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I – Os antigos países do Oriente

Foi no Oriente que se formaram os primeiros Estados. O Oriente da Antiguidade


é um imenso território que vai do Egito até a China e que inclui a parte meridional da
Ásia e o Nordeste da África. A história dos seus povos inicia-nos no nascimento e no
desenvolvimento dos mais antigos Estados esclavagistas, fundados na divisão da
sociedade primitiva em classes.

Uma condição natural peculiar aos países em questão é a alternância de vales


férteis em vastas regiões desérticas e cadeias de montanhas. Estes grandes vales fluviais
são cinco: o vale do Nilo, na África do Norte; o vale do Tigre e do Eufrates
(Mesopotâmia) no Sudoeste da Ásia, perto do Golfo Pérsico; os vales do Indo e do
Ganges, no Indostão; e o vale do Hoang-ho, na China. O vale do Nilo é limitado a oeste
pelo imenso deserto da Arábia e a leste com a cadeia do Zagros; ao norte e a nordeste do
vale do Ganges, levantam-se as montanhas do Himalaia; o vale do Hoang-ho liga ao
norte e a noroeste com as regiões desérticas da Mongólia.

Esses vales são muito favoráveis à agricultura. As cheias dos cursos de água
irrigam abundantemente os campos, o clima é quente, o solo rico e fácil de trabalhar.
Além disso a agricultura sedentária com a charrua começou aí mais cedo que nos outros
sítios e desenvolveu-se mais rapidamente.

No curso da sua história, as sociedades do Oriente criaram civilizações muito


antigas, que exerceram uma grande influência na evolução dos países europeus da
Antiguidade. As civilizações mais influentes foram as do Egito, da Mesopotâmia e dos
países intermediários da Palestina e da Síria. Situados na zona mediterrânica, esses
países mantinham relações comerciais e culturais com os seus vizinhos, neles se
incluindo as regiões do litoral europeu, cujas tribos e povos receberam do Egito, da
Mesopotâmia, da Palestina, da Síria e da Índia numerosos elementos da sua cultura.
Esses elementos passaram gradualmente aos povos modernos da Europa e tornaram-se
apanágio da civilização europeia.

A história do Oriente começa pela formação da sociedade esclavagista e do


Estado, ou seja, no fim do IV milênio antes da nossa era. Quer a tradição quer não
assinale a história antiga do Oriente por uma data ou mesmo por um século
determinado: no oeste, nós reportamo-la à queda do Império Persa (século IV antes da
nossa era), enquanto que a história da China e da Índia vai até à instauração do regime
feudal, que se efetuou nos primeiros séculos da nossa era.

Assim, os quadros cronológicos e territoriais da história antiga do Oriente são


bastante convencionais: ela não engloba geralmente a história dos Egeus pré-helênicos,
que, todavia, existiram no II milênio antes da nossa era e se encontravam em contato
com os países orientais.

A sociedade esclavagista e o Estado no Oriente tinham traços específicos que


permitem opô-los aos da Antiguidade greco-romana.
Eis esses traços: 1. Fraco desenvolvimento do sistema esclavagista; manutenção
prolongada da escravatura patriarcal e das formas semipatriarcais de exploração; 2.
Fraco desenvolvimento da propriedade privada da terra e estabilidade da comunidade de
vizinhança; 3. Superestrutura política constituída essencialmente por um poder
monárquico poderoso (o “despotismo oriental”).

Mas ao assinalar essas particularidades econômicas e políticas, é preciso lembrar


que elas não eram sempre adequadas a todos os Estados; com a continuação, vêem-se
surgir aí nítidas características da sociedade esclavagista clássica. Por outro lado, os
Estados da Antiguidade Greco-Romana – sobretudo no princípio da sua história –
conservam muitos elementos típicos dos regimes sociais do Oriente. Não há diferença
nenhuma de princípio entre os Estados do Oriente e a Antiguidade clássica: as
particularidades secundárias que os distinguem não nos impedem de os situar na mesma
formação social e econômica.

A história do Oriente apresenta um enorme interesse: foi lá que nasceram as


primeiras sociedades divididas em classes e que se lançaram as bases da cultura material
e espiritual, a qual foi assimilada pelos povos da Grécia e de Roma, e se tornou
finalmente o apanágio da civilização moderna.

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