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INTRODUÇÃO AO CURSO

Quando o francês Nicolas-Joseph Cugnot criou, em 1771, um veículo de três rodas movido a vapor,
o que seria um antecedente rudimentar dos automóveis modernos, nada levava a crer que esse tipo
de veículo seria utilizado amplamente na maior parte do mundo. O automóvel é um veículo de quatro
rodas, às vezes três, que se desloca sem trilho ou cabo, propulsionado por uma fonte de energia
que ele mesmo conduz.

Embora alguns fossem mais eficientes, nenhum satisfazia o mínimo das necessidades de um
transporte mais rápido e versátil que os trens. Em vista da pouca autonomia e da reduzida potência
dos veículos a vapor, trabalhou-se no desenvolvimento de novos sistemas de propulsão.

A fonte motriz que melhorou bastante o desempenho dos automóveis foi o motor de combustão
interna, cujo funcionamento se baseia na explosão de uma mistura de ar e gás inflamada no interior
de uma cavidade de volume limitado

Nos Estados Unidos, cuja indústria automobilística viria a ser a mais poderosa do mundo, houve
alguns esforços no sentido de produzir um veículo automotor, como o desenvolvido pelos irmãos
Charles e Frank Duryea em 1892-1893, que adaptaram um motor de um cilindro, a gasolina, a uma
carruagem e o dotaram de ignição elétrica. Em seguida, produziram-se outros veículos motorizados
nas fábricas Oldsmobile, Haynes-Apperson e, sobretudo, Ford, que em 1908 lançou o modelo T, do
qual se construiriam mais de 15 milhões de unidades ao longo de quase vinte anos de produção.

Mecânica do automóvel

O veículo automóvel é constituído de diversos sistemas necessários a seu deslocamento podendo


se divididos em:

Chassis ou carroceria:

Os veículos mais pesados ou os que, por seu uso, exigem maior resistência têm a carroceria e a
maioria dos órgãos do chassi sustentados por um quadro metálico, tubular ou de perfis. Os veículos
mais leves e baratos tendem a ter uma plataforma em chapa estampada, ou ainda a ter essa
plataforma integrada com a carroceria, em construção monobloco. Também os ônibus utilizam cada
vez mais plataforma e carroceria monobloco.
Os automóveis modernos não apresentam normalmente chassi, cabendo à carroceria manter unidas
todas as partes do veículo. Na fabricação de um automóvel de porte médio utilizam-se cerca de 35
m2 de chapa metálica, cuja espessura varia de 0,2 a 1.0mm. Independente de sua forma e
dimensão, a carroceria deve suportar as elevadas cargas a que é submetida.

Motor e sub sistemas:

Motor é o órgão que produz a energia mecânica necessária à propulsão do veículo. Normalmente o
motor de combustão interna exige uma série de órgãos anexos, tais como:
1. sistema de alimentação de combustível;
2. sistema de ignição;
3. sistema de lubrificação;
4. sistema de arrefecimento;
5. sistema de distribuição’
6. sistema de partida;
7. sistema elétrico.
8.
Os motores de combustão interna, denominados de ignição por centelha e abordados neste curso,
admitem a mistura ar-combustível, previamente preparada fora dos cilindros, e a inflamam por uma
centelha elétrica (são motores a gasolina, álcool, mistura álcool-gasolina, gás natural, gás liquefeito
de petróleo, etc.)

Transmissão:
Entende-se por transmissão o conjunto de órgãos que transmite a potência do motor às rodas
motrizes. Na sua forma mais simples compreende: embreagem, caixa de mudança de velocidade,
árvore de transmissão, transmissão angular e diferencial. Embreagem é o mecanismo que
possibilita ao motorista conectar ou desconectar, à sua vontade, o motor ao mecanismo de
transmissão. Junto ao motor, solidário à árvore de manivelas, gira um volante que possui a face
posterior bem lisa, onde a embreagem é fixada.

Suspensão:

Os mecanismos que absorvem ou atenuam as trepidações e choques ocasionados pelo


deslocamento do veículo, formam a suspensão, constituída por um conjunto de órgãos, entre o
quadro de chassi e os eixos. Compõe-se basicamente de amortecedores e molas, que podem ser
helicoidais, em lâminas ou em barras de torção.

