudamos.
Gabarito 39. Certo.

40. (CESPE - TCE-AC – 2009) Julgue o item abaixo:


A Em face do princípio da indeclinabilidade da jurisdição (CF, art. 5º, inciso
XXXV), não se admite a existência da chamada coisa julgada administrativa,
uma vez que sempre é dado ao jurisdicionado recorrer ao Poder Judiciário
contra ato da administração
Comentários:
Sabemos que a coisa julgada administrativa não tem caráter de definitividade
mas de forma alguma podemos dizer que tal instituto não exista.
Gabarito 40. Errado.

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41. (CESPE - AGU – 2009) Relativamente aos critérios de delimitação do


âmbito do Direito Administrativo, julgue o item a seguir.
Na França, formou-se a denominada Escola do Serviço Público, inspirada na
jurisprudência do Conselho de Estado, segundo a qual a competência dos
tribunais administrativos passou a ser fixada em função da execução de
serviços públicos.
Comentários:
Resposta correta, de acordo com o que vimos hoje.
Gabarito 41. Certo.

42. (CESPE - SEFAZ ES - Administração – 2008) Acerca do regime


jurídico administrativo e do conceito de administração, julgue o item a seguir.
Define-se, como administração pública externa ou extroversa, a atividade
desempenhada pelo Estado, como, por exemplo, a regulação, pela União, da
atividade de aviação civil pelas respectivas concessionárias.
Comentários: A APU externa ou extroversa atua nas atividades-fim e a
regulação da aviação civil é um excelente exemplo dessa atividade uma vez
que atua em posição de desigualdade garantindo o adequado funcionando dos
serviços públicos.
Gabarito 42. Certo.

43. (CESPE - AUFC/Controle Externo/2004) Considerando as fontes e


os princípios constitucionais do direito administrativo e a organização
administrativa da União, julgue os seguintes itens.
A jurisprudência e os costumes são fontes do direito administrativo, sendo que
a primeira ressente-se da falta de caráter vinculante, e a segunda tem sua
influência relacionada com a deficiência da legislação.
Comentários:
A jurisprudência não vincula APU e os costumes atuam nas nas lacunas da
legislação
Gabarito 43. Certo.

44. (CESPE - Sefaz MT – 2004) Determinado estado brasileiro criou, por


meio de lei estadual, uma agência dotada de autonomia financeira, funcional e
administrativa, com a finalidade de, observada a competência própria dos
outros entes federados, controlar e fiscalizar, bem como normatizar,
padronizar, conceder e fixar tarifas dos serviços públicos delegados, nas áreas

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de transporte e de telecomunicações. De acordo com a lei de criação, os


integrantes dessa agência devem ser nomeados após aprovação em concurso
público de provas.
Com relação à situação hipotética descrita acima, julgue o item subseqüente.
As ações dessa agência devem ser regidas pelo Direito Administrativo, que, de
acordo com o critério teleológico, é o ramo do direito público interno que
regula a atividade jurídica não-contenciosa do Estado e a constituição dos
órgãos e meios de sua ação em geral.
Comentários:
Esse é o critério da distinção entre atividade jurídica e social do Estado e não o
critério teleológico.
Gabarito 44. Errado.

45. (CESPE - AGU – 2002) Quanto aos critérios para conceituar o direito
administrativo, às fontes deste, aos órgãos e funções da administração
pública, à avocação e à delegação de competência e ao poder hierárquico,
julgue o item abaixo.
Em face da realidade da administração pública brasileira, é juridicamente
correto afirmar que o critério adotado para a conceituação do direito
administrativo no país é o critério do Poder Executivo.
Comentários:
O critério adotado no Brasil é o critério da administração pública. DA seria o
conjunto de normas e princípios que regulam as atividades realizadas pela
Administração Pública agindo nessa qualidade e portanto com condições
privilegiadas frente os interesses particulares.
Gabarito 45. Errado.

46. (CESPE - AGU – 2002) Quanto aos critérios para conceituar o direito
administrativo, às fontes deste, aos órgãos e funções da administração
pública, à avocação e à delegação de competência e ao poder hierárquico,
julgue o item abaixo.
Não obstante o princípio da legalidade e o caráter formal dos atos da
administração pública, muitos administrativistas aceitam a existência de fontes
escritas e não-escritas para o direito administrativo, nelas incluídas a doutrina
e os costumes; a jurisprudência é também considerada por administrativistas
como fonte do direito administrativo, mas não é juridicamente correto chamar
de jurisprudência uma decisão judicial isolada.
Comentários:

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Para existir jurisprudência devem ocorrer reiteradas decisões num mesmo


sentido.
Gabarito 46. Certo.

