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UM ESTUDO SOBRE POLÍTICAS CULTURAIS NO TURISMO DE NOVA

FRIBURGO
FIORE, Cecilia de Araujo Capetine1

RESUMO
O presente artigo tem como propósito analisar as políticas culturais no turismo de Nova
Friburgo. Dessa forma, na primeira parte iremos descrever como procedeu a colonização de
Nova Friburgo. Num segundo momento, vamos ilustrar a configuração atual da cidade,
pontuando as políticas culturais e o turismo do município. Em seguida, partiremos para a
análise do papel de resgate da memória do Centro de Documentação D. João VI. E por último,
para conclusão será feito uma análise das políticas culturais de Nova Friburgo e destacaremos
melhorias para o turismo. Teremos como metodologia ​a referência de autores clássicos que
trabalham com o tema, abordar as percepções dessa pesquisadora e ilustrar esse trabalho com
figuras.

Palavras-chave: Imigração de Suíços, Nova Friburgo, Turismo, Políticas Culturais, Centro de


Documentação D. João VI

1. INTRODUÇÃO

Quando falamos da construção étnica do Brasil, estamos nos referindo a um misto de


nacionalidades que colonizaram estas terras. Fazendo uma pequena análise das imigrações em
massa que aqui ocorreram, temos de um lado o Continente Europeu e do outro o Continente
Africano, como grandes pólos fornecedores de mão de obra para o Brasil. É necessário
pontuar que o trabalho por parte dos europeus era “livre” e dos africanos era “forçado”.
Dentre uma das nacionalidades europeias que vieram colonizar o país estão os suíços.
Aqui iremos estudar um grupo específico, os que colonizaram Nova Friburgo em 1819.
O município de Nova Friburgo está localizado em aproximadamente 140 Km do
centro da cidade do Rio de Janeiro, e possui cerca de 182. 0822 moradores.
Sobre o turismo da cidade podemos afirmar que quando um turista chega a Nova
Friburgo se depara com paisagens deslumbrantes: ruas arborizadas, igrejas, cachoeiras,

1
Mestra em Memória e Acervo pela Fundação Casa de Rui Barbosa, Graduada em História pela Universidade
Veiga de Almeida e Graduanda em Arquivologia pela Universidade Federal Fluminense.
Estagiária de Arquivologia da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro; Estagiária da Prefeitura de Duque
de Caxias e Bolsista de Iniciação Científica da Fundação Casa de Rui Barbosa.
ceci_capetine@hotmail.com​/ ​cecicapetine@gmail.com
2
​Segundo o censo de 2010 do IBGE.
geomorfologia exuberante, casas e edifícios históricos que remontam a arquitetura suíça, etc.
Esse é o diferencial de Nova Friburgo, situada no conturbado estado do Rio de Janeiro. Dessa
maneira, muitos turistas fazem uma pequena viagem para conhecer esse pequeno pedaço da
Suíça no Brasil.
Para que o turismo funcione bem é necessário que o município tenha políticas
culturais. Nesse caso Nova Friburgo é um verdadeiro exemplo a ser seguido. No ​site da
Prefeitura de Nova Friburgo observamos que o município possui um Conselho Municipal de
Políticas Culturais3, e o mesmo tem uma ligação forte com os moradores.
Outro exemplo de políticas culturais é o Centro de Documentação D. João VI, criado
por moradores para que a memória da colonização de Nova Friburgo não fosse esquecida.
Essa instituição detém um grande acervo digitalizado sobre o município, e caso o pesquisador
necessite, pode consultar os documentos pessoalmente.

