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PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PARA

APERFEIÇOAMENTO (PCA)
NÍVEL MÉDIO

Drogas Lícitas e Ilícitas

Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA


DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS: HISTÓRICO

As Drogas Ontem:
O consumo de drogas não é um fenômeno recente. O uso de plantas
alucinógenas sempre esteve relacionado à vida do homem. Há registros
sumerianos datados de 3000 anos a.C. que falam do uso medicinal da cultura
da papoula do ópio , que se originou na Europa e Ásia Menor, e o próprio
Homero o menciona como algo “que faz esquecer o sofrimento” em sua
Odisseia. O ópio é um depressor do sistema nervoso central, com propriedades
sedativas e analgésicas. A morfina, heroína e codeína são dele derivadas. A
morfina é um alcaloide de ópio usado como analgésico. A heroína é um
derivado semissintético da morfina e é considerada uma droga ilícita.
No Brasil o ópio e seus derivados atualmente considerados substâncias ilegais
já foram utilizados em várias medicações como em xaropes para tosse ou
mesmo para “ acalmar as criancinhas”, sendo vendido nas farmácias até o início
do século XX. Já a China, por razões econômicas, se colocou como maior país
de consumo do ópio até 1950.

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DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS: HISTÓRICO

O consumo de álcool esteve presente como costume desde a antiguidade e


particularmente o vinho foi considerado uma dádiva dos deuses. Osíris deu-o
aos egípcios, Dionísio o fez aos gregos e Noé aos hebreus. Os mosteiros da
Idade Média plantavam vinhas para uso do vinho como sacramento.

Na China foram encontrados os primeiros registros do cânhamo, que origina-se


da Cannabis sativa, há aproximadamente 4000 anos a.C.. Na antiguidade foi
utilizado por sacerdotes indianos em cerimoniais. Na Europa foi introduzido no
século XIX por médicos ingleses que passaram pela Índia. Já no Brasil, fortes
evidências indicam que a maconha tenha sido trazida pelos escravos africanos
e se expandido por quase todo território e seu uso passado dos negros para
índios e brancos.
A Cannabis é utilizada nas seguintes formas: resina (haxixe), no estado natural,
onde as folhas são colhidas, secadas e trituradas e então fumadas (maconha) e
o haxixe líquido (destilado oleoso bastante concentrado) que pode ser sorvido
e, até injetado por via venosa.

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DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS: HISTÓRICO

Os Estados Unidos adotam a maconha como medicamento também no século


XIX, mas no início do século XX houve um declínio de seu uso médico,
possivelmente por razões técnico-farmacêuticas – o não isolamento de seu
princípio ativo.
Em 1964, foi identificado o tetrahidrocanabinol como princípio ativo
alucinógeno da Cannabis sativa, bem como também a existência de dezenas de
outras substâncias canabinoides, isentas desses efeitos alucinógenos. Com isso
os prováveis efeitos terapêuticos da maconha voltaram a ser pesquisados na
década de 70, e tem influenciado o debate sobre sua descriminalização.
Os conquistadores da América ficaram maravilhados com a riqueza botânica do
Novo Mundo. Nele revelou-se por exemplo a coca e o tabaco. A cocaína é um
estimulante natural extraído das folhas da Erythroxylon coca, planta que cresce
nos Andes, principalmente na Bolívia e no Peru, como também no Equador e
Chile. Os nativos da América do Sul tinham por hábito mascar suas folhas para
suportar o trabalho em altitudes e a dieta inadequada.

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DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS:
A HISTÓRIA RECENTE DAS DROGAS

No século XIX foi isolada a cocaína, alcaloide obtido da folha da coca.


