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NOTÍCIAS / ALEMANHA / ENTENDA A ALEMANHA

VID A C U LTU R AL

A Literatura Alemã após 1945
A LITERATURA Após a guerra, imperou o
realismo socialista na
República Democrática
Alemã. Na RFA, a Alemanha Ocidental, os escritores trataram de recuperar o isolamento cultural das tendências
modernas.

A criação de dois Estados alemães após a guerra dividiu também a literatura em duas. Embora muitos dissidentes da República
Democrática Alemã tenham sido expulsos ou deixado o país, passando a residir na República Federal da Alemanha, foi só a partir da
reunificação, em 1990, que a linha divisória começou a desaparecer.

A literatura dividida: Alemanha Oriental

A produção literária na República Democrática Alemã (RDA) esteve, desde o início, sob a doutrina do realismo socialista. Principalmente o
teatro voltou­se para peças populares, com personagens de bom caráter. A literatura escrita no exílio foi importante, sendo reeditados os
dramas de Bertolt Brecht e traduzidos para o alemão os romances de Arnold Zweig (O Machado de Wandsbek, 1943) e Anna Seghers
(Trânsito, 1944, Os Mortos Permanecem Jovens).

Ao contrário da Alemanha Ocidental, muitos escritores exilados retornaram à então zona soviética de ocupação, entre eles os três já
citados e Ernst Bloch. Os primeiros romances foram dedicados às inúmeras tragédias da guerra.

Após uma idealização do universo do trabalhador, na década de 60 os escritores foram incentivados a conhecer melhor as indústrias, para
produzirem obras mais realistas e superarem a dicotomia entre trabalho manual e intelectual. Por outro lado, tratou­se também de animar
os trabalhadores a escrever.

Christa Wolf tematizou, pela primeira vez, a divisão alemã em O Céu Dividido (1963). Aos poucos, os temas históricos cederam lugar aos
que se relacionavam com a a própria vida dos autores. Jurek Becker tratou de forma crítica o cotidiano alemão oriental, e a nova
subjetividade dos anos 70 refletiu­se na obra lírica de Sarah Kirsch. No gênero do romance histórico­mítico, destacou­se Stefan Heyn, com
O Relatório Rei Davi (1972) e Ahasver (1981).

Com suas sátiras políticas, o poeta e compositor Wolf Biermann caiu na mira do Stasi, o poderoso serviço de segurança do Estado. Sua
expatriação para a Alemanha Ocidental, em 1976, teve sérias conseqüências para o cenário literário do país.
Vários escritores seguiram os passos de Biermann e acabaram deixando o país,
pressionados de alguma forma pelos órgãos repressivos do Estado, entre eles Reiner
Kunze, Rolf Schneider, Erich Loest e Sarah Kirsch. Antes, já haviam voltado as
costas para o regime comunista Walter Kempowski, cujos diários resultaram nos
nove volumes de sua Crônica Alemã, que só seriam publicados nos anos 80, e Uwe
Johnson, autor de Suposições sobre Jacó e obras sobre a divisão alemã.

A literatura na República Federal da Alemanha

Wolf Biermann Logo após a guerra, os escritores trataram de encontrar um estilo claro e uma
linguagem objetiva, distanciando­se dos exageros da retórica nacional­socialista,
com seu estilo propagandístico. Representativo dessa fase é o poema Inventário, de Günter Eich (Este é o meu gorro/ Este é o meu
sobretudo/ Este é o meu barbeador/ No estojo de linho...). O próprio título marca a tendência de inventariar o que sobrou das cinzas,
numa fase conhecida como "hora zero" ou "literatura dos escombros".

A prosa realista de autores anteriores a 1933, como Arnold Zweig e Lion Feuchtwanger, serviu de orientação à nova geração de escritores,
que procurou acertar o passo com as tendências modernas proscritas por 12 anos. Alguns, Heinrich Böll e Siegfried Lenz entre eles, foram
buscar inspiração nos contos americanos (short stories). Alfred Döblin foi um dos poucos autores exilados a regressar à Alemanha.

Essa literatura da primeira hora abordou, sob uma perspectiva existencialista, as
experiências da Segunda Guerra, o retorno dos prisioneiros e os que a guerra
deslocara, destacando­se o drama Diante da Porta, de Wolfgang Borchert, e Leviatã,
de Arno Schmidt. Nelly Sachs (Nos Apartamentos da Morte) e Paul Celan (Papoula e
Memória) tematizaram o horror do Holocausto, como se contestassem, com seus versos
crípticos e suas metáforas, a célebre frase de Theodor Adorno de que se tornou
impossível escrever poemas depois de Auschwitz.

Constituído por escritores e intelectuais, o Grupo 47 foi de grande importância na vida
Prisioneiros alemães após a batalha de Estalingrado, em
cultural da recém­criada República Federal da Alemanha. Como fórum de discussão
1943
literária, de comunicação e reflexão sobre a sociedade, teve uma influência muito além
de sua duração (1947–1967). Günter Grass, Hans Magnus Enzensberger, Peter
Handke, Hubert Fichte, Walter Jens, Jürgen Becker e Ingeborg Bachmann são alguns dos grandes nomes que dele participaram.

Muitos escritores tematizaram o entusiasmo com o milagre econômico da
reconstrução como forma de recalcar a responsabilidade pelos horrores da guerra e
do nazismo. Entre eles, os suíços Max Frisch (Stiller, Homo Faber) e Friedrich
Dürrenmatt (A Visita da Velha Senhora, Os Físicos) e os alemães Wolfgang
Koeppen (A Estufa), Heinrich Böll (O Pão dos Primeiros Anos), Siegfried Lenz (A
Aula de Alemão) e Günter Grass (O Tambor, Anos de Cão). Outros preferiram
descrever os acontecimentos, sem tentar interpretá­los, como Jürgen Becker
(Margens), Dieter Wellershoff (Um Dia Lindo) e Alexander Kluge (Processos de

O prêmio Nobel de Literatura Günter Grass ao lado da Aprendizagem com Fim Mortal).
rainha Margarete da Dinamarca
Heiner Müller & Cia.