2. A COLONIZAÇÃO DE NOVA FRIBURGO

Como já mencionado o Brasil foi colonizado por diversas nacionalidades, e os suíços


estão no grupo de colonizadores europeus. Vale ressaltar que com a miscigenação de índios,
de africanos, de europeus e de asiáticos formam o povo brasileiro. É muito difícil termos uma
identidade nacional forte, já que a mesma é essa grande miscelânea de raças. Dessa maneira,
Barbalho (2007, p. 37) enfatiza esse conceito de povo brasileiro.
No Brasil, a discussão sobre a identidade nacional tornou-se, talvez,
mais recorrente do que nos seus vizinhos latino-americanos​. Em primeiro
lugar, pelo tamanho continental do país e o processo histórico de sua
ocupação que envolveu não apenas o colonizador português, mas diversas
etnias indígenas e africanas, afora outros ​migrantes europeus e os asiáticos,
além dos fortes fluxos migratórios internos. (BARBALHO, 2007, p. 37, grifo
nosso)

Agora, fazendo uma pequena síntese da história da colonização no estado do Rio de


Janeiro, então Capital e Côrte do país. Dando um salto para 1808, ano que a família real
fugindo de Napoleão desembarcou na sua colônia mais lucrativa. A quantidade de escravos
existentes da Côrte era exorbitante, e o rei D. João VI, sabia que tal cenário iria mudar em

3
NOVA FRIBURGO PREFEITURA. Cidade de todos os povos. ​Prefeito empossa Conselho Municipal de
Políticas Culturais e primeira reunião de 2015 acontecerá em 9 de março​. ​Disponível em:
<​http://novafriburgo.rj.gov.br/2015/02/prefeito-empossa-conselho-municipal-de-politicas-culturais-e-primeira-re
uniao-de-2015-acontecera-em-9-de-marco/​>. Acesso em: 6 fev. 2019.
pouco tempo pela pressão que a Inglaterra estava fazendo para extinguir o tráfico negreiro
pelo mundo; e a quantidade de negros que era tão grande que a qualquer momento poderia
surgir uma grande rebelião. Assim, o rei decidiu pelos esse dois fatores, recolonizar o estado
do Rio de Janeiro, trazendo mil suíços em 1819 para Nova Friburgo. Como explica Sanglard
(2003, p. 174).

A história da imigração européia organizada para o Brasil está diretamente


relacionada à instalação da Corte portuguesa no país e à questão dos
escravos, no que tange tanto ao grande contingente de negros no Rio de
Janeiro, o que gerava insegurança na Corte, quanto às medidas restritivas ao
tráfico negreiro. A primeira experiência levada a cabo pela Coroa portuguesa
no Brasil foi a criação da colônia de Nova Friburgo, em 1819, nas cercanias
da capital, e que recebeu cerca de um milhar de colonos suíços católicos. A
ela sucedeu-se a colônia de Petrópolis, formada por alemães. (SANGLARD,
2003, p. 174)

Desde a vinda da Côrte para o Brasil, a mesma tomou medidas para substituir a mão
de obra “ negra e escrava” pela mão de obra “branca e europeia”. Durante todo o período da
Monarquia vemos medidas que minimizaram a escravidão (Lei Eusébio de Queiróz - 1850,
Lei do Ventre Livre - 1881 e Lei dos Sexagenários - 1885) até chegar ao seu apogeu com a
assinatura da (Lei Áurea - 1888). Precisamos enfatizar como já falado, que tais medidas foram
tomadas, pois o Brasil sofria pressão internacional, principalmente da Inglaterra, para que a
escravidão fosse extinguida. Não podemos deixar de enfatizar que também existia medo por
parte do Estado e da população de uma rebelião por parte dos negros a qualquer momento.
Um exemplo desse fenômeno como aconteceu no Haiti em 1791-1804, chamado de
Revolução Haitiana ou Revolta de São Domingos. Nessa revolução os negros mataram todos
os brancos e tomaram o governo.
Dito isto, a melhor maneira de sair desse impasse era recolonizar o país com mão de
obra “branca e europeia”. O primeiro contrato oficial de imigração europeia para o Brasil foi
em 1819. Como explica, Sanglard (2003, p. 173 e 176).

