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O

DO

O s 2 0 m e l h o r e s b a r e s d o R i o d e Ja n e i r o ,
escolhidos pelo botequim mais carioca de São Paulo

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04
APRESENTAÇÃO

08
ZONA SUL

26
CENTRO

36
ZONA NORTE

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E ra uma vez um grupo de amigos paulistanos, orra meu. Eles tra-
balhavam muito e ganhavam um bom salário, mas eram tristes.
Decidiram abrir um bar e viveram felizes para sempre.
A história poderia ter terminado aí, mas nossos amigos não
são do tipo que se acomoda.
O bar dos nossos heróis, chamado Original, ficava (e ainda
fica) no bairro de Moema. Quase ao lado do aeroporto de Con-
gonhas – e, portanto, muito perto do Rio. Logo, o botequim era
frequentado por cariocas.
Os clientes cariocas apontavam muitas semelhanças entre o
Original e os botequins de sua cidade natal. Mas os nossos ami-
gos não conheciam nenhuma dessas biroscas, que vergonha.
Para tirar o atraso imperdoável, os sócios do Original combi-
naram um fim de semana no Rio de Janeiro. Alugaram uma van
e passaram três dias de botequim em botequim, de chope em
chope, para cima e para baixo na praia, no centro e no subúrbio.
Da viagem nasceu o Pirajá, o mais carioca dos botequins de
São Paulo. O ano era 1998.
Na festa dos 20 anos de sucesso do Pirajá, a galera quis
repetir a expedição que deu origem ao bar. De novo, três dias
de botecagem intensiva. Vinte bares, um para cada aniversário

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celebrado. De novo, em uma van. Mas nunca em vão: a se-
gunda viagem rendeu este guia, um presente do Pirajá para
os clientes que nos acompanham desde o começo. E também
para aqueles que se juntaram ao longo do caminho.
Vinte anos mudam muita coisa. As pessoas envelhecem, al-
gumas morrem, outras nascem. Com os bares é igual. Este não é
um guia nostálgico, dos botequins visitados no milênio passado.
Mantivemos alguns clássicos eternos. Acrescentamos no-
vidades espetaculares. Descobrimos velharias sensacionais. E
descartamos as casas que fecharam ou decaíram – é a vida.
Também recolhemos novos amigos na trajetória. A expedi-
ção de 2018 contou com três sócios do Pirajá: Garrido, Dudu e
Serginho, que levaram o Edgard, Mario, Fernando, Deco e Benny
em seus corações. Juntaram-se à trupe o superstar do samba
Moacyr Luz, nosso querido mentor e muso Moa. A mulher do
Moa, a jornalista e fotógrafa Marluci Martins. Com eles, veio tam-
bém o Baiano – uma figura indescritível e inexplicável. Veio ainda
o Nata, gerentão ponta-firme, gente-fina e sangue-bom do Pirajá.
Os garotos da equipe de filmagem, sob o comando do Joãozinho
Queiroz. E eu, este que vos escreve, o jornalista e botequeiro
Marcos Nogueira, do blog Cozinha Bruta.
Nosso fígado sofreu um pouco, mas alguém precisa traba-
lhar neste país.
Que venham mais 20 chopes.
Não.
Que venham mais 20 bares.
Não, perdão.
Que venham mais 20 anos.

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BAR DA
PORTUGUESA
p.38

CACHAMBEER
p.42
ZONA NORTE

BAR DA
GEMA
p.44

BAR D0
MOMO
p.46

BAR DA
FRENTE
p.40

ACONCHEGO
CARIOCA
p.36

JOBI
p.24

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LORD
BAR DO TRI ANGULO BAR
DAS p.26
OMAR SARDINHAS
p.34 p.32
CASA
PALODINO
p.30

CAF E
GAUCHO
p.28

BELMONTE
p.20

CAF E
LAMAS
p.16

CENTRO

BAR
URCA
p.10

GALETO
SAT'S
p.22 ADEGA
PEROLA
p.8

ZONA SUL PAVAO


AZUL
p.18

BUNDA
BRACARENSE DE FORA
p.12 p.14

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ADEGA
PEROLA
O balcão de
acepipes que
todo bar
gostaria de ter

F oi aqui que tudo começou: os sócios do Bar Original


ficaram encantados com uma foto do balcão de acepi-
pes da Adega Pérola, publicada na revista Manchete.
Então eles partiram para o Rio em uma expedição
botequeira. O resto da história você já sabe: o Garrido
contou na introdução deste guia.
O balcão da Adega Pérola de fato impressiona: são
dezenas de porções de conservas, queijos e embutidos
em travessas à vista do cliente. Polvo, sardinha, cama-
rão, provolone, linguiça, azeitona, rã. Tem de tudo.
Mas a alma do bar são os frequentadores, um re-
trato fiel de Copacabana. Situada no fundão do bair-
ro, longe da área turística, o espaço apertado reúne
gente nova, velha, feia, bonita, pobre, rica. Todo mun-
do alegre em ficar em pé ou sentado nas poucas mesas
do botequim.

