Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Aula 03
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
SUMçRIO
1. CULPABILIDADE .......................................................................................... 3
1.1. Conceito ................................................................................................... 3
1.2. Teorias ..................................................................................................... 3
1.3. Elementos ................................................................................................ 4
1.3.1. Imputabilidade penal ................................................................................ 4
1.3.2. Potencial consci•ncia da ilicitude ................................................................ 7
1.3.3. Exigibilidade de conduta diversa ................................................................. 7
2. ERRO ......................................................................................................... 12
2.1. Erro de tipo ............................................................................................ 12
2.2. Erro de tipo acidental ............................................................................. 14
2.2.1. Erro sobre a pessoa (error in persona) ...................................................... 14
2.2.2. Erro sobre o nexo causal ......................................................................... 15
2.2.2.1. Erro sobre o nexo causal em sentido estrito ............................................ 15
2.2.2.2. Dolo geral ou aberratio causae .............................................................. 15
2.2.3. Erro na execu•‹o (aberratio ictus) ............................................................ 16
2.2.3.1. Erro sobre a execu•‹o com unidade simples (Aberratio ictus de resultado
œnico) 17
2.2.3.2. Erro sobre a execu•‹o com unidade complexa (Aberratio ictus de resultado
duplo) 17
2.2.4. Erro sobre o crime ou resultado diverso do pretendido (aberratio delicti ou
aberratio criminis) .............................................................................................. 17
2.2.4.1. Com unidade simples ........................................................................... 17
2.2.4.2. Com unidade complexa ........................................................................ 18
2.2.5. Erro sobre o objeto (error in objecto) ........................................................ 18
2.3. Erro determinado por terceiro ................................................................ 18
2.4. Erro de proibi•‹o .................................................................................... 19
3. RESUMO .................................................................................................... 27
4. EXERCêCIOS DA AULA ............................................................................... 33
5. GABARITO ................................................................................................. 39
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
Na œltima aula n—s iniciamos o estudo do crime, seu conceito e
elementos, estudando os dois primeiros deles: o fato t’pico e a
ilicitude.
Hoje vamos finalizar o estudo dos elementos do Crime, analisando
a culpabilidade e o fen™meno do Erro no Direito Penal.
Bons estudos!
Prof. Renan Araujo
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
1.!CULPABILIDADE
1.1.! Conceito
A culpabilidade nada mais Ž que o ju’zo de reprovabilidade acerca
da conduta do agente, considerando-se suas circunst‰ncias
pessoais.1
Diferentemente do que ocorre nos dois primeiros elementos (fato
t’pico e ilicitude), onde se analisa o fato, na culpabilidade o objeto de
estudo n‹o Ž o fato, mas o agente. Da’ alguns doutrinadores
entenderem que a culpabilidade n‹o integra o crime (por n‹o estar
relacionada ao fato criminoso, mas ao agente). Entretanto, vamos
trabalh‡-la como elemento do crime.
1.2.! Teorias
Tr•s teorias existem acerca da culpabilidade:
A)!Teoria psicol—gica Ð Para essa teoria a culpabilidade era
analisada sob o prisma da imputabilidade e da vontade (dolo e
culpa). Esta teoria entende que o agente seria culp‡vel se era
imput‡vel no momento do crime e se havia agido com dolo ou
culpa. Vejam que essa teoria s— pode ser utilizada por quem adota
a teoria natural’stica da conduta (pois o dolo e culpa est‹o na
culpabilidade). Para os que adotam a teoria finalista (nosso C—digo
penal), essa teoria acerca da culpabilidade Ž imposs’vel, pois a
teoria finalista aloca o dolo e a culpa na conduta, e, portanto, no
fato t’pico.
