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FICHA INFORMATIVA

UFCD 6655 – A LITERATURA DO NOSSO TEMPO


AUTORES E SUAS TEMÁTICAS, ESTILO E LINGUAGEM

Sophia de Mello Breyner Andressen –

 Profundamente mediterrânica na sua tonalidade.


 Utiliza uma linguagem poética dentro de uma cultura clássica;
 Nutre uma paixão pela cultura grega;
 Utiliza uma construção melódica: luz, verticalidade e magia.
 As obras escritas são destinadas aos seus cinco filhos.
 Utiliza nas suas obras o jogo dos quatro elementos primordiais:

Terra – fauna e flora;

Água – mar, praia e espuma;

Ar – vento, brisa e sopro;

Fogo – sol, luz e lume.

 Nos seus textos predomina a procura da justiça, da verdade, da igualdade das classes
sociais, assim, como a tomada de consciência do comportamento humano.
 As temáticas presentes nas suas obras são:

- Natureza associada à ideia de harmonia e pureza;

- Evocação de imagens da infância e adolescência;

- Valorização da Antiguidade Clássica;

- Desigualdade e injustiças sociais;

- Poesia e criação poética

 Estilo e linguagem

- captação do real através das sensações;

- discurso figurado com recurso a símbolos e a alegorias;

- uso de certas palavras dotadas de grande simbolismo e de magia;

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- rima ao serviço da beleza fónica;

- quase inexistência de pontuação;

- uso frequente de figuras de estilo, como a metáfora, a comparação, a anáfora e a ironia.

José Saramago

 Utiliza um estilo próximo da oralidade:

- criação de um “narrador oral”;

- ausência de pontuação;

- jogo de sons e pausas.

 Ausência de marcas distintivas do discurso direto:

- inexistência de dois pontos e travessão;

- marcação de falas através do uso de maiúsculas;

- separação por vírgulas das réplicas do diálogo.

 Utilização pessoal da pontuação:

- substituição dos pontos de exclamação e de interrogação pelo ponto final;

- inclusão de comentários pessoais do narrador;

- recurso frequente à ironia e ao sarcasmo oportunos;

- utilização (e, por vezes, adaptação) de provérbios populares;

- uso de regionalismos e recurso ocasional ao calão;

- fusão do registo de língua cuidada com linguagem arcaizante;

- utilização de neologismos;

- recurso à intertextualidade.

 Recorre, por vezes, ao realismo histórico (cf. Memorial do Convento).

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Agustina Bessa-Luís

 Nos seus textos estão presentes aforismo e efabulação.


 A sua escrita baralha ideias, prevenindo a exposição do seu pensamento.
 A autora sofreu a influência de Camilo Castelo Branco, assim como de Raul Brandão. A
construção de uma linguagem narrativa onde o intuitivo, o simbólico e uma certa sabedoria
telúrica e ancestral, transmitida numa escrita de características aforísticas; estilo único,
paradoxal e enigmático.
 A sua escrita possui hibridismo de géneros e uma enorme quantidade de referenciações
(referências).
 A efabulação de Agustina é diversa, abundante, transborda no sentido de que prolifera em
ações, comentários e aforismos, numa espécie de didascálias que aponta para onde olhar o
leitor e no que reparar. Repleto de pequenos detalhes e afeito a minúcias que, acompanhando
a fala de uma personagem, podem dilatar-se infinitamente, o entrecho permite desviar-se na
direção do mais ínfimo componente; alentados parágrafos numa profusão de orações
incrustadas umas nas outras.
 Possui um modo matreiro de seduzir o leitor, desenvolvendo “uma subtil insídia de
linguagem”.
 Desmonta num “hibridismo suspeito” os universos fechados de que trata, “na tentativa de
desviar a verdade dos arquivos para o errante da verdade”.
 O seu estilo espirituoso, sarcásticos, perverso, aforístico é marcado pela alegria de comunicar.
 Agustina não escreve para ser aclamada, mas para ser lida pelos seus leitores.

António Lobo Antunes

 O seu estilo de escrita assenta num constante cruzamento de vozes e multiplicação


dos pontos de vista; o livre encadeamento dos substratos temporais, a desarticulação da sintaxe
narrativa; a metaforização insólita e frequentemente erotizada das descrições, a
autorreferencialidade e intertextualidade, a versatilidade de articulação de diversos registos de
linguagem e utilização de um léxico sem censuras, frequentemente agressivo e injurioso; ou a

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individualização de anti-heróis através dos quais se perspetiva uma realidade abjeta, social,
histórica e moralmente degradada.
 Autognose cruel do país pré e pós-revolucionário é elaborada com uma violência e
negatividade que visam, não o lirismo de uma revolta impotente, mas pelo contrário, tocando o
humor negro, a anulação de qualquer sentimentalismo na dessacralização das imagens, de um
passado recente e na análise lúcida da loucura e desmoronamento coletivos.