Considerada euforizante, a cocaína foi utilizada como antídoto dos depressores
do sistema nervoso e no tratamento do alcoolismo e da morfinomania. Nessa
mesma época foi utilizada como anestésico local em cirurgia oftalmológica. A
cocaína pode ser usada de várias maneiras: mascada (forma comum na cultura
dos povos andinos), aspiração nasal (sendo absorvida diretamente na mucosa
nasal), em injeções endovenosas e na forma cristalizada, fumada como
cigarros, o chamado “crack”. Em 1863, na Europa, o médico Ângelo Mariani
lançou o vinho Mariani, feito das folhas da coca, que conseguiu grande
prestígio tendo sido apreciado por pessoas de destaque como o Papa Leão XIII,
Júlio Verne, Victor Hugo e o czar da Rússia. E nos EUA, em 1910
já havia cerca de 69 tipos de vinho contendo cocaína. A própria Coca-Cola,
refrigerante consumido mundialmente até hoje, tinha esta como ingrediente
ativo até 1903, quando foi substituída pela cafeína.

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DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS:
A HISTÓRIA RECENTE DAS DROGAS

Os barbitúricos, sintetizados desde 1903, são hipnossedativos e depressores do


sistema nervoso central. Foram amplamente consumidos para induzir o sono,
até a década de 60, quando o clordiazepóxido e em seguida benzodiazepínicos,
foram introduzidos. Na década de 50 os barbitúricos tiveram relação direta com
muitas tentativas de suicídio. Sua grande oferta somada a falta de controle
sobre a venda sem receituário médico e sobre a propaganda na mídia, tem
levado muitos usuários a ficarem dependentes.
Outra droga que se destaca são as anfetaminas, utilizadas num primeiro
momento para substituir a cocaína. As anfetaminas são drogas sintéticas
estimulantes do sistema nervoso central que inibem a sensação de fome, sono
e cansaço. O uso de anfetaminas se tornou comum entre
estudantes,esportistas, militares e
homens de negócios, pelo seu efeito estimulante e em regimes de
emagrecimento, pelos seus efeitos antidepressivos e que na Segunda Guerra
Mundial foram consumidas pelas forças armadas de vários países.
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DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS:
A HISTÓRIA RECENTE DAS DROGAS

Propunham uma crítica radical a sociedade de então.


Enfatizavam a liberdade individual associada ás causas sociais de
diversos tipos.
Autoridades como a família e o Estado foram contestados.
Estimulava-se o uso comunitário das drogas e no Brasil
destacaram-se a maconha e o LSD. Entre meados dos anos 60 e
dos anos 80, poucos jovens das camadas médias não
tiveram algum tipo de experiência com maconha. No fim dos
O fenômeno do uso de drogas na sociedade anos 80, a cocaína foi muito usada pelas vias de administração
ocidental está extremamente vinculado ao intranasal e endovenosa. E o final do século XX, foi marcado
movimento da Contracultura iniciado ao final da pela associação entre consumo de drogas e infecção do HIV. A
II Grande Guerra. O movimento “beat” e o partir de 1990 o consumo do crack (uma mistura de cocaína e
movimento hippie foram os precursores de uma bicarbonato de sódio, aquecida e fumada na forma de pedra)
transformação que de início mobilizou jovens teve grande expansão, principalmente entre jovens com menos
americanos, concomitantemente à guerra do de 20 anos de todas as classes sociais mas sobretudo das classes
Vietnã, e repercutiu no mundo, principalmente mais baixas. O potencial de dependência do crack e o baixo
entre os jovens da Europa e da América Latina. custo favoreceram muito o aumento de seu consumo.
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DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS:
A HISTÓRIA RECENTE DAS DROGAS

Em São Paulo existe um local denominado de cracolândia. No


Rio de Janeiro o crack não teve mercado e acredita-se que isso
se deu em razão dos traficantes dos diversos morros terem
proibido sua entrada aqui por não interessar comercialmente.
Ao contrário, prejudicaria o “movimento”* por causar
dependência muito rápida interferindo assim na permanência
do “cliente”*, pois pelas sérias consequências que é capaz de
causar reduziria significativamente o potencial de consumo
destes, gerando impacto nas vendas.
A cocaína é a droga de excelência nas “bocas”* do Rio de
Janeiro. Apesar disso, um número cada vez maior de pacientes
atendidos em instituições de tratamento do Rio de Janeiro
relatam uso do crack. Os agentes inalantes foram usados em
todas as épocas por seus efeitos euforizantes. Cada época teve
preferência por determinado produto.