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COMER
Não se perca na miríade de tira-gostos oferecidos no balcão.
Pedido obrigatório é o rollmops, conserva de sardinha com
cebola no vinagre, enrolada e presa com um palito de dentes.
Também não pode faltar o polvo à vinagrete, macio, deli-
cioso e ácido na medida. Depois, disso, brinque à vontade na
Disneylândia dos petiscos.

BEBER
A Adega Pérola, como o nome dá a entender, serve vinhos.
Inclusive aqueles de garrafão, para quem gosta de ficar com a
língua roxa. Tem também chope, batidas e algumas cerve-
jas artesanais.

ONDE
R. Siqueira Campos, 138, loja A, Copacabana, (21) 2255-9425

NO PIRAJÁ
A adega nos emprestou a ideia do acepipe, petisco pronto
para a fome que não pode esperar. A porção Adega Pérola
traz queijos, embutidos e conservas, além de uma dose da
nossa cachaça.

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BAR URCA
Clima de festa
no melhor ponto
do Rio: a mureta
à beira-mar

P ense em um ponto bom para abrir um bar. Qualquer


lugar que você tenha imaginado fica no chinelo perto
da localização do Bar Urca: uma esquina na orla, com
a vista e a brisa da baía, no sopé dos morros da Urca e
do Pão de Açúcar.
O lugar é tão incrível que não precisa de mesas.
Os clientes pegam seus pedidos e atravessam a rua
até mureta à beira-mar. É a mureta mais famosa do
Rio, uma festa permanente. Nos fins de tarde, uma
multidão se reúne na calçada para conversar, dar risa-
da e beber cerveja em copos americanos – quem chega
tarde fica com copos descartáveis, mas ninguém liga.
A sobreloja abriga um restaurante clássico e clas-
sudo, com ar-condicionado, garçons elegantes e todo
o repertório da gastronomia carioca de antigamente:
filés, peixes, pratos de bacalhau. Uma ótima pedida
para arrematar o programa na Urca.

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COMER
Na mureta, o negócio é petiscar. E o Bar Urca entende de
petiscos. A empada de siri, de tão gostosa, não dura cinco
minutos na estufa. Os pastéis também fazem sucesso. Torça
para que, na hora em que você estiver lá, saia uma batelada
de pastel de feijão.

BEBER
Não há muito o que inventar. A bebida oficial da mureta é a
cerveja de garrafa de 600 ml, para dividir com os amigos.

ONDE
R. Cândido Gaffrée, 205, Urca, (21) 2295-8744

NO PIRAJÁ
Não temos mar (infelizmente), mas oferecemos um clima
tão informal e festivo quanto o do Bar Urca.

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BRACARENSE
Para fechar com
chave de ouro
um dia de sol
na praia

P ara começo de conversa, o nome é Braca. Se você cha-


mar o botequim de Bracarense – ou pior, “bracareii-
nsse”, como um legítimo paulistano –, saberão que
você não é frequentador assíduo.
O Braca é o fecho de ouro para o melhor programa
do mundo: um dia de sol na praia. É lá que os cariocas
vão quando a tarde cai no Leblon. Vai o doutor, vai a
gatinha, vai a madame, vai o universitário, vai o turis-
ta, vai todo mundo.
Na Copa do Mundo, uma galera se reuniu no Bra-
ca para ver o jogo Brasil x Sérvia. Kadu, o dono do
bar, apontou para uma senhora: “Aquela é a síndica
do meu prédio”. Depois mostrou o homem que, ao
lado dela, tomava um chope: “E aquele é o porteiro”.
Isso é o Braca.

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COMER
O Braca já é um senhor (foi fundado em 1961), mas conti-
nua tinindo – graças ao trabalho incansável do jovem Kadu
Thomé, da terceira geração de proprietários. A cozinha man-
da muito bem em tudo. O bolinho de aipim com camarão e
queijo cremoso é obrigatório. O sanduíche de peito de boi
vale cada centavo. O frango à passarinho, xodó de Kadu, é a
redenção desse petisco meio démodé.

BEBER
Não tem discussão: o Braca tem um dos melhores chopes do
Rio. Na orla, não tem rival. Os barris estão sempre fresqui-
nhos; as calderetas, sempre limpas; a serpentina, na tempe-
ratura certa.

ONDE
R. José Linhares, 85, Leblon, (21) 2294-3549

NO PIRAJÁ
Aqui a gente tem o mesmo clima informal que você encontra
no Braca. A mesma alegria. E o mesmo respeito pelo chope,
esse líquido sagrado.