Pode-se citar dentro de suspensão os componentes como amortecedores, molas, braços oscilantes,
barras estabilizadoras, eixos, rodas e pneus.

Direção:

Chama-se direção o conjunto de órgãos que permite ao motorista conduzir o veículo na direção
desejada. É composta em geral do volante, da coluna, da caixa, dos braços e das barras de direção.
A caixa de direção, composta de uma árvore sem-fim e um setor dentado, é o mecanismo
responsável pela mudança na direção da rotação que se dá ao volante e pela redução da força
necessária a virar as rodas. Nos veículos mais pesados e nos automóveis mais caros também
podem ser encontradas direções hidráulicas que reduzam em até quarenta por cento o esforço do
motorista.

Freios:

Destinam-se a reduzir a velocidade, parar ou manter parados os veículos. O de estacionamento é


mecânico, usando alavancas e excêntricos para forçar as sapatas contra os tambores traseiros. Os
freios de serviço, porém, são hidráulicos, pois os mecânicos exigiam demasiado esforço do
motorista e não eram eficientes com o aumento da velocidade. Um cilindro-mestre cheio de fluido
para freios é ligado aos cilindros das rodas por meio de tubulações.

Ao se pressionar o pedal do freio, ele comprime o fluido do cilindro-mestre e, pelos princípios da


hidrostática, este esforço é transferido, multiplicado para os cilindros das rodas, os quais pressionam
as sapatas contra os tambores de freio.

O atrito das sapatas no tambor transforma a energia mecânica em energia térmica, que se dissipa
na atmosfera. Com o progressivo aumento de velocidade, os freios a tambor se mostraram
deficientes por causa do aquecimento excessivo em caso de uso prolongado. Assim, generalizaram-
se os freios a disco, que são permanentemente refrigerados pela corrente de ar.

Sistema elétrico:

Constituem o equipamento elétrico os órgãos e aparelhos destinados a iluminação, sinalização,


partida do motor e fornecimento de corrente. São fundamentais a bateria e o alternador ou gerador
de corrente alternada. A função da bateria é fornecer energia para o motor da partida, o sistema de
ignição e para os outros órgãos secundários. O alternador carrega a bateria e alimenta o sistema
elétrico do carro quando em movimento. No caso do alternador, é necessário um retificador de
corrente, pois o sistema do carro usa corrente contínua.

Muito importante, também, é a caixa de reguladores, com o regulador de tensão, o regulador de


corrente e o conjunto-disjuntor (relé). Sua função é de proteção do sistema, e em especial da bateria,
contra o excesso de corrente gerada.
1 – FERRAMENTARIA

O conceito de Ferramentaria é definido como o conjunto de Instrumentos necessários para a


realização de um determinado trabalho. Dentro desse conceito tem-se então que cada trabalho
exige um conjunto de ferramentas diferente.

No caso da mecânica de automóveis não podia ser diferente. Cada reparo realizado nos diversos
sistemas do veículo necessita de um conjunto de ferramentas. Veremos a seguir como são divididos
esses conjuntos, como são identificados e, principalmente, como devem ser utilizados pelos
mecânicos.

A figura 1.1 apresenta um quadro com os diferentes tipos de ferramentas utilizadas pelos
mecânicos.

Figura 1.1: Quadro de ferramentas básicas.

Para melhor identificar as ferramentas, vamos então dividir os conjuntos em: Ferramentas Básicas,
Ferramentas Específicas e o conjunto dos Instrumentos de Medição.

1.1. Identificação das Ferramentas

Toda ferramenta é identificada de maneira a facilitar o trabalho do mecânico. A primeira diferença


de identificação é feita com base no sistema métrico no qual tal ferramenta foi construída, podendo
ser no Sistema Métrico (metro, centímetro, milímetro) ou no Sistema Inglês (polegada, pé, jarda).

Essa identificação informa a medida da ferramenta como por exemplo a chave fixa de 16mm e
17mm, mostrada na figura 1.2.
Figura 1.2: Chave fixa de 16mm e de 17mm.

