Вы находитесь на странице: 1из 33

Treinamento de segurança na operação de caldeiras

Tratamento de água de
alimentação de caldeiras
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Tratamento de água de alimentação de caldeiras

 SENAI-SP, 1999

Trabalho elaborado pela Diretoria Técnica (DITEC) do Departamento Regional do SENAI-SP

Coordenação Célio Torrecilha


Elaboração Regina Célia Roland Novaes
Conteúdo técnico Amaurilho Santos dos Reis (CFP 1.19)
Cláudio de Carvalho Pinto (UNEM)
José Roberto Moreira (CT 1.64)
Lázaro Vieira Maciel (CFP 1.17)
Sérgio Jundi Ebesui (UNED 3)
Ilustrações José Joaquim Pecegueiro
Capa Gilvan Lima da Silva

Revisado 2004

SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Departamento Regional de São Paulo
Av. Paulista, 1313 - Cerqueira Cesar
São Paulo - SP
CEP 01311-923

Telefone (0XX11) 3146-7000


Telefax (0XX11) 3146-7230
SENAI on-line 0800-55-1000

E-mail senai@sp.senai.br
Home page http://www.sp.senai.br

SENAI-SP - INTRANET
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Sumário

Água 5
• Composição da água 5
• Impurezas da água 6
Conseqüências das impurezas da água 9
• Corrosão 9
• Incrustação 10
• Arraste 11
Indicadores analíticos de condições de utilização 13
• Grau de acidez 13
• Alcalinidade 14
• Condutividade 14
• Solubilidade 14
• Dureza 15
• Ciclos de concentração 16
Tratamento da água 17
• Métodos de tratamento externo 18
• Métodos de tratamento interno 24
Exercícios 29
Referências bibliográficas 31

SENAI-SP - INTRANET
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

SENAI-SP - INTRANET
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Água

Para que as caldeiras tenham um bom funcionamento e longo tempo de vida útil, é
necessário dar uma especial atenção à água destinada a sua alimentação. De um
modo geral, a água contém impurezas como matéria orgânica, compostos minerais
em suspensão ou dissolvidos e gases.

Assim, uma água que apresenta boas qualidades para uso doméstico ou para
alguns processos industriais pode não apresentar boas características para uso nas
caldeiras.

Neste fascículo, serão apresentadas informações sobre as impurezas que a água


pode apresentar, quais são os problemas que o tratamento inadequado da água
traz, e como deve ser esse tratamento.

Composição da água

A água é, em geral, um excelente solvente para substâncias inorgânicas e


orgânicas. É também um bom meio de transferência de calor, para processos de
aquecimento e resfriamento. Por esse motivo, a água é essencial em muitos
processos industriais como meio de aquecimento, resfriamento e transporte de
resíduos.

A água na sua forma líquida é encontrada na natureza sob duas condições:


• Águas de superfície (mares, rios, lagos e lagoas);
• Águas subterrâneas.

SENAI-SP - INTRANET 5
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Águas de superfície
São instáveis, apresentam altos teores de STD (sólidos totais dissolvidos) e SS
(sólidos suspensos), elevados teores de matéria orgânica e temperatura variável.

Águas subterrâneas
São estáveis, apresentam menores teores de sólidos em suspensão e de material
orgânico, e têm temperatura constante.

Do ponto de vista químico, a água é um composto cuja molécula é formada por dois
átomos de hidrogênio e um de oxigênio, ou seja, H2O.

Impurezas da água

A água, como todo elemento da natureza apresenta uma série de impurezas, das
quais podem ser citadas:
• Gases dissolvidos como o oxigênio, o dióxido de carbono e o gás sulfídrico, cuja
solubilidade na água diminui com o aumento da temperatura da solução;
• Sólidos em suspensão;
• Sólidos dissolvidos.

Existe uma infinidade de substâncias que podem estar dissolvidas na água,


dependendo da origem de sua captação. As principais impurezas que podem estar
contidas na água e que, se não forem removidas, podem afetar a qualidade da
água da caldeira são: os sulfatos, a sílica, os cloretos, o ferro, o gás carbônico, a
amônia, o gás sulfídrico, o oxigênio dissolvido, etc

Os sulfatos (SO4-2), geralmente de cálcio (Ca), sódio (Na) e magnésio (Mg),


apresentam concentração na faixa de 0,5 a 200 ppm. O grande inconveniente para
as caldeiras é a precipitação de sulfatos insolúveis, cuja solubilidade diminui com o
aumento da temperatura.

6 SENAI-SP - INTRANET
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Observação
A unidade ppm (parte por milhão) indica o teor de determinado soluto em uma
solução. Essa unidade é equivalente a mg/litro, ou 1g/1000 l.

