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Bioquímica I

(ISCTEM. MG 2019)

GLÍCIDOS
ESTRUTURA E FUNÇÃO

Prof. Doutor R. Ráice


(ruiraice@yahoo.com.br)
[Adaptação da aula da Dra. Graça Salomé (Regente)]

18.Fev - 15.Jun/2019
4/2/19 RR-2019 1
OBJECTIVOS EDUCACIONAIS
1.  Mencionar a importância dos glícidos para o ser humano.
2.  Mencionar as características gerais dos glícidos.
3.  Classificar os glícidos com base no grau de polimerização
4.  Classificar os monossacáridos com base em vários
parâmetros.
5.  Caracterizar os distintos tipos de isomerismo nos glícidos.
6.  Nomear os diversos tipos de monossacáridos.

7.  Reconhecer as formas cíclicas dos monossacáridos e suas


representações.
8.  Descrever a composição dos principais derivados de
monossacáridos de ocorrência natural.
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GLICIDOS
São polihidroxialdeídos ou polihidroxicetonas e seus derivados

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IMPORTANCIA BIOMÉDICA

•  Estrutura e metabolismo.
–  Ácido hialurónico – componente da matriz extracelular
–  Glucose – fonte de energia
–  Heparan sulfato – união intercelular, etc.

•  Clínica
–  Diabetes,
–  Glicogenoses,
–  Intolerância a lactose,
–  Mucopolissacaridoses, etc.
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CLASSIFICAÇÃO DE GLICIDOS
Classificação Quanto ao grau de polimerização
1.  Monossacáridos – são os mais simples. Não sofrem hidrólise.
Ex.: D-Glucose ou dextrose - O mais abundante na natureza.

2.  Oligossacáridos – cadeias curtas (2-10) de monossacáridos


covalentemente unidos (ligações glicosídicas).
Os dissacáridos são os mais abundantes.
Ex.: lactose e sacarose

3.  Polissacáridos – polímeros constituídos por mais de 10


unidades monossacarídicas (geralmente centenas a milhares).
Ex.: O mais abundante é celulose

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MONOSSACARIDEOS

•  São solúveis em água, maior parte com sabor adocicado.

•  Os mais comuns tem um esqueleto carbónico com cadeia


não ramificada e com ligações simples.

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MONOSSACARIDEOS
•  Possuem vários grupos hidroxilo e um grupo carbonilo.
•  Todos os monossacáridos possuem pelo menos um
carbono assimétrico (quiral).
•  excepto da dihidroxiacetona

•  Carbono quiral ou assimétrico


possui quatro substituintes
Diferentes

àEstereoisómeros ópticos

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ISOMERIA
Estereoisómeros – são isómeros que diferem apenas na
orientação tridimensional dos seus átomos.
Isómeros de conformação
Isómeros de configuração
Ópticos
Simétricos
Assimétricos

Geométricos
A diferente disposição tridimensional dos substituintes
permite a existência de compostos com mesma fórmula
molecular e/ou fórmulas estruturais mas com diferentes,
propriedades físicas e químicas.

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ISOMERIA

•  Enantiômeros – estereoisómeros que são


simétricos. Não se sobrepõem nunca.

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ISOMERIA DE MONOSSACARIDEOS

1.  Diasteroisómeros – estereoisómeros que não são


simétricos. Não se sobrepõem nunca

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ISOMERIA DE MONOSSACARIDEOS
•  Epímeros – diasteroisómeros que diferem na configuração
de apenas um carbono assimétrico.
–  Devem possuir pelo menos dois centros quirais.

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ISOMERIA DE MONOSSACARIDEOS

Segundo a configuração do último carbono quiral


Isómeros D e L

–  D-monossacáridos e L-monossacáridos

•  Referência é o centro quiral do gliceraldeído

•  Nos organismos vivos os isómeros mais


abundantes pertencem a série D.
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CLASSIFICACAO DE MONOSSACARIDEOS
1.  Segundo o grupo funcional carbonilo:

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2. Segundo o número de átomos de carbono na
cadeia

•  Em média 4 e 7 átomos de carbono.


(Triose, Tetrose, pentose, hexose, heptose)

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Projecção de Fischer de Monossacarídeos

Projecções de Fischer para isómeros D e L de ribose


e D e L de glicose.