Nova Friburgo é resultado do primeiro projeto oficial de colonização


européia no Brasil contratada pelo governo português. Essa experiência de
colonização inicia-se em 1819, a partir de um contrato assinado em 1818,
entre Sébastien-Nicolas Gachet, um suíço radicado no Rio de Janeiro,
representando o governo suíço e a coroa portuguesa. Esse contrato estipulava
a vinda de cem famílias católicas de língua francesa provenientes do cantão
de Fribourg (​HOLZER, 2014, p. 5 a​ pud SANGLARD, 2003, p.173 e 176)
A escolha da nacionalidade a suíça não foi sem motivo, os mesmos eram brancos,
europeus, católicos e falavam francês. Devemos destacar que o francês deriva do latim, assim
seria mais fácil para os suíços aprender o português, que deriva da mesma matriz linguística.
Além do francês, na Suíça também se fala alemão, italiano e romanche, mas a opção da Côrte
foi pela primeira língua citada, por existir essa assimilaridade.
Para que os suíços partissem da sua terra haviam subsídios do governo, como: o
custeamento da passagem, casas para serem habitadas e uma quantia em dinheiro até se
estabilizarem. Dessa maneira, pontua Sanglard (2003, p. 177):

Havia uma importante contrapartida oferecida pela coroa portuguesa:


“custear a passagem dos imigrantes, do porto à colônia, garantir-lhes
subsídios para os primeiros anos na nova terra e preparar o local para
recebê-los. A cidade encontrada pelos suíços era formada por um conjunto
de cem casas, divididas em três quarteirões, uma praça e um hospital. A
casagrande da antiga fazenda do Morro-Queimado, local escolhido para a
instalação da colônia tornou-se a moradia dos dignitários do governo junto à
colônia. Ali funcionavam também a escola e a igreja. Havia ainda dois
fornos comunitários, um armazém, um açougue, dois moinhos e um silo”.
(​HOLZER, 2014, p. 6 ​apud SANGLARD, 2003, p.177)

Assim, os primeiros colonizadores chegaram a Nova Friburgo, desempenhando o


papel de recolonizar essas terras. Basicamente com uma cidade era planejada, como vimos na
citação acima. Sendo assim, os suíços que ali habitavam reconstruíram suas vidas e ajudaram
a Côrte na sua meta de substituir a mão de obra “negra e escrava”, pela mão de obra “branca e
europeia”. Vale ressaltar que após essa primeira imigração, outras nacionalidades
desembarcaram no estado do Rio de Janeiro. Podemos dizer sob circunstâncias diferentes,
mas muitos imigrantes, principalmente italianos desembarcaram no Porto do Rio de Janeiro
para tentar a sorte em terras tropicais.

3. CONFIGURAÇÃO ATUAL DA CIDADE

Desde sua colonização Nova Friburgo cresceu muito, existem diversos edifícios e
casas modernas na cidade. Todavia, o município se preocupa com sua história, desse jeito,
existe a conservação de moradias que remontam ao tempo da colonização, ou seja, ao século
XIX. Outro tema importante são os pontos turísticos naturais da cidade. Assim, a
configuração atual da cidade é um grande mosaico do antigo, do novo e da natureza..
Como explica o autor Holzer (2014, p. 11):
(...) o município de Nova Friburgo possui um patrimônio edificado em
arquitetura de terra, com especificidades técnicas que se remontam à
colonização suíça. Este patrimônio está assentado em uma paisagem em que
as marcas e as matrizes configuram uma paisagem cultural bastante peculiar.
(​HOLZER, 2014, p. 11)

Para termos mais precisão sobre o assunto, abaixo seguem os mapas que destacam os
pontos turismos do século XIX e modernos .

Figura 1: Pontos turísticos do século XIX em Nova Friburgo.


Fonte: Elaborado por Marcelle Rangel da Cunha.
Figura 2: Pontos turísticos modernos em Nova Friburgo.
Fonte: Elaborado por Marcelle Rangel da Cunha.

Ao observamos os dois mapas percebemos que a maior representatividade de pontos


turísticos são do século XIX. A explicação para esse fato é que o município preza pela
preservação das edificações do século XIX, e utiliza das mesmas para instituições que
chegaram a pouco tempo na cidade. Nesse caso podemos ressaltar o curso de Odontologia da
UFF, a Prefeitura Municipal de Nova Friburgo, o Centro de Artes - Oficina Escola de Artes,
etc. Os pontos turísticos modernos não são de menor relevância, os mesmos contam a história
da cidade em uma perspectiva contemporânea, como o Teatro Municipal Laércio Ventura, o
Teleférico, o Shopping, a Praça das Três Colônias, etc. Assim, o antigo se mistura com o
novo, transcendendo a configuração atual de Nova Friburgo.