47. (CESPE - PF – 1997) Considerando as noções de Estado, governo e


administração pública, julgue o item a seguir.
Em um sentido formal, a expressão administração pública pode ser entendida
como o conjunto dos órgãos e entidades voltados à realização dos objetivos
governamentais: de um ponto de vista material, pode ser compreendida como
o conjunto das funções que constituem os serviços públicos.
Comentários:
Conceito corretamente descrito.
Gabarito 47. Certo.

4.6 - FUNDATEC
48. (FUNDATEC / PGE-RS / Procurador do Estado / 2011)

Assinale a alternativa INCORRETA.

a) A Constituição, a lei e o decreto autônomo devem ser considerados como


as únicas fontes formais primárias do direito administrativo brasileiro vigente.

b) Administração Pública, em sentido objetivo ou material, diz respeito à


busca de um critério que defina, seja em sentido positivo seja em sentido
negativo, a função ou a atividade administrativa, em oposição às demais e
tradicionais funções do Estado.

c) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, as autarquias, por


serem criadas para executar atividades típicas da Administração Pública,
somente podem ser instituídas para a prestação de serviços públicos; ou
então, quando necessária aos imperativos de segurança nacional ou a
relevante interesse coletivo, para exploração direta de atividade econômica.

d) Sociedades controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público,


segundo jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não integram o conceito
de "Administração Pública Indireta".

e) Consórcios públicos, na forma da Lei n° 11.107/05, nada obstante tenham


seu protocolo de intenções ratificado por lei formal de cada uma das entidades
consorciadas, constituem, segundo a jurisprudência mais recente do Supremo
Tribunal Federal, acordos públicos de caráter precário, caracterizados por
instabilidade institucional.

Comentários.

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A presente questão foi anulada pela banca. No entanto, analisemos as


alternativas.

A alternativa A é incorreta, pois há outras fontes primárias que não foram


citadas, como, por exemplo, as medidas provisórias e decretos.

A alternativa B também é incorreta, pois a definição de administração em


sentido objetivo ou material é definida em oposição à administração subjetiva
ou formal, não em relação às outras funções do Estado.

A alternativa C é incorreta, pois as autarquias são criadas para exercer


atividades tipicamente estatais, não podendo ter como finalidade a exploração
de atividade econômica.

A alternativa D é incorreta, pois as sociedades de economia mista fazem parte


da administração indireta.

A alternativa E está incorreta, pois não há a instabilidade institucional lá


citada. Os consórcios públicos possuem personalidade jurídica própria e, para
demonstrar a sua estabilidade, trago o artigo 12 da citada lei, que versa sobre
sua possível extinção.

Art. 12. A alteração ou a extinção de contrato de consórcio público dependerá


de instrumento aprovado pela assembléia geral, ratificado mediante lei por
todos os entes consorciados.

Gabarito 48. Anulada.

49. (FUNDATEC / SEFAZ-RS / Técnico Tributário da Receita


Estadual - Prova 2 / 2014)

Considerando o cenário doutrinário do Direito Administrativo, analise as


seguintes assertivas sobre a noção de Administração Pública.

I. No sentido objetivo, material ou funcional, a Administração Pública designa


a natureza da atividade ou função desempenhada pelo Estado, com vistas à
consecução dos objetivos constitucionais.

II. No sentido subjetivo, formal ou orgânico, a expressão Administração


Pública significa o conjunto de entidades e de órgãos públicos integrantes de
todo o aparato estatal.

III. Em seu sentido material, a Administração Pública manifesta-se com


exclusividade no âmbito do Poder Executivo.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

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b) Apenas II

c) Apenas III.

d) Apenas I e II.

e) Apenas II e III.

Comentários.

A resposta correta é a letra D. Vejamos a correção de cada afirmativa.

Item I. Afirmativa correta. É justamente o sentido objetivo de administração


pública.

Item II. Correto. Desta vez a assertiva traz o conceito subjetivo.

Item III. Incorreto. Ainda que atipicamente, o sentido objetivo está presente
nos demais Poderes, como forma de apoiar as atividades típicas.

Gabarito 49. D.

Pessoal, paramos por aqui hoje. Esses conceitos iniciais são


extremamente importantes para o sucesso de vocês em Direito
Administrativo. Esperamos vocês no nosso próximo encontro!