Lídia Jorge

 Baseia os seus textos numa cultura de tradição oral, a linguagem dos grupos arcaicos (pessoas
mais velhas), os seus mitos e simbologias sociais, e que tem como objetivo a reflexão sobre a
identidade cultural portuguesa.
 A sua escrita reflete a captação da oralidade, bem como uma estrutura narrativa em que se
afirma, a par do discurso do narrador, o discurso das personagens. A perspetiva da narrativa
desdobra-se assim, num experimentalismo que marca sobretudo, as primeiras obras.

David Mourão-Ferreira

 Sofre influências de Camilo Castelo Branco.


 O tema predominante nos seus textos é o Amor.
 Foi poeta, romancista, crítico e ensaísta.
 A sua poesia caracteriza-se pelas presenças constantes da figura da mulher e do amor, e pela
busca deste como forma do conhecimento, sendo considerado como um dos poetas do
erotismo na literatura Portuguesa.
 A vivência do tempo e da memória são também constantes na sua obra, marcada a nível de
estilo, por uma demanda permanente de equilíbrio, de que resulta uma escrita tensa e, pela
contenção da força lírica e sensível do poeta numa linguagem rigorosa, trabalhada, de grande
riqueza rítmica, melódica e imagística, que fazem dele um clássico de modernidade.

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Dinis Machado

 Escrevia sob o pseudónimo Dennis McShade pois era, também, jornalista desportivo
 A linguagem utilizada é a coloquial, solta, bem-humorada, familiar e inventiva a que
não é alheia uma oralidade popular; tenta cristalizar figuras, lugares e imagens de um
quotidiano que parece perdido.
 A linguagem coloquial, calão, próxima do povo; ritmo dinâmico; impetuoso e
parágrafos extensos.
 Nutre uma predileção pelos clássicos, tais como Camões, Gil Vicente e Bernardim
Ribeiro.
 Utiliza o surrealismo; o exagero das descrições; distorção tempo e espaço; coexistência
do real e do fantástico, superstição.
 Relata os quadros do seu quotidiano mais intimista, incidindo sobretudo nos jovens,
que são a matéria-prima de que se faz a humanidade, com pouco peso na estrutura dos
romances modernos para adultos.
 A sua escrita não é linear, é feita de colagens, misturas onde coexistem a tragédia e a
comicidade, a realidade e a fantasia, é quase uma manta de retalhos, mas com um fio
condutor a estrutura-la.

José Cardoso Pires

 A sua escrita reside na sua essencialidade.


 Pensa e escreve de forma linear e com traços firmes.
 Procura através da escrita uma busca da sua identificação com o País e consigo próprio.
 A sua perceção do mundo pode mesmo ser equiparada a um exercício jornalístico que oscila
entre a notícia pura da objetividade e a crónica de sabor adjetivo.
 Possui um “enfoque visual na maneira de contar” que adquiriu da sua influência do cinema.

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Manuel Alegre

 Político e Poeta.
 Liberdade, Democracia, País, Direitos são os temas que lhe servem de inspiração para escrever
os seus poemas.
 Confere dimensão trans-histórica e quase mítica aos seus poemas.
 Utilização de parágrafos, refundições, citações, símbolos ou nomeação às mitologias nacionais
e literárias.
 Existe uma indagação constante sobre a noção e o destino da Pátria.

Virgílio Ferreira

 Encontra-se nas suas obras uma permanente angustiada indagação existencialista sobre a
condição humana.
 Voz de um ser pensante; ininterrupto monólogo interior ampliado, espiralmente a partir de
um eixo temático onde predomina a inquietação metafísica e existencial.
 Visava a objetividade, a representação fiel da realidade.
 A Literatura é uma forma de intervenção social e política: o escritor é um combatente devendo
dar uma visão social da realidade; empenhar-se na denúncia das injustiças sociais.
 A solidão marca a existência, porque sem Deus, o Homem é um ser só. Então só e livre, cabe
ao ser humano encontrar razões para a vida, razões para a morte e para o absurdo que esta
representa.

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