3.1 Políticas Culturais

Como já mencionado, o município de Nova Friburgo possui um ​Conselho Municipal


de Políticas Culturais, criado em 2015, pelo prefeito vigente. Dessa maneira, percebemos que
há uma preocupação do Estado em contribuir para a abrangência de políticas culturais.
Calabre (2007, p. 87), explica essa relação do Estado e a cultura, que inicia no século XX.
No Brasil a relação entre o Estado e a cultura tem uma longa história.
Entretanto a elaboração de políticas para o setor, ou seja, a preocupação na
preparação e realização de ações de maior alcance, com um caráter perene,
datam do século XX. (CALABRE, 2007, p. 87)

Do modo que Nova Friburgo é vista com um município turístico, com políticas
culturais presentes, podemos afirmar que existem diversos trabalhos que abordam a questão
de cultura e de identidade. De cultura por parte dos pontos turísticos do município, e de
identidade pelo modo que foi realizada sua colonização. Para compreendermos melhor tal
assunto, Rubim (2007, p. 141) esclarece:

A proliferação de estudos, políticas e práticas culturais que articulam cultura


e identidade, cultura e desenvolvimento, cultura e uma diversidade de outros
dispositivos sociais, apenas confirmam o espaço e o valor adquiridos pela
cultura nos tempos contemporâneos. (​RUBIM, 2007, ​p. 141)

Para finalizarmos a discussão sobre políticas culturais em Nova Friburgo, temos como
premissa a elaboração da mesma, que deve partir do Estado. Com a objetivo de lapidar a
cultura já existente no bairro, município, cidade, estado ou país. O autor Simis (p. 135, 2007),
conceitua essa concepção.
No Estado democrático, o papel do Estado no âmbito da cultura, não é
produzir cultura, dizer o que ela deve ser, dirigi-la, conduzi-la, mas sim
formular políticas públicas de cultura que a tornem acessível, divulgando-a,
fomentando-a, como também políticas de cultura que possam prover meios
de produzi-la, pois a democracia pressupõe que o cidadão possa expressar
sua visão de mundo em todos os sentidos. Assim, se de um lado se rechaçam
as iniciativas que favorecem a "cultura oficial", a imposição de uma visão
monopolizada pelo Estado do que deva ser cultura brasileira, por outro, não
se pode eximir o Estado de prover esse direito social, de estimular e animar o
processo cultural, de incentivar a produção cultural, sem interferir no
processo de criação, e preservar seu patrimônio móvel e imóvel. (SIMIS, p.
135, 2007)

Percebemos que políticas culturais devem ser obrigação do governo, e a cultura


proveniente do povo. Na interação Estado e cultura existem muitos percalços, principalmente
no Brasil. Todavia, exemplos como Nova Friburgo devem ser seguidos, nessa grande escala
cultural que o país possui. Devemos enfatizar novamente no caso de Nova Friburgo, os
moradores se fazem presente na cultura do município, tanto que criaram um centro de
memória para a cidade, que vamos ver um pouco mais a frente.
3.2 O turismo

O turismo é visto em Nova Friburgo como ganho para o município, a passagem de


turistas gera para cidade gera um grande montante de dinheiro. Visto que existem hotéis,
pousadas, teleférico, museus, etc, devem pagar impostos ao município para funcionarem.
Podemos afirmar que os gastos de turistas no município com a cultura, vem da
mercantilização na mesma. Esse acontecimento é chamado de “indústria cultural”, para
compreendermos melhor esse fato temos abaixo a explicação de Rubim (2007, p. 142).

Na passagem da modernidade para o mundo contemporâneo, outro


dispositivo marca de modo relevante a esfera cultural. Comparece agora a
mercantilização da cultura, intimamente associada ao desenvolvimento do
capitalismo e da chamada “indústria cultural”. (​RUBIM, 2007, ​p. 142)

Ainda falando de “indústria cultural”, observamos que na era tecnológica em que


vivemos, a mesma está amparada pelas redes sociais. No caso de Nova Friburgo vemos a
Secretaria de Turismo trabalhando neste sentido. Devemos pontuar o uso do ​Facebook para
divulgar rotas turísticas pela cidade.