A sílica (SiO--2) está presente normalmente como ácido silícico (H4SiO4) e na forma
de silicatos solúveis (SiO 4-4) em concentrações variando de 01 a 100 ppm. Nas
caldeiras, isso pode gerar incrustações bastante duras, de difícil remoção. Sua
solubilidade no vapor aumenta com a pressão da caldeira, podendo provocar
depósitos em superaquecedores e nas palhetas de turbinas.

Os cloretos (Cl-) quase sempre estão presentes na forma de cloreto de sódio


(NaCl), de cálcio (CaCl2) e de magnésio (MgCl2), em concentrações bastante
variáveis, desde 10 até 250 ppm. A corrosividade de um meio está associada à
concentração de cloretos. Até certos tipos de aços inoxidáveis são afetados pelo
cloreto.

O ferro (Fe) normalmente está presente como bicarbonato de ferro (Fe(HCO 3)2),
em concentrações variáveis, podendo alcançar, embora raramente, os 100 ppm.
Muitos problemas estão associados com a presença de ferro na água. A formação
de depósitos e óxidos em caldeiras e linhas de distribuição pode se dar em água
com altos teores de ferro. Uma particularidade deste depósito é a sua porosidade,
permitindo que produtos corrosivos se concentrem sob estes depósitos, provocando
rápida corrosão.

O manganês apresenta os mesmos inconvenientes do ferro.

O gás carbônico (CO2) encontra-se dissolvido na água bruta superficial, em teores


que variam de 02 a 15 ppm. Também origina-se da decomposição de bicarbonatos.
O principal problema é a corrosão em tubulações de ferro e cobre,
preferencialmente nas linhas de retorno de condensado.

A amônia (NH3) apresenta-se algumas vezes, dissolvida na água bruta em


concentrações que podem variar até 20 ppm. Às vezes, pode estar combinada na

SENAI-SP - INTRANET 7
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

forma de compostos orgânicos. A amônia corrói o cobre (Cu) e suas ligas,


presentes em condensadores.

O gás sulfídrico (H2S) provoca corrosão nas superfícies metálicas e pode estar
presente na água de alimentação por causa da
absorção pela água do meio ambiente; decomposição do sulfito de sódio (Na2SO3)
contaminação do sulfito de sódio por sulfeto (Na2S).

O oxigênio dissolvido (O2) está presente em teores máximos de 10 ppm. Sua


presença é bastante prejudicial aos equipamentos, já que é corrosivo ao ferro e
ligas de cobre. Sua remoção é necessária quando a água se destina a alimentação
de caldeiras.

No processo corrosivo, o oxigênio atua como despolarizador catódico, mantendo as


reações em andamento.

O oxigênio pode ser removido, dependendo das condições de pressão da caldeira,


por meio da injeção de produtos químicos (sulfito de sódio e hidrazina, por
exemplo), ou com a instalação de desaeradores.

8 SENAI-SP - INTRANET
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Conseqüências das
impurezas da água

A água é um dos principais insumos para o funcionamento de uma caldeira. Para que
o desempenho do equipamento seja o melhor possível, é necessário que a água seja
previamente tratada, a fim de ter suas impurezas retiradas.

Os sólidos em suspensão, por exemplo, podem causar a formação de depósitos nos


trocadores de calor e nas caldeiras. Eles podem causar, também, uma ação erosiva
que irá provocar desgaste das superfícies metálicas em pontos isolados dos
equipamentos, uma vez que a erosão retira o filme protetor formado pelo agentes
anticorrosivos.

Se a concentração de sólidos dissolvidos na água exceder o coeficiente de


solubilidade, existe o perigo potencial da formação de depósitos nas paredes dos
equipamentos.

Quando o tratamento da água da caldeira é inadequado, esses fatos trazem


conseqüências como a corrosão, a incrustação e o arraste.

Corrosão

Corrosão é a deterioração de um material, geralmente metálico, decorrente da ação


química ou eletroquímica dos agentes contaminantes existentes na água. Ela pode ser
acelerada como resultado do ambiente no qual esta água é captada, e pode ser
associada ou não a esforços de natureza mecânica.

A corrosão pode ter várias causas. Ela pode ser, entre outras, eletroquímica, galvânica
ou bimetálica, por oxigênio, por aeração diferencial, por concentração diferencial.

SENAI-SP - INTRANET 9
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Na caldeira, a corrosão é resultado do ataque provocado pela água e substâncias


agressivas nela existentes. As substâncias mais comuns que causam a corrosão nas
caldeiras são: oxigênio e outros gases dissolvidos na água, sais (cloretos de cálcio,
magnésio, etc.) e ácidos.

O grau de corrosão que esses agentes causam depende de fatores como:


• Tipo de metal;
• Condição da superfície metálica;
• Grau de deposição sobre o metal;
• Temperatura;
• Concentração de oxigênio;
• pH;
• Sólidos suspensos;
• Sólidos e gases dissolvidos;
• Contaminantes existentes no retorno de condensado, onde existente.

