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Índice
Manual de Discipulado

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Um Novo Começo em Cristo
Introdução
Você já recebeu a Cristo como Salvador? Parabéns, esta foi
a decisão mais importante de sua vida, significa o início de
um relacionamento com Deus. Na Bíblia esta decisão é
chamada de “nascer de novo.” Trata-se de uma nova opor-
tunidade que Deus nos concede para vivermos de acordo
com a Sua vontade. É o início de uma jornada para o céu.
Em 2 Coríntios 5.17 lemos: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova
criatura é, as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo."

Veja 7 coisas importantes que ocorreram em sua vida ao tomar esta decisão:

1. Seus pecados foram perdoados


É o pecado separa o homem de Deus, mas ao confessar a Cristo como
Salvador, Ele perdoou todos os seus pecados. Na Bíblia está escrito: “Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1.9). Em Atos 10.43
lemos sobre Cristo: "A este dão testemunho todos os profetas, de que
todos os que nele creem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome."

Paulo, antes de ser apóstolo, havia sido perseguidor da igreja, mas após
sua conversão ele compreendeu que foi completamente perdoado. Ele
declarou: "Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo
Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o
principal." (1 Timóteo 1.15) Paulo creu na promessa de Cristo, o qual nos
garantiu: “O Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido."
(Lucas 19.10) O perdão de Cristo é real e segundo a Palavra de Deus, você
também foi perdoado e agora está salvo!

2. Você foi justificado


Não importa os erros cometidos no passado, descanse e aceite a afirma-
ção da Palavra de Deus sobre o seu perdão, isso se chama fé. É através
da fé, dessa confiança na fidelidade de Deus em nos perdoar que somos
justificados. Em Romanos 5.1 lemos: “Tendo sido, pois, justificados pela
fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.” Em Romanos
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8.1 lemos também: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os
que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segun-
do o Espírito.” Não aceite que o seu passado o condene, alegre-se em
Deus. A justificação em Cristo além de nos livrar da condenação eterna
nos torna herdeiros de Deus. Em Tito 3.7 lemos: "Para que, sendo justi-
ficados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da
vida eterna." Adiante você aprenderá mais sobre a herança dos salvos.

3. Seu nome tem a garantia de estar escrito no céu


Em Apocalipse 21.27 lemos sobre a cidade celestial: “E não entrará nela
coisa alguma que a contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os
que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.” Jesus declarou: “Alegrai-
vos antes por estarem seus nomes escritos nos céus.” O céu é o lugar
reservado aos que vivem separados do pecado e consagrados a Deus – os
santos. Em Hebreus 12.14 lemos: “Segui a paz com todos, e a santificação,
sem a qual ninguém verá o Senhor."

4. Agora você é filho de Deus


Pode parecer estranho, mas para Deus só é considerado filho quem
recebeu a Cristo como Salvador! No Evangelho de João lemos: “Mas a
todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de
Deus, a saber, aos que creem no seu nome” (João 1.12). Os que fizeram
esta confissão agora procuram obedecer a Deus, sabendo que Ele é
santo (separado do pecado). Em 1 Pedro 1.14,15 lemos assim: “Como
filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que
antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos
chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver.”

A Bíblia nos mostra a diferença entre o nosso antigo modo de vida e a


nova vida em Cristo: "Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois
luz no Senhor; andai como filhos da luz" (Efésios 5.8). “Filho da luz” fala
de nosso testemunho, e de como podemos ajudar outros a saírem do
caminho de trevas. Em Filipenses 2.15 lemos: "Para que sejais irre-
preensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma
geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros
no mundo."

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5. O Espírito Santo passou a habitar em você
Para certificar a sua filiação com Deus, no dia de sua decisão o Espirito
Santo passou habitar em você! Em Romanos 8.16 lemos: "O mesmo
Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus." É o
Espírito Santo que nos dá poder para vencer os desejos da velha nature-
za humana e nos capacita para o conhecimento de Deus. O apóstolo
Paulo escreveu aos efésios: “Para que, segundo as riquezas da sua glória,
vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no ho-
mem interior; para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim
de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente
compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimen-
to, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede
todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de
Deus.” (Ef 3.16-19) Adiante você aprenderá mais sobre a pessoa do
Espírito Santo e sobre sua filiação com Deus.

6. Você foi (e está sendo) santificado


Já vimos que a palavra santificação significa ser separado do pecado e
dedicado a Deus. Este foi o propósito para o qual fomos criados! Ao
receber a Cristo como Salvador, simplesmente voltamos ao propósito
original de Deus! A nossa separação do pecado deve continuar até o dia
da volta de Cristo, onde seremos completamente transformados. (1
Coríntios 15.52), por isso Paulo instruiu os irmãos de Tessalônica:
“Abstende-vos de toda a aparência do mal. E o mesmo Deus de paz vos
santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam
plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.” (1
Tessalonicenses 5.22-24) Então um verdadeiro filho de Deus não vive
mais propositalmente no pecado. Novamente Paulo disse aos tessa-
lonicenses: “Deus não nos chamou para a imundícia, mas para a
santificação." (1 Ts 4.7) A santificação não é algo impossível de ser
alcançado, pois o Espírito Santo nos capacita a compreender a Palavra
de Deus e esta quando obedecida produz uma progressiva separação do
pecado. Jesus afirmou: "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a
verdade." (João 17.17) Em 2 Tessalonicenses 2.13 lemos também: "Mas
devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor,
por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em
santificação do Espírito, e fé da verdade."

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DESENVOLVENDO A SALVAÇÃO
Salvação é a vida eterna. Já que você está salvo, isto é, já que você tem a
vida eterna, veja o que Jesus falou sobre este privilégio: "E a vida eterna
é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus
Cristo, a quem enviaste." (João 17.3) Este texto nos mostra que temos
pela frente uma maravilhosa jornada de conhecimento de Deus, ou seja,
a salvação é como um presente embalado, precisamos saber tudo o que
contém em seu interior. Fique certo que você terá muitas surpresas
agradáveis a cada descoberta. A Bíblia chama este exercício de
“desenvolvimento da salvação.” Em Filipenses 2.12,13 lemos: “Assim, pois,
amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença,
porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação
com temor e tremor, porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer
como o realizar, segundo a sua boa vontade”.

ATITUDES PARA DESENVOLVER A SALVAÇÃO


A vida segue normal. A diferença é que, de agora em diante, teremos novas
prioridades. Usaremos o nosso tempo de forma mais prudente escolhendo
aquilo que nos edifica espiritualmente e rejeitando tudo que não agrada a
Deus. Talvez alguns de seus antigos companheiros lhe dirão que não há
mal nenhum em acompanhá-los nos velhos caminhos do pecado, mas a
Palavra de Deus nos adverte: “Filho meu, se os pecadores querem seduzir-
te, não o consintas” (Provérbios 1.10). O nosso relacionamento com o
mundo deve ser no sentido de falar sobre a transformação que Deus fez
em nossa vida, pois Deus deseja que todos os homens se salvem, e venham
ao pleno conhecimento da verdade. (1 Timóteo 2.4)

1. Confie – Deus é fiel para nos guardar


Jamais negue a sua fé. O apóstolo Paulo disse em um momento difícil:
“Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles
alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna. Fiel é
esta Palavra: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos.
Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele
nos negará. Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si
mesmo.” (2 Timóteo 2.10-13) Em Mateus 10.32,33 Jesus nos adverte:
“Aquele que me negar diante dos homens eu o negarei diante de meu
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Pai que está nos céus.” Portanto, lutas virão, mas não há o que temer.
Confesse a Palavra de Deus como fazia Paulo: "E o Senhor me livrará de
toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja
glória para todo o sempre. Amém." (2 Timóteo 4.18)

2. Ore
Orar é conversar com Deus expressando-se diante dele conforme seu
entendimento, nada é decorado. Através de seu relacionamento com Deus
você está habilitado a adorá-lo livremente. Expresse gratidão pelo seu
perdão, provisão, saúde, emprego, etc. Fale sobre suas necessidades e pro-
blemas. Em Filipenses 4.6 lemos assim: “Não andeis ansiosos por coisa
alguma, mas em tudo, pela oração e pela súplica, com ações de graças,
sejam vossas petições conhecidas diante de Deus”. Mais adiante teremos
um estudo sobre a importância da oração.

3. Leia a Bíblia
A Bíblia é a Palavra escrita de Deus e nela nós podemos depositar toda
confiança. Os ensinamentos de Cristo estão exclusivamente na Bíblia, não
precisamos recorrer a nenhuma outra fonte para aprendermos sobre
Deus. A Bíblia possui um elevado padrão de vida para nós e através dela
conhecemos a vontade de Deus para nossa vida. À medida que você lê a
Bíblia vai perceber que este mundo vive muito diferente do que Jesus
ensinou!

Observação: Por onde começar a leitura da Bíblia?


Como sugestão de leitura, inicie com o Evangelho de João (Novo
Testamento). Este livro fala dos acontecimentos da vida de Jesus nas
duas últimas semanas antes de sua crucificação e destaca a importância
de crer nele para ter a vida eterna.

Antes da leitura ore pedindo sabedoria a Deus. Você pode orar assim:
“Senhor abre o meu entendimento para compreender a tua Palavra.” O
Espírito Santo o ajudará a compreendê-la e você se sentirá confortado
pela revelação recebida. Em Salmos 19.8-11 temos uma bela descrição
da Bíblia: “Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o
mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos. O temor do Senhor é
limpo, e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e
justos juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito

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ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos. Também por
eles é admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa.”
Esforce-se para memorizar versículos da Bíblia. Em Salmos 119.9-11
lemos: “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o
conforme a tua palavra. Com todo o meu coração te busquei; não me
deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua palavra no meu
coração, para eu não pecar contra ti.”

4. Participe dos cultos


Durante o culto o pastor ministra o ensino da Palavra de Deus. É mais
uma oportunidade para aprender de Cristo. O objetivo do ensino está
em Efésios 4.13: "Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao
conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da es-
tatura completa de Cristo." Leve seus familiares e amigos para parti-
ciparem do próximo culto.

O culto visa, em primeiro lugar, a adoração a Deus. A igreja se reúne


para orar, cantar e adorar a Deus com muita alegria. Lá você não verá
nenhuma imagem de escultura, porque servimos a Deus em espirito e
em verdade, como Jesus ensinou. (João 4.23) Neste ambiente de
adoração a nossa fé é fortalecida no único Deus vivo, onde Ele fala
através das mensagens, cânticos e orações. O culto também proporciona
um momento especial de comunhão com os irmãos. Ali você estará em
contato com crentes mais experientes na vida espiritual.

Se tiver alguma dúvida sobre algum assunto particular converse com o


seu pastor ou líder de sua igreja. Procure integrar-se, informe-se tam-
bém quando deverá ser batizado nas águas conforme o mandamento de
Jesus expresso em Mateus 28.19

Parabéns mais uma vez pela nobre decisão de iniciar um relacio-


namento com Deus. Em continuação à nossa jornada de crescimento
em Cristo, preparamos 15 estudos bíblicos fundamentais para
fortalecer sua fé. Estude este e-book com calma procurando ler todas
as referências bíblicas, fazendo isto o seu progresso será proveitoso.
Bons estudos!

o (a) abençoe.

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Estudo 01 A Bíblia - A Infalível Palavra de Deus
“Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.” (Jo 17.17)

1. O QUE É A BÍBLIA?
1.1 O autor da Bíblia
A Bíblia é a revelação da Verdade à humanidade. Através dela conhecemos
o caráter de Deus, a realidade do pecado, o plano de Deus para salvar o
homem e a plena vontade dele para nossa vida. Deus é o autor da Bíblia.
Sobre Ele está escrito: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os
seus caminhos justos são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e
reto é.” (Deuteronômio 32.4)

1.2 A Bíblia é a verdade


O texto acima declara que Deus é a verdade, então não há erros nem
contradições em sua Palavra. A Bíblia é, portanto, digna de toda confiança.
No livro de Salmos lemos: “O caminho de Deus é perfeito; a palavra do
Senhor é provada; é um escudo para todos os que nele confiam.” (Salmos
18.30); “A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do
Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples. Os preceitos do Senhor são retos
e alegram o coração; O mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos.
O temor do Senhor é limpo, e permanece eternamente; os juízos do
Senhor são verdadeiros e justos juntamente." (Salmos 19.7-9)

1.3 A Bíblia é inspirada por Deus


Como autor da Bíblia, Deus supervisionou todos os seus escritores de
modo que eles escreveram o que Deus tinha em mente. Embora os escri-
tores da Bíblia tenham vivido em lugares e em épocas diferentes, com
idiomas e culturas diferentes, todos escreveram sem contradições sobre a
pessoa de Jesus Cristo. Isto só foi possível mediante a inspiração do
Espírito Santo. Em 2 Timóteo 3.16 lemos: “Toda a Escritura é divinamente
inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para
instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeita-
mente instruído para toda a boa obra.” Não foram homens quaisquer que
escreveram a Bíblia. Em 2 Pedro 1.21 lemos: “Porque a profecia nunca foi
produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus
falaram inspirados pelo Espírito Santo.”

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1.4 Cristo é o tema central da Bíblia
O assunto dominante nas Escrituras é a redenção em Cristo. Ao longo da
Bíblia Deus revela o seu plano para salvar a humanidade. Um resumo
simples da Bíblia pode ser descrito assim: A Criação do Mundo, a
Corrupção do Mundo e a Redenção do Mundo. Cristo, como Salvador
da humanidade ocupa o centro das Escrituras! Ele se expressou desta
maneira: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida
eterna, e são elas que de mim testificam.” (João 5.39) Ao ressuscitar
dentre os mortos Cristo falou novamente: “Porventura não convinha que o
Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por
Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em
todas as Escrituras.” (Lucas 24.26,27) Aos colossenses Paulo escreveu:
“Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra,
visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados,
sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas
as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo, da
igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo
tenha a preeminência.” (Colossenses 1.16-18)

2. POR QUE DEUS DEU A BÍBLIA AO HOMEM?


2.1 Para nos guiar na verdade
Já vimos que a Bíblia nos mostra o que é certo e o que é errado, o caminho
do bem e o do mal. No Antigo Testamento os sacerdotes tinham a
responsabilidade de ensinar a Palavra de Deus ao povo de Israel para que
conhecessem a verdade e andassem nela. Em Ezequiel 44.23 lemos: “E a
meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano, e o farão
discernir entre o impuro e o puro.”

Já que a Bíblia nos mostra o caminho da vida e os caminhos da morte, o


estilo de vida do justo e o do ímpio, daquele que serve a Deus e daquele
que não o serve, só há duas opções para o homem: escolher o caminho de
Deus (seguir sua Palavra) ou seguir em seu próprio caminho, (evidente-
mente o caminho do pecado). No Antigo Testamento, Deus disse a Israel:
“Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho
proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe, pois a vida, para
que vivas, tu e a tua descendência.” (Deuteronômio 30.19) Quem quiser
ser bem sucedido na vida precisa ser guiado pela Palavra de Deus. Em
Provérbios lemos: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te
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estribes no teu próprio entendimento, reconhece-o em todos os teus
caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio a teus
próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” (Pv 3.5-7)

2.2 Para nos libertar do poder do pecado


A Bíblia diz que o pecado escraviza quem a ele se se entrega. (Romanos
6.16) Quando estávamos no mundo não sabíamos disso, mas ao ouvir a
Palavra fomos libertos! Cumpriu-se em nós João 8.32: “E conhecereis a
verdade, e a verdade vos libertará.” Como lidaremos com o pecado? Em
Hebreus 12.1 lemos: “Portanto nós também, pois que estamos rodeados
de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o
pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira
que nos está proposta.” Graças a Deus através da Bíblia aprendemos tudo
sobre o perigo do pecado. A Bíblia é enfática: "Porque o salario do pecado
é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus
nosso Senhor." (Romanos 6.23) Somente sob a ótica da Palavra de Deus
somos capacitados a examinar tudo, extrair somente o que é bom e
evitamos o mal e a sua aparência (1 Tessalonicenses 5.22).

2.3 Para nos ensinar a amar a Deus


Amar a Deus é bem diferente do que ouvimos no mundo. Segundo a Bíblia
amamos a Deus quando obedecemos as Escrituras! Em João 14.21 Jesus
declarou: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o
que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e
me manifestarei a ele." Em 1 João 2.4 lemos também: "Aquele que diz: Eu
conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não
está a verdade." Ainda em Tiago 1.22 diz: “E sede cumpridores da palavra, e
não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.”

Será difícil obedecer a Deus através de sua Palavra? Em 1 João 5.3 le-
mos: "Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamen-
tos; e os seus mandamentos não são pesados." Jesus disse: “Tomai sobre
vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração;
e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave
e o meu fardo é leve.” (Mateus 11.29,30) Se tentarmos viver sem depender
da Palavra de Deus vamos achar a vida cristã muito difícil.

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3. A DIVISÃO DA BÍBLIA
A Bíblia se divide em duas partes: O Antigo e o Novo Testamento
(AT/NT) A palavra testamento significa “aliança”, “pacto”. O Antigo
Testamento ou Antiga Aliança foi celebrado entre Deus e o povo de Israel
(os judeus). O Novo Testamento ou Nova Aliança foi celebrado entre Deus
e a igreja pelo sacrifício de Jesus na cruz do calvário. No Antigo Testa-
mento Deus instituiu a páscoa que incluía o sacrifício de um cordeiro
como símbolo do sacrifício perfeito o qual se cumpriu na morte de Jesus.

Jesus celebrou a última páscoa na terra instituindo a “Ceia do Senhor.” Em


Lucas 22.20 lemos: “Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia,
dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado
por vós.” Em Efésios 1.7 também lemos sobre Jesus: "Em quem temos a
redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da
sua graça."

O Antigo Testamento trata da promessa de Deus em enviar o Salvador


(Messias) ao mundo através de Israel. O Novo Testamento trata do cumpri-
mento desta promessa. Então podemos afirmar que no Antigo Testamento
o “Messias virá” (Daniel 9.24-27). No Novo Testamento o “Messias já veio”
(Atos 1.2; Lucas 24.26,27).

4. OUTROS MOTIVOS PARA LER A BÍBLIA


4.1 Porque Ela sonda o nosso coração
A Palavra de Deus nos examina! Em Salmos 139.23,24 lemos assim:
“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os
meus pensamentos e vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me
pelo caminho eterno.”

O Espírito Santo inspira os pregadores a citar versículos que atendem à


necessidade dos ouvintes, seja para consolar, edificar, corrigir ou repreen-
der, pois Deus em sua onisciência, conhece a todos. Está escrito: “Porque a
palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma
de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.”

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4.2 Porque na Palavra encontramos conforto e paz
Paulo disse aos irmãos de Roma: “Porque tudo o que dantes foi escrito,
para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das
Escrituras tenhamos esperança. Ora, o Deus de paciência e consolação vos
conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo
Jesus.” (Romanos 15.4,5) O profeta Jeremias disse: “Achadas as tuas
palavras logo as comi, as tua palavras me foram gozo e alegria para o
coração; pois pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos.
(Jeremias 15.16). O rei Davi declarou: "Tu és o meu refúgio e o meu
escudo; espero na tua palavra." (Salmos 119.114) O Salmo 119 é o maior
Salmo da Bíblia e trata exatamente da excelência da Palavra de Deus. Este
Salmo destaca diversos atributos de Deus: amor, juízo, onipresença,
onipotência, onisciência, misericórdia, bondade, fidelidade, etc.

4.3 A Bíblia dirige os nossos passos


Em Provérbios 6.22-23 lemos assim: “Quando caminhares, te guiará;
quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo. Porque
o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o
caminho da vida.” Vejamos alguns Salmos e Provérbios sobre isto: “Bem-
aventurados os retos em seus caminhos, que andam na lei do Senhor.” (Sl
119.1); "Pelos teus mandamentos alcancei entendimento, por isso odeio
todo falso caminho. Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o
meu caminho.” (Sl 119.104,105); “Ouve, filho meu, e aceita as minhas
palavras, e se multiplicarão os anos da tua vida. No caminho da sabedoria
te ensinei, e por veredas de retidão te fiz andar. Por elas andando, não se
embaraçarão os teus passos; e se correres não tropeçarás. Apega-te à
instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida.” (Pv 4.10-13)

4.4 A Bíblia é arma de defesa e ataque contra o mal


Em Mateus 4 Jesus venceu o diabo pela Palavra de Deus. Em Efésios 6.7
somos instruídos a fazer o mesmo: “Tomai também o capacete da salva-
ção, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.” A Palavra de Deus só
opera em defesa daqueles que creem. Deus obviamente conhece os que
confiam nele. Em Provérbios 30.5 lemos: “Toda a Palavra de Deus é pura;
escudo é para os que confiam nele.” Em Naum 1.7 lemos também: "O
Senhor é bom, ele serve de fortaleza no dia da angústia, e conhece os que
confiam nele." E se alguém não convertido se atrever a usar a Palavra de
Deus para sua defesa? Em Salmos 50.16-20 lemos: “Mas ao ímpio diz

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Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, e em tomar a minha
aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as minhas
palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele, e tens
a tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, e a tua língua
compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o
filho de tua mãe.” Então para vencermos o mal temos que estar em
obediência à Palavra. Em 2 Coríntios 10.4-6 está escrito: “Porque as armas
da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para
destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se
levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o
entendimento à obediência de Cristo; e estando prontos para punir toda a
desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.”

4.5 Para crescer na graça e conhecimento de Deus


Em 2 Pedro 3.18a lemos assim: "Crescei na graça e conhecimento de nosso
Senhor e Salvador, Jesus Cristo.” Para crescer na fé é necessário um desejo
sincero pela Palavra. Em 1 Pedro 2.2,3 lemos: “Desejai afetuosamente,
como meninos recém-nascidos, o leite racional, não falsificado, para que
por ele vades crescendo. Se é que já provastes que o Senhor é bom.” Deus
tem preciosas revelações para nós. Em Oseias 6.3 lemos: “Então conhe-
çamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é
certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.”

4.6 Para saber responder com sabedoria


A Obediência nos capacita a responder sabiamente. Em Salmos 111.10
lemos: "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento
têm todos os que cumprem os seus mandamentos; o seu louvor permane-
ce para sempre.” Falemos da esperança que há em Cristo. Em 1 Pedro 3.15
lemos: “Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai
sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer
que vos pedir a razão da esperança que há em vós.”

5. MANUSEANDO A BÍBLIA
Os textos bíblicos podem ser citados por extenso ou abreviados: Mt
(Mateus) Gn (Gênesis ); Lc (Lucas); Sl (Salmos); Js (Josué), Dt
(Deuteronômio); Jz (juízes); 1 Pe (1 Pedro), etc. Veja como se lê uma
referência bíblica:
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Jo 1.10 João capítulo primeiro, Jó 42.5 Jó capítulo quarenta e dois
versículo dez. versículo cinco.
Ap 3.4,5 Apocalipse capítulo três, Jo 10.10a João capítulo 10 versículo
versículos quatro e cinco. 10 parte a
Fp 3.4-7 Filipenses capítulo três, Jo 10.10b João capítulo 10 versículo
versículos quatro a sete. 10 parte b
Mc 8.15, 20,38 Marcos capítulo oito Fm 9 Filemom versículo nove
versículo quinze, vinte e trinta e oito. OBS: Há livros que só possuem um
Mc 8.15, 20-38 Marcos capítulo oito capítulo, neste caso só citamos só os
versículo quinze, e versículos vinte versículos. São eles: 2 João, 3 João e
ao trinta e oito. Judas. A leitura é feita assim:
Jo 2.7; 8.10 João capítulo dois verso 3 Jo 3-5 Terceira de João versículos
sete e capítulo oito versículo dez três a cinco.
(ponto e vírgula separam os Judas 4 Judas versículo quatro.
capítulos)

OBS: Também se usa dois pontos (:) para separar o capítulo dos
versículos: Ex: Lc 1:8

6. ALGUMAS DICAS PARA LER A BÍBLIA


1. Inicie com o Evangelho de João o qual trata sobre a divindade de
Jesus.
2. Leia o Evangelho de Mateus o qual traz diversos eventos que provam
que Jesus é o Messias prometido no Antigo Testamento.
3. Leia o Evangelho de Marcos o qual registra os eventos sobre Jesus em
ordem cronológica.
4. Leia o Evangelho de Lucas e depois Atos. Estes dois livros foram
escritos por Lucas, companheiro do apostolo Paulo em suas viagens
missionárias. Lucas retrata a humanidade de Cristo. Atos é a
continuação de Lucas e aborda a origem e desenvolvimento da igreja
primitiva através do Espírito Santo. Atos relata de muitas conversões.
5. Leia as Cartas de Paulo a quais interpretam o ensino de Cristo.
6. Leia o Antigo Testamento. Inicie com Provérbios, Salmos e siga
com Gênesis, Êxodo, Deuteronômio e demais livros.

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Antes da leitura da Bíblia não se esqueça de orar pedindo sabedoria a
Deus. Em Salmos 119.34,35 Davi orava assim: “Dá-me entendimento, e
guardarei a tua lei, e observá-la-ei de todo o meu coração. Faze-me andar
na vereda dos teus mandamentos, porque nela tenho prazer.” Igualmente
ao terminar a leitura ore agradecendo a Deus pelas revelações que
recebeu.

Outras dicas:
1. Separe a melhor hora para ler a Bíblia;
2. Escolha um ambiente bem iluminado;
3. Não deixe para ler quando estiver cansado;
4. Anote o que achar necessário; use um pincel marca texto para
destacar os versículos que mais falaram ao seu coração.
5. Para uma melhor aprendizagem faça perguntas sobre o texto que
acabou de ler. Exemplo de algumas perguntas:

 Há neste texto alguma ordem que devo obedecer?