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BUNDA
DE FORA
A síntese da
irreverência
carioca na praia
de Copacabana

N ão confunda a bunda. Há pelo menos outros quatro


bares com este nome na zona sul: um em Botafogo,
um em Ipanema e mais dois em Copacabana. Esta-
mos falando do Bunda da rua Sousa Lima, o antigo
Aboim. A clientela ventila seus traseiros na calçada,
pois não existe ambiente interno – apenas um balcão
para fazer os pedidos.
O BDF, apelido do apelido, fica a poucos passos
do Oceano Atlântico. Ele personifica com galhardia
a informalidade e a irreverência amistosa do carioca.
A freguesia é uma amostra da diversidade de Copa:
senhores de sunga, famílias, grupos de jovens, gente
que só quer ficar sozinha e em paz.
Quase ninguém se conhece, mas todos se cum-
primentam. O freezer de cervejas está à disposição
dos clientes, que se servem sem cerimônia. Mesinha
de plástico e banquinhos improvisam um salão ao ar
livre. Preocupar-se com que, se você já está com a
bunda de fora?

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COMER
Peça o pastel de camarão, frito na hora, com recheio ge-
neroso e bem temperado. Um dos melhores do Brasil. Nada
melhor para antes ou depois da praia.

BEBER
O BDF oferece o básico da coquetelaria de boteco: destila-
dos, batidas e caipirinhas. A cerveja de garrafa, sempre
gelada no freezer self-service, é a escolha de quem quer pe-
gar leve.

ONDE
R. Sousa Lima, 16, Copacabana, (21) 3072-0094

NO PIRAJÁ
Você já provou nossos pastéis? Eles são feitos à moda cario-
ca, pequenos e bem recheados. Você escolhe: queijo, carne,
camarão com palmito ou porção mista.

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CAF E LAMAS
O melhor filé do Rio
desde os tempos
do Império

U m século e meio de história – ou quase isso – pairam


sobre a cabeça de quem entra no Café Lamas. Ima-
gine beber na companhia de fantasmas ilustres: Ma-
chado de Assis, Manuel Bandeira, Portinari e Getúlio
Vargas foram fregueses deste bar e restaurante no
Flamengo.
Fundado em 1874, o Lamas tem um cardápio qua-
se tão longo quanto a sua existência. A lista de comi-
das inclui língua, fígado, peru, fritadas, macarrão, ri-
soto, polvo, salada russa, canja, melão com presunto,
moqueca e dobradinha, além de um inusitado min-
gau com duas gemas.
Faz parte do charme do lugar, assim como os gar-
çons empertigados, mas pode tirar o foco daquilo
que realmente interessa: os filés.

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COMER
Os filés do Lamas merecem a fama que conquistaram no
Rio e além. Altos, eles chegam à mesa sempre suculentos
e macios. O filé à francesa é uma receita clássica da boe-
mia carioca: a carne vem na companhia de presunto, cebo-
la, batata-palha e petit-pois (ervilha, em carioquês). O filé à
Oswaldo Aranha, outro monumento à botecagem, leva
alho frito, arroz, farofa e batatas portuguesas.
Se a intenção for simplesmente beliscar, peça o filé à mila-
nesa cortado para aperitivo. Crocante por fora e vermelho
por dentro, é a fritura perfeita.

BEBER
Chope, cerveja, vinho, destilado, coquetéis: a oferta de lí-
quidos no Lamas é tão eclética quanto o cardápio de comidas.

ONDE
R. Marquês de Abrantes, 18, loja A, Flamengo, (21) 2556-
0799

NO PIRAJÁ
O Lamas foi uma grande inspiração para os Filés de Ouro do
Pirajá. Sempre saborosos e suculentos, nossos filés vêm com
guarnições típicas de botequim: farofa de ovos, feijão preto,
ovos fritos de gema mole, batatas fritas à portuguesa.

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PAVAO AZUL
Uma esquina de
Portugal na babel
de Copacabana

O brasileiro que viaja a Portugal aprende na marra:


bolinho de bacalhau é no Porto, em Lisboa é pastel de
bacalhau. As tascas da capital lusitana oferecem ain-
da a patanisca, uma variação sem batata e com peda-
ços maiores do peixe. Costuma ser acompanhada de
arroz de tomate ou arroz de feijão.
Cá no Brasil, não é tão fácil assim encontrar as
tais pataniscas. Nada dá uma pista de que elas pos-
sam ser a estrela do cardápio do Pavão Azul, um bo-
tequim instalado no caos urbano de Copacabana.
A placa, com o desenho de um pavão estrábico, não
ajuda a identificar o paraíso gastronômico.

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COMER
As irmãs portuguesas Beth e Vera Afonso, sócias do bar, co-
mandam a cozinha. Elas mandam, no dia a dia, o básico da
comida de rua carioca: pernil, carne assada e afins.
Nos fins de semana, a rua se enche de clientes dos dois la-
dos da calçada – o Pavão tem uma filial na outra esquina.
Além das pataniscas, fazem sucesso enorme o arroz de
camarão e o arroz de polvo.

BEBER
Botequim com mesas na calçada, o Pavão não permite frescu-
ras. A bebida oficial é o chope, mas também tem cerveja de
garrafa, ou cashco, na prosódia carioca.