O efeito da corrosão é o desgaste progressivo que reduz a espessura da parede dos


tubos, podendo provocar sua ruptura no final. É importante notar que a corrosão não
fica restrita somente à caldeira; pode ocorrer também nas linhas de vapor e de retorno
de condensado.

Incrustação

A incrustação é um conjunto de formações cristalinas que se depositam na superfície


dos tubos. Ela é resultante de compostos que antes estavam em solução com a água
e, se não forem removidos, causam uma redução na taxa de transferência de calor nos
locais nos quais se formou o depósito.

Isto ocorre porque a condutividade da incrustação é muito menor que a do material dos
tubos e tem efeito isolante. Conseqüentemente, a temperatura do lado oposto ao da
incrustação atingirá valores que podem afetar a resistência mecânica do tubo e causar
sua ruptura.

As substâncias mais comuns encontradas na água e que provocam incrustação são os


carbonatos de cálcio, compostos de magnésio, sulfato de cálcio, sílica e silicatos,
fosfatos, compostos de ferro e cobre. Dizemos que uma água apresenta dureza,

10 SENAI-SP - INTRANET
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

quando a mesma apresenta sais de cálcio e magnésio. Em função da dureza da água,


será determinado o tipo de tratamento para cada aplicação.

As incrustações podem ainda ser aumentadas se a água contiver sílica em suspensão.


A sílica forma incrustações muito resistentes, praticamente impossíveis de serem
removidas.

Para um perfeito controle que evite a solidificação dos elementos que formam as
incrustações, independentemente das descargas de fundo determinadas pelo
laboratório, o operador poderá realizar uma descarga de fundo para remover os sólidos
a cada 4 horas.

Os depósitos causam uma série de problemas que interferem no desempenho do


equipamento. Eles são:
• Redução ou perda da capacidade de transferência de calor;
• Perda de produto devido a operação deficiente;
• Parada de equipamento;
• Aumento da demanda de água e do custo de bombeamento;
• Elevação dos custos de manutenção;
• Redução da vida útil do equipamento;
• Redução do poder dos inibidores de corrosão.

As incrustações e outros depósitos devem ser controlados por meio da limitação de


concentração das substâncias e materiais formadores de depósitos. Isso é conseguido
por meio de tratamento com produtos químicos, tais como:
• Agentes quelantes: EDTA (ácido etilenodiaminotetracético);
• Polifosfatos;
• Ésteres de fosfatos;
• Fosfonatos;
• Dispersantes.

Arraste

O arraste é a passagem de água em uma mistura entre a fase líquida e a gasosa,


junto com o vapor para o superaquecedor e o sistema de distribuição de vapor,
carregando também sólidos em suspensão e material orgânico. Essa mistura
geralmente contém materiais insolúveis, prejudiciais ao processo.

SENAI-SP - INTRANET 11
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Este fenômeno pode ocorrer por razões mecânicas ou químicas. As razões mecânicas
podem ser provocadas por danos no aparelho separador de vapor (chevron), pelo
nível de água elevado, pelas condições de carga excessiva ou projeto da caldeira. As
razões químicas podem ser a presença de carbonato de sódio, sulfato de sódio, cloreto
de sódio, matéria orgânica (óleo, graxas, etc.) ou sólidos em suspensão.

A tabela a seguir apresenta o resumo dos problemas causados nas caldeiras pela
água:

Tipo Problemas Causas prováveis

Incrustação Incrustação devido a carbonatos diversos Inexistência de abrandadores ou


ou sílica no interior da caldeira ou operação deficiente.
superfície de aquecimento (Perda de
calor, transferido na interface gases/água Deficiência no controle de
e redução da vida útil da caldeira). qualidade da água de caldeira no
que tange a dureza.

Falha na adição de produtos


químicos e descargas de fundo.

Corrosão Corrosão nas linhas de condensado e Tratamento deficiente de remoção


superfície de aquecimento devido aos de oxigênio e do controle do pH.
gases dissolvidos e contaminantes
Reutilização de condensado
contaminado.

Corrosão provocada por


equipamentos parados por longos
períodos sem os cuidados
necessários.

Arraste Deterioração da pureza do vapor. Controle deficiente na água da


caldeira do índice de cloretos.
Depósito de sedimentos nas tubulações e
nos equipamentos usuários de vapor. Problema no separador de vapor
ou controle de água de
alimentação.

12 SENAI-SP - INTRANET
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Indicadores analíticos de
condições de utilização

Há vários indicadores que determinam as condições de utilização de uma determinada


água na caldeira. Eles são:
• pH;
• Alcalinidade;
• Condutividade;
• Solubilidade;
• Saturação;
• Supersaturação/precipitação;
• Dureza total.