 Há algum exemplo que devo seguir ou imitar?
 Há algum pecado que devo abandonar ou evitar?
 Há alguma promessa que se aplica a mim?
Observação: A leitura da Bíblia não visa acumular conhecimento, mas
acima de tudo a transformação de nosso caráter à semelhança do cará-
ter de Cristo. Permita que a palavra de Deus sonde o seu coração e
receba-a com humildade.

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Estudo 02 A Salvação em Cristo
“Porque a graça de Deus se manifestou trazendo salvação a todos os
homens." (Tt 2.11)

1. O PLANO DE DEUS PARA SALVAR A HUMANIDADE


Deus tem uma boa notícia para a humanidade: Salvação. Esta palavra
significa basicamente livramento, preservação, segurança. A Bíblia
declara que morrer perdido é a pior tragédia que existe. Significa sofrer
eternamente no inferno longe da presença de Deus. Cristo veio ao mundo
para nos livrar deste estado de perdição. (Lc 19.10) Então o evangelho é
chamado de Boa Nova porque a má notícia da condenação pelo pecado é
anulada quando recebemos a Cristo como Senhor e Salvador. Em
Hebreus 2.3 somos exortados a considerar a preciosidade da salvação:
“Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande
salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois
confirmada pelos que a ouviram?” A salvação é exclusivamente na pessoa
de Jesus. (At 4.12)

1.1 Compreendendo mais sobre necessidade de salvação


No primeiro livro da Bíblia (Gênesis) lemos que Deus criou o mundo em
perfeita harmonia. O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus e
foi lhe dado um espírito a fim de que pudesse ter comunhão com Deus,
porque Deus é espírito. (João 4.24) Deus pôs o homem em um jardim para
lavrá-lo e guardá-lo. Adão e Eva poderiam comer de todo fruto que havia
no jardim, exceto da árvore do conhecimento do bem e do mal, e caso a
comessem morreriam espiritualmente, isto é, seu relacionamento com
Deus terminaria. A obediência do casal provaria lealdade a Deus. Como
seres morais com capacidade de escolha, enquanto obedecessem vive-
riam. Um dia, porém, cederam à tentação de Satanás e ocorreu a morte
espiritual, daí eles perderam imediatamente a comunhão com Deus e
fugiram de sua presença (veja os passos da queda em Tiago 1.15) A partir
de então Adão e Eva ficaram contaminados pelo pecado e a morte
espiritual foi transmitida a toda a humanidade (1 Co 15.21; Rm 5.12).
Então a nascemos espiritualmente mortos, embora fisicamente vivos!
Graças a Deus você teve contato com a pregação da Palavra de Deus e se
converteu, isto significa que você passou da morte espiritual para a vida.

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Em João 5.24 Jesus se expressou assim: "Na verdade, na verdade vos digo
que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida
eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida." A
Bíblia diz que o pecado leva à morte em três sentidos: Morte Espiritual,
Física e Eterna. Primeiramente Deus nos criou para existir eternamente.
(a nossa existência não cessa com a morte física, e por isso Deus enviou
Cristo para nos livrar da perdição eterna). Em João 3.36 lemos: "Aquele
que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não
verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece." Durante a nossa
existência na terra temos a oportunidade de receber a Cristo como
Salvador ou rejeitá-lo! Como você já confessou a Cristo como Salvador,
você está salvo! Em Tito 3.5 lemos: “Mas quando apareceu a benignidade e
amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens, não pelas obras de
justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos
salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.”
Veja abaixo a diferença entre os três tipos mortes existentes: A palavra
morte vem do grego “thanatos” que significa separação.
Ocorreu com Adão e Eva ainda no jardim do Éden. Pela
Morte
desobediência eles ficaram separados da comunhão com
espiritual
Deus, daí toda a humanidade se encontra neste estado! (Gn
(Gn 2.17)
2.16,17; Rm 6.23; 1 Jo 3.14; Jo 5.25, 1Tm 5.6; Tg 1.15 etc.)
Morte Separação das partes materiais e imateriais do ser
Física humano. A matéria (corpo) volta ao pó. Equivale a “expirar”.
(Gn 3.19) (Gn 3.19; Jó 34.14,15; Gn 25.7-9; Sl 146.4; Tg 2.26, etc).
É falecer sem ter recebido a Cristo como Salvador, daí a pessoa
Morte
aguardará o Juízo Final onde será julgado, condenado e
Eterna
lançado no Lago de fogo. E a separação definitiva da
(2ª morte)
presença de Deus na “vida” do ser humano. (Hb 9.27; 2 Ts
(Ap 21.8)
1.8,9; Ap 20.11-15; 21.8, etc.)
Então a morte espiritual é viver na prática do pecado sem levar em conta
a vontade de Deus. (Lc 15.32; Ef 2.1-3). Significa amar o mundo e seus
prazeres. (Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17; 5.19) Em Romanos 8.13 lemos: "Porque,
se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortifi-
cardes as obras do corpo, vivereis." Esse tipo de morte é temporária se a
pessoa se converter para viver para Cristo. Porém se passar pela morte
física sem ter recebido a Cristo como salvador, vai para o Hades (inferno)
onde aguardará o Juízo Final (Veja: Lc 16.23; Jo 12.48; Sl 9.17)

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2. PASSOS PARA A SALVAÇÃO
A salvação vem com a convicção de nosso estado de perdição. Mediante a
pregação da Palavra o Espírito Santo nos convence do pecado, justiça e
juízo divino. (Jo 16.8-11) Ele mostra que precisamos confessar a Cristo
como Salvador (Rm 10.8-11). De forma simples, os passos para a salvação
são estes: arrependimento, fé e confissão.

a) Arrependimento: Mudança de mente que é refletida diretamente em


nossa maneira de viver. Uma pessoa arrependida sente profunda tris-
teza por ter ofendido a Deus e decide relacionar-se com Ele com sinceri-
dade abandonando definitivamente a vida de pecado. Veja na bíblia uma
chamada ao arrependimento: “Que, quanto ao trato passado, vos despo-
jeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do enga-
no; e vos renoveis no espírito da vossa mente; e vos revistais do novo
homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.
Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo;
porque somos membros uns dos outros. Irai-vos, e não pequeis; não se
ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo. Aquele que
furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é
bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade. Não
saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para
promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.” (Ef 4.22-29)

b) Fé: É a convicção de que Cristo nos ama, nos aceita e nos perdoa
apesar dos erros cometidos. O resultado desta convicção é uma profun-
da paz e certeza de salvação. A parábola do filho pródigo contada por
Jesus ilustra muito bem isto. O filho arrependido está convicto que seu
pai o ama, e o perdoará aceitando-o de volta. Em Lucas 15. 17,18 lemos:
“E, tornando em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm
abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter
com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti.” (Veja a
parábola completa em Lucas 15.11-32) Deus é compassivo! Observe
outros textos sobre o caráter de Deus: Miquéias 7.18,19 e Isaias 1.18.

c) Confissão: Declarar e assumir o senhorio de Cristo mediante a dispo-


sição para obedecer a Palavra de Deus. Uma confissão autêntica envolve
arrependimento e a fé em Jesus. Em Romanos 10.9,10 lemos: “Se com a

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tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus
o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se
crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.” Jesus
declarou: “Qualquer que me confessar diante dos homens, eu o
confessarei diante de meu Pai, que esta nos ce us. Mas qualquer que
me negar diante dos homens, eu o negarei tambe m diante de meu Pai,
que esta nos ce us.” (Mt 10.32,33)

Podemos ser salvos por boas obras? Absolutamente não. Em Efésios


2.8,9 lemos: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem
de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” A
gloria da salvação é exclusivamente de Cristo. Em Gálatas 1.3-5 lemos:
“Graça e paz da parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus Cristo, o qual se
deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século
mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai, ao qual seja dada glória para
todo o sempre. Amém.“
3. A FONTE DA SALVAÇÃO
A única fonte da salvação é a Bíblia. Através dela conhecemos o plano de
Deus para a salvação. Em Atos 4.12 referindo-se a Cristo, o apóstolo
Pedro declarou: “E em nenhum outro há salvação, porque também
debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual
devamos ser salvos.”

No Antigo Testamento há muitos registros sobre a salvação em Cristo. Em


Isaias 43.11 lemos: "Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador."
Em Oséias 13.4 lemos: "Todavia, eu sou o Senhor teu Deus desde a terra
do Egito; portanto não reconhecerás outro deus além de mim, porque não
há Salvador senão eu." Estes textos estão na Bíblia para que ninguém se
iluda buscando salvação em outras fontes. Quando Israel caiu no pecado
da idolatria Deus falou: “Houve alguma nação que trocasse os seus deuses,
ainda que não fossem deuses? Todavia o meu povo trocou a sua glória por
aquilo que é de nenhum proveito. Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-
vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o Senhor. Porque o meu povo
fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e
cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” (Jr 2.11-13)

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4. ASPECTOS DA SALVAÇÃO
4.1 justificação: É um ato da Graça de Deus onde Ele declara justo
quem receber pela fé a Cristo como Salvador. É um termo judicial que
lembra um tribunal onde Deus absolve o pecador (réu) de suas trans-
gressões para com a Sua santa Lei e o declara justo e inocente. (Rm 5.1;
1 Co 6.11) A pessoa obtém a condição de estar alinhado à Lei de Deus
em todos os seus aspectos e por essa razão não precisa temer as
punições prescritas nela. (Rm 3.24; 8.1)

4.2 Regeneração: É a natureza de Deus implantada em nós operando o


novo nascimento. As seguintes passagens bíblicas comprovam esta
mudança: “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da
verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas.” (Tg
1.18); “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e
todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é
nascido.” (1 Jo 5.1); “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito,
mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da
regeneração e da renovação do Espírito Santo.” (Tt 3.5)

Também é uma mudança de condição. Um pecador que servia ao diabo e


era por natureza inimigo de Deus, agora em Cristo se torna filho de
Deus. Em 1 João 3.8,9 lemos: “Quem comete o pecado é do diabo; porque
o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou:
para desfazer as obras do diabo. Qualquer que é nascido de Deus não
comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode
pecar, porque é nascido de Deus.”

4.3 Santificação: É um ato da Graça de Deus onde o homem abandona a


prática do pecado e é restaurado à comunhão com Deus separando-se
(santificando-se) para o serviço de Deus. (Lv 20.26; 1 Pe 2.9,10) Então
ele passa a “andar na luz” (1 Jo 1.7), e “agradar a Deus” (1Ts 4.1)
“vivendo de modo digno do Senhor.” (Cl 1.10) Já vimos que a Bíblia
afirma que sem a santificação ninguém verá o Senhor. (Hb 12.14).d

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Estudo 03 Conhecendo o Caráter de Deus
"Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor.” (Os 6.3a)

1. É POSSÍVEL CONHECER A DEUS?


Em Salmos 19 Deus se revela de duas maneiras: através de sua criação
(versículos 1 a 6) e através de sua Palavra escrita (versículos 7 a 11).
Observe que a Bíblia não tenta provar a existência de Deus! Todas as
afirmações contidas na Bíblia sobre Deus são definitivas. Crer ou não
crer é uma escolha individual, pois provas de Sua existência encontra-
mos em todo lugar. Em Romanos 1.20 lemos assim: “Pois desde a cria-
ção do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua
natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por
meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis.”
A beleza do universo e toda sua diversidade em perfeito funcionamento
através de leis perfeitas denotam a existência de um criador. O Salmo 14.1
denomina de louco (néscio) aquele que não crê na existência de Deus.

O mais importante de tudo é que Deus anseia ter um relacionamento com


suas criaturas. Esta é a razão pela qual fomos criados à imagem e seme-
lhança de Deus. (Gn 1.26) E então? É possível o homem desenvolver um
relacionamento com Deus mesmo depois de ter se envolvido com o
pecado no início do mundo?
2. DEUS VEIO AO MUNDO!
Com a entrada do pecado no mundo, Deus não pode ser plenamente
conhecido pelo homem, por causa de sua natureza pecaminosa (Leia Êx
33.20; Jo 1.18; 1 Tm 6.16), mas Deus em seu amor tomou a iniciativa e
veio ao mundo em forma humana para que creiamos nele. Jesus Cristo é a
imagem expressa Deus e nele habita toda a divindade (Leia Cl 2.9; Hb 1.3).

Jesus se dirigia a Deus chamando-lhe de pai. Filipe, um dos apóstolos de


Cristo desejou ver o Pai e disse a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai, o que
nos basta.” Mas Jesus lhe disse: “Estou há tanto tempo convosco, e não me
tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu:
Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em
mim?” (Veja João 14.8,)
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3. DEUS É AMOR!
A palavra amor define Deus. Em 1 João 4.8 lemos: "Aquele que não ama
não conhece a Deus; porque Deus é amor." É Deus quem nos capacita a
amar. No verso 19 lemos: “Nós o amamos porque ele nos amou primeiro.”
Se Deus nos amou quando ainda éramos inimigos dele (vivendo em peca-
do), imagine depois de reconciliados com Ele através de Cristo! Em Roma-
nos 8.32 lemos: “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou,
antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas
as coisas?” Agora como filhos de Deus podemos desfrutar deste grande
privilégio. Deus em sua bondade ainda nos garante uma herança nos céus.
Em Romanos 8.15-17 lemos: “Porque não recebestes o espírito de
escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito
de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito
testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos
filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros
de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele
sejamos glorificados.” Vale a pena servir a Deus.
4. O TEMOR DE DEUS – O PRINCÍPIO DA SABEDORIA
Em Provérbios 1.7 lemos: "O temor do Senhor é o princípio da sabe-
doria..." O temor a Deus consiste em amá-lo e obedecê-lo com alegria,
considerando as consequências eternas do pecado das quais Deus nos
livrou. Em Hebreus 12.28-29 lemos assim: “Por isso, recebendo nós um
reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de
modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é
fogo consumidor." Este texto expressa a santidade de Deus. Portanto
conhecer o caráter de Deus (quem ele é) é fundamental para sabermos o
quanto Ele nos ama e deseja o nosso crescimento. Deus não deseja que
saibamos apenas informações sobre a sua pessoa, mas que tenhamos uma
comunhão íntima com Ele. Conhecer a Deus por experiência é o maior
privilégio que existe.

Você já experimentou o amor de Deus, a sua misericórdia, bondade,


fidelidade, paciência etc, Que tal descobrirmos outros aspectos de sua
pessoa? Em Oseias 6.3 lemos: “Então conheçamos, e prossigamos em
conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como
a chuva, como chuva serôdia que rega a terra."

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5. O QUE SÃO OS ATRIBUTOS DE DEUS?
São qualidades que definem a Deus como ele é, a sua natureza. Eviden-
temente não podemos conhecê-lo em sua totalidade, mas somente o que
ele permite. (Dt 29.29) Compreender os atributos de Deus é essencial
para que o adoremos de forma sábia e agradável, por isso a verdadeira
adoração envolve o conhecimento da natureza de Deus. Quem busca a
Deus para conhecê-lo é cheio de gratidão, primeiramente, por tudo que
Ele é, por tudo que Ele fez, faz e fará por nós. Vale a pena conhecer a Deus,
deleitando-se em sua Palavra a fim de conhecer o seu amor, bondade,
fidelidade, paciência, misericórdia, etc. Em Salmos há muitas declarações
sobre a natureza de Deus. Aproveitemos a leitura de Salmos para adorar a
Deus expressando-lhe gratidão como fez Davi, Asafe, e outros adoradores.
6. ALGUNS ATRIBUTOS DE DEUS
Vejamos de forma breve alguns dos atributos de Deus e como eles se
relacionam à nossa nova vida em Cristo:

Amor: A Bíblia diz que Deus é amor. (1 Jo 4.8) O amor de Deus é sacrificial
(Veja Ef 2.4,5; 1 Jo 3.14,16) Em 1 Jo 4.10 lemos: “Nisto consiste o amor,
não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e
enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.”

Misericórdia: O pecado é algo odioso aos olhos de Deus. Se não fosse sua
misericórdia já teríamos sido consumidos. (Lm 3.22,23) Deus espera que
os pecadores se arrependam e reconheçam sua compaixão enquanto é
tempo. (Ef 2.4-5; Tt 3.5) Graças a Deus já fomos alcançados por sua
compaixão. Ele espera que sejamos também compassivos para com o
nosso próximo (1 Pe 3.8,9; Jd 1.21,22)

Verdade: Deus é a verdade absoluta. É impossível que Ele minta. (Tt 1.2;
Nm 23.19) Sua Palavra é a verdade. (Jo 17.17) Como novas criaturas em
Cristo devemos viver na verdade (Cl 3.9; Ef 4.25; 3 Jo 1.4)

Bondade: Deus é bom, logo tudo o que ele faz é bom (Gn 1.12,31). Ele
concede bênçãos às suas criaturas. (At 14.17; Sl 145.9; 34.8; Na 1.7; Tg
1,17) A bondade e a misericórdia de Deus aparecem juntas muitas vezes.
(Sl 100.5; 106.1; 118.29; 103.10-14; 136.1). À semelhança de Deus
devemos ser bons para com todos. (Rm 15.14; 2 Ts 1.11).
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Fidelidade: Deus é fiel e, portanto digno de toda confiança. Sua Palavra
nunca falhará daí podemos descansar em suas promessas. (1 Co 1.9; Js
21.45; Mt 24.35; Is 34.16) Não devemos temer o fracasso e nem as ciladas
do diabo. (2 Ts 3.3; 1 jo 5.18) Temos que ser fiéis em tudo. (Mt 25.21; Lc
16.10; Hb 3.12; 1 Co 4.2; Ap 2.10)

Retidão: Deus é reto. É impossível Ele errar. (Sl 111.7,8; 92.15; Dt 32.4; Jó
34.10-12); Ele odeia o pecado (Hb 1.9; 1 Jo 1.5; Sl 5.4-6; Mq 6.11; 1 Jo 3.8).
Retidão é sua meta para nós (Gn 17.1,2; Sl 89.14-17) e é o melhor caminho
(Sl 84.11; 125.4; Pv 2.7). O bem e o mal estão diante de nós. A nossa
escolha define nosso caráter. (Dt 30.19,20) Em sua retidão Deus dará a
cada um segundo sua obra (Rm 2.7-10)

Santidade: Deus é santo: Ele é moralmente perfeito. Por natureza Ele é


separado do pecado (1 Sm 2.2; Is 6.3; Sl 77.13) por isso Deus exige
santidade dos que irão habitar com ele. (1Pe 1.15,16; Hb 12.14). Santidade
em relação ao homem significa ser “separado do pecado e consagrado a
Deus” (Lv 20.7,8,26); O meio que Deus nos santifica é através de Sua
Palavra. (Jo 17.17)

Justiça: É a santidade de Deus em ação para punir toda injustiça. (Sl 98.9;
119.137; 145.17; Ap 16.5,6) Deus é imparcial (2 Cr 19.7), e portanto não
faz acepção de pessoas. (Rm 2.11; 1 Pe 1.17). Temos mandamentos para
sermos justos e imparciais. (Lv 19.35-37)

Soberania: Deus é dono de tudo (Sl 24.1; 1 Cr 29.11,12) e governa sobre


todos. Nada está fora de seu controle. Seus planos são realizados em seu
tempo segundo sua soberana vontade. (Sl 103.19; Jó 42.2; Is 46.10,11)

Ira: Deus se opõe a tudo que fere o seu caráter. O pecado atrai a ira de
Deus (Ef 2.1-4; 5.3-6; Cl 3.5,6) Deus castiga os ímpios com tribulação,
angústia e sofrimento eterno (Rm 2.7,8; 2 Pe 2.9; Sl 9.17) Todavia quem
está em Cristo está livre da ira de Deus. (1 Ts 5.8,9)

Longanimidade: É o mesmo que paciência. É um dos aspectos do amor


de Deus. (1 Co 13.4; Ex 34.6,7; Na 1.3) Paulo reconheceu que Deus foi
longânimo para com ele. (1 Tm 1.16) Deus dá tempo para o arrepen-

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dimento mas o homem não deve abusar da longanimidade de Deus, como
fizeram os que morreram pelo dilúvio. (1 Pe 3.18-20) Muitos igualmente
estão abusando da longanimidade de Deus em relação à segunda vinda de
Jesus. (2 Pe 3.3-90)

Onipotência: Somente Deus tem todo poder para realizar tudo o que
deseja e nada ou ninguém pode impedi-lo. (Mt 19.26; Jó 42.2; Sl 33.10.11)
Obviamente Deus só fará o que estiver de acordo com sua natureza santa
expressa em outros de seus atributos.

Onipresença: Deus é infinito e se faz presente em qualquer lugar. (Jr


23.24; Sl 139.7-12) Então não há necessidade de se deslocar para locais
“santos” para tem um encontro com Deus (Jo 4.23). Em Cristo usufruímos
da presença de Deus onde estivermos. Sua presença é real e Ele jamais nos
desampara. (Hb 13.5,6; Mt 28.20).

Onisciência: Deus conhece todas as coisas, mesmo antes que aconteçam.


(Sl 139.1-4; 1 Cr 28.9) e ninguém pode enganá-lo. (Is 29.15) Os que
confiam nele, devem descansar, pois Ele conhece e sabe tudo sobre nossas
necessidades, ansiedades, temores, etc. (Sl 103.13,14; 1 Pe 5.7)

Imutabilidade: Deus é perfeito e, portanto não muda. (Ml 3.6; Tg 1.17; Hb


6.17-19; 13.8) Nenhum de seus atributos muda: a sua justiça, bondade,
fidelidade, permanece eternamente. Ao lermos a Bíblia podemos ter a
certeza que servimos ao mesmo Deus que operou grandes as maravilhas
no passado, na época do Antigo e do Novo Testamento.

Eternidade: Deus não tem início nem terá fim. Ele transcende o tempo. (Sl
90.4) Sua eternidade está ligada à sua imutabilidade. Deus se revelou a
Moisés como o “Eu sou” Essa linguagem pode ser compreendida assim:
“Eu continuarei sendo o que fui e o que sempre serei” Jesus usou este
mesmo verbo em relação a si mesmo. Ele disse aos judeus: “antes de
Abraão nascer, Eu Sou!" (Jo 8.58) Em Apocalipse 1.8 lemos que o Deus
Eterno Jesus Cristo virá ao nosso encontro no arrebatamento. Ele mesmo
declarou: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é,
e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.

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Sabedoria: A sabedoria de Deus é perfeita e inesgotável. (Rm 11.33) Ele
governa tudo com inteligência, segurança e ordem. Obedecê-lo é
prudência, pois a sua vontade é o melhor para nós. (Rm 12.1,2) Ele
compartilha parte de sua sabedoria com seus filhos! (At 6.10; Lc 12.11,12)

Em fim, existe uma correspondência dos atributos de Deus em relação ao


comportamento humano. Em Salmos 18.25,26 lemos: “Com o benigno te
mostrarás benigno; e com o homem sincero te mostrarás sincero; para
com o puro te mostras puro, e para com o perverso te mostras contrário.”

A palavra contrário no verso 26 implica em resistir. Isto porque não existe


maldade no caráter de Deus. Então quando alguém se mostra perverso ele
não pode ser perverso, mas resiste a qualquer perversidade. Em Tiago
4.6 lemos: "Antes, ele dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos
soberbos, mas dá graça aos humildes."

Em 2 Timóteo 2:11-13 lemos também: “Palavra fiel é esta: que, se


morrermos com ele, também com ele viveremos; se sofrermos, também
com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; se formos
infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo.”

7. A TRINDADE DE DEUS
A doutrina da trindade é uma das mais difíceis de ser explicada. Embora
esta palavra não apareça na Bíblia, Deus se revela em sua Palavra de três
formas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo, porém há um só Deus (Dt 6.4)

A Bíblia declara que o Pai é Deus, (Jo 6.27; Rm 1.7; 1 Pe 1.2) O Filho é Deus
([Jo 1.1; 1.14]; Cl 2.8,9; Hb 1.8) e o Espírito Santo é Deus. (Atos 5.3-4) Não
há motivo para ficarmos confusos. Um dia na eternidade com Cristo
compreenderemos tudo sobre a natureza de Deus. Em 1 João 3.2 lemos:
“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que
havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos
semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.”

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Estudo 04 Falando com Deus através da oração
"Buscai ao Senhor e a sua força; buscai a sua face continuamente.”(Sl 105.4)

1. O QUE É A ORAÇÃO
É o meio de cultivar a comunhão com Deus. A sua primeira oração foi de
confissão, ao receber a Cristo como Salvador. A partir dai você tem o
privilégio de aprofundar o seu relacionamento com Ele. Deus tem
infinitas formas de responder nossas orações, e geralmente o faz através
de sua Palavra escrita. Seguramente quanto mais tempo passamos com
Deus em oração mais aprendemos a ouvir a Sua voz. (Jo 10.14) Em
Mateus 6.5-13 Jesus ensinou seus discípulos a orar. Neste texto
aprendemos que a oração não deve ser decorada e não há necessidade
de repetição de frases. Na oração podemos agradecer a Deus pela salva-
ção, saúde, emprego, livramentos, etc. Podemos comunicar nossas
necessidades, problemas e dificuldades a Deus. Ele nos ouve quando
oramos de acordo com Sua vontade. Em 1 João 5.14 lemos: "E esta é a
confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua
vontade, ele nos ouve." Inclusive por isso aprendemos um pouco sobre o
caráter de Deus para descobrirmos a sua vontade e assim aprender a orar
com eficiência. A oração deve ser em nome de Jesus (Jo 14.13,14; 15.16). É
importante saber que antes de recebermos a Cristo como Salvador o
pecado nos separava de Deus. Não podemos nos relacionar com Deus
vivendo em pecado. (Is 59.2; Pv 15.29; 21.27; Sl 66.18; Is 1.15). Agora
perdoados e salvos, temos livre acesso a Deus pelo sacrifício de Cristo e
mesmo se falharmos, mediante o arrependimento, Jesus está pronto a
nos perdoar. (1 Jo 1.9; Tg 5.16)

2. POR QUE DEVEMOS ORAR


2.1 Para cultivar o nosso relacionamento com Deus
A oração nos proporciona discernimento para identificarmos qualquer
coisa prejudicial à nossa vida espiritual como também somos capacitados a
escolher tudo o que agrada a Deus. Devemos submeter tudo à Sua vontade.
Este é o segredo para viver com propósito e poder.