B)!Teoria normativa ou psicol—gico-normativa Ð Possui os
mesmos elementos da primeira, mas agrega a eles a
inexigibilidade de conduta diversa, que Ž a Òpossibilidade de agir
conforme o DireitoÓ. Para essa teoria, mais evolu’da, ainda que o
agente fosse imput‡vel e tivesse agido com dolo ou culpa, s— seria
culp‡vel se no caso concreto lhe pudesse ser exigido um outro
comportamento que n‹o o comportamento criminoso. Trata-se,
portanto, da inclus‹o de elementos normativos ˆ culpabilidade,
que deixa de ser a mera rela•‹o subjetiva do agente com o fato
(dolo ou culpa). A culpabilidade seria, portanto, a conjuga•‹o do
elemento subjetivo (dolo ou culpa) e do ju’zo de reprova•‹o sobre
o agente.2
C)!Teoria normativa pura Ð Essa j‡ muda de ares. J‡ n‹o mais
considera o dolo e culpa como elementos da culpabilidade, mas do
fato t’pico (seguindo a teoria finalista da conduta). Para esta
teoria, os elementos da culpabilidade s‹o: a) imputabilidade; b)
1
BITENCOURT, Op. cit., p. 451/452
2
BITENCOURT, Op. cit., p. 447
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
potencial consci•ncia da ilicitude; c) exigibilidade de conduta
diversa. A potencial consci•ncia da ilicitude seria a an‡lise
concreta acerca das possibilidades que o agente tinha de conhecer
o car‡ter il’cito de sua conduta. Vamos estudar cada um desses
elementos mais ˆ frente;
1.3.! Elementos
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
Ø! Biol—gico Ð Basta a exist•ncia de uma doen•a mental ou
determinada idade para que o agente seja inimput‡vel. ƒ
adotado no Brasil com rela•‹o aos menores de 18 anos. Trata-
se de critŽrio meramente biol—gico: Se o agente tem menos de
18 anos, Ž inimput‡vel.
Ø! Psicol—gico Ð S— se pode aferir a imputabilidade (ou n‹o), na
an‡lise do caso concreto.
Ø! Biopsicol—gico Ð Deve haver uma doen•a mental (critŽrio
biol—gico, legal, objetivo), mas o Juiz deve analisar no caso
concreto se o agente era ou n‹o capaz de entender o car‡ter
il’cito da conduta e de se comportar conforme o Direito (critŽrio
psicol—gico). Essa foi a teoria adotada como REGRA pelo
nosso C—digo Penal.4
4
BITENCOURT, Op. cit., p. 474.
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
Por isso se diz que este Ž um critŽrio BIOPSICOLîGICO (pois
mescla os dois critŽrios).
Nos dois casos acima, se o agente for inimput‡vel, exclui-se a
culpabilidade e ele Ž isento de pena. Se for semi-imput‡vel, ser‡
considerado culp‡vel (n‹o se exclui a culpabilidade), mas sua pena ser‡
reduzida de um a dois ter•os.
No caso de o agente ser inimput‡vel, por ser menor de 18 anos, n‹o
h‡ processo penal, respondendo perante o ECA. No caso de ser
inimput‡vel em raz‹o de doen•a mental ou desenvolvimento incompleto,
ser‡ isento de pena (absolvido), mas o Juiz aplicar‡ uma medida de
seguran•a (interna•‹o ou tratamento ambulatorial). Isso Ž o que se
chama de senten•a absolut—ria impr—pria (Pois, apesar de conter
uma absolvi•‹o, contŽm uma espŽcie de san•‹o penal).
No caso de o agente ser semi-imput‡vel, ele n‹o ser‡ isento
de pena! Ser‡ condenado a uma pena, que ser‡ reduzida. Entretanto, a
lei permite que o Juiz, diante do caso, substitua a pena privativa de
liberdade por uma medida de seguran•a (interna•‹o ou tratamento
ambulatorial).
(ii)! Embriaguez
Segundo o CP, a embriaguez n‹o Ž uma hip—tese de
inimputabilidade, salvo se decorrente de caso fortuito ou for•a
maior (E mesmo assim, deve ser completa e retirar totalmente a
capacidade de discernimento do agente).
EXEMPLO: Imaginem que Luciana Ž embriagada por Carlos (que coloca
‡lcool em seus drinks). Sem saber, Luciana ingere as bebidas alco—licas e
comete crime. Nesse caso, Poliana poder‡ ser inimput‡vel ou semi-
imput‡vel, a depender de seu n’vel de discernimento quando da pr‡tica
da conduta.
Vejamos o seguinte esquema:
Embriaguez:
Volunt‡ria
N‹o excluem a
Culposa imputabilidade
COMPLETA Ð agente
Ž inimput‡vel
Acidental (caso fortuito ou for•a maior)
PARCIAL Ð agente Ž
semi-imput‡vel
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
Em qualquer dos dois casos de embriaguez acidental, n‹o ser‡
poss’vel aplica•‹o de medida de seguran•a, pois essa visa ao
tratamento do agente considerado doente, e que oferece risco ˆ
sociedade. No caso da embriaguez acidental, o agente Ž sadio, tendo
ingerido ‡lcool por caso fortuito ou for•a maior.