Grau de acidez

O pH indica o grau de acidez ou da alcalinidade de uma solução. Ele é um indicador


das características de deposição ou dispersão da água de alimentação da caldeira.

A determinação do pH indica a concentração de íons H+ e OH- presentes na solução. É


a grandeza que indica o caráter ácido (H+), alcalino (OH-) ou neutro de uma água.

0 ácido 7 alcalino 14
neutro

SENAI-SP - INTRANET 13
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Alcalinidade

A alcalinidade é a capacidade de neutralizar um ácido. A água permite a


neutralização ou redução de suas características ácidas. Esta propriedade é devida à
presença de hidróxidos (OH-), carbonatos (CO32-) e bicarbonatos (HCO3-) na água de
alimentação.

A alcalinidade inadequada pode provocar incrustação e liberação de CO2, além da


formação de espuma.

A alcalinidade pode ser medida como:


• Alcalinidade total : carbonato + bicarbonato + (hidroxila)
• Alcalinidade parcial: hidroxila + ½ carbonato
• Alcalinidade hidróxida: hidroxila

Condutividade

A condutividade é a capacidade que a água tem de conduzir a corrente elétrica. A


água pura não é um bom condutor de eletricidade, porém se sais ou outros materiais
são dissolvidos nela, e dissociados ou ionizados, a capacidade da água para conduzir
a corrente elétrica aumenta.

A maior ou menor facilidade com que a corrente atravessa uma solução depende do
número e espécies de eletrólitos. Quanto mais próximo do zero o valor da
condutividade, menor a quantidade de impurezas (unidade = mho cm-1) presentes na
solução.

Solubilidade

Solubilidade é a capacidade de uma substância de se dissolver em outra. As


impurezas presentes na água podem ter seu grau de solubilidade modificado,
dependendo de fatores tais como:
• pH: o aumento do pH reduz a solubilidade do CaCO3 e de outros componentes que
contribuem para problemas no tratamento de águas. A redução do pH, por sua vez,
aumenta a solubilidade da maioria dos solutos na água. A única exceção é a sílica
em caldeiras;

14 SENAI-SP - INTRANET
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

• Temperatura: normalmente o aumento da temperatura aumenta a solubilidade dos


sólidos dissolvidos. Porém, alguns sais e todos os gases apresentam um efeito
inverso. Assim, por exemplo, Ca, Mg, Fe, Mn e Si podem formar sais e óxidos
menos solúveis em água quando a temperatura se eleva;
• Pressão: a solubilidade de todos os gases aumenta com o aumento da pressão
parcial. Os sólidos em solução, por sua vez, não apresentam alteração de
solubilidade com mudanças na pressão;
• Concentração de outros solutos: a presença da matéria orgânica ou de íons
comuns pode alterar a solubilidade dos materiais suspensos na água. Assim, por
exemplo, a presença de carbonato de sódio pode reduzir a solubilidade do
carbonato de cálcio devido ao aumento da concentração de íons;
• Saturação: é o grau máximo de solubilidade ou limite de concentração de uma
determinada substância em um solvente como a água, por exemplo;
• Supersaturação/precipitação: é o grau acima do limite de solubilidade de uma
determinada substância em um solvente como a água.

Os sólidos totais dissolvidos constituem a soma de todo o material dissolvido na água,


oriundo de fontes minerais. A faixa normal em águas naturais é 25 a 5000 ppm,
podendo atingir valores maiores. O teor de sólidos totais é utilizado no estudo da
viabilidade da produção de vapor a partir de uma dada água e na viabilidade da
produção de água desmineralizada. Tanto a produção de vapor, quanto a produção da
água desmineralizada serão antieconômicos se houver excessivo teor de sólidos
dissolvidos.

Dureza

A dureza é uma característica das águas que contêm grandes quantidades de


carbonato de cálcio e magnésio.

Dureza total é a soma de concentrações de cálcio (Ca) e magnésio (Mg). É devida a


bicarbonatos (HCO3-), sulfatos (SO4-2), cloretos (Cl-) e nitratos (NO3-).

Esses sais têm a tendência de formar incrustações na superfície de troca de calor,


provocando o entupimento progressivo dos tubos das caldeiras.

SENAI-SP - INTRANET 15
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

O quadro a seguir mostra a classificação da dureza total.

Dureza total
Classificação
(mg/L CaCO3)

< 15 muito branda

15 - 50 branda

50 - 100 moderadamente dura

100 - 200 dura

> 200 muito dura

Ciclos de concentração

Os ciclos de concentração auxiliam no controle da formação de incrustação, na


conservação da água, na limitação dos efluentes e na redução de custos resultantes
do tratamento químico.

O número de ciclos de concentração é a relação existente entre a concentração de um


componente na fase líquida do sistema e desse mesmo componente na alimentação.
Em outras palavras, o número de ciclos de concentração é a medida do grau com que
os sólidos dissolvidos estão sendo concentrados.