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15
NOMENCLATURA
•  Todos os monossacáridos terminam com o sufixo ose.

•  A denominação geral tem em conta a posição do grupo


carbonilo e o número de átomos de carbono (prefixos
apropriados)

–  Aldose ou cetose
– aldotriose, cetopentose, etc.
–  Triose, tetrose, pentose, etc.

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Cada monossacarido tem um nome especifico

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.

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MONOSSACARIDEOS
•  Os monossacáridos mais simples são a
dihidroxiacetona e o D-gliceraldeído.

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FORMAS CÍCLICAS (Formas de Haworth)

• 
•  Os monossacáridos com 5 ou mais átomos de carbono em
solução aquosa apresentam-se na forma cíclica. i. e., um
grupo carbonilo e um grupo hidroxila na mesma molécula
reage para dar estruturas de aneis conhecidas como
estruturas de Haworth,

•  A forma mais estável de pentoses e hexoses são anéis de


cinco ou seis átomos.

•  A ciclização transforma o carbono do grupo carbonilo num


carbono assimétrico denominado carbono anomérico.

–  Os estereoisómeros dai resultantes denominam-se


anómeros α ou β

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ESTRUTURAS DE HAWORTH DA GALACTOSE

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ESTRUTURAS DE HAWORTH DE FRUTOSE

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FORMAS CÍCLICAS - REPRESENTACOES
•  Apresentam-se como anéis hexagonais ou pentagonais.

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Anómeros e grupo glicosideo

Anómeros são esteroisomeros cujo centro quiral resulta da


ciclização.

α e β- D-glicose por exemplo são anomeros

O Grupo OH do carbono anomero chama-se grupo


glicosídeo

4/2/19 RR-2019
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Mutarrotação de α – e β -D-glicose

Em solução aquosa, a estrutura de Haworth da -D-glicose


abre-se para dar a cadeia aberta da D-glicose com um grupo
aldeído.

Em determinado momento, há apenas uma pequena


quantidade da cadeia aberta porque fecha-se rapidamente
para formar uma estrutura em anel estável.

Neste processo, chamado Mutarrotação, cada isómero


converte a cadeia aberta e volta novamente. Como o anel abre
e fecha, o grupo OH no carbono 1 pode formar isómero α ou
β.
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25
4/2/19 RR-2019 26
EFEITOS PREJUDICIAIS DE ALGUNS
MONOSSACARIDEOS NO DENTRO DO
ORGANISMO HUMANO
(HIPO/HIPERGLICEMIA)

O termo glic ou gluco refere-se a "açúcar". O prefixo hiper


significa acima ou sobre, e hipo é baixo ou por baixo.

Assim, o nível de açúcar no sangue em hiperglicemia é acima


do normal, e em hipoglicemia, é abaixo do normal.

Concentrações de glicose sanguínea normal (110 mg/dL)

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DOENÇAS RELACIONADAS A HIPO/
HIPERGLICEMIA
Doença que pode ser causada por hiperglicemia é o diabetes
mellitus, que ocorre quando o pâncreas é incapaz de
produzir quantidades suficientes de insulina.
Como resultado, os níveis de glicose em fluidos do corpo
podem subir ate 350 mg/dL de plasma.

Sintomas do diabetes:
Sede,
Uinar excessivamente,
Aumento do apetite e perda de peso.

Em pessoas idosas, diabetes, às vezes é uma consequência do


ganho de peso excessivo.
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HIPERGLICEMIA E HIPOGLICEMIA

4/2/19 RR-2019
29
A “QUÍMICA DO SANGUE”

30
GRUPOS SANGUÍNEOS
Sangue é o fluido vital mais precioso que o
organismo humano (animal) possui.

É o garante de vida!

O corpo humano possui um volume sanguíneo de

70 ml/Kg para os adultos

80 ml/kg para crianças

Um adulto possuem em média 4.900 ml de sangue.


31
PAPEL DO SANGUE NO ORGANISMO
HUMANO

O sangue é responsável por diversas tarefas no organismo:


Manter a temperatura corporal constante,

Levar oxigênio para as células do corpo,

Trazer o gás carbônico que liberamos durante as respirações,

Levar nutrientes para as células e

Combater doenças através dos anticorpos.