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
cabe•a de Poliana e diz que se ela n‹o atirar em Romeu,
matar‡ seu filho, que est‡ sequestrado por seus comparsas.
Nesse caso, n‹o se pode exigir de Poliana que deixe de atirar
em Romeu, pois est‡ sob amea•a de um mal grav’ssimo
(morte do filho).
Ø! Obedi•ncia hier‡rquica Ð ƒ o ato cometido por alguŽm em
cumprimento a uma ordem ilegal proferida por um superior
hier‡rquico. Cuidado! A ordem n‹o pode ser
MANIFESTAMENTE ILEGAL. Se aquele que cumpre a ordem
sabe que est‡ cometendo uma ordem ilegal, responde pelo
crime juntamente com aquele que deu a ordem. Se a ordem
n‹o Ž manifestamente ilegal aquele que apenas a cumpriu
estar‡ acobertado pela excludente de culpabilidade da
inexigibilidade de conduta diversa.
CUIDADO! Nesse caso, s— se aplica aos funcion‡rios pœblicos, n‹o
aos particulares!
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
D) O consentimento do ofendido n‹o foi previsto pelo nosso
ordenamento jur’dico-penal como uma causa de exclus‹o da
ilicitude. Todavia, sua natureza justificante Ž pacificamente aceita,
desde que, entre outros requisitos, o ofendido seja capaz de
consentir e que tal consentimento recaia sobre bem dispon’vel.
COMENTçRIOS:
A) O item est‡ perfeito. A coa•‹o pode ser f’sica ou moral. A coa•‹o f’sica
exclui a pr—pria conduta, j‡ que h‡ mero movimento corporal, sem
qualquer elemento subjetivo. Portanto, atuando sobre a conduta, exclui-
se o fato t’pico (tipicidade). A coa•‹o moral irresist’vel, por sua vez, n‹o
exclui o fato t’pico, mas a culpabilidade, pois o agente pratica conduta
(atividade corporal + elemento subjetivo), mas essa conduta est‡ viciada,
j‡ que o agente est‡ sob forte amea•a, de forma que ausente o elemento
da culpabilidade consistente na exigibilidade de conduta diversa. O art. 22
do CP trata da situa•‹o, embora diga apenas Òcoa•‹o irresist’velÓ.
B) O item est‡ errado. No caso, T’cio n‹o est‡ amparado por nenhuma
causa de exclus‹o da ilicitude. Trata-se, apenas, de vingan•a;
C) O item est‡ correto. Nesse caso n‹o h‡ possibilidade de se falar em
obedi•ncia hier‡rquica, primeiro porque esta causa de exclus‹o da
culpabilidade s— Ž admiss’vel nas rela•›es de servi•o pœblico, e em
segundo lugar porque a ordem Ž manifestamente ilegal;
D) O item est‡ correto. O nosso ordenamento previu apenas quatro
espŽcies de causas de exclus‹o da ilicitude, n‹o estando entre elas o
consentimento do ofendido. Contudo, a Doutrina entende que o
consentimento do ofendido, desde que v‡lido e em rela•‹o a bens
dispon’veis, constitui-se como uma causa de exclus‹o da ilicitude, j‡ que
tornaria a a•‹o leg’tima, deixando de ser injusta, portanto.
Portanto, a ALTERNATIVA ERRADA ƒ A LETRA B.
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
crime, Luiz estava completamente embriagado. O MinistŽrio
Pœblico requereu a condena•‹o dos acusados. N‹o havendo dœvida
com rela•‹o ao injusto, tecnicamente, a defesa tŽcnica dos
acusados dever‡ requerer, nas alega•›es finais,
A) a absolvi•‹o dos acusados por for•a da inimputabilidade,
aplicando, porŽm, medida de seguran•a para ambos.
B) a absolvi•‹o de Luiz por aus•ncia de culpabilidade em raz‹o da
embriaguez culposa e a absolvi•‹o Patr’cio, com aplica•‹o, para
este, de medida de seguran•a.
C) a absolvi•‹o de Luiz por aus•ncia de culpabilidade em raz‹o da
embriaguez completa decorrente de for•a maior e a absolvi•‹o
impr—pria de Patr’cio, com aplica•‹o, para este, de medida de
seguran•a.
D) a absolvi•‹o impr—pria de Patr’cio, com a aplica•‹o de medida
de seguran•a, e a condena•‹o de Luiz na pena m’nima, porque a
embriaguez nunca exclui a culpabilidade.