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5 – Lista de exercícios

5.1 - VUNESP
1. (VUNESP / Delegado de Polícia / PC-SP / 2014)

A Administração Pública, em sentido

a) objetivo, material ou funcional, designa os entes que exercem a atividade


administrativa.

b) amplo, objetivamente considerada, compreende a função política e a


função administrativa.

c) estrito, subjetivamente considerada, compreende tanto os órgãos


governamentais, supremos, constitucionais, como também os órgãos
administrativos, subordinados e dependentes, aos quais incumbe executar os
planos governamentais.

d) estrito, objetivamente considerada, compreende a função política e a


função administrativa.

e) subjetivo, formal ou orgânico, compreende a própria função administrativa


que incumbe, predominantemente, ao Poder Executivo.

2. (VUNESP / Auditor Pleno / SPTrans / 2012)

Considerando os preceitos disciplinares, assinale a alternativa correta sobre o


Direito Administrativo.

a) É ramo do direito privado.

b) É ramo do direito público.

c) Não é ramo do direito, pois trata-se de conjunto disforme de meras regras.

d) A Constituição de 1988 exclui do seu bojo o direito administrativo, pois


concedeu franca liberdade ao administrador público.

e) É estudado como área subordinada ao direito civil, pois trata


exclusivamente do direito contratual ainda que público, inclusive em razão do
que dispõe o novo Código Civil.

3. (VUNESP / Delegado de Polícia / PC-SP / 2014)

O conceito de Direito Administrativo é peculiar e sintetiza-se no conjunto


harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as

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atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os


fins desejados pelo Estado. A par disso, é fonte primária do Direito
Administrativo

a) a jurisprudência.

b) os costumes.

c) os princípios gerais de direito.

d) a lei, em sentido amplo.

e) a doutrina.

4. (VUNESP / Juiz / TJ-SP / 2015)

Um dos aspectos primordiais do Direito Administrativo brasileiro é o de ser um


conjunto

a) de princípios e normas aglutinador dos poderes do Estado de maneira a


colocar o administrado em relação de subordinação hierárquica a tais poderes.

b) de princípios e normas que não alberga a noção de bem de domínio


privado do Estado.

c) instrumental de princípios e normas que regula exclusivamente as relações


jurídicas administrativas entre o Estado e o particular.

d) de princípios e normas limitador dos poderes do Estado.

5. (VUNESP / Analista Administrativo / SP-URBANISMO / 2014)

“Atividade de ordem superior referida à direção suprema e geral do Estado em


seu conjunto e em sua unidade, dirigida a determinar os fins da ação do
Estado, a assinalar as diretrizes para as outras funções, buscando a unidade
da soberania estatal” (Renato Alessi).

A definição transcrita, no âmbito do direito administrativo, corresponde ao


conceito de função

a) jurisdicional.

b) legislativa

c) executiva.

d) administrativa

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e) política.

5.2 - ESAF

6. (ESAF - ATRFB/Geral/2012 (e mais 1 concurso) A Súmula n. 473


do Supremo Tribunal Federal – STF enuncia: "A administração pode anular
seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial". Por meio da Súmula n. 473, o STF consagrou
a) a autotutela.
b) a eficiência.
c) a publicidade.
d) a impessoalidade.
e) a legalidade.
7. (ESAF - ATRFB -2012) A Súmula n. 473 do Supremo Tribunal Federal
– STF enuncia: "A administração pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos;
ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial".
Por meio da Súmula n. 473, o STF consagrou
a) a autotutela.
b) a eficiência.
c) a publicidade.
d) a impessoalidade.
e) a legalidade.
8. (ESAF – AFRFB – 2012) A possibilidade jurídica de submeter-se
efetivamente qualquer lesão de direito e, por extensão, as ameaças de lesão
de direito a algum tipo de controle denomina-se
a) Princípio da legalidade.
b) Princípio da sindicabilidade.
c) Princípio da responsividade.
d) Princípio da sancionabilidade.
e) Princípio da subsidiariedade.

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9. (ESAF - SUSEP - Controle e Fiscalização - Atuária – 2006) O