32
A sua perda pode acarretar a morte do indivíduo - a chamada
morte por hemorragia (perda de sangue devido ao
rompimento de um vaso sanguíneo).

A grande descoberta

Ao longo dos séculos, a humanidade tentou inúmeras vezes


realizar transfusões de sangue de sucesso, para pessoas que
tivessem perdido muito do seu sangue (em cirurgias ou
acidentes, hemorragia).

Às vezes dava certo e às vezes não, no entanto, a causa era


desconhecida.

33
GRUPOS SANGUÍNEOS
Em 1900, o médico austríaco Karl Landsteiner (prémio
Nobel em 1930) fez experiência que consistia na mistura de
sangue de diferentes indivíduos e ditou a compatibilidde
bioquimica ou não de sangue.

- Sangues se misturavam sem que houvesse nenhum


problema.

- Sangues não se misturavam, havendo uma intensa reação


que levava à destruição das hemácias (glóbulos vermelhos)
e ampla formação de coágulos.

- Classificou o sangue em 3 grandes grupos A, B e O

34
GRUPOS SANGUÍNEOS E SUA
COMPATIBILIDADE
A compatibilidade entre estes grupos também depende do
factor Rh (ou antigeno D, uma substância identificada pela
primeira vez no sangue de um macaco do genero Rhesus daí
a designacão Rh).

Sua existência no sangue (Rh+) ou sua ausência (Rh-)


determina respectivamente o sinal dos grupos sanguineos
A+, A- ...que se conhecem.

O sangue é composto por uma parte líquida (plasma) e uma


parte sólida (hemácias, leucócitos e plaquetas).

As hemácias contêm na sua superficie antígenos


ou aglutinogênios (A, B, AB, O) que dão o nome ao sangue35
COMPATIBILIDADE DA TRANSFUSÃO DE
SANGUE

A correta indicação do tipo do grupo sanguíneo é a chave


para o sucesso de uma transfusão de sangue.

Um paciente não pode receber um tipo de sangue no qual ele


possui anticorpos contra. pois os seus anticorpos irão
destruir as hemácias transfundidas quase que imediatamente.

Isto pode evoluir para coagulação disseminada intravascular,


choque circulatório, insuficiência renal aguda e morte.

36
EFEITOS DA INCORRECTA TRANSFUSÃO
DE SANGUE

Os sintomas são febre e calafrios, dor lombar e urina


marrom.

Para minimizar os efeitos de tranfusões mal sucedidas deve


se interromper imediatamente a transfusão e administrar soro
fisiológico por via venosa, de forma a impedir que as
hemácias hemolisadas obstruam os túbulos renais.

37
PROCESSO DE DEFESA HUMORAL
Antígenos são proteínas “estranhas” a um determinado
organismo,
Anticorpos (aglutininas) são proteínas especiais elaboras pelo
organismo para combater os antígenos (aglutinógenos)

O anticorpo é específico e combina-se quimicamente com o


antígeno, neutralizando-lhe o efeito. Esse processo constitui a
defesa humoral.

O antígeno pode ser uma proteína, um açúcar ou, até


mesmo, uma toxina produzida por bactéria patogênica (como
é o caso do tétano), e o anticorpo formado anula o efeito
lesivo da toxina.
Muitas vacinas são feitas com base neste conhecimento. 38
Uma pessoa com sangue tipo A produz anticorpos contra o tipo
B, e vice-versa.

Uma pessoa com tipo de sangue AB não produz anticorpos,


enquanto que uma pessoa com sangue do tipo O produz
anticorpos contra os dois tipos A e B.

Assim, se uma pessoa com sangue tipo A recebe uma


transfusão de sangue tipo B, factores no sangue do receptor
irão causar células vermelhas do sangue do doador aglutinar-se.

39
Compatibilidade entre grupos sanguíneos
Presença de glucose na urina
Grupo sanguíneo Recebe Produz anticorpos
contra
A A, O B, AB
B B, O A, AB
AB* A, B, AB, Nenhum
O
O** O A, B, AB
AB* receptor universal; O** dador universal

40
Os tipos de sangue A, B e O são determinados por
monossacáridos ligados à superfície das células vermelhas do
sangue.

No tipo A, galactose é ligado a N-acetilgalactosamina.