2.2 Para não cair em tentação


Em Mateus 26.41 Jesus nos adverte sobre a fraqueza da carne. O que é
tentação? É a vontade de fazer algo errado; vontade de voltar ao pecado.
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Isso acontece se descuidarmos da oração e dermos lugar à velha natu-
reza, que a Bíblia chama de “carne” (Rm 13.14). Precisamos orar sempre
para vencermos estes desejos. (Hb 12.1; Gl 5.16). A tentação sempre será
vencida se alimentarmos a nossa nova natureza em Cristo. (Cl 3.2,3)

2.3 Para que outros possam ser salvos


No capítulo 17 do evangelho de João Jesus orou por nós! Quando nos
colocamos no lugar de outra pessoa orando por ela, estamos interce-
dendo. Jesus intercedeu por nós deixando-nos o exemplo. Com base em 1
Timóteo 2.1,2 podemos interceder pela família, amigos, nossos líderes
espirituais, autoridades, e inclusive por quem nos persegue. (Mt 5.44; At
12.5). O plano de Deus para nós inclui a intercessão! Deus nos constituiu
intercessores à semelhança dos sacerdotes do Antigo Testamento (1 Pedro
2.9) Paulo via a intercessão como um combate: "E rogo-vos, irmãos, por
nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo
nas vossas orações por mim a Deus" (Rm 15.30).

2.4. Para aprender a se humilhar diante de Deus


O menor versículo da Bíblia diz: “Jesus chorou." (Jo 11.35). Inúmeros
personagens da Bíblia tiveram seus corações quebrantados. Exceto
Jesus, todos sentiram e choraram seus pecados, suas culpas. Pedro
chorou, (Lc 22.62) Paulo chorou (Rm 9.2), Esdras chorou, Jeremias ficou
conhecido como o “profeta chorão” e neste estado ele escreveu o livro
“Lamentações.” Tiago escreveu: "Senti as vossas misérias, e lamentai e
chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza."
(Tg 4.9) A Bíblia chama isto de “coração quebrantado.” Em Salmos 51.17
lemos: “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um
coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.”

Após orar intensamente Deus disse ao profeta Daniel: “Não temas,


Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a
compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas
palavras; e eu vim por causa das tuas palavras.” (Dn 10.12) Em Salmos
34.17,18 lemos: “Os justos clamam, e o Senhor os ouve, e os livra de
todas as suas angustias. Perto está o Senhor dos que têm o coração
quebrantado e salva os contritos de espírito.” Não nos preocupemos
com que outros pensem. O choro diante de Deus é saudável para a nossa

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alma. Em 1 Pedro 5.6 está escrito: "Humilhai-vos, pois, debaixo da
potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte."

Evidentemente há muitos momentos de alegria na vida cristã, mas o


quebrantamento não pode ser excluído. Podemos estar aflitos e até sem
palavras diante de Deus, mas Ele nos compreende. Em Romanos 8.25,26
lemos: “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraque-
zas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o
mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.”
3. QUANDO ORAR
3.1 Ao levantar-se: Inicie o dia conversando com Deus agradecendo-
lhe pela noite que passou. Davi se expressou assim: “Pela manhã ouvirás
a minha voz, ó Senhor; pela manhã apresentarei a ti a minha oração, e
vigiarei. (Sl 5.3) Em Provérbios 8.17 Deus nos diz: “Eu amo aos que me
amam, e os que cedo me buscarem, me acharão.” Ore pedindo sabedoria
a Deus para agir corretamente de acordo com a sua Palavra e peça
ousadia para compartilhar a Palavra de Deus. (2 Tm 4.2)

3.2 Ao deitar-se: Agradeça a Deus por tudo: pelo dia, livramentos,


proteção contra assaltos, batidas de veículos, atropelamentos, em fim, por
todos os benefícios recebidos. Davi orava assim: “Bendize, ó minha alma,
ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.” (Sl 103.2) Em
Efésios 5.20 lemos também: “Dando sempre graças por tudo a nosso Deus
e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” Em fim, devemos orar
sempre: ao levantar-se, deitar-se, ao viajar, quando chegar de viagem, ao
fazer um empreendimento, etc. Em Salmos 105.3,4 lemos: “Gloriai-vos no
seu santo nome; alegre-se o coração daqueles que buscam ao Senhor.
Buscai ao Senhor e a sua força; buscai a sua face continuamente.”
4. ONDE ORAR
4.1 Em casa: A família é um núcleo de adoração a Deus, uma espécie de
mini-igreja. Deus tem que ter prioridade e ser exaltado nela. Separe
momentos especiais para um culto doméstico. Dessa forma estaremos
blindando a nossa família contra ataques satânicos. Além do mais, bus-
car a Deus é a chave de toda prosperidade espiritual. Josué, general das

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guerras do Senhor em Israel, cedo tomou esta decisão. Ele disse: “Eu e a
minha casa serviremos ao Senhor.” (Js 24.15b)

4.2 Na igreja: Melhor dizendo, no prédio onde se chama igreja (porque


a igreja somos nós, o corpo de Cristo). Ali os crentes se reúnem para
orar. Além dos cultos normais de oração, há consagração, vigília, círculo
de oração, etc.(o nome da reunião depende de sua denominação) Deus
sempre se manifesta com batismo no Espírito Santo, cura divina e
solução de muitos problemas. Em Atos 4.31 vemos uma notável reunião
de oração da igreja primitiva: “E, tendo orado, moveu-se o lugar em que
estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam
com ousadia a palavra de Deus.”

4.3 Em qualquer lugar: Em João 4.20 lemos sobre mulher samaritana a


qual se mostrou preocupada com o lugar certo para buscar a Deus! Jesus
esclareceu que podemos buscar a Deus em qualquer lugar, desde que o
adoremos em Espírito e em verdade. (Veja João 4.5-29). Paulo instruiu o
jovem Timóteo assim: “Quero, pois, que os homens orem em todo o
lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda.” (1 Tm 2.8) O
profeta Jeremias estava preso quando o Senhor lhe disse: “Clama a mim,
e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não
sabes.” (Jr 33.3) O profeta Jonas orou no ventre de um grande peixe: “Na
minha angústia clamei ao Senhor e ele me respondeu; do ventre do
abismo gritei, e tu ouviste a minha voz. (Jn2.2)
5. EM QUAL POSIÇÃO ORAR
Qualquer posição é aceita por Deus. Já vimos que o que importa é a nossa
atitude em busca-lo com um coração limpo e sincero. É conveniente uma
posição que indique submissão e reverência a Deus. Veja alguns exemplos
bíblicos: Gn 17.3; 2 Cr 20.5,6,18; Lc 5.12; 22.41,42; Ef 3.14,15

6. ALGO PODE IMPEDIR NOSSAS ORAÇÕES?


Sim, evidentemente o pecado! Em Isaias 59.1,2 lemos: “Eis que a mão do
Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o
seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem
separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o

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seu rosto de vós, para que não vos ouça.” Outros textos: Sl 66.18, 15.29,
etc Daí é essencial estar sempre em comunhão com Deus. (Mt 5.23-25)
Na Bíblia há diversos textos específicos que falam a causa do impedi-
mento de orações. Vejamos alguns:
 Falta de comunhão com o próximo (Mt 5.23,24).
 Não valorizar a Palavra de Deus (Pv 28.9);
 Pedidos mundanos (Tg 4.2-4);
 Mau tratamento para com o cônjuge (1 Pe 3.7);
 Suposta superioridade moral (Lc 18.10-14);
 Descrença (Tg 1.6,7);
 Não permanecer em Cristo e em Sua Palavra (Jo 15.7);
 Não dar prioridade ao Reino de Deus (Mt 6.33);
Devemos pedir a Deus que sonde o nosso coração para sabermos o que
precisa ser corrigido. Davi orava assim: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o
meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em
mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.” (Sl 139.23,24)
7. DEIXAR DE ORAR O QUE SIGNIFICA
A oração é vital e por ela exercitamos a nossa comunhão com Deus. Logo
desprezar uma oportunidade de orar significa desprezar um encontro
com Deus. É o Espírito Santo que nos leva a orar e não ser sensível à Sua
voz é equivale a “extinguir o Espírito” (1 Ts 5.19). A falta de sensibili-
dade para orar tem levado muitos crentes ao fracasso espiritual. Jesus
nos advertiu: "Orai, para que não entreis em tentação." (Lucas 22.40) A
tentação é o primeiro passo para a queda. Veja como o profeta Samuel
via a falta de oração: “E quanto a mim, longe de mim que eu peque
contra o Senhor, deixando de orar por vós; antes vos ensinarei o
caminho bom e direito.” Em vez de desanimar em relação à oração,
imitemos Davi, o qual disse no Salmo 42.1,2: “Assim como o cervo brama
pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A
minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me
apresentarei ante a face de Deus?” No Salmo 84 ele disse também: “Quão
amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos! A minha alma
está desejosa, e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a
minha carne clamam pelo Deus vivo.” (Sl 84.1,2)

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8. VENCENDO OS OBSTÁCULOS DA ORAÇÃO
No dia em que nos convertemos entramos em guerra contínua contra o
reino das trevas e orar significa batalhar espiritualmente. Satanás não quer
que oremos, porque ele conhece o poder da oração. Ele sabe que quando
oramos somos fortalecidos contra as tentações; ele sabe que podemos
interceder por alguém e resultar em libertação; ele sabe que até nações são
impactadas quando oramos; ele sabe que Jesus fará maravilhas, etc. Em fim
ele sabe que terá sérios prejuízos no seu império por isso fará tudo para
nos desviar do propósito da oração. Cientes disto, devemos estar atentos às
suas armadilhas. Muitas vezes ele insinua que estamos cansados, que orar
não é importante, que não temos tempo, que não vai adiantar..., etc. Não
desanime. Ao sentir-se desanimado, e desafiado você pode estar sob ata-
que. Em Efésios 6.18 lemos assim: "Orando em todo o tempo com toda a
oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e
súplica por todos os santos." Ao jovem Timóteo Paulo aconselhou: "Tu,
pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus." (2 Tm 2.1)
9. “ORAI SEM CESSAR” – O QUE SIGNIFICA?
Como interpretar: “Orai sem cessar”? (1 Ts 5.17) A oração deve ser vista
como um privilégio, um estilo de vida. Significa estar continuamente em
atitude de oração! Quando vemos algo de bom, podemos dar graças a Deus
por isso. Quando somos tentados pedimos ajuda por livramento, quando
vemos alguém precisando de Cristo podemos pedir a Deus que nos use
como instrumento para conduzi-lo a Cristo, e assim por diante. Vivendo
assim estaremos em constante contato com Deus. Oração contínua é uma
entrega completa de nosso coração ao Senhor. Em Salmos 19.14 Davi orava
assim: “Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu
coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu!” Qual-
quer cristão salvo pode desfrutar da comunhão com Deus 24 por dia!

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Estudo 05 A Igreja - O meio de alcançar o mundo
"Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas." (Ap 2.29)

1. A COMPOSIÇÃO DA IGREJA
A palavra igreja vem do grego ekklesia, que significa “uma assembleia de
chamados para fora” (At 11.22; 13.1), ou seja, é uma referencia àqueles
que saíram do mundo e se converteram a Cristo. Mundo, se refere à
multidão perdida, separada de Deus por causa do pecado. O mundo está
envolvido em muitos prazeres, diversões, busca de glória, desonestidades,
imoralidades e tudo que se opõe ao reino de Deus. Por isso a Bíblia diz que
o mundo jaz no maligno, isto é, o mundo está sob influência direta de
satanás, a quem Jesus chama de “o príncipe deste mundo.” (Jo 14.30) Foi
deste mundo que fomos resgatados, como igreja, para servir a Deus. Então
a igreja é formada de pessoas os quais foram perdoadas e transformadas.

Em Tito 2.14 lemos sobre Jesus: "o qual se deu a si mesmo por nós para
nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial,
zeloso de boas obras." Paulo ao se despedir da igreja de Éfeso chamou
seus líderes e lhes disse: “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre
que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de
Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.” (At 20.28). Ainda em
Efésios 2.2-5 lemos: “Em que noutro tempo andastes segundo o curso
deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que
agora opera nos filhos da desobediência, entre os quais todos nós também
antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne
e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros
também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito
amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas,
nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos).”
2. A FUNDAÇÃO E INVENCIBILIDADE DA IGREJA
Pela leitura dos textos acima podemos ver que a igreja não é invenção
humana, foi fundada pelo próprio Cristo mediante o seu sacrifício na cruz.
Antes de ir para a cruz, Jesus fez uma pergunta a seus discípulos: “Quem
dizem os homens ser o Filho do homem?” Pedro foi enfático: “Tu és o
Cristo, o Filho do Deus vivo.” (Mt 16.16) Jesus comentou a confissão de
Pedro: “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra
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edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra
ela. E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra
será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos
céus.” (Mt 16.18,19) Essa foi a primeira vez que Jesus usou a palavra
igreja. Portanto ela é invencível e o próprio Cristo é a pedra principal, que
Pedro havia confessado!

3. CRISTO: O ALICERCE DA IGREJA


O termo ekklesia é aplicado somente a pessoas e nunca a um prédio. Em 1
Pedro 2.5 lemos: “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa
espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agra-
dáveis a Deus por Jesus Cristo.” Em Atos 4.11 Pedro mesmo explica aos
judeus sobre Cristo: "Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edifica-
dores, a qual foi posta por cabeça de esquina." Em Efésios 2.20-22 lemos:
“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus
Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajus-
tado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós junta-
mente sois edificados para morada de Deus em Espírito.” E que chave
seria essa que Cristo prometeu a Pedro? É simples: Pedro em sua primeira
pregação conduziu 3.000 almas a Cristo! A partir daí a igreja se expandiu.
O sermão completo de Pedro encontra-se em Atos 2.14-41. A igreja segue
pregando a Palavra até a volta de Cristo onde você e eu somos parte dela!
4. FINALIDADES DA IGREJA
4.1 Adoração: Em João 4.23 lemos: “Mas a hora vem, e agora é, em que os
verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque
o Pai procura a tais que assim o adorem.” Vejamos apenas dois ensinos
neste texto:

a) Os verdadeiros adoradores: Certamente há adoradores enganados,


cuja adoração não se fundamenta na verdade da Palavra. O verdadeiro
adorador adora somente a Deus. Já vimos em João 17.3 onde Jesus disse:
“E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verda-
deiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” Em Efésios 3.21 lemos: “A esse
glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sem-
pre. Amém.” Em 1 Tessalonicenses 1.8-10 também lemos: “Porque por vós
soou a palavra do Senhor, não somente na Macedônia e Acaia, mas tam-

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bém em todos os lugares a vossa fé para com Deus se espalhou, de tal
maneira que já dela não temos necessidade de falar coisa alguma; porque
eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco,
e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e
verdadeiro, e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os
mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.”

b) Em Espírito: Ao nascer de novo (espiritualmente) a nossa comunhão


com Deus foi restabelecida. Agora podemos adorar a Deus de forma
agradável. Adorar em espírito fala de uma adoração sincera que parte de
um coração purificado do pecado (santo). Em Salmos 96.9 lemos: “Adorai
ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele toda a terra.” Maria, a
mulher escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus se expressou assim: “A
minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu
Salvador.” (Veja Lucas 1.46,47)

4.2 Evangelização do mundo: Vimos que Deus está em busca de verda-


deiros adoradores. Jesus morreu por todos, mas nem todos sabem disso.
Há outros que pensam que, se Cristo morreu por todos, eles podem ser
salvos sem se converterem! Há também os desesperados, que acham que
não há mais solução para eles. Então, a todos, temos que falar-lhes sobre o
amor de Deus, do perigo de viver no pecado e da justiça de Deus. Em fim,
precisamos ensinar-lhes toda a verdade. Esta é a missão da igreja. Em
Mateus 28.19-20 Jesus nos comissionou: “Portanto ide, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado;
e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.”

4.3 Edificação de seus membros: Saímos de um mundo cheio de engano.


(1 Jo 5.19) Como novas criaturas precisamos ser edificados na Palavra da
verdade, para isto Deus colocou na igreja pessoas idôneas para nos ajudar a
crescer em Cristo. Em Efésios 4.11-14 lemos sobre Cristo: “E Ele mesmo
deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e
outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos,
para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até que todos
cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão
perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos

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mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina,
pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.”
Como igreja devemos nos reunir para sermos edificados. Em Hebreus
10.25,26 lemos: “Não deixando a nossa congregação, como é costume de
alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes
que se vai aproximando aquele dia. Porque, se pecarmos voluntariamente,
depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais
sacrifício pelos pecados.”

4.4 Preservação do mundo


a) A igreja como sal da terra: Em Mateus 5.13-16 os discípulos são
chamados de “sal da terra e luz do mundo.” Uma das principais função do
sal é evitar o apodrecimento. A igreja é o único organismo capaz de pre-
servar o mundo da corrupção total. Em 1 João 5.19 lemos: "Sabemos que
somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno." Quando, porém a
igreja sair da terra, por ocasião da segunda vinda de Cristo, o mundo
entrará em completa ruina em todos os sentidos.

b) A igreja como luz do mundo: Como luz a igreja mostra o perigo de


viver nas trevas do pecado. Fomos iluminados e agora sabemos que o
pecado tem consequências temporais e eternas. Em Filipenses 2.15 lemos:
“Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no
meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis
como astros no mundo.” A igreja como luz também glorifica a Deus por
sua fidelidade. Em Mateus 5.16 lemos: "Assim resplandeça a vossa luz
diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a
vosso Pai, que está nos céus."

5. COMO A BÍBLIA DENOMINA OS QUE CRERAM


No Novo Testamento encontramos diversos nomes que identificam
aqueles que entregaram suas vidas a Cristo. Vejamos alguns:

Discípulos: "E Jesus subiu ao monte, e assentou-se ali com os seus discí-
pulos." (Jo 6.3); "Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim
sereis meus discípulos." (Jo 15.8); "Então, disse aos seus discípulos: A
seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros." (Mt 9.37)

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Cristãos: "E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e
ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira
vez, chamados cristãos." (At 11.26); “Mas, se padece como cristão, não se
envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte.” (1 Pe 4.16)

Irmãos: "Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o


vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos." (Mt 23.8); “Disse-
lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai
para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu
Deus e vosso Deus.” (Jo 20.17); "Porque, assim o que santifica, como os
que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha
de lhes chamar irmãos." (Hb 2.11); "Nós sabemos que passamos da morte
para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão
permanece na morte." (1 Jo 3.14)

Amados: "Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus;


e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus." (1 Jo 4.7);
"Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos
outros." (1 Jo 4.11); "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é
manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se
manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos."
(1 Jo 3.2)

Amados irmãos: "Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de


Deus." (1 Ts 1.4); "Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e cons-
tantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso
trabalho não é vão no Senhor." (1 Co 15.58); "Portanto, meus amados e
mui queridos irmãos, minha alegria e coroa, estai assim firmes no
Senhor, amados." (Fp 4.1); "Ouvi, meus amados irmãos: Porventura não
escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé, e herdeiros
do reino que prometeu aos que o amam?" (Tg 2.5)

Santos: (Separados do pecado e consagrados a Deus) "Aos santos e


irmãos fiéis em Cristo, que estão em Colossos: Graça a vós, e paz da parte
de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo." (Cl 1.2); "A todos os que
estais em Roma, amados de Deus, chamados santos: Graça e paz de Deus
nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo." (Rm 1.7); "À igreja de Deus que está

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em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos
os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo,
Senhor deles e nosso:" (1 Co 1.2); “Porque o marido descrente é santifica-
do pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra
sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos.” (1 Co 7.14)

Crentes: Dependendo da versão bíblica pode aparecer como sinônimo.


Vejamos: “E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como
mulheres, crescia cada vez mais.” (At 5.14); "Depois disse a Tomé: Põe
aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu
lado; e não sejas incrédulo, mas crente." (Jo 20.27); De sorte que os que
são da fé são benditos com o crente Abraão. (Gl 3.9); “E chegou a Derbe e
Listra. E eis que estava ali um certo discípulo por nome Timóteo, filho de
uma judia que era crente, mas de pai grego.” (Atos 16.1)
6. A IGREJA: COMO ELA É E COMO FUNCIONA
Na Bíblia, Deus usa diversas metáforas para expressar a natureza de sua
igreja e como ela funciona. Veja alguns símbolos:

6.1 Corpo: Jesus ao realizar a obra de redenção, ressuscitou dentre os


mortos e subiu ao céu, mas a sua presença é sentida na terra por meio de
sua igreja. No Novo Testamento a igreja é chamada de “o corpo de Cristo.”
Em 1 Coríntios 12.27 lemos assim: “Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus
membros em particular.” Colossenses 1.18 é uma referência a Cristo: “E
ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os
mortos, para que em tudo tenha a preeminência.” Observe em Atos 9.4,5 o
relato quando Saulo (depois apóstolo Paulo) perseguia a igreja: “E, caindo
em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me perse-
gues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem
tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.” Leia outros
textos sobre igreja como corpo: Ef 1.22,23; 4.15; 5.23.

6.1.1 A união do corpo: Corpo fala de união e unidade. A igreja de Cristo


tem esta marca. Em 1 Coríntios 12.12 lemos: "Porque, assim como o corpo
é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um
só corpo, assim é Cristo também." Lembremo-nos como Jesus orou pela
igreja: “E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela

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sua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um, como tu, ó Pai,
o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o
mundo creia que tu me enviaste." (Jo 17.20,21) O elo da união entre Cristo
e a igreja é o amor. No versículo 23 lemos: “Eu neles, e tu em mim, para
que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu
me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a
mim.” Em João 15.12 Jesus diz: "O meu mandamento é este: Que vos ameis
uns aos outros, assim como eu vos amei."

6.2 Noiva/Esposa: A simbologia da noiva fala de nossa preparação antes


do arrebatamento. Após o arrebatamento ocorrerá um evento no céu
chamado as Bodas do Cordeiro. Em Apocalipse 21.2-3 lemos: “Vi também
a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus,
ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz
vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus
habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com
eles.” Em Mateus 25 Jesus contou uma parábola para nos ensinar sobre a
vigilância da igreja em relação à sua volta. A parábola é concluída assim:
“Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do
homem há de vir.” (Mt 25.13) Em Efésios temos esta comparação:
“Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si
mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por
meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo
igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa
e sem defeito....Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à
igreja.” (Ef 5:25-27,32)

6.3 Família: A igreja também é uma família. Em Efésios 2.19 lemos:


"Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos
santos, e da família de Deus." O nosso ingresso na família de Deus ocorreu
mediante o novo nascimento (a conversão). Vamos lembrar o texto de
João 1.12,13: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de
serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não
nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do
homem, mas de Deus.” No estudo número três aprendemos que o nosso
ingresso na família de Deus foi por adoção. A palavra Aba citada em
Romanos 8.15,16 expressa muita intimidade e era muito usada no

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relacionamento pai-filho. Já que nos tornamos filhos de Deus temos agora
intimidade com o nosso pai celestial. A família de Deus se faz presente em
qualquer lugar do mundo onde o evangelho é pregado e crido. Como famí-
lia de Deus temos muitos privilégios, mas também sérias responsa-
bilidades. Vejamos algumas delas:

• Amar uns aos outros. (1 Jo 4.7; 1 Jo 3.16; 1 Pe 1.22)


• Orar uns pelos outros. (Hb 13.18; Tg 5.14-16)
• Ser benigno, compassivo e perdoador. (Ef 4.32)
• Ajudar os irmãos necessitados. (1 Jo 3.16-18; Rm 12.13)
• Acolher uns aos outros. (Rm 12.13; Hb 13.2)
• Consolar uns aos outros. (2 Co 1.4; 1 Ts 5.11)
• Edificar uns aos outros (Ef 4.16; Rm 12.7)
• Suportar uns aos outros. (Ef 4.2; Gl 6.2)

7. A BASE DA AUTORIDADE DA IGREJA


Vimos que Cristo é o cabeça da igreja, logo a igreja lhe é submissa. Veja
esta comparação: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao
Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a
cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que,
assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam
em tudo sujeitas a seus maridos.” (Ef 5.22-24) Em outras palavras: a
verdadeira igreja é submissa a Cristo, à sua Palavra, por isso ela não pode
criar nenhum dogma ou doutrina contraria à Palavra. A igreja é o esteio
da verdade (1 Tm 3.15) e a verdade é a Palavra de Deus. (Jo 17.17).
Igualmente se alguém não se comportar de acordo com a Palavra a
igreja tem autoridade (dada por Cristo) para disciplinar ou excluir tal
pessoa. (Veja Mt 18.15-19; Jo 20.22,23)
8. A LIDERANÇA DA IGREJA
Em Efésios 4.11-14 vimos que Jesus estabeleceu as autoridades em sua
igreja para cumprir o seu ministério. Eles são designados por imposição
de mãos (1 Tm 4.14; 2 Tm 1.6)e sobre eles pesa a responsabilidade de
ensinar a sã doutrina e refutar o erro. (Tito 1.9; 1 Tm 3.2) A sã doutrina é
o conteúdo da Palavra expresso em 2 Timóteo 3.16: “Toda a Escritura é
divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para

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corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito,
e perfeitamente instruído para toda a boa obra.”