sistema adotado, no ordenamento jurídico brasileiro, de controle judicial de
legalidade, dos atos da Administração Pública, é
a) o da chamada jurisdição única.
b) o do chamado contencioso administrativo.
c) o de que os atos de gestão estão excluídos da apreciação judicial.
d) o do necessário exaurimento das instâncias administrativas, para o
exercício do controle jurisdicional.
e) o da justiça administrativa, excludente da judicial.
10. (ESAF - AUFC - Controle Externo/2006) O regime jurídico-
administrativo é entendido por toda a doutrina de Direito Administrativo como
o conjunto de regras e princípios que norteiam a atuação da Administração
Pública, de modo muito distinto das relações privadas. Assinale no rol abaixo
qual a situação jurídica que não é submetida a este regime.
a) Contrato de locação de imóvel firmado com a Administração Pública.
b) Ato de nomeação de servidor público aprovado em concurso público.
c) Concessão de alvará de funcionamento para estabelecimento comercial pela
Prefeitura Municipal.
d) Decreto de utilidade pública de um imóvel para fins de desapropriação.
e) Aplicação de penalidade a fornecedor privado da Administração.
11. (ESAF - ATRFB – 2006) A primordial fonte formal do Direito
Administrativo no Brasil é
a) a lei.
b) a doutrina.
c) a jurisprudência.
d) os costumes.
e) o vade-mécum.
12. (ESAF - AFC - CGU - Correição – 2006) O Direito Administrativo é
considerado como sendo o conjunto harmonioso de normas e princípios, que
regem o exercício das funções administrativas estatais e
a) os órgãos inferiores, que as desempenham.
b) os órgãos dos Poderes Públicos.
c) os poderes dos órgãos públicos.
d) as competências dos órgãos públicos.
e) as garantias individuais.

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13. (ESAF – AFRFB – 2005) Em seu sentido subjetivo, o estudo da


Administração Pública abrange
a) a atividade administrativa.
b) o poder de polícia administrativa.
c) as entidades e órgãos que exercem as funções administrativas.
d) o serviço público.
e) a intervenção do Estado nas atividades privadas.
14. (ESAF - ATRFB – 2003) No conceito de Direito Administrativo, pode-
se entender ser ele um conjunto harmonioso de normas e princípios, que
regem relações entre órgãos públicos, seus servidores e administrados, no
concernente às atividades estatais, mas não compreendendo
a) a administração do patrimônio público.
b) a regência de atividades contenciosas.
c) nenhuma forma de intervenção na propriedade privada.
d) o regime disciplinar dos servidores públicos.
e) qualquer atividade de caráter normativo.
15. (ESAF - AFRFB - Tributária e Aduaneira – 2005) Tratando-se do
regime jurídico-administrativo, assinale a afirmativa falsa.
a) Por decorrência do regime jurídico-administrativo não se tolera que o Poder
Público celebre acordos judiciais, ainda que benéficos, sem a expressa
autorização legislativa.
b) O regime jurídico-administrativo compreende um conjunto de regras e
princípios que baliza a atuação do Poder Público, exclusivamente, no exercício
de suas funções de realização do interesse público primário.
c) A aplicação do regime jurídico-administrativo autoriza que o Poder Público
execute ações de coerção sobre os administrados sem a necessidade de
autorização judicial.
d) As relações entre entidades públicas estatais, ainda que de mesmo nível
hierárquico, vinculam-se ao regime jurídico-administrativo, a despeito de sua
horizontalidade.
e) O regime jurídico-administrativo deve pautar a elaboração de atos
normativos administrativos, bem como a execução de atos administrativos e
ainda a sua respectiva interpretação.
16. (ESAF – PFN – 2003) Assinale, entre os atos abaixo, aquele que não
pode ser considerado como de manifestação da atividade finalística da
Administração Pública, em seu sentido material.
a) Concessão para exploração de serviço público de transporte coletivo
urbano.

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b) Desapropriação para a construção de uma unidade escolar.


c) Interdição de um estabelecimento comercial em razão de violação a normas
de posturas municipais.
d) Nomeação de um servidor público, aprovado em virtude de concurso
público.
e) Concessão de benefício fiscal para a implantação de uma nova indústria em
determinado Estado-federado.
17. (ESAF - AFRFB – 2003) O estudo do regime jurídico-administrativo
tem em Celso Antônio Bandeira de Mello o seu principal autor e formulador.
Para o citado jurista, o regime jurídico-administrativo é construído,
fundamentalmente, sobre dois princípios básicos, dos quais os demais
decorrem. Para ele, estes princípios são:
a) indisponibilidade do interesse público pela Administração e supremacia do
interesse público sobre o particular.
b) legalidade e supremacia do interesse público.
c) igualdade dos administrados em face da Administração e controle
jurisdicional dos atos administrativos.
d) obrigatoriedade do desempenho da atividade pública e finalidade pública
dos atos da Administração.
e) legalidade e finalidade.
18. (ESAF - AFRFB – 2002) "A lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito". Este direito, previsto na norma
constitucional, impede que, no Brasil, o seguinte instituto de Administração
Pública, típico para a solução de conflitos, possa expressar caráter de
definitividade em suas decisões:
a) arbitragem
b) contencioso administrativo
c) juizados especiais
d) mediação
e) sindicância administrativa
19. (ESAF - PFN – 1998) Sobre os conceitos de Administração Pública, é
correto afirmar:
a) em seu sentido material, a Administração Pública manifesta-se
exclusivamente no Poder Executivo
b) o conjunto de órgãos e entidades integrantes da Administração é
compreendido no conceito funcional de Administração Pública
c) Administração Pública, em seu sentido objetivo, não se manifesta no Poder
Legislativo

