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LETICIA S. DA COSTA
MARIANA VELLOSO
PRYSCILA DA S. ROCHA
PROGRAMA DE GESTÃO DE
DOCUMENTOS
NITERÓI
2019
LETICIA S. DA COSTA
MARIANA VELLOSO
PRYSCILA DA S. ROCHA
Niterói
2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3
2 O ARQUIVO CENTRAL DA UFF .................................................................................... 6
3. PROGRAMA DE GESTÃO DE DOCUMENTOS ........................................................ 9
3.1 Plano de Classificação ........................................................................................................ 9
3.2 Tabela de Temporalidade.................................................................................................. 21
3.4 Manual de Procedimentos ................................................................................................. 31
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................. 42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................. 44
3
1. INTRODUÇÃO
Como qualquer outro recurso, a informação deve ser gerida eficazmente, o que necessita,
como corolário, de um reconhecimento oficial da empresa, e até de uma formalização
estrutural que vá tão longe quanto a que é geralmente concedida aos outros recursos.
(ROUSSEAU, COUTURE, 1998, P. 63)
Gestão de documentos
Conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação,
tramitação uso, avaliação e avaliação e arquivamento (1, 2) de documentos em
documentos fase corrente e intermediária, visando sua eliminação ou recolhimento (1, 2).
Também chamado administração de documentos. (Arquivo Nacional, 2005, p. 100)
Ao estar presente desde a produção do documento e em cada ação que a ele for
destinado dentro da organização, uma vez que “a gestão cobre todo o ciclo de existência dos
documentos desde sua produção até serem eliminados ou recolhidos para arquivamento
permanente, ou seja, trata-se de todas as atividades inerentes às idades corrente e
intermediária” (JARDIM, p. 1), a gestão de documentos garante a confiabilidade dos
documentos e assim, sua autenticidade. Para que a gestão de documentos seja eficiente e
4
O ciclo de vida dos documentos, dividido em três idades como visto anteriormente, é
derivado de uma corrente na qual a gestão de documentos somente se aplica aos arquivos
corrente e intermediário, uma vez que apenas estes tem função administrativa, sendo o
produtor o principal usuário. Os documentos do arquivo permanente devem ser recolhidos por
uma instituição de custodia onde serão conservados e estarão acessíveis a outros usuários, em
sua maioria pesquisadores e terão seus usos mais diversificados.
Desta forma, o objeto da Gestão de Documentos são os arquivos cujo uso é
administrativo e é por isso que o Programa de Gestão de Documentos deve ser íntimo da
instituição.
6
1
Informações obtidas em: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. Breve Histórico da CAR. Niterói – RJ.
Disponível em: < http://arquivos.uff.br/breve-historico-da-car/ > acesso em junho de 2019.
7
Já a SAPE, “foi criada com a inauguração do Arquivo Geral, com o nome de Serviço
de Arquivo Permanente (SAP). Em 1992, com a transferência do Arquivo Geral para um novo
espaço, criou-se em definitivo o Arquivo Permanente. Os primeiros fundos recolhidos foram
os das Faculdades Isoladas e em seguida os fundos da Universidade Federal do Estado do Rio
de Janeiro” e a essa seção compete:
2
Informações obtidas em: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. Estrutura Administrativa da CAR. Niterói –
RJ. Disponível em: <http://arquivos.uff.br/estrutura-administrativa/> acesso em junho de 2019.
9
O Arquivo Central da UFF utiliza a política nacional de arquivos com base nos
princípios teóricos da moderna arquivologia, contém a definição e adoção de um conjunto de
normas e procedimentos técnicos e administrativos para disciplinar as atividades dos serviços
arquivísticos da administração pública, para alcançar maior desenvolvimento dos arquivos
públicos.3
O cuidado para manter a organização e o acesso aos documentos públicos é uma
preocupação antiga, porém obteve maior êxito recentemente na Constituição Federal de 1988,
parágrafo 2° do artigo 216 onde “‘cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da
documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela
necessitem’”4. Três anos mais tarde surge a lei n° 8.159, de 8 de janeiro de 1991 do qual
“dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados, preconiza a revitalização
dos serviços arquivísticos do Poder Público por meio de programas de gestão de documentos,
que reúnam procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação, uso,
avaliação e arquivamento de documentos.”5.