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DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS:
A HISTÓRIA RECENTE DAS DROGAS

Atualmente são utilizados principalmente as colas (que contêm


acetona, hexano e benzeno), os solventes, removedores e
diluentes de tinta (contendo acetona), os anestésicos voláteis (o
éter, protóxico de nitrogênio) e os gases (a gasolina e os gases do
escapamento de automóveis).
No Brasil, os agentes inalantes têm sido usados desde cedo,
principalmente a cola, fora das situações ocupacionais, por
crianças e adolescentes de rua e por estudantes.
Mais recente, surgiu o êxtase ou ecstasy na Europa , derivado
sintético da anfetamina, conhecido como “droga do amor".
Desde então seu consumo tem aumentado entre jovens de
vários países, inclusive no Brasil.
Sendo utilizada prioritariamente em locais de dança pois seu uso
faz com que seus usuários ponham-se a dançar freneticamente.
Também destaca-se que na virada do século, o uso de drogas
associadas ao culto do corpo, como os anabolizantes procurados
basicamente por esportistas e “body builders”.

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DEFINIÇÕES DE DROGAS

Droga, em seu sentido original, é um termo que abrange uma grande


quantidade de substâncias - desde o carvão vegetal à aspirina.
Em medicina, refere-se a qualquer substância com o potencial de prevenir ou
curar doenças ou aumentar o bem-estar físico ou mental.
Em farmacologia, refere-se a qualquer agente químico que altera os processos
bioquímicos e fisiológicos de tecidos ou organismos.
Em um contexto legal e no sentido corrente (fixado depois de quase um século
de repressão ao consumo de certas drogas), o termo "droga" refere-se,
geralmente, a substâncias psicoativas e, em particular, às drogas ilícitas ou
àquelas cujo uso é regulado por lei, por provocarem alterações do estado de
consciência do indivíduo. Certos fármacos de uso médico controlado, tais como
os opiáceos, também podem ser tratados como drogas ilícitas, quando
produzidos e comercializados sem controle dos órgãos sanitários ou se
consumidos sem prescrição médica.

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DEFINIÇÕES DE DROGAS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define droga como sendo toda


substância, natural ou sintética, capaz de produzir em doses variáveis os No Brasil, a legislação define como droga "as
fenômenos de dependência psicológica ou dependência orgânica, substâncias ou produtos capazes de causar
sendo considerado um problema de saúde. Droga é o termo utilizado dependência, assim especificados em lei ou
para designar substâncias psicoativas, naturais ou não, que quando relacionados em listas atualizadas
absorvidas pelo organismo por diferentes vias (oral, endovenosa, periodicamente pelo Poder Executivo da União"
inalada, etc.), alteram o funcionamento do Sistema Nervoso Central segundo o parágrafo único do art. 1.º da Lei n.º
(S.N.C.) do indivíduo. Essas alterações provocam mudanças no estado 11.343, de 23 de agosto de 2006 ( Lei das
de consciência e no senso de percepção do usuário, podendo essas Drogas). Atualmente, no país, são consideradas
substâncias atuar como depressoras, estimulantes ou perturbadoras do drogas todos os produtos e substâncias listados
S.N.C. A maioria causa dependência química ou psicológica, e pode na Portaria n.º SVS/MS 344/98 do Ministério da
levar à morte em caso de overdose. Existem exames médicos que Saúde.
conseguem detectar a presença de várias drogas no organismo - são
chamados de Exames Toxicológicos.
.