ONDE
R. Hilário de Gouveia, 71, Copacabana, (21) 2236-2381

NO PIRAJÁ
Tratamos o bacalhau com a mesma reverência dos portugue-
ses – e das portuguesas que moram em Copacabana. Para com-
provar, peça uma porção do bolinho de bacalhau Pirajá.

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BELMONTE
Botecagem
profissional
sem perder
a alma carioca

O Boteco Belmonte estabeleceu novos padrões de ex-


celência na boemia carioca. Na cozinha, no serviço
e no cuidado com o ambiente. Mudou para melhor, é
claro: tanto que se tornou uma rede com casas espa-
lhadas por toda a cidade.
Mas o Belmonte que você deve visitar é o bar que
deu origem a tudo, na Praia do Flamengo.
Foi esse o ponto que o cearense Antônio Rodri-
gues transformou completamente quando resolveu
se tornar dono de bar. Pegou um pé-sujo sem ne-
nhum atrativo especial e fez dele o botequim mais
bem-sucedido do Rio.
A mobília é nova e confortável, a comida não tem
as oscilações de qualidade de muitos bons botecos. O
banheiro é limpinho e cheiroso. Apesar de tudo isso,
a alma carioca está intacta.

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COMER
Os garçons percorrem as mesas com salgados quentinhos,
recém-saídos da cozinha. O sambista Moacyr Luz, nosso
querido Moa, é freguês e indica a empada de camarão.
O pernil desfiado, em generosa porção, é recomendado
para grupos grandes.

BEBER
O chope é um dos melhores e mais frescos do Rio. A chance
de erro é zero.

ONDE
Praia do Flamengo, 300, (21) 2552-1399

NO PIRAJÁ
Modéstia à parte, aqui a brincadeira se inverte. Foi o Bel-
monte que se inspirou no Pirajá. É um boteco carioca carioca
inspirado em um boteco carioca paulista. Entende?

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GALETO SAT'S
Tradição da madrugada
em Copa – agora também
em Botafogo

O carioca leva galeto a sério. Em São Paulo, o nome se


aplica a qualquer frango magricela; lá, o galeto cor-
responde à descrição clássica. Um galináceo que
acabou de deixar de ser pinto. Ou seja: parou de piar
e começou a cantar. Um animal pequeno, cheio de
ossinhos, mas com sabor incomparável.
Dentre os muitos galetos celebrados do Rio,
o Sat’s é de longe o mais famoso. E o mais boêmio.
O serviço vai até o último ossinho da asa – o que pode
ser às 5 ou às 6 da manhã, dependendo do dia.
Sucesso inconteste em Copacabana, o Sat’s abriu
recentemente uma filial mais arrumadinha em Bota-
fogo. O galeto, porém, continua o mesmo.

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COMER
O galeto na brasa pode vir com molho de caipirinha ou de
frutas cítricas com alho. O coração de frango bate fundo
no peito dos frequentadores. E a farofa de ovos é um ca-
pítulo à parte. Para quem não conhece o Sat’s, trata-se de
uma omelete polvilhada de farinha. Não interessa: é uma
delícia, idolatrada Rio de Janeiro afora e adentro.

BEBER
Rio de Janeiro, galeto, madrugada, o que mais? Chope, é evi-
dente.

ONDE
R. Barata Ribeiro, 7, Copacabana, (21) 2275-6197

NO PIRAJÁ
Não temos galeto, mas temos um franguinho maneiro: o pas-
sarinho à Pirajá é uma das porções mais pedidas em nosso
botequim. Quer farofa de ovos? Ela acompanha o esplêndido
filé à Rio Antigo – tem também arroz, feijão e um farto molho
acebolado.

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JOBI
A saideira oficial
do Rio: simpatia
e qualidade
noite adentro

O Jobi sobe as portas às 11 horas da manhã. Funciona


direto, sem intervalo, até as 4 da madrugada. É o por-
to seguro de todas as horas no coração do Leblon.
Manhã, tarde, noite ou madrugada, você sempre
terá o atendimento mais cortês e atencioso do Rio. O
salão apertado, expandido para a calçada, recebe ce-
lebridades, personalidades das artes e intelectuais.
A fama não lhes confere privilégio algum. No Jobi,
todos são tratados da mesma forma: bem.
O Jobi resiste como o farol da boemia numa ci-
dade assustada e ferida. Ele é o espírito vivo da joie
de vivre carioca. Prestigiá-lo na madrugada, tomar a
saideira nas mesinhas de toalha xadrez é mais do que
um programa obrigatório para quem quer entender
o Rio de Janeiro. É um ato de civismo.

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COMER
A exemplo de muitos botequins tradicionais do Rio, o Jobi
oferece uma gama de comidas que vai do bolinho de baca-
lhau à moqueca baiana. As opções mais simples agradam
muito. O sanduíche de filé chega caprichado no alho e tos-
tadinho com queijo na chapa. Delicioso. Outras opções no
pão são o pernil e a carne assada.

BEBER
A carta de bebidas é extensa e variada, mas quase todo mundo
vai de chope. As caipirinhas também são dignas de respeito.