Assim, o Arquivo Geral da UFF, emprega na sua gestão o manual de Classificação,
Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo relativos às atividades-meio da
Administração Pública, instrumento elaborado pelo Conselho Nacional de Arquivos-
CONARQ, vinculado ao Arquivo Nacional:
São apresentados a seguir a primeira parte das definições exigidas pela CONARQ,
onde é estabelecido o Plano de Classificação, segundo o manual de Classificação,
3
Arquivo Nacional (Brasil). Conselho Nacional de Arquivos Classificação, temporalidade e destinação de
documentos de arquivo; relativos às atividades-meio da administração pública/ Arquivo Nacional. Rio de
Janeiro: Arquivo Nacional, 2001, p.7.
4
Ibid., p.7.
5
Ibid., p.7.
6
Ibid., p.7.
10
7
Arquivo Nacional (Brasil). Conselho Nacional de Arquivos Classificação, temporalidade e destinação de
documentos de arquivo; relativos às atividades-meio da administração pública/ Arquivo Nacional. Rio de
Janeiro: Arquivo Nacional, 2001. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1ODoRRlYnvnnw0yA2s8DwLUsoUUCchxsS/view. Acesso em: 15/06/2019.
8
Ibid., p.9.
11
constitui-se num código numérico dividido em dez classes e estas, por sua vez, em dez
subclasses e assim sucessivamente. As dez classes principais são representadas por um
número inteiro, composto de três algarismos, segue ao figura 1 abaixo:
As demais classes (100 a 800) destinam-se aos assuntos relativos às atividades fim
do órgão. Estas classes não são comuns, cabendo aos respectivos órgãos sua elaboração,
seguindo orientações da instituição arquivística na sua esfera específica de competência.
Compõe ainda este código o índice, instrumento auxiliar à classificação, no qual os
assuntos são ordenados alfabeticamente e remetidos ao código numérico correspondente.
Entendidos os mecanismos de elaboração do Código de classificação de documentos
de arquivo, serão apresentadas, a seguir, algumas explicações acerca das classes 000 e 900, e
suas respectivas subclasses. Em vista disso, as demais classes (100 a 800) destinam-se aos
assuntos relativos às atividades fim do órgão. Estas classes não são comuns, cabendo aos
respectivos órgãos sua elaboração, seguindo orientações da instituição arquivística na sua
esfera específica de competência.
9
Ibid., p.10.
13
10
Ibid., p.13.
15
11
Ibid., p.12.
16
A classificação deve ser realizada por servidores treinados, de acordo com as seguintes
operações.
a) ESTUDO: consiste na leitura de cada documento, a fim de verificar sob que assunto
deverá ser classificado e quais as referências cruzadas que lhe corresponderão. A referência
cruzada é um mecanismo adotado quando o conteúdo do documento se refere a dois ou mais
assuntos.
b) CODIFICAÇÃO: consiste na atribuição do código correspondente ao assunto de
que trata o documento.
ROTINAS CORRESPONDENTES ÀS OPERAÇÕES DE CLASSIFICAÇÃO
1. Receber o documento para classificação;
2. Ler o documento, identificando o assunto principal e o(s) secundário(s) de acordo
com seu conteúdo;
3. Localizar o(s) assunto(s) no Código de classificação de documentos de arquivo,
utilizando o índice, quando necessário;
4. Anotar o código na primeira folha do documento;
5. Preencher a(s) folha(s) de referência (ver item 2.2), para os assuntos secundários.
OBS: Quando o documento possuir anexo(s), este(s) deverá(ão) receber a anotação
do(s) código(s) correspondente(s).
2.1.2 – ARQUIVAMENTO12
Uma vez classificado e tramitado, o documento deverá ser arquivado, obedecendo às
seguintes operações:
a) INSPEÇÃO: consiste no exame do(s) documento(s) para verificar se o(s) mesmo(s)
se destina(m) realmente ao arquivamento, se possui(em) anexo(s) e se a classificação
atribuída será mantida ou alterada.
b) ORDENAÇÃO: consiste na reunião dos documentos classificados sob um mesmo
assunto. A ordenação tem por objetivo agilizar o arquivamento, minimizando a possibilidade
de erros. Além disso, estando ordenados adequadamente, será possível manter reunidos todos
os documentos referentes a um mesmo assunto, organizando-os previamente para o
arquivamento.