A liderança na igreja deve se fundamentar no exemplo de Cristo. Pedro


que esteve sob a liderança direta de Jesus escreveu: “Aos presbíteros, que
estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e
testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de
revelar: apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado
dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de
ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas
servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor,
alcançareis a incorruptível coroa da glória.” (1 Pe 5.1-4)

8.1 A liderança deve ser respeitada e valorizada: Em 1 Timóteo 5.17


lemos: “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de
duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na
doutrina” A atitude da igreja em relação a seus lideres é esta: "Obedecei a
vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas,
como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e
não gemendo, porque isso não vos seria útil." (Hb 13.17)
9. AS ORDENANÇAS DE CRISTO À SUA IGREJA
Jesus deixou somente duas ordenanças à sua igreja: O Batismo e a Ceia.

9.1 O batismo: Mandamento de Jesus registrado em Mateus 28.19:


“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” A palavra batismo vem do grego
“baptizo” que significa “imergir completamente”. O batismo não salva, mas
é necessário porque simboliza o nosso compromisso com Cristo, ou seja, a
morte e o sepultamento do velho homem e a ressurreição de um novo
homem para viver a nova vida em Cristo. Em Romanos 6.3,4 lemos: “Ou
não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos
batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo
batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os
mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de
vida.” Em Colossenses 3.1-4 temos uma explicação desta ressureição
espiritual: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que

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são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coi-
sas que são de cima, e não nas que são da terra, porque já estais mortos, e
a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a
nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em
glória.” Este texto resume a nossa morte para o mundo e a nova vida em
Cristo. (Veja João 3.5; Gl 2:20)

9.2 A ceia do Senhor: A ceia é um memorial do sacrifício de Jesus para


nos salvar. Um dos textos mais lido na igreja por ocasião da Ceia está em 1
Coríntios 11.23-26 onde o apostolo Paulo diz: “Porque eu recebi do
Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi
traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei;
isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este
cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que
beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este
pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.”

Naquela noite primeiramente Cristo celebrou páscoa que apontava para


Ele mesmo como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e logo
ele instituiu a ceia usando pão e vinho, símbolos de seu sacrifício na cruz.
Cristo comemorou antecipadamente a sua vitória sobre o pecado e a
morte. O pão fala de sua carne dilacerada na cruz. Em Isaias 53.5 lemos:
“Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa
das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e
pelas suas pisaduras fomos sarados.” Comer o pão significa também
receber pela fé a Palavra de Deus, a qual nos alimenta espiritualmente. Em
João 6.51 Jesus disse: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém
comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne,
que eu darei pela vida do mundo.” No versículo 63 Cristo explica: “As
palavras que eu vos disse são espírito e vida.” O vinho representa o sangue
de Cristo derramado por nós. Cristo falou deste cálice quando estava em
intensa angústia no jardim do Getsêmani, um pouco antes de ser
humilhado pelos homens. (Veja Marcos 14.32-42). A Ceia do Senhor
também anuncia Cristo até que Ele venha. Trata-se do arrebatamento da
igreja, um tema que estudaremos mais adiante.

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Estudo 06 Fé - Plena confiança na Palavra de Deus
"Senhor dos Exércitos, bem-aventurado o homem que em ti põe a sua
confiança." (Sl 84.12)
1. A ORIGEM DA FÉ
A fé em Deus (fé salvadora) não se origina em nós mesmos, mas pelo
contato com Palavra de Deus. Em Romanos 10.17 lemos: “De sorte que a
fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” Vejamos um exemplo: “E
havia entre eles alguns homens cíprios e cirenenses, os quais entrando em
Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. E a mão do
Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor.” (At
11.20,21) Neste texto podemos ver que a Palavra gerou arrependimento,
fé e a decisão de se render a Cristo para obedecê-lo como Senhor.
2. A PERSEVERANÇA NA FÉ
Após a decisão por Cristo, precisamos perseverar na fé, ou seja, insistir em
permanecer. Jesus não omitiu a seus discípulos as pressões que enfren-
tariam: "Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo
tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." (Jo 16.33)

Alguns seguem a Cristo, movidos apenas por emoções e nunca se firmam


na Palavra para nutrir um relacionamento sólido com Deus. Há também os
que não concordam com o que encontram na Palavra de Deus e, por isso
se decepcionam voltando-se para a velha vida mundana. Certa vez, a fala
de Jesus foi considerada um “duro discurso” e o resultado foi que muitos
deixaram de segui-lo. Felizmente houve exceções. Em João 6.67-69 lemos:
“Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? Respondeu-
lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras
da vida eterna. E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de
Deus.” Pedro e os onze mostraram convicção e firmeza na decisão de
seguir Jesus. Esta é a atitude digna de imitação! Provas virão. Você tem a
mesma convicção de Pedro. A declaração dele foi prova que assimilou
bem o ensino de Cristo: “Na verdade, na verdade vos digo que quem
ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e
não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” (Jo 5.24)

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3. O JUSTO VIVERÁ DA FÉ!
Pedro e os onze escolheram o caminho da vida. Eles perceberam que
rejeitar a Jesus seria voltar à condenação. A Bíblia diz: “Mas o justo
viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós,
porém, não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daque-
les que creem para a conservação da alma.” (Hb 10.38,39) E os que se
retiraram? Eles não tinham ideia para onde estavam indo. A coragem é
uma marca dos discípulos de Cristo. Os covardes desistem. (Ap 21.8)

E então? Pedro e os onze; nós que passamos da morte para a vida, por
qual razão voltaríamos para o mundo? A Palavra de Deus nos convida
para uma avaliação: “E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos
envergonhais? Porque o fim delas é a morte. Mas agora, libertados do
pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e
por fim a vida eterna.” (Rm 6.21,22) Em Salmos 119.104 lemos também:
"Pelos teus mandamentos alcancei entendimento; por isso odeio todo
falso caminho."

O justo viverá da fé! Isto significa crer que Jesus é o único que conduz à
vida. Ele disse: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao
Pai, senão por mim.” (Jo 14.6) Também significa confessá-lo publicamente
como Pedro fez. Sobre esta atitude Jesus nos diz: “Portanto, qualquer que
me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que
está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o
negarei também diante de meu Pai, que está nos céus.” (Mt 10.32,33).
4. FÉ E PRUDÊNCIA
Pedro decidiu com prudência? Sim, pois prudência é a habilidade de
perceber antecipadamente o resultado de certa atitude. Como podemos
evitar erros desta natureza? Em Provérbios 13.16 lemos: "Todo pru-
dente procede com conhecimento, mas o insensato espraia a sua loucu-
ra." Em Salmos 111.10 lemos também: "O temor do Senhor é o princípio
da sabedoria; bom entendimento têm todos os que cumprem os seus
mandamentos; o seu louvor permanece para sempre." A conclusão é
simples: A Bíblia nos torna prudentes para tomar decisões certas! Paulo
escreveu ao jovem Timóteo: “Tu, porém, permanece naquilo que apren-
deste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que

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desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te
sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.” (2 Tm 3.14-15)
5. O FUNDAMENTO DA FÉ
O dicionário Aurélio define fundamento assim: certeza, base principal,
prova, causa, motivo, fundação, alicerce. Em Efésios 2.20 vemos que
somos “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de
que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina..."

No Antigo Testamento a pedra de esquina era a primeira a ser assentada e


servia de base para o alinhamento das demais. Era também a base para
que o edifício se erguesse na vertical como fora programado, sem risco de
desabar. Esta pedra é uma simboliza Jesus, o qual Israel rejeitou. Em uma
de suas pregações Pedro citou o Salmo 118.22 referindo-se a Cristo: “Pelo
que também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra
principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será
confundido. E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os
rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram, essa foi a principal da
esquina, e uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que
tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram
destinados.” (1 Pe 2.6-8) Nós porém aceitemos sempre a Palavra de Deus
e sejamos edificados na Rocha inabalável que é Cristo.
6. EDIFICADOS NA ROCHA PELA FÉ!
A verdade é: só pratica a Palavra de Deus quem tem fé que ela funciona!
Ter fé na Palavra de Deus significa ter prudência! Jesus diz: “Todo aquele,
pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao
homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva,
e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não
caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas
minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato,
que edificou a sua casa sobre a areia; e desceu a chuva, e correram rios, e
assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua
queda.” (Mt 7.24-27) Este texto mostra, entre outras coisas, que a adver-
sidade vem sobre todos, mas a base correta para enfrentá-la (sem
fracassar) é ter fé na Palavra de Deus! Em Isaias 26.4 lemos: "Confiai no
Senhor perpetuamente, porque o Senhor Deus é uma rocha eterna."

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7. COMO A BÍBLIA DEFINE A PALAVRA FÉ
Em Hebreus 11.1 lemos assim: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas
que se esperam e a prova das coisas que não se veem.” Vejamos: o que
você espera quando ora ao Senhor? O que você espera quando lê a Bíblia?
O que você espera quando prega a Palavra? Evidentemente se oramos é
porque temos fé que Deus nos responderá; se lemos a Bíblia é porque
temos fé que Deus falará conosco; se evangelizamos é porque temos fé
que Jesus salvará alguém. E então? Você já teve alguma oração respondi-
da? Deus já falou com você através da Bíblia? Já viu alguém ser salvo ao
ouvir a Palavra? Glória a Deus, tudo isto acontece porque Deus tem
compromisso em cumprir a sua Palavra. (Jr 1.12; Rm 9.28) Observe a
comparação das frases:

a) “Praticamos a Palavra de Deus porque temos certeza que ela funciona!”


b) Praticamos a Palavra de Deus porque temos fé que ela funciona!”

Então fé não é uma intuição, algo vago, abstrato, é certeza plena. A


tradução bíblica Nova Versão internacional traduziu Hebreus 11.1 desta
maneira: “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das
coisas que não vemos.”
8. AS PROMESSAS DE DEUS E A NOSSA FÉ
No tópico anterior vimos que a fé em Deus é fundamentada no que Deus
diz em sua Palavra. Em Salmos 89.34 Deus nos garante: “Não quebrarei a
minha aliança, não alterarei o que saiu dos meus lábios.” Então Ele
cumprirá tudo o que deixou escrito! Nos primeiros livros da Bíblia Deus
havia feito diversas promessas aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó (Israel).
Josué viu o cumprimento de muitas promessas e fez menção da fidelidade
de Deus declarando: "Palavra alguma falhou de todas as boas coisas que o
Senhor falou à casa de Israel; tudo se cumpriu." (Js 21.45) Será que o povo
de Israel tinha fé que essas promessas se cumpririam? Sim! Deus se
agradou da fé deles, dai as promessas se cumpriram. Em Hebreus 11.6
lemos: “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que
aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador
dos que o buscam.”

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9. A BÍBLIA É UM LIVRO REPLETO DE PROMESSAS
A maior promessa de Deus é a vida eterna. (1 Jo 2.25) Na Bíblia encontra-
mos instruções, exortações, correções e tudo que precisamos para sermos
bem-sucedidos. Algumas promessas do Antigo Testamento são exclusiva-
mente para Israel, porém muitas se aplicam à igreja! Em Efésios 2.12,13
lemos assim: “Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da
comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo
esperança, e sem Deus no mundo, mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes
estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.” Paulo concluiu
assim: “A saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e
participantes da promessa em Cristo pelo evangelho (Ef 3.6). Veja abaixo
algumas promessas de Deus para nós:

Lar celestial: Jesus disse: “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se
não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e
vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para
que onde eu estiver estejais vós também.” (Jo 14.2,3; 1 Pe 1.3-5)

Salvação para a família: “E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é
necessário que eu faça para me salvar? E eles disseram: Crê no Senhor
Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa." (At 16.30,31)

União indissolúvel com Cristo: "Quem nos separará do amor de Cris-


to? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez,
ou o perigo, ou a espada?" (Rm 8.35)

Companhia e proteção: “Não temas, porque eu sou contigo; não te


assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te
sustento com a destra da minha justiça.” (Is 41.10); “O Senhor, pois, é
aquele que vai adiante de ti; ele será contigo, não te deixará, nem te
desamparará; não temas, nem te espantes.” (Dt 31.8); “O anjo do Senhor
acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra.” (Sl 34.7); “Mil cairão
ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti! (Sl 91.7); “E o
Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés.
Amém.” (Rm 16.20a)

Livramento da tentação: Em 1 Coríntios 10.13 lemos: “Não vos


sobreveio nenhuma tentação, senão humana; mas fiel é Deus, o qual não
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deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com a
tentação dará também o meio de saída, para que a possais suportar” ; “O
Senhor te guardará de todo o mal; guardará a tua alma.” (Sl 121.7)

Proteção contra feitiçaria: “Mas fiel é o Senhor, que vos confirmará, e


guardará do maligno.” (2 Ts 3.3); “Sabemos que todo aquele que é nascido
de Deus não vive pecando; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si
mesmo, e o maligno não lhe toca.” (1 Jo 5.18); “Pois contra Jacó não vale
encantamento, nem adivinhação contra Israel. (Nm 23.23a).”

Conclusão da obra de santificação em nós: “Tendo por certo isto


mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até
ao dia de Jesus Cristo.” (Fp 1.6); “Ora, àquele que é poderoso para vos
guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria,
perante a sua glória.” (Jd 24)

Livramento da ira de Deus: “Como guardaste a palavra da minha


paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir
sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.” (Ap 3.10); “E
esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a
saber, Jesus, que nos livra da ira futura.” (1 Ts 1.10); “Porque Deus não
nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso
Senhor Jesus Cristo. (1 Ts 5.9)
10. A FÉ E A DÚVIDA
Duvidar da Palavra de Deus, se ela é verdade é normal? Não, absoluta-
mente! Tal pensamento deve ser repreendido imediatamente, pois toda
dúvida acerca da Palavra de Deus procede do diabo, o pai da mentira.
Ele nunca deseja que confiemos em Deus. Isto pode ser um passo para a
queda. Vimos que é impossível que Deus minta (Hb 6.18, Tt 1.2), pois Ele é
a própria verdade. (Jo 14.6) Em Tiago 1.6 nos mostra o perigo da dúvida:
"(...) porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo
vento, e lançada de uma para outra parte." O desejo de Deus para os que
creram é este: “Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim
também andai nele, arraigados e edificados nele, e confirmados na fé,
assim como fostes ensinados, nela abundando em ação de graças.” (Cl
2.6,7)

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11. O DESÂNIMO: UMA QUESTÃO DE ESCOLHA!
Na vida cristã enfrentaremos muitas tentações, dificuldades e persegui-
ções. Tudo isto pode gerar desânimo, mas confiemos nas promessas de
Deus e descansemos nele. Lembremos das palavras de Jesus: “...Tende
bom ânimo, eu venci o mundo.” (Jo 16.33b)

Aplicamos a nossa fé quando nos colocamos inteiramente na dependência


de Deus sabendo que ele cuida de nós. (Sl 121.3,4) Então estar desani-
mado ou entusiasmado é uma questão de escolha. O que vamos escolher
hoje? Em Salmos 31.24 lemos assim: “Esforçai-vos, e Ele fortalecerá o
vosso coração, vós todos que esperais no Senhor.”

12. A DURAÇÃO DA FÉ
Até quando viveremos por fé? O capítulo 13 de 1 Coríntios é uma
explicação detalhada sobre diversos aspectos do amor de Deus. O seu
último versículo nos diz: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o
amor, estes três, mas o maior destes é o amor.” A explicação é simples: a fé
mantém a esperança até que ela se torne realidade, (e já é, pois Deus é fiel
e sua Palavra nos garante que um dia estaremos pessoalmente com
Cristo).

Até aquele dia glorioso (que também pode ser hoje!) precisaremos
exercer nossa fé, pois somente assim temos a garantia da vida eterna. O
arrebatamento é a maior esperança da igreja. Este evento que revelará a
herança que Deus tem para os salvos de todas as épocas e de todas partes
do mundo. Sigamos firmes na fé para herdar as promessas de Deus.

“Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim,
para completa certeza da esperança; para que vos não façais negligentes,
mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas.”
(Hb 6.11,12)

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Estudo 07 A Esperança da Vida Eterna
Disse Jesus: "Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim
tem a vida eterna." (Jo 6.47)

1. A IMPORTÂNCIA DA CERTEZA DA SAVAÇÃO


Não se trata de presunção, mas a certeza de salvação só é real quando
recebemos a Cristo como Salvador. Se alguém for perguntado se é salvo e
esta pessoa não expressar certeza, conforme o texto acima, é porque não
creu de fato e logo não se converteu e, portanto não tem o Espirito Santo
para expressar fé na Palavra de Deus. O texto de Romanos 8.16 declara: “O
mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.”

Se a pessoa disser que é salvo (mas vivendo habitualmente no pecado)


engana-se, pois não corresponde ao que a Palavra de Deus afirma. Jesus
disse a Nicodemos, um homem religioso: “Na verdade, na verdade te digo
que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino
de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é
espírito.” Em 1 João 3.9 lemos também: "Aquele que é nascido de Deus não
peca habitualmente; porque a semente de Deus permanece nele, e não
pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus.” Portanto não há
base bíblica para alguém afirmar que é salvo vivendo propositalmente no
pecado, isto sim é uma grande presunção!

2. CRER E CONFESSAR AS PROMESSAS DE DEUS


Quem possui a esperança da vida eterna não é confuso, ao contrário, crê
na fidelidade de Deus em relação a Suas promessas. Paulo escreveu aos
coríntios: “E temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito:
Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos.” (2 Co
4.13) Quem de fato crê em Cristo e assume tudo o que a Bíblia diz sobre a
posição de um salvo. Portanto, não basta apenas saber que Cristo morreu
por nós, é necessário recebê-lo pessoalmente como salvador e viver
humildemente em obediência à Palavra para ter a certeza da vida eterna.
Você assume e confessa as promessas de Deus em sua vida?

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3. UMA ESPERANÇA CONCRETA
A esperança da vida eterna não é um sonho. Alguns sonhos se realizam
em nossa vida e outros não. A esperança da salvação é tão real que o
apóstolo Paulo tinha até dificuldade em classificá-la como algo não
concreto. Confiando na fidelidade de Deus, ele já contemplava tudo rea-
lizado! Aos romanos ele escreveu: "Porque em esperança fomos salvos.
Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê
como o esperará?" (Rm 8.24)

4. ESPERANÇA PRESENTE
Já vimos em nosso terceiro estudo o perigo de ir para a eternidade sem ter
confessado a Cristo como Salvador. Os que confessaram estão salvos e
preparados e vivem sem medo algum. A nossa preparação é a nossa
comunhão. Se estamos em comunhão com Cristo na terra, estamos salvos
na eternidade. Veja o que Paulo escreveu aos tessalonicenses: “Não quero,
porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que
não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se
cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus
dormem, Deus os tornará a trazer com ele.” (1 Ts 4.13,14).

4.1 Preparados para a morte física:


Já que a salvação do crente está garantida, não há que temer a morte física,
pois a morte espiritual, que é incomparavelmente pior já estamos salvos
dela. Glória a Deus! Jesus ressuscitou para também servir de exemplo aos
que o seguem. (1 Ts 4.14) Com tal garantia Paulo estava disposto a sofrer
qualquer tipo de perseguição por amor a Cristo: “Segundo a minha intensa
expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda
a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu
corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o
morrer é ganho.” (Fp 1.21) Perceba que que não há dúvidas nas palavras
do apóstolo Paulo. É assim que um salvo fala!

4.2 Preparados para o arrebatamento:


A esperança do salvo não é apenas em relação à morte física. Cristo ao
ressuscitar prometeu que voltaria para levar os salvos. Sobre esta pro-
messa ele não marcou nem o dia e nem a hora, mas voltaria de forma
repentina para os que o aguardam. Está escrito: “Dizemo-vos, pois, isto,

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pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do
Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor
descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de
Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, o
que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens,
a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.”
(1 Ts 4.15-17)
5. A ESPERANÇA FUTURA
Por não sabermos a hora do arrebatamento e nem a hora da morte física, a
nossa esperança parece futura. Conforme 1 Tessalonicenses 4.16,17 os
membros da igreja primitiva morreram nesta esperança e assim seguem
aguardando a ressurreição, mas o mandamento de Jesus para os salvos
vivos no tempo presente é este: “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora
há de vir o vosso Senhor.” (Mt 24.42) Em 1 João 2.28 também lemos: "E
agora, filhinhos, permanecei nele; para que, quando ele se manifestar,
tenhamos confiança, e não sejamos envergonhados na sua vinda." Um
pouco mais adiante, no mesmo livro, lemos: “Amados, agora somos filhos
de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser, mas sabemos
que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim
como é o veremos. Qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si
mesmo, como também ele é puro.” (1 Jo 3.2,3)
6. ESPERAR EM CRISTO SOMENTE NESTA VIDA
6.1 Benefícios da nova vida:
O Evangelho de Cristo é uma mensagem de libertação e a disciplina da
Palavra opera mudanças estruturais em nosso estilo de vida gerando
inclusive um impacto social. Quando nossos recursos são usados de forma
generosa e com altruísmo o nome de Jesus é glorificado, do contrário
podemos cair na armadilha da avareza. Examine cuidadosamente os textos
Lc 3.11; Ec 11.1,2; Ef 4.28; At 20.35 e comprove. Então a essência da vida
cristã não consiste em uma boa economia, prazeres, realizações pessoais e
acúmulo de riquezas. Em 1 Coríntios 15.19 lemos assim: “Se esperarmos
em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” É
necessário, pois muita prudência para não comprometermos a salvação
envolvendo-nos em coisas materiais para o nosso próprio deleite.

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6.2 O perigo da avareza:
Avareza é o apego extremo aos bens materiais. Jesus nos adverte: “Não
ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e
onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem
a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem
roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso
coração.” (Mt 6.19-21). O acúmulo de bens gera muitos cuidados e a
esperança da vida eterna não deve ser ofuscada por nada neste mundo. Em
Colossenses 3.2-4 lemos: "Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que
são da terra; porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com
Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então
também vós vos manifestareis com ele em glória.”

Fiquemos alertas. Outra vez Jesus nos diz: “E olhai por vós, não aconteça
que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos
cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. Porque virá
como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra. Vigiai,
pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar
todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do
homem.” (Lc 21.34) O estilo de vida cristão é simples: “Sejam vossos
costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes.” (Hb 13.5a)
7. A VIDA CRISTÃ O TRABALHO E A OCIOSIDADE
Obviamente quando Paulo instrui a igreja a pensar nas coisas celestiais,
não estava excluindo o trabalho secular. Ele mesmo, nem sempre anunciou
o Evangelho sendo mantido pelas igrejas. Muitas vezes ele trabalhou duro
enquanto pregava. Vejamos: “E nos afadigamos, trabalhando com nossas
próprias mãos...” (1 Co 4.12a); “Sim, vós mesmos sabeis que para o que me
era necessário a mim, e aos que estão comigo, estas mãos me serviram. (At
20.33,34) Neste sentido Paulo aconselhou a igreja: “Procureis viver quie-
tos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias
mãos, como já vo-lo temos mandado.” (1 Ts 4.11) Muito além de trabalhar
para se manter a Bíblia nos diz: “Aquele que furtava, não furte mais; antes
trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir
com o que tiver necessidade.” (Ef 4.28) Em fim, o cristão prudente gerencia
o seu trabalho de forma que em tudo Cristo seja glorificado.