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DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS: DEFINIÇÕES

Drogas Lícitas
São aquelas que têm a sua produção e seu uso permitido
por lei, sendo liberadas para comercialização. Observa-se
aqui que o fato de serem liberadas não significa que não
tenham algum tipo de controle governamental bem como
não provoquem algum prejuízo à saúde mental, física e
social. Isto dependerá de múltiplos fatores tais como
quantidade, qualidade, frequência de uso e etc.
 Drogas medicamentosas (tranquilizantes,analgésicos,etc.);
 Drogas sem finalidade terapêutica (álcool e tabaco);
 Drogas industriais (cola, esmalte, fluídos, solventes, etc.)

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DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS: DEFINIÇÕES

Drogas Ilícitas:
São todas e quaisquer substâncias químicas ou
composto químico natural ou artificial que tenha efeito
psicoativo e que seja proibida por lei. Note-se que
algumas drogas, ilícitas em determinados países, são
permitidas e de uso corriqueiro em outros países. Veja-
se o exemplo do álcool, proibido em países
muçulmanos, mas permitido no Ocidente.

No uso corrente, trata-se de substância psicoativa


produzida, vendida ou usada fora dos canais legais.

Ex.: cocaína, heroína, maconha, LSD, crack, etc.

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DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS:
USO X ABUSO X TOLERÂNCIA X DEPENDÊNCIA

> Uso: usar drogas significa consumir algum tipo de substância psicoativa de forma
eventual ou recreacional. Como exemplos, podem ser citados o consumo de
bebidas alcoólicas em determinadas ocasiões, o uso de psicofármacos por
recomendação médica, o uso de algumas ervas em rituais religiosos, ou
ainda, o uso esporádico de drogas consideradas ilícitas (maconha, cocaína, etc).
> Abuso de drogas refere-se ao consumo excessivo de qualquer
substância psicoativa, que acarrete danos físicos, psicológicos e/ou sociais para o
indivíduo.
> Tolerância: diminuição do efeito farmacológico com a administração repetida da
substância.
> Dependência: vínculo extremo, onde a droga é priorizada em detrimento de outras
relações. Na falta da droga, as pessoas que se acostumaram à consumi-la, são invadidas
por sintomas penosos.
> Dependência física: estado de adaptação do corpo, manifestado por distúrbios físicos
quando o uso de uma droga é interrompido.
> Dependência psíquica: impulso irrefreável, tem que fazer uso das drogas a fim de evitar
o mal-estar, o que favorece a aquisição do hábito.

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DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS:
TIPOS DE USUÁRIOS DE DROGA

Tipos de usuários de drogas:  Usuário habitual: o usuário não espera que alguém lhe
Os usuários podem ser classificados em: ofereça a droga — ele mesmo vai comprá-la, por livre e
> Usuário experimentador: é o jovem que tem o primeiro espontânea vontade. Nessa categoria, ele ainda não está
contato com qualquer substância: pode ser a primeira dependente de drogas, mas está a um passo de se tornar
tragada de um cigarro, o primeiro gole de cerveja ou o um viciado.
uso de maconha ou de cocaína pela primeira vez. São  Usuário dependente: é aquele que se torna dependente
muitos os motivos que levam um jovem a experimentar físico e psíquico de droga. O usuário rompe com os vínculos
algum tipo de droga: pressão de colegas, curiosidade, sociais e afetivos, isolando-se e marginalizando-se.
exibição para o sexo oposto. Na maioria das vezes, o
contato com a droga não passa da primeira experiência.

