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5526 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.

o 176 — 13 de Setembro de 2005

MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS e alterado pelos Decretos-Leis n.os 105/97, de 29 de


E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DA EDUCAÇÃO Abril, e 1/98, de 2 de Janeiro:
Manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das
Finanças e da Educação, o seguinte:
Portaria n.o 814/2005

de 13 de Setembro
Artigo 1.o
Objecto
O Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância A presente portaria regula o regime de acumulação
e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário, de funções e actividades públicas e privadas dos edu-
aprovado pelo Decreto-Lei n.o 139-A/90, de 28 de Abril, cadores de infância e dos professores dos ensinos básico
prevê, expressamente, no seu artigo 111.o, a possibi- e secundário.
lidade de os docentes exercerem em acumulação com
Artigo 2.o
as que lhe são inerentes outras actividades da mesma
ou de diferente natureza, condicionando-a, todavia, e Autorização
em função das especificidades da função docente, aos 1 — O exercício em acumulação de quaisquer funções
critérios especiais a definir por portaria conjunta dos ou actividades públicas e privadas carece de autorização
Ministros das Finanças e da Educação. prévia do Ministro da Educação, ressalvado o disposto
O exercício da actividade docente é, enquanto função no número seguinte.
pública por excelência, igualmente «permeado» pelo 2 — Para efeitos do disposto no presente diploma,
princípio da exclusividade, pelo que a sua cumulação não se consideram em regime de acumulação:
com outras funções assume carácter excepcional e carece a) As actividades exercidas por inerência;
de autorização prévia para a generalidade dos casos em b) A prestação de serviço em outro estabeleci-
que é permitida. mento de educação ou ensino público, desde
A experiência angariada com a aplicação da regu- que, no conjunto, não ultrapasse o limite
lamentação corporizada na Portaria n.o 652/99, de 14 de máximo de horário lectivo que, nos termos dos
Agosto, aliada ao natural dinamismo da actividade artigos 77.o e 79.o do estatuto da carreira
social, tem permitido evidenciar a existência de áreas docente, lhe pode ser confiado num só esta-
de actuação (e outras situações) potencialmente simi- belecimento;
lares ou concorrenciais com as funções exercidas ao nível c) O exercício de actividades de criação artística
da escola pública não cobertas pelo regime jurídico e literária;
actualmente vigente. d) A realização de conferências, palestras e outras
actividades de idêntica natureza, desde que, em
Impõe-se, pois, que sejam clarificadas e reajustadas qualquer dos casos, de curta duração;
as condições em que os docentes abrangidos pelo esta- e) A participação em comissões ou grupos de tra-
tuto da carreira docente podem exercer outras activi- balho, quando criados por resolução do Con-
dades, públicas e privadas, com especial atendimento selho de Ministros ou ainda por despacho do
ao exercício de funções docentes e actividades de for- Ministro da Educação;
mação profissional, visando contribuir quer para a opti- f) A participação em conselhos consultivos, comis-
mização dos recursos humanos disponíveis quer para sões de fiscalização ou outros órgãos colegiais,
uma melhor imagem e qualidade do serviço público de quando prevista na lei e no exercício de fis-
educação. calização ou controlo de dinheiros públicos;
Através do presente diploma procura-se reforçar, de g) A elaboração de provas de exame ou outras
modo rigoroso e equilibrado, as garantias de dedicação provas de avaliação externa do rendimento esco-
plena e de profissionalidade deste corpo privativo da lar dos alunos.
função pública, de forma consentânea com o prosse-
guimento dos objectivos de fixação do docente à escola Artigo 3.o
e a necessidade de fomentar a moralização e a trans- Condições de acumulação
parência da sua actividade.
Aproveita-se ainda a oportunidade para realizar a 1 — A autorização de acumulação de funções a que
concentração harmonizada num único diploma dos se refere o presente diploma só pode ser concedida veri-
ficadas, cumulativamente, as seguintes condições:
diversos normativos regulamentares do regime de acu-
mulação, que, encontrando-se actualmente dispersos a) Se a actividade a acumular não for legalmente
por diversos instrumentos avulsos, têm dificultado a considerada incompatível;
apreensão integrada e o tratamento unitário desta b) Se os horários a praticar não forem total ou
matéria. parcialmente coincidentes;
Foram ouvidas as organizações sindicais representa- c) Se não for susceptível de comprometer a isenção
e a imparcialidade do exercício de funções
tivas do pessoal docente.
docentes;
Assim: d) Se não houver prejuízo para o interesse público
Ao abrigo do n.o 4 do artigo 111.o do Estatuto da e para os direitos e interesses legalmente pro-
Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores tegidos dos cidadãos;
dos Ensinos Básico e Secundário, adiante abreviada- e) Se a actividade privada a acumular, em regime
mente designado por estatuto da carreira docente, apro- de trabalho autónomo ou de trabalho subor-
vado pelo Decreto-Lei n.o 139-A/90, de 28 de Abril, dinado, sendo similar ou de conteúdo idêntico
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ao das funções públicas desempenhadas pelo f) Na situação de profissionalização em exercício;