ONDE
Av. Ataulfo de Paiva, 1166, Leblon, (21) 2274-0547

NO PIRAJÁ
Aqui, como no Jobi, também entendemos que o cliente mere-
ce o melhor atendimento a qualquer hora do dia ou da noite.

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LORD BAR
O tesouro mais
bem guardado do
Centro Financeiro

Q uem julga pela aparência vai passar batido pelo Lord


Bar. Até mesmo porque não é fácil encontrar uma
aparência para julgar. No meio do bololô do centro
financeiro, quase na esquina das ruas da Quitanda e
da Assembleia, este botequim fica escondido em um
pátio interno – o acesso é feito por uma galeria com
jeitão de entrada de garagem, sem sinalização alguma.
O Lord Bar é um cubículo com teto baixo e um bal-
cão equipado com estufa, daquelas que expõem salga-
dinhos pouco convidativos. Releve. Peça um chope e
uma porção de seca no feijão. Aí você vai entender por
que o Lord Bar está neste guia.

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BEBER
Fresco, bem tirado e na temperatura ideal, o chope do Lord
Bar é um dos melhores do Rio de Janeiro.

COMER
A seca no feijão chega em um prato transbordante às me-
sinhas que o paraibano Jorge Augusto, dono do Lord Bar,
monta no lado de fora do botequim. Ela é como a melhor das
feijoadas, mas feita apenas com carne seca desfiada: macia,
magra e deliciosa.
Jorge faz a carne-de-sol de contrafilé em uma estufa no apar-
tamento de sua filha. No Lord, ela vem acebolada e regada na
manteiga-de-garrafa, com aipim — a mandioca dos paulistas.

ONDE
R. da Quitanda, 30, Centro, (21) 2232-9223

NO PIRAJÁ
Aqui também tratamos a carne-seca como um ingrediente
de primeira –nos petiscos, nos pratos e, claro, na inigualável
Feijoada da Tia Surica.

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CAF E
GAUCHO
Pit stop para
um chopinho
relaxante durante
o expediente

O Café Gaúcho proporciona ao paulistano uma expe-


riência carioca surpreendente. Lá não tem praia, não
tem bermuda nem biquíni: a frequência é de gente
engravatada, de bancários e de advogados em pleno
expediente no Centro Financeiro.
Este Rio diferente não perde a irreverência. Office-
-boys encostam no balcão para comer um pão com lin-
guiça; executivos suspendem a correria para um chope
e uma empada, em pé, numa mesa montada na calçada.
Talvez a marca mais distinta do Café Gaúcho seja
a agilidade do serviço. O pedido chega em segundos,
para que o chefe do cliente não perceba a ausência
do subalterno.
Os sanduíches já estão montados numa estufa, o
que causa uma impressão equivocada em quem não
conhece o lugar. O movimento do Café Gaúcho é tão
intenso que a comida precisa ser reposta várias vezes
ao dia – tudo é sempre fresco e quente.

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BEBER
Chope. Não tem erro. Os barris giram numa rapidez espan-
tosa, e a bebida está o tempo todo fresquinha.

COMER
O sanduíche de bife à milanesa é marca registrada
da casa, assim como o pão com linguiça – ambos temperados
com vinagrete. Garçons desfilam pela calçada com bandejas
cheias de empadas recém-saídas do forno. A de camarão
é espetacular.

ONDE
R. São José, 86, Centro, (21) 2533-9285

NO PIRAJÁ
Nossas empadas também são molhadinhas, quentes e com
recheio cremoso. Você escolhe o sabor: camarão ou à moda
(de palmito).

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CASA
PALADINO
Viaje no tempo
neste armazém
de secos e molhados

F undada em 1906, a Casa Paladino preservou com gar-


bo a forma original: as prateleiras de madeira escura
são centenárias, assim como as colunas de ferro que
mantêm a estrutura em pé. Os garçons são um pou-
quinho mais novos, mas só um pouquinho.
O Paladino é um dos últimos remanescentes de
uma espécie: o armazém de secos e molhados. Logo
na entrada, o cliente se depara com os artigos à venda:
bacalhau, vinho, azeite, queijo, goiabada.
O cardápio, como o ambiente, é uma viagem para
o Rio antigo. Predominam os sanduíches no pão de
sal e as fritadas, fora de moda desde o século passado.
O chope, fique tranquilo, é deste século mesmo.

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BEBER
Vá de chope. Ou escolha um vinho à venda no armazém. Só
não espere que ele venha de uma adega climatizada.

COMER
A oferta de comidas do Paladino é minimalista, simples e an-
tiquada. Como se poderia esperar em um armazém de anti-
gamente, destacam-se os ingredientes que não precisam de
geladeira: queijos, embutidos, ovos, bacalhau. O sanduíche
triplo, com provolone, presunto e ovo, é um favorito. Tam-
bém saem bastante as omeletes. Prove a de bacalhau.