Os parâmetros mais usados nos ciclos de concentração são os cloretos, os sólidos


totais dissolvidos e a sílica. Por exemplo: um teor de sílica na água de alimentação de
20 ppm contra um teor de sílica na água da caldeira de 50 ppm pode significar que há
contaminações no processo, ou que a descarga de fundo não está sendo realizada.

16 SENAI-SP - INTRANET
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Tratamento da água

Vários fatores influem na escolha de um programa de tratamento de água para


caldeiras: características da água, pressão da caldeira, tipo de indústria, finalidade do
vapor, qualidade requerida para o vapor, carga média de produção de vapor,
participação do condensado retornado, tipo de caldeira, custo do combustível e custos
globais.

Após a consideração desses fatores, diversos métodos de tratamento podem ser


empregados, englobando dois grupos mais comuns: tratamento externo e interno.

SENAI-SP - INTRANET 17
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Métodos de tratamento externo

O método externo é usado para dar um tratamento à água antes que ela entre na
caldeira. Pode ser realizado de várias maneiras, dependendo das condições em que
se encontra a água bruta. Se a água estiver muito carregada de impurezas e partículas
sólidas visíveis, é adotado um sistema de clarificação e filtragem posterior da água.
Isso é feito normalmente com filtros de areia, quando a água usada é captada de rio.
Pode também ser empregado o tanque de decantação e a colocação do cal como se
faz com a água para o abastecimento urbano.

Outro processo consiste em usar aparelhos especiais destinados a fazer a


desmineralização, isto é, promover uma reação com os sais, transformando-os em
elementos que não acarretarão problemas para as caldeiras. Estes aparelhos,
chamados de trocadores de cátions, trocadores de ânions e trocadores de leito misto,
são empregados de acordo com as necessidades de trabalho e as condições da água
de alimentação.

Um outro processo externo bastante usado é o da desaeração, que tem por finalidade
fazer a remoção dos gases que se encontram na água, tais como o oxigênio e o gás
carbônico.

O método externo é utilizado só para águas que estejam muito fora de especificação e
para sistemas que trabalhem a altas pressões. São métodos externos:
• A clarificação;
• A filtração;
• O abrandamento;
• A desmineralização;
• A osmose reversa;
• A destilação;
• A desgaseificação ou desaeração.

Clarificação
A clarificação engloba três etapas, cada uma constituindo um processo diferente que
exige certos requisitos para assegurar os resultados esperados. Elas são:
1. Coagulação
2. Floculação
3. Decantação

18 SENAI-SP - INTRANET
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Coagulação
O processo pelo qual se obtém o equilíbrio de cargas elétricas através de adição e
mistura rápida de um coagulante com carga iônica contrária à da água a ser tratada.
Após as cargas estarem equilibradas, é possível a sua aglomeração formando flocos,
sem que haja repulsão entre elas.

Floculação
Consiste na reunião de vários flocos pequenos mediante agitação suave, os quais
formam partículas maiores, com maiores velocidades de decantação. A agitação deve
ser controlada para evitar a desintegração dos flocos frágeis (defloculação).

Decantação
É a etapa final do processo de clarificação. À medida que os flocos agregados são
decantados, a água clarificada eleva-se e pode ser, então, separada do sedimento. Os
flocos decantados são removidos como lodo.

Processo de clarificação

Filtração
A maioria dos flocos formados é removida por sedimentação. No entanto, sempre
sobram partículas mais leves, que devem ser separadas por filtração.

SENAI-SP - INTRANET 19
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Os filtros são geralmente compostos de várias camadas de pedras, pedregulhos e areia.


Às vezes, usa-se ainda uma camada ou mais de antracito, que dá um bom rendimento
na filtração e diminui a freqüência de lavagem, além de não adicionar sílica à água.

Abrandamento
O abrandamento ou amolecimento da água consiste na remoção total dos íons de
cálcio e magnésio nela presentes, geralmente na forma de carbonatos, bicarbonatos,
sulfatos e cloretos.

Processo de abrandamento
20 SENAI-SP - INTRANET
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Reações de troca no processo de abrandamento


Ca(HCO3)2 + R-Na2 ⇒ R-Ca + 2NaHCO3
MgCl2 + R-Na2 ⇒ R-Mg + 2NaCl
Mg(HCO3)2 + R-Na2 ⇒ R-Mg + 2NaHCO3
CaSO4 + R-Na2 ⇒ R-Ca + Na2SO4
Ca(NO3) + R-Na2 ⇒ R-Ca + 2NaNO3

A eliminação dos cátions é necessária pois, do contrário, haveria o risco da formação


de sais de cálcio e magnésio, os quais se incrustam no interior do gerador de vapor,
podendo causar problemas, como maior consumo de combustível, ou mesmo, ruptura
dos tubos da caldeira.

