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CIRCUITO RL

Caroline Castilhano Sampaio¹, Fernanda Guzzi Biagioni¹


¹Graduanda no Departamento de Fi ́sica, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Av.
Bandeirantes, 3900, 14040-901, Ribeirão Preto, SP, Brasil

Resumo:. O circuito RL é constituído basicamente de um resistor(R), um indutor (L) e alimentado por uma fonte alternada de tensão
(VE). Neste experimento analisamos o decaimento da corrente no indutor, os fenômenos pertinentes ao circuito RL em teoria (filtros
passa-alta, quando a tensão de saída é tomada no indutor e passa-baixa, quando a mesma é medida no resistor), além da defasagem
entre a tensão de entrada e os outros componentes do circuito. Para melhor análise, apresentou-se gráficos experimentais para
comparação com o teórico. De forma geral, provou-se experimentalmente o teórico esperado.

Introdução: do sistema esta em fase com o resistor, e os ângulos Φr, é o


Os circuitos RL possuem propriedades muito ângulo entre Vr e V e Φl, o ângulo entre VL e V, a partir disso
interessantes quando analisado como função da frequência. Esses temos que a diferença de fase entre o resistor e a tensão de saída,
circuitos funcionam como filtros elétricos e são utilizados em pode ser calculada a partir do diagrama fasorial, dada através da
instalações elétricas e equipamentos eletrônicos para rejeitar equação:
wL
ruído e para protegê-los, por exemplo, contra transientes Φr = arctg ( ) [3]
R
induzidos pela queda de raios durante as tempestades. Já a diferença de fase entre o indutor e a tensão de
O circuito RL é constituído basicamente de um resistor(R), saída, pode ser calculada através da seguinte equação:
um indutor (L) e alimentado por uma fonte alternada de tensão Φl = arctg ( )
R
[4]
(VE), como mostra a figura 1: wL
Quando se mede a tensão de saída no resistor, verifica-se que em
baixas frequências a tensão de saída é igual a tensão de entrada,
já em altas frequências, a tensão de saída é menor que a de
entrada, sendo assim o circuito é conhecido como filtro passa-
baixas:
𝑉𝑟 𝑅
( )= [5]
𝑉𝑒 √(𝑅²+(𝑤𝐿)²
Quando se obtém a tensão de saída no indutor (VL), verifica-se
Figura 1 que a tensão de saída é igual à tensão de entrada (VL=VE=1) em
Neste circuito observamos a descarga do indutor, fazendo com altas frequências, como só baixas frequências são atenuadas,
obtemos a seguinte equação:
que seja determinado a partir disso a indutância do indutor. 𝑉𝐿 𝑤𝐿
Através da equação [1], abaixo: ( )= [6]
𝑉𝑒 √(𝑅²+(𝑤𝐿)²
𝐿 Tanto para filtros passa-baixas quanto para passa-altas a
𝑉𝐿 = 𝑉𝑒 𝑒 −𝑡/(𝑅) [1]
frequência que determina a faixa de frequências a ser filtrada é
onde E é tensão de pico do gerador (V0), t é o tempo, L a chamada de “frequência de corte (ou meia potencia)” (w0). A
indutância e R a resistência. frequência angular de corte, w0 é definida como aquele ponto no
No circuito RL, temos a seguinte representação fasorial, qual o filtro atenua o sinal pela metade de sua tensão não filtrada
figura 2: é nomeado como frequência de corte, dada por:
𝑅 R
𝑤0 = ( ) => f0 = ( ) [7].
𝐿 2L

Metodologia experimental:
Materiais: Gerador de funções, osciloscópio, resistores
(10kΩ, 1kΩ e 99,1Ω), indutor (53 mH), fios para conexão e
protoboard.
Procedimento Experimental:
Realizamos a montagem da figura 3, com o gerador de
funções ajustado para onda quadrada e frequência de 100 Hz, e
Figura 2 um resistor de 10kΩ para observar o sinal no osciloscópio da
Pelo diagrama de fasores, temos que VL é a tensão no curva decaimento da corrente no indutor.
indutor, V a tensão de entrada e VR tensão no resistor e a corrente
entrada (VE). Por sua vez, à medida que a frequência cresce, a
tensão no resistor diminui o que significa que, em relação a
tensão de entrada, a tensão no resistor foi atenuada.
Teoricamente se tomarmos o limite de frequências
tendendo a infinito, a amplitude tende a zero e neste caso a
Figura 3
voltagem no resistor é totalmente atenuada. Portanto, pode-se
Montamos o circuito abaixo, figura 4:
dizer que teve-se uma compatibilidade entre teoria (curva
vermelha, feita através da equação [4]) e experimento.
Encontramos o valor de f0=3,177kHz para frequência de
corte, equação [6].

Defasagem para passa-baixa


Figura 4
Através desse circuito verificamos a característica de um Defasagem experimental
100
Defasagem teorica
filtro passa-baixa, ajustamos o gerador de funções para uma onda 90
senoidal, o resistor usado foi de 1kΩ e o indutor de 53mH 80
(resistência interna de 58Ω), variamos a frequência da fonte e 70
anotamos os valores observados no osciloscópio apenas no eixo y,

Defasagem (°)
60
que nos fornece a tensão do canal 1 (Ch1) que era a tensão de 50

entrada (VE) e canal 2 (Ch2) a tensão no resistor (Vr). Através da 40

função dual existente no osciloscópio, conseguimos medir a 30

diferença de fase da tensão no resistor e da tensão da fonte. 20

10
E para notar as características de um filtro passa-alta,
0
montamos o circuito da figura 3 novamente, mas utilizando um 10
0 f0 10
1
10
2

resistor de 99,1Ω e um indutor de 53mH (resistência interna de f (kHz)


58Ω), repetimos o procedimento realizado para o filtro passa-
Figura 5: Defasagem em função do logaritmo da frequência em
baixa, mas com o canal 1(Ch1) medindo a tensão de entrada (V E) um circuito RL passa-baixa
e o canal 2 (Ch2), a tensão do indutor (VL). Assim como a Com base na figura 5 é possível notar que em baixas
diferença de fase da tensão do indutor e da tensão da fonte. frequências o ângulo de fase se aproxima de 0° e em altas
frequências este ângulo se aproxima de π/2=90°.
Resultados e discussões: Através da figura 6 podemos definir a defasagem entre a
tensão de saída (VC) e a tensão de entrada (VE), utilizando a
relação trigonométrica.
𝑉𝑟
𝑐𝑜𝑠𝜃 = ( ), [8]
𝑉𝑒

Vr/Ve experimental
0
Vr/Ve teorico
10
Vr/Ve

Figura 6
10
-1
Como em baixas frequências VR=VE, temos o caso que
cosƟ=1 , portanto Ɵ=0°, já para altas frequências VC=0, portanto
Ɵ=90°=π/2, mostrando que o teórico confere com o experimental.
A figura abaixo nos mostra o comportamento da defasagem de
VR/VE em relação a frequência angular, ao utilizar a frequência de
10
0 f0 10
1
10
2
corte encontrada a cima, notamos que o ângulo correspondente a
f (KHz)
frequência de corte é 44,99°, descoberto pela equação [6], ou
Figura 4: Logaritmo de VL/VE em função do logaritmo da seja como esperado na teoria, ficando mais evidente na figura 4:
frequência em um circuito RL passa-baixa
A figura 4 mostra que para frequências próximas de zero,
a tensão no resistor (VR) tem a mesma amplitude que a tensão de
criar uma corrente oposta ao da fonte, e a baixas frequências o
defasagem teorica
100 defasagem experimental indutor quase não nota essa corrente fazendo com que esta vá
toda para a resistência do circuito e resistência interna do indutor,
também ocorre da reatância indutiva a baixas frequências ser
80
muito pequena, fazendo com que o resistência interna do indutor
tenha uma significância maior, alterando então a formatação da
60 curva experimental e por isso dispersando-se da teoria
Defasagem (°)

R
Na frequência f0 = = ( ) = 0,297 Hz (curva violeta, feita
2L
40 através da equação [6]), metade da potência fornecida é
atenuada pelo circuito, e por isso esse valor é denominado
frequência de corte.
20

A defasagem entre Vr e VE resultou no seguinte


0 comportamento:
0 w0 100 200 300 400 500
Frequencia angular (rad/s)
100 Defasagem experimental
Defasagem teorica
90
Figura 7: Defasagem de VL/VE em função da frequência 80
angular 70
Sabendo que a defasagem é dada pela equação [3], então

Defasagem (°)
60
quando frequência angular tender a zero (w->0), defasagem será 50
arctg(0)=0°, quando a frequência angular for igual a frequência de 40
corte (w=w0), então a defasagem será igual a arctg(1)=45°, e o 30
valor obtido experimentalmente foi 44,99°,uma exatidao de 20
99,97%, logo quando a frequência angular tender a infinito, (w-> 10
∞), a defasagem será igual: arctg(∞)=90°. 0

10
-2
10
-1 w0 10
0

Os dados coletados do filtro passa-alta resultaram na


f (KHz)
figura 8:
Figura 9: Defasagem em função do logaritmo da frequência em
um circuito RC passa-altas
Pode-se observar que em baixas frequências o ângulo de
fase se aproxima de π/2=90°, e em altas frequências este ângulo
Vl/Ve experimental
Vl/Ve teorico
se aproxima de 0°.
0
10 Através da figura 10 podemos definir a defasagem entre a
tensão de saída (VL) e a tensão de entrada (VE), utilizando a
relação trigonométrica:
𝑉𝑙
𝑐𝑜𝑠𝜃 = ( ), [9]
𝑉𝑒
Vl/Ve

-1
10

10
-2
10
-1 w0 10
0

f (KHz) Figura 10
Como em baixas frequências VL=0, cosƟ=0, então Ɵ=90°=
Figura 8 Logaritmo de VL/VE em função do logaritmo da
π/2, e para altas frequências VL=VE, logo cosƟ=1, entao Ɵ=0°,
frequência em um circuito RL passa-alta
mostrando a igualdade entre o teórico e experimental.
A figura 8 nos mostra que em altas frequências a tensão no
Ficando mais claro a observação disso, com o auxilio da
indutor é aproximadamente igual à tensão de entrada e em
figura 11:
baixas frequências, VL é menor que a tensão de entrada. Logo
este circuito privilegia a passagem de correntes alternadas com
altas frequências, assim como o esperado pela teoria (curva
vermelha, feita através da equação [5]), apesar disso é possível
notar uma discrepância entre os valores teóricos e experimentais
quando a frequência é baixa, isso corre porque o indutor tende a
No experimento de RL observamos o comportamento de
Defasagem experimental
90 Defasagem teorica um indutor e um resistor no circuito, o indutor se comporta como
80
um filtro passa-alta já o resistor se comporta como um filtro
passa-baixa, diferentemente do observado no circuito RC, onde
70
este era um passa-alta, logo a definição do tipo de não depende
60
do componente, mas sim das suas características apresentadas
Defasagem (°)

50 em cada tipo de circuito, estas que foram notadas através de


40 gráficos.
30 Analisando individualmente cada tipo de filtro, notamos
que o filtro passa-baixa possui a atenuação em baixas frequência,
20
e a frequência de corte nos fornece 99,97% de exatidão no valor
10
da defasagem que teoricamente é 45°, já nos filtros passa-altas
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
podemos notar que a sua atenuação é em altas frequências, e a
frequencia angular (rad/s) frequência de corte fornece um valor 100% exato do ângulo de
defasagem.
Figura 11: Defasagem em função do logaritmo da frequência em Discutimos sobre alguns dados experimentais não terem
um circuito RL passa-alta
atingindo os valores teóricos, isso se deve a resistência interna do
Sabendo que a defasagem é dada pela equação [4], então
quando frequência angular tender a zero (w->0), defasagem será indutor e a reatância indutiva que a baixas frequências ela é baixa,
arctg(∞)=90°= π/2, quando a frequência angular for igual a fazendo com que a resistência interna do indutor tenha uma
frequência de corte (w=w0), então a defasagem será igual a importância a mais no circuito e não sendo compatível
arctg(1)=45°, e o valor obtido experimentalmente foi 45°,uma totalmente com a teoria, ou seja, o nosso circuito não se
exatidao de 100%, logo quando a frequência angular tender a comporta como um circuito ideal devido a este fato, alguns erros
infinito, (w-> ∞), a defasagem será igual: arctg(0)=0°. podem ser por erro de leitura do aluno, a uma escala não ter uma
Com isso, eh possível mostrar que através dos dois gráficos,
escala mais precisa, como os aparelhos utilizados no laboratório
figura 10 e 11 o valor experimental foi o esperado em relação a
teoria. possuem uma incerteza, essas foram transferidas para o eixo y e
representadas em todos os gráficos.
Analisaremos inicialmente o decaimento da corrente no Para comparar o valor da indutância com o valor
circuito indutivo de acordo com a equação [1]. Visto que a experimental, foi feito um gráfico com os dados obtidos pelo
equação é exponencial, a mesma foi linearizada: osciloscópio e através desse método foi possível notar uma
ln (VL) = ln (VE) – tR/L; desta forma obtivemos o seguinte gráfico:
exatidão de 81% no valor obtido em comparação com o teórico,
ln Vl
Linear Fit of ln Vl
podendo então dizer que esse método utilizado é satisfatório.
-0,2
Equation y = a + b*x
Adj. R-Square 0,9844
-0,4 Value Standard Error Referências
ln Vl Intercept 0,16357 0,07492
ln Vl Slope -232501, 16854,62482  Equações: [5],[6] e [7] retiradas de James J.
-0,6
Brophy, Eletrônica Básica, Editora Guanabara Dois
S.A., 1978.
ln Vl (V)

-0,8

 David Halliday e Robert Resnick, Volume 3, 4°


-1,0
edição, Fundamentos de Física
-1,2
 Equação: [3] e [4] Caderno de física 3 do professor
Marcelo Mulato.
-1,4
-6 -6 -6 -6 -6
 Roteiro de física experimental 3, Circuitos RC,
2,0x10 3,0x10 4,0x10 5,0x10 6,0x10
t (s)
professor Theo Zeferino Pavan.
 Equação [1] Roteiro de eletrônica, Circuitos RL,
Figura 12: Decaimento do ln(VL) em função do tempo.
professor Marcelo Mulato
De acordo com o gráfico, o slope da tabela refere-se a
–R/L=-232.501, já que utilizamos um valor de R=10KΩ, o valor de
L experimental é 0,043 H. O valor teórico de indutância é 0,053 H, Relatório de Eletrônica, Professor Marcelo
portanto o valor experimental possui 81% de exatidão em Mulato: Tempo para realização do experimento:
comparação com o valor teórico. Terça-feira 3 horas e 30 minutos, quarta-feira 1
ora. Total: 4 horas e 30 minutos
Conclusão:

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