COMENTçRIOS: No caso em tela o Juiz dever‡ absolver Luiz, em raz‹o
da aus•ncia de culpabilidade, por inimputabilidade decorrente de
embriaguez completa proveniente de for•a maior, nos termos do art. 28,
¤1¼ do CP. Em rela•‹o a Patr’cio, dever‡ receber senten•a de absolvi•‹o
impr—pria, com aplica•‹o de medida de seguran•a, nos termos do art. 26
do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
C) Ant™nio n‹o responder‡ pelo crime por aus•ncia de tipicidade,
enquanto Francisco n‹o responder‡ por aus•ncia de culpabilidade
em sua conduta.
D) Ambos n‹o responder‹o pelo crime por aus•ncia de
culpabilidade em suas condutas.
COMENTçRIOS: No caso em tela, Ant™nio foi v’tima de coa•‹o FêSICA
irresist’vel (n‹o teve vontade alguma, escolha alguma), de forma que fica
afastada a pr—pria configura•‹o do fato t’pico, dada a aus•ncia de
conduta. Francisco, por sua vez, foi v’tima de coa•‹o MORAL irresist’vel,
de maneira que agiu sem culpabilidade, nos termos do art. 22 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
2.! ERRO
2.1.! Erro de tipo
Quando o agente comete um fato que se amolda perfeitamente ˆ
conduta descrita no tipo penal (direta ou indiretamente), temos um fato
t’pico e, como disse, estar‡ presente, portanto, a tipicidade.
Pode ocorrer, entretanto, que o agente pratique um fato t’pico por
equ’voco! Isso mesmo! O agente pratica um fato considerado t’pico,
mas o faz por ter incidido em erro sobre algum de seus elementos.
O erro de tipo Ž a representa•‹o err™nea da realidade, na qual
o agente acredita n‹o se verificar a presen•a de um dos elementos
essenciais que comp›em o tipo penal.
EXEMPLO: Imaginemos o crime de desacato:
Art. 331 - Desacatar funcion‡rio pœblico no exerc’cio da fun•‹o ou em raz‹o
dela:
Pena - deten•‹o, de seis meses a dois anos, ou multa.
Imaginemos que o agente desconhecesse a condi•‹o de funcion‡rio
pœblico da v’tima. Nesse caso, houve erro de tipo, pois o agente incidiu
em erro sobre elemento essencial do tipo penal.
6
Com rela•‹o a estes termos, CEZAR ROBERTO BITENCOURT os considera como
Òelementos normativos especiais da ilicitudeÓ. Para o autor, elementos normativos
seriam aqueles que demandam mero ju’zo de valor acerca de um objeto (saber que o
documento falsificado Ž pœblico, por exemplo, no crime de falsifica•‹o de documento
pœblico). Termos como ÒindevidamenteÓ, Òsem justa causaÓ, etc., seriam antecipa•‹o da
ilicitude do fato inseridas dentro do tipo penal. (BITENCOURT, Op. cit., p. 350). Fica
apenas o registro, j‡ que a Doutrina majorit‡ria entende que tais express›es s‹o
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
continua se tratando de erro de tipo. Outra parte da Doutrina entende
que n‹o se trata de erro de tipo, mas de erro de proibi•‹o, pois o agente
estaria errando acerca da licitude do fato7. Exemplo: O art. 154 do CP diz
o seguinte: Art. 154 - Revelar alguŽm, sem justa causa, segredo, de que tem
ci•ncia em raz‹o de fun•‹o, ministŽrio, of’cio ou profiss‹o, e cuja revela•‹o possa
produzir dano a outrem: Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano, ou multa. Nesse
caso, o elemento Òsem justa causaÓ Ž elemento normativo do tipo. Se o
mŽdico revela um segredo do paciente para um parente, acreditando que
este poder‡ ajud‡-lo, e faz isso apenas para o bem do paciente,
acreditando haver justa causa, quando na verdade o parente Ž um
tremendo fofoqueiro que s— quer difamar o paciente, o mŽdico incorreu
em erro de tipo, pois acreditava estar agindo com justa causa, que n‹o
havia. PorŽm, como disse a voc•s, parte da doutrina entende que aqui se
trata de erro de proibi•‹o. Mas a teoria que prevalece Ž a de que se
trata mesmo de erro de tipo.
elementos normativos do tipo penal. Ver, por todos: GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI,
Alice. Op. cit., p. 211.