O abrandamento da água é feito em equipamentos denominados abrandadores. Há


três processos básicos de abrandamento:
1. Processo de cal-sodada
2. Processo de fosfato
3. Processo de troca iônica

Processo de cal-sodada
É aplicado quando a dureza do cálcio excede 150 ppm em termos de carbonatos de
cálcio. Através deste processo, a dureza pode ser reduzida a 30 ppm a frio ou 15 ppm
a quente.

Processo de fosfato
Usado quando se deseja diminuir a dureza final para cerca de 2 a 4 ppm.

Processo de troca iônica


Consiste na utilização de trocadores de íons representados por substâncias sólidas e
insolúveis, as resinas, das mais variáveis origens e natureza química, que têm a
propriedade de, quando em contato com soluções de eletrólitos, trocar íons de sua
própria estrutura com íons do meio, sem que haja mudanças de suas características
estruturais.

O estado inicial das resinas pode ser novamente alcançado através do processo
regenerativo.

SENAI-SP - INTRANET 21
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Desmineralização
O processo de desmineralização consta obrigatoriamente da passagem da água por
um ou mais leitos catiônicos e um ou mais leitos aniônicos. A resina catiônica é
operada no ciclo de hidrogênio e a resina aniônica no ciclo hidróxido.

Dessa maneira, define-se a desmineralização como o processo de remoção de cátions


e ânions da água, tornando-a praticamente pura.

O efluente do leito catiônico consiste em íons de hidrogênio, enquanto que o efluente


do leito aniônico consiste em íons de hidróxido. Como hidrogênio mais hidróxido
formam água, pode-se reforçar o conceito de pureza da água, obtido pelo processo de
desmineralização.

Existe uma série de dispositivos de desmineralização com diferentes e variados


equipamentos. As diferenciações são devidas à necessidade de se obter a qualidade
da água efluente do processo de troca iônica a que se deseja chegar. Existem
equipamentos onde as resinas catiônicas e aniônicas estão intimamente misturadas
em um único leito (leito misto).

Outros equipamentos podem conter várias combinações de leitos de resinas catiônicas


e várias combinações de leitos de resinas aniônicas.

Conforme foi visto no abrandamento, as resinas de troca iônica possuem uma


capacidade limitada de troca. Portanto, quando o limite de capacidade estiver prestes a

22 SENAI-SP - INTRANET
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

ser atingido, a resina deverá sofrer um processo regenerativo. Este método é uma
reversão do método de troca iônica.

No caso de resinas catiônicas operando no ciclo de sódio, adiciona-se sal (cloreto de


sódio, ou seja, NaCl) , em forma concentrada até 10%, para regenerar a capacidade
de sódio dessas resinas. Quando operam no ciclo de hidrogênio, utiliza-se ácido
sulfúrico (H2SO4) ou ácido clorídrico (HCl) como solução regenerante.

Resinas aniônicas são normalmente regeneradas com soda cáustica (NaOH) ou


hidróxido de amônio (NH4OH), que atuam como soluções regenerantes fornecedoras
de íons OH- para resina.

Osmose reversa
A osmose reversa consiste num processo de tratamento durante o qual a água passa
por um sistema de filtros de carvão e areia para remoção das partículas maiores em
suspensão. Depois, a água é circulada nos cilindros denominados permeadores, onde
os sais dissolvidos são retidos pelas membranas.

A vantagem deste processo em relação à desmineralização refere-se ao menor espaço


físico necessário, menor consumo e manuseio de produtos químicos (ácido e soda),
menor custo com resinas, diminuição dos efluentes e menores custos de manutenção.

SENAI-SP - INTRANET 23
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Como desvantagens apresenta a necessidade de muitos conjuntos de permeadores


para tratar a mesma quantidade de água que uma desmineralização.

Destilação
A destilação é utilizada quando se deseja obter água com elevado teor de pureza. Por
motivos econômicos, seu uso está limitado a laboratórios para pequenas vazões e em
navios, para o tratamento de água do mar.

Desgaseificação
A desgaseificação ou desaeração é o método de tratamento que visa a eliminação
dos gases dissolvidos (O2, CO2, ar, etc.). Baseia-se no fato da solubilidade de um gás
em um líquido ser inversamente proporcional a sua temperatura.

Para realizá-lo, é necessário pulverizar a água para aumentar sua superfície de


contato com o vapor e gerar desprendimento dos elementos gasosos, que são
expulsos do desaerador por um respiro (vent), que deve permanecer sempre aberto.

Métodos de tratamento interno

O tratamento químico da água no interior da caldeira é uma necessidade, mesmo que


haja tratamento externo da água de alimentação, por mais sofisticado que seja.

O tratamento interno deverá complementar o tratamento externo para eliminar todas as


impurezas contidas. Nenhum tratamento externo é completamente eficiente. Logo, é
indispensável o tratamento interno.