ONDE
R. Uruguaiana, 224-226, Centro, (21) 2263-2094

NO PIRAJÁ
Nossa Omelete do Pepê, servida no almoço, faz a ponte en-
tre a tradição da Casa Paladino e a alimentação saudável das
praias da zona sul. Leva ovos, queijos, brócolis e tomate, com
uma saladinha ao lado.

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TRI ANGULO
DAS
SARDINHAS
A happy hour
mais animada
do centro do Rio

O Triângulo das Sardinhas não é um bar. São vários ba-


res que parecem um gigantesco botequim ao ar livre.
Ao cair da tarde, toda uma quadra da rua Miguel
Couto, no centro da cidade, é tomada por mesinhas de
armar. Cada bar tem seu próprio serviço, mas apenas
os garçons parecem saber onde termina um e come-
ça outro. Os banheiros também são separados: vai-se
aonde o tamanho do aperto permitir.
Os clientes sentam-se onde encontram lugar, até
o quarteirão ser tomado por um mar de gente que fala
alto enquanto afrouxa a gravata ou troca o salto pela
rasteirinha. É a happy hour mais divertida do centro,
principalmente às sextas.
Todos os botequins do beco têm a mesma especia-
lidade: a sardinha, ora pois! Ela vem frita e espalmada
como um galeto.
Um dos comerciantes percebeu a semelhança e ba-
tizou o bar com o melhor nome da história da boemia:
O Rei dos Frangos Marítimos.

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BEBER
Alguns bares vendem cerveja, mas a maioria serve chope.
Precisa mais?

COMER
Até dá para escolher outra coisa, mas a opção óbvia é a sardi-
nha. Aberta, empanada e frita, ela chega sequinha e crocante
à mesa. Para se comer às dúzias.

ONDE
R. Miguel Couto, Centro

NO PIRAJÁ
Já tivemos sardinhas fritas – quem sabe elas voltam um dia?
– e ainda temos a happy hour mais bacana de São Paulo.

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BAR DO
OMAR
A laje maravilha
com vista para
a baía de Guanabara

O mar Monteiro tinha uma vendinha no Morro do


Pinto, em Santo Cristo, na zona portuária do Rio.
A mercearia oferecia o básico: vassouras, baldes,
lâmina de barbear, cachaça, querosene, hambúr-
guer artesanal...
O sanduíche chamou a atenção de gente ligada à
gastronomia, numa época em que era dureza encon-
trar um bom hambúrguer até na zona sul. Reforma
aqui, ampliação ali, logo Omar tinha um bar com vis-
ta para o mar. De sua laje, têm-se uma panorâmica da
baía de Guanabara: o Rio, Niterói e a Rio-Niterói en-
feitam a paisagem de quem vai tomar uma cervejinha
no boteco.
O Bar do Omar atrai gente de todo o Rio – e cada
vez mais turistas – para a comunidade no Morro do
Pinto. Deixe de lado o medo e o preconceito para pres-
tigiar um dos melhores botequins da cidade.

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BEBER
A frequência jovem do botequim bebe engradados e mais en-
gradados de cerveja de garrafa de 600 ml. Se quiser variar,
peça a ótima batida de maracujá.

COMER
A especialidade ainda é o hambúrguer, mas Omar é um
craque em tudo o que é feito na chapa. Há quem atravesse a
cidade para comer a carne de sol com aipim.

ONDE
R. Sara, 114, Santo Cristo, (21) 98289-3050

NO PIRAJÁ
Assim como o Omar, nós também crescemos para atender me-
lhor a clientela. Começamos com um bar em Pinheiros e hoje
temos mais quatro: Paulista, Eldorado, Morumbi e Alphaville.

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ACONCHEGO
CARIOCA
O paraíso dos
bolinhos fritos
e da hospitalidade
tijucana

K atia Barbosa mudou o centro geográfico e o perfil da


boemia carioca. Ela criou um pequeno polo de alta
gastronomia com baixa frescura na Praça da Bandeira
— o comecinho da Tijuca, área meio decadente antes
da abertura do Aconchego.
O talento culinário de Katita é reconhecido por
chefs do naipe de Claude Troisgros e do italiano Mas-
simo Bottura, dono da Osteria Francescana (o melhor
restaurante do mundo na lista 50 Best).
O Aconchego Carioca foi criado à imagem e seme-
lhança de Katia: é despojado, alegre, colorido, musical.
E aconchegante, é claro. Katita faz amigos com a mes-
ma facilidade que tem para rir e falar palavrões. Ela
deixa qualquer um à vontade, como se estivesse na
própria casa – mas com comida melhor, pode apostar.

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BEBER
O Aconchego Carioca foi pioneiro na oferta de cervejas
especiais no Rio. Peça as últimas novidades das microcer-
vejarias locais.

COMER
Você pode escolher qualquer item do cardápio, de olhos fe-
chados. Se estiver conhecendo o lugar, invista nas frituras.
A lista de bolinhos é extensa: de rabada com feijão-branco,
de bacalhau com grão-de-bico, de moqueca... Não perca
o bolinho de feijoada, invenção de Katita que se espalhou
pelos botecos do país. Os mais ousados podem arriscar o dei-
xa arder, pimenta dedo-de-moça frita, recheada com carne
seca e requeijão.