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Estudo 08 A obediência - A chave da experiência
“E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até
à morte, e morte de cruz.” (Fp 2.8)
Alguém perguntou a Jesus: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?
Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: “Ouve,
Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” (Mc 12.28,29) A resposta
de Jesus deixa claro que a Ele devemos obedecê-lo como Senhor. Este é o
caminho da experiência com Deus. É o Espírito Santo que nos capacita a
obedecê-lo. Você já imaginou por que Cristo ordenou a seus discípulos a
pregarem o evangelho em todo o mundo? Esta ordem visa trazer os
homens (que estão em rebeldia contra Deus) para se submeterem à
vontade de Deus através de sua Palavra e assim todos serão abençoados.
1. JESUS – O MAIOR O EXEMPLO DE OBEDIÊNCIA
No ato da queda, o primeiro casal foi induzido a fazer a própria vontade,
por isso o mundo segue em rebeldia contra a vontade de Deus. Jesus além
de vir ao mundo para nos salvar, veio nos ensinar como fazer a vontade de
Deus! Ele se desfez de toda sua glória celestial e viveu como um homem
normal obedecendo a Deus em tudo. Ele orava, jejuava, lia a Palavra, etc.
Assim Ele sempre esteve no centro da vontade de Deus. Em Filipenses 2.8
lemos: “Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-
se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a
si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.”
2. GRAÇA DE DEUS PARA OBEDECER E ENSINAR
Pelo exemplo de Cristo, podemos também viver em obediência a Deus,
pois Ele nos concede graça para obedecermos e ensinarmos outros a
obedecerem. Paulo experimentou isto: "Pelo qual recebemos a graça e o
apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome.”
(Rm 1.5) Qual é o conteúdo da doutrina para o obedecermos? A carta de
Paulo a Tito contém um resumo do Evangelho: “Porque a graça de Deus se
há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que,
renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste
presente século sóbria, e justa, e piamente, aguardando a bem-aventurada
esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador
Jesus Cristo.” (Tt 2.11-13)

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3. A RENÚNCIA – A MORTE DO “EU”
Em nosso segundo estudo aprendemos sobre três tipos de morte: morte
espiritual, física e eterna. Jesus falou ainda sobre outro tipo de morte,
porém uma morte que produz vida! Trata-se da morte do eu, do egoísmo,
de abrir mão de fazer a nossa própria vontade para fazermos a vontade de
Deus. Todo cristão verdadeiro experimenta esse tipo de morte. O apóstolo
Paulo escreveu sobre isto aos gálatas: “Já estou crucificado com Cristo; e
vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na
carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si
mesmo por mim.” (Gl 2.20) Sem esta morte não há consagração pessoal a
Deus, não ha santificação. Esta morte implica em uma renúncia radical
contra a nossa natureza pecaminosa. Em Colossenses 3.5-10 lemos:
“Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostitui-
ção, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza,
que é idolatria; pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da
desobediência; nas quais, também, em outro tempo andastes, quando
vivíeis nelas. Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da
malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca. Não mintais
uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus
feitos, e vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento,
segundo a imagem daquele que o criou.”
4. FIRMES NA LIBERDADE
Em Gálatas 5.1 lemos: “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos
libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão.” A
advertência é clara: não devemos dar lugar ao pecado, pois seria um
regresso ao antigo estilo de vida. A Bíblia nos adverte: “Não sabeis vós que
a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos
daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência
para a justiça? Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado,
obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues, e,
libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.” (Rm 6.16-18)

5. A NATUREZA CARNAL E A ESPIRITUAL


Percebeu que estamos em uma batalha mental? Ocorre é que há duas
naturezas em nós: uma divina, querendo servir a Deus e a antiga, com
fortes tendências para o pecado, a qual a Bíblia chama de “carne.” (Veja

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Gálatas 5.19-21) Paulo notificou a existência deste conflito: aos irmãos
da Galácia ele escreveu: “Digo, porém: Andai em Espírito, e não
cumprireis os desejos da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito,
e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não
façais o que quereis.” (Gl 5.16,17) Quem vencerá, a carne ou o espírito?
Veja dois passos importantes para seguir vitorioso:
5.1 Cooperar com o Espírito Santo: O nosso esforço consiste somente
em dar lugar ao Espírito Santo priorizando a busca do reino de Deus. (Mt
6.33) Em 2 Timóteo 2.4 lemos: "Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que
há em Cristo Jesus." Isto significa andar no Espírito. (Gl 5.16) Já vimos que
é o Espírito Santo quem nos santifica (nos separa do pecado) mediante a
revelação da Palavra e nos direcionando às escolhas certas. Andar no
Espírito significa ser sensível à Sua voz com disposição para obedecê-lo.
5.2 Perseverar na fé: Já vimos que fé é sinônimo de certeza. É confiar
que Deus está no controle de nosso crescimento. Em Filipenses 1.6
lemos: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a
boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.”
6. A VONDADE DE DEUS – O MELHOR PARA NÓS
Antes de nos convertermos desagradávamos sobremaneira a Deus e
mesmo assim Ele se compadeceu de nós enviando Cristo como sacrifício
por nossos pecados. Evidentemente nunca conseguiremos retribuir-lhe
este feito, mas em gratidão à sua compaixão podemos dedicar a nossa vida
a Ele. Quando pensamos assim estamos nos dirigindo ao centro da vonta-
de de Deus. Assim Paulo escreveu aos romanos: “Rogo-vos, pois, irmãos,
pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos
conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do
vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e
perfeita vontade de Deus.” (Rm 12.1,2) Somente dentro da vontade de
Deus podemos fazer o que lhe agrada e assim Cristo é glorificado em nós.
Como parte de nossa recompensa teremos muita alegria por estarmos
cumprindo o papel para o qual fomos criados. Isto é vida em abundância.
(João 10.10)

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7. CONHECENDO OS PRINCÍPIOS DO REINO DE DEUS
O reino de Deus é governado por princípios. Deus é a autoridade
suprema. O princípio fundamental de seu reino é a obediência à sua
Palavra. Deus em sua soberania delegou certos níveis de autoridade ao
homem para exercê-la em seu nome. Em Gênesis, vemos Adão recebendo
poder sobre toda a criação. Sabemos que Adão não exerceu a autoridade
como era lhe devido, por isso o mundo sucumbiu no pecado. Mesmo assim
Deus em sua soberania mantem o controle sobre o universo. Como os
princípios de Deus são imutáveis. Precisamos conhecer a quem a quem
devemos obediência segundo a sua Palavra. A obediência à Palavra atrai
as bênçãos de Deus e a desobediência gera consequências desastrosas.
8. O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE AUTORIDADE
Na Palavra de Deus, em Romanos 13 lemos: “Toda a alma esteja sujeita às
autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de
Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem
resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão
sobre si mesmos a condenação.”

Deus instituiu dois princípios imutáveis na área de autoridade. O primeiro


é obedecer às autoridades constituídas por Ele e o segundo é exercer
autoridade sobre as pessoas as quais estamos liderando. Lamentavel-
mente os que não conhecem as Escrituras (e, portanto não a obedecem),
atraem desastrosas consequências para si.

Já vimos que a terra estava sob o domínio de Adão, mas infelizmente ele
não exerceu a devida autoridade e permitiu que Satanás agisse infiltrando
o mal no planeta. Porque Adão não exerceu a autoridade recebida de Deus
a terra foi amaldiçoada, e assim o homem perdeu o paraíso, o trabalho
passou a ser mais duro e a mulher passou a sofrer dores no parto. (Gn.
3.16-19). Então compreender sobre autoridade e submissão é funda-
mental para nós como igreja do Senhor, por esse conhecimento somos
abençoados além de evitarmos graves erros. Vejamos alguns textos
bíblicos que denotam alguns níveis de autoridade bem como a nossa
responsabilidade para com elas:

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8.1 Autoridades em geral
“Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor;
quer ao rei, como superior; quer aos governadores, como por ele envia-
dos para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem.” (1
Pe 2.13,14);

“A Deus não amaldiçoarás, e o príncipe dentre o teu povo não maldirás.”


(Êx 22.28);

“Admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes


obedeçam, e estejam preparados para toda a boa obra.” (Tt 3.1)

“Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor;


quer ao rei, como superior; quer aos governadores, como por ele envia-
dos para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem.” (1
Pe 2.13,14); “Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Hon-rai
ao rei.” (1 Pe 2.17)

Oremos pelas autoridades: “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se


façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os
homens; pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenha-
mos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade; Porque
isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador.” (1 Tm 2.1-3)

8.2 Autoridades na igreja


“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros
para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do
corpo de Cristo.” (Ef 4.11,12);
“E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que
presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam; e que os tenhais em
grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós.” (1 Ts
5.12-13);

“Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de


duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na
doutrina.” (1 Tm 5.17);

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“Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por
vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam
com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.” (Hb 13.17)

“Semelhantemente vós jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos


sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste
aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” (1 Pe 5.5);

“Agora vos rogo, irmãos (sabeis que a família de Estéfanas é as primícias


da Acaia, e que se tem dedicado ao ministério dos santos), que também
vos sujeiteis aos tais, e a todo aquele que auxilia na obra e trabalha.” (1 Co
16.15,16)

Observação: liderança na igreja: Em nosso estudo número cinco


aprendemos que a igreja é submissa a Cristo (Ef 5.24), portanto líderes
da igreja não podem criar ensinos fora da Bíblia, pois isto é rebeldia
contra a ordem estabelecida por Deus. Então tudo o que é ministrado na
igreja deve estar na Bíblia e ainda de acordo com o seu ensino geral
(contido em outras passagens). Não deve ser usado textos isolados a
critério particular. (1 Pe 1.20) Enfatizamos: submissão significa que não
é a igreja que estabelece o que deve ser ensinado, mas sim a Bíblia. (Veja
Atos 15) Todos os crentes tem acesso direto à Bíblia e a revelação do
Espírito Santo e assim podemos conferir se o ensino que estamos
recebendo está de acordo com a Palavra ou não. (Veja Atos 17.11) Na
igreja de Cristo não há lugar para o engano, pois ela é o fundamento da
verdade. (1 Timóteo 3.15)

8.3 Autoridades na família


a) Maridos e esposas
“Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o
marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja,
sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja
está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas
a seus maridos.” (Ef 5.22-24)

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“Vós, mulheres, estai sujeitas a vossos próprios maridos, como convém no
Senhor. Vós, maridos, amai a vossas mulheres, e não vos irriteis contra
elas.” (Cl 3.18)

“Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos próprios


maridos; para que também, se alguns não obedecem à palavra, pelo
porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra.” (1 Pe 3.1)

“Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a


igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a
com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igre-
ja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e
irrepreensível. Assim devem os maridos amar as suas próprias mulhe-
res, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si
mesmo.” (Ef 5.25-28)

“Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando


honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-
herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas
orações.” (1 Pe 3.7)

b) Pais e filhos
“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é
justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com
promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra. E vós,
pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e
admoestação do Senhor.” (Ef 5.6.1-4)

“Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao


Senhor. Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o
ânimo.” (Cl 3.20,21)

8.4 Outras autoridades


a) Pessoas idosas
“Semelhantemente vós, os mais moços, sede sujeitos aos mais velhos. E
cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus
resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.”(1 Pedro 5.5)

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“Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do ancião; e temerás o
teu Deus. Eu sou o Senhor.” (Lv.19.32)

b) Patrões e empregados
“Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e
tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo; não servindo à
vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo,
fazendo de coração a vontade de Deus; servindo de boa vontade como
ao Senhor, e não como aos homens. sabendo que cada um receberá do
Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre.” (Ef 6.5-8)

“E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças,


sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com
ele não há acepção de pessoas.” (Ef 6.9)

“Vós, servos, obedecei em tudo a vossos senhores segundo a carne, não


servindo só na aparência, como para agradar aos homens, mas em
simplicidade de coração, temendo a Deus. E tudo quanto fizerdes, fazei-o
de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, sabendo que re-
cebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor,
servis. Mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer; pois não há
acepção de pessoas.” (Cl 3.22-25)

“Vós, senhores, fazei o que for de justiça e eqüidade a vossos servos,


sabendo que também tendes um Senhor nos céus.” (Cl 4.1)

“Exorta os servos a que se sujeitem a seus senhores, e em tudo agradem,


não contradizendo, não defraudando, antes mostrando toda a boa lealdade,
para que em tudo sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador.”
(Tt 2.9,10); “Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor aos senhores, não
somente aos bons e humanos, mas também aos maus.” (1 Pe 2.18)
9. BÊNÇÃOS DECORRENTES DA OBEDIÊNCIA
Há inúmeras bênçãos de Deus para os que vivem em obediência que é
impossível mencioná-las todas aqui. Vejamos alguns textos com
exemplos de obediência: Estes textos podem ser aplicados tanto em
aspectos temporais como eternos:

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“Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do
temor do mal.” (Pv 1.33)

“E disse: Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é


reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus
mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das
enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o
Senhor que te sara.” (Êx 15.26)

“Então, do céu bradou pela segunda vez o Anjo do Senhor a Abraão e


disse: Jurei por mim mesmo jurei, diz o Senhor, porquanto fizeste isto, e
não me negaste o teu único filho, que deveras te abençoarei, e certamente
multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e como a areia
na praia do mar; a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos;
nela serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à
minha voz.” (Gn 22.15-18)

“Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento


do Senhor é puro, e ilumina os olhos. O temor do Senhor é limpo, e
permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e justos
juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro
fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos. Também por eles é
admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa.” (Sl
19.8-11)

“E o Senhor nos ordenou que cumpríssemos todos estes estatutos, que


temêssemos ao Senhor nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para
nos guardar em vida, como no dia de hoje.” (Dt 6.24)

“Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e
noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele
está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem
sucedido.” (Js 1.8)

“Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos
serão acrescentadas.” (Mt 6.33)

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10. CONSEQUÊNCIAS DA DESOBEDIÊNCIA
Há muitos textos bíblicos em relação à desobediência à Palavra de Deus.
Vejamos alguns:

“E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim


Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que
não convêm.” (Rm 1.28)

“Tal como a que se assenta nas trevas e sombra da morte, presa em


aflição e em ferro; porquanto se rebelaram contra as palavras de Deus, e
desprezaram o conselho do Altíssimo.” (Sl 107.10,11)

“Os sábios são envergonhados, espantados e presos; eis que rejeitaram a


palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm eles?” (Jr 8.9)

“Não aceitaram o meu conselho, e desprezaram toda a minha repreensão.


Portanto comerão do fruto do seu caminho, e fartar-se-ão dos seus
próprios conselhos.” (Pv 1.30,31)

Deus disse a Saul, rei de Israel, através do profeta Samuel: “Porque a


rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e
idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te
rejeitou a ti, para que não sejas rei.” (1 Sm 15.23)
11. A DESOBEDIÊNCIA GENERALIZADA
A desobediência generalizada é um dos sinais da Vinda de Jesus. Em 2
Timóteo 3.1-5 lemos: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevi-
rão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos,
avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e
mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniado-
res, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obsti-
nados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-
te.” Para nós, os salvos o mandamento de Deus é este: “Purificando as
vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor
fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um
coração puro” (1 Pe 1.22)

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Estudo 09 A Segunda Vinda de Cristo
"Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era e que é, e
que há de vir." (Ap 4.8b)

1. O CUMPRIMENTO DA PRIMEIRA VINDA


A promessa de um Salvador na Antiga Aliança
Apesar da entrada do pecado no mundo através do primeiro casal, Deus
nunca abandonou o homem, Ele prometeu enviar alguém para pagar o
preço por nossos pecados. O preço seria muito alto: a morte (já que o salá-
rio do pecado é a morte conforme Romanos 6.23) Então, por amor Cristo
veio ao mundo, exerceu seu ministério, estabeleceu a igreja, foi morto e
ressuscitou ao terceiro dia. A maior promessa do Antigo Testamento foi
cumprida e assim o preço foi pago. Portanto o objetivo da primeira vinda
de Jesus ao mundo foi salvar a humanidade do pecado e de seus efeitos
temporais e eternos. O Novo Testamento inicia com o cumprimento desta
promessa. Um anjo falou a José em sonho: “E dará à luz um filho e chama-
rás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.”
(Mt 1.21)
2. A PROMESSA DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
Cristo estabeleceu sua igreja com diversas finalidades (veja estudo 5).
Enquanto a igreja cumpre a sua missão na terra ela tem a promessa de ser
levada ao céu a qualquer momento. Em João 14.2,3 Jesus diz: “Na casa de
meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou
preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez,
e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós tam-
bém.” A volta de Cristo será o maior acontecimento da história, será o fim
de todo sofrimento para a igreja fiel. Os salvos estarão para sempre no lar
celestial, ai haverá a justiça, paz e alegria no Espírito Santo. (Rm 14.17b)

O reino físico e espiritual de Cristo


No Antigo Testamento existem diversas profecias sobre o reino físico do
Messias (Jesus). Pensando nisto, muitos judeus esperavam a implantação
imediata do reino messiânico na terra. Porém no plano divino o Messias
sofreria primeiro, seria sacrificado por nossos pecados, ressuscitaria e
depois voltaria para estabelecer o seu reino físico na terra. Os judeus não
compreenderam esta parte de plano de Deus e terminaram rejeitando a
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Jesus, porém em sua segunda vinda Jesus cumprirá todas estas profecias.
A princípio os discípulos também pensavam que o reino de Deus se ma-
nifestaria logo (Lc 19.11), mas Cristo veio com uma mensagem de arre-
pendimento! (primeiramente Ele reinaria no coração deles!) Com muita
paciência Jesus fez com que eles compreendessem que o reino físico viria
depois, onde reinará 1000 anos na terra. A segunda vinda de Cristo será
em duas fases distintas: o arrebatamento e a aparição em glória:

2.1. O arrebatamento da igreja -1ª Fase


Trata-se da volta repentina de Jesus para levar consigo os que se estão
em aliança com Ele, isto é, aqueles que ao ouvir a mensagem da salvação
se arrependeram, receberam a Jesus como salvador e vivem obediência.
Os participantes deste evento são: os que morreram salvos (eles ressur-
girão com um corpo glorioso e isentos de corrupção) e nós, os vivos que
seremos transformados. Vejamos alguns textos sobre o acontecimento:

a) 1 Coríntios 15.51,52: “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem


todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento,
num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta
soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transfor-
mados.”

b) 1 Tessalonicenses 4.17: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com


alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que
morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos
vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o
Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.”

2.2. A gloriosa vinda de Jesus com a igreja -2ª Fase


Uma pergunta: Iremos imediatamente para o céu após o arrebatamento?
Não, mas a um lugar celestial chamado “ares” conforme o texto acima (1
Ts 4.17). Lá participaremos do Tribunal de Cristo, onde seremos recom-
pensados por todo trabalho que fizemos em prol do reino de Deus. Em
Apocalipse 22.12 Cristo diz: “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está
comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” Logo após esta premia-
ção iremos ainda às Bodas do Cordeiro, (Mt 8.11; 26.29) para uma ceia
especial com Cristo e finalmente Ele descerá à terra conosco para

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estabelecer seu reino físico com duração de mil anos. Em Judas 14 lemos:
"E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo:
Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos." Em Apocalipse
1.7 lemos tam-bém: “Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até
os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão
sobre ele. Sim. Amém.” Enquanto a igreja desfruta nos ares da presença
visível de Cristo a terra estará passando pelos horrores da grande
tribulação.

A Tribulação e a Grande Tribulação: A palavra tribulação é sinônimo


de sofrimento, opressão, perseguição, etc. Serão sete anos divididos em
duas partes. Os três primeiros anos é chamado de “tribulação.” Será
caracterizado por uma falsa paz promovida pelo anticristo o qual se
manifestará ao mundo com muita popularidade. Ele contornará o caos
gerado pelo arrebatamento e fará um acordo de paz com Israel (cessando
os conflitos no Oriente Médio. Veja Daniel 9.27). Após três anos e meio o
acordo com Israel será rompido e ai se inicia a segunda metade dos sete
anos, conhecida como A Grande Tribulação. Será um período de grandes
catástrofes naturais. Na Bíblia este período é muitas vezes chamado de ira,
dia da ira, ira do Cordeiro, etc. (Ap 6.16). Em Mateus 24.21,22 está escrito:
“Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio
do mundo até agora, nem tampouco há de haver. E, se aqueles dias não
fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos esco-
lhidos serão abreviados aqueles dias.” Para mais detalhes destes períodos
leia atenciosamente Mateus 24.15-28. Os capítulos 6 a 9 de Apocalipse
refere-se aos primeiros três anos e meio e a partir do capítulo 10 ao 18 à
segunda parte, a Grande Tribulação.
3. OBJETIVO DA TRIBULAÇÃO
a) Aplicar juízo sobre os desobedientes: Será o período mais difícil da
história humana. É a ira de Deus derramada sobre o mundo pecador.
Mesmo assim muitos seguirão pecando! Em Apocalipse 9.20,21 lemos: “E
os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se arre-
penderam das obras de suas mãos, para não adorarem os demônios, e os
ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira, que nem
podem ver, nem ouvir, nem andar. E não se arrependeram dos seus

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homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos
seus furtos.”

b) Salvar a muitos pelo sofrimento: Após o arrebatamento muitos se


converterão. Estes sofrerão muito sob o governo do anticristo e serão
mortos. Após o martírio eles surgem no céu causando grande admiração.
Em Apocalipse 7.13,14 lemos: “E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes
que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram? E eu
disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da
grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue
do Cordeiro.”

c) Preparar Israel para a conversão: Na primeira fase da Tribulação


Israel fará um pacto com o anticristo pensando se tratar do Messias, mas
pelo corrupto procedimento deste líder, Israel descobrirá que ele não se
identifica com o Messias descrito na Bíblia. O anticristo, indignado,
convocará exércitos aliados de todo o mundo para exterminar Israel. Sem
forças para resistir tamanha pressão internacional Israel clamará a Deus.
Deus em sua graça derramará sobre eles um espírito de quebrantamento
e eles reconhecerão que erraram desprezando a Jesus como Messias. Em
Zacarias 12 lemos sobre o livramento de Israel e a sua conversão: “E
acontecerá naquele dia, que procurarei destruir todas as nações que
vierem contra Jerusalém, mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes
de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para
mim, a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão sobre ele, como quem
pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se
chora amargamente pelo primogênito.” Esse período é também chamado
a angustia de Jacó. Mas Israel será salvo. (Jr 30.7)

d) Julgar os inimigos de Israel: Vimos que em resposta ao clamor de


Israel Jesus virá em socorro deles. Ele voltará à terra visivelmente com a
igreja para derrotar o anticristo e o falso profeta e julgar as nações que
lutaram contra Israel. (Veja Mateus 25.31-46) Satanás será preso por mil
anos. Em Zacarias 14.3 lemos: “E o Senhor sairá, e pelejará contra estas
nações, como pelejou, sim, no dia da batalha.”

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e) Implantar o seu reino físico no mundo – o milênio: As nações que
foram a favor de Israel durante a tribulação serão poupadas e ingressa-
rão no reino milenial de Cristo. (Veja Mt 25.31-46) A terra será restaura-
da. Em Mateus 19.28 lemos: “E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que
vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se
assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze
tronos, para julgar as doze tribos de Israel.”

No reinado de Cristo se cumprirão todas as promessas de Deus a Israel e à


igreja. A sede do governo será em Jerusalém. Será um reino caracterizado
pela justiça, obediência, verdade e santidade. Haverá a plenitude do
Espírito Santo e uma adoração unificada. Haverá prosperidade econômica,
longevidade, conhecimento, ausência de imaturidade e cura para todas as
doenças. Os animais perderão sua agressividade. Em fim será um reino de
paz, alegria, glória e consolo. A humanidade ainda estará em sua natureza
pecaminosa, mas com a prisão de satanás o nível de iniquidade será
mínimo, pois todo pecado será punido imediatamente. Após 1000 anos
Satanás será solto para que se manifeste os que, no íntimo, não eram leais
ao Rei Jesus e não o serviam por amor. Estes serão derrotados e lançados
no lago de fogo juntamente com Satanás. (Ap 20.7-10)Veja a comparação
entre o arrebatamento e a segunda vinda em glória:
1ª FASE: ARREBATAMENTO 2ª FASE: VINDA EM GLÓRIA
Repentino: só os santos verão. Em público: todo o olho verá.
Mt 24.36,42,44 Ap 1.7
Cristo vem para a igreja. Cristo vem com a igreja.
1 Ts 4.17 Jd 14; 1 Ts 3.13
Antes da Tribulação. Final da Grande Tribulação. Mt 24.
Ap 3.10 29-30
Observação: A igreja estará na Tribulação? Alguns afirmam que a
igreja será arrebatada no meio ou após a Tribulação. É importante lembrar
que o termo “tribulação” em relação ao futuro é a expressão da ira de Deus.
Deus sempre fez a diferença entre o ímpio e o justo. Por exemplo, em
Gênesis 18 Deus fala com Abraão sobre a destruição das cidades ímpias de
Sodoma e Gomorra. Abraão havia perguntado: Destruirás também o justo
com o ímpio? A resposta de Deus foi: "Longe de ti que faças tal coisa, que
mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não
faria justiça o Juiz de toda a terra?" (Gn 18.25). Em Malaquias 3.17,18 Deus
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faz essa mesma distinção: “E eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos;
naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa a
seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o
ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve.” Portanto cremos que
a igreja não estará mais na terra durante a tribulação. Veja outros textos
exclusivamente em relação à igreja (o grifo é nosso):
“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por
nós, sendo nós ainda pecadores. Logo muito mais agora, tendo sido
justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” (Rm 5.8,9)
“Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam,
embebedam-se de noite. Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios,
vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança
da salvação; porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aqui-
sição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, para
que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.” (1 Ts
5.7-10)
“A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória,
honra e incorrupção, mas a indignação e a ira aos que são contenciosos,
desobedientes à verdade e obedientes à iniqüidade. Tribulação e angústia
sobre toda a alma do homem que faz o mal; primeiramente do judeu e
também do grego.” (Rm 2.7-9)
“E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de
glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de
improviso aquele dia. Porque virá como um laço sobre todos os que
habitam na face de toda a terra. Vigiai, pois, em todo o tempo, orando,
para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de
acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem.” (Lc 21.34-36)
“Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os
céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós,
segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que
habita a justiça. Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que
dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.” (2 Pe 3.12-14)
“E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a
saber, Jesus, que nos livra da ira futura.” (1 Ts 1.10)
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4. COMO AGUARDAR O ARREBATAMENTO
4.1. Em vigilância: Os textos que acabamos de ler são alertas sobre a
iminente volta de Cristo, por isso não haverá tempo extra para alguém se
preparar. Em Mateus 24.27 lemos: “Porque, assim como o relâmpago sai
do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do
Filho do homem." Será semelhante aos dias de Noé (Mt 24.36-44) Jesus
contou diversas parábolas sobre sua volta: (Mt 24.45-51; Mt 25.1-30).

4.2 Ocupados no Reino de Deus: Produzimos mais quando trabalhamos


pensando na vinda do Senhor. Em Lucas 12.43 lemos: “Bem-aventurado
aquele servo a quem o Senhor, quando vier, achar fazendo assim.”; Paulo ao
concluir sua missão na terra escreveu a Timóteo: “Combati o bom combate,
acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está
guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a
mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. (2 Tm 4.7,8)

4.3 Purificando-se: “E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se


a si mesmo, como também ele é puro.” (1 Jo 3.3); “E não entristeçais o
Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.”
(Em Ef 4.30)
5. POR QUE CRISTO AINDA NÃO VOLTOU?
Há quem pense que a volta de Jesus ainda tardará e enquanto isso estão
distraídos no pecado, mas Deus é fiel. Em 2 Pedro 3.9 lemos: “O Senhor
não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é
longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão
que todos venham a arrepender-se” No momento certo, Cristo voltará
(Mt 24.42,44; Lc 12.40). A nosso maior cuidado é sempre estar
preparados.

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Estudo 10 Dízimos e Ofertas
“Daí a césar o que é de César e a Deus o que é de Deus. (Mt 22.21)

1. O QUE É O DÍZIMO
Dízimo em hebraico é [ma’aser] que significa “décima parte”. O dízimo é
uma doutrina encontrada tanto no Antigo como no Novo Testamento. Em
Levítico 27.30 e Malaquias 3.10 lemos respectivamente: “Também todas as
dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do
Senhor; santas são ao Senhor.”; “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro,
para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim
nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e
não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente
para a recolherdes.”