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d) no sentido orgânico, Administração Pública confunde-se com a atividade


administrativa
e) a Administração Pública, materialmente, expressa uma das funções
tripartites do Estado

5.3 - FCC

20. (FCC - AFCE - TCE-PI – 2014) O ordenamento jurídico pátrio


agasalha regimes jurídicos de natureza distinta. A Administração pública
a) obrigatoriamente submete-se a regime jurídico de direito público em
matéria contratual.
b) submete-se a regime jurídico de direito público, podendo, por ato próprio,
de natureza regulamentar, optar por regime diverso, em razão do princípio da
eficiência e da gestão administrativa responsável, e adequado planejamento.
c) pode submeter-se a regime jurídico de direito privado ou a regime jurídico
de direito público, conforme disposto pela Constituição Federal ou pela lei.
d) quando emprega modelos privatísticos, é integral sua submissão ao direito
privado.
e) pode submeter-se a regime jurídico de direito público ou de direito privado,
sendo a opção, por um ou outro regime jurídico, para a Administração pública
indireta, livre ao Administrador.
21. (FCC - AJ TRT2 - Oficial de Justiça Avaliador Federal – 2014) O
princípio da supremacia do interesse público informa a atuação da
Administração pública
a) subsidiariamente, se não houver lei disciplinando a matéria em questão,
pois não se presta a orientar atividade interpretativa das normas jurídicas.
b) alternativamente, tendo em vista que somente tem lugar quando não
acudirem outros princípios expressos.
c) de forma prevalente, posto que tem hierarquia superior aos demais
princípios.
d) de forma ampla e abrangente, na medida em que também orienta o
legislador na elaboração da lei, devendo ser observado no momento da
aplicação dos atos normativos.
e) de forma absoluta diante das lacunas legislativas, tendo em vista que o
interesse público sempre pretere o interesse privado, prescindindo da análise
de outros princípios.
22. (FCC - Proc Cuiabá -2014) Desenvolvida em fins do século XIX e
início do século XX, essa corrente doutrinária, inspirada na jurisprudência do

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Conselho de Estado francês, era capitaneada pelos doutrinadores franceses


Léon Duguit e Gaston Jèze, os quais buscavam, no dizer de Odete Medauar,
“deslocar o poder de foco de atenção dos publicistas, partindo da ideia de
necessidade e explicando a gestão pública como resposta às necessidades da
vida coletiva” (O Direito Administrativo em Evolução, 2003:37). Estamos nos
referindo à Escola
a) da Administração Social.
b) da Administração Gerencial.
c) do Serviço Público.
d) da Potestade Pública.
e) Pandectista.

5.4 - FGV

23. (FGV - Auditoria - AL BA – 2014) No que tange ao conceito e à


abrangência do Direito Administrativo, assinale a afirmativa correta.
a) Disciplina, predominantemente, relações jurídicas horizontais.
b) Tem como objeto de estudo o aparato estatal de execução de políticas
públicas.
c) Tem como um de seus objetos principais o estudo do exercício da função
política.
d) Volta‐se exclusivamente para o estudo do Poder Executivo, uma vez que é
esse poder que exerce, com exclusividade, função administrativa.
e) Estuda apenas as pessoas jurídicas de direito público.

5.5 - CESPE

24. (CESPE / Analista Técnico Administrativo / DPU / 2016)


Acerca da organização administrativa da União, da organização e da
responsabilidade civil do Estado, bem como do exercício do poder de polícia
administrativa, julgue o item que se segue.
A repartição do poder estatal em funções — legislativa, executiva e
jurisdicional — não descaracteriza a sua unicidade e indivisibilidade.
25. (CESPE / Técnico em Assuntos Educacionais / DPU / 2016)
Em relação à administração pública direta e indireta e às funções
administrativas, julgue o item a seguir.

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A função administrativa é exclusiva do Poder Executivo, não sendo possível


seu exercício pelos outros poderes da República.