No tipo B, a galactose é ligado a um segundo galactose.

Tipo AB, os monossacarídeos dos dois tipos de sangue A e B


são encontrados.
41
SACARIDEOS TERMINAIS QUE
DETERMINAM O GRUPO SANGUÍNEO

42
43
GRUPOS SANGUINEOS
DADORES E RECEPTORES

Pessoas com tipo de sangue O podem doar para indivíduos


com todos os tipos de sangue. Eles são os doadores
universais.

No entanto, uma pessoa do tipo O pode receber apenas tipo


de sangue O.

Pessoas com tipo de sangue AB podem receber todos os tipos


de sangue, porque eles não produzem anticorpos para tipos
A, B e O; Eles são os receptores universais.

44
GRUPOS SANGUÍNEOS
O esquema mostra as possíveis transfusões no sistema ABO.
Cada grupo pode doar para o mesmo grupo sanguíneo

O grupo sanguíneo O é doador universal (observe que o


grupo O não pode receber de nenhum outro grupo; a não ser
do próprio grupo O). O grupo AB é denominado receptor
universal porque pode receber sangue de qualquer outro
grupo.

45
GRUPOS SANGUÍNEOS
Å












Sanguíneoss
46
QUEM PODE DOAR SANGUE?
•  Para além de boa vontade pode doar sangue se:

•  Estar em boas condições de saúde;

•  Ter entre 16 e até 69 anos, desde que a última doação


tenha ocorrido até os 60 anos;

•  Pesar no mínimo 50kg;

•  Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas;

•  Estar devidamente alimentado (evitando gorduras pelo


menos 4 horas antes da doação);
•  Apresentar identificacão legal. 47
QUEM NÃO PODE DOAR SANGUE?

•  Indivíduos que adquiriram hepatite após os 11 anos de


idade;

•  Usuários de drogas ilícitas injetáveis;

•  Pessoa com malária;

•  Portadores de AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos


vírus HTVL 1 e 2.

•  Pessoas resfriadas;
•  Grávidas;
48
•  Mulheres no pós-parto (90 dias para parto normal e 180
para cesariana);

•  Após procedimento endoscópico (endoscopia digestiva alta,


colonoscopia, rinoscopia e etc);

•  Indivíduos que consumiram álcool nas últimas 12 horas;

•  Mulheres que estão amamentando a menos de 12 meses;

•  Após extração dentária ou qualquer cirurgia odontológica;

49
CARÁCTER REDUTOR

•  Os monossacáridos podem reduzir agentes oxidantes


como o Fe3+, Cu2+.

•  Em resultado desta reacção o grupo carbonilo que


representa a porção redutora, se transforma num grupo
carboxilo.

•  Esta propriedade é a base da reacção de Benedict, de


Fehling e de Tollens. Estas reacções permitem a detecção
da presença de glucose no sangue e na urina sendo a
base para os testes rápidos

4/2/19 RR-2019 50
4/2/19
51 RR-2019
DERIVADOS DOS MONOSSACÁRIDOS

•  São monossacáridos resultantes da transformação de


grupos funcionais da sua estrutura básica.

•  A transformação pode ser:


–  Oxidação
–  Redução
–  Substituição
–  Condensação (esterificação, alquilação,etc)

4/2/19 RR-2019 52
DERIVADOS DOS MONOSSACÁRIDOS
•  Monossacáridos aminados:
Surgem pela substituição de um grupo hidroxila por um
grupo amina

4/2/19 RR-2019 53
•  Monossacáridos ácidos:
Surge da oxidação dos grupos funcionais
formando-se um ácido mono ou dicarboxílico:
Alduronico Aldonico Aldárico
(Último C) (1◦ C) (1◦ C e Último)

4/2/19 RR-2019 54
Redução de monossacarídeos

A redução do grupo carbonila em monossacarídeos


produz álcoois de açúcar, que também são
chamados de alditois.

D-glicose é reduzida para D-glucitol, mais conhecido


como D-sorbitol.