7
BITENCOURT, Op. cit., p. 514/515
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
Assim, lembrem-se:
Agente comete o fato
típico por incidir em
erro sobre um dos
ERRO DE
elementos que
compõem o tipo penal
TIPO
Pode ser que se utilize o termo ÒErro sobre elemento constitutivo
do tipo penalÓ. Eu prefiro essa nomenclatura, mas ela n‹o Ž utilizada
sempre.
8
GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 376
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
tivesse praticado o crime CONTRA A PESSOA VISADA. Essa previs‹o
est‡ no art. 20, ¤3¡ do CP.
Aqui o sujeito executa perfeitamente a conduta, ou seja, n‹o existe
falha na execu•‹o do delito. O erro est‡ em momento anterior (na
representa•‹o mental da v’tima).
Ex.: Jo‹o quer matar seu pai, pois est‡ com raiva em raz‹o da
partilha dos bens de sua m‹e. Jo‹o fica na espreita e, quando v• uma
pessoa chegar, acreditando ser seu pai, mira bem no cr‰nio e lasca um
bala•o certeiro, fazendo com que a v’tima caia desfalecida. Ap—s, verifica
que a pessoa n‹o era seu pai, mas seu irm‹o.
Neste caso o agente responder‡ como se tivesse praticado o delito
contra seu pai (pessoa visada) e n‹o pelo homic’dio contra seu irm‹o.
Trata-se da teoria da equival•ncia.
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
por apenas um crime, pelo crime originalmente previsto
(homic’dio doloso consumado10), tendo sido adotada a TEORIA
UNITçRIA (ou princ’pio unit‡rio).11
Mas qual o nexo causal que se deve considerar? O pretendido
ou o efetivamente ocorrido? Embora n‹o haja unanimidade, prevalece
o entendimento de que deve o agente responder pelo nexo causal
efetivamente ocorrido (e n‹o pelo pretendido).12
10
GRECO, RogŽrio. Curso de Direito Penal. Volume 1. Ed. Impetus. Niter—i-RJ, 2015, p.
360
11
Doutrina minorit‡ria (mas muito importante) sustenta que o agente deva responder
por dois crimes em concurso: homic’dio doloso tentado (primeira conduta) + homic’dio
culposo consumado (segunda conduta). Trata-se da ado•‹o da teoria do
desdobramento.
12
GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Curso de Direito Penal. JusPodivm. Salvador,
2015, p. 380/381
13
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execu•‹o, o agente, ao
invŽs de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como
se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no ¤ 3¼ do art. 20
deste C—digo. No caso de ser tambŽm atingida a pessoa que o agente pretendia ofender,
aplica-se a regra do art. 70 deste C—digo.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de
11.7.1984)
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
No que tange ˆs consequ•ncias, o erro na execu•‹o pode ser de duas
ordens:
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
14
GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 379
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
ao paciente, alegando tratar-se de um sedativo. A enfermeira, sem
saber do que se trata, confiando no mŽdico, ministra o veneno. O
paciente morre. Neste caso, somente o mŽdico (aquele que provocou o
erro) responde pelo homic’dio (neste caso, doloso).
! A enfermeira, em regra, n‹o responde por crime algum, salvo se
ficar demonstrado que agiu de forma negligente (por exemplo, se tinha
plenas condi•›es de saber que se tratava de veneno, ou se podia
desconfiar das inten•›es do mŽdico, etc.).
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
clara a diferen•a? c
15
N‹o se exige que o agente conhe•a EXATAMENTE a tipifica•‹o penal de sua conduta,
bastando que ele saiba que sua conduta Ž il’cita. Assim, se o agente pratica uma
determinada conduta que sabe ser il’cita (embora n‹o saiba a qual crime se refere), NÌO
Hç ERRO DE PROIBI‚ÌO. Haveria, aqui, o que se chama de Òerro de subsun•‹oÓ, que Ž
irrelevante para fins de determina•‹o da responsabilidade penal do agente. Isso ocorre
porque n‹o se exige do agente que saiba EXATAMENTE a que tipo penal corresponde sua
conduta. Basta que se verifique ser poss’vel ao agente, de acordo com suas
caracter’sticas pessoas e sociais, saber que sua conduta Ž il’cita (Isso Ž o que se chama
de VALORA‚ÌO PARALELA NA ESFERA DO PROFANO, OU DO LEIGO).
