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acompanhada de sua amiga e vizinha Srª Ana Cristina Ones, solicitando gratuidade na
documentação civil de seus três sobrinhos para efetuar matricula escolar. Na ocasião, foi
indagada sobre a razão de sua vinda, e não da mãe dos garotos, onde foi explicado que há
5 meses está responsável pelos mesmos, pois a mãe foi presa por trafico de drogas. Desde
então, sua vulnerabilidade social e econômica aumentaram. Sem residência própria,
moram – referência, companheiro, filho e sobrinhos - na casa da sogra, a qual acidentou-
se pouco depois da chegada dos netos e passou a residir em Salvador com outro filho. Até
o início do ano, referência e companheiro sempre estiveram em discussão com um dos
cunhados em função da acolhida às crianças, pois havia o temor daquele de que as
crianças quebrassem móveis e eletros-domésticos, não desejando que a família residisse
no domicílio. Em janeiro, sua sogra conversou com o mesmo, autorizando a referência
residir na casa e, desde então, não houve mais brigas. Relata, também, medo de estar
colocando o relacionamento em risco por não estar conseguindo ter controle sobre seus
sobrinhos Kauã, de 8 anos, e Fabiana, de 14 anos.
Kauã, tido como o mais difícil de lidar, apresenta comportamento agressivo e desafiador,
obedecendo apenas à irmã mais velha, Fabiana. Com os atuais responsáveis, exige que
tudo seja feito à sua maneira e, quando contrariado, parece entrar em um jogo de forças,
colocando à prova todo o tempo suas autoridades e utilizar trejeitos e “expressões de
marginal”. Castigos ocorrem sempre da mesma maneira, colocando a criança sentada ao
lado do responsável, mas a qualquer distração, ela sai e a punição desconsiderada. As
brigas com o filho dos atuais cuidadores são rotineiras e sempre envolve a invasão do
espaço daquele, seja pegando algum pertence sem autorização, seja incomodando em suas
brincadeiras. Sempre repete que quando crescer vai assaltar um ônibus, motivo de
apavoro de seus responsáveis. Quando residia com o pai, foi acertado no rosto pelo
mesmo com um tiro de arma de pressão, o que causou uma cicatriz que traz consigo até
hoje. A referência relata que o tiro não foi intencional: o pai testava a arma atirando em
um objeto dentro de casa e a criança passou na frente. A família solicitou ajuda na
educação do garoto, pois não sabe como lidar com seu comportamento agressivo e
desobediente.
Atualmente namora com um rapaz maior de idade da região de onde reside e, quando em
Salvador, mantinha um relacionamento o qual, nos últimos meses na cidade, sofreu
violência física, fato este pouco explorado durante a acolhida.
A relação com seus irmão, segundo a referência, é de cuidados, a ponto de Kauã obedecer
mais a adolescente do que seus responsáveis.
Prisão
Escola