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GESTÃO
DO CAPITAL DE GIRO

Professora Mestre Andréa Silveira


2019

ORIENTAÇÃO ACADÊMICA

Gestão do Capital de Giro


14

OBJETIVO DA DISCIPLINA

Capacitar os estudantes a compreenderem as

situações sobre a dinâmica do capital de giro

nas empresas e a elaborar um diagnóstico sobre

sua gestão com base nas informações evidenciadas

nas Demonstrações Contábeis.

EMENTA
Sistema de Informações e Estrutura Conceitual Básica da
Contabilidade. Estrutura das Demonstrações Contábeis
Composição do Capital de Giro. Composição do Capital
Circulante Líquido. Composição do Capital Permanente
Líquido. Composição do Saldo de Tesouraria. Composição e
Análise da Necessidade de Capital de Giro. Análise e Gestão
da Dinâmica do Capital de Giro. Diagnóstico do Capital de
Giro – Modelo Fleuriet.

Gestão do Capital de Giro


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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
Site oficial: www.modelo-fleuriet.com
1. Fleuriet, Michel e Outros. O modelo Fleuriet: a dinâmica financeira das empresas brasileiras: um

novo método de Análise, Orçamento e Planejamento. Editora Campus. SP. 2003.

2. Gitman, Lawrence J. Gitman. Princípios de Administração Financeira. Editora Pearson. SP. 12ª

Edição. 2010.

3. Santi Filho, Armando e Olinquevitch, José Leônidas. Análise de Balanços para Controle Gerencial.

Editora Atlas. SP. 5ª Edição. 2009.

4. Ross, Stephen A., Westerfield, Randolph W. e Jordan, Bradford D. Princípios de Administração

Financeira. Editora Atlas. SP. 2ª Edição. 2000.

5. Matarazzo, Dante. Análise das Demonstrações Financeiras. Editora Atlas. SP. 8ª Edição. 2013.

6. Silva, José Pereira. Análise Financeira das Empresas. Editora Atlas. SP. 11ª Edição. 2012.

7. Berk, Jonathan e Demarzo, Peter. Finanças Empresariais. Editora Bookman. Porto Alegre, 2008;

8. Monteiro, Andréa Alves Silveira. Fluxos de Caixa e Capital de Giro – uma adaptação do
modelo de Fleuriet. Pensar Contábil, Rio de Janeiro, ano VI, n. 20, p. 27-33, maio/jul. 2003.

PLANO DE AULAS
UD ITEM AULA

1 Aspectos Introdutórios 1

2 Estrutura Conceitual – CPC 00 1

Estrutura das Demonstrações Contábeis com


3 ênfase nas informações para gestão de capital de 2
giro

Conceitos dos Elementos da


4 3
Gestão do Capital de Giro

Modelo de Gestão de Capital de Giro


5 4
Modelo Fleuriet

Gestão do Capital de Giro


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METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO
1. A prova é individual, sem consulta, valendo 7 pontos e poderá ser realizada com o uso
de calculadora desde que não seja função de equipamentos eletrônicos com acesso à
internet, celular ou arquivos;
2. Até orientação contrária da coordenação acadêmica, a prova não contemplará questões da FGV;
3. A avaliação será completada por atividades em sala de aula as quais valem até 3
pontos;
4. A prova NÃO TEM TEMPLATES para preenchimento. As questões terão desenvolvimento
obrigatório, mas, em formato livre a ser elaborado pelo estudante. A prova conterá questões
teóricas e práticas. A prova de verificação final será integralmente de conteúdo teórico.
5. As atividades em sala de aula terão atribuição de até 3 pontos proporcionais às
questões desenvolvidas corretamente pelo estudante;
6. Os estudantes que faltarem as aulas poderão realizar atividades extras para reposição das
pontuações perdidas em sala de aula;
7. Os estudantes que faltarem o último dia de aula, mesmo que tenham recebido a
pontuação das demais aulas, receberão pontuação zero para o trabalho e deverão
encaminhar, para o e-mail do professor, o controle de pontuação de trabalho para
retificação da nota.
8. A verificação semestral é totalmente teórica e objetiva com as questões baseadas nos slides.
9. Como fonte mínima de estudos para a avaliação, o estudante deverá usar a apostila e
o sumários dos CPCs mencionados na bibliografia recomendada.

Controle de pontuação
Nome do Estudante:__________________
Unidade da FGV: _______ Data: __/__/__

Conteúdo das Atividades Pontuação Visto


Aula/ (dependendo do local das aulas, esta
ATV pontuação poderá ser dividida em 5 aulas,
sendo atribuído 0,60 ponto para cada
encontro.)

Revisão da Estrutura Conceitual


1/4
Atividade de Nivelamento

Estrutura das Demonstrações Contábeis com


2/4
ênfase na gestão de capital de giro

Conceitos dos Elementos da Gestão do Capital


3/4
de Giro

Modelo Dinâmico de Capital de Giro – Modelo


4/4
Fleuriet

Gestão do Capital de Giro


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AULA 1/4
1. Aspectos Introdutórios
2. Estrutura Conceitual Básica
3. Atividade de Nivelamento

UD 1:

Aspectos
Introdutórios:
O estado da
“arte”

Gestão do Capital de Giro


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A contabilidade nas empresas


e seus desafios
1. Contabilidade não é ciência exata e existe um grau alto de subjetividade no
reconhecimento, mensuração e evidenciação das informações contábeis;

2. A diversidade de julgamentos e suas naturezas;

3. A pluralidade e complexidade do sistema tributário brasileiro;

4. A convergência das normas brasileiras de contabilidade para as normas


internacionais (IAS / IFRS);

5. A legislação societária brasileira aplicável às questões contábeis;

6. A adoção da contabilidade societária nas empresas;

7. A qualidade do Sistema de Controle Interno;

8. A necessidade da auditoria interna e externa nas empresas.

Afinal, quanto vale uma vaca na Índia?

Gestão do Capital de Giro


19

Um breve histórico da “Adoção IFRS”

ANO 1973 2001 2005 2007 2008 2008 2009 2010 2012 2014

QUEM IASC IASB CPC GOV FED CPC GOV FED CPC EMPRESAS CFC GOV FED

ALTERA- EMISSÃO ALTERA- EMISSÃO REGU-


O QUÊ CRIAÇÃO SUCESSÃO CRIAÇÃO ÇÃO LEI DAS NBC - ÇÃO LEI DAS NBC - ADOÇÃO MEPP LAÇÃO
6.404/76 TG 6.404/76 TG FISCAL

CPCs parte CPCs parte Res Lei


DOC IAS IFRS NBC TG LEI 11.638 LEI 11.941 DF e NEs
e revisões e revisões 1.418 12.973

Tipos de Adoção:
1. PLENA (FULL): Quando a adoção implica, obrigatoriamente, na observação
de todos os CPCs. Cada CPC trata de um tema específico e sua aplicação
pode ocorrer de forma combinada com outros CPCs ou legislações pertinentes
e sempre em consonância com a estrutura conceitual.

2. PME: Quando a adoção se dá com base em um conjunto completo de CPCs e


sua adoção não é combinada. Existem algumas simplificações de aplicações
sobre determinados temas, quando comparados com o CPC relativo à adoção
plena.

