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INSTITUTO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

“Educando para conhecer, ser e fazer”


Aluno (a): ____________________________ Nº:______ Série: ___ Ano ___
Professor: Elizeu Araújo Data:___/___/2019 Disciplina: Português

COESÃO
Definição
Bem, até aqui entendemos o que é um texto, conhecemos os tipos de texto e suas características. Agora,
precisamos ir mais a fundo. Explico o porquê. Para que entendamos bem um texto, existe a premente
necessidade de sabermos que, 1) se ele é um conjunto de frases que se relacionam, 2) mantendo um sentido
harmonioso, isso se deve ao fato de que há nele a famosa coesão e a famosa coerência – tão massificadas nas
provas de concursos variados.

Coesão é a ligação entre as partes do texto (palavras, expressões, frases, parágrafos) por meio de
determinados elementos linguísticos. Com ela, fica mais fácil ler e compreender um texto.
Veja um exemplo de texto coeso:

Último Recurso
Clarice Lispector

Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último
recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto
ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais
adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor
nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é
inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se
rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma
caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos
a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando
tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o
de mais nada fazer.

Comentários sobre a função textual dos elementos coesivos destacados, na sequência:


– Quando: conjunção que introduz uma oração subordinada à outra, estabelecendo uma relação temporal.
– para que: conjunção que introduz uma oração subordinada à outra, estabelecendo uma relação de finalidade.
– e: conjunção que introduz uma oração coordenada à outra, estabelecendo uma relação de oposição,
equivalendo a “mas”.
– último recurso: expressão substantiva de valor catafórico, pois antecipa o que será dito, referindo-se a algo
posterior.
– Por isso: locução conjuntiva que introduz um período o qual retoma a ideia do período anterior,
estabelecendo uma relação de conclusão.
– que: pronome relativo retomando, por sua natureza anafórica, “o amor, o afeto ou a ternura”.
– pois: conjunção que introduz uma oração coordenada à outra, estabelecendo uma relação de explicação.
– ou: conjunção que introduz uma oração coordenada à outra, estabelecendo uma relação de disjunção,
exclusão; note a elipse do verbo na oração anterior (... ou não nasce...).
– mas: conjunção que introduz uma oração coordenada à outra, estabelecendo uma relação de oposição; note
a elipse do verbo na oração anterior (... mas nunca nasce...)
– Às vezes: locução adverbial que situa um fato vago no tempo e introduz um argumento que se contrapõe ao
seguinte.
– outras vezes: locução adverbial que situa um fato vago no tempo e introduz um argumento que se contrapõe
ao anterior.
– quem: pronome interrogativo/indefinido de valor dêitico, pois refere-se a algo fora do texto.
– Assim: conjunção que introduz um período que estabelece uma relação de conclusão (desfecho) com tudo
o que se disse antes no texto.
– para: preposição que introduz uma oração subordinada a outra, estabelecendo uma relação de finalidade.
– um: numeral de valor catafórico, pois antecipa o que será dito, referindo-se a algo posterior.
– o: pronome demonstrativo de valor anafórico, pois retoma o substantivo caminho.

Eu acho que você está começando a se dar II. Eu não consegui apresentar o
conta de que um texto é muito mais do que uma trabalho porque estava muito nervosa!
porção de frases, certo? Querendo ou não, se você III. Os manifestantes terão suas reivindicações
entendeu o texto da Clarice, é porque percebeu, atendidas, exceto se usarem de violência.
mesmo que intuitivamente, os elementos coesivos IV. Estava doente, mas foi trabalhar.
e suas funções textuais. V. Os brasileiros são tão trabalhadores quanto os
norte-americanos.
Alusão a) causa, causa, condição, oposição, comparação.
b) comparação, condição, finalidade, oposição,
É uma referência vaga, breve e indireta que se faz tempo.
a/de alguma pessoa ou coisa. Às vezes é difícil c) causa, causa, conformidade, oposição,
perceber. É preciso que haja um bom conhecimento condição.
de mundo, uma boa “mina” cultural. d) finalidade, comparação, tempo, condição,
causa.
Paródia e) causa, causa, condição, condição, causa.
É a intertextualidade em que se subverte ou se (Enem - 2013) Gripado, penso entre espirros em
distorce a ideologia do texto original, como a palavra gripe nos chegou após uma série de
normalmente com objetivo irônico: contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a
Minha terra tem palmeiras, epidemia de gripe que disseminou pela Europa,
Onde canta o sabiá; além do vírus propriamente dito, dois vocábulos
As aves que aqui gorjeiam virais: o italiano influenza e o francês grippe. O
Não gorjeiam como lá primeiro era um termo derivado do latim medieval
(Gonçalves Dias) influentia, que significava “influência dos astros
Minha casa tem goteiras, sobre os homens”. O segundo era apenas a forma
Pingam daqui pingam de lá; nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-
Quando chove é uma tristeza, se que fizesse referência ao modo violento como o
Pegue um balde para ajudar. vírus se apossa do organismo infectado.
(Abraão S. Dias)
RODRIGUES. S. Sobre palavras. Veja, São Paulo, 30 nov. 2011.

Paráfrase Para se entender o trecho como uma unidade de


É uma reescritura em que se ratifica, sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação
positivamente, a ideologia do texto original, ou entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é
seja, é dizer o mesmo com outras palavras: construída predominantemente pela retomada de
A escola, embora não tenha plena consciência do um termo por outro e pelo uso da elipse. O
processo que desencadeia, é a base para a fragmento do texto em que há coesão por elipse
evolução profissional do ser humano. do sujeito é:
As instituições de ensino, apesar de não se darem
conta da interferência na psique alheia, são o a) “[...] a palavra gripe nos chegou após uma série
alicerce do desenvolvimento secular do homem. de contágios entre línguas.”
b) “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe
ATIVIDADE [...]”.
c) “O primeiro era um termo derivado do latim
Indique as relações semânticas estabelecidas pelos medieval influentia, que significava ‘influência
conectivos em destaque: dos astros sobre os homens’.”
d) “O segundo era apenas a forma nominal do
I. Como a chuva estava muito forte, não foi verbo gripper [...]”.
possível continuar o show. e) “Supõe-se que fizesse referência ao modo
violento como o vírus se apossa do organismo
infectado.”

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