Álcoois de açúcar como D-sorbitol, D-xilitol de D-


xilose, D-manitol da D-manose são utilizados como
adoçantes em muitos produtos sem açúcar, como
bebidas dietéticas e pastilhas, bem como produtos
para pessoas com diabetes.
4/2/19 RR-2019
55
• Alditóis ou Poliálcoois:
Surgem da redução do grupo carbonilo do
monossacárido

4/2/19 RR-2019 56
Adoçantes

4/2/19 RR-2019
57
Adoçantes:
Sucralose

Sucralose é
feita a partir
da sacarose,
substituindo
alguns dos
grupos
hidroxilo por
átomos de
cloro.


4/2/19 RR-2019
58
Adoçantes:
Aspartame
Comercializado como Nutra Sweet, é usado em um
grande número de produtos sem açúcar. É um
adoçante de não carboidrato feito de ácido aspártico
e um éster metílico de fenilalanina

4/2/19 RR-2019
59
Adoçantes:
Sacarina

Sacarina tem sido usada como um adoçante


artificial de não carbohidrato nos últimos 25 anos.

4/2/19 RR-2019
60
Adoçantes:
Neotame
Outro adoçante artificial, Neotame, é uma
modificação da estrutura de aspartame. A adição
de um grupo alquila grande para o grupo amina
impede que as enzimas quebram a ligação amida
entre o ácido aspártico e fenilalanina. Assim, a
fenilalanina não é produzida quando Neotame é
usado como um adoçante.

4/2/19 RR-2019
61
• Desoximonossacáridos:
surgem pela redução de um carbono na cadeia que não é o
carbonilo

4/2/19 RR-2019 62
• Ésteres de ácido fosfórico:
surgem pela esterificação de um grupo -OH com
ácido fosfórico

4/2/19 RR-2019 63
.

•  Glicósidos
Resultam da condensação entre o grupo hidroxilo ligado ao
carbono anomérico e um grupo hidroxilo de outro composto
glicídico ou não, com formação de uma ligação O-
glicosódica.

4/2/19 RR-2019 64
•  Glicósidos
Pode acontecer por reacção entre um glícido e um
grupo amino de um outro composto resultando na
formação de ligação N-glicosídica

4/2/19 RR-2019 65
FUNÇÕES DE MONOSSACARIDEOS

•  Fonte de energia (Glucose)

•  Componentes estruturais (ribose, desoxiribose)

•  Precursores de outros glícidos (reserva e estruturais)

4/2/19 RR-2019 66
BIBLIOGRAFIA

ü  A. Lehninger - LEHNINGER: Principles of Biochemistry. 4ª


Edição – FREEMAN. 2005

ü  L. Stryer - Biochemistry. 4ª Edição – FREEMAN. 1999

ü  R. K. Murray; D.K.Granner; P.A.Mayes; V. W. Rodwell -


Harper’s Biochemistry - 23ª Edição – APPLETON & LANGE.
1993

ü  G. Meisenberg; W. Simmons – Principles of Medical


Biochemistry – Mosby. 1998

4/2/19 RR-2019 67
ESTRUTURA E FUNÇÃO DOS
GLUCIDOS - II

Prof. Doutor R. Ráice


(ruiraice@yahoo.com.br)

[Adaptação da aula da Dra. Graça Salomé (Regente)]

4/2/19 RR-2019 68
OBJECTIVOS EDUCACIONAIS
1.  Listar os dissacáridos mais comuns
2.  Descrever a composição dos dissacáridos mais importantes
para os seres humanos
3.  Classificar os polissacáridos
4.  Caracterizar estruturalmente os polissacáridos de reserva
energética.
5.  Caracterizar a composição de pelo menos dois componentes
fibrosos dos alimentos
6.  Listar os tipos de glucosaminoglicanas que ocorrem nos
seres humanos e as suas funções gerais
7.  Descrever a estrutura geral dos diferentes tipos de
heterósidos
8.  Listar as funções gerais dos polissacáridos
9.  Listar as fontes alimentares dos dissacáridos e polissacáridos
mais importantes.
4/2/19 RR-2019 69
OLIGOSSACARIDOS

No organismo humano ocorrem ligados a proteínas ou


lípidos e são ramificados.

Muitos contem manose, galactose


e monossacáridos derivados
(acido siálico, neuramínico, etc.).

Os mais abundantes na
dieta humana são os dissacáridos.