A identificação pode ser ainda feita pela função que a ferramenta executa como o Alicate de Corte
mostrado na figura1.3:

Figura 1.3: Alicate de corte.

Podem também ser identificadas pelo peso (kg) como é o caso dos martelos e ferramentas de
impacto em geral, tal como os martelos mostrados na figura 1.4

Figura 1.4: Ferramentas de impacto em geral.


1.2. Ferramentas Básicas

No conjunto das ferramentas básicas estão inseridas as ferramentas de uso geral, que não
necessitam de uma aplicação específica e que podem realizar diferentes tarefas. Entre esses grupos
podem ser citados os seguintes conjuntos, tal como o conjunto de chave fixa, mostrado na figura
1.5 e o conjunto de chave estrela, mostrado na figura 1.6.

Figura 1.5: Conjunto de Chave Fixa.

Figura 1.6: Conjunto de Chave Estrela.

A figura 1.27 mostra um conjunto de chave mista ou combinada, enquanto a figura 1.8 mostra
um conjunto de soquetes
Figura 1.7: Conjunto de Chave combinada.

Figura 1.8: Conjunto de Soquetes.

As figuras 1.9 e 1.10 mostram uma chave de fenda e uma philips e um Conjunto de chaves
Allen, respectivamente.

Figura 1.9: Conjunto de Chaves de Fenda e Philips.


Figura 1.10: Conjunto de Chave Allen.

Um conjunto de chave Torx é mostrado na figura 1.11.

Figura 1.11: Conjunto de Chave Torx.

Um conjunto de Martelos é mostrado na figura 1.12.

Figura 1.12: Conjunto de Martelos.


Um conjunto de Alicates é mostrado na figura 1.13.

Figura 1.13: Conjunto de Alicates.

Um conjunto de Torquimetros é mostrado na figura 1.14.

Figura 1.14: Conjunto de Torquimetros.

É de grande importância o conhecimento das ferramentas básicas, a sua identificação e,


principalmente, a sua utilização, para que se possa obter o melhor resultado do serviço realizado.

1.3. Ferramentas Específicas

O conjunto das ferramentas específicas é formado por todos os tipos de ferramentas construídas
para um único tipo de tarefa. Elas podem ser ferramentas de remoção, instalação, sincronismo e
medição de determinados componentes, no motor, suspensão, direção, etc.
A figura 1.15 apresenta, como exemplo de ferramenta específica, a ferramenta de posicionamento
do Eixo de Comando de Válvulas do Palio 1.6 16 válvulas.

Figura 1.15: Ferramenta de posicionamento do Eixo de Comando de Válvulas do motor


Palio 1.6 16 Válvulas.

De um modo geral, essas ferramentas são classificadas por numeração específica do fabricante de
cada veículo, que especifica qual é a função a ser executada por determinada ferramenta.

1.4. Instrumentos de Medição

A necessidade de se determinar as dimensões de um determinado componente (altura, diâmetro,


largura, comprimento) criou um sub conjunto de ferramentas básicas classificado como
Instrumentos de medição.

Dentre os mais conhecidos estão a trena, a escala, a régua e a fita métrica que medem uma
determina dimensão com uma incerteza muito grande.

Porém, eventualmente pode ser necessário determinar a dimensão de um componente com uma
precisão maior do que é possível de se obter utilizando por exemplo uma régua.

Para essa tarefa é necessária então a utilização de instrumentos mais precisos como o Paquímetro,
o Micrômetro e o Relógio Comparador. Esses quatro instrumentos estão mostrados na figura 1.16:
Figura 1.16: Instrumentos de medição mais comuns

Devido á elevada precisão desses instrumentos, deve-se observar alguns cuidados básicos a serem
tomados antes, durante e após a sua utilização.

Os principais cuidados são:

Manter os instrumentos sempre limpos e guardados em locais livres de calor e umidade


excessivos, livres de poeira e bem ventilados.
Evitar choques e quedas dos Instrumentos de medição.
Manusear sempre com cuidado, evitando o seu desgaste e possível quebra do instrumento.
Limpar antes e depois de utilizar todos os instrumentos de medição.

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