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Tratamento de água de
alimentação de caldeiras
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras
SENAI-SP, 1999
Revisado 2004
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Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras
Sumário
Água 5
• Composição da água 5
• Impurezas da água 6
Conseqüências das impurezas da água 9
• Corrosão 9
• Incrustação 10
• Arraste 11
Indicadores analíticos de condições de utilização 13
• Grau de acidez 13
• Alcalinidade 14
• Condutividade 14
• Solubilidade 14
• Dureza 15
• Ciclos de concentração 16
Tratamento da água 17
• Métodos de tratamento externo 18
• Métodos de tratamento interno 24
Exercícios 29
Referências bibliográficas 31
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Água
Para que as caldeiras tenham um bom funcionamento e longo tempo de vida útil, é
necessário dar uma especial atenção à água destinada a sua alimentação. De um
modo geral, a água contém impurezas como matéria orgânica, compostos minerais
em suspensão ou dissolvidos e gases.
Assim, uma água que apresenta boas qualidades para uso doméstico ou para
alguns processos industriais pode não apresentar boas características para uso nas
caldeiras.
Composição da água
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Águas de superfície
São instáveis, apresentam altos teores de STD (sólidos totais dissolvidos) e SS
(sólidos suspensos), elevados teores de matéria orgânica e temperatura variável.
Águas subterrâneas
São estáveis, apresentam menores teores de sólidos em suspensão e de material
orgânico, e têm temperatura constante.
Do ponto de vista químico, a água é um composto cuja molécula é formada por dois
átomos de hidrogênio e um de oxigênio, ou seja, H2O.
Impurezas da água
A água, como todo elemento da natureza apresenta uma série de impurezas, das
quais podem ser citadas:
• Gases dissolvidos como o oxigênio, o dióxido de carbono e o gás sulfídrico, cuja
solubilidade na água diminui com o aumento da temperatura da solução;
• Sólidos em suspensão;
• Sólidos dissolvidos.
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Observação
A unidade ppm (parte por milhão) indica o teor de determinado soluto em uma
solução. Essa unidade é equivalente a mg/litro, ou 1g/1000 l.
A sílica (SiO--2) está presente normalmente como ácido silícico (H4SiO4) e na forma
de silicatos solúveis (SiO 4-4) em concentrações variando de 01 a 100 ppm. Nas
caldeiras, isso pode gerar incrustações bastante duras, de difícil remoção. Sua
solubilidade no vapor aumenta com a pressão da caldeira, podendo provocar
depósitos em superaquecedores e nas palhetas de turbinas.
O ferro (Fe) normalmente está presente como bicarbonato de ferro (Fe(HCO 3)2),
em concentrações variáveis, podendo alcançar, embora raramente, os 100 ppm.
Muitos problemas estão associados com a presença de ferro na água. A formação
de depósitos e óxidos em caldeiras e linhas de distribuição pode se dar em água
com altos teores de ferro. Uma particularidade deste depósito é a sua porosidade,
permitindo que produtos corrosivos se concentrem sob estes depósitos, provocando
rápida corrosão.
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O gás sulfídrico (H2S) provoca corrosão nas superfícies metálicas e pode estar
presente na água de alimentação por causa da
absorção pela água do meio ambiente; decomposição do sulfito de sódio (Na2SO3)
contaminação do sulfito de sódio por sulfeto (Na2S).
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Conseqüências das
impurezas da água
A água é um dos principais insumos para o funcionamento de uma caldeira. Para que
o desempenho do equipamento seja o melhor possível, é necessário que a água seja
previamente tratada, a fim de ter suas impurezas retiradas.
Corrosão
A corrosão pode ter várias causas. Ela pode ser, entre outras, eletroquímica, galvânica
ou bimetálica, por oxigênio, por aeração diferencial, por concentração diferencial.