2. O SIGNIFICADO DA ENTREGA DO DÍZIMO


2.1 O reconhecimento da soberania divina:
Os textos acima são claros: os dízimos não pertencem a nós, somos apenas
administradores de tudo o que o Senhor bondosamente nos deu, afinal
tudo o que possuímos vem dele, desde o nosso fôlego de vida. Então a
entrega do dízimo é simplesmente um reconhecimento da soberania de
Deus em nossa vida, um ato de adoração. Vejamos alguns textos sobre a
soberania de Deus: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e
aqueles que nele habitam.” (Sl 24.1); “Assim diz Deus, o Senhor, que criou
os céus, e os estendeu, e espraiou a terra, e a tudo quanto produz; que dá a
respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela.” (Is
42.5); “Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos.” (Ag
2.8); “Tua é, Senhor, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a
majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, Senhor,
o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos.” (1 Cr 29.11-12)

2.2 Um antídoto contra o orgulho:


Em Deuteronômio 8.15-18 Deus revela tudo sobre a proteção de Israel no
deserto: “...Que te guiou por aquele grande e terrível deserto de serpentes
ardentes, e de escorpiões, e de terra seca, em que não havia água; e tirou
água para ti da rocha pederneira; que no deserto te sustentou com maná,
que teus pais não conheceram; para te humilhar, e para te provar, para no
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fim te fazer bem; e digas no teu coração: A minha força, e a fortaleza da
minha mão, me adquiriu este poder. Antes te lembrarás do Senhor teu
Deus, que ele é o que te dá força para adquirires riqueza; para confirmar a
sua aliança, que jurou a teus pais, como se vê neste dia.”

Na época do profeta Oséias a nação de Israel (já desviada dos caminhos do


Senhor) não reconhecia mais a soberania divina. Disse o senhor: “Ela, pois,
não reconhece que eu lhe dei o grão, e o mosto, e o azeite, e que lhe multi-
pliquei a prata e o ouro, que eles usaram para Baal.” (Os 2.8)

2.3 Um reconhecimento da bondade de Deus:


Davi sempre foi grato a Deus por tudo que possuía. Em Salmos 116.12
ele falou assim: “Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me
tem feito?” Então entregar o dízimo não é nada mais que devolver parte
daquilo que Deus mesmo nos concedeu. Em recompensa, Ele ainda
promete abençoar a “nossa parte.” — os 90%. (Ml 3.10)

3. O DÍZIMO NO ANTIGO TESTAMENTO


No Antigo Testamento há vários exemplos de pessoas que entregaram os
dízimos a Deus. Em Gênesis 14.20 lemos: “E bendito seja o Deus Altíssimo,
que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de
tudo.” (Veja também Hb 7.1,2) Posteriormente o dízimo foi incluído na
Lei: “Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente, que
cada ano se recolher do campo. E, perante o Senhor teu Deus, no lugar que
escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu
grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das
tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus todos os
dias.” (Dt 14.22-23) Na instituição da Lei a tribo de Levi não teve herança
na distribuição de terras em Israel. Deus estabeleceu que eles seriam
sustentados pelos dízimos do povo. Os sacerdotes levitas ministrariam o
ensino e cuidariam do tabernáculo e dos utensílios usados na adoração.
Obviamente com esta responsabilidade eles não teriam como se
dedicarem a atividades seculares. Em 2 Crônicas 31.4 lemos sobre o rei
Ezequias o qual percebeu um descuido da população sobre este assunto:
“ordenou ao povo, que morava em Jerusalém, que desse a parte dos
sacerdotes e levitas, para que eles pudessem se dedicar à lei do Senhor.”

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Textos sobre o dízimo dos levitas no Antigo testamento:
3.1 A responsabilidade dos levitas:
“Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua
boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do Senhor
dos Exércitos.” (Ml 2.7) “E seus irmãos, os levitas, foram postos para todo
o ministério do tabernáculo da casa de Deus. E Arão e seus filhos
ofereceram sobre o altar do holocausto e sobre o altar do incenso, por
todo o serviço do lugar santíssimo, e para fazer expiação por Israel,
conforme tudo quanto Moisés, servo de Deus, tinha ordenado.” (1 Cr
6.48,49);

3.2 O sustento dos levitas:


“E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem,
segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que
tenham saído dos lombos de Abraão.” (Hb 7.5); "Porque os dízimos dos
filhos de Israel, que oferecerem ao Senhor em oferta alçada, tenho dado
por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de
Israel nenhuma herança terão." (Nm 18.24); “Guarda-te, que não
desampares ao levita todos os teus dias na terra.” (Dt 12.19)
4. O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO
A prática da entrega do dízimo na época de Cristo era obedecida tão à
risca que não havia necessidade se enfatizar esta doutrina, no entanto
Jesus criticou severamente os fariseus, porque valorizavam mais este
mandamento que os demais. Em Mateus 23.23 Jesus disse: “Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro
e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia
e a fé. Deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas.” Perceba a
ênfase de Jesus: “Deveis fazer essas coisas e não omitir aquelas.”

Em nossos dias alguns discordam da doutrina do dízimo alegando ser


preceito da Lei, mas Cristo disse: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os
profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.” (Mt 5.17) Cristo
também falou: “Daí a césar o que é de César e a Deus o que é de Deus. (Mt
22.21) A César pertencia os impostos, e a Deus a adoração. Toda adoração
é uma entrega e o dizimo é uma adoração neste sentido.

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5. A FINALIDADE DOS DÍZIMOS NA NOVA ALIANÇA
Como vimos, o dízimo existia antes da Lei de Moisés, era entregue de for-
ma espontânea refletindo gratidão. Na Lei foi canalizado por Deus para o
sustento da tribo de Levi (os sacerdotes). No Novo Testamento os dízimos
são usados no sustento dos obreiros, na evangelização, assistência social,
etc. Em 1 Timóteo 5.17,18 lemos: “Os presbíteros que governam bem
sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que
trabalham na palavra e na doutrina, porque diz a Escritura: Não ligarás a
boca ao boi que debulha. E digno é o obreiro do seu salario.” Em 1
Coríntios 9.7-11 o apóstolo Paulo fala novamente sobre este assunto:
“Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come
do seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não se alimenta do leite do
gado? Digo eu isto segundo os homens? Ou não diz a lei também o
mesmo? Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que
trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois?”
6. ONDE ENTREGAR OS DÍZIMOS
O texto de Malaquias 3.10 é uma ordem cujo destino dos dízimos é a casa
do tesouro. Em Neemias 10.37 lemos: “E que as primícias da nossa massa,
as nossas ofertas alçadas, o fruto de toda a árvore, o mosto e o azeite,
traríamos aos sacerdotes, às câmaras da casa do nosso Deus; e os dízimos
da nossa terra aos levitas; e que os levitas receberiam os dízimos em todas
as cidades, da nossa lavoura.” Portanto, não é correto entregar o dízimo do
Senhor a hospitais, creches ou a pessoas carentes.

6.1 Promessas aos dizimistas: “Honra ao Senhor com os teus bens, e


com a primeira parte de todos os teus ganhos; e se encherão os teus
celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.” (Pv 3.9,10); “Trazei
todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha
casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu
não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção
tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de
vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa
terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos
Exércitos. E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque
vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos.” (Ml 3.10)

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7. AS OFERTAS
7.1 Semeadura no reino de Deus:
O valor da oferta é livre de percentual. Ofertar é outra forma de semear no
Reino de Deus. Em 2 Coríntios 9.6-8 lemos: “E digo isto: Que o que semeia
pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em
abundância ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração;
não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com
alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim
de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa
obra.”

7.2 Doação voluntaria:


Deus não se agrada de obrigações! Sirvamo-lhe com alegria, amor,
gratidão e de forma voluntaria. Em Deuteronômio 16.10 lemos sobre
doações em Israel: “Depois celebrarás a festa das semanas ao Senhor teu
Deus; o que deres será oferta voluntária da tua mão, segundo o Senhor
teu Deus te houver abençoado.” Ninguém pode dizer que não foi
abençoado e que não tem nada para ofertar. No versículo 17 lemos:
“Cada um, conforme ao dom da sua mão, conforme a bênção do Senhor
teu Deus, que lhe tiver dado.”

7.3 Sacrifício e não de sobras:


Em Marcos 12.41-44 lemos: “E (Jesus) chamando os seus discípulos, disse-
lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva depositou mais do que
todos os que depositaram na arca do tesouro; porque todos ali
depositaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, depositou
tudo o que tinha, todo o seu sustento.”

Observação: Certa vez, Davi, ao oferecer um sacrifício ao Senhor, um


israelita queria lhe doar tudo que ele precisava. Vejamos a reposta de
Davi: “E disse o rei Davi a Ornã: Não, antes, pelo seu valor, a quero com-
prar; porque não tomarei o que é teu, para o Senhor, para que não
ofereça holocausto que não me custe nada.” (1 Cr 21.24)

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8. RECOMPENSA AOS OFERTANTES
A barganha com Deus deve ser evitada, pois Ele em sua bondade nos
abençoa em tudo o que fizermos em prol de seu reino. Ofertar também é
um ato de fé. Quem contribui alegre e voluntariamente tem promessas
de Deus de ser recompensado. Jesus disse: “Dai, e ser-vos-á dado; boa
medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso
regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos
medirão de novo.” (Lucas 6.38)
9. AS OFERTAS ALÇADAS
A palavra alçada vem do hebraico “teruma” significa pesadas, altas, ele-
vadas, produtivas. É uma oferta especial para um propósito específico.
Vejamos em Êxodo 25.2-8 e 36.3-7 respectivamente, onde Moises havia
recebido ordens de Deus a respeito da construção do Tabernáculo: “Fala
aos filhos de Israel, que me tragam uma oferta alçada; de todo o homem
cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta
alçada. E esta é a oferta alçada que recebereis deles: ouro, e prata, e cobre,
e azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pêlos de cabras, e peles de
carneiros tintas de vermelho, e peles de texugos, e madeira de acácia,
azeite para a luz, especiarias para o óleo da unção, e especiarias para o
incenso, pedras de ônix, e pedras de engaste para o éfode e para o peitoral.
e me farão um santuário, e habitarei no meio deles.” (Êx 25.2-8) A reação
do povo de Israel foi esta: “Então mandou Moisés que proclamassem por
todo o arraial, dizendo: Nenhum homem, nem mulher, faça mais obra
alguma para a oferta alçada do santuário. Assim o povo foi proibido de
trazer mais, porque tinham material bastante para toda a obra que havia
de fazer-se, e ainda sobejava.” (Êx 36.3-7)

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Estudo 11 O Espírito Santo
“Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há
liberdade.” (2 Co 3.17)

1. QUEM É O ESPÍRITO SANTO


Há muitas referências bíblicas sobre o Espírito Santo, a terceira pessoa da
trindade. Ele não é uma força, energia ou influência como querem alguns.
Ele é o Criador de tudo, tem personalidade e possui todos os atributos que
vimos no estudo número 2. Portanto o Espírito Santo é Deus! (Jo 4.24)

Em Atos 5.4 vemos o apóstolo Pedro confrontando Ananias o qual tentou


enganar a igreja. Vejamos como Pedro falou: “Disse, então, Pedro: Ananias,
por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito
Santo... Não mentiste aos homens, mas a Deus.” (At 5.3,4) O Espírito Santo
é chamado assim porque não compactua com o pecado e também san-
tifica todos os que dão lugar a Ele pela obediência à Palavra de Deus.

No início de nossos estudos vimos que o Espírito Santo, pela Palavra, nos
convenceu do pecado, nos levou ao arrependimento, e assim recebemos a
Cristo como Salvador. Este foi o nosso nascimento espiritual. Exatamente
como Jesus havia dito a Nicodemos: “Na verdade, na verdade te digo que
aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de
Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é
espírito.”(Jo 3.5,6) Na verdade o nosso espírito estava morto em pecados,
mas foi vivificado pelo Espírito Santo. Restaurados espiritualmente temos
agora comunhão com Deus. Desde então o Espírito Santo vem operando
em nós uma progressiva separação do pecado através da obediência à
Palavra. À medida que lhe damos lugar o nosso caráter é transformado à
semelhança do caráter de Cristo.
2. ALGUNS NOMES DO ESPÍRITO SANTO NA BÍBLIA
Há diversos nomes para o Espírito Santo na Bíblia. Citaremos apenas 5
deles com suas referencias bíblicas:

2.1 Espírito de Deus:


"E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e
o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas." (Gn 1.2);
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“O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu
vida.” (Jó 33.4);

"E o Espírito de Deus o encheu de sabedoria, entendimento, ciência em


todo o artifício." (Êx 35.31);

"Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos
de Deus." (Rm 8.14)

2.2 Espírito de Cristo:


“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de
Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal
não é dele.” (Rm 8.9);

“Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo,


que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos
que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir.” (1 Pe
1.11)

2.3 Consolador:
Do grego “paracletos” – significa alguém chamado para ficar ao lado de
outrem para ajudá-lo sempre que for necessário: "E eu rogarei ao Pai, e
ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre."
(Jo 14.16); "Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos
hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele
testificará de mim." (Jo 15.26)

2.4 Espírito da Verdade:


"O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê
nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará
em vós." (Jo 14.17);

“Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do
Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em
santificação do Espírito, e fé da verdade.” (2 Ts 2.13)

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2.5 Espírito de Sabedoria e Revelação:
“E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de
entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de
conhecimento e de temor do Senhor.” (Is 11.2);

“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em
seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação.” (Ef 1.17);

“E Josué, filho de Num, foi cheio do espírito de sabedoria, porquanto


Moisés tinha posto sobre ele as suas mãos; assim os filhos de Israel lhe
deram ouvidos, e fizeram como o Senhor ordenara a Moisés.” (Dt 34.9)
3. AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO HOMEM NATURAL
Jesus falou sobre a missão do Espírito Santo: “E, quando ele vier, con-
vencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.” (Jo 16.8) O Espírito
Santo age na vida pecador apenas para convencê-lo de seu estado de
perdição. Ao se converter o Espírito passa a atuar nele para guiá-lo
através da Palavra. Mas por que o Espírito Santo não pode guiar uma
pessoa antes de se converter? Em 1 Coríntios 2.14 temos a resposta:
“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus,
porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se
discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e
ele de ninguém é discernido.”

3.1 O espírito que atua no mundo é o espírito do erro:


Em 1 João 4.6 lemos assim: “Nós somos de Deus; aquele que conhece a
Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhe-
cemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro.” Então não pode
haver revelação de Deus em quem insiste em viver no pecado. Em
Provérbios 1.23 Deus diz: “Convertei-vos pela minha repreensão; pois
eis que vos derramarei abundantemente do meu espírito e vos farei
saber as minhas palavras.”

De fato, a santificação do Espírito ocorre quando Ele nos convence de


pecados que precisam ser abandonados. Quem não é submisso à voz do
Espírito Santo como pode ter a sua vida transformada por Deus? O mundo
não deseja a separação do pecado. Por isso a Bíblia diz: “O Espírito de

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verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece;
mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.” (Jo 14.17)
Vejamos ainda em 1 Coríntios 2.12 como é totalmente diferente em
relação ao crente: "Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o
Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é
dado gratuitamente por Deus." (1 Co 2.12)Que privilégio!

4. AÇÃO DO ESPÍRITO NO HOMEM SALVO


Já vimos que, quando cremos para a salvação, o Espírito Santo veio habitar
em nós a fim de nos preparar para o encontro com Cristo. Deus nos
separou do mundo e nos selou com Seu Espírito para essa finalidade.
Observe: “...Depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da
vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito
Santo da promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da
possessão adquirida, para louvor da sua glória.” (Ef 1.13,14)Alguns
textos sobre a atuação do Espírito em nós:

4.1 O Espirito Santo nos purifica:


“Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do
Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em
santificação do Espírito, e fé da verdade.” (2 Ts 2.13)

“...Dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós e não fez


diferença alguma entre eles e nós, purificando os seus corações pela fé.”
(At 15.8,9).

“Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito,


para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos
sejam multiplicadas.” (1 Pe 1.2)

“Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santifi-
cação. Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas sim a
Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo.” (1 Ts 4.7,8).

4.2 O Espirito Santo se identifica conosco:


“E aquele que guarda os seus mandamentos nele está, e ele nele. E nisto
conhecemos que ele está em nós, pelo Espírito que nos tem dado.” (1 Jo
3.24);
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4.3 O Espírito Santo nos ajuda na oração:
“E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas;
porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o
mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.” (Rm
8.26)

4.4 Pelo Espirito experimentamos o amor de Deus:


“E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está
derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.”
(Rm 5.5)

4.5 O Espírito nos fortalece e nos transforma diariamente:


“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a
glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma
imagem, como pelo Espírito do Senhor.” (2 Co 3.18)

4.6 O Espírito nos faz compreender as Escrituras:


“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu
nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo
quanto vos tenho dito.” (Jo 14.26); “Mas Deus no-las revelou pelo seu
Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de
Deus.” (1 Co 2.10); “As quais também falamos, não com palavras de
sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as
coisas espirituais com as espirituais.” (1 Co 2.13)
5. O ESPÍRITO SANTO E A NOSSA VONTADE
5.1 O Espírito Santo não nos controla!
Deus nos criou seres morais com capacidade de escolha, sendo assim o
Espírito Santo respeita nossa vontade, por isso não nos controla para o
obedecermos à força. A Bíblia declara que Ele nos guia na verdade:
“Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos
de Deus.” (Rm 8.14). Veja mais alguns textos: “Esta é a palavra do
Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas sim
pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.” (Zc 4.6); “Mas, quando
vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade;
porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos
anunciará o que há de vir.” (Jo 16.13)

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6. A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO
Como vimos o Espírito Santo tem personalidade, portanto ele tem von-
tade própria, se alegra, se entristece, sente ciúmes, etc. Vejamos:

6.1 Ele se entristece: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual


estais selados para o dia da redenção.” (Ef 4.30)

6.2 Ele sente ciúmes: Ele nos quer sempre separados do pecado: “Ou
cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem
ciúmes?” (Tg 4.5)

6.3 Ele ordena: “E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse


carro.” (At 8.29); “E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito:
Eis que três homens te buscam. Levanta-te pois, desce, e vai com eles, não
duvidando; porque eu os enviei.” (At 10.19,20)

6.4 Ele testifica de Cristo e glorifica-o: “Mas aquele Consolador, o


Espírito Santo, que o Pai enviará em meu no-me, esse vos ensinará todas as
coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” (Jo 14.26); “Mas,
quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a
verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido,
e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do
que é meu, e vo-lo há de anunciar.” (Jo 16.13,14)

6.5 Ele inspira (Ele inspirou os escritores da Bíblia): “Porque a pro-


fecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens
santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pe 1.21)

6.6 Ele move pessoas para determinadas tarefas: “E o Senhor susci-


tou o espírito de Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de Judá, e o
espírito de Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e o espírito de todo
o restante do povo, e eles vieram, e fizeram a obra na casa do Senhor dos
Exércitos, seu Deus.” (Ag 1.14)

6.7 Ele prova que somos filhos de Deus: “O mesmo Espírito testifica com
o nosso espírito que somos filhos de Deus.” (Rm 8.16); E, porque sois filhos,
Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba,
Pai.” (Gl 4.6)
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7. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA IGREJA
7.1 Ele edifica e consola a igreja: “Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia,
e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam,
andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo.” (At 9.31) Em
apocalipse aparece sete vezes a expressão “quem tem ouvidos ouça o que o
Espírito diz às igrejas” (Ap 2.7; 11, 17, 29; 3.6, 13, 22).

7.2 Ele dirige a obra missionária: “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando,
disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os
tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os
despediram. E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a
Selêucia e dali navegaram para Chipre.” (At 13.1-4)

Na Bíblia há diversos símbolos do Espírito Santo. Cada um deles nos


ensina diferentes aspectos de sua natureza.
8. SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
8.1 Fogo: (ardor): Refere-se a limpeza, purificação, zelo ardente (Êx
13.21; Is 4.4; Jr 20.9; Mt 3.11,12; At 2.3; 1 Ts 5.19; Hb 12.29)

8.2 Vento: Simboliza independência e sua obra regeneradora. (Gn 2.7;


Ez 37.9; Jo 3.8; Jo 20.22; At 2.2)

8.3 Água: Inunda a alma purificando-a, refrescando-a, saciando-a. Esta


fonte também nos torna frutíferos. (Is 44.3; Ez 36.25-27; 47.1-12; Jl
2.23; Jo 3.5; 4.14; 7.39)
8.4 Selo: Indica propriedade de Jesus para conservá-lo até a sua volta. (2
Co 1.22; 5.5; Ef 1.13; 4.30; Ap 7.2,3)

8.5 Óleo: No Antigo Testamento era usado para consagrar reis e sacer-
dotes em Israel. (Êx 30.30,31;1 Sm 16.13; 1 Rs 1.39; Sl 133.1,2; 45.7) Ser
ungido significa ser revestido de autoridade de Deus para determinada
tarefa espiritual ou secular. No Novo Testamento a consagração de
obreiros é feita pela imposição de mãos. (At 6.6; 13.3) Também usado
para outras finalidades: (Mc 6.13; Tg 5.14)

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8.6 Pomba: Lembra brandura, amabilidade, doçura, simplicidade e paz.
(Mt 3.16; Mc 1.41; Lc 3.22; Jo 1.32)

Observação:
A Bíblia diz que nosso corpo é muito mais que um símbolo, é o santuário
do Espírito Santo: Em 1 Coríntios 6.19 lemos também: “Ou não sabeis
que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós,
proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?”

Em Efésios 2.20-22 lemos também: “Edificados sobre o fundamento dos


apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da
esquina, no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo
no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada
de Deus em Espírito.”

Em nosso próximo estudo veremos o resultado da ação do Espírito Santo


em nós quando permitimos que molde o nosso estilo de vida mediante a
obediência à Palavra. Em nós então, é gerado o fruto do Espírito santo,
pelo qual o mundo identifica os verdadeiros discípulos de Cristo e assim o
Seu nome é glorificado na terra.

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Estudo 12 O Fruto do Espírito Santo
"Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor
de Deus." (Fp 1.11)

1. CRIADOS PARA A GLÓRIA DE DEUS


Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, para sua glória, mas pela
queda de Adão e Eva o pecado danificou seriamente a Sua imagem em nós,
e assim viemos a produzir as obras da carne descritas em Gálatas 5.19-21.
Pelo novo nascimento a imagem de Deus é restaurada em nós. Em
Colossenses 3.7-10 é dito que já nos despimos do velho homem com os
seus feitos, e nos vestimos do novo, que se renova para o conhecimento,
segundo a imagem daquele que o criou. Em Filipenses 1.6 temos outra
promessa neste sentido: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em
vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.” Em 2
Coríntios 3.18 lemos também: “Mas todos nós, com rosto descoberto,
refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de
glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” O
agente desta mudança interna é o Espírito Santo! Ele produz o fruto o
qual nos identifica como autênticos discípulos de Cristo. Em Gálatas
5.22 lemos: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimida-
de, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” Jesus falou ainda
sobre diferentes níveis de frutificação: fruto (Jo 15.2a); mais fruto (Jo
15.2b); muito fruto (Jo 15.5,8) e o fruto permanente (João 15.16)
2. TODAS AS VIRTUDES SÃO DO FRUTO DO ESPÍRITO?
Provavelmente você conhece pessoas que não são crentes, mas quase
sempre estão de bom humor, são pacientes, bondosas, etc. Mas a alegria
que exibem não é o gozo da salvação. O amor que demonstram limita-se
ao bem-estar na terra e nada sabem sobre a eternidade com Cristo. Muitas
obras que realizam são atribuídas ao “eu.” Já as virtudes na vida de uma
pessoa salva são de origem no Espírito Santo, resultado (fruto) de seu
relacionamento com Deus. Em Filipenses 1.10,11 lemos: “Para que
aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo
algum até ao dia de Cristo; cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus
Cristo, para glória e louvor de Deus.”

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3. COMO O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO SE EVIDENCIA
O amor, fruto do Espírito não surge apenas em boas circunstâncias. Jesus
disse a seus discípulos: “Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos
maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e
vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;
porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça
sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão
tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?” (Mt 5.44-46) Este
ensino parece loucura para os que não tem fé na Palavra, mas para os que
amam a Cristo obedecendo-o dão fruto pelo qual o nome de Cristo é
glorificado na terra. É no meio deste mundo de trevas espirituais que a luz
de Cristo deve brilhar em nós, ou seja, que o fruto seja manifestado.

4. COMO A BÍBLIA DESCREVE O FRUTO DO ESPÍRITO


1. Amor
A palavra amor em grego tem vários significados, neste caso é ágape, o
amor divino para com a humanidade perdida. Trata-se de um amor
imutável, sacrificial, espontâneo, tão profundo que não há palavras para
descrevê-lo. Uma passagem bíblica bem conhecida que expressa este
amor é João 3.16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o
seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna.” Após a nossa conversão Deus derramou também este
amor em nossos corações! (Rm 5.5). Em 1 João 4.7,8 lemos: “Amados,
amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama
é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a
Deus; porque Deus é amor.” Através deste amor podemos amar até os
inimigos. (Mt 5.46,48; Cl 3.14) Este amor se revela em várias virtudes
conforme vimos em Gálatas 5.22. Examinaremos de forma sucinta o fruto
do Espirito Santo:

2. Alegria
Em algumas versões bíblicas aparece como gozo, regozijo. É o amor
exultante. Uma alegria resultante da convicção da salvação e herança na
glória. Em Judas 1.24 lemos: “Ora, àquele que é poderoso para vos
guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria,
perante a sua glória.” Esta alegria não depende de circunstâncias, ela se
manifesta inclusive em tribulações, adversidades e nas perseguições.