ONDE
R. Barão de Iguatemi, 245, Praça da Bandeira, (21) 2273-1035

NO PIRAJÁ
Nossa cozinha entrega frituras tão sequinhas e crocantes
quanto as do Aconchego. Prove os croquetes de costela e o bo-
linho carioca, de abóbora com carne seca.

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BAR DA
PORTUGUESA
A essência do
subúrbio carioca:
simpatia e comida
de primeira

A portuguesa em questão se chama Donzília Gomes, na-


tiva de Sanradela, uma aldeia próxima do rio Douro. É
ela que prepara as imbatíveis receitas servidas no bo-
tequim, que ocupa desde 1968 uma esquina da rua que
divide os subúrbios de Ramos e de Olaria.
Os arredores parecem cenário da série “A Grande
Família”. Todos se conhecem, todos se cumprimen-
tam, e os vizinhos aparecem em peso — nem que seja
somente para jogar conversa fora.
Para conhecer a vizinhança, prefira o almoço de
sábado ou domingo. Faça um cafuné na estátua do
Pixinguinha – o mestre foi frequentador do bar — e
se acomode em uma mesa na sombra. Peça logo uma
cerveja bem gelada: o calor não é brincadeira naquele
pedaço do Rio. E entregue-se às delícias preparadas
pelas mãos mágicas de dona Dondon.

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BEBER
O Bar da Portuguesa oferece uma boa variedade de cervejas
em garrafa de 600 ml, sempre geladas no ponto. Também
começou a servir rótulos artesanais – alguns deles feitos por
cervejeiros do subúrbio carioca.

COMER
Nem pense em ir embora sem provar a salada de baca-
lhau com grão-de-bico, uma especialidade de dona Dondon.
O peixe também aparece no bolinho e na fritada. Aliás, todas
as frituras são de primeira no Bar da Portuguesa. Quem não é
fã de bacalhau pode experimentar um dos melhores pastéis
de carne do Universo.

ONDE
R. Custódio Nunes, 155, Ramos, (21) 3486-2427

NO PIRAJÁ
Sem falsa modéstia, nossa salada de bacalhau também ar-
rasa. A diferença é que aqui usamos feijão fradinho e ou-
tros parangolés.

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BAR DA
FRENTE
Cerveja artesanal
e mistura internacional
na Praça da Bandeira

B ar da Frente. Da frente de quê? A resposta da pergunta


inevitável é: o botequim ocupa o imóvel que abrigou
a primeira encarnação do Aconchego Carioca. Valéria
Rezende dominou o ponto quando Katia Barbosa se
mudou para uma casa maior, do outro lado da rua —
hoje o Aconchego está em outro endereço na mesma
rua, mas a história ficou.
Percebe-se, pelo nome, a reverência à vizinha mais
famosa. Mas o Bar da Frente já voa solo há tempos. Seu
ambiente é ainda mais relax do que o do Aconchego.
E a comida explora terrenos exóticos, mas sempre
com as raízes fincadas na tradição carioca.

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BEBER
O forte da casa é a variedade de cervejas artesanais. Sirva-se
no freezer. Mais leves no bolso, as cervejas em garrafa de
600 ml também marcam presença.

COMER
A comida do Bar da Frente é fusion – palavra metida em in-
glês para definir a mistura de culturas –, sempre com um ele-
mento brasileiro. Prata da casa, o porquinho de quimono é
um rolinho primavera chinês (ou harumaki japonês, decida
você) com porco e requeijão. O malandrinho injeta cario-
quice no broodje kroket, o sanduíche holandês de croquete.
E tem o fondue de coxinha, mescla da tradição suíça com a
irreverência do Brasil.

ONDE
R. Barão de Iguatemi, 388, Praça da Bandeira, (21) 2502-0176

NO PIRAJÁ
Comida multicultural? Temos. O castelões, com queijo e
calabresa, é um sanduíche ítalo-paulistano. O bolovo de
alheira combina o scotch egg inglês com o embutido portu-
ga, tudo regado com a cultura brasileira de botequim.

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CACHAMBEER
A maior e melhor
orgia gastronômica
do Rio fica
na zona norte

V á com fome ao Cachambeer. E leve uma turma de


famintos.
O Cachambeer é o templo carioca da comilança
sem freios. Tire o dia todo para conhecer o Cachambi
e seu bar mais famoso. Não lute contra o inevitável.
Marcelo Novaes, o dono, não deixa ninguém ir
embora mais ou menos satisfeito. A generosidade e a
simpatia também vêm em doses cavalares.
Alinhadas na calçada, em frente à entrada do bar,
a tropa de churrasqueiras dá uma dica ao visitante
que chega. De lá saem as obrigatórias costelas de boi
e de porco.
Tome alguma coisa e comece a petiscar enquanto
espera sua mesa. Sente, relaxe, e desmarque o com-
promisso do jantar. Você não vai conseguir.