> Usuário ocasional: aquele que utiliza drogas de vez em


quando, se o ambiente for favorável e propício. Como
usuário ocasional, ele ainda não é dependente de drogas
nem revela sinais de ruptura ou de revolta com as
relações afetivas ou sociais. Ele não vai atrás das drogas;
simplesmente faz uso delas em lugares em que outras
pessoas já estiverem usando e lhe oferecerem.
Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA
DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS:
ABUSO E DEPENDÊNCIA
O abuso e a dependência das drogas são grandes
problemas enfrentados por toda a sociedade. Além A dependência de drogas está relacionada tanto ao
dos prejuízos sociais, as drogas causam graves prazer produzido, usualmente designado como euforia,
distúrbios físicos nos seus usuários. O sensação de bem estar, estimulação ou entorpecimento
conhecimento dos efeitos danosos causados pelas (analgesia), como à compreensão deformada de seus
drogas na saúde do indivíduo pode ajudar na efeitos nocivos (tóxicos) ao organismo, além dos
prevenção do seu uso. mecanismos químicos ou crise de abstinência induzidos
Sob o efeito de determinadas drogas, o indivíduo pela ausência da substância após um período de uso
parece ver além do comum em objetos, em gestos continuado.
ou até mesmo no vazio, daí a utilização de termos Ademais, ao adquirir drogas no mercado negro, o
como despersonalização, alucinação ou sintomas indivíduo se expõe a outros riscos - agressão, roubo,
paranoicos e psicóticos na descrição do seu consumo involuntário de outras substâncias nocivas
comportamento. Sob o efeito de drogas, algumas misturadas às drogas, violência e prisão.
pessoas tendem a parecer mais introspectivas ou
mais extrovertidas e agressivas, a depender do tipo
de substância consumida, assim como do contexto
de utilização e dos próprios traços de
personalidade individual. Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA
DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS:
DROGAS MAIS UTILIZADAS

Uma das maiores pesquisas globais sobre o assunto,


realizada pela Global Drug Survey 2017, contou com 50
países, incluindo o Brasil com 3 mil participantes em um
total de quase 120 mil usuários, trazendo dados
estatísticos das 10 drogas mais consumidas em 2016:
álcool (94,1%); maconha (60%); tabaco (47,6%);
energéticos a base de cafeína (42,8%); cocaína (19,1%);
MDMA-Ecstasy (19%); anfetaminas (12,2%), LSD (11,4%),
cogumelos alucinógenos (10,4%) e opioides com
prescrição (8,9%).
Diversas são as razões que levam uma pessoa a consumir
drogas e para cada usuário há um grau de
comprometimento social, ocupacional, familiar e clínico.
Perceber o dano causado a si próprio e buscar ajuda o
quanto antes, contando com suporte familiar e de
especialistas, é de suma importância para o êxito no
tratamento.
Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA
DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS: COMO AS DROGAS CIRCULAM NO CORPO E
SUAS CONSEQUÊNCIAS

As drogas podem ser administradas oralmente, aspiradas


pelo nariz ou inaladas até os pulmões. Podem também
ser injetadas através da pele, por uma camada de
gordura, músculo ou dentro de uma veia (via
intravenosa). A injeção intravenosa é a via que produz os
efeitos mais rápidos. No corpo, a droga alcança a
circulação sanguínea e se distribui pelo organismo,
alcançando vários órgãos e notadamente o cérebro.

Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA


CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS QUANTO À ORIGEM:
NATURAIS X SEMISSINTÉTICAS X SINTÉTICAS
As drogas podem ser classificadas em naturais, semissintéticas e sintéticas:
> Drogas Naturais
São aquelas extraídas de uma fonte exclusivamente natural, em geral de
plantas. Alguns exemplos são a cocaína, a maconha, a morfina, a mescalina e a
psilocibina.
> Drogas semissintéticas
São drogas obtidas em laboratório, a partir de uma matriz natural. A droga
semissintética mais conhecida é a heroína, obtida em laboratório a partir da
molécula de morfina.
> Drogas sintéticas
Drogas totalmente obtida em laboratório, sem a necessidade de precursores
naturais. As primeiras drogas sintéticas psicotrópicas produzidas foram os
barbitúricos e as anfetaminas. Há vários opiáceos sintéticos em nosso meio,
dentre os quais destacam-se a meperidina (Dolantina®) e a fentanila
(Fentanil®).

Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA


CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS QUANTO À ORIGEM:
NATURAIS X SEMISSINTÉTICAS X SINTÉTICAS

Uma nova classe de drogas apareceu dentro das drogas sintéticas. São as
chamadas designer drugs ou club drugs. A palavra designer significa
desenhada, modificada. São drogas sintéticas obtidas por meio da manipulação
laboratorial de outras drogas sintéticas, com o intuito de potencializar seus
efeitos, minimizar reações adversas ou combinar novas sensações. São fruto da
popularização e da banalização tecnológica, uma vez que são sintetizadas em
laboratórios clandestinos, em escala doméstica. Por serem consumidas
preferencialmente por jovens frequentadores de dance clubs e festas tecno
denominadas raves, também ganharam o nome de club drugs.

Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA


CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS QUANTO À SUA AÇÃO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL:
DEPRESSORAS X ESTIMULANTES X PERTUBADORAS

Todas as drogas psicotrópicas atuam sobre o cérebro, principal órgão do


sistema nervoso central. Sob esse ponto de vista, há três classes de drogas,
que são: depressoras, estimulantes e perturbadoras (alucinógenas) do sistema
nervoso central.

> Drogas depressoras do sistema nervoso central


Depressores de ação central ou psicolépticos são substâncias capazes de
diminuir a atividade do cérebro, atuando em receptores
(neurotransmissores) específicos, possuindo também alguma propriedade
analgésica. Pessoas sob o efeito de tais substâncias tornam-se sonolentas,
lerdas, desatentas e desconcentradas.
*Álcool *Benzodiazepínicos (tranquilizantes ou calmantes) *Barbitúricos
(soníferos) *Opiáceos *Inalantes.

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CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS QUANTO À SUA AÇÃO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL:
DEPRESSORAS X ESTIMULANTES X PERTUBADORAS

> Drogas estimulantes do sistema nervoso central


Estimulantes centrais ou psicoanalépticos são substâncias capazes de aumentar a
atividade cerebral. Há aumento da vigília, da atenção, aceleração
do pensamento e euforia. Seus usuários tornam-se mais ativos, ‘ligados’.
*Cocaína *Anfetaminas & derivados *Nicotina *Cafeína.

> Drogas perturbadoras do sistema nervoso central


As drogas perturbadoras, alucinógenas ou psicodislépticas são aquelas relacionadas
à produção de quadros de alucinação ou ilusão, geralmente de
natureza visual. Os alucinógenos não possuem utilidade clínica (como os
calmantes), tampouco podem ser utilizados legalmente (como o álcool, o
tabaco e a cafeína). Os alucinógenos não se caracterizam por acelerar ou lentificar o
sistema nervoso central. A mudança provocada é qualitativa.
O cérebro passa a funcionar fora do seu normal e sua atividade fica perturbada.
*Mescalina *Maconha (THC) *Psilocibina (cogumelo) *LSD-25 *DMT (Ayahuasca ou
Santo Daime) *MDMA (Ecstasy) *Anticonérgicos naturais (lírio) e
sintéticos (Artane®, Bentyl®).

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DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS:

O termo psicodélico foi bastante utilizado nos anos setenta, como


sinônimo de alucinógeno. Ele surgiu em meio ao movimento hippie e
envolto na concepção de que os alucinógenos eram capazes de expandir
os estados da mente. Havia uma associação entre alucinógenos e a
melhora da sensibilidade, da percepção do mundo, da realidade e da
consciência sobre a Humanidade. Abandonado nos últimos anos pelos
cientistas, sempre se manteve presente no meio artístico e intelectual.

Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA


CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS QUANTO AO POTENCIAL DE USO NOCIVO
E UTILIDADE CLÍNICA

A Federal Drug Enforcement Administration (DEA) elaborou uma > > Substâncias Classe III: Alguma utilidade clínica.
classificação adotada hoje pelos órgãos de saúde pública e Potencial moderado de abuso e dependência .
vigilância sanitária de todo o mundo. A classificação baseia-se Ex: Paracetamol e codeína combinada, esteróides,
tanto na utilidade clínica da substância, quanto no seu potencial anabolizante.
de uso nocivo.
> Substâncias Classe IV: Grande utilidade clínica.
Classificação do Federal Drug Enforcement Administration (DEA): Potencial baixo de abuso e dependência
Ex: Benzodiazepínico, Fenobarbital.
> Substâncias Classe I: Nenhuma utilidade clínica. Alto potencial
de abuso e dependência. > Substâncias Classe V: Grande utilidade clínica
Ex: Heroína Alucinógena (LSD, mescalina), Maconha. Potencial muito baixo de abuso e dependência
Ex: Misturas de narcóticos e atropina ,misturas diluídas
> Substâncias Classe II: Baixa utilidade clínica . Alto potencial de de codeína.
abuso e dependência.
Ex: Ópio ou morfina, Codeína, Opiáceos sintéticos, Barbitúricos
Anfetaminas & derivados, Cocaína ,Fenciclidina (PCP).
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DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS:

É possível notar que entre as drogas lícitas há aquelas que não possuem
utilidade médica, mas são consumidas livremente ou com algum controle.
É o caso do álcool e do tabaco, podendo causar dependência.
Há aquelas que apesar de causarem dependência possuem indicações
médicas precisas e importantes. São os calmantes, os analgésicos
derivados do ópio e as anfetaminas.
Mas há um último grupo, que não possui indicações para uso médico,
tampouco destinam-se originalmente ao consumo humano. Tratam-se dos
inalantes. Esses compostos orgânicos, presentes nas tintas acrílicas, sprays,
corretores de tinta, nos combustíveis, colas, solventes e removedores são
causadores potenciais de complicações agudas e crônicas.

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CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS QUANTO AO POTENCIAL DE USO NOCIVO
E UTILIDADE CLÍNICA
É importante notar que mesmo as drogas lícitas sofrem controle
por parte das nações, pois, todas trazem prejuízos e perigos > Nome
. da droga: Derivados do ópio: Fentanila (Fentanil®) ,
potenciais que devem ser sempre considerados, Meperidina (Dolantina®) , Morfina e Codeína.
independentemente de serem lícitas ou ilícitas. Indicação Clínica: Anestésicos gerais, Analgésicos,
Algumas drogas com potencial de uso nocivo, mas com Antitussígenos e Antiespasmódicos.
indicações medicamentosas são vendidas de forma controlada,
com receitas especiais. > Nome da droga: Anticolinérgicos: Triexfenidila,
Diciclomina, Benzidamina (Benflogin®)
Drogas psicotrópicas de venda controlada: Indicação Clínica: Antiparkinsoniano, Antiespasmódico.

> Nome da droga: Benzodiazepínicos: Diaxezepam (Valium®), > Nome da droga: Anfetaminas e derivados: Anfepramonas
Clordiazepóxido (Psicosedin®), Clonazepam (Rivotril®), (Dualid®, Inibex®) , Femproporex (Desobesi® ),
Midazolam (Dormonid®), Alprazolam (Frontal®), Bromazepam Metilfenidato (Ritalina®).
(Lexotan®), Flunitrazepam (Rohypnol®). Indicação Clínica: Moderadores do apetite (Anorexígenos)
Indicação Clínica: Tranqüilizantes ou calmantes (ansiolíticos) Déficit de Atenção.
Indutores do sono,hipnóticos ou soníferos.