3. SIMPLIFICADA: Quando a adoção se dá, opcionalmente, de forma


simplificada. Neste caso, toma-se como base a resolução 1.418/12, posterior
interpretação ITG 1000 e a orientação OTG 1000 que simplificaram. Estes
documentos simplificaram de forma considerável, a aplicação das normas
permitindo, inclusive, lançamentos em blocos mensais e reduzindo apenas
para duas as demonstrações contábeis obrigatórias. 14

Gestão do Capital de Giro


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Siglas
IASC – International Accounting Standars Committee:

Orgão internacional de contabilidade antecessor. Londres, 1973 a 2002

IASB – International Accounting Standars Board:

Orgão Internacional de Contabilidade sucessor. Londres, 2002 a atual

IAS- Internacional Accounting Standard:

Pronunciamentos Contábeis do IASC

IFRS – Internacional Financial Reporting Standards:

Pronunciamentos Contábeis do IASB

CPC – Comitê de Pronunciamento Contábil:

Órgão Brasileiro de Contabilidade. Brasília, 2005 a atual

NBC – TG – Normas Brasileiras de Contabilidade - Geral

Pronunciamentos Contábeis brasileiros convergidos para os internacionais

Hierarquia Contábil
Tipo Contabilidad Características Legislação
e Aplicável

1.SACAS PLENA (FULL) Sociedades por Ações de Capital Aberto são as Lei 6.404/76
empresas que negociam ações na bolsa de valores ou Legislações
outros papéis regulados pela CVM – Comissão de emanadas pela
Valores Mobiliários. CVM
2. PLENA (FULL) Sociedades reguladas são as empresas normatizadas Legislação
REGULADAS por órgãos especializados (BACEN, SUSEP, ANS, ANAC e emanadas pelos
etc...) órgãos reguladores
3. EGP PLENA (FULL) Empresas de Grande Porte: são as empresas não Lei 6.404/76 ou Lei
enquadradas nos casos 1 e 2 e que tenham tido, a 10.406/2002
partir de 01/01/2008, receita anual igual ou superior a
R$300 milhões e/ou ativos igual ou superior a R$240
milhões.
4. PME PME Pequenas Médias Empresas: são as empresas não Lei 6.404/76 ou Lei
enquadradas nos casos 1, 2 ou 3. 10.406/02

5. MEPP SIMPLIFICADA Microempresa e Empresa de Pequeno Porte: são as Lei 10.406/2002


empresas não enquadradas nos casos 1, 2 ou 3 e que Resolução CFC
16
apresentam receita anual não superior ao limite fiscal 1.418/12 (ITG
para enquadramento do SIMPLES NACIONAL. Estes 1000/OTG1000)
tipos de empresas não precisam estar enquadradas no
SIMPLES.

Gestão do Capital de Giro


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Declaração de Conformidade
“A entidade cujas demonstrações contábeis estão em
conformidade com os Pronunciamentos Técnicos,
Interpretações e Orientações do CPC deve declarar de forma
explícita e sem reservas essa conformidade nas notas
explicativas. A entidade não deve afirmar que suas
demonstrações contábeis estão de acordo com esses
Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações a
menos que cumpra todos os seus requisitos.”

Cpc 26, item 16

Notas Explicativas

“Notas explicativas contêm informação adicional em


relação à apresentada nas demonstrações contábeis. As
notas explicativas oferecem descrições narrativas ou
segregações e aberturas de itens divulgados nessas
demonstrações e informação acerca de itens que não se
enquadram nos critérios de reconhecimento nas
demonstrações contábeis.”
Cpc 26, definições

“MODELO ABC”
A – Apresentação da Entidade
B – Bases de Mensuração
C – Composição das Contas

Gestão do Capital de Giro


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Obrigações Societárias
I – CONJUNTO COMPLETO DAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS SACA EGP PME MEEPP MEI

1.BALANÇO PATRIMONIAL X X X X

2.DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO X X X X

3.DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE X X X

4.DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO X X X

5.DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA X X* X*

6.DEMONTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO** X

7. NOTAS EXPLICATIVAS X X X X

II - ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL X X X X

III - AUDITORIA INDEPENDENTE X X


• SE PL IGUAL OU SUPERIOR A 2 MILHÕES
• ** NÃO É OBRIGATÓRIA PELAS NORMAS CONTÁBEIS

Base de Apresentação das


Demonstrações Contábeis
- Caso: MAGAZINE LUIZA / AB: 2018 – NE P.16

2. Apresentação e elaboração das demonstrações contábeis


2.1 – Bases de elaboração, apresentação e declaração de
conformidade

As demonstrações contábeis individuais e consolidadas da Companhia foram


elaboradas tomando como base as práticas contábeis adotadas no Brasil, que
compreendem as disposições da legislação societária, previstas na Lei nº
6.404/76 e alterações posteriores e os padrões internacionais de
contabilidade (“IFRS”) emitidos pelo International Accounting Standards
Board (“IASB”) e interpretações emitidas pelo International Financia l
Reporting Interpretations Committee (“IFRIC”), implantados no Brasil por
meio do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (“CPC”) e suas interpretações
técnicas (“ICPC”) e orientações (“OC PC”), aprovados pela Comissão de
Valores Mobiliários (“CVM”).

Gestão do Capital de Giro


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Resumo
Todas as empresas são obrigadas a elaborarem e apresentarem suas
demonstrações contábeis à luz das normas brasileiras de contabilidade/NBC-
TG (CPC) convergidas para as normas internacionais de contabilidade (IAS e
IFRS). O ano base de adoção foi 2010, porém, uma legislação específica para
as MEEPPs só passou a vigorar a partir de 2012 (Resolução 1.418/12). Para
todas as empresas, o documento que evidencia esta adoção é a Nota de
Conformidade a qual é parte integrante das NOTAS EXPLICATIVAS, podendo
estas serem divididas em três blocos: A - apresentação, B - bases de
mensuração e C - composição das contas.

UD 2:
Revisão da
Estrutura
Conceitual para
Elaboração e
Divulgação de
Relatório
Contábil-
Financeiro
CPC 00/
Framework

Gestão do Capital de Giro


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Elementos das
Demonstrações Contábeis

“As demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeiros das


transações e outros eventos, por meio do grupamento dos mesmos em classes amplas
de acordo com as suas características econômicas. Essas classes amplas são
denominadas de elementos das demonstrações contábeis.

Os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição patrimonial e


financeira no balanço patrimonial são os ativos, os passivos e o patrimônio
líquido. Os elementos diretamente relacionados com a mensuração do desempenho
na demonstração do resultado são as receitas e as despesas.”

Estrutura Conceitual, CPC 00, Item 4.2, pág.25

Elementos Patrimoniais:
Posição estática financeira e patrimonial

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVOS PASSIVOS
Saidas de recursos decorrentes de
obrigações presentes de pagar ou
Expectativa provável de fazer (valor/desempenho certo, data
aumento (entrada ou redução certa e penalização por não pagar ou
de saída de caixa) de benefícios não fazer).
econômicos decorrentes de
recursos controlados pela PATRIMÔNIO LÍQUIDO
entidade

Posição residual dos proprietários

Gestão do Capital de Giro


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Características do Ativo
CONTROLE DECORRENTE DE BENEFÍCIO FUTURO PROVÁVEL
EVENTO PASSADO
“A entidade controla um ativo quando É a potência de um recurso de gerar
detém o poder de obter benefícios aumento de fluxos de caixa futuro seja
econômicos futuros gerados pelo recurso por entrada de caixa seja pela redução
subjacente e de restringir o acesso de de saída de caixa. Os benefícios podem
terceiros a esses benefícios. ser gerados pelo uso na operação, no
Normalmente, a capacidade da entidade uso para liquidar passivos, na troca ou
de controlar os benefícios econômicos na distribuição aos sócios.
futuros de ativo intangível advém de
direitos legais que possam ser exercidos A mensuração desta potência depende
num tribunal. A ausência de direitos da base de mensuração adotada a qual
legais dificulta a comprovação do deve representar a realidade sobre a
controle. No entanto, a imposição legal capacidade econômica de um recurso
de um direito não é uma condição para uma entidade.
imprescindível para o controle, visto que
a entidade pode controlar benefícios
econômicos futuros de outra forma.” CPC 4

Exemplo:
Uma empresa vendedora despachou uma carga para uma
empresa compradora em 25/06/20X0. A carga foi admitida
pela empresa compradora em 05/07/20X0. Em que data a
empresa compradora, com base na sua definição conceitual,
reconhecer o ativo?

A resposta é: depende do acordo de fretamento entre as


empresas. A data corresponderá ao momento em que a
empresa compradora tenha assumido os riscos e benefícios
da carga.

Gestão do Capital de Giro


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Elementos de Resultado
Desempenho em um dado período
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO - APURAÇÃO DO DESEMPENHO
Renda originada no curso das atividades normais decorrentes
da entrega de desempenho pela produção ou
(+) RECEITAS OPERACIONAIS comercialização de bens e prestação de serviços.
RECEITAS
Aumento de benefícios econômicos decorrentes de
aumento de ativos ou redução de passivos não oriundos das
(+) RENDAS operações com os sócios.