Após a ordenação, os documentos classificados sob o mesmo código formarão dossiês
acondicionados em capas apropriadas com prendedores plásticos, com exceção dos processos
e volumes. Os dados referentes ao seu conteúdo (código, assunto e, se for o caso, nome de
12
Ibid., p.15.
17
pessoa, órgão, firma ou lugar) serão registrados na capa de forma a facilitar sua identificação.
Os dossiês, processos e volumes serão arquivados em pastas suspensas ou em caixas, de
acordo com suas dimensões. Esta operação possibilita:
– racionalizar o arquivamento, uma vez que numa mesma pasta poderão ser
arquivados vários dossiês correspondentes ao mesmo grupo ou subclasse, diminuindo, assim,
o número de pastas.
Exemplo:
13
Ibid., p.16.
18
14
Ibid,. p.17.
19
1515
Sistema de gestão de documentos de arquivo da administração pública federal. Código de Classificação de
documentos de Arquivo relativos às atividades-fim das Instituições Federais de Ensino Superior-IFES. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1PBXn8cJCTkI1BLOV7MzUW5vHPrRHLkFL/view. Acesso em: 15/06/2019.
20
180 – (vaga)
190 – Outros assuntos referentes ao ensino superior
Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), instituído pelo MEC Portaria nº 1.261, de 23
de dezembro de 2013.
É o tempo que foi determinado para o arquivamento dos documentos na fase corrente
e intermediária, sendo mencionado em anos. Porém, como a realidade arquivística no Brasil é
muito distinta há diferentes prazos para a guarda de documentos.
Destinação final
Por último há o registro se o documento será eliminado (quando não apresenta valor
secundário) e quando o documento será guardado definitivamente.
Observações
Nesse campo há o registro de informações complementares e justificativas a correta
aplicação da tabela.
f) o órgão que adotar tais recursos deve contar com depósitos e equipamentos de
segurança que venham a garantir a preservação do novo suporte.
Organizados e avaliados os documentos, deve-se proceder ao estudo da viabilidade
econômica, de acordo com a disponibilidade de pessoal, espaço e recursos financeiros do
órgão, além do cálculo dos equipamentos, materiais e acessórios necessários. Deve-se, ainda,
verificar as instalações dos arquivos de segurança, bem como as condições de tratamento
técnico, armazenamento e acesso às informações.
Triagem de documentos em fase intermediária
A triagem consiste na exclusão de documentos que não apresentam mais valor,
histórico e pesquisa histórico- científica, para a instituição. A tabela de temporalidade mostra
se haverá processo de triagem quando informa que só irá armazenar exemplares únicos de
documentos repetitivos ou recolher documentos na fase intermediária que não sejam
relevantes para serem destinados ao arquivo permanente, por exemplo.
Outras formas e critérios de triagem podem ser incorporados a tabela e em todos os
casos os arquivos devem elaborar uma lista especificando os documentos que serão
eliminados e enviar para a instituição arquivística pública na sua esfera de competência, em
conformidade com o art. 9º da lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991.
Tabela de temporalidade geral
31
CLASSIFICAÇÃO
16
BRASIL. Conselho Nacional de Arquivos. Classificação, temporalidade e destinação de documentos de
arquivo; relativos às atividades-meio da administração pública/ Arquivo Nacional. Rio de Janeiro: Arquivo
Nacional, 2001, p. 8.
33
ARQUIVAMENTO
Uma vez classificado e tramitado, o documento deverá ser arquivado, obedecendo às
seguintes operações:
a) INSPEÇÃO: consiste no exame do(s) documento(s) para verificar se o(s)
mesmo(s) se destina(m) realmente ao arquivamento, se possui(em) anexo(s) e se a
classificação atribuída será mantida ou alterada.
b) ORDENAÇÃO: consiste na reunião dos documentos classificados sob um mesmo
assunto. A ordenação tem por objetivo agilizar o arquivamento, minimizando a possibilidade
de erros. Além disso, estando ordenados adequadamente, será possível manter reunidos todos
os documentos referentes a um mesmo assunto, organizando-os previamente para o
arquivamento.