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
¥! Erro de proibi•‹o indireto Ð O agente atua acreditando
que existe, EM ABSTRATO, alguma descriminante (causa
de justifica•‹o) que autorize sua conduta. Trata-se de erro
sobre a exist•ncia e/ou limites de uma causa de justifica•‹o em
abstrato. Erro, portanto, sobre o ordenamento jur’dico16. Ex.:
JosŽ encontra-se num barco que est‡ a naufragar. Como possui
muitos pertences, precisa de dois botes, um para se salvar e
outro para salvar seus bens. Contudo, Marcelo tambŽm est‡ no
barco e precisa salvar sua vida. JosŽ, no entanto, agride
Marcelo, impedindo-o de entrar no segundo bote, j‡ que tinha
a inten•‹o de utiliz‡-lo para proteger seus bens. Neste caso,
JosŽ n‹o representou erroneamente a realidade f‡tica (sabia
exatamente o que estava se passando). JosŽ, conduta, errou
quanto aos limites da causa de justifica•‹o (estado de
necessidade), que n‹o autoriza
2 o sacrif’cio de um bem maior
(vida de Marcelo) para proteger um bem menor (pertences de
JosŽ).
16
BITENCOURT, Op. cit., p. 524/525
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
9
(FGV Ð 2017 Ð OAB - XXIII EXAME DE ORDEM)
Pedro, jovem rebelde, sai ˆ procura de Henrique, 24 anos, seu inimigo,
com a inten•‹o de mat‡-lo, vindo a encontr‡-lo conversando com uma
senhora de 68 anos de idade. Pedro saca sua arma, regularizada e cujo
porte era autorizado, e dispara em dire•‹o ao rival. Ao mesmo tempo, a
senhora dava um abra•o de despedida em Henrique e acaba sendo
atingida pelo disparo. Henrique, que n‹o sofreu qualquer les‹o, tenta
salvar a senhora, mas ela falece.
Diante da situa•‹o narrada, em consulta tŽcnica solicitada pela fam’lia,
dever‡ ser esclarecido pelo advogado que a conduta de Pedro, de acordo
com o C—digo Penal, configura
A) crime de homic’dio doloso consumado, apenas, com causa de
aumento em raz‹o da idade da v’tima.
B) crime de homic’dio doloso consumado, apenas, sem causa de
aumento em raz‹o da idade da v’tima.
C) crimes de homic’dio culposo consumado e de tentativa de homic’dio
doloso em rela•‹o a Henrique.
D) crime de homic’dio culposo consumado, sem causa de aumento pela
idade da v’tima.
COMENTçRIOS: No presente caso tivemos um homic’dio doloso consumado,
pois houve erro na execu•‹o, na forma do art. 73 do CP. N‹o h‡ aumento de
pena em raz‹o da agravante de ter sido praticado contra pessoa idosa, pois
consideram-se as condi•›es pessoais da v’tima visada, e n‹o as da v’tima
atingida, nos termos do art. 73 c/c art. 20, ¤3¼ do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
Cannabis Sativa L. (maconha), pois acreditava que poderia ter
pequena quantidade do material em sua posse para fins
medicinais.
Ambos foram abordados por policiais e, diante da apreens‹o das
drogas, denunciados pela pr‡tica do crime de tr‡fico de
entorpecentes.
Considerando apenas as informa•›es narradas, o advogado de
Tony e JosŽ dever‡ alegar em favor dos clientes, respectivamente,
a ocorr•ncia de
A) erro de tipo, nos dois casos.
B) erro de proibi•‹o, nos dois casos.
C) erro de tipo e erro de proibi•‹o.
D) erro de proibi•‹o e erro de tipo.
b
COMENTçRIOS: No primeiro caso temos erro de tipo, previsto no art. 20
do CP, pois o agente praticou o fato t’pico por incidir em ERRO sobre um
dos elementos do tipo penal (subst‰ncia entorpecente), j‡ que acredita
que n‹o se tratava de subst‰ncia entorpecente, e sim de remŽdio.