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Provavelmente você já ouviu sobre perseguições que muitos crentes so-
frem em países hostis ao evangelho. Como eles conseguem permanecer
fiéis e alegres até a morte? Esta alegria é incompreensível para o mundo!
Vejamos na Bíblia, alguns exemplos de como os discípulos lidavam com as
tribulações. Em Atos 5.41 lemos: "Retiraram-se, pois, da presença do
conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afron-
ta pelo nome de Jesus." Observe o que o Paulo disse sobre este assunto:
“Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele vivere-
mos; se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também
ele nos negará. Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a
si mesmo.” Aos romanos Paulo disse: “Porque para mim tenho por certo
que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória
que em nós há de ser revelada.” (Rm 8.18) Paulo também escreveu aos
coríntios: “Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a
minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação; transbordo
de gozo em todas as nossas tribulações.” (2 Co 7.4) Foi assim que o
evangelho foi espalhado pelo mundo e chegou até nós! Enquanto os discí-
pulos anunciavam a Palavra de Deus o Espírito Santo produzia neles uma
alegria radiante. Em Atos 13.49-52 lemos: “E a palavra do Senhor se
divulgava por toda aquela província. Mas os judeus incitaram algumas
mulheres religiosas e honestas, e os principais da cidade, e levantaram
perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora dos seus termos.
Sacudindo, porém, contra eles o pó dos seus pés, partiram para Icônio. E os
discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.”

3. Paz
A paz do mundo é ilusória. Somente Jesus oferece a verdadeira paz. Ele
disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo
a dá.” (Jo 14.27a) A paz de Cristo é uma tranquilidade íntima e perfeita,
independente de circunstâncias. É o resultado de um correto
relacionamento com Deus. A paz de Cristo é desfrutada em dois sentidos:
Paz com Deus e paz com o próximo. Vejamos:

3.1 A Paz com Deus


A Bíblia diz que antes de confessarmos a Cristo como Salvador éramos
inimigos de Deus! Está escrito: "Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que
a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que

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quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." (Tg 4.4)
Mediante a nossa conversão fomos reconciliados e justificados em Cristo,
e assim a paz se tornou real. Em Romanos 5.1 lemos: "Tendo sido, pois,
justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo."
No verso dez lemos também: "Porque se nós, sendo inimigos, fomos
reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já
reconciliados, seremos salvos pela sua vida."

a) A paz de Cristo só é real mediante a certeza da salvação: Quando


estávamos no mundo, (sem crer na mensagem do evangelho) éramos
cegos para as coisas espirituais. Em 2 Coríntios 4.4 lemos: “o deus deste
século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não res-
plandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.”
Logo vivendo de forma mundana não havia como ter certeza de salvação.
A falta de certeza gera o medo e este a falta de paz. Imagine uma pessoa
que não tem certeza para onde vai após a morte física... Imagine uma
pessoa que não sabe nada acerca do arrebatamento e da ira divina que há
de vir? Tal pessoa acredita em tudo, menos na Palavra de Deus! É por isso
que a Bíblia diz em Isaias 48.22: “Mas os ímpios não têm paz, diz o
Senhor.” Mais uma vez em Isaias 57.20,21 lemos: “Mas os ímpios são como
o mar bravo, porque não se pode aquietar, e as suas águas lançam de si
lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.”

A paz do crente em relação à eternidade: Não há subterfúgios: a


verdadeira paz consiste na certeza da salvação. Em 2 Pe 3.13,14 lemos:
“Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra,
em que habita a justiça. Por isso, amados, aguardando estas coisas,
procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.”
Então todos precisam de Jesus Cristo, o príncipe da Paz. (Is 9.6,7)

3.2 A Paz com o próximo: A vida no estilo mundano envolve inimizade


não somente com Deus, mas também com o próximo! Em Tito 3.3-5 ve-
mos claramente a nossa situação antes de termos paz com Deus: “Porque
também nós éramos noutro tempo insensatos, desobedientes, extravia-
dos, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e
inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros, mas quando apareceu a
benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens, não

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pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua
misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do
Espírito Santo.”

Os meios da paz:
a) Perdoar: Está escrito: “Antes sede uns para com os outros benignos,
misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos
perdoou em Cristo. Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e
andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo
por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.” (Ef 4.32, 5.1,2)

Entregar a vida a Cristo significa entregar tudo, inclusive os inimigos (se


houver). A vingança pertence a Deus. Mesmo tendo sido injustiçados
entreguemos tudo a Deus. Em Romanos 12.17-19 lemos: “A ninguém
torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os ho-
mens. Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os
homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira,
porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.”
Isto é uma questão de fé na Palavra! Está escrito: “Entrega o teu caminho
ao Senhor; confia nele, e ele o fará. E ele fará sobressair a tua justiça como
a luz, e o teu juízo como o meio-dia. Descansa no Senhor, e espera nele;
não te indignes por causa daquele que prospera em seu caminho, por
causa do homem que executa astutos intentos.” (Sl 37.5-7) Devemos
deixar tudo com Deus porque somente Ele sabe vingar com a reta justiça.
Complicaremos muito mais a situação se tomarmos o lugar de Deus. Bom,
e se outros quiserem se vingar de mim? Igualmente Deus nos protege. Em
Salmos 7.10 lemos: "Deus é o meu escudo. Ele salva os retos de coração."
Em Provérbios 16.7 lemos também: “Sendo os caminhos do homem agra-
dáveis ao Senhor, até a seus inimigos faz que tenham paz com ele.”

b) Pedir perdão: Já vimos que, a quem nos ofendeu devemos perdoar


(Mc 11.25). A quem ofendemos temos que pedir perdão e em alguns casos
até fazer restituições. (Lc 19.8) Os mandamentos visam uma vida de paz,
sem ressentimentos. Em Mateus 6.14 Jesus diz: “Porque, se perdoardes
aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a
vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também
vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.” Em fim a Bíblia diz: “Segui

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a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;
tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que
nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se
contaminem.” (Hb 12.14,15) A paz é o amor em repouso.

4. Longanimidade
É o amor que suporta com paciência.
4.1 A longanimidade em relação à igreja: Em nosso terceiro estudo
vimos que a longanimidade é um dos atributos de Deus. Salmos 103.8 diz:
“Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benigni-
dade.” A longanimidade deve ser evidenciada na vida cristã. Paulo disse
aos efésios: “Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é
digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e
mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.” (Ef 4.1-3)

OBS: Ser longânimo é prova de maturidade! Em Romanos 14.1,2


lemos: “Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos
fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao
seu próximo no que é bom para edificação.” Paulo escreveu aos
colossenses: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de
entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão,
longanimidade; suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos
outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos
perdoou, assim fazei vós também. e, sobre tudo isto, revesti-vos de amor,
que é o vínculo da perfeição.” (Cl 3.12-14)

4.2 A longanimidade em relação ao mundo: Implica em suportar toda


falta de cortesia e amabilidade. O mundo está cheio de pessoas agressivas
que precisam ser amadas. Como alguém que nunca recebeu amor mani-
festaria o amor? Vejamos: Jesus e seus discípulos, certa vez foram mal
recebidos em Samaria e os discípulos logo disseram a Jesus: “Senhor, que-
res que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também
fez? Voltando-se, porém, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que
espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas
dos homens, mas para salvá-las. E foram para outra aldeia.” (Lc 9.54-56).

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5. Benignidade
Implica em falar a verdade em amor em um ambiente de irritação e
arrogância. O Espírito trabalha em nosso coração ensinando-nos a tratar a
todos com cortesia, polidez e atenção, não respondendo de acordo com a
ofensa recebida. Ser amável é fundamental para evitar o rompimento das
relações sociais e poder testemunhar da salvação. Jesus nos deu exemplos
de benignidade: Ao iniciar uma conversa com uma samaritana, vemos que
ela lhe respondeu com certa arrogância: “Disse-lhe, pois, a mulher
samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou
mulher samaritana?” (Jo 4.9) Pelo amável tratamento que recebeu ela
reconheceu que Ele era profeta e finalmente Ele se declarou a ela como o
Messias e assim ela foi salva. Em Efésios 4.31,32 lemos sobre o valor da
benignidade: “Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e
toda a malícia sejam tiradas dentre vós. Antes sede uns para com os
outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como
também Deus vos perdoou em Cristo.”

6. Bondade
Além da cordialidade que as pessoas precisam, precisamos exercitar a
prática do bem. Significa amenizar o sofrimento do próximo mediante a
generosidade. Em Gálatas 6.9,10 lemos: “E não nos cansemos de fazer
bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.
Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente
aos domésticos da fé.” Todos nós podemos exercitar a bondade. Tiago
criticou a falta desta virtude na igreja: “E, se o irmão ou a irmã estiverem
nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser:
Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas
necessárias para o corpo, que proveito virá daí?” (Tg 2.15) No capítulo 4
verso 17 temos a conclusão: "Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o
faz, comete pecado." A bondade é o amor em ação.”

7. Fé (fidelidade)
No estudo número seis vimos que a fé é a plena confiança na Palavra de
Deus. A fé como fruto do Espírito é a prática da fidelidade. Por esta virtude
o crente se mantém fiel a Deus em quaisquer circunstâncias. Jesus disse:
"Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; porque o que passa disto é
de procedência maligna." (Mt 5.37) Esta virtude é manifestada em nossos

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compromissos: pontualidade (igreja, trabalho, escola, etc), nos dízimos,
ofertas, contratos, casamento, etc. Esta virtude classifica o crente como
alguém confiável, um cidadão do céu. Em Salmos 101.6,7 Deus nos diz: “Os
meus olhos procurarão os fiéis da terra, para que estejam comigo; o que
anda num caminho reto, esse me servirá. O que usa de engano não ficará
dentro da minha casa; o que fala mentiras não estará firme perante os
meus olhos.” Jesus destacou a essência da fidelidade: “Quem é fiel no
mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é
injusto no muito.” (Lc 16.10) Ele contou diversas parábolas sobre esta
virtude. Em Mateus 25.21 lemos um trecho de uma delas: “E o seu senhor
lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito
te colocarei; entra no gozo do teu senhor.”

Descobrimos se somos fieis quando somos desafiados à infidelidade,


principalmente quando estamos a sós. A fidelidade do crente leva em
conta os atributos de Deus, como a sua a onipresença, justiça e fidelidade.
Em Apocalipse 2.10 Jesus diz: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da
vida." Entre muitos personagens bíblicos, o profeta Daniel é um exemplo
de fidelidade na perseguição. Em Dn 6.4 lemos: "Então os presidentes e os
príncipes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino;
mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não
se achava nele nenhum erro nem culpa."

8. Mansidão
Jesus disse: "Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra."
(Mt 5.5) Esta virtude é a solução de Deus para não reagirmos contra
agressões, invejas, maledicências, conquista pela força, violência, etc. A
defesa do crente fiel está em Deus que é o nosso escudo. O objetivo da
mansidão é o livramento de uma possível vingança! Quantas pessoas
vagueiam no mundo sem descanso algum por que se vingaram ou
reagiram à alguma agressão? Moisés teve essa experiência. Antes de
liderar Israel ele cometeu um crime tentando resolver um conflito entre
irmãos. A partir daí ele passou a ser perseguido. (Veja Êxodo 2.11-15)
Tempos depois, já convertido, Moisés tornou-se manso! Em Números 12.3
lemos sobre ele: “E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os
homens que havia sobre a terra.”

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Jesus é o nosso maior exemplo de mansidão. Ele se conservou manso
diante de seus perseguidores. Na noite em que foi traído inclusive curou a
orelha do servo do sumo sacerdote que fazia parte dos que tinha ido
prendê-lo: “E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão,
puxou da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe uma
orelha. Então Jesus disse-lhe: Embainha a tua espada; porque todos os que
lançarem mão da espada, à espada morrerão. Ou pensas tu que eu não
poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões
de anjos?” (Mt 26.51-53)

A mansidão é o amor submisso a Deus. No texto acima podemos ver que


Jesus deu um grande livramento a Pedro! Se Jesus não tivesse curando a
orelha do servo, Pedro seria duramente perseguido. Pedro ouvira o que
Jesus havia dito: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração;
e encontrareis descanso para as vossas almas." (Mt 11.29), mas ele ainda
era carnal e não pôs em prática este ensinamento. Em fim, a mansidão é
confiar que tudo está no controle de Deus. Esta virtude leva em conta a
soberania, a bondade e a fidelidade de Deus. Se Jesus quisesse ser livre
naquela noite bastaria orar a Deus e os anjos estavam prontos para livrá-
lo! Em Salmos 46.10,11 lemos: “Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus;
serei exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra. O Senhor dos
Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.” Deus batalha por
nós! O Espírito Santo fez o apóstolo Paulo compreender que não temos
que lutar fisicamente, pois por traz destas lutas está satanás! Então nada
mais eficiente que combater o mal em sua origem.

Usemos as armaduras de Deus descritas em Efésios 6.12-13: “Porque não


temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados,
contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as
hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda
a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito
tudo, ficar firmes.” Mansos, portanto são os que escolhem o caminho da
paz, por causa das promessas de Deus: "E ao servo do Senhor não convém
contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar,
sofredor." (2 Tm 2.24)

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9. Temperança (Domínio próprio)
Em nosso estudo número nove aprendemos que o Espírito Santo não nos
controla, mas guia-nos na verdade. Para que não sejamos vencidos pelas
paixões do velho homem o Espírito Santo nos capacita com o domínio
próprio, uma espécie de freio para nos livrar da queda. De vez em quando
as velhas paixões e coisas ilícitas batem à porta de nosso coração (1 Co
10.13; 2 Pe 2.9) mas por essa virtude o crente avalia e reconhece que a
vontade de Deus é mais importante e assim ele sai vitorioso. Esta
virtude visa nos aperfeiçoar em santidade. Até mesmo diante de algo
lícito, temos prudência para detectar se tal ação vai glorificar ou não a
Cristo! Paulo escreveu aos coríntios: “Todas as coisas me são lícitas, mas
nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me
deixarei dominar por nenhuma.” (1 Co 6.12) O domínio próprio é o amor
que disciplina a vida cristã.
5. A LEI E O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO
Deus é santo. Para o homem sujeito ao pecado seria difícil cumprir a Lei
de Deus. No Antigo Testamento o homem frequentemente tropeçava em
muitos pontos da Lei, mas em nosso tempo (Nova Aliança) podemos
cumpri-la em Cristo, pois Ele a cumpriu por nós! Em Mateus 5.17 Jesus
disse: “Não penseis que vim para revogar a lei ou os profetas: não vim
para revogar, mas para cumprir.” (Mt 5.17). Esse cumprimento se dá
exercitando o amor. Em Romanos 13.9-10 lemos assim: “Com efeito:
Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho,
não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se
resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. O amor não faz mal
ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor.”

Graças a Deus a semente do amor de Deus já foi plantada em nós e ela


segue frutificando mediante a obediência à Palavra. Em João 15.3,4 Jesus
disse: “Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em
mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não
estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.” O desejo
de Deus é que sejamos maduros na fé produzindo o fruto do Espírito
Santo para a glória de Deus. O resultado é que desfrutaremos uma
contínua alegria celestial. Amém.

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Estudo 13 O Batismo no Espírito Santo
“Ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.” (Mt 3.11)

1. O REVESTIMENTO DE PODER PARA TESTEMUNHAR


Vimos que a primeira obra do Espírito Santo no homem é convencê-lo do
pecado, em seguida pela obediência à Palavra o fruto do Espírito é
manifestado, evidenciando a sua conversão, mas a obra do Espírito Santo
continua: para completar a missão de glorificar a Cristo no mundo, Deus
pôs à nossa disposição o batismo no Espírito Santo! Trata-se de um
revestimento de poder, através do qual somos habilitados a executar a obra
de Deus com poder e ousadia. A palavra batismo, já sabemos, vem do
grego baptismós e significa imersão. Neste caso o crente é totalmente
envolvido, imerso na plenitude do Espírito Santo. É mais uma operação da
graça de Deus. O batismo no Espírito Santo é uma promessa de Deus para
qualquer crente, em qualquer época, em qualquer lugar. Vejamos de
sucintamente alguns textos evidentes sobre o batismo no Espírito Santo:

1.1 No cenáculo:
“E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no
mesmo lugar; e de repente veio do céu um som, como de um vento
veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam
assentados, e foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo,
as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do
Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito
Santo lhes concedia que falassem.” (At 2.1-4)

1.2 Na casa de Cornélio:


“A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele
crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome. E, dizendo Pedro
ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a
palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo
com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se
derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e
magnificar a Deus.” (At 10.43-46)

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1.3 Em Samaria:
“Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria
recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João. Os quais, tendo
descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo (Porque
sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram batizados em
nome do Senhor Jesus). Então lhes impuseram as mãos, e receberam o
Espírito Santo.” (Atos 8.14-17)

Antes do Pentecostes, o Espírito Santo já havia descido na vida de várias


pessoas como João Batista (Lc 1.15), Isabel (Lc 1.41), Zacarias (Lc 1.67) e
Simeão (Lc 2.25). Entretanto não existe nenhum registro de que eles
tenham falado línguas, mas no dia de Pentecostes, o derramamento do
Espírito Santo foi acompanhado de um sinal audível: Em Atos 2.4 lemos:
“E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras
línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.”
2. FINALIDADES DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
2.1 Evangelizar com ousadia, poder e autoridade:
Jesus disse: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir
sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a
Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” (At 1.8) Também em Atos
4.31 lemos: “E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e
todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra
de Deus.”

2.2 Dar visão acerca dos perdidos:


“E Paulo teve de noite uma visão, em que se apresentou um homem da
Macedônia, e lhe rogou, dizendo: Passa à Macedônia, e ajuda-nos. E, logo
depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que
o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho.” (At 16.9,10);
“E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala, e não te cales;
Porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal,
pois tenho muito povo nesta cidade. E ficou ali um ano e seis meses,
ensinando entre eles a palavra de Deus.” (At 18.9-11)

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2.3 Proporcionar mais intimidade com Deus:
“O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que
profetiza edifica a igreja.” (1 Co 14.4); “E da mesma maneira também o
Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos
de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com
gemidos inexprimíveis.” (Rm 8.26)

2.4 Capacitar-nos a desbaratar o inimigo:


“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em
Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a
altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo
todo o entendimento à obediência de Cristo.” (2 Co 10.4,5)
3. SUGESTÕES PARA RECEBER O BATISMO
Não há regras para se receber o batismo no Espírito Santo, mas pode-
mos observar algumas atitudes essenciais em relação a esta bênção:

3.1 Perseverar em oração:


Devemos incluí-lo em nossos pedidos diários como prioridade e
perseverar nesta busca: “E, estando com eles, determinou-lhes que não
se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai,
que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com
água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois
destes dias.” (At 1.4,5)

3.2 Obedecer a Palavra:


“E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o
Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.” (At 5.32);

3.3 Desejar (ter sede):


“E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou,
dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim,
como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto
disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque
o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido
glorificado.” (Jo 7.37-39).

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3.4 Buscar ardentemente: Disse Jesus: “Porque qualquer que pede
recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á. E qual o pai de
entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também,
se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou, também, se lhe
pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, sendo maus, sabeis
dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o
Espírito Santo àqueles que lho pedirem? (Lc 11.10-13)
3.5 Confiar que vai receber: “E esta é a confiança que temos nele, que,
se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.” (1 Jo
5.14); “Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede
receber, e tê-las-eis.” (Mc 11.24); “Deleita-te também no Senhor, e te
concederá os desejos do teu coração.” (Sl 37.4) Satanás sussurrará que
você não vai ser batizado. Não creia, continue glorificando a Deus. Satanás
é o pai da mentira. O Batismo com o Espírito é uma promessa de Deus
para cada um de nós. “Porque derramarei água sobre o sedento, e rios
sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a
minha bênção sobre os teus descendentes.” (Is 44.3)

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Estudo 14 Dons do Espírito Santo
“Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.” (1
Co 12.1)
Já vimos que o Espírito Santo além de atuar como agente da salvação,
santificação, preparação para o serviço de Deus (revestimento de
poder) ainda nos capacita com dons espirituais. (1 Co 14.1). Jesus deseja
que sua igreja seja forte, sadia e impactante neste mundo perdido. Ele
garantiu que faremos inclusive obras maiores que as que Ele fez! (Jo
14.12) A palavra “dons” vem do grego “charismata”, derivada da palavra
“charis” que significa “graça, presente.” Os dons são de grande valor e deve
ser motivo de profunda gratidão. Ninguém é merecedor de dons, então não
há de que nos gabar com algum status de superioridade. Os dons merecem
um estudo especial a fim de evitar desordens na igreja que afete a sua
unidade. Também não é correto dizer que temos este ou aquele dom, pois
conforme 1 Coríntios 12.7 os dons são manifestados: “mas a manifestação
do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.”
1. CLASSIFICAÇÃO E PROPÓSITO DOS DONS ESPIRITUAIS
a) Congregacional: (edificação, consolação e exortação [1 Co 14.1-4]).
b) Individual: “O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo,
mas o que profetiza edifica a igreja.” (1 Co 14.4).

Em 1 Coríntios 12.8-11 lemos sobre nove os dons do Espírito: “Porque a


um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo
Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a
outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de
maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíri-
tos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das lín-
guas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo
particularmente a cada um como quer.” Os dons espirituais podem ser
classificados assim:
A. DONS DE REVELAÇÃO (SABER): palavra de sabedoria, palavra de
ciência e discernimento de espíritos.
B. DONS DE PODER (FAZER): fé, cura e operação de milagres.
C. DONS DE INSPIRAÇÃO (FALAR): profecia, variedades de línguas.

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A. DONS DE REVELAÇÃO (SABER):
1. Palavra de sabedoria:
Não se trata de conhecimento humano ou inteligência. Em 1 Coríntios
2.6-10 lemos: “Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não,
porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que
se aniquilam; mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a
qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum
dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca
crucificariam ao Senhor da glória. Mas, como está escrito: As coisas que
o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do
homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las
revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas,
ainda as profundezas de Deus.” É saber o que falar em determinada
ocasião (solucionar um problema específico) É um fragmento da
sabedoria divina compartilhada ao crente.

Salomão pediu sabedoria a Deus. Em 1 Reis 3.16-28 vemos como ele


identificou a verdadeira mãe de uma criança. O resultado foi este: “E todo
o Israel ouviu o juízo que havia dado o rei, e temeu ao rei; porque viram
que havia nele a sabedoria de Deus, para fazer justiça.” Em Gênesis
41.38,39 lemos sobre a sabedoria de José: “E disse Faraó a seus servos:
Acharíamos um homem como este em quem haja o espírito de Deus?
Depois disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há
tão entendido e sábio como tu.” Outro exemplo: Josué: (Veja Dt 34.9).

2. Palavra de ciência (conhecimento):


É uma revelação do que está acontecendo no momento que vai além do
conhecimento humano. Não é adivinhação, e nem resultado de profundo
conhecimento teológico. Por esse dom a igreja tem acesso a fatos a
respeito de pessoas, circunstâncias e de verdades bíblicas. É a
penetração na ciência de Deus. (Ef 3.3). Vejamos alguns exemplos:

Na vida de Eliseu: No livro de 2 Reis relata o caso do rei da Assíria que


suspeitou que havia um traidor no meio de seu povo: “Então se turbou com
este incidente o coração do rei da Síria, chamou os seus servos, e lhes disse:
Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Israel? E disse um dos
servos: Não, ó rei meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz

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saber ao rei de Israel as palavras que tu falas no teu quarto de dormir.” (2
Reis 6.11,12)

Na vida da Aías: Em 1 Reis 14.1-6 diz: “Naquele tempo adoeceu Abias,


filho de Jeroboão. E disse Jeroboão à sua mulher: Levanta-te agora, e
disfarça-te, para que não conheçam que és mulher de Jeroboão; e vai a
Siló. Eis que lá está o profeta Aías, o qual falou de mim, que eu seria rei
sobre este povo. E leva contigo dez pães, e bolos, e uma botija de mel, e vai
a ele; ele te declarará o que há de suceder a este menino. E a mulher de
Jeroboão assim fez, e se levantou, e foi a Siló, e entrou na casa de Aías; e já
Aías não podia ver, porque os seus olhos estavam já escurecidos por causa
da sua velhice. Porém o Senhor disse a Aías: Eis que a mulher de Jeroboão
vem consultar-te sobre seu filho, porque está doente; assim e assim lhe
falarás; porque há de ser que, entrando ela, fingirá ser outra. E sucedeu
que, ouvindo Aías o ruído de seus pés, entrando ela pela porta, disse-lhe
ele: Entra, mulher de Jeroboão; por que te disfarças assim? Pois eu sou
enviado a ti com duras novas.”

O dom da palavra de conhecimento ou ciência pode se manifestar por


visão ou sonho (Os 12.10; Ob 1.1; At 10.9-20), voz do Espírito em nosso
espírito (Jo 14.26; 16.13,14; Rm 8.16); voz audível (Ez 43.6; At 10.13-20),
anjo (At 27.22-26; 8.26), Escrituras (Sl 119.18; At 1.15-23; 15.13-21), etc.

Veja outros exemplos de manifestação do dom da ciência:


Na vida de Jesus (Lc 5.22; 6.8; Jo 4.17,18; 11.11-14; 13.38); na vida do
Apóstolo Paulo (At 18.9-10; 20.22,23; 20.29-31; 27.23-24); na vida de
José (Gn 40.5-19; 41.1-36); Na vida de Eliseu (2 Rs 8.7-12); na vida de
Daniel(Dn 2.19-45; 5); na vida de Pedro (Mt 16.16,17; At 5.1-11)

3. Discernimento de espíritos:
É uma percepção sobrenatural para identificar a natureza de uma
atividade espiritual. É extremamente útil para proteger a igreja das
imitações, enganos, falsificações e doutrinas de falsos mestres. Em
Apocalipse 2.2 lemos sobre este dom na Igreja de Éfeso: “Conheço as tuas
obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e
puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste
mentirosos.”