Figura 3: Página da Secretaria de Turismo de Nova Friburgo


Fonte: ​Facebook 1​ 1/02/2019.

Nesta página a Secretaria de Turismo coloca a disposição do público fotos dos pontos
turísticos da cidade, e como os turistas podem acessar tais lugares. Dois pontos negativos que
vemos nessa imagem são que existem apenas 271 pessoas curtiram a página, e que a última
publicação é de 22 de outubro de 2018. Dessa forma, podemos concluir que a Secretaria de
Turismo não impulsiona a página para um maior alcance de pessoas, e também que não se
preocupa em atualizar semanalmente. Isto posto, verificamos que o setor responsável pela
“industrial cultural” em Nova Friburgo não está trabalhando com precisão, podendo até perder
turísticas com a falta de propagação do município.

4. CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO D. JOÃO VI

Fundada em 2010, por friburguenses, a Fundação D. João VI tem como objetivo


resguardar o patrimônio histórico e cultural do município de Nova Friburgo. Esta instituição
detém um grande acervo documental que relata a história de Nova Friburgo, assim para
difundir tal memória foi originado o Centro de Documentação D. João VI. Abaixo, temos um
pequeno relato da criação e objetivo da Fundação D. João VI.

Um grupo de friburguenses comprometidos com a História de Nova


Friburgo, seu patrimônio histórico e cultural, assim como a guarda e difusão
dessa memória em benefício das gerações que haverão de chegar. Esse
comprometimento fez nascer, em janeiro de 2010, a Fundação D. João VI de
Nova Friburgo com objetivo de institucionalizar todas essas ações.
Sendo dessa forma, a partir de agora, o Projeto Centro de Documentação D.
João VI é o resultado do acordo que fazem, a SYB Projetos, empresa
friburguense detentora da tecnologia necessária e presente no
desenvolvimento deste site e a Fundação D. João VI de Nova Friburgo,
proprietária legal do acervo arquivístico utilizado neste projeto.
Entendemos que GUARDAR e PRESERVAR não é o bastante; é necessário
DIFUNDIR. (​Site ​Centro de Documentação D. João VI)

Após apresentado esse relato percebemos que a Fundação D. João VI precisou utilizar
o meio de comunicação em massa a “internet”, criando seu próprio ​site para difundir as
informações e os documentos que a mesma possui. Esse fato é proveniente da tecnologização
da comunicação e cultura, chamada de “cultura midiatizada”como pontua Rubim (2007, p.
143 - 144).
A tecnologização da comunicação e da cultura, por fim, faz aparecer a
intitulada “cultura midiatizada”, componente vital da circunstância cultural,
em especial dos séculos xix, xx e xxi. Em anos mais recentes, a
tecnologização da comunicação e da cultura possibilitou a explosão das redes
informáticas e todo um conjunto de ciberculturas, associadas ao processo de
glocalização das redes, que hoje passam a ambientar a sociabilidade.
(​RUBIM, 2007, ​p. 143 -144)
Tais espaços de virtuais fazem com que pesquisadores, cidadãos, usuários, etc, na
comodidade de casa acessem o ​site e posteriormente se interessam pelo temática da
instituição. Dessa maneira, podem realizar estudos com a documentação já digitalizada
disponível no ​site​, ou ir na própria instituição realizar pesquisa.
Devemos salientar que a instituição possui um espaço físico na Praça Getúlio Vargas,
71, no centro de Nova Friburgo. Podemos dizer que esse acontecimento é proveniente que (...)
brotam em vários lugares manifestações confeccionadas por fluxos e estoques culturais locais
e regionais. Mesmo no âmbito da cultura global, surgem espaços destinados aos produtos
típicos. (​RUBIM, 2007, ​p. 145). Esse espaço da Fundação D. João VI é um exemplo desse
fenômeno.

Figura 4:​ Site​ da Fundação D. João VI. Ao fundo está o espaço físico da instituição.
Fonte: ​Site​ Fundação D. João VI.