No segundo caso tivemos erro de proibi•‹o, pois o agente sabia
exatamente o que estava carregando, mas acreditava que sua conduta
era l’cita perante o Direito Penal, ou seja, trata-se de um erro sobre a
exist•ncia ou limites da norma penal. Portanto, ERRO DE PROIBI‚ÌO, nos
termos do art. 21 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
COMENTçRIOS: No caso em tela, temos o fen™meno do erro sobre a
pessoa, previsto no art. 20, ¤3¼ do CP. Neste caso, o agente responde
pelo crime de acordo com as caracter’sticas da v’tima pretendida, e n‹o
de acordo com as caracter’sticas da v’tima atingida. Assim, Wellington
responder‡ por homic’dio doloso consumado, considerando-se as
caracter’sticas pessoais de Ronaldo, a v’tima visada.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
a) Eslow est‡ em erro de tipo essencial escus‡vel, raz‹o pela qual
deve ser absolvido.
b) Eslow est‡ em erro de proibi•‹o direto inevit‡vel, raz‹o pela
qual deve ser isento de pena.
c) Eslow est‡ em erro de tipo permissivo escus‡vel, raz‹o pela
qual deve ser punido pelo crime culposo.
d) Eslow est‡ em erro de proibi•‹o, que importa em crime
imposs’vel, raz‹o pela qual deve ser absolvido.
COMENTçRIOS: Na hip—tese narrada o agente se encontra em ERRO DE
PROIBI‚ÌO, pois incidiu em erro sobre a exist•ncia de norma
incriminadora. Quanto a ser, ou n‹o, um erro evit‡vel, trata-se de uma
quest‹o mais nebulosa. O enunciado, contudo, tenta deixar claro que o
agente, de fato, n‹o sabia e nem poderia saber da proibi•‹o, j‡ que Ž
pessoa que nunca viajou para fora da Holanda, etc. Assim, o enunciado
deixa transparecer que se trata de erro de proibi•‹o inevit‡vel e, sendo
assim, o agente fica isento de pena, por for•a do art. 21 do CP.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
de proibi•‹o direto, pois recai sobre a potencial consci•ncia da ilicitude do
fato em abstrato.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
C) Br‡ulio n‹o praticou crime, pois agiu em hip—tese de erro de
tipo essencial.
D) Br‡ulio n‹o praticou crime, pois agiu em hip—tese de erro de
proibi•‹o direto.
COMENTçRIOS: Em tese, Br‡ulio praticou o delito do art. 217-A do CP
(estupro de vulner‡vel), por ter mantido rela•‹o sexual com pessoa
menor de 14 anos. Contudo, no caso concreto, podemos afirmar que
Br‡ulio agiu em erro de tipo essencial, pois representou equivocadamente
a realidade (acreditava que Paula tivesse mais de 14 anos), incorrendo
em erro sobre um dos elementos que integram o tipo penal (ser a v’tima
menor de 14 anos), nos termos do art. 20 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
3.! RESUMO
CULPABILIDADE
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
TEORIAS
ELEMENTOS
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
avaliar se o agente, no caso concreto, tinha
discernimento.
OBS.: Adotado pelo CP em rela•‹o ˆ
inimputabilidade por doen•a mental e embriaguez
decorrente de caso fortuito ou for•a maior.
OBS.: Em qualquer caso, a inimputabilidade Ž aferida no momento do
fato criminoso.
Embriaguez Ð Requisitos:
¥! Que o agente esteja completamente embriagado (critŽrio
biol—gico)
¥! Que se trate de embriaguez decorrente de caso fortuito ou
for•a maior
¥! Que o agente seja inteiramente incapaz de entender o
car‡ter il’cito do fato OU inteiramente incapaz de
determinar-se conforme este entendimento (critŽrio
psicol—gico)
Obs.: Se, em decorr•ncia da embriaguez, o agente tinha discernimento
PARCIAL (semi-imputabilidade), NÌO ƒ ISENTO DE PENA (n‹o afasta a
imputabilidade). Neste caso, h‡ redu•‹o de pena (um a dois ter•os).
Esquema:
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
ERRO
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
§! Escus‡vel Ð Quando o agente n‹o poderia conhecer, de fato, a
presen•a do elemento do tipo. Qualquer pessoa, nas mesmas
condi•›es, cometeria o mesmo erro.
§! Inescus‡vel Ð Ocorre quando o agente incorre em erro sobre
elemento essencial do tipo, mas poderia, mediante um esfor•o
mental razo‡vel, n‹o ter agido desta forma.
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
atinge a v’tima n‹o visada, mas atinge tambŽm a v’tima
originalmente pretendida. Nesse caso, responde pelos dois crimes,
em CONCURSO FORMAL.
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
Bons estudos!
Prof. Renan Araujo
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
Tony, a pedido de um colega, est‡ transportando uma caixa com c‡psulas
que acredita ser de remŽdios, sem ter conhecimento que estas, na
verdade, continham Cloridrato de Coca’na em seu interior. Por outro lado,
JosŽ transporta em seu ve’culo 50g de Cannabis Sativa L. (maconha),
pois acreditava que poderia ter pequena quantidade do material em sua
posse para fins medicinais.
