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Há diferença entre neutralidade

e imparcialidade do juiz?
De acordo com a doutrina "a imparcialidade do juiz é pressuposto para
que a relação processual se instaure validamente"
(http://www.conjur.com.br/static/text/1211,1 - Ada Pellegrine Grinover,
Antônio Carlos de Araújo Cintra e Cândido Rangel Dinamarco na obra
"Teoria Geral do Processo").

Trata-se, nas palavras dos estudiosos, de uma das maiores garantias


conferidas aos cidadãos contra o arbítrio das autoridades atuantes na
Administração Pública. No âmbito do Poder Judiciário, nada mais é que
a segurança de que os seus membros não farão distinções em relação às
partes de um processo.

Nesse sentido, imparcialidade e neutralidade seriam expressões


sinônimas?

Para a parcela majoritária da doutrina, NÃO!

Vejamos.

Com base no exposto acerca da imparcialidade, entende-se que essa se


comprova com o atendimento nos artigos 134 e 135 do CPC (Código de
Processo Civil), dispositivos que cuidam, respectivamente, do instituto
do impedimento e da suspeição.
Falar em juiz imparcial, nesse sentido, importa em dizer que o mesmo
não deve ter qualquer interesse em relação às partes do processo,
pautando-se, sempre, em atitude omissiva em relação àquelas,
preocupando-se, somente, com a efetivação da justiça no caso concreto.

Em sentido totalmente oposto está a neutralidade do juiz, uma idéia


desaconselhada pela doutrina.

Juiz neutro é aquele que se fecha a qualquer influência ideológica e


subjetiva. É aquele que, ao julgar, se mostra indiferente, insensível.
Não é isso que se busca com a imparcialidade. Não pugnar pelo interesse
de uma das partes (imparcialidade) não importa em indiferença ou
insensibilidade às circunstâncias do caso concreto.

Concluindo: a imparcialidade, como conseqüência direta do princípio do


juiz natural se revela como a exigência de o julgador não se
comprometer com uma das partes. Já a neutralidade, conduz o
magistrado ao comportamento comprometido, posto que, ao ignorar as
nuanças do caso concreto e, os seus aspectos subjetivos, acaba por afetar
a sua decisão.
Há uma distinção entre
neutralidade e imparcialidade
Há uma distinção entre neutralidade e imparcialidade que talvez ajude no
debate sobre o projeto “escola sem partido”. Ou talvez somente produza
ainda mais confusão.
Neutralidade diria respeito a uma condição. Geralmente o termo
neutralidade (ou neutro) é utilizado para se referir a alguém que se
comporta como uma espécie de folha em branco, coisa que ninguém é.
Em física das partículas, por exemplo, o conceito de neutralidade remete à
valência nula: se trata de uma partícula que não possui carga positiva nem
negativa. Em matemática temos também a ideia de neutralidade
relacionada à ausência de valor. O zero, por exemplo, muitas vezes é
concebido como neutro.
Portanto uma série de usos dos termos neutro e neutralidade me faz
pensar em pessoas que simplesmente não teriam valores ou não fizessem
qualquer tipo de avaliação. Isso é simplesmente impossível, porque as
pessoas não somente têm seus valores como vivem em função deles.
Nesse sentido portanto neutro, folha em branco, nulo, ninguém é. Todos
temos nossas experiências, nossa cultura, nossa história e nossos valores.
Contudo, há também a noção de imparcialidade.
Há quem faça uma distinção entre neutralidade e imparcialidade. Não
somos neutros, mas podemos nos esforçar para não tomar partido.
Podemos sempre, na medida do possível, nos esforçarmos para conhecer
o outro lado, para buscar evidências contrárias às nossas próprias
convicções, e esse é inclusive, em termos ideais, um parâmetro
importante para se produzir conhecimento consistente, para se fazer
ciência, por exemplo.
O problema de fato é que pouquíssimas pessoas têm um mínimo de
disposição pra isso, para buscar evidências contrárias às suas próprias
convicções, inclusive no próprio meio científico. Se essa característica é
pouco presente, inclusive no meio científico, imagine o que acontece com
ela no universo das polarizações, das acirradas lutas políticas.
Por outro lado, quando pensamos no uso do termo imparcialidade, no
meio jurídico, logo comparece à nossa imaginação a figura do juiz de
direito o qual, em seus esforços para ser imparcial, deve permitir que
ambas as partes se expressem com igual valor, com igual peso. E no final
o juiz deve emitir seu julgamento.
Os defensores do projeto “escola sem partido”, por sua vez, defendem que
no final o professor não poderia emitir juízo algum, contudo se esquecem
que manipulações e comandos indiretos podem ser até mais eficazes.
Quando digo, muito rapidamente, “olha o cachorro!!!”, muito
provavelmente não estou somente apontando para a existência de um
fato, de um cachorro. Essa expressão geralmente quer dizer isso:
“Cuidado com o cachorro! Corra! Fuja!”. Não é uma simples e objetiva
constatação. É um comando, é uma tentativa de influenciar o outro.
Finalizo, sem concluir coisa alguma, com dois autores: Wittgenstein e
Tom Zé. O primeiro, em sua obra “Investigações Filosóficas”, no
parágrafo 491, escreve assim:
“Não se pode dizer que: “sem linguagem não poderíamos entender-nos
uns com os outros”, mas sim: “sem linguagem não podemos influenciar
outros homens desta ou daquela maneira, não podemos construir
estradas e máquinas” etc. E também que: “sem o uso da fala e da escrita
os homens não se podem entender uns com os outros”.
E Tom Zé (tomando partido do quê?), em sua canção “Tô”, composta em
parceria com Elton Medeiros, enuncia assim:
“Eu tô te explicando pra te confundir / Eu tô te confundindo pra te
esclarecer...”
E vocês que se virem com esse texto mulambo que escrevi, porque eu me
esforcei bastante pra não tomar partido rs...
Texto de Frank Jaava
Distinção entre imparcialidade e
neutralidade do perito
Apresenta-se uma resumida distinção entre a imparcialidade e a
neutralidade de um perito
Autor: Prof. Me. Wilson Alberto Zappa HoogFonte: O Autor