Gastos e sacrifícios consumidos exclusivamente no processo


(-) CUSTOS de produção, comercialização ou prestação de serviços

DESPESAS
Gastos e sacrifícios consumidos nas atividades meio: gestão,
(-) DESPESAS COM ATIVIDADES MEIO comercialização e finanças

Redução de benefícios econômicos decorrentes de redução


de ativos ou aumento de passivos (não controlável ou
(-) PERDAS involuntário) e não oriundos das operações com os sócios.

(=) DESEMPENHO ANTES DOS IMPOSTOS SOBRE O LUCRO

INTEGRAÇÃO ENTRE OS
ELEMENTOS CONTÁBEIS
DRE BP
Tem como contrapartida
RECEITAS e RENDAS aumento de ativos e/ou ATIVOS
redução de passivos

(-) (-)

Tem como contrapartida


aumento de passivos e/ou PASSIVOS
DESPESAS e PERDAS redução de ativos

(=) (=)

PATRIMÔNIO
LUCRO OU RETORNO LÍQUIDO
PREJUÍZO

Gestão do Capital de Giro


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GASTOS
DRE

(+) RECEITA
LÍQUIDA
INVESTIMENTOS CONSUMO
Ativos Custo e Despesas (- ) CMV/CPV/
CSP
MATERIA
PRIMA CUSTOS
RENDA
LUCRO BRUTO
REVENDA

(- ) DESPESAS
USO
PROD
INDIRETOS DIRETOS

(- ) DEP/AMORT
OBJETO
USO
CUSTEIO A ESTOQUE
ADM/COM
RATEIO (-/+) GANHOS
OBJETO E PERDAS E RF
CUSTEIO B

= LAIR

Julgamentos sobre os elementos contábeis:

1.RECONHECIMENTO

2.MENSURAÇÃO

3.EVIDENCIAÇÃO

Gestão do Capital de Giro


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Reconhecimento
É o processo que consiste na incorporação
ao balanço patrimonial ou à
demonstração do resultado de item que
se enquadre na definição de elemento e que
seja provável que algum benefício
econômico futuro associado ao item flua
para a entidade ou flua da entidade e que o
item que tenha custo ou valor que possa
ser mensurado com confiabilidade.
Fonte: Estrutura Conceitual, CPC 00 (R1), Itens 4.37 e 4.38, pág.28 e 29

Mensuração
É o processo que consiste em determinar
os montantes monetários por meio dos
quais os elementos das demonstrações
contábeis devem ser reconhecidos e
apresentados no balanço patrimonial e na
demonstração do resultado. Esse processo
envolve a seleção da base específica de
mensuração.

Fonte: Estrutura Conceitual, CPC 00 (R1), Itens 4.54, pág.32

Gestão do Capital de Giro


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Evidenciação
São as informações prestadas através das notas explicativas
sobre as quais os stakeholders tem ampliada a transparência
sobre a extensão da qualidade e a quantidade do conteúdo
informativo prestado. É somente através das Notas
Explicativas, especificamente pela nota de conformidade, que
a entidade que reporta a informação declara a adequação da
sua contabilidade às normas brasileiras de contabilidade
convergidas para as normas internacionais de contabilidade.

AULA 2/4
1. Estrutura das Demonstrações Contábeis: BP e DRE

Gestão do Capital de Giro


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UD 3:

Estrutura das
Demonstrações
Contábeis

Modelo Básico das


Demonstrações Contábeis
1. Balanço Patrimonial

2. Demonstração do Resultado do Exercício

3. Demonstração dos Fluxos de Caixa

4. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

Gestão do Capital de Giro


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I. Balanço Patrimonial
ATIVOS PASSIVOS
Ativos Circulantes Passivos Circulantes
1 - Disponível 12 - Obrigações Sociais e Trabalhistas
2 - Aplicações Financeiras 13 - Fornecedores
14 - Obrigações Fiscais
3 - Clientes
15 - Empréstimos e Financiamentos
4 - Estoques
16 - Outras Obrigações
5 - Tributos a Recuperar
17 - Provisões
6 - Ativos Biológicos
Passivos Não Circulantes
7 - Despesas Antecipadas
- Todas as obrigações de longo prazo
8 - Outros Ativos Circulantes
Patrimônio Líquido
Ativos Não Circulantes
18 - Capital Social
- Ativo Realizável a Longo Prazo 19 - Reservas de Capital
9 - Investimentos 20 - Reservas de Lucro
10 - Imobilizados 21 - (-) Prejuízos Acumulados
11 - Intangíveis 22 - Outros Resultados Abrangentes

OS SLIDES QUE SEGUEM SERVEM

COMO FONTE DE CONSULTA PARA

REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE

DE BALANÇO PATRIMONIAL

Gestão do Capital de Giro


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Ativos Circulantes e Não Circulantes


Conforme o item 66 do CPC 26, o ativo deve ser classificado como
circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:

(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido


ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade;
(b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do
balanço; ou
(d) é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no
Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de
Caixa), a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se
encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do
balanço.
Todos os demais ativos devem ser classificados como não
circulantes.

Passivos Circulantes e Não Circulantes


Conforme o item 69 do CPC 26, o passivo deve ser classificado como
circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:

(a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal


da entidade;
(b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
(c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do
balanço; ou
(d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do
passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço (ver
item 73). Os termos de um passivo que podem, à opção da
contraparte, resultar na sua liquidação por meio da emissão de
instrumentos patrimoniais não devem afetar a sua classificação.
Todos os outros passivos devem ser classificados como não
circulantes.

Gestão do Capital de Giro


33

1. Caixa e Equivalentes de Caixa


CPCs: 03, 39,40 e 48

São ativos financeiros que compreendem os valores de caixa


em espécie, depósitos bancários líquidos e imediatamente
resgatáveis, aplicações financeiras em investimento com
risco insignificante de alteração de valor com vencimento em
até 90 dias. Sua mensuração inicial é pelo valor justo e,
subsequentemente, poderá ser mensurado pelo valor justo
ou custo amortizado.

2. Aplicações Financeiras

São instrumentos financeiros representados por títulos e


valores mobiliários com prazo de realização em até 12 meses
do encerramento do relatório. São mensurados inicialmente
pelo valor justo e, subsequentemente, pelo valor justo ou
pelo método do custo amortizado. Neste último caso, devem
ser reconhecidas as perdas por não recuperabilidade, se
houver.

Gestão do Capital de Giro


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3. Contas a Receber
São instrumentos financeiros representados por contratos ou
documentos que sustentam um direito de receber resultante
de uma entrega passada de bens ou serviços. São
reconhecidos incialmente pelo valor histórico, à vista e,
posteriormente, avaliados pelo valor justo por meio de
resultado, resultado abrangente ou pelo custo amortizado.
Neste último caso, devem ser reconhecidas as estimativas de
perdas por clientes com duvidosa realização.

4. Estoques
São ativos tangíveis com objetivo de troca (matéria prima,
materiais diretos, produtos em andamento ou acabados e/ou
mercadorias) ou de uso operacional (almoxarifado). Também são
considerados estoques as horas alocadas em serviços não
entregues. São reconhecidos inicial e, subsequentemente, pelo
custo e devem ser ajustados a valor realizável líquido quando este
for menor que o custo. O custo de sua baixa (transferência para do
BP para a DRE) pode ser determinado por um dos três métodos:
Custo médio Ponderado, PEPS – Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair
ou Custo Específico. Somente são baixados contra o resultado por
sua venda ou perda.

Gestão do Capital de Giro


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5. Tributos a Recuperar
Representam créditos em favor da entidade contra os governos
federais, estaduais e/ou municipais decorrentes de impostos e/ou
contribuições pagos antecipadamente, a maior ou indevidamente.
São registrados inicialmente pelo valor original apurado e
geralmente assim mantidos na mensuração subsequente. Somente
são baixados contra a apuração de valores a pagar aos respectivos
governos por ocasião do pagamento líquido da dívida.

6. Ativos Biológicos
São plantas ou animais vivos utilizados na atividade agrícola,
sendo esta entendida como a transformação biológica e da
colheita de ativos biológicos para venda ou para conversão
em produtos agrícolas ou ativos biológicos adicionais pela
entidade. São reconhecidos inicial e, posteriormente, pelo
valor justo mediante resultado.