Ambos foram abordados por policiais e, diante da apreens‹o das drogas,
denunciados pela pr‡tica do crime de tr‡fico de entorpecentes.
Considerando apenas as informa•›es narradas, o advogado de Tony e
JosŽ dever‡ alegar em favor dos clientes, respectivamente, a ocorr•ncia
de
A) erro de tipo, nos dois casos.
B) erro de proibi•‹o, nos dois casos.
C) erro de tipo e erro de proibi•‹o.
D) erro de proibi•‹o e erro de tipo.
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
B) aberratio ictus.
C) aberratio criminis.
D) erro determinado por terceiro.
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
b) Embriaguez culposa; erro de tipo permissivo; inimputabilidade por
doen•a mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou
retardado.
c) Inimputabilidade por menoridade; estrito cumprimento do dever legal;
embriaguez incompleta.
d) Embriaguez incompleta proveniente de caso fortuito ou for•a maior;
erro de proibi•‹o; obedi•ncia hier‡rquica.
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
n. 10.826/2003, verbis : ÒPortar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter
em dep—sito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo,
acess—rio ou muni•‹o, de uso permitido, sem autoriza•‹o e em desacordo
com determina•‹o legal ou regulamentarÓ.
Nesse sentido, podemos afirmar que Jaime agiu em hip—tese de
A) erro de proibi•‹o direto.
B) erro de tipo essencial.
C) erro de tipo acidental.
D) erro sobre as descriminantes putativas.
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
il’cito do seu comportamento, situa•‹o, ali‡s, que permaneceu atŽ o
momento do julgamento. TambŽm ficou demonstrado que, no momento
do crime, Luiz estava completamente embriagado. O MinistŽrio Pœblico
requereu a condena•‹o dos acusados. N‹o havendo dœvida com rela•‹o
ao injusto, tecnicamente, a defesa tŽcnica dos acusados dever‡ requerer,
nas alega•›es finais,
A) a absolvi•‹o dos acusados por for•a da inimputabilidade, aplicando,
porŽm, medida de seguran•a para ambos.
B) a absolvi•‹o de Luiz por aus•ncia de culpabilidade em raz‹o da
embriaguez culposa e a absolvi•‹o Patr’cio, com aplica•‹o, para este, de
medida de seguran•a.
C) a absolvi•‹o de Luiz por aus•ncia de culpabilidade em raz‹o da
embriaguez completa decorrente de for•a maior e a absolvi•‹o impr—pria
de Patr’cio, com aplica•‹o, para este, de medida de seguran•a.
D) a absolvi•‹o impr—pria de Patr’cio, com a aplica•‹o de medida de
seguran•a, e a condena•‹o de Luiz na pena m’nima, porque a embriaguez
nunca exclui a culpabilidade.
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
Br‡ulio, rapaz de 18 anos, conhece Paula em um show de rock, em uma
casa noturna. Os dois, ap—s conversarem um pouco, resolvem dirigir-se a
um motel e ali, de forma consentida, o jovem mantŽm rela•›es sexuais
com Paula. Ap—s, Br‡ulio descobre que a mo•a, na verdade, tinha apenas
13 anos e que somente conseguira entrar no show mediante
apresenta•‹o de carteira de identidade falsa.
A partir da situa•‹o narrada, assinale a afirmativa correta.
A) Br‡ulio deve responder por estupro de vulner‡vel doloso.
B) Br‡ulio deve responder por estupro de vulner‡vel culposo.
C) Br‡ulio n‹o praticou crime, pois agiu em hip—tese de erro de tipo
essencial.
D) Br‡ulio n‹o praticou crime, pois agiu em hip—tese de erro de proibi•‹o
direto.
5.! GABARITO
1.! ALTERNATIVA B
2.! ALTERNATIVA C
3.! ALTERNATIVA C
4.! ALTERNATIVA B
5.! ALTERNATIVA B
6.! ALTERNATIVA D
12557693863 - Daniel
DIREITO PENAL para o XXV EXAME DA OAB
Teoria e exerc’cios comentados
Renan Araujo Ð
Prof. Aula 03
7.! ALTERNATIVA A
8.! ALTERNATIVA B
9.! ALTERNATIVA A
10.!ALTERNATIVA B
11.!ALTERNATIVA C
12.!ALTERNATIVA C
13.!ALTERNATIVA C
14.!ALTERNATIVA C
12557693863 - Daniel