requerente, designadamente a prestação de ser- g) Na titularidade de cargos de direcção executiva
viços especializados de apoio e complemento ou como membros de comissões instaladoras
educativo, de orientação pedagógica ou de de escolas ou de agrupamento de escolas, sem
apoio sócio-educativo e educação especial, não prejuízo do disposto no número seguinte.
se dirija, em qualquer circunstância, aos alunos
do agrupamento ou da escola onde o mesmo 2 — A actividade de formador em regime de acu-
exerce a sua actividade principal. mulação dos titulares de cargos de direcção executiva
ou membros de comissões instaladoras de escolas ou
2 — Sem prejuízo do disposto nos n.os 3 e 5, a acu- agrupamentos de escolas pode, a título excepcional, ser
mulação do exercício de funções docentes por parte de autorizada pelo Ministro da Educação, sob proposta do
educadores de infância e de professores dos ensinos director regional de educação competente, quando,
básico e secundário pode ser autorizada até ao limite comprovadamente, não existam na área geográfica da
global de seis horas lectivas semanais, não podendo exce- influência da entidade formadora formadores que pos-
der, em qualquer caso, a prestação diária de, no total, sam ser recrutados para o efeito.
seis horas lectivas: 3 — Não será ainda autorizada a acumulação da acti-
a) No próprio estabelecimento de educação ou vidade docente com as seguintes funções:
ensino; a) Integração nos órgãos sociais ou prestação de
b) Em estabelecimento de educação ou ensino não qualquer outra forma de colaboração, designa-
superior, no âmbito dos ensinos público, par- damente actividades de consultadoria, assessoria,
ticular e cooperativo, incluindo escolas pro- marketing ou vendas, em empresas fabricantes,
fissionais; distribuidoras ou revendedoras de material
c) Em estabelecimento de ensino superior, público, didáctico ou outros recursos educativos,
privado ou concordatário; incluindo editores ou livreiros de manuais esco-
d) Para acções de formação profissional ou o exer- lares, e em associações representativas do res-
cício da actividade de formador, de orientação pectivo sector, ressalvadas as actividades de que
e de apoio técnico no âmbito da formação con- resulte a percepção de remuneração proveniente
tínua do pessoal docente e não docente. de direitos de autor ou a direcção de publicações
de cariz técnico-científico;
3 — Alternativamente, e após opção expressa pelo b) Exercício de qualquer outra actividade comer-
próprio, o docente pode ser autorizado a desenvolver cial, empresarial ou a prestação de serviços pro-
actividades de formação, em regime de acumulação, até fissionais, em regime de trabalho autónomo ou
ao limite anual de cento e cinquenta horas lectivas.
de trabalho subordinado, incluindo patrocínio,
4 — O limite global de horas lectivas a que se referem
assessoria ou consultadoria, que se dirija ao
os números anteriores é sucessivamente reduzido, no
caso dos professores dos 2.o e 3.o ciclos do ensino básico agrupamento ou à escola ou ao respectivo cír-
e do ensino secundário, na proporção da redução da culo de alunos onde o docente exerce a sua
componente lectiva de que estes docentes beneficiem actividade principal.
ao abrigo do artigo 79.o do estatuto da carreira docente,
arredondada à unidade. Artigo 5.o
5 — A acumulação de funções docentes com o exer-
cício de actividades de formação ou de outra natureza, Processo de autorização
em regime de trabalho autónomo ou subordinado, em 1 — O requerimento para acumulação de funções é
qualquer dos centros de formação profissional do Ins- apresentado pelo interessado no estabelecimento de
tituto do Emprego e Formação Profissional, I. P., pode educação ou de ensino onde exerce a sua actividade
ser autorizada até ao limite de quatro horas lectivas principal e dele devem constar:
semanais.
Artigo 4.o a) O local de exercício da actividade a acumular;
b) O horário de trabalho a praticar;
Impedimentos c) A remuneração a auferir;
1 — Consideram-se impossibilitados de acumulação d) A indicação do carácter autónomo ou subor-
de funções os docentes que se encontrem numa das dinado do trabalho a prestar e a descrição
seguintes situações: sucinta do seu conteúdo;
e) A fundamentação da inexistência de impedi-
a) Com dispensa total ou parcial da componente mento ou conflito entre as funções a desem-
lectiva, nos termos do artigo 81.o do estatuto penhar.
da carreira docente;
b) No gozo de licença sabática ou em situação de 2 — O requerimento é instruído mediante:
equiparação a bolseiro;
c) Em exercício de funções relacionadas com a for- a) Fotocópia autenticada do horário distribuído no
mação inicial de professores em estabeleci- estabelecimento de ensino ou de formação onde
mento de educação ou de ensino básico e pretende leccionar, se for caso disso, com indi-
secundário; cação do tempo de actividades lectivas e não
d) Nas situações a que se referem o n.o 1 do lectivas programado;
artigo 44.o e o n.o 2 do artigo 57.o do estatuto b) Declaração, sob compromisso de honra, da ces-
da carreira docente; sação imediata da actividade em acumulação
e) Em regime de destacamento por condições no caso de ocorrência superveniente de conflito
específicas, de acordo com a legislação aplicável; de interesses.
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3 — Compete à direcção regional de educação ou ao b) O despacho conjunto n.o 913/99, de 12 de Outu-