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Em suas viagens missionárias o apóstolo discerniu diversos espíritos
enganadores. Em Atos 13.6-12 lemos: “E, havendo atravessado a ilha até
Pafos, acharam um certo judeu mágico, falso profeta, chamado Barjesus, o
qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, homem prudente. Este,
chamando a si Barnabé e Saulo, procurava muito ouvir a palavra de Deus,
mas resistia-lhes Elimas, o encantador (porque assim se interpreta o seu
nome), procurando apartar da fé o procônsul. Todavia Saulo, que também
se chama Paulo, cheio do Espírito Santo, e fixando os olhos nele, disse: Ó
filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda
a justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor? Eis aí,
pois, agora contra ti a mão do Senhor, e ficarás cego, sem ver o sol por
algum tempo. E no mesmo instante a escuridão e as trevas caíram sobre
ele e, andando à roda, buscava a quem o guiasse pela mão. Então o
procônsul, vendo o que havia acontecido, creu, maravilhado da doutrina
do Senhor.” Outros exemplos: O caso de Ananias e Safira (At 5.1-11); A
libertação da jovem possessa (At 16.17,18), etc

B. DONS DE PODER (FAZER):


1. O dom da fé: No estudo número dois aprendemos sobre a fé
salvadora expressa em Efésios 2.8,9 que vem ao se ouvir a Palavra (Rm
10.17). No estudo número doze estudamos a fé como fidelidade (Fruto
do Espírito) o qual se desenvolve na vida do crente para formação do
caráter de Cristo em nós. Porém o dom da fé é expresso através de uma
confiança inabalável em Deus para a operação de curas e milagres. A
pessoa já considera o milagre como realizado. Esta fé dá uma grande
conotação de autoridade diante de problemas. Veja alguns exemplos:

Na vida de Moisés: Sobre a perseguição movida por Faraó contra Israel


ao deixar o Egito. Moisés falou ao povo: “Não temais; estai quietos e
vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios,
que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre. O Senhor pelejará por
vós, e vos calareis” (Êx 14.13,14).

a) Na vida de Josué: “Então Josué... disse na presença dos israelitas: Sol,


detém-te em Gibeom, e tu, lua, no vale de Ajalom. E o sol se deteve, e a
lua parou... (veja Josué 10.12-14)

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a) Na vida de Elias: “E com aquelas pedras edificou o altar em nome do
Senhor; depois fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas
medidas de semente. Então armou a lenha, e dividiu o bezerro em pedaços,
e o pôs sobre a lenha. E disse: Enchei de água quatro cântaros, e derramai-a
sobre o holocausto e sobre a lenha. E disse: Fazei-o segunda vez; e o
fizeram segunda vez. Disse ainda: Fazei-o terceira vez; e o fizeram terceira
vez; de maneira que a água corria ao redor do altar; e até o rego ele encheu
de água. Sucedeu que, no momento de ser oferecido o sacrifício da tarde, o
profeta Elias se aproximou, e disse: Ó Senhor Deus de Abraão, de Isaque e
de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu
servo, e que conforme à tua palavra fiz todas estas coisas. Responde-me,
Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu és o Senhor Deus,
e que tu fizeste voltar o seu coração. Então caiu fogo do Senhor, e consumiu
o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que
estava no rego. O que vendo todo o povo, caíram sobre os seus rostos, e
disseram: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!” (1 Rs 18.32-33)

Pessoas nas quais se manifestam este dom falam sempre em realizar gran-
des coisas para Deus; estão sempre otimistas, cheios de esperança,
perseverantes, e acima de tudo convictas do poder de Deus expresso em
sua Palavra. Sua fé contagia muita gente na igreja. Em Atos 11.24 lemos
sobre Barnabé: “Porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de
fé. E muita gente se uniu ao Senhor.”

2. Dons de Curar:
A doença foi uma das consequências da entrada do pecado mundo. Mas
todas as doenças podem ser curadas por Jesus. Ele é o Senhor que sara
qualquer enfermidade. (Êx 15.26; Sl 103.3). É mediante o sacrifício de
Jesus que obtemos a cura divina. Em Isaias 53.4 lemos: “Verdadeiramente
ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre
si...” Em Mateus 10.8 Jesus disse aos discípulos: “Curai os enfermos,
limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de
graça recebestes, de graça dai.” Dons de cura são manifestados no
momento certo para a honra e a gloria do nome de Jesus.
Apesar do avanço da medicina Deus continua curado para que todos
tomem conhecimento de seu poder e sejam salvos. Em Atos 9.34,35 lemos
assim: “E disse-lhe Pedro: Enéias, Jesus Cristo te dá saúde; levanta-te e

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faze a tua cama. E logo se levantou. E viram-no todos os que habitavam em
Lida e Sarona, os quais se converteram ao Senhor.” Jesus disse a Filipe, um
de seus discípulos: “Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me,
ao menos, por causa das mesmas obras.” (Jo 14.11) Vejamos algumas
manifestações de dons de curar:

a) Na vida de Pedro: Em Atos 3.6 lemos: “E disse Pedro: Não tenho prata
nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o
Nazareno, levanta-te e anda.” Perguntado sobre este milagre Pedro
respondeu: “E pela fé no seu nome fez o seu nome fortalecer a este que
vedes e conheceis; sim, a fé que vem por ele, deu a este, na presença de
todos vós, esta perfeita saúde.” (At 3.16)

b) Na vida de Filipe, o evangelista: “E as multidões unanimemente pres-


tavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele
fazia; pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham,
clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados.” (At
8.6,7)

c) Na vida de Ananias: “E Ananias foi, e entrou na casa e, impondo-lhe


as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho
por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do
Espírito Santo. E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e
recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado.” (At 9:17,18)

d) Na vida de Paulo: “E ali, próximo daquele lugar, havia umas herdades


que pertenciam ao principal da ilha, por nome Públio, o qual nos recebeu e
hospedou benignamente por três dias. E aconteceu estar de cama enfermo
de febre e disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado,
pôs as mãos sobre ele, e o curou. Feito, pois, isto, vieram também ter com
ele os demais que na ilha tinham enfermidades, e sararam.” (At 28.7-9)

3. Operação de milagres (maravilhas):


Trata-se de uma operação de poder que vai além das leis naturais. Em
Mateus 8.26 Jesus acalma uma tempestade: “...levantando-se, repreen-
deu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.” Em João 11.43-
45 Jesus opera uma ressurreição: “E, tendo dito isto, clamou com grande

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voz: Lázaro, sai para fora. E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés
ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus:
Desligai-o, e deixai-o ir. Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a
Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele.” Em Êxodo 15
Deus abriu um caminho no mar para Israel passar. A manifestação deste
dom é impressionante. Veja a admiração dos discípulos sobre de Jesus em
Mateus 8.27: “Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe
obedecem?” Veja o dom de operação de milagres na vida de Paulo: “E
Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias. De sorte que
até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as
enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam.” (At 19.11,12)

C. DONS DE INSPIRAÇÃO (FALAR)


1. Profecia:
O objetivo deste dom é falar aos homens em nome de Deus. Não pode ser
confundida com pregação embora a pessoa possa profetizar enquanto
prega. Segundo Stanley Horton, o dom de profecia em 1 Coríntios 14
refere-se a mensagens espontâneas, inspiradas pelo Espírito, em uma
língua conhecida tanto para quem fala como para quem ouve. O objetivo
deste dom é edificar, exortar ou consolar a pessoa destinatária da
mensagem. Em Atos 15.32 lemos: “Depois Judas e Silas, que também eram
profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras.”

O dom de profecia é o único sujeito ao julgamento da igreja. Por quê?


Porque a profecia deve estar de acordo com a Bíblia! Veja: “Cada um admi-
nistre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da
multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo as palavras de
Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá;
para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a
glória e poder para todo o sempre. Amém.” (1 Pe 4.10)

A igreja deve estar atenta sobre falsas profecias. Em Ezequiel 13.3 lemos
sobre características de alguns falsos profetas em Israel. Deus disse:
“Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel que profetizam,
e dize aos que só profetizam de seu coração: Ouvi a palavra do Senhor:
Assim diz o Senhor Deus: Ai dos profetas loucos, que seguem o seu
próprio espírito e que nada viram.”
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O dom de profecia deve ser exercido com temor e submissão à Bíblia.
Conforme 1 Coríntios 14 todos podem profetizar, mas de forma
organizada. No culto apenas dois ou três devem profetizar (v.29), mas
nunca ao mesmo tempo a fim de não afetar a ordem do culto. A igreja
não deve ser liderada por profetas, mas pela Bíblia. Veja exemplos da
manifestação do dom de profecia no Novo Testamento: Ágabo e outros
(At 11.27,28; 21.10); Profetas em Antioquia (At 13.1); As quatro filhas
de Filipe. (At 21.9).

2. Variedade de línguas:
Pelo o dom de línguas, Deus levanta alguém na igreja para trazer uma
mensagem especial de edificação, a qual equivale a uma profecia. Este
dom deve ser acompanhado de interpretação e o próprio profeta pode
também ser o interprete. Na igreja de Corinto havia uma desordem no
exercício deste dom, pois muitos profetizavam ao mesmo tempo. Em 1
Coríntios 14 lemos: “Por isso, o que fala em língua desconhecida, ore para
que a possa interpretar.” Este dom também opera a salvação de almas:
“De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis;
e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis. Se, pois, toda a
igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem
indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos? Mas, se todos
profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de
todos é julgado. Portanto, os segredos do seu coração ficarão manifestos, e
assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que
Deus está verdadeiramente entre vós.” (1 Co 14.22-25)
2. OS DONS E O FRUTO DO ESPÍRITO
Já vimos que o fruto do Espírito o amor. Embora na igreja de Corinto se
manifestassem todos os dons espirituais, Paulo destaca a importância
do fruto do Espírito. O ideal de Deus para nós é tanto a manifestação dos
dons como o fruto. Em 1 Coríntios 13.1-3 Paulo censura esta inconve-
niência: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não
tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E
ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e
toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que
transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que
distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que

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entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada
disso me aproveitaria.” Por outro lado uma igreja que não valoriza os
dons espirituais tem pouco impacto na sociedade. O ideal é que
manifestemos tanto o fruto do Espírito como os Dons do Espírito. Em 1
Coríntios 14.1 lemos: “Segui o amor, e procurai com zelo os dons
espirituais, mas principalmente o de profetizar.”

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Estudo 15 Evangelismo – A nossa missão
“Porque nós somos cooperadores de Deus.” (1 Co 3.9a)

Uma das finalidades da fundação da igreja é alcançar o mundo com a men-


sagem do evangelho a fim de que todos os que crêem experimentem as
bênçãos que acompanham a salvação. Em nosso estudo número cinco
vimos que a igreja foi tirada do mundo para glorificar a Deus. Aprendemos
sobre sua fundação, autoridade, responsabilidade, invencibilidade e maior
esperança: a segunda vinda de Cristo. Neste estudo veremos o que nós
podemos e devemos fazer para alcançar outros.
1. UMA MISSÃO A SER LEVADA A SÉRIO
Israel havia sido escolhido por Deus para ser uma bênção para o mundo
(Êx 19.5,6), mas falhou em seu chamado. Deus, em sua fidelidade
(proposito de salvar o mundo), comissionou a igreja (composta de pessoas
de todas as etnias, inclusive de judeus [Cl 3.11]) para realizar a tarefa de
alcançar o mundo. Esta obra foi iniciada no livro de Atos, mas ainda não
está concluída. Em relação a Israel Jesus declarou: “Portanto, eu vos digo
que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os
seus frutos.” Obviamente Jesus se referia à sua igreja, a nação santa (1 Pe
2.9). Então já estamos eleitos, comissionados e capacitados pelo Espírito
Santo a levar em frente a mensagem da salvação a todas as nações. Este
assunto de chama missões.
2. COMO OUVIRÃO SE NÃO HÁ QUEM PREGUE?
Em Romanos 10.13-15 temos várias perguntas: “Porque todo aquele que
invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em
quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como
ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?
Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de
paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.”

A humanidade segue distante de Deus, mas a tarefa de alcança-la está em


andamento. Nós que já fomos purificados, santificados e equipados pelo
Espírito Santo temos esta missão! Em João 17.18 Jesus declarou: “Assim
como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.”
Consideremos os seguintes textos:
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"De sorte que somos embaixadores por Cristo, como se Deus por nós vos
exortasse. Rogamo-vos, pois, por Cristo que vos reconcilieis com Deus.” (2
Coríntios 5.20)

“Livra os que estão destinados à morte e salva os que são levados para a
matança, se os puderes retirar.” (Pv 24.11)

3. A EXPOSIÇÃO DA GRANDE COMISSÃO


Nos quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) temos a ordem de
Cristo para anunciar esta boa notícia em todo o mundo. (At 1.8). Estes
textos compõem a Grande Comissão dada a todos os que foram salvos:

Mateus 28.18-20: “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizen-do: É-me dado


todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis
que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.
Amém.”

Marcos 16.15-16: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evan-


gelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não
crer será condenado.”

Lucas 24.46-48: “Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo pade-
cesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, e em seu nome se
pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações,
começando por Jerusalém. E destas coisas sois vós testemunhas.”

João 20.21: “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim
como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.”

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4. RECOMPENSA PARA OS SEMEADORES DA PALAVRA
No estudo número nove vimos que, após o arrebatamento, iremos ao tri-
bunal de Cristo onde ocorrerá a premiação de todos os salvos. Então tudo
o que semeamos no reino de Deus com a finalidade de salvar e edificar
vidas terá uma recompensa na eternidade. Veja apenas 3 textos sobre isto:

1 Coríntios 3.7-9: “Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que
rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são
um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho. Porque
nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de
Deus.”

1 Coríntios 15.58: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e cons-


tantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso
trabalho não é vão no Senhor.”

Gálatas 6.8,9: “Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a


corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.
E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não
houvermos desfalecido.”

5. A EVANGELIZAÇÃO: O EXERCÍCIO DA FÉ!


A evangelização é o nosso treinamento espiritual. Tudo que aprendemos
sobre a salvação em Cristo já pode ser compartilhado. Assim como o corpo
precisa ser exercitado, a nossa alma também! Jesus havia instruído
bastante a seus discípulos; eles estavam bem alimentados pela Palavra,
mas precisavam de um treinamento. Eles precisavam conhecer um novo
alimento até então desconhecido. Disse-lhes Jesus: “Uma comida tenho
para comer, que vós não conheceis. Então os discípulos diziam uns aos
outros: Trouxe-lhe, porventura, alguém algo de comer? Jesus disse-lhes: A
minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua
obra.” (Jo 4.32-34) Jesus se referia à prática da evangelização. A pregação
da Palavra era a prioridade de Jesus. Em Marcos 1.38 lemos: “E Ele lhes
disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue; porque
para isso vim."

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6. QUANTO À NOSSA PREPARAÇÃO
É Deus quem nos capacita. Não devemos nos sentir preparados somente
após concluirmos um curso de teologia, ou ter frequentado anos de igreja.
Qualquer salvo pode testemunhar das coisas que Cristo fez em sua vida.
Também isto é uma questão de fé! No capítulo 9 do evangelho de João
vemos um ex-cego de nascença e logo (ainda novo convertido) começou a
pregar ousadamente acerca de Jesus. Ele disse aos fariseus: “Ora, nós
sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a
Deus, e faz a sua vontade, a esse ouve.” (Jo 9.31) Em João 4.35-37 Jesus
também disse a seus discípulos: “Não dizeis vós que ainda há quatro
meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos,
e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa. E o que ceifa recebe
galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia
como o que ceifa, ambos se regozijem. Porque nisto é verdadeiro o ditado,
que um é o que semeia, e outro o que ceifa.” Devido a esta urgência, a cada
dia ao sair de casa podemos orar assim: “Senhor abre uma porta para
compartilhar o teu amor em meu trabalho com fulano de tal, com meus
colegas e superiores, conceda-me graça, sabedoria e ousadia para
cumprir a minha missão.”
7. CONSIDEREMOS OS DADOS ABAIXO:
 Quase dois terços da população do mundo nunca ouviu a mensagem
do Evangelho!
 Milhares de grupos étnicos nunca foram alcançados com as Boas
Novas!
 Muitas tribos espalhadas no mundo nunca receberam um só
missionário!
 A população do mundo dobrará em menos de 50 anos!

A igreja segue cumprindo sua missão e a concluirá. Em Apocalipse 5.9


vemos esta obra realizada: “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno
és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o
teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo,
e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão
sobre a terra.” Até agora milhões de pessoas nunca tiveram a oportuni-
dade de ler as Escrituras em sua própria língua. 1.700 idiomas, aproxi-
madamente, não possuem um único texto bíblico traduzido!
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Ao ordenar “ide ir por todo o mundo,” o termo usado por Jesus foi
“ethnos” (que em grego significa “grupos de povos”— “grupos etnicos”)
Obviamente há alguns grupos de povos com algum tipo de testemunho
do Evangelho, mas não significa que já foram alcançados. Conscientes
desta urgente necessidade, precisamos nos envolver de todas as formas
no cumprimento da Grande Comissão. Paulo escreveu ao jovem
missionário Timóteo: “Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor
Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu
reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas,
repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.” (2 Tm 4.1,2)

8. O QUE OCORRE QUANDO EVANGELIZAMOS


Os que compartilham a salvação em Cristo experimentam uma alegria
radiante e recebem novas revelações sobre a vontade de Deus para sua
vida. Evangelismo é, portanto uma necessidade pela qual o crente cresce
em experiência com Deus. Você já tem essa experiência? O Senhor está
estar conosco nesta missão. Em Atos 11.19-21 lemos: “E os que foram
dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão
caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém
a palavra, senão somente aos judeus. E havia entre eles alguns homens
cíprios e cirenenses, os quais entrando em Antioquia falaram aos gregos,
anunciando o Senhor Jesus. E a mão do Senhor era com eles; e grande
número creu e se converteu ao Senhor.”

Se hoje temos o privilégio da salvação, foi devido a obediência desses


irmãos! Então somos devedores aos que ainda não estão salvos. Você tem
esta consciência? Paulo escreveu aos irmãos de Roma: “Eu sou devedor,
tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes. E assim,
quanto está em mim, estou pronto para também vos anunciar o
evangelho, a vós que estais em Roma.” (Rm 1.14,15)

Para ajudá-lo nesta tarefa, elaboramos um esboço simples sobre o pla-


no da salvação. Aprenda-o de memória, pratique e ensine também a
outros. À medida que praticar ganhará experiência e mais confiança na
ministração da Palavra. Revise o estudo número dois (A Salvação) para
compreender melhor o plano de Deus para a humanidade.

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9. INSTRUÇÕES ÚTEIS PARA A EVANGELIZAÇÃO
Primeiramente precisamos compreender algo sobre a entrada do pecado
no mundo daí a condenação para a humanidade. O mundo vive envolto em
prazeres fúteis que afrontam a santidade de Deus. Para que tomem
conhecimento de sua situação precisamos usar a Palavra de Deus para
mostrar-lhes esta realidade.

Na Bíblia Deus nos mostra manifestações de pecado e suas consequências


em relação à eternidade, e a solução de Deus que é a salvação em Jesus
Cristo. Precisamos deixar claro ninguém merece ser salvos, mas pelo amor
de Deus alcançamos misericórdia. A salvação é um presente de Deus. A
única maneira de sermos salvo é recebendo a Cristo como Salvador e
Senhor. Como salvador, porque não há outro que possa salvar, e como
Senhor, porque precisamos obedecer a Palavra de Deus para que sejamos
separados do pecado (que é a preparação para a sua volta de Cristo ou
para a morte física). Portanto use a sua Bíblia para comprovar que:
 Todos pecaram: Rm 3.23; Sl 51.5; Ec 7.20
 Há várias expressões de pecado: 1 Co 6.9,10; Gl 5.19-21; Ef 5.5,6
 A condenação veio a todos por causa do pecado: Rm 6.23
 Deus amou o mundo e providenciou a salvação: Jo 3.16; 1 Co 15.3
 É necessário arrependimento: At 3.19; Ez 18.21; Is 55.6,7
 É necessário crer em Jesus como Salvador: Jo 5.24; 14.6; At 16.31
 É necessário confessar a Cristo publicamente: Mt 10.32,33
9.1 Esclareça que a salvação é exclusivamente em Cristo:
Não existe salvação em outra pessoa. (Is 43.11; At 4.12) Esclareça que não
podemos ser salvos por obras. Quem acha que obras ajudam a salvar
menospreza o plano da salvação de Deus. Purgatório e reencarnação são
invenções humanas, pois não há base bíblica para estes ensinos.

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9.2 Fale sobre a ordem expressa de Jesus:
Explique que você está apenas obedecendo à ordem de Cristo expressa em
Marcos 16.16: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.”

9.3 Faça o convite:


Toda pregação deve ser seguida de um convite para receber a Cristo
como salvador. Finalmente pergunte: “Você gostaria de receber a
Cristo Salvador agora?” A entrada no Reino de Deus é parecido como a
aceitação para um convite para as bodas (Mt 22.2-5) onde muitos
rejeitaram! Somente aqueles que respondem positivamente (confissão)
podem entrar no reino de Deus. (Rm 10.8-10) Então se a pessoa, por
livre e espontânea vontade responder positivamente faça uma oração
com ela pedindo perdão dos pecados e confessando a Cristo como
salvador. Inicie o mais breve possível os estudos de discipulado que
você viu até aqui. Se a pessoa quiser deixar esta decisão para mais tarde,
mostre-lhe na Bíblia o perigo dessa atitude:
Hebreus 3.7: “...se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso
coração...
Tiago 4.14: “...Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que
aparece por instante e logo se dissipa.”
Se apresentarem desculpas, o Espírito Santo será seu auxílio para
respondê-las. Não desanime. Lembre-se das palavras de Jesus: “...E eis
que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mt
28.20) Neste link você encontrará algumas desculpas que geralmente as
pessoas apresentam para não receber a Cristo como Salvador.
Mais referências para ajudar a explicar o Plano de Deus:
Contaminação da raça humana pelo
Gn 2.17; Rm 5.12
pecado.
Rm 3.23; 11.32; Pv 20.9; 30.12;
Todos são pecadores.
Ec 7.20
O salário do pecado é a morte Rm 6.23; Ef 4.18
1 Jo 1.5; Sl 92.15; Hb 1.9; 1Ts
Deus é santo (separado do pecado).
4.7;

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Jo 3.16; 1 Tm 1.15; Lc 19.10; 1
Sobre a missão de Cristo.
Co 15.3,4
Deus nos ama e veio salvar os
Rm 5.8; Jo 3.16-17
pecadores.
Deus não tem prazer na
Ez 33.11; Jo 3.16; 2 Pe 3.9
morte do homem em pecado.
A necessidade de receber a Cristo At 3.19; Ef 1.7; Jo 1.12; Rm 10.9;
como Salvador. Lc 12.8
Não existe outro Salvador At 4.12; Is 43.11; Jo 14.6
Ninguém será salvo pela prática de
Ef 2.8,9; Tt 3.5
boas obras.
Somente Cristo traz conforto para a
Mt 11.28-30; Rm 5.1
alma.
Todos precisam nascer de novo.
Jo 3.3; Is 55.7; At 3.19
(Converter-se)
Cristo transforma o mais vil pecador . 2 Co 5.17; Is 1.18; Mc 5.15
Não existe purgatório e nem
Hb 9.27.
reencarnação.
Cristo ressuscitou (ele não tinha
pecado), daí a morte não teve poder Atos 2.24; 1 Pe 1.21;
sobre Ele!
Os mortos em Cristo estão
perdoados. A morte também não
1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.23;
pode retê-los e eles ressurgirão
salvos.
Os mortos sem Cristo irão a Juízo Ap 20.11-15; 21.8
Final.

“Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de


julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a
palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas,
exortes, com toda a longanimidade e doutrina.”
(Timóteo 4.1,2)

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Bibliografia consultada:
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, CPAD, 2008.
BÍCEGO, Waldir. Manual de Evangelismo. Rio de Janeiro, JUERP. 1981.
COLLEMAN, Robert E. O plano mestre de evangelismo. JUERP, 1988.
ENCONTRO COM A PALAVRA, programa radiofônico.
ESTUDOS DA BÍBLIA: http://www.estudosdabiblia.net/d121.htm
acessado em 22.10.2012
LIMA, Delcyr de Souza. Doutrina e prática da evangelização. Rio de
Janeiro, 1989, 3ª ed.
LINDOSO, Pedro Cardoso, Curso Básico em Teologia. 2 ed Coque, MA,
Edições Hokemãh, 2005.
PEARL, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia.1 ed São Paulo, SP,
Editora Vida, 1997.
REVISTA EBD LIÇÕES BÍBLICAS – Jovens e Adultos 4 trimestre de 2006.
Rio de Janeiro, RJ. CPAD. 2005.
REVISTA EBD DISCIPULADO 1. Rio de Janeiro, RJ. CPAD. 2005.
REVISTA EBD ADOLESCENTES - Mestre 7. Rio de Janeiro, RJ. CPAD.
2004.
ROBINSON, Darrel W. Pessoas compartilhando Jesus. Rio de Janeiro.2001
SANTOS, Elizabeth Pereira dos Santos. Evangelismo. São Luis, 1991.
TURNER, Donald D. Evangelismo pessoal e em massa. São Paulo, IBR,
1987.

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Querido (a) irmão (a),

Parabéns por ter chegado até aqui. Continue crescendo na


graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo. De vez
em quando releia este e-book e examinando as passagens
bíblicas citadas grifando-as em sua bíblia.

Se tiver alguma dúvida entre em contato conosco através


de nosso e-mail: Joelbarros21@gmail.com

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Nossa oração é que a cada dia você seja fortalecido cada


vez no Senhor Jesus Cristo.

Que Deus o (a) abençoe.

Joel Barros

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