26. (CESPE - TJ CE - Técnico-Administrativa – 2014) No que se refere


ao Estado, governo e à administração pública, assinale a opção correta.
a) O Estado liberal, surgido a partir do século XX, é marcado pela forte
intervenção na sociedade e na economia.
b) No Brasil, vigora um sistema de governo em que as funções de chefe de
Estado e de chefe de governo não são concentradas na pessoa do chefe do
Poder Executivo.
c) A administração pública, em sentido estrito, abrange a função política e a
administrativa.
d) A administração pública, em sentido subjetivo, diz respeito à atividade
administrativa exercida pelas pessoas jurídicas, pelos órgãos e agentes
públicos que exercem a função administrativa.
e) A existência do Estado pode ser mensurada pela forma organizada com que
são exercidas as atividades executivas, legislativas e judiciais.
27. (CESPE - TJ CE - Técnico-Administrativa -Administração/2014)
Com relação ao conceito, ao objeto e às fontes do direito administrativo,
assinale a opção correta.
a) Consoante o critério negativo, o direito administrativo compreende as
atividades desenvolvidas para a consecução dos fins estatais, incluindo as
atividades jurisdicionais porém excluindo as atividades legislativas.
b) Pelo critério teleológico, o direito administrativo é o conjunto de princípios
que regem a administração pública.
c) Para a escola exegética, o direito administrativo tinha por objeto a
compilação das leis existentes e a sua interpretação com base principalmente
na jurisprudência dos tribunais administrativos.
d) São considerados fontes primárias do direito administrativo os atos
legislativos, os atos infralegais e os costumes.
e) De acordo com o critério do Poder Executivo, o direito administrativo é
conceituado como o conjunto de normas que regem as relações entre a
administração e os administrados.
28. (CESPE – MDIC – 2014) Julgue o item seguinte, relativo à
administração pública e aos atos administrativos.
O exercício das funções administrativas pelo Estado deve adotar, unicamente,
o regime de direito público, em razão da indisponibilidade do interesse público.
29. (CESPE – MTE – 2014) Julgue o item a seguir acerca da
responsabilidade civil do Estado e do Regime Jurídico Administrativo.

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A supremacia do interesse público sobre o privado e a indisponibilidade, pela


administração, dos interesses públicos, integram o conteúdo do regime
jurídico-administrativo.
30. (CESPE - Ag Adm – MTE – 2014) Acerca do regime jurídico
administrativo e dos atos administrativos, julgue o próximo item.
Em razão da submissão ao regime jurídico administrativo, a administração
pública não dispõe da mesma liberdade para contratar que é conferida a
particular.
31. (CESPE - PF – 2014) No que se refere ao regime jurídico
administrativo, aos poderes da administração pública e à organização
administrativa, julgue o item subsequente.
Em face do princípio da isonomia, que rege toda a administração pública, o
regime jurídico administrativo não pode prever prerrogativas que o
diferenciem do regime previsto para o direito privado.
32. (CESPE - SUFRAMA – 2014) A respeito do direito administrativo,
julgue o item subsecutivo.
A impossibilidade da alienação de direitos relacionados aos interesses públicos
reflete o princípio da indisponibilidade do interesse público, que possibilita
apenas que a administração, em determinados casos, transfira aos
particulares o exercício da atividade relativa a esses direitos.
33. (CESPE - AnaTA SUFRAMA – 2014) Acerca do direito administrativo,
julgue o item a seguir.
O princípio administrativo da autotutela expressa a capacidade que a
administração tem de rever seus próprios atos, desde que provocada pela
parte interessada, independentemente de decisão judicial.
34. (CESPE - SUFRAMA - 2014) Acerca do direito administrativo, julgue o
item a seguir.
Do ponto de vista objetivo, a expressão administração pública se confunde
com a própria atividade administrativa exercida pelo Estado.
35. (CESPE - AUFC - Psicologia – 2011) Julgue o próximo item, que se
refere ao conceito, ao objeto e às fontes do direito administrativo.
O direito administrativo tem como objeto atividades de administração pública
em sentido formal e material, englobando, inclusive, atividades exercidas por
particulares, não integrantes da administração pública, no exercício de
delegação de serviços públicos.
36. (CESPE - AUFC - Psicologia/2011) Julgue o próximo item, que se
refere ao conceito, ao objeto e às fontes do direito administrativo.