Resumo: Apresenta-se uma resumida distinção entre a imparcialidade e a


neutralidade de um perito. A importância deste contexto, revela que o
perito deve, antes de tudo, estar sintonizado com a realidade científica, e
sensível ao mundo dos fatos probantes, para desempenhar o mister de
mão longa dos juízes ou dos árbitros. Este artigo propõe um conceito de
neutralidade distinto do de imparcialidade, que, com apoio na filosofia
contábil, funda-se na ideia de balanceamento entre as duas categorias.

Introdução
A ausência de interesse do juiz e de seu auxiliar, o perito, na causa,
previsto no inciso V do artigo 145 do CPC, deve ser compreendida, a
partir de uma ideia de que a imparcialidade é um meio para a busca da
verdade. O conceito moderno de imparcialidade orienta o escopo da
busca da verdade, fazendo dela um fundamento racional das respostas
do perito aos pontos técnico-científicos controvertidos.
A concepção epistemológica da imparcialidade constitui não só uma
condição preliminar para a obtenção da verdade, mas também vem a
disciplinar as hipóteses legais da suspeição e impedimento. Distingue-se
doutrinariamente da neutralidade.
Já a neutralidade é impossível aos peritos, assim como é para qualquer
ser humano, uma vez que a compreensão de atos e fatos está imersa na
historicidade do perito e a ele é pré-existente.

Desenvolvimento:
Nos mais variados ramos do conhecimento humano, os conceitos têm
sido usados para se explicar o sentido e alcance de um termo ou de uma
categoria. Ou seja, os conceitos são a representação do sentido e alcance
de um vocábulo, por meio de suas características gerais, tais como a ideia
e a significação, motivo pelo qual passamos a demonstrar o sentido e
alcance entre a distinção da imparcialidade com a neutralidade de um
perito.
A imparcialidade de um perito afasta toda e qualquer influência ou
interesse, evitando-se excesso por uma interpretação extensiva viciada,
ambígua ou polissêmica, para prevalecer a equidade e isonomia na
avaliação da instrução probante de um litígio. A imparcialidade do perito
é em relação a interesses econômicos e difusos, prevalecendo a verdade
real em função da liberdade ou autonomia do perito de interpretar os
atos e fatos, de forma ou sintonia com a qualidade de imparcialidade;
pois ser imparcial significa ficar equidistante de influencias e analisar,
igualmente todas os elementos probantes produzidos pelos litigantes à
luz da epiqueia contabilística. Um perito será imparcial quando atinar-se
técnica e cientificamente com os elementos probantes vinculados a sua
atividade, com os preceitos técnicos e legais, pois o conceito de
imparcialidade do perito está muito atrelado ao respeito aos ditames
doutrinários e normativo-contábeis. Os peritos assistentes, ou seja, os
indicados pelas partes, em relação ao colega perito assistente ou em
relação ao perito do juiz ou do árbitro, não têm, de forma técnica e
científica um papel de antagonistas, mas sim o de colaboradores para a
descoberta real da verdade se possível, se não, a verdade formal. Isto
posto, a imparcialidade não representa neutralidade, e é necessária a
todos os peritos, pois este compromisso é com a ciência e não com a
defesa que cabe aos advogados.
A neutralidade do perito não existe. A neutralidade nos atos do perito é
uma suposta utopia, uma vez que o ser humano tem a sua personalidade
e caráter formados pelo seu conhecimento filosófico-científico e por
princípios individuais, que definem a sua interpretação do que seja
adequado e inadequado ética e moralmente, uma vez de está
condicionado por sua historicidade. E ao perito é impossível dissociar-se
dessa sua natureza intrínseca. É fato notório que cada perito tem a sua
bagagem intelectiva. E se entendermos a neutralidade como um mito,
estaremos proibindo as interpretações questionadoras e, desta forma,
abrindo espaço para a aceitação da aplicação da ciência da contabilidade,
para um uso indevido, visto que a ciência é neutra e livre de paradigmas
(modelos) ou de dogmas (verdade absoluta).

Conclusão
Pelo exposto nesta interpretação doutrinária, não existe confusão entre os
conceitos de neutralidade e de imparcialidade do perito, uma vez que a
imparcialidade está vinculada à ausência de interesses sociais,
econômicos e difusos, bem como, à suspeição e impedimento do perito.
A imparcialidade implica ser reto, ou seja, justo para interpretar os atos e
fatos probantes com equidade entre os interesses que se opõem.
Já a neutralidade do perito está vinculada à impossibilidade de
imunização do perito a sua personalidade e caráter, que foram lapidados
pela sua experiência de vida e seu conhecimento filosófico-científico.
Portanto, ao responder a uma pergunta com imparcialidade, o perito está
focado na epiqueia contabilista e não na sua neutralidade.

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