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BEBER
Sempre fresco e bem geladinho, o chope é a melhor compa-
nhia para a orgia gastronômica do Cachambeer.

COMER
Prepare-se. Você sairá rolando. Indispensável a costela
no bafo, marinada por 12 horas e assada por outras seis.
Os nomes dos pratos no cardápio refletem o espírito do
lugar: tábua hipertensão, não vai doer nada, infarto
completo. Entregue-se a esses combinados-monstro de
carnes e frituras. O Cachambi fica longe, é melhor apro-
veitar a viagem.

ONDE
R. Cachambi, 475, Cachambi, (21) 2568-9511

NO PIRAJÁ
Todos os nossos pratos e porções são muito bem servidos. No
Pirajá, também não deixamos ninguém ir embora com fome.

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BAR
DA GEMA
Comida de botequim
com diploma e
malandragem carioca

A proposta é clara no Bar da Gema: servir a melhor co-


mida possível, misturando a tradição dos botequins
cariocas com as técnicas aprendidas na escola.
Luíza de Souza e Leandro Amaral, grandes amigos
e colegas na faculdade de gastronomia, não quiseram
saber da formalidade de um restaurante ao se formar.
Decidiram abrir um bar na Tijuca e receber a clientela
com sua simpatia.
O Bar da Gema, como o nome indica, é carioca até
a medula. O ambiente não tem firula alguma, para
não desviar a atenção daquilo que de fato interessa:
a comida fantástica.

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BEBER
A comida é o foco. Para acompanhar, cerveja de garrafa
sempre gelada e batidas adocicadas para quem é de doce.

COMER
Decisão difícil. Tudo é tentador no cardápio. Os medalhões
da culinária botequeira permeiam o cardápio, sempre com
uma sacada dos chefs.
A rabada vem desfiada sobre polenta frita. A coxinha é
uma tradição das terças-feiras, com recheio úmido e fritu-
ra sequinha. O jiló chega em forma de lasanha, espetacular.
E a feijoada pode aparecer dentro do pastel.

ONDE
R. Barão de Mesquita, 615, Tijuca, tel. (21) 3549-1418

NO PIRAJÁ
Somos um botequim, mas nossa cozinha é tocada por pro-
fissionais que sabem tudo de gastronomia. A comida tem a
mesma qualidade sempre, em qualquer um de nossos bares.

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BAR DO
MOMO
A petiscaria
mais atrevida
da nação tijucana

A Tijuca é uma cidade dentro da cidade do Rio de Ja-


neiro. Seus moradores definem-se primeiro como
tijucanos, depois como cariocas. O bairro encanta o
visitante de primeira viagem: é o Rio sem praia, mas
também é o Rio com uma amabilidade escassa na
zona sul.
A botecagem na república da Tijuca se concentra
ao longo da rua Uruguai e transversais, área apelidada
de Baixo Uruguai. E o Momo é o rei do Baixo Uruguai.
O exame visual engana: o Momo parece um bote-
quim carioca comum, instalado num prédio de ocu-
pação mista, com mesas de plástico espalhadas sob
a marquise.
Mas o cardápio de Toninho Laffargue não tem
nada de comum. Ele solta os petiscos mais atrevidos
da Tijuca. Não, do Rio de Janeiro: é por isso que a fre-
guesia do Momo vem de todos os pontos da cidade.

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COMER
O Momo surpreende e satisfaz com os petiscos exagerados.
O bolinho de arroz, de fama nacional, é cheio de queijo por
dentro e por fora. Os hambúrgueres valem por uma refeição.
O jiló recheado de carne seduz até quem torce o nariz para o
legume amargo.

BEBER
Toninho serve uma boa variedade de cervejas artesanais do
Rio e do resto do Brasil. O que mais se vê nas mesas, entre-
tanto, é a cerveja comum em garrafa de 600 ml.

ONDE
R. General Espírito Santo Cardoso, 50A, (21) 2570-9389

NO PIRAJÁ
A gente faz como o Momo: respeita a tradição, mas põe a
criatividade para trabalhar. Dois exemplos: o bolinho Cer-
vantes (de pernil, bacon e couve) e à milanesa aperitivo com
molho de 4 queijos.

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1 2

3 4

5 6

7 8

1 Dudu e Baiano.
2 Dudu, Ricardo, Baiano, Natanael e Marcos Nogueira.
3 Sergio, Marcos Nogueira, Natanael e Ricardo.
4 Dudu, Ricardo, Omar, Kadu e Sergio.
5 Ricardo, Antonio, Natanael, Dudu, Marcoa Nogueira e Moacyr Luz.
6 Natanael, Sergio, Kadu, Toninho, Ricardo, Dudu e Marcos Nogueira.
7 Baiano, Moacyr Luz, Dudu, Ricardo e Marcos Nogueira.
8 Marcos Nogueira, Natanael e Dudu.

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