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Os costumes sociais também podem ser considerados fonte do direito


administrativo, sendo classificados como fonte direta, pois influenciam a
produção legislativa ou a jurisprudência.
37. (CESPE - AUFC - Psicologia/2011) Julgue o próximo item, que se
refere ao conceito, ao objeto e às fontes do direito administrativo.
Segundo a doutrina administrativista, o direito administrativo é o ramo do
direito privado que tem por objeto os órgãos, os agentes e as pessoas
jurídicas administrativas que integram a administração pública, a atividade
jurídica não contenciosa que esta exerce e os bens de que se utiliza para a
consecução de seus fins, de natureza pública.
38. (CESPE - INSS – 2010) Acerca do direito administrativo, julgue o
item a seguir.
Segundo a Escola Legalista, o direito administrativo pode ser conceituado
como o conjunto de leis administrativas vigentes em determinado país, em
dado momento.
39. (CESPE - INSS – 2010) Acerca do direito administrativo, julgue o item
a seguir.
Povo, território e governo soberano são elementos do Estado.
40. (CESPE - TCE-AC – 2009) Julgue o item abaixo:
A Em face do princípio da indeclinabilidade da jurisdição (CF, art. 5º, inciso
XXXV), não se admite a existência da chamada coisa julgada administrativa,
uma vez que sempre é dado ao jurisdicionado recorrer ao Poder Judiciário
contra ato da administração
41. (CESPE - AGU – 2009) Relativamente aos critérios de delimitação do
âmbito do Direito Administrativo, julgue o item a seguir.
Na França, formou-se a denominada Escola do Serviço Público, inspirada na
jurisprudência do Conselho de Estado, segundo a qual a competência dos
tribunais administrativos passou a ser fixada em função da execução de
serviços públicos.
42. (CESPE - SEFAZ ES - Administração – 2008) Acerca do regime
jurídico administrativo e do conceito de administração, julgue o item a seguir.
Define-se, como administração pública externa ou extroversa, a atividade
desempenhada pelo Estado, como, por exemplo, a regulação, pela União, da
atividade de aviação civil pelas respectivas concessionárias.
43. (CESPE - AUFC/Controle Externo/2004) Considerando as fontes e
os princípios constitucionais do direito administrativo e a organização
administrativa da União, julgue os seguintes itens.

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A jurisprudência e os costumes são fontes do direito administrativo, sendo que


a primeira ressente-se da falta de caráter vinculante, e a segunda tem sua
influência relacionada com a deficiência da legislação.
44. (CESPE - Sefaz MT – 2004) Determinado estado brasileiro criou, por
meio de lei estadual, uma agência dotada de autonomia financeira, funcional e
administrativa, com a finalidade de, observada a competência própria dos
outros entes federados, controlar e fiscalizar, bem como normatizar,
padronizar, conceder e fixar tarifas dos serviços públicos delegados, nas áreas
de transporte e de telecomunicações. De acordo com a lei de criação, os
integrantes dessa agência devem ser nomeados após aprovação em concurso
público de provas.
Com relação à situação hipotética descrita acima, julgue o item subseqüente.
As ações dessa agência devem ser regidas pelo Direito Administrativo, que, de
acordo com o critério teleológico, é o ramo do direito público interno que
regula a atividade jurídica não-contenciosa do Estado e a constituição dos
órgãos e meios de sua ação em geral.
45. (CESPE - AGU – 2002) Quanto aos critérios para conceituar o direito
administrativo, às fontes deste, aos órgãos e funções da administração
pública, à avocação e à delegação de competência e ao poder hierárquico,
julgue o item abaixo.
Em face da realidade da administração pública brasileira, é juridicamente
correto afirmar que o critério adotado para a conceituação do direito
administrativo no país é o critério do Poder Executivo.
46. (CESPE - AGU – 2002) Quanto aos critérios para conceituar o direito
administrativo, às fontes deste, aos órgãos e funções da administração
pública, à avocação e à delegação de competência e ao poder hierárquico,
julgue o item abaixo.
Não obstante o princípio da legalidade e o caráter formal dos atos da
administração pública, muitos administrativistas aceitam a existência de fontes
escritas e não-escritas para o direito administrativo, nelas incluídas a doutrina
e os costumes; a jurisprudência é também considerada por administrativistas
como fonte do direito administrativo, mas não é juridicamente correto chamar
de jurisprudência uma decisão judicial isolada.
47. (CESPE - PF – 1997) Considerando as noções de Estado, governo e
administração pública, julgue o item a seguir.
Em um sentido formal, a expressão administração pública pode ser entendida
como o conjunto dos órgãos e entidades voltados à realização dos objetivos
governamentais: de um ponto de vista material, pode ser compreendida como
o conjunto das funções que constituem os serviços públicos.