Gestão do Capital de Giro


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7. Despesas Antecipadas
Representam os gastos com despesas que ainda não foram
consumidas. São os casos dos direitos de “usar ou de
consumir” ainda a se realizar. As contratações de seguros e
assinaturas de jornais e revistas e a aquisição de vale
transporte para os funcionários são exemplos clássicos deste
tipo de ativo. São reconhecidos e mantidos a valor de custo
histórico e apropriados na DRE, na respectiva conta de
despesa, pelo regime de competência por ocasião do uso ou
consumo da despesa.

8. Outros Créditos
Representam o reconhecimento de bens e direitos não
classificáveis nos itens anteriores. Exemplos: Ativos
Descontinuados e Mantidos para Venda, Créditos com
Pessoas Ligadas e Dividendos e Juros Sobre Capital Próprio a
Receber. Possuem, normalmente, uma característica errática
e são reconhecidos inicialmente a valor justo e, em casos em
que caracterizam instrumentos financeiros, podem ser
atualizados pelo custo amortizado ou valor justo por meio de
resultado.

Gestão do Capital de Giro


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9. Investimentos
Podem ser de dois casos:

1. Propriedades para Investimentos: ativos não destinados às


atividades operacionais da empresa, mas mantidos para
valorização ou renda e são mensurados inicialmente pelo custo
e, posteriormente, pelo método do custo ou método do valor
justo;

2. Investimentos em participações societárias com intenção


de permanência em controladas, coligadas, controle comum e
controle conjunto e são avaliados pelo método da equivalência
patrimonial.

10. Imobilizado
São ativos tangíveis destinados às operações da empresa e
de duração superior a um ano. São depreciados pelo tempo
de vida útil econômica e podem sofrer perda por não
recuperabilidade (impairment) em decorrência da não
realização do valor de custo histórico líquido (valor de custo,
líquido da depreciação acumulada). São mensurados inicial
e, subsequentemente, ao valor de custo histórico e baixados
pela alienação ou perda.

Gestão do Capital de Giro


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11. Intangíveis
São ativos intangíveis aplicados ou utilizados nas atividades da
entidade. Podem ter vida útil econômica determinável ou não. Não
são amortizados quando a vida útil não for determinável, neste
caso, a realização do teste para verificação de perda por não
recuperabilidade (impairment) é anualmente obrigatória. Quando
sua vida útil for determinável, sua amortização linear ou pela curva
econômica é reconhecida e apropriada contra o resultado. Sua
mensuração inicial e subsequente é a custo histórico e sua baixa
ocorre pela venda ou perda.

12. Obrigações Sociais e Trabalhistas


Referem-se às dívidas da empresa junto aos empregados e
governos ou outras entidades decorrentes destas dívidas.
São oriundos de benefícios a empregados de curto prazo:
salários, férias, encargos incidentes e participação no
resultado e de longo prazo como: incentivo de longo prazo,
fundos de pensão e outros benefícios pós aposentadoria. São
mensuradas inicialmente pelo custo histórico e,
subsequentemente, pelo custo amortizado. Suas baixas
ocorrem pelos pagamentos em favor dos credores.

Gestão do Capital de Giro


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13. Fornecedores
Referem-se às dívidas da empresa junto aos fornecedores de
produtos ou mercadorias e outros insumos para as atividades
operacionais da empresa. São reconhecidas inicialmente
pelo custo histórico da aquisição em contrapartida e,
posteriormente, pelo método do custo amortizado. São
baixadas quando do pagamento em favor dos credores. Deve
ser ajustado a valor presente conforme orientação do CPC
12.

14. Obrigações Fiscais

Referem-se às dívidas da empresa junto aos governos


federais, estaduais e municipais referentes aos impostos e
contribuições diretos e indiretos. São mensuradas inicial e,
subsequentemente, pelo valor fiscal apurado ou retido.

Gestão do Capital de Giro


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15. Empréstimos e Financiamentos


Referem-se às dívidas junto às instituições financeiras
referentes a captação de recursos ou junto à credores pela
emissão de títulos. São reconhecidas inicialmente pelo valor
justo e, posteriormente, pelo método do custo amortizado.
Devem ser trazidos a valor presente conforme orientações do
CPC 12.

16. Outras Obrigações

Referem-se às outras dívidas não classificáveis nos itens


anteriores e, normalmente, são transações com sócios e
partes relacionadas como: mútuos, dividendos e juros sobre
capital próprio a pagar. São, normalmente, contas de
natureza erráticas. Seu reconhecimento inicial é pelo custo
histórico ou valor justo e, subsequentemente, poderá ser
mensurada pelo custo amortizado.

Gestão do Capital de Giro


41

17. Provisões

Referem-se às estimativas prováveis (mais de 50% de


probabilidade de exigibilidade) de valores a pagar
decorrentes de eventos passados com exigibilidades que
dependam ainda de eventos futuros. Normalmente são
decorrentes de processos previdenciários, trabalhistas e
cíveis.

18. Capital Social

Valor referente ao valor histórico do capital integralizado


pelos sócios ou acionistas. Sua alteração só decorre de
aumento ou redução de capital social e quando devidamente
registrado em contrato social ou estatuto social e registrado
no órgão competente.

Gestão do Capital de Giro


42

19. Reservas de Capital


São constituídas de valores recebidos pela empresa e que
não transitaram pelo resultado como receitas, por se
referirem a valores destinados ao reforço do seu capital,
como por exemplo, ágio na emissão de ações.

20. Reservas de Lucros


São valores parciais do lucro retidos para reinvestimento na
empresa. A retenção de lucros aumenta o patrimônio líquido
e reduz o grau de endividamento da empresa. Existem 7
tipos de reservas prevista na Lei 6.404/76: Reservas
Obrigatórias (Legal, Contingencial e Incentivos Fiscais) e
Reservas Facultativas (Estatutária Orçamentária e Lucros a
Realizar). Ainda existe a Reserva Especial, constituída
quando da incapacidade da empresa em pagar o dividendo
mínimo obrigatório (Art. 202 – Lei 6.404/76) quando o lucro
já tiver sido realizado.

Gestão do Capital de Giro


43

21. Lucros e Prejuízos Acumulados


São os resultados retidos pela empresa. As sociedades por
ações são obrigados pela Lei 6.404/76 a destinarem os
lucros apurados entre a empresa e ou sócios. Já os prejuízos
apurados deverão ser absorvidos, primeiramente, pelas
Reservas de Lucros, sendo utilizadas as reservas facultativas
e depois as reservas obrigatórias.

22. Outros Resultados Abrangentes


Outros resultados abrangentes são itens de receita e
despesas que não são reconhecidos como resultado do
período. Estes valores não transitam pela DRE em
decorrência de sua expectativa de realização econômica estar
em exercícios futuros. Exemplos: Ajuste de Avaliação
Patrimonial e Ajustes de Conversão. (CPC 02). Devem ser
apresentados líquidos dos impactos tributários.

Gestão do Capital de Giro


44

23. Participação de Acionistas Não


Controladores
Representa o montante correspondente ao Patrimônio Líquido
pertencente aos acionistas não controladores, mas que,
conforme orientação do CPC 36, deve ser consolidado pelo
acionista controlador e destacado no Patrimônio Líquido total
das Demonstrações Consolidadas.