estabelecimento de educação e ensino, consoante o dis- bro, publicado no Diário da República, 2.a série,
posto, respectivamente, nos n.os 1 e 2 do artigo 2.o, veri- n.o 251, de 27 de Outubro de 1999;
ficar, no prazo de 15 dias, da compatibilidade do reque- c) Os n.os 4 e 5 do despacho n.o 92/ME/88, publi-
rido com as condições estabelecidas no presente diploma cado no Diário da República, 2.a série, n.o 137,
e remeter o pedido de acumulação à entidade com- de 16 de Junho de 1992.
petente para a sua decisão.
4 — A recusa de autorização carece de fundamen-
tação nos termos legais. Artigo 12.o

Artigo 6.o Entrada em vigor

Validade da acumulação
A presente portaria entra em vigor no dia seguinte
A autorização de acumulação de funções concedida ao da sua publicação.
no âmbito do presente diploma é válida até ao final
do ano escolar a que respeita e enquanto se mantiverem Em 23 de Agosto de 2005.
os pressupostos e as condições que a permitiram, não
podendo justificar, em qualquer circunstância, o incum-
primento das obrigações funcionais inerentes ao exer- O Ministro de Estado e das Finanças, Fernando Tei-
cício da actividade principal acumulada. xeira dos Santos. — Pela Ministra da Educação, Valter
Victorino Lemos, Secretário de Estado da Educação.
Artigo 7.o
Regime remuneratório

Pelo exercício de funções docentes no ensino público


MINISTÉRIOS DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO
não superior em regime de acumulação com outras fun- DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO RE-
ções docentes ou cargo público aplica-se o regime remu- GIONAL E DA AGRICULTURA, DO DESENVOLVI-
neratório previsto na Portaria n.o 367/98, de 29 de Junho, MENTO RURAL E DAS PESCAS.
com as alterações introduzidas pela Portaria
n.o 1046/2004, de 16 de Agosto.
Portaria n.o 815/2005
Artigo 8.o de 13 de Setembro
Exercício de outras funções
Pela Portaria n.o 896-E2/95, de 15 de Julho, foi con-
Ao exercício de funções em qualquer serviço ou orga- cessionada à Lebrinha — Caça e Pesca, L.da, a zona de
nismo da administração pública, central, regional ou caça turística de Vale de Vinagre (processo
local, designadamente ao abrigo dos instrumentos de n.o 1843-DGRF), situada no município de Moura, válida
mobilidade previstos nos artigos 67.o e 70.o do estatuto até 15 de Julho de 2005.
da carreira docente, é aplicável a lei geral dos funcio- Entretanto, a entidade concessionária veio requerer
nários públicos em matéria de acumulação de funções. a sua renovação.
Cumpridos os preceitos legais, com fundamento no
Artigo 9.o disposto no artigo 48.o e no n.o 1 do artigo 118.o, em
Relevância disciplinar conjugação com o estipulado na alínea a) do artigo 40.o,
do Decreto-Lei n.o 202/2004, de 18 de Agosto, manda
A violação, ainda que meramente culposa ou negli- o Governo, pelos Ministros do Ambiente, do Ordena-
gente, do disposto no presente diploma considera-se mento do Território e do Desenvolvimento Regional
infracção disciplinar para efeitos de aplicação do dis- e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pes-
posto no Estatuto Disciplinar dos Funcionários e Agen- cas, o seguinte:
tes da Administração Central, Regional e Local.
1.o Pela presente portaria é renovada, por um período
de 12 anos, renovável automaticamente por um único
Artigo 10.o e igual período, a concessão da zona de caça turística
Norma transitória de Vale de Vinagre (processo n.o 1843-DGRF), abran-
gendo vários prédios rústicos sitos nas freguesias de
Consideram-se válidas até ao início do ano escolar Safara e Santo Amador, município de Moura, com a
de 2005-2006 as autorizações de acumulações de funções área de 1191 ha, conforme planta anexa à presente por-
do pessoal docente que não se mostrem ajustadas às taria e que dela faz parte integrante e que exprime uma
condições fixadas no presente diploma.
redução da área concessionada de 26,32 ha.
2.o A concessão de terrenos incluídos em áreas clas-
Artigo 11.o sificadas poderá terminar, sem direito a indemnização,
Norma revogatória sempre que sejam introduzidas novas condicionantes por
planos especiais de ordenamento do território ou obti-
São revogados: dos dados científicos que comprovem a incompatibili-
a) A Portaria n.o 652/99, de 14 de Agosto, com dade da actividade cinegética com a conservação da
as alterações introduzidas pela Portaria natureza, até um máximo de 10 % da área total da zona
n.o 90-A/2001, de 8 de Fevereiro; de caça.

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