4/2/19 RR-2019 70
DISSACÁRIDOS

Dissacáridos – são os oligossacáridos mais


abundantes na natureza.

Constituídos por dois monossacáridos unidos por


uma ligação O-glicosídica

4/2/19 RR-2019 71
FUNÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
Função no organismo humano: fonte de energia.

Classificação quanto ao tipo de monossacárido:

•  Homodissacáridos – quando hidrolisados libertam duas


unidades do mesmo monossacárido.
Ex: maltose, isomaltose

•  Heterodissacáridos - quando hidrolisados libertam duas


unidades de monossacáridos diferentes.
Ex: sacarose, lactose


4/2/19 RR-2019 72
NOMENCLATURA SISTEMÁTICA
•  Muito complexa pois tem em conta os monossacáridos
constituintes, as formas anoméricas e os carbonos que
participam na ligação glicosídica

4/2/19 RR-2019 73
NOMENCLATURA TRIVIAL

Com base no local onde encontra-se em abundância ou foi


isolado pela primeira vez.

Exemplo:
Lactose à leite
Maltose à malte

4/2/19 RR-2019 74
DISSACARIDEOS MAIS ABUNDANTES
•  Sacarose
•  α-D-glucose e β-D-fructose: ligação α(1-2) ou β(2-1).
•  É um α-glicosidio ou β-fructosidio,
•  Não redutor
•  Pode ser encontrado na cana de açúcar, beterraba

4/2/19 RR-2019 75
•  SACAROSE

4/2/19 RR-2019 76
•  LACTOSE
•  β-D-galactose e α-D-glucose: ligação β (1-4).
•  É um galactosídio.
•  É redutor
•  É encontrado no leite dos mamíferos.

4/2/19 RR-2019 77
•  β-LACTOSE

4/2/19 RR-2019 78
•  MALTOSE

Duas moléculas de α-D-glucose ligação α (1-4).


É um glicosídio redutor
Hidrólise parcial do amido e glicogénio.
Encontrado no malte

4/2/19 RR-2019 79
•  MALTOSE

4/2/19 RR-2019 80
•  ISOMALTOSE
•  Duas moléculas de
α-D-glucose: ligação α(1-6)

•  É um glicosidio redutor

•  Hidrólise parcial do amido


e glicogénio

4/2/19 RR-2019 81
CARÁCTER REDUTOR
.

O-C-O-C-C-O
Redutor

O-C-O-C-O-C
Nao redutor

4/2/19 RR-2019 82


POLISSACÁRIDOS

4/2/19 RR-2019 83
POLISSACÁRIDOS
Polímeros de monossacarídos
–  mais de dez resíduos.

A maior parte tem entre centenas e milhares de resíduos

–  Diferem entre si:


•  pelo tipo de resíduos monossacarídicos,

•  pela longitude da cadeia,

•  pelo grau de ramificação e

•  pelo tipo de ligações entre os monossacáridos.


4/2/19 RR-2019 84
CLASSIFICAÇÃO
•  Funcional
–  Polissacárido de reserva
–  Polissacárido estrutural

•  Quanto a composição
–  Holósidos
•  Tipo de monossacárido:
–  Homopolissacáridos
–  Heteropolissacáridos
–  Heterósidos
•  Estrutural
–  Simples
Fonte: Chatterjea & Shinde, 2012
–  Ramificado
4/2/19 RR-2019 85

Holósidos


Constituídos apenas por resíduos de
monossacáridos

4/2/19 RR-2019 86
1- HOMOPOLISSACÁRIDOS
Constituídos por um único tipo de monossacárido ou
derivado de monossacárido.

A hidrolise parcial liberta polissacáridos mais pequenos e


oligossacáridos.

A hidrolise completa liberta monossacáridos.

–  Ex: amido, celulose, glicogenio, pectina, etc.

4/2/19 RR-2019 87
AMIDO
•  Reserva de glucose nos vegetais
•  Mistura de dois polissacáridos: amilose e
amilopectina
–  Ambos são constituidos por resíduos de α-D-glucose

RR-2019

4/2/19 88
AMILOSE
Polímero linear em que os resíduos unem-se por ligações alfa(1→4).