II. Demonstração do Resultado Exercício


(=) Receita Líquida de Venda (Entrega)

(-) Custos das Mercadorias, Produtos ou Serviços Entregues

(=) Resultado Bruto

(-)/(+) Despesas / Receitas Operacionais

(=) Resultado antes do Resultado Financeiro e dos Tributos

(+/-) Resultado Financeiro

(=) Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro

(-/+) Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro

(=) Resultado Líquidos das Operações Continuadas

(+/-) Resultado Líquido das Operações Descontinuadas

(=) Lucro ou Prejuízo do Exercício

Gestão do Capital de Giro


45

III. Demonstração dos Fluxos de Caixa


1. Atividades Operacionais
Lucro/Prejuízo do Período
(+/-) Ajustes das transações que não transitaram pelo caixa
(-) Variação de Ativos Circulantes Operacionais
(+)Variação de Passivos Circulantes Operacionais
(=) Fluxo de Caixa Líquido das Atividades Operacionais (a)
2. Atividades de Financiamento
(+) Entradas de Financiamento
(-) Saídas de Financiamento
(=) Fluxo de Caixa Líquido de Financiamento (b)
3. Atividades de Investimento
(+) Entradas de Investimento
(-) Saídas de Investimento
(=) Fluxo de Caixa Líquido de Investimento (c)
(+) Total de Caixa Gerado/Consumido = (a) + (b) + (c)
(+) Saldo Inicial de Caixa
(=) Saldo Final de Caixa

IV - Demonstração das Mutações do


Patrimônio Líquido
Reservas

Lucros

Capital
EVENTOS Social Capital Legal Estatutária “DLPA” TOTAL

Saldos Iniciais 600.000 20.000 0 0 0 620.000

Lucro do Período 100.000 100.000

Constituição de Reserva de
Lucro Legal 5.000 -5.000 0

Constituição de Reserva de
Lucro Estatutária 35.000 -35.000 0

Dividendos Propostos -60.000 -60.000

Saldos Finais 600.000 20.000 5.000 35.000 0 660.000

Gestão do Capital de Giro


46

AULA 3/4
1. Composição dos Elementos do Capital de Giro

UD 4:

COMPOSIÇÃO
DOS ELEMENTOS
DA GESTÃO DO
CAPITAL DE
GIRO

Gestão do Capital de Giro


47

Capital de Giro
- Definição -

“... Capital de Giro, representa a porção do investimento que


circula, de uma forma para outra, na condução normal dos
negócios. Esse conceito abrange a transição recorrente de
caixa para estoques, destes para os recebíveis e de volta para
o caixa. Na qualidade de equivalentes de caixa, os títulos
negociáveis também são considerados parte do capital de
giro.”
Gitman, pág. 545, 2010

Base de Estudos do
Capital de Giro
A base de dados para determinação das variáveis que envolvem o
estudo do Capital de Giro é a Contabilidade Societária (financeira)
da empresa. Portanto, o primeiro passo para iniciar a gestão do
capital de giro é verificar a confiabilidade sobre a qualidade e
quantidade das informações contábeis da empresa.

Refletir, planejar e atuar sobre os desafios da contabilidade são os


primeiros passos para uma gestão eficiente de capital de giro.

Gestão do Capital de Giro


48

CDG, CCL e CPL


- Definição -
CDG – CAPITAL DE GIRO é definido na literatura como o somatório dos
recursos de curto prazo, exemplo: Caixa, Clientes a Receber e Estoques.
Portanto, é compreendido como a parcela “bruta” do Giro da empresa.

CCL – CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ou CDGL – CAPITAL DE


GIRO LÍQUIDO são definidos como a parcela líquida do giro da empresa,
ou seja, são os recursos ativos menos os recursos passivos de curto prazo.
É também entendido como o investimento em giro.

CPL – CAPITAL PERMANENTE LÍQUIDO é definido como o


financiamento estratégico do giro. São os recursos líquidos de longo prazo
investidos no CCL.

Como se relacionam os recursos de


financiamento e de investimento?

ATIVOS PASSIVOS

APLICAÇÕES ORIGENS
1.000 1.000
Capital de Terceiros
Circulantes (Dívidas Curto Prazo)
(Capital de Giro) 180
300 Capital de Terceiros
(Dívidas Longo Prazo)
20
Não Circulantes
(Capital Fixo) Capital Próprio
(Capital Social e Reservas)
700 800

Gestão do Capital de Giro


49

Como se estruturam (contabilmente) os


recursos de financiamento e de investimento?

Investimento Financiamento

ATIVOS PASSIVOS

Circulantes
Circulantes 180
300
Não Circulantes
20

Não Circulantes
Patrimônio Líquido
700 800

CAPITAL DE GIRO (CDG) =


AC = 300

CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (CCL ou CDGL) =


AC – PC = 300 – 180 = 120

CAPITAL PERMANENTE LÍQUIDO =


PNC + PL – ANC = 800 + 20 – 700 = 120

CONCLUSÃO:
O CCL tem valores iguais ao
CPL contudo, correspondem a decisões diferentes, respectivamente,
às decisões de investimento e financiamento.

Gestão do Capital de Giro


50

CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO - CCL


- Definição -
“...Capital de Giro Líquido (ou capital circulante líquido / CCL) é
normalmente definido como a diferença entre o Ativo Circulante e
o Passivo Circulante de uma empresa.

Quando o Ativo Circulante supera o Passivo Circulante, a empresa tem


capital de giro líquido positivo. Quando o primeiro é inferior ao
segundo, tem-se capital de giro líquido negativo. ”

Gitman, pág. 545, 2010

CAPITAL PERMANENTE LÍQUIDO - CPL


- Definição -

Capital Permanente Líquido é, normalmente, definido como a


diferença entre o Passivo Não Circulante (PNC + PL) e o Ativo
Não Circulante (Ativo Realizável a Longo Prazo +
Investimentos + Imobilizado + Intangíveis).

Quando o Passivo Não Circulante supera o Ativo Não Circulante,


significa que a empresa está financiando o CDGL (Capital de
Giro Líquido ou CCL – Capital Circulante Líquido) com recursos
não circulantes.

Gestão do Capital de Giro


51

CCL X CPL
G
E CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO G
S
T
(+) E
S
Ã
O
Quando AC > PC T
Ã
D (Investimento de Curto Prazo) O
E
F S
I
C CAPITAL PERMANENTE LÍQUIDO A
U
I
T (+) D
Á
Á
R Quando (PNC +PL) > ANC V
E
I
A (Financiamento de Longo Prazo) L

Exemplos de Contas
que formam o CCL
ATIVOS
PASSIVOS
CIRCULANTES
CIRCULANTES
(disponível ou
(a pagar em até um ano)
a receber em até 1 ano)
1. Caixa e Equivalentes de Caixa 1. Obrigações Sociais e Trabalhistas
2. Aplicações Financeiras 2. Fornecedores
3. Contas a Receber 3. Obrigações Fiscais
4. Estoques 4. Empréstimos e Financiamentos
5. Ativos Biológicos 5. Outras Obrigações
6. Tributos a Recuperar - Partes Relacionadas
7. Despesas Antecipadas - Provisões
8. Outros Ativos Circulantes - Passivos Descontinuados

Gestão do Capital de Giro


52

Exemplos de Contas
que formam o CPL
PASSIVOS
ATIVOS NÃO CIRCULANTES e
NÃO CIRCULANTES PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(a realizar após 1 ano ou em uso) (a pagar após um ano
e capital fixo)

1. Empréstimos a Pagar
1. Realizáveis de Longo Prazo
2. Financiamentos a Pagar
2. Propriedades para Investimentos
3. Impostos Diferidos
3. Participações em Controladas
4. Obrigações de Longo Prazo
4. Participações em Coligadas

5. Imobilizado
1. Capital Social
6. Intangíveis
2. Reservas de Capital

3. Reservas de Lucros

Análise de Tendências
com uso de Indicadores

Para que possamos analisar o comportamento das variáveis CCL e


CPL no tempo (análise série temporal) é importante que
transformemos os números absolutos em indicadores. Desta
forma, utilizaremos os seguintes indicadores:

CCL = AC / PC (quanto maior, melhor)

CPL = ((PNC + PL) / ANC) (quanto maior, melhor)

VARIAÇÃO DO INDICADOR = ((If – Ii)/Ii)*100

Gestão do Capital de Giro


53

Atividade de Fixação – Parte 1

UD 4:

Composição do
Saldo de
Tesouraria - ST

Gestão do Capital de Giro


54

MODELO FLEURIET
Michel Fleuriet é um pesquisador francês que em 1978
desenvolveu o Modelo Dinâmico de Capital de Giro e
demonstrou que o CCL (ou CGL) não deve ser analisado em
conjunto, mas sim, de forma segregada pela natureza dos
seus elementos: erráticos (financeiros) e cíclicos
(operacionais). O modelo permitiu diagnosticar a gestão do
capital de giro e classificar as organizações em 6 tipos de
gestão que vai da situação EXCELENTE até PÉSSIMA.