Os métodos de tratamento interno mais utilizados são:


• Precipitação com fosfato;
• Tratamento com quelatos;
• Tratamento com aminas fílmicas;
• Tratamento com aminas neutralizantes;
• Tratamento com sulfito de sódio;
• Tratamento com hidrazina.

Precipitação com fosfato


A precipitação com fosfato é o método pelo qual se efetua a transformação dos sais
que formam precipitados rígidos no interior da caldeira, quando se faz o aquecimento

24 SENAI-SP - INTRANET
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

da água, em precipitados não-aderentes ou lamas, facilmente removíveis pelas


descargas de fundo. Os sais de cálcio e magnésio são facilmente precipitados no
interior da caldeira, logo que se efetua o aquecimento da água.

Em resumo, o controle do programa de fosfato precipitante é feito pela manutenção de


certa concentração de fosfato e alcalinidade hidróxida na água da caldeira, associada
às descargas de fundo para remoção de lamas.

Tratamento com quelatos


O tratamento com quelatos difere completamente do convencional, pois não precipita
o cálcio e o magnésio. Ele forma complexos solúveis impossíveis de gerar
incrustações na caldeira e, como não há formação de lamas, esses complexos são
removidos pela descarga de fundo.

Este método requer um controle bastante rígido das análises físico-químicas, pois os
quelatos são extremamente seletivos ao ferro, podendo atacar a caldeira, formando
complexos ferrosos ou férricos.

Tratamento com aminas


As aminas fílmicas são usadas para a formação de filmes protetores contra o efeito
corrosivo do oxigênio dissolvido sobre as tubulações e acessórios metálicos nas linhas
de vapor e condensado. São compostos orgânicos nitrogenados e, por formarem
películas protetoras, são identificados genericamente como aminas fílmicas.

É importante lembrar que tais elementos atuam sobre o vapor enquanto que, para a
caldeira, devem-se utilizar seqüestrantes de oxigênio.

Em sistema onde há retorno de condensado, é comum ocorrer ataque ácido ao metal


na linha de água, devido à presença do gás carbônico formando carbonato de ferro.
Em todo condensado, há contaminação de gás carbônico pelo contato de vapor com o
ar atmosférico.

A forma de prevenir esse ataque corrosivo - que, além de enfraquecer a tubulação, é


responsável pelo transporte de ferro e cobre para o interior da caldeira - é a utilização
de produtos neutralizadores de efeito ácido. Tais produtos são conhecidos como
aminas neutralizantes, sendo que as mais comuns e atualmente utilizadas são a
morfolina e cicloexilamina, cada uma com determinada característica.

SENAI-SP - INTRANET 25
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Tratamento com sulfito de sódio


O sulfito de sódio é usado como seqüestrante de oxigênio no tratamento de água,
reagindo com o oxigênio, especialmente quando o pH e as temperaturas são elevadas,
formando o sulfato de sódio. É utilizado em caldeiras de baixa e média pressão.

Observação
O acompanhamento do teor do pH é muito importante neste caso, pois pode ocorrer a
formação de ácido sulfúrico.

Tratamento com hidrazina


A precipitação com hidrazina é outro método de tratamento interno. Antigamente, a
hidrazina era mais utilizada em caldeiras de alta pressão, onde o sulfito causava
problemas. Sua reação com o oxigênio, relativamente lenta e não uniforme, impedia
seu uso em geradores de baixa pressão.

Recentemente, foi desenvolvido um catalisador orgânico que aumenta a taxa de reação


da hidrazina com o oxigênio, permitindo seu uso eficiente em geradores de baixa
pressão.
Ela é adicionada fora da caldeira, normalmente na linha ou no tanque de alimentação,
a fim de dar tempo para a reação se processar. Isso evita o arraste e a corrosão
provocada pelo oxigênio e/ou gases existentes.

Um exemplo de parâmetros para diversas pressões que devem ser analisados em um


tratamento de água está na tabela a seguir.

2
Parâmetros Unid. até 13 kg/cm 13,1 a 20 20,1 a 30 30,1 a 39,9
pH ppm 10,5 a 11,5 10,5 a 11,5 10,5 a 11,0 10,5 a 11,0
Dureza ppm 0 0 0 0
Alcalinidade a fenoftaleina como
ppm - - - -
CaCO3
Alcalinidade ao metil-orange como
ppm < 700 < 700 < 600 < 500
CaCO3
Alcalinidade hidróxida como CaCO3 ppm 150 a 250 150 a 250 100 a 200 80 a 120
-
Cloretos como Cl ppm < 500 < 400 < 300 < 150
-3
Fosfatos como PO4 ppm 30 a 50 30 a 50 20 a 40 20 a 40
Sílica como SiO2 ppm < 180 < 120 < 80 < 40
2-
Sulfitos como SO3 ppm 20 a 50 20 a 50 20 a 40 20 a 40
Sólidos dissolvidos ppm < 2800 < 2500 < 2000 < 1500
Sólidos em suspensão ppm < 300 < 200 < 150 < 50
Hidrazina como N2H4 ppm 0,1 a 0,2 0,1 a 0,2 0,05 a 0,15 0,05 a 0,15
pH do condensado (sem arraste) ppm 7,2 a 8,0 7,2 a 8,0 7,2 a 8,0 7,2 a 8,0

26 SENAI-SP - INTRANET
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

A tabela a seguir resume as impurezas presentes na água e o respectivo tratamento


para sua eliminação.