5.6 - FUNDATEC

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48. (FUNDATEC / PGE-RS / Procurador do Estado / 2011)

Assinale a alternativa INCORRETA.

a) A Constituição, a lei e o decreto autônomo devem ser considerados como


as únicas fontes formais primárias do direito administrativo brasileiro vigente.

b) Administração Pública, em sentido objetivo ou material, diz respeito à


busca de um critério que defina, seja em sentido positivo seja em sentido
negativo, a função ou a atividade administrativa, em oposição às demais e
tradicionais funções do Estado.

c) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, as autarquias, por


serem criadas para executar atividades típicas da Administração Pública,
somente podem ser instituídas para a prestação de serviços públicos; ou
então, quando necessária aos imperativos de segurança nacional ou a
relevante interesse coletivo, para exploração direta de atividade econômica.

d) Sociedades controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público,


segundo jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não integram o conceito
de "Administração Pública Indireta".

e) Consórcios públicos, na forma da Lei n° 11.107/05, nada obstante tenham


seu protocolo de intenções ratificado por lei formal de cada uma das entidades
consorciadas, constituem, segundo a jurisprudência mais recente do Supremo
Tribunal Federal, acordos públicos de caráter precário, caracterizados por
instabilidade institucional.

49. (FUNDATEC / SEFAZ-RS / Técnico Tributário da Receita


Estadual - Prova 2 / 2014)

Considerando o cenário doutrinário do Direito Administrativo, analise as


seguintes assertivas sobre a noção de Administração Pública.

I. No sentido objetivo, material ou funcional, a Administração Pública designa


a natureza da atividade ou função desempenhada pelo Estado, com vistas à
consecução dos objetivos constitucionais.

II. No sentido subjetivo, formal ou orgânico, a expressão Administração


Pública significa o conjunto de entidades e de órgãos públicos integrantes de
todo o aparato estatal.

III. Em seu sentido material, a Administração Pública manifesta-se com


exclusividade no âmbito do Poder Executivo.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

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b) Apenas II

c) Apenas III.

d) Apenas I e II.

e) Apenas II e III.

6 – Gabarito

Gabarito 1. B. ................................................................................. 33
Gabarito 2. B. ................................................................................. 34
Gabarito 3. D.................................................................................. 35
Gabarito 4. D.................................................................................. 35
Gabarito 5. E. ................................................................................. 36
Gabarito 6. A. ................................................................................. 37
Gabarito 7. A. ................................................................................. 37
Gabarito 8. B. ................................................................................. 38
Gabarito 9. A. ................................................................................. 38
Gabarito 10. A. ................................................................................. 39
Gabarito 11. A. ................................................................................. 39
Gabarito 12. A. ................................................................................. 40
Gabarito 13. C. ................................................................................. 40
Gabarito 14. B. ................................................................................. 41
Gabarito 15. B. ................................................................................. 41
Gabarito 16. D.................................................................................. 42
Gabarito 17. A. ................................................................................. 42
Gabarito 18. B. ................................................................................. 43
Gabarito 19. E. ................................................................................. 44
Gabarito 20. C. ................................................................................. 44
Gabarito 21. D.................................................................................. 45
Gabarito 22. C. ................................................................................. 46
Gabarito 23. B. ................................................................................. 46
Gabarito 24. Certo. .......................................................................... 47
Gabarito 25. Errado. ........................................................................ 47
Gabarito 26. E. ................................................................................. 48
Gabarito 27. C. ................................................................................. 49

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Gabarito 28. Errado. ........................................................................ 49


Gabarito 29. Certo. .......................................................................... 49
Gabarito 30. Certo. .......................................................................... 50
Gabarito 31. Errado. ........................................................................ 50
Gabarito 32. Certo. .......................................................................... 50
Gabarito 33. Errado. ........................................................................ 51
Gabarito 34. Certo. .......................................................................... 51
Gabarito 35. Certo. .......................................................................... 51
Gabarito 36. Errado. ........................................................................ 51
Gabarito 37. Errado. ........................................................................ 52
Gabarito 38. Certo. .......................................................................... 52
Gabarito 39. Certo. .......................................................................... 52
Gabarito 40. Errado. ........................................................................ 52
Gabarito 41. Certo. .......................................................................... 53
Gabarito 42. Certo. .......................................................................... 53
Gabarito 43. Certo. .......................................................................... 53
Gabarito 44. Errado. ........................................................................ 54
Gabarito 45. Errado. ........................................................................ 54
Gabarito 46. Certo. .......................................................................... 55
Gabarito 47. Certo. .......................................................................... 55
Gabarito 48. Anulada. ...................................................................... 56
Gabarito 49. D.................................................................................. 57

7 – Referencial Bibliográfico

Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São


Paulo: Editora Método, 2014.
Bandeira de Melo, C. A. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo:
Malheiros, 2010.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Editora Atlas,
2009.
Alexandre, Ricardo. Deus, João de. Direito Administrativo Esquematizado. São
Paulo: Editora Método, 2014.
Meirelles, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 22.ed. São Paulo, RT,
1997
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF, Senado, 1998.

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