Para concluirmos a argumentação sobre a Fundação D. João VI, devemos destacar que
(...) o grande desafio é o de criar projetos que não sejam desmontados a cada nova
administração, gerando um ciclo contínuo de desperdício de recursos e de trabalho.
(CALABRE, 2007, p. 98). Isto posto, o estímulo da instituição é divulgar a história e a cultura
do município de Nova Friburgo, para isso ocorra da melhor forma possível esse lugar de
memória, não pode deixar que cada administração interfira negativamente na sua gestão.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O turismo de Nova Friburgo está ligado diretamente a sua colonização suíça, devemos
destacar que os suíços edificaram a cidade nos seus moldes, e fizeram transformaram essa
terra num grande atrativo turístico depois de dois séculos da sua colonização.
Ao olharmos para o município de Nova Friburgo, vemos um grande exemplo a ser
seguido de políticas culturais. O município preserva sua memória da colonização, e faz com
que muitos turistas saíam da cidade deslumbrados com a preservação de edifícios do século
XIX. Vimos também que a existência do o Centro de Documentação D. João VI com menos
de uma década, tem um papel fundamental da reconstrução e difusão da cultura e história de
Nova Friburgo.
Sobre o turismo na cidade existe uma grande lacuna a ser preenchida, a divulgação do
mesmo em redes sociais. Com o avanço da tecnologia pelo mundo, esse é o maior meio de
comunicação entre o turismo e os turistas. Existe como já mencionado neste artigo, a página
do ​facebook da Secretaria de Turismo de Nova Friburgo. Todavia, a mesma não faz postagens
com frequência sobre a cidade. Dessa forma, a solução para esse problema seria a ampliação
com a divulgação do turismo em redes sociais com instagram,​ ​twitter,​ ​sites​, ​facebook​, etc; e a
atualização das mesmas semanalmente. Assim, os futuros turistas poderiam ter o primeiro
contato com a cidade e aos antigos se manterem informados sobre festividades, eventos,
celebrações do município.

REFERÊNCIAS
Sites​ consultados

FUNDAÇÃO D. JOÃO VI. Início​. Disponível em:


<​https://www.djoaovi.com/in%C3%ADcio​>. Acesso em: 13 fev. 2019.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. Brasil. Rio de


Janeiro. ​Nova Friburgo​. Disponível em:
<​https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/nova-friburgo/panorama​>. Acesso em: 5 fev. 2019.

NOVA FRIBURGO PREFEITURA. Cidade de todos os povos. ​Prefeito empossa Conselho


Municipal de Políticas Culturais e primeira reunião de 2015 acontecerá em 9 de março​.
Disponível em:
<​http://novafriburgo.rj.gov.br/2015/02/prefeito-empossa-conselho-municipal-de-politicas-cult
urais-e-primeira-reuniao-de-2015-acontecera-em-9-de-marco/​>. Acesso em: 6 fev. 2019.

Bibliografias consultadas

BARBALHO, Alexandre. Políticas culturais no Brasil: Identidade e diversidade sem


diferença. In: BARBALHO, Alexandre; RUBIM, Albino (org). ​Políticas culturais no Brasil​.
Salvador: UFBA, p. 37-60, 2007.

CALABRE, Lia. Políticas culturais no Brasil: balanço e perspectivas. In: RUBIM, Albino;
BARBALHO, Alexandre. (Orgs.). P ​ olíticas culturais no Brasil​. Salvador: EDUFBA, p.
87-107, 2007.

HOLZER, Werther. Paisagem Cultural e Arquitetura Vernacular: o caso dos suíços em Nova
Friburgo. ​Fórum Patrimônio: Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável​, v. 7, n. 2,
2014.

RUBIM, Antonio Albino Canelas. Políticas culturais: entre o possível e o impossível. ​Teorias
e políticas da cultura: visões multidisciplinares. ​Salvador: EDUFBA, p. 139-157, 2007.

SANGLARD, Gisele. De Nova Friburgo a Fribourg através das letras: a colonização suíça
vista pelos próprios imigrantes. ​História, Ciências, Saúde – Manguinhos​, Rio de Janeiro,
v.10, n.1, p.173-202. 2003.

SIMIS, Anita. A política cultural como política pública. In: RUBIM, Albino (Org.). ​Políticas
Culturais no Brasil​. Salvador: EDUFBA, 2007. p. 133-155.

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