Após a ordenação, os documentos classificados sob o mesmo código formarão
dossiês acondicionados em capas apropriadas com prendedores plásticos, com exceção dos
17
Ibid., p. 13-14.
34
processos e volumes. Os dados referentes ao seu conteúdo (código, assunto e, se for o caso,
nome de pessoa, órgão, firma ou lugar) serão registrados na capa de forma a facilitar sua
identificação. Os dossiês, processos e volumes serão arquivados em pastas suspensas ou em
caixas, de acordo com suas dimensões.18
18
Ibid., p. 10
35
Para que a tabela seja aplicada com êxito, será necessário promover o treinamento
dos responsáveis pela execução das atividades arquivísticas do órgão. Além da aplicação da
tabela, estes serão encarregados de analisar e propor as atualizações necessárias ao
aprimoramento das atividades de avaliação.
No intuito de fornecer orientação para a definição de valores, apresentam-se, a
seguir, alguns critérios gerais adotados quando da elaboração da tabela básica de
temporalidade relativa às atividades-meio da administração pública.
Dos documentos relativos à administração geral, foram considerados permanentes
aqueles que dizem respeito a políticas, planos, projetos, programas de modernização e
reforma administrativa; relatórios de atividades; ajustes, acordos e convênios; ações judiciais,
bem como normas, regulamentações e diretrizes.
No que se refere aos documentos relativos à organização e funcionamento,
foram considerados permanentes os regimentos, regulamentos, estatutos, organogramas e
estruturas, além dos documentos relacionados às campanhas institucionais e divulgação das
atividades do órgão.
No que se refere aos documentos relativos a pessoal, adotou-se o prazo de 52
(cinqüenta e dois) anos para os que contêm informações passíveis de consulta no momento da
homologação da aposentadoria, sendo:
19
Ibid., p. 46-48.
39
3. Observar se o documento se refere a dois ou mais assuntos pois, neste caso, ele
deverá ser arquivado no conjunto documental que possui maior prazo de guarda ou que tenha
sido destinado à guarda permanente, registrando-se a alteração nos instrumentos de controle;
4. Separar os documentos a serem destinados, verificando se cumpriram o prazo de
guarda estabelecido para esta fase;
5. Eliminar as cópias e vias cujo original ou um exemplar encontrem-se no mesmo
conjunto ou dossiê;
6. Proceder ao registro dos documentos a serem eliminados;
7. Proceder à eliminação;
8. Elaborar termo de eliminação;
9. Elaborar listagem dos documentos destinados à transferência para a fase
intermediária (guias/listagens de transferência);
10. Operacionalizar a transferência, seguindo orientações do setor responsável pelo
arquivamento intermediário20.
comunicação que as autoridades fazem entre si, entre subordinados e superiores, e entre a
administração e particulares, em caráter oficial. É o tipo mais comum de comunicação
oficial. Embora normalmente o conteúdo do ofício seja matéria administrativa pode
também vincular matéria de caráter social, relativa ao relacionamento do agente
administrativo em decorrência do seu cargo ou função. (Norma de Serviço nº 549, de 10
de setembro de 2004).
20
Ibid., p. 49-50.
21
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. Normas da UFF. Niterói – RJ. Disponível em: <
http://arquivos.uff.br/normas-da-uff/> acesso em junho de 2019.
40
22
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. Diretrizes e Recomendações. Niterói – RJ. Disponível em: <
http://arquivos.uff.br/diretrizes-e-recomendacoes/> acesso em junho de 2019.
41
O Arquivo Central da UFF conta ainda com formulários, podendo ser estes relativos
a23:
2. Gestão de Documentos
Lista de Transferência de Documentos LTD
LTD_exemplo prático
Etiqueta para transferência de documentos a CAR
Levantamento da Situação dos Arquivos da UFF (Uso interno)
Listagem de Eliminação de Documentos LED (Uso interno)
Guia de Recolhimento de Documentos arquivisticos GRD (Uso interno)
Etiqueta para recolhimento de documentos à CAR (Uso interno)
3. Acesso
Solicitação de Documentos para Pesquisa
Termo de Responsabilidade de Divulgação de Acervos
23
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. Formulários. Niterói – RJ. Disponível em: <
http://arquivos.uff.br/formularios/> acesso em junho de 2019.
42
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS