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Banca Avaliadora:
.............................................................................................................................................
Prof. Hevilmar Carneiro Rangel M.Sc.(orientador)
Instituto Federal de Educação, ciência e tecnologia Fluminense/Campos.
.............................................................................................................................................
Prof. Raphael Viana Cruz (Co-Orientador)
Instituto Federal de Educação, ciência e tecnologia Fluminense/Campos.
.............................................................................................................................................
Prof. Leonardo Siqueira M.Sc
Instituto Federal de Educação, ciência e tecnologia Fluminense/Campos.
.............................................................................................................................................
Prof. Luiz Mauricio Lopes de Andrade Junior
Instituto Federal de Educação, ciência e tecnologia Fluminense/Campos.
AGRADECIMENTO
Primeiramente, agradecemos a Deus por mais esta vitória alcançada em nossas vidas.
Aos professores Hevilmar Carneiros Rangel e Raphael Viana Cruz pela paciência na
orientação e incentivo, tornando possível a conclusão deste trabalho.
Ao professor Leonardo Sardinha, Diretor Geral do Ensino Superior no IFF (Instituto
Federal Fluminense Campus Campos Centro).
E agradecemos aos demais professores e colegas do curso que sempre nos auxiliaram
durante a construção deste trabalho.
Dedicamos este trabalho a vocês que sempre
nos fizeram acreditar na realização dos nossos
sonhos e trabalharam muito para que
pudéssemos realizá-los, aos nossos pais,
familiares e amigos.
RESUMO
The monograph approaches the circuit breakers types, the rehearsals and the types of
maintenance applied to circuit breakers that are protection equipments against short circuit,
elimination of electric arch and dissipation of high temperatures, they make the protection of
electric systems as well as transmission lines, equipments and other connected circuits the
jusante of his/her installation. They are detailed the four used types of circuit breakers (the
great oil size, to small oil size, to vacuous, the hexafluoride of sulfur). it also Approaches the
maintenances of the same ones that you/they are done through rehearsals that are divided in
three types: type rehearsal, routine rehearsal and prototype rehearsal, each one with purposes
and applications specifies, In the type rehearsal it is chosen an unit specifies on each lot of
identical circuit breakers for the accomplishment of quality rehearsal, in the prototype
rehearsal it is accomplished by the manufacturer in unit of prototype, in other words, they are
units that they are not sold, the routine rehearsal for his/her time are rehearsals accomplished
periodically in all of the units. Reaching a conclusion about the several evolutions of the types
of current circuit breakers of the time and need of protection of the electric system, as well as
method of prevention of flaws for a better operation of the protection equipments in the
electric system.
Figura 7: Disjuntor a SF6, tipo 3AS2, da Siemens, para tensões de 245 a 460 kV com
acionamento tripolar ........................................................................................................................... 22
NBR - É uma abreviação adotada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas
(onde: N = Norma; Br = Brasileira; NBR = Norma Brasileira)).
B – Campo magnético: é usado para dois campos vetoriais diferentes que cerca materiais em
corrente elétrica e são detectados pela força que exercem sobre materiais magnéticos em
movimento.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 12
1 DISJUNTORES: DAS CARACTERISTICAS PRINCIPAIS E DAS TÉCNICAS
DE EXTINÇÃO ............................................................................................................... 15
Acredita-se, assim, que o trabalho torna-se importante para aqueles que querem se
aprofundar no conhecimento sobre os disjuntores bem como seus ensaios e manutenção.
1 DISJUNTORES: DAS CARACTERISTICAS PRINCIPAIS E DAS TÉCNICAS DE
EXTINÇÃO
Para que cesse a condução de corrente elétrica no meio ionizado, é necessário que esse
meio sofra um processo de desionização. Isto pode ser feito substituindo-se, por um processo
qualquer, o meio ionizado por um meio não ionizado. No caso do disjuntor a ar comprimido,
o ar ionizado no interior da câmara é substituído por uma nova quantidade de ar sob pressão
em forma de sopro. Já no caso do disjuntor a SF6, o gás ionizado é substituído por uma nova
quantidade de gás dirigido sobre a região dos contatos.
A corrente elétrica I que é conduzida através do arco elétrico (plasma) encontra uma
determinada resistência por parte deste, provocando uma queda de tensão ΔV entre os
contatos. Como a resistência do arco varia de acordo com a temperatura, a queda de tensão
ΔV também varia. A Figura 3 mostra graficamente as características V X I do arco elétrico de
acordo com o que se expôs anteriormente.
O arco pode atingir cerca de 4.000 K na sua periferia, podendo chegar
aproximadamente a 15.000 K no seu núcleo. Os valores dessas temperaturas podem variar em
função do meio extintor (MAMEDE FILHO, 2005).
Sobre o arco elétrico nos disjuntores de alta tensão, Colombo (1986), nos diz que o
estudo do arco voltaico é fundamental para a compreensão exata do processo de interrupção
de corrente em sistemas de alta tensão. Este assunto tem concentrado as atenções e o trabalho
de centenas de pesquisadores isolados e em instituições de pesquisa públicas e da empresa
privada nas últimas décadas, tal é a sua importância no projeto e concepção dos disjuntores de
potência.
O grande problema neste estudo é a modelagem matemática do arco voltaico. Existem
inúmeros modelos, cada qual para determinadas situações e sujeitos a inúmeras limitações,
dada a tremenda complexidade do assunto, quer no que diz respeito à parte matemática
propriamente dita, quer na parte prática de medição, registro, etc., do fenômeno. Ainda não se
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chegou a uma equação única que defina o comportamento do arco voltaico para todas as
situações, razão pela qual um disjuntor não pode projetado através de uma seqüência de
cálculos provenientes de princípios teóricos como se faz, por exemplo, com um motor
elétrico. O projeto deve se desenvolver mediante ensaios de potências em circuitos diretos ou
sintéticos feitos paralelamente, a fim de se comprovar a eficiência da câmara de interrupção e
seus componentes internos nas mais variadas situações.
De maneira geral, pode-se dizer que os disjuntores estão constituídos pelas seguintes
três partes ou subconjuntos principais (CARDOSO, 2008):
a) Unidade de comando;
b) Sistema de acionamento;
c) Dispositivo de interrupção.
de nitrogênio (N2), armazenando, desta forma, uma grande quantidade de energia até que seja
atingida a pressão de serviço (aproximadamente 320 bar). Por meio de disparadores de
abertura e de fechamento, são acionadas as válvulas de comando que ligam o circuito de óleo
com o êmbolo principal de acionamento (Cardoso, 2008).
A Figura 7 mostra esquematicamente o princípio e funcionamento de um disjuntor a
SF6 com acionamento hidráulico com duas câmaras por pólo para tensões de 245 a 460 kV.
Figura 7: Disjuntor a SF6, tipo 3AS2, da Siemens, para tensões de 245 a 460 kV com acionamento
tripolar.
Fonte: COLOMBO, 1986.
Quando o contato móvel se afasta do contato fixo, surge o arco que se alonga
progressivamente até se interiorizar entre as lâminas metálicas, dividindo-o em tantos
fragmentos quantas forem as lâminas respectivas. Se a câmara é construída de cerâmica, esta
absorve certa quantidade de calor do arco, resfriando-o mais rapidamente devido à sua
característica térmica.
Nas câmaras utilizadas em circuitos de tensão elevada, além de ser de construção
bastante complexa, a extinção do arco pode ser favorecida, empregando-se meios artificiais de
inferiorizar o arco entre lâminas através de ar comprimido. Este processo é comum nos
interruptores de corrente contínua, onde a corrente, em virtude de sua característica não-
senoidal (não há passagem pelo zero natural), apresenta dificuldades adicionais de ser
interrompida.
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Nesse processo são utilizadas duas bobinas, excitadas pela corrente do circuito a ser
interrompido, cujo campo magnético resultante provoca o deslocamento do arco para o
interior da câmara desionizante, fracionando-o, resfriando-o e extinguindo-o na primeira
passagem da corrente pelo zero natural.
Figura 12: Comparação de rigidez dielétrica entre óleo mineral, ar e gás SF6.
Fonte: LIMA, 2010.
Trataremos a seguir dos tipos principais de disjuntores. São eles: Disjuntores a óleo
que se subdivide em disjuntores a grande volume de óleo (GVO) e disjuntores a pequeno
volume de óleo (PVO); disjuntores a vácuo; disjuntores a gás SF6.
Os disjuntores a GVO de média tensão são, em grande parte, construídas para serem
utilizados com relés eletromecânicos ou eletrônicos de ação direta, instalados em suas buchas
de alimentação. Para isso, são providos de hastes de fenolite fixadas, na parte superior, aos
dispositivos de acionamento dos relés eletromecânicos e, na parte inferior, a um sistema de
biela que transmite o movimento á caixa de comando que atua sobre o eixo de acionamento,
operando o disjuntor (MAMEDE FILHO, 2005).
As figuras 13 e 14 demonstram o disjuntor (GVO), porém, a figura 14 mostra em corte
a imagem do disjuntor a grande volume de óleo do tipo TOD Semens- Allis.
correntes de grande intensidade; e o canal anelar, destinado a conduzir o óleo até o arco, em
alta pressão (MAMEDE FILHO, 2005).
Existe outro tipo de câmara, denominada câmara de jato transversal lateral. Neste
caso, o óleo é injetado para o interior da câmara de forma transversal, apenas por um lado,
forçando o arco a abandonar a sua posição central axial, deslocando-se para o oposto e
obrigando a penetrar por abertura feita na câmara, onde é fracionado e resfriado (MAMEDE
FILHO, 2005).
O sistema de acionamento dos disjuntores na maioria dos casos é do tipo mecânico e
utiliza o principio da energia armazenada por mola.
Os disjuntores (PVO) são normalmente construídos em duas versões, a saber: disjuntor
de construção aberta e disjuntor de construção do tipo extraível.
Os disjuntores de construção aberta, dizem respeito àqueles que devem ser instalados
em cubículos de alvenarias ou metálicos em virtude da exposição de seus componentes ativos,
cujo grau de proteção é IP00. São disjuntores mais comercializados em instalações industriais
de pequeno e médio porte. Normalmente, são instalados em lugares abrigados. São montados
em suportes metálicos do tipo perfil L, assentados sobre quatro rodas também metálico que
têm a função apenas de deslocamento para retirada do equipamento do cubículo. Quando em
operação, a sua base deve ser fixada ao solo através de parafuso chumbadores (MAMEDE
FILHO, 2005).
Já os disjuntores de construção do tipo extraível são aqueles construídos para
funcionarem normalmente em cubículos metálicos apropriados, denominados metal clad,
dotados de contatos fixos que se acoplam aos contatos móveis externos do disjuntor. Esses
disjuntores são constituídos de duas partes distintas. A primeira é o próprio disjuntor de
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construção específica, no que diz respeito aos pólos que contêm externamente os terminais
móveis de acoplamento aos terminais fixos, montados no interior do cubículo metálica, que se
constitui na segunda parte do disjunto.
A figura 17 mostra a parte móvel do disjuntor, encaixada na parte fixa localizada no
interior do cubículo metálico. Já a figura 18 mostra em detalhe a parte móvel (extraível) do
disjuntor, onde se chama os respectivos terminais de acoplamento.
gás SF6 em alta pressão nos bocais é feita em sincronismo com a abertura dos contatos
através do próprio, mecanismo de transmissão. Após a abertura dos contatos, o gás SF6
descarregado para o lado de baixa pressão é bombeado automaticamente por um compressor
para o lado de alta pressão.
Figura 21: Corte da unidade de interrupção e cabeçote de distribuição de um disjuntor a SF6 de dupla
pressão (siemens).
Fonte: COLOMBO, 1986.
Os seguintes ensaios de tipo são especificados pela norma IEC-56-4 e seus suplementos.
a) Ensaios mecânicos;
b) Ensaios dielétricos;
c) Ensaios de aplicação de impulsos atmosféricos;
d) Ensaios de aplicação de impulsos de manobra;
e) Ensaios de poluição artificial;
f) Ensaios de descarga parcial.
g) Ensaios de interrupção e estabelecimento de correntes de curto;
h) Ensaio de corrente crítica;
i) Ensaio de interrupção de curto monofásico;
j) Ensaio de interrupção de falta quilométrica;
k) Ensaio de abertura em discordância de fases;
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Os seguintes ensaios de rotina são especificados pela norma ANSI C37.09-1969 e seu
suplemento C37.09a-1970:
a) Ensaios de suportabilidade dos componentes isolantes principais à tensão de
freqüência industrial;
b) Ensaios de isolação e capacitância;
c) Ensaios de pressão;
d) Ensaios nos reservatórios de ar comprimido;
e) Ensaios de estanqueidade;
f) Ensaios nos resistores, aquecedores e bobinas;
g) Ensaios nos circuitos auxiliares e de controle;
h) Ensaios de operação mecânica;
i) Ensaios dos sistemas de armazenagem de energia;
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Estes ensaios não constituem uma série de ensaios de por si, contudo, faz parte da
cláusula 5 da IEC 56-4 “Provisões gerais para ensaios de interrupção e estabelecimento”. Esta
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cláusula bastante extensa especifica todos os cuidados e requisitos a que devem estar sujeitos
os disjuntores antes, durante e depois dos ensaios que dizem respeito à abertura e ao
estabelecimento de correntes como, por exemplo, curto-circuito, correntes indutivas, correntes
capacitivas etc.
A sub-cláusula 5.5 trata das operações do disjuntor sem carga antes dos ensaios de
curto-circuito. Estas operações sem cargas são feitas para se registrarem as características
operacionais do disjuntor tais como, velocidade dos contatos, tempo de abertura e
fechamento, sincronismo entre os pólos etc. Para disjuntores com disparadores
eletromagnéticos, as operações devem ser realizadas com 105 e 85% da tensão nominal dos
mesmos no caso de fechamento é 110% e 85% no caso de abertura. Para disjuntores com
acionamento a ar comprimido ou hidráulico, deverá ser usada a pressão mínima de operação.
A cláusula, 5.8.3 especifica a condição do disjuntor após uma série completa de
ensaios de curto-circuito.
É requerida uma série de aberturas e fechamentos sem carga e as características
operacionais registradas e comparadas com aquelas registradas antes dos ensaios, não
devendo haver desvios significativos (COLOMBO, 1986).
condutoras de corrente possa permitir uma elevação da corrente nominal, especialmente por
períodos limitados. As elevações de temperatura permissíveis para disjuntores e seccionadores
são fornecidas nas normas específicas. A verificação dos limites de elevação de temperatura
por um ensaio de tipo é obrigatória para cada projeto de disjuntor e seccionador. Os ensaios
devem ser feitos em um modelo de equipamento representativo de seu tipo, conduzindo uma
corrente não menor do que sua corrente nominal e sem exceder os limites de elevação de
temperatura especificados.
O gás SF6 é usado como isolante e para a extinção do arco voltaico. Este gás pode vir
a vazar para o meio ambiente. Então se procede a localização do vazamento com o aparelho
detector de vazamento de gás, e em seguida troca-se a guarnição que está danificada. Às
vezes, o vazamento localiza-se no manômetro ou no circuito condutor do gás; nesses casos,
devem-se substituir as peças defeituosas. Após esta manutenção, repõe-se o gás na pressão
indicada pelo fabricante (usando tabela de correção da pressão, que depende dos valores da
temperatura). Procedimento similar é utilizado quando o meio isolante é o óleo, ou seja,
corrige-se o vazamento e faz-se reposição do nível do óleo.
Algumas vezes detectam-se falhas no mecanismo de acionamento mecânico do
disjuntor. É feito uma manutenção neste mecanismo, com a substituição de componentes
mecânicos. Se necessário, são feitas as devidas regulagens e em seguida lubrificados.
Recomenda-se fazer a inspeção visual das borrachas de vedação das portas do mecanismo de
operação, se necessário, substituí-las. Essas borrachas visam evitar a entrada de água dentro
do mecanismo.
É importante ressaltar que todas as vezes que o mecanismo de acionamento é
submetido a uma manutenção, deve-se proceder aos ensaios de simultaneidade e resistência
de contato.
O disjuntor pode apresentar aquecimento interno devido a conexões inadequadas
provocados por desgastes nos contatos fixos e móveis. Este aquecimento é detectado pelo
termovisor. Nesses casos recomenda-se a substituição destes contatos.
Com a inspeção termográfica, é possível detectar aquecimento nas conexões de
entrada e saída do disjuntor. Esses conectores são limpos e reapertados, porém nos casos em
que se fizerem necessários, estes conectores são substituídos.
Para uma medição ser confiável, o componente sob exame deverá estar conduzindo ao
menos 50% da corrente nominal e ter alcançado sua estabilidade térmica. Um conector ou
braçadeira em boas condições terá uma temperatura ligeiramente inferior à da linha de
transmissão ou barramento a que está conectado. Se um conector/braçadeira com problemas
for localizado pela câmara, sua imagem será mais brilhante que a dos demais objetos
adjacentes. Trincas, perda do torque dos parafusos ou oxidação nos conectores de entrada ou
de saída, desajuste na penetração ou oxidação nos conectores são causas comuns para a
ocorrência de sobreaquecimento. O restabelecimento das condições normais se dá com a
limpeza e lubrificação das superfícies de contato, o reaperto dos parafusos respeitando-se os
seus torques nominais, ou com a substituição do conector com problema.
Os disjuntores a grande volume de óleo, por apresentarem o tanque metálico externo
aterrado e uma quantidade de óleo que permite a drenagem de alguns litros, sem que isto
interfira em seu desempenho global, podem ser submetidos a um programa de colheita de
amostras do óleo para verificação de suas características. O óleo isolante se contamina e se
deteriora com a carbonização de parte dele pelo arco elétrico durante as interrupções. A
amostra deve representar as condições do óleo do disjuntor ou dos pólos na região junto às
câmaras de extinção. Devido às válvulas de dreno estar sempre localizadas na parte inferior
dos tanques, onde se acumulam os produtos da carbonização e a água contida no óleo, uma
quantidade deste deve ser drenada antes de se obter o que servirá de amostra. A análise do
óleo pode ser realizada em laboratório ou no campo, sendo sua rigidez dielétrica a
característica mais importante a ser controlada nos disjuntores. Várias normas padronizam os
procedimentos de execução e as características dos eletrodos das células de ensaio (forma,
dimensão e distância entre eletrodos), sendo as mais comumente utilizadas as ASTM D-877 e
D-2826 e a VDE 370.
A complementação do volume do gás nos disjuntores a SF6 que apresentam
vazamentos não significativos pode ser realizada estando o disjuntor energizado. Quando a
estanqueidade das câmaras principais ou auxiliares e colunas suportes é comprometida por
alguma vedação defeituosa, a supervisão da densidade do gás no pólo ou disjuntor dará
informação, primeiramente de alarme, de que houve vazamento de parte do volume do SF6.
Caso o projeto do disjuntor possibilite o acesso à válvula de enchimento, a complementação
do gás poderá ser realizada, com observância de alguns procedimentos básicos, tão logo
constatado o risco de ocorrência de uma drenagem incontrolada do SF6 e de atuação de
comandos automáticos, como por exemplo, o de abertura. A complementação do volume do
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gás é uma medida provisória, uma vez que o vazamento não é sanado. Uma pesquisa para
identificação e substituição da vedação defeituosa deve ser programada.
Observe-se que as intervenções para sanar os problemas detectados, nas inspeções
com o equipamento energizado, irão requerer a desenergização do equipamento.
desgaste devido ao atrito entre o contato móvel e o contato fixo é função da pressão de
contato e do número de operações que o disjuntor realiza.
Nos disjuntores, em geral, a periodicidade de inspeção ou substituição de componentes
com desgaste é definida pelo número de interrupções com um determinado valor de corrente,
fração de sua capacidade de interrupção. Este número é, em princípio, estabelecido pelos
fabricantes e baseia-se nas inspeções realizadas nos contatos principais após os ensaios de
interrupção, indicando aos usuários os períodos nos quais ainda estariam garantidas as
características nominais do disjuntor sem a substituição de qualquer componente.
Os fabricantes, entretanto, tendem a ser cautelosos em suas recomendações, que
sempre se caracterizam por uma alta freqüência de desmontagem e de substituição de
componentes, que eles próprios fornecem. Cabe aos usuários analisar e julgar estas
recomendações e estabelecer as periodicidades e os procedimentos que devem ser seguidos,
visando a um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis.
a) Câmaras principais
Inspecionar os contatos principais, substituindo os contatos de arco, contatos
deslizantes, bocais de sopro. Observar que estes componentes podem ser reutilizados,
caso apresentem desgaste inferior aos limites estabelecidos pelo fabricante;
Substituir os anéis de vedação;
Verificar as condições dos assentamentos das válvulas e molas.
b) Câmaras auxiliares
Inspecionar os contatos fixo e móvel, substituindo os contatos deslizantes e as pontas
dos contatos fixo e móvel, quando apresentarem desgaste excessivo;
Verificar a continuidade do resistor;
Substituir os anéis de vedação.
c) Cubículos de comando
Verificar o consumo de ar durante as operações de abertura, fechamento e durante o
ciclo fechamento-abertura.
A manutenção preventiva com o equipamento desenergizado com desmontagem inclui
todos os itens da manutenção preventiva com o equipamento desenergizado sem
desmontagem. Esta, por sua vez, inclui os itens da manutenção preventiva com o equipamento
energizado (Carvalho, 1995).
3.5 FALHAS
Do ponto de vista dos usuários, a análise dos resultados permite conhecer, entre outras
coisas, as taxas de falhas, os tempos médios de indisponibilidade devidos às falhas e os
custos médios dos reparos, das inspeções e das manutenções programadas. Estas informações
no planejamento e na operação dos sistemas, e na melhoria dos procedimentos adotados nas
manutenções.
Do ponto de vista dos fabricantes, essa análise permite o melhoramento dos projetos e
dos processos de fabricação dos disjuntores bem como a busca da racionalidade nas filosofias
de projetos, nos métodos de ensaio e nos procedimentos de controle de qualidade.
Para que as pesquisas fossem suficientemente claras, algumas definições foram
preliminarmente estabelecidas:
a) Defeito
Imperfeição no estado de um item que pode resultar em uma ou mais falhas do próprio
item ou de outro item, sob condições específicas de serviço, ambientais ou de manutenção, em
um determinado período de tempo.
b) Falha
Perda do desempenho de um item das funções que dele são exigidas.
c) Item
Termo geral que designa qualquer parte, subconjunto, conjunto ou equipamento que
possa ser considerado individualmente.
d) Falha maior (de disjuntores)
Falha completa de um disjuntor que cause a perda de uma ou mais de suas funções
fundamentais. Uma falha maior resultará numa mudança imediata nas condições de operação
do sistema ou em sua retirada obrigatória de serviço para uma manutenção não programada.
São consideradas falhas maiores:
O disjuntor não fecha após o comando de fechamento;
O disjuntor não abre após o comando de abertura;
O disjuntor fecha sem o comando de fechamento;
O disjuntor abre sem o comando de abertura;
O disjuntor não estabelece a corrente;
O disjuntor não interrompe a corrente
Falha dielétrica interna para a terra;
Falha dielétrica externa para a terra;
Falha dielétrica interna entre pólos;
Falha dielétrica externa entre pólos;
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produtos a serem comercializados. Alguns dos ensaios comuns a disjuntores são: ensaios
dielétricos, ensaios mecânicos, ensaios de curto circuito, ensaios de medição da resistência do
circuito principal, etc.
A manutenção nos disjuntores pode ser dividida em corretiva, preventiva e preditiva.
A manutenção corretiva, normalmente, é identificada como aquela situação inesperada e
indesejada que deve ser sanada o mais rápido possível. Como exemplo, podemos citar o
vazamento de gás no disjuntor a SF6 e um vazamento de óleo nos disjuntores a grande e
pequeno volume de óleo, que devem ser encontrados e reparados. A manutenção preventiva
tem como característica detectar previamente qualquer tipo de defeito que afete o
funcionamento do equipamento. Como exemplo, podemos citar nos disjuntores a óleo, após a
desmontagem e drenagem do óleo antigo, limpeza do reservatório com óleo isolante novo e
também a secagem utilizando a estufa para retirar qualquer umidade das câmaras de extinção.
A manutenção preditiva utiliza o monitoramento contínuo do equipamento, buscando levantar
dados para prevenir paradas indesejadas, através da interpretação de dados e atuação mediante
o conhecimento de desgaste dos componentes. Como exemplo de técnicas preditivas, tem-se a
termovisão e o sistema de monitoramento.
O uso do disjuntor é essencial nas instalações elétricas de todas as ordens. Seu pleno
conhecimento pelos profissionais que atuam na média e alta tensão é importante e deve ser
estimulado, pois é um equipamento importante no que diz respeito a proteção de outros
equipamentos, sistema de distribuição, entre outros.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ROBERTO COLOMBO (Brasil). Disjuntores de alta tensão: Disjuntores de alta tensão. São
Paulo: Nobel, 1986. (Série Brasileira de Tecnologia). Siemens.