O Balanço Patrimonial no Modelo Dinâmico

“Para uma melhor compreensão do Modelo, as contas de ativo e


passivo devem ser consideradas de acordo com a realidade
dinâmica das empresas, relacionando-as com o tempo, conferindo
estado de permanente movimentação e fluxo contínuo de
produção. A divisão do Balanço Patrimonial em elementos de curto
e longo prazo, assim como seus itens de curto prazo que se
acham ligados às atividades operacionais (produção e vendas)
daqueles alheios a essas atividades, é o primeiro passo para a
implantação do Modelo.
Após a reorganização do Balanço pode–se então relacionar as
contas descritas e, a partir disso, calcular os indicadores que são à
base do Modelo: Necessidade de Capital de Giro (NCG), Capital de
Giro (CDG) e Saldo de Tesouraria (T).”

http://www.modelo-fleuriet.com/o-balanco-modelo-dinamico/

Gestão do Capital de Giro


55

Variáveis do CCL
Modelo Fleuriet

CCL = ST + NCG

= = =

AC = AF + AO

- - -

PC = PF + PO

SALDO DE TESOURARIA - ST
É a diferença entre ATIVOS FINANCEIROS - AF e PASSIVOS

FINANCEIROS - PF, os quais representam os elementos erráticos

do CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO, ou seja, são os elementos

que não se movimentam no mesmo ritmo dos aspectos

operacionais do negócio e, normalmente, representam as

decisões financeiras e estratégicas da organização.

O ST quanto maior, melhor.

Gestão do Capital de Giro


56

Exemplos de contas que forma o ST


(quanto maior melhor)
Resultado das Decisões Financeiras

ATIVOS FINANCEIROS
PASSIVOS FINANCEIROS
(ou erráticos)
(ou erráticos)
(disponíveis ou a
(a pagar em até 1 ano)
receber em até 1 ano)

1. Empréstimos a Pagar
1. Caixa e Equivalentes de Caixa
2. Financiamento a Pagar
2. Aplicações Financeiras
3. Impostos s/Lucro a Recolher
3. Empréstimos a Receber
4. Distribuição de Lucros
4. Impostos s/Lucro a Recuperar
5. Provisões
5. Dividendos a Receber
6. Passivos Descontinuados

UD 5:

Composição
Necessidade de
Capital de Giro -
NCG

Gestão do Capital de Giro


57

O que vamos estudar nesta


unidade didática?

Nesta unidade vamos conhecer as definições e composição da


NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO.

NECESSIDADE DE CAPITAL DE
GIRO - NCG

É a diferença entre ATIVOS OPERACIONAIS - AO e PASSIVOS

OPERACIONAIS – PO, os quais representam os elementos

cíclicos do CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO, ou seja, são os

elementos que se movimentam no mesmo ritmo dos

aspectos operacionais do negócio e, portanto, representam

as decisões operacionais da empresa.

A NCG quanto menor, melhor.

Gestão do Capital de Giro


58

Exemplos de Contas que Formam o NCG


(quanto menor melhor)
Resultado das Decisões Operacionais
ATIVOS
PASSIVOS
OPERACIONAIS
OPERACIONAIS
(ou cíclicos)
(ou cíclicos)
(disponível ou
(a pagar em até um ano)
a receber em até 1 ano)

1. Clientes a Receber 1. Fornecedores

2. Estoques 2. Impostos s/Venda a Recolher

3. Impostos s/Venda a Recuperar 3. Salários a Pagar (Inclui PL)

4. Despesas Antecipadas 4. Contas a Pagar

5. Receita Diferida

DRE X (NCG, ST e CPL)


CONTRAPARTIDA NO
DRE BP MDCG DECISÃO
Receita Bruta de Vendas e Serviços Clientes a Receber
Impostos s/Venda a
(-) Impostos s/Vendas Pagar
(-) Custo de Venda/Produção/Serviços Estoque/Fornecedores
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas Administrativas, Pessoal e Comerciais Obrigações a Pagar
(=) EBITDA (sem o efeito da depreciação) NCG OPERACIONAL
Participações
(-)/(+) Resultado de Equivalência Patrimonial Permanentes
(-) Depreciação e Amortização Imobilizado/Intangível

(=) Resultado Antes das Receitas e Despesas Financeiras CPL ESTRATÉGICA

(+) Receitas Financeiras Instrumentos Financeiros

(-) Despesas Financeiras Instrumentos Financeiros ESTRATÉGICA E


(=) Resultado antes dos Impostos s/Lucro TÁTICA
Impostos s/Lucro a
(-) Impostos s/Lucro Pagar
(=) Resultado antes das Participações
(-) Participações sobre o Lucro Participações a Pagar
92
(-) Lucro Líquido Dividendos a Pagar CPL/ST DISTRIBUIÇÃO

Gestão do Capital de Giro


59

Diferença entre contas


Operacionais e Financeiras

Os Ativos e Passivos operacionais (circulantes) guardam uma relação


direta (algumas variáveis e outras semi-variáveis ou fixas) com as
atividades do negócio e terão como contrapartida contas de resultado
que figuram na DRE antes do EBITDA (Lucro antes dos Juros,
Depreciação e Amortização).

Os Ativos e Passivos financeiros (circulantes) são impactados por


decisões erráticas e, normalmente, tem sua contrapartida em contas
patrimoniais financeiras ou contas de receitas e despesas que figuram
na DRE após o EBITDA.

Análise de Tendências
com uso de Indicadores
Para que possamos analisar o comportamento das variáveis do Saldo
de Tesouraria (ST) e da Necessidade de Capital de Giro (NCG) no
tempo (análise série temporal) é importante que transformemos os
números absolutos em indicadores. Desta forma, utilizaremos os
seguintes indicadores:

ST = AF / PF (quanto maior, melhor)

NCG = PO / AO (quanto maior, melhor)

VARIAÇÃO DO INDICADOR = ((If – Ii)/Ii)*100

Gestão do Capital de Giro


60

Atividade de Fixação parte 2

UD 6:

Gestão da NCG
e os Prazos
Médios

Gestão do Capital de Giro


61

GESTÃO DA NCG
A eficiência na administração da Necessidade de Capital de
Giro tem como objetivo reduzir o volume de investimento em
Capital de Giro. Para alcançar este objetivo a empresa
precisa:

1.Aumentar seu prazo de pagamento aos fornecedores

2.Reduzir seu prazo de estocagem

3.Reduzir seu prazo de recebimento dos clientes

4.Reduzir custos e despesas fixos

PRAZOS MÉDIOS

A contabilidade disponibiliza instrumentos para que a gestão possa


avaliar se as decisões sobre seu capital de giro está favorável ou
desfavorável através da análise dos PRAZOS MÉDIOS DE ATIVIDADES,
como veremos a seguir.

Gestão do Capital de Giro


62

INDICADORES DE PRAZOS MÉDIOS


1. (PME) Prazo Médio de Estocagem (Ef/CMV)*360

2. (PMR) Prazo Médio de Recebimento (Cf/ROB)*360

3. (CO) Ciclo Operacional (PME+PMR)

4. (PMP) Prazo Médio de Pagamento (Ff/MC)*360

5. (CF) Ciclo Financeiro (CO – PMP)

•São indicadores medidos em dias

•Medem o desempenho da empresa na gestão do capital de giro

•PME, PMR, CO e CF menor melhor e PMP maior melhor

•São indicadores para análise financeira


•Ef – Estoque Final; Cf – Clientes a Receber Final; Ff – Fornecedor Final; MC – Montante de Compras

DEMONSTRAÇÃO DA GESTÃO DOS


PRAZOS MÉDIOS

PME = 3O DIAS

PMR = 45 DIAS

CO = 30 DIAS + 45 DIAS = 75 DIAS

PMP = 60 DIAS
CF = 15
Necessidade de captação de recursos! DIAS

Gestão do Capital de Giro


63

1. GESTÃO DE ESTOQUES
(PME) Prazo Médio de Estocagem

(Ef/CMV)*360 onde,

Ef = Estoque Final (saldo do Balanço Patrimonial na data)

CMV = Custo da Mercadoria Vendida (total no período)

• É medido em dias

• Mede o número de dias em que o estoque fica parado (entre a admissão e a transferência

para o cliente)

• Quanto menor, melhor

• Sua redução está associada a eficiência nas compras, nas vendas e na logística de

organização e distribuição do estoque

1. GESTÃO DE ESTOQUES

EXEMPLO DE CÁLCULO DO PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM - PME

(EF / CMV) * 360

RUBRICAS REF DADOS

Ef = SALDO FINAL DE ESTOQUES BP R$100

CMV = CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA DRE R$1.200

GIRO NO ANO (ROTAÇÃO DOS ESTOQUES) CMV / E 12 vezes no ano

PME EM DIAS ( EF / CMV) *360 Dias 30

Gestão do Capital de Giro


64

2. GESTÃO DOS RECEBÍVEIS


(PMR)Prazo Médio de Recebimento (ou cobrança)

(Cf/ROB)*360 onde,

C = Clientes a Receber (saldo final)

ROB = Receita Operacional Bruta*

• É medido em dias
• Mede o número de dias que a empresa leva entre transferir o estoque e
receber a venda
• Quanto menor, melhor
• Sua redução está associada a eficiência nas políticas de crédito e cobrança;
• Em certas situações, o aumento do prazo é um diferencial competitivo;
• Adota-se: a ROB* – Receita Operacional Líquida antes dos impostos indiretos

2. GESTÃO DOS RECEBÍVEIS


EXEMPLO DE PRAZO MÉDIO DE RECEBMENTO - PMR

(Cf / ROB*) * 360

RUBRICAS REF DADOS

C = SALDO MEDIO DE CLIENTES BP R$ 450

ROB = RECEITA DE VENDAS (ROL + IMP IND) DRE R$ 3.600

GIRO NO ANO (VEZES) ROB / C 8 Vezes no ano

PMR EM DIAS (C/ROB) * 360 DIAS 45

Gestão do Capital de Giro


65

3. GESTÃO DOS PAGAMENTOS


(PMP) Prazo Médio de Pagamentos (ou compras)

(Ff/MC)*360 onde,

F = Fornecedores a Pagar (saldo final)

MC = Montante de Compras (total no período)

Onde, MC = EF – EI + CMV

• É medido em dias
• Mede o número de dias que a empresa tem para pagar seus fornecedores
• Quanto maior, melhor
• Seu aumento está associado a eficiência nas negociações e na
colateralidade da empresa
• Em certas situações, se compensa prazo com desconto (valor do estoque)

3. GESTÃO DOS PAGAMENTOS


EXEMPLO DE CALCULO DO PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO - PMP

(F / MC) * 360

RUBRICAS REF DADOS

F = SALDO FINAL DE FORNECEDORES BP R$ 150

MC = MONTANTE DE COMPRA (EF – EI + CMV) R$ 900

ESTOQUE FINAL BP R$ 200

CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA DRE R$ 1.200

ESTOQUE INICIAL BP R$ 500

GIRO NO ANO (VEZES) = COMPRAS / F 6 VEZES NO ANO

PMP EM DIAS (F/MC) )*360 60 DIAS

Gestão do Capital de Giro


66

4. CICLO OPERACIONAL
É o intervalo em dias entre a admissão do estoque ou insumos de
produção e o recebimento da venda.

(CO) CICLO OPERACIONAL

PME + PMR

Quanto menor, melhor

4. CICLO OPERACIONAL

EXEMPLO DE CÁLCULO DO CICLO OPERACIONAL

PME + PMR

RUBRICAS DADOS EM DIAS

PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM 30

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO 45

CICLO OPERACIONAL EM DIAS 75

Gestão do Capital de Giro


67

5. CICLO FINANCEIRO
É o intervalo em dias entre as datas do recebimento dos clientes e

do pagamento aos fornecedores. A empresa apresentará um CF

positivo, quando paga primeiro e recebe depois e um ciclo negativo,

quando recebe primeiro e paga depois.

(CF) CICLO FINANCEIRO

CO - PMP

Quanto menor, melhor

Número em dias de financiamento da operação.

5. CICLO FINANCEIRO
CICLO FINANCEIRO

CO - PMP

REFERÊNCIA DADOS

CICLO OPERACIONAL EM DIAS 75 DIAS

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO 60 DIAS

CICLO FINANCEIRO 15 DIAS


4,8 VEZES NO
CICLOS OPERACIONAIS NO ANO ANO

NECESSIDADE DE CAPTAÇÃO 72 DIAS

Gestão do Capital de Giro


68

DECISÕES QUE OTIMIZAM O USO DO


CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO - CCL

Decisões Financeiras Decisões Operacionais

1. Aumento do Prazo de Captação 1. Redução do Prazo de Estocagem


de Recursos (Compras, Crédito Tributário e
logística)
2. Redução da taxa de juros na
captação de recursos 2. Aumento do Prazo de Pagamento
a fornecedores
3. Rentabilidade dos investimentos
financeiros 3. Redução do Prazo de
Recebimento (Crédito e
4. Redução dos “fundos de caixa” Cobrança)
(dinheiro parado)

Atividade de Fixação: parte 3

Gestão do Capital de Giro


69

AULA 4/4
1. Diagnóstico da Gestão do Capital de Giro

UD 7:

Diagnóstico da
gestão do
Capital de Giro

Gestão do Capital de Giro


70

FINANCIAMENTO DA NCG
1. SITUAÇÃO EXCELENTE: quando a NCG é totalmente financiada pelos
fornecedores, quando, neste caso, é negativa, ou seja, a empresa realiza e
recebe seus ativos operacionais antes de pagar aos fornecedores.

2. SITUAÇÃO SÓLIDA: quando a NCG é totalmente financiada pelo capital de


longo prazo da empresa (CPL), quando, neste caso, é positiva, mas seu
volume é inferior ao Capital Permanente Líquido.

3. SITUAÇÃO INSATISFATÓRIA: quando a NCG é parcialmente financiada pelo


CPL, quando, neste caso, é positiva, mas seu volume é superior ao CPL e, a
empresa passa a depender de capital de terceiros financeiro de curto prazo para
compor seu financiamento.

4. SITUAÇÃO DE ALTO RISCO: quando a NCG é totalmente financiada por


terceiros operacionais ou financeiros, já que a empresa apresenta um CPL
negativa.

SITUAÇÃO EXCELENTE = NCG -


BALANÇO PATRIMONIAL 1

ATIVO PASSIVO

Ativo Circulante 220 Passivo Circulante 140

Ativo Financeiro 130 Passivo Financeiro 40

Ativo Operacional 90 Passivo Operacional 100

NCG = -10

Ativo Não Circulante 150 Passivo Não Circulante 30

Patrimônio Líquido 200

Ativo Total 370 Passivo Total 370

AC 220 PNC + PL 230

PC 140 ANC 150

CCL 80 CPL 80

Gestão do Capital de Giro


71

SITUAÇÃO SÓLIDA = NCG + < CPL

BALANÇO PATRIMONIAL 2

ATIVO PASSIVO

Ativo Circulante 220 Passivo Circulante 150

Ativo Financeiro 100 Passivo Financeiro 50

Ativo Operacional 120 Passivo Operacional 100

NCG = + 20

Ativo Não Circulante 150 Passivo Não Circulante 30

Patrimônio Líquido 190

Ativo Total 370 Passivo Total 370

AC 220 PNC + PL 220

PC 150 ANC 150

CCL 70 CPL 70

SITUAÇÃO INSATISFATÓRIA = NCG + > CPL

BALANÇO PATRIMONIAL 3

ATIVO PASSIVO

Ativo Circulante 220 Passivo Circulante 180

Ativo Financeiro 80 Passivo Financeiro 80

Ativo Operacional 140 Passivo Operacional 100

NCG = + 40

Ativo Não Circulante 140 Passivo Não Circulante 20

Patrimônio Líquido 160

Ativo Total 360 Passivo Total 360

AC 220 PNC + PL 180

PC 180 ANC 140

CCL 40 CPL 40

Gestão do Capital de Giro


72

EFEITO TESOURA
“O Efeito tesoura acontece quando a empresa não consegue
aumentar o CDG no mesmo ritmo de aumento da NCG. Quando
ocorre um descompasso entre a evolução das fontes disponíveis de
longo prazo (CDG) e as aplicações que precisam ser financiadas
(NCG), o saldo de tesouraria (T) se torna crescentemente negativo,
evidenciando uma dependência cada vez mais acentuada dos
recursos de curto prazo para o financiamento das atividades da
empresa. Este processo persistente eleva o risco financeiro e se
materializa quando ocorre um crescimento significativo e continuado
do saldo negativo de tesouraria. Evidentemente que, a curto prazo, T
poderá surgir coma uma alternativa a para o financiamento da NCG,
desde que limitado a certo montante, tenha perspectivas concretas
de ser substituído pelos recursos do CDG ou venha suprir uma
necessidade que se prevê será extinta proximamente.”
http://www.modelo-fleuriet.com/o-efeito-tesoura/

SITUAÇÃO 3:
CPL diminui em relação ao CCL
- Efeito Tesoura -

Gestão do Capital de Giro


73

SITUAÇÃO ALTO RISCO

BALANÇO PATRIMONIAL 4

ATIVO PASSIVO

Ativo Circulante 270 Passivo Circulante 250

Ativo Financeiro 100 Passivo Financeiro 130

Ativo Operacional 170 Passivo Operacional 120

NCG = + 50

Ativo Não Circulante 140 Passivo Não Circulante 20

Patrimônio Líquido 140

Ativo Total 410 Passivo Total 430

AC 270 PNC + PL 160

PC 250 ANC 140

CCL 20 CPL 20

EQUILÍBRIO ENTRE CPL X NCG


Para que a empresa não incorra no risco do Efeito Tesoura e também
no Alto Risco de Insolvência é necessário que a empresa sempre
mantenha o volume de CPL superior ao volume de NCG. Devemos
considerar que, uma empresa, que seu segmento não permite operar
com a NCG negativa, quanto maior o volume de vendas, maior o
volume de NCG. Isto quer dizer que, quanto maior o volume de
vendas mais a empresa precisa manter controladas (para baixo) as
políticas de imobilização, de financiamento de curto prazo e de
distribuição de dividendos.

Gestão do Capital de Giro


74

Gestão do
Capital Permanente Líquido- CPL
A Gestão do Capital Permanente Líquido envolve a estrutura de financiamento
permanente da organização. Decisões estratégicas de longo prazo são necessárias para
que empresa mantenha sempre uma cobertura positiva da NCG frente ao seu
crescimento, principalmente, por expansão ou recessão. COB NCG = (CPL > NCG),
como:

1. Redução de imobilização e otimização de ativos fixos

2. Renegociação de dívidas financeiras do curto para o longo prazo

3. Aumento de captação dos sócios quando possível a manutenção ou crescimento de


rentabilidade

4. Redução da distribuição de lucros (payout = dividendos / lucro líquido)

GESTÃO DO CCL X CPL


INVESTIMENTO FINANCIAMENTO

A Gestão do CCL envolve a A Gestão do CPL envolve a


dinâmica dos recursos de curto estrutura de financiamento
prazo. Decisões como aumento permanente da organização.
dos prazos de pagamento e a Decisões estratégicas como,
redução dos prazos de estocagem aumento dos prazos de
e recebimento melhoram, endividamento, políticas de
significativamente, o desempenho retenção de lucros e redução de
do CCL. imobilização são cruciais para a
melhora do volume de CPL e
cobertura na NCG.

Gestão do Capital de Giro


75

FONTES DE FINANCIAMENTO DA NCG

Decisões Estratégicas Decisões Operacionais e


Financeiras
1. Aumento de capital
1. Redução da NCG
social
2. Aumento da ST
2. Retenção de lucros

3. Redução imobilização

Análise de Tendências
com uso de Indicadores

Para que possamos analisar o comportamento e a tendência da


relação entre as variáveis ST, NCG e CPL, devemos acompanhar a
cobertura da NCG por CPL, pelo indicador abaixo:

COB NCG = CPL / NCG (quanto maior, melhor)

Gestão do Capital de Giro


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MODELO DINÂMICO DE CAPITAL


DE GIRO
Através do Modelo Dinâmico do Capital de Giro (Michel
Fleuriet) é possível evidenciar como as decisões estratégicas,
operacionais e financeiras influenciam a variação do Capital de
Giro da Empresa. A tabela que segue foi resultado da
dissertação de mestrado da autora deste material e está
disponível em artigo na internet, como o tem: Modelo
Dinâmico de Capital de Giro e Fluxo de Caixa: Uma adaptação
do Modelo Fleuriet.

MODELO DINÂMICO DE CAPITAL DE GIRO


Tipo CCL = ST + NCG Interpretação

1 + = + + - Situação de Excelente Liquidez

2 + = + + + Situação Financeira Sólida

3 + = - + + Situação Financeira
Insatisfatória

4 - = + + - Alto Risco de Insolvência

5 - = - + - Situação Financeira Muito Ruim

6 - = - + + Péssimo

Gestão do Capital de Giro


77

Os Diagnósticos de Fleuriet

Tipo CCL = ST + NCG Diagnóstico


1 + = + + - Excelente
2 + = + + + Sólida
3 + = - + + Insatisfatória
4 - = + + - A. R. Insolvência
5 - = - + - Muito Ruim
6 - = - + + Péssimo

DIAGNÓSTICO 1: EXCELENTE
++-
Nesta situação a empresa tem um volume de CPL positivo e
não tem necessidade de capital de giro, ou seja, a operação é
financiada pelos próprios fornecedores de forma que a empresa
recebe primeiro e paga depois. Em decorrência, a sobra de
recursos de longo prazo e de NCG negativa é totalmente
investida na Tesouraria.

Gestão do Capital de Giro


78

DIAGNÓSTICO 2: SÓLIDO
+++
Nesta situação a empresa tem um volume de CPL positivo e
tem Necessidade de Capital de Giro, ou seja, a operação é
financiada pela própria empresa, de forma que a empresa
paga primeiro e recebe depois. Contudo, o volume de CPL é
superior a NCG, sobrando recursos para investimento na
Tesouraria. É um diagnóstico muito comum, principalmente
no varejo. A gestão precisa estar atenta com a gestão dos
prazos médios e na cobertura da NCG para não cair para o
diagnóstico 3.

DIAGNÓSTICO 3: Insatisfatório
+-+
Nesta situação a empresa tem um volume de CPL positivo e
tem Necessidade de Capital de Giro, ou seja, a operação é
financiada pela própria empresa, de forma que a empresa
paga primeiro e recebe depois. Contudo, o volume de CPL é
inferior a NCG, obrigando a empresa a buscar captação
financeira no curto prazo para completar o financiamento da
NCG. É conhecido como EFEITO TESOURA onde o CPL já é
inferior à NCG. Neste caso, a prioridade da gestão é adotar,
imediatamente, as políticas para aumento de CPL.

Gestão do Capital de Giro


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DIAGNÓSTICO 4: Alto Risco de


Insolvência
-+-
Nesta situação a empresa tem um volume de CPL negativo, o
que significa que ela está financiando investimentos de longo
prazo com recursos de curto prazo. A empresa também não
tem Necessidade de Capital de Giro, ou seja, a operação é
financiada pelos fornecedores, de forma que a empresa recebe
primeiro e paga depois. Em decorrência, a empresa se mostra
totalmente dependente dos fornecedores e do giro do estoque.
Esta é considerada uma situação de altíssimo risco.

DIAGNÓSTICO 5: Muito Ruim


---
Nesta situação a empresa tem um volume de CPL negativo o
que significa que ela está financiando investimentos de longo
prazo com recursos de curto prazo. A empresa não tem
Necessidade de Capital de Giro, ou seja, a operação é
financiada pelos fornecedores, de forma que a empresa recebe
primeiro e paga depois. Neste caso, o volume de imobilização
está sendo financiado por recursos operacionais de curto prazo.
Em decorrência, a empresa precisa, imediatamente, adotar as
ações para aumento de CPL.

Gestão do Capital de Giro


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DIAGNÓSTICO 6: Péssima
--+
Nesta situação a empresa tem um volume de CPL negativo e
tem Necessidade de Capital de Giro, ou seja, a operação é
financiada pela empresa com recursos financeiros de curto
prazo, de forma que a empresa paga primeiro e recebe depois.
Além disto, o volume de imobilização também está sendo
financiada por recursos financeiros de curto prazo. Neste caso,
a empresa precisa, imediatamente, adotar as ações para
aumento de CPL. Contudo, nesta situação dificilmente o
diagnóstico poderá ser revertido.

Atividade de Fixação: parte 4

Gestão do Capital de Giro


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CONTATOS
1. E-mail: andreasmonteiro@gmail.com

2. Facebook: Andréa Silveira Monteiro

3. WhatsApp: (21) 9-9965-6667

4. Celular: (21) 9-8283-8840

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