A poesia concreta de Max Bense, Helmut Heissenbüttel e Franz Mon rompe com as tradições dos anos 20 e 30, ressaltando os aspectos
sonoros e visuais de uma lírica centrada na própria linguagem. Na década de 60 da revolta estudantil e da politização, destaca­se o teatro
documental de Rolf Hochhuth e Heinar Kipphardt e o gênero da reportagem política de Günter Wallraff. À busca de novas formas
literárias dedicaram­se principalmente Hans Magnus Enzensberger (Morte da Literatura) e Peter Weiss, que entrelaçou a reflexão
política com a construção biográfica em sua Estética da Resistência, além de trilhar novos caminhos no teatro com os múltiplos
espelhamentos da peça conhecida como Marat­Sade.

Com a austríaca Ingeborg Bachmann (O Tempo Prolongado), a literatura em língua
alemã torna­se intimista e subjetiva. A temática feminista surge nos anos 70, quando
também se estabelece o romance histórico ou biográfico (Peter Härtling, Hölderlin).
Peter Handke (O Medo do Goleiro Diante do Pênalti ) e Thomas Bernhard
(Perturbação, O Sobrinho de Wittgenstein) destacam­se na Áustria, enquanto na
Alemanha são Rainer Werner Fassbinder e Franz Xaver Kroetz que agitam o
establishment, com suas peças teatrais provocantes e muitas vezes obscenas.
Heiner Müller (Germania, Morte em Berlim) começa a traçar seus burlescos O ator Jens Ole faz o papel de Hermann Oberth, na peça
panoramas de época na tradição de Bertolt Brecht e Antonin Artaud e, em 1979, 'Hitler's Dr. Faust', de Rolf Hochhuth

Michael Ende escreve um clássico da literatura infanto­juvenil, A História sem Fim.
Martin Walser destaca­se com seu romance Um Cavalo em Fuga, que tem como tema a midlife crisis.

Já os anos 80 estão sob o signo da reflexão sobre a história da família, enquanto no teatro se destaca Botho Strauss (O Grande e o
Pequeno, O Quarto e o Tempo).

Na lírica fazem sucesso Ulla Hahn e Durs Grünbein. A partir da década de 90, a
reflexão sobre a reunificação alemã assume grande espaço, a começar com Uma
Pechincha Chamada RDA, de Günter Grass, e novas obras de Christa Wolf e Erich
Loest. Em 1993, Walter Kempowski publica o monumental Echolog, um Diário
Coletivo, em que reduz seu papel como autor à mera montagem de suas anotações e
inúmeros documentos e testemunhos da Segunda Guerra.

Merecem ainda menção na literatura alemã das duas últimas décadas do século 20:
Patrik Süskind (O Perfume), Ingrid Noll, Uwe Timm, Reiner Kunze, Peter
Christa Wolf
Schneider, Katja Behrens, Sten Nadolny, Thorsten Becker, Doris Dörrie, Arnold
Stadler, Friedrich Christian Delius e Ingo Schulze.

Heinz Konsalik, falecido em 1999, pode ser considerado o escritor alemão de maior sucesso do pós­guerra. O autor de best­sellers, entre
eles O Médico de Estalingrado, escreveu 155 romances traduzidos para 42 línguas. Foram vendidos 83 milhões de exemplares de seus
livros.

O austríaco Johannes Mario Simmel (Nem Só de Caviar Vive o Homem, Ainda Estamos Vivos) é outro best­seller que vai pelo mesmo
caminho. Seus romances de amor, aventuras e conspirações atingiram 70 milhões de exemplares, publicados em 33 idiomas.

Autoria Neusa Soliz

Assuntos relacionados Nazismo, Filósofos alemães, Literatura alemã, Reunificação alemã, Camarote.21, Cerveja, Alemanha, Nina Hagen, Günter Grass, Jürgen
Habermas

Palavras­chave literatura, literatura alemã, Alemanha, escritores alemães, Alemanha Oriental, Alemanha Ocidental, guerra, teatro, prosa, líria, exílio, Arnold Zweig,
Brecht, Anna Seghers, Ernst Bloch, literatura operária, Christa Wolf, divisão alemã, Jurek Becker, Sarah Kirsch, Stefan Heyn, Wolf Biermann, Reiner Kunze, Walter
Kempowski, Uwe Johnson, retórica nazista, Günter Eich, Heinrich Böll, Siegfried Lenz, Alfred Döbliln, segunda guerra, prisioneiros, Wolfgang Borchert, Paul Celan,
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Ulla Hahn, Durs Grünbein, Patrik Süsskind, Ingrid Noll, Uwe Timm, Peter Schneider, Katja Behrens, Sten Nadolny, Thorsten Becker, Doris Dörrie, Arnold Stadler e
Ingo Schulze, Heinz Konsalik, Johannes Mario Simmel, bestseller

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Na Alemanha, o Baile da Imprensa Conheça os destaques da literatura
abre a temporada de eventos alemã hoje, desde o octogenário
dançantes. Alguns deles se Hans Magnus Enzensberger a
destinam a uma boa causa. Em Felicitas Hoppe, a mais jovem
outros, o que importa é ver e ser escritora a receber o Prêmio Georg
visto. Na Europa, Viena é a capital Büchner.
dos bailes. Veja alguns deles. 

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