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Incrustação
Isto ocorre porque a condutividade da incrustação é muito menor que a do material dos
tubos e tem efeito isolante. Conseqüentemente, a temperatura do lado oposto ao da
incrustação atingirá valores que podem afetar a resistência mecânica do tubo e causar
sua ruptura.
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Para um perfeito controle que evite a solidificação dos elementos que formam as
incrustações, independentemente das descargas de fundo determinadas pelo
laboratório, o operador poderá realizar uma descarga de fundo para remover os sólidos
a cada 4 horas.
Arraste
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Este fenômeno pode ocorrer por razões mecânicas ou químicas. As razões mecânicas
podem ser provocadas por danos no aparelho separador de vapor (chevron), pelo
nível de água elevado, pelas condições de carga excessiva ou projeto da caldeira. As
razões químicas podem ser a presença de carbonato de sódio, sulfato de sódio, cloreto
de sódio, matéria orgânica (óleo, graxas, etc.) ou sólidos em suspensão.
A tabela a seguir apresenta o resumo dos problemas causados nas caldeiras pela
água:
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Indicadores analíticos de
condições de utilização
Grau de acidez
0 ácido 7 alcalino 14
neutro
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Alcalinidade
Condutividade
A maior ou menor facilidade com que a corrente atravessa uma solução depende do
número e espécies de eletrólitos. Quanto mais próximo do zero o valor da
condutividade, menor a quantidade de impurezas (unidade = mho cm-1) presentes na
solução.
Solubilidade
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Dureza
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Dureza total
Classificação
(mg/L CaCO3)
15 - 50 branda
Ciclos de concentração
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Tratamento da água
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O método externo é usado para dar um tratamento à água antes que ela entre na
caldeira. Pode ser realizado de várias maneiras, dependendo das condições em que
se encontra a água bruta. Se a água estiver muito carregada de impurezas e partículas
sólidas visíveis, é adotado um sistema de clarificação e filtragem posterior da água.
Isso é feito normalmente com filtros de areia, quando a água usada é captada de rio.
Pode também ser empregado o tanque de decantação e a colocação do cal como se
faz com a água para o abastecimento urbano.
Um outro processo externo bastante usado é o da desaeração, que tem por finalidade
fazer a remoção dos gases que se encontram na água, tais como o oxigênio e o gás
carbônico.
O método externo é utilizado só para águas que estejam muito fora de especificação e
para sistemas que trabalhem a altas pressões. São métodos externos:
• A clarificação;
• A filtração;
• O abrandamento;
• A desmineralização;
• A osmose reversa;
• A destilação;
• A desgaseificação ou desaeração.
Clarificação
A clarificação engloba três etapas, cada uma constituindo um processo diferente que
exige certos requisitos para assegurar os resultados esperados. Elas são:
1. Coagulação
2. Floculação
3. Decantação
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Coagulação
O processo pelo qual se obtém o equilíbrio de cargas elétricas através de adição e
mistura rápida de um coagulante com carga iônica contrária à da água a ser tratada.
Após as cargas estarem equilibradas, é possível a sua aglomeração formando flocos,
sem que haja repulsão entre elas.
Floculação
Consiste na reunião de vários flocos pequenos mediante agitação suave, os quais
formam partículas maiores, com maiores velocidades de decantação. A agitação deve
ser controlada para evitar a desintegração dos flocos frágeis (defloculação).
Decantação
É a etapa final do processo de clarificação. À medida que os flocos agregados são
decantados, a água clarificada eleva-se e pode ser, então, separada do sedimento. Os
flocos decantados são removidos como lodo.
Processo de clarificação
Filtração
A maioria dos flocos formados é removida por sedimentação. No entanto, sempre
sobram partículas mais leves, que devem ser separadas por filtração.
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Abrandamento
O abrandamento ou amolecimento da água consiste na remoção total dos íons de
cálcio e magnésio nela presentes, geralmente na forma de carbonatos, bicarbonatos,
sulfatos e cloretos.
Processo de abrandamento
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Processo de cal-sodada
É aplicado quando a dureza do cálcio excede 150 ppm em termos de carbonatos de
cálcio. Através deste processo, a dureza pode ser reduzida a 30 ppm a frio ou 15 ppm
a quente.
Processo de fosfato
Usado quando se deseja diminuir a dureza final para cerca de 2 a 4 ppm.
O estado inicial das resinas pode ser novamente alcançado através do processo
regenerativo.
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Desmineralização
O processo de desmineralização consta obrigatoriamente da passagem da água por
um ou mais leitos catiônicos e um ou mais leitos aniônicos. A resina catiônica é
operada no ciclo de hidrogênio e a resina aniônica no ciclo hidróxido.
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ser atingido, a resina deverá sofrer um processo regenerativo. Este método é uma
reversão do método de troca iônica.
Osmose reversa
A osmose reversa consiste num processo de tratamento durante o qual a água passa
por um sistema de filtros de carvão e areia para remoção das partículas maiores em
suspensão. Depois, a água é circulada nos cilindros denominados permeadores, onde
os sais dissolvidos são retidos pelas membranas.
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Destilação
A destilação é utilizada quando se deseja obter água com elevado teor de pureza. Por
motivos econômicos, seu uso está limitado a laboratórios para pequenas vazões e em
navios, para o tratamento de água do mar.
Desgaseificação
A desgaseificação ou desaeração é o método de tratamento que visa a eliminação
dos gases dissolvidos (O2, CO2, ar, etc.). Baseia-se no fato da solubilidade de um gás
em um líquido ser inversamente proporcional a sua temperatura.
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Este método requer um controle bastante rígido das análises físico-químicas, pois os
quelatos são extremamente seletivos ao ferro, podendo atacar a caldeira, formando
complexos ferrosos ou férricos.
É importante lembrar que tais elementos atuam sobre o vapor enquanto que, para a
caldeira, devem-se utilizar seqüestrantes de oxigênio.
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Observação
O acompanhamento do teor do pH é muito importante neste caso, pois pode ocorrer a
formação de ácido sulfúrico.
2
Parâmetros Unid. até 13 kg/cm 13,1 a 20 20,1 a 30 30,1 a 39,9
pH ppm 10,5 a 11,5 10,5 a 11,5 10,5 a 11,0 10,5 a 11,0
Dureza ppm 0 0 0 0
Alcalinidade a fenoftaleina como
ppm - - - -
CaCO3
Alcalinidade ao metil-orange como
ppm < 700 < 700 < 600 < 500
CaCO3
Alcalinidade hidróxida como CaCO3 ppm 150 a 250 150 a 250 100 a 200 80 a 120
-
Cloretos como Cl ppm < 500 < 400 < 300 < 150
-3
Fosfatos como PO4 ppm 30 a 50 30 a 50 20 a 40 20 a 40
Sílica como SiO2 ppm < 180 < 120 < 80 < 40
2-
Sulfitos como SO3 ppm 20 a 50 20 a 50 20 a 40 20 a 40
Sólidos dissolvidos ppm < 2800 < 2500 < 2000 < 1500
Sólidos em suspensão ppm < 300 < 200 < 150 < 50
Hidrazina como N2H4 ppm 0,1 a 0,2 0,1 a 0,2 0,05 a 0,15 0,05 a 0,15
pH do condensado (sem arraste) ppm 7,2 a 8,0 7,2 a 8,0 7,2 a 8,0 7,2 a 8,0
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Exercícios
1. Por que a água potável não é recomendada para ser usada na caldeira?
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2. Cite pelo menos 4 impurezas que não podem estar presentes na água de
alimentação de caldeira?
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8. Explique com suas palavras, como deve ser estabelecido o tratamento de água de
uma caldeira?
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9. O que poderá causar numa caldeira uma água com “dureza” acima de 100 ppm
(100 mg/l)?
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Referências bibliográficas
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