Tipo Fórmula química Conseqüências Tratamentos


Turbidez - Sedimentos em linhas de Floculação, sedimentação e
água. filtração.
Cor - Espuma nas caldeiras. Floculação e filtração.
Absorção por carvão ativado
Dureza Sais de cálcio e magnésio Crostas calcárias. Abrandamento.
expressos como CaCO3. Tratamento interno na
caldeira.
Alcalinidade Bicarbonato (HCO32--), Em excesso causam Amolecimento com cal e cal
Carbonato (CO3--) e espuma e arraste de sodada.
Hidrato (OH-) expressos sólidos com o vapor. Desmineralização
como CaCO3 Fragilidade cáustica no
ferro.
O bicarbonato e o
carbonato produzem gás
carbônico, causador de
corrosão nas linhas de
vapor e de condensado.
Ácido mineral livre Ácido clorídrico: HCl Corrosão Neutralização com álcalis.
Ácido sulfúrico: H2SO4
--
Dióxido de carbono CO2 Corrosão em dutos de Desaeração.
água e linhas de vapor e Neutralização com álcalis.
de condensado
2-
Sulfato SO4 Adiciona-se ao conteúdo Desmineralização.
de sólidos da água , mas
por si é usualmente
insignificante.
Combina-se com o cálcio
para formar crosta de
sulfato de cálcio.
Cloreto Cl - Adiciona-se ao conteúdo Desmineralização.
de sólidos, aumentando o
caráter corrosivo da água.
Sílica SiO2 Causa crosta de dificílima Remoção pelo processo a
remoção. Volatiza-se a quente com sais de magnésio.
altas pressões, causando Absorção pela resina de troca
depósitos em turbinas. iônica altamente básica em
conjunto com a
desmineralização.
Nitrato NO3 - Adiciona-se ao conteúdo Desmineralização.
de sólidos.
Útil para controlar a ação
da soda em relação à
fragilidade cáustica.
Ferro 2+ Causadores de sedimentos Aeração, coagulação e
Fe (ferroso)
3+ e corrosão. filtração.
Fe (férrico)
Amolecimento pelo cal, troca
catiônica.
Oxigênio O2 Corrosão Desaeração, sulfito de sódio,
hidrazina.
Amônia NH3 Corrosão de ligas de cobre Cloração, desaeração.
e zinco pela formação de Troca catiônica
íon complexo solúvel.
Sólidos dissolvidos - Em excesso, causam Abrandamento,
espuma, sedimentos e desmineralização, osmose
arraste. reversa
Sólidos suspensos - Em excesso, causam Filtração, geralmente
sedimentos e arraste. precedida de floculação e
decantação.

SENAI-SP - INTRANET 27
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

28 SENAI-SP - INTRANET
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Exercícios

1. Por que a água potável não é recomendada para ser usada na caldeira?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

2. Cite pelo menos 4 impurezas que não podem estar presentes na água de
alimentação de caldeira?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

3. O que poderá causar na caldeira, a presençad e impurezas na água de


alimentação
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

4. Qual a diferença entre corrosão e incrustação?


__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

SENAI-SP - INTRANET 29
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

5. O que pode ocorrer numa caldeira quando há incrustação em seus tubos?


__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

6. Por que é necessário a descarga de fundo de uma caldeira?


__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

7. Qual a faixa de pH recomendada para uma água de alimentação de caldeira.


__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

8. Explique com suas palavras, como deve ser estabelecido o tratamento de água de
uma caldeira?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

9. O que poderá causar numa caldeira uma água com “dureza” acima de 100 ppm
(100 mg/l)?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

30 SENAI-SP - INTRANET
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

Referências bibliográficas

SENAI-SP. Manual de segurança para operadores de caldeira. Por Lázaro Vieira


Maciel e Leandro José Martinez. São Paulo, 1995.

BUCKMAN Lab. Ltda. Introdução ao tratamento de águas industriais. Por Luiz W.


B. Pace. Campinas, 1997.

SENAI-SP - INTRANET 31
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Tratamento de água de alimentação de caldeiras

32 SENAI-SP - INTRANET

Вам также может понравиться