4/2/19 RR-2019 89
AMILOSE
Apresenta disposição
helicoidal que é estabilizada
por pontes de hidrogénio

4/2/19 RR-2019 90
AMILOPECTINA
Polímero ramificado com ligações alfa(1→4) e
alfa(1→6).

–  Ramificações [alfa(1→6)] ocorrem a cada 24-30


resíduos.

4/2/19 RR-2019 91
AMILOPECTINA
Apresenta disposição
helicoidal estabilizada
por pontes de hidrogénio

4/2/19 RR-2019 92
GLICOGÉNIO
Reserva de energia nos animais (fígado e músculo)
•  Estrutura idêntica a da amilopectina mas com muito mais
ramificações
•  Ramificações ocorrem a cada 8-14 resíduos

4/2/19 RR-2019 93
CELULOSE
É o mais abundante de todos os polissacáridos
•  Principal responsável pela estrutura da parede celular das células
vegetais
•  Constituída por unidades de β-D-glucose unidas por ligações
β(1→4)

4/2/19 RR-2019 94
CELULOSE
•  Há formação de pontes de hidrogénio intra e intercatenares;

•  Interacções de van der Waals intracatenares

4/2/19 RR-2019 95
CELULOSE
–  Estrutura fibrosa longa insolúvel em água e resistente a
tensão.

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CELULOSE
•  Polimero de ácido α-D-galacturónico com ligações
α(1→4)

•  Encontrado nas paredes celulares das células


vegetais
–  Abundante na casca de maçã
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QUITINA
•  Polímero de β-N-acetilglucosamina com
ligações β(1à4)

•  É encontrado no exoesqueleto dos Artrópodes.


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2 - HETEROPOLISSACÁRIDOS

Constituídos por diferentes monossacáridos ou


derivados de monossacáridos

•  Ex: glicosaminoglicanas (GAGs) ou mucopolissacáridos


•  Formadas por unidades dissacarídicas repetidas
•  Geralmente cada um possui um monossacárido ácido
“urónico” (glucoronato, iduronato ou derivados) e uma
monossacárido aminado “osamina” (glucosamina,
galactosamina ou derivados)

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GLICOSAMINOGLICANAS
.

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GLICOSAMINOGLICANAS
.

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GLICOSAMINOGLICANAS
.

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GLICOSAMINOGLICANAS
.

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GLICOSAMINOGLICANAS

Funções:
•  Componentes da matriz extracelular
–  Participar na lubrificação das articulações
–  Suporte celular
–  União intercelular
–  Contribuir para a forma e proteção da célula

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HETERÓSIDOS

Constituídos por resíduos de


monossacáridos e outras
macromoleculas (aminas, proteinas,...)

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HETERÓSIDOS

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PROTEOGLICANAS

•  Polissacáridos heterosidos componentes da


substância fundamental amorfa no tecido
conjuntivo

–  Composto por várias moléculas de


glicosaminoglicanas unidas a uma molécula de
proteína. (Glícido > Proteína)

•  Podem unir-se ao ácido hialurónico formando


um agregado de proteoglicana
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PRTEOGLICANAS
.

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PEPTIDOGLICANAS

•  Formados por cadeias polissacarídicas unidas


covalentemente por pequenos péptidos

–  Parte da parede celular das bactérias

•  Polissacáridos com alternância de dois tipos


de monossacáridos

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PEPTIDOGLICANAS
.

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GLICOPROTEINAS E GLICOLÍPIDOS
•  Contêm mais proteína e lípidos em relação a
glícidos.

–  Os glícidos presentes são geralmente oligossacáridos


podendo ser monossacáridos

–  São componentes das membranas celulares

•  Participam na comunicação e união intercelular

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GLICOPROTEINAS
.

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BIBLIOGRAFIA
ü  A. Lehninger - LEHNINGER: Principles of
Biochemistry. 4ª Edição – FREEMAN. 2005

ü  L. Stryer - Biochemistry. 4ª Edição – FREEMAN.


1999

ü  R. K. Murray; D.K.Granner; P.A.Mayes; V. W.


Rodwell - Harper’s Biochemistry - 23ª Edição –
APPLETON & LANGE. 1993

ü  G. Meisenberg; W. Simmons – Principles of


Medical Biochemistry – Mosby. 1998
Fonte: Guyton, 2011
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