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POLÍTICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A ATENÇÃO INTEGRAL A USUÁRIOS DE ÁLCOOL
E OUTRAS DROGAS:

O Sistema Único de Saúde (SUS), instituído pela Lei 8080/90, é o Assim sendo, torna-se imperativa a necessidade de
conjunto de ações e serviços de saúde que têm por finalidade a estruturação e fortalecimento de uma rede de
promoção de maior qualidade de vida para toda a população assistência centrada na atenção comunitária associada à
brasileira; no intuito de garantir o acesso de todos a uma rede de serviços de saúde e, que tenha
assistência integral e equitativa à Saúde, avança de forma ênfase na reabilitação e reinserção social dos seus usuários,
consistente na consolidação de rede de cuidados que funcione de sempre considerando que a oferta de cuidados a pessoas
forma regionalizada, hierarquizada e integrada. O SUS tem seu que apresentem problemas decorrentes do uso de álcool e
funcionamento organizado pelas Leis 8.080/90 e 8.142/90, outras drogas deve ser baseada em dispositivos extra
editadas com a função de fazer cumprir o mandamento hospitalares de atenção psicossocial especializada,
constitucional de dispor legalmente sobre a proteção e a defesa da devidamente articulados à rede assistencial em saúde
saúde. mental e ao restante da rede de saúde. Tais dispositivos
O texto da Lei 10.216 de 06 de abril de 2001, marco legal da devem fazer uso dos conceitos de território e rede, bem
Reforma Psiquiátrica, ratificou, de forma histórica, as diretrizes como da lógica ampliada de redução de danos, realizando
básicas que constituem o Sistema Único de Saúde; garantindo aos uma procura ativa e sistemática das necessidades a serem
usuários de serviços de saúde mental – e, consequentemente, aos atendidas, de forma integrada ao meio cultural e à
que sofrem por transtornos decorrentes do consumo de álcool e comunidade em que estão inseridos, e de acordo com os
outras drogas - a universalidade de acesso e direito à assistência, princípios da Reforma Psiquiátrica.
bem como à sua integralidade.
Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA
POLÍTICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A ATENÇÃO INTEGRAL A USUÁRIOS DE ÁLCOOL
E OUTRAS DROGAS:
Historicamente, a questão do uso abusivo e/ou dependência de álcool e
outras drogas tem sido abordada por uma ótica predominantemente Entendemos que uma política de prevenção, tratamento e de
psiquiátrica ou médica. As implicações sociais, psicológicas, econômicas e educação para o uso consumo de álcool e outras drogas
políticas são evidentes, e devem ser consideradas na compreensão global do necessariamente terá que ser construída na interface de programas
problema. Cabe ainda destacar que o tema vem sendo associado à do Ministério da Saúde com outros Ministérios, bem como com
criminalidade e práticas antissociais e à oferta de “tratamentos” inspirados setores da sociedade civil organizada.
em modelos de exclusão/separação dos usuários do convívio social. Assim, Reconhecer o consumidor, suas características e necessidades, assim
neste vácuo de propostas e de estabelecimento de uma clara política de como as vias de administração de drogas, exige a busca de novas
saúde por parte do Ministério da Saúde, constituíram-se “alternativas de estratégias de contato e de vínculo com ele e seus familiares, para
atenção” de caráter total, fechado e tendo como principal objetivo a ser que se possa desenhar e implantar múltiplos programas de
alcançado a abstinência. A percepção distorcida da realidade do uso de prevenção, educação, tratamento e promoção adaptados às
álcool e outras drogas promove a disseminação de uma cultura de combate a diferentes necessidades. Para que uma política de saúde seja
substâncias que são inertes por natureza, fazendo com que o indivíduo e o coerente, eficaz e efetiva, deve ter em conta que as distintas
seu meio de convívio fiquem aparentemente relegados a um plano menos estratégias são complementares e não concorrentes, e que,
importante. Isto por vezes é confirmado pela multiplicidade portanto, o retardo do consumo de drogas, a redução dos danos
de propostas e abordagens preventivas / terapêuticas consideravelmente associada ao consumo e a superação do consumo são elementos
ineficazes, por vezes reforçadoras da própria situação de uso abusivo e/ou fundamentais para sua construção.
dependência.

Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA


POLÍTICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A ATENÇÃO INTEGRAL A USUÁRIOS DE ÁLCOOL
E OUTRAS DROGAS:

O Ministério da Saúde assume de modo integral e Frente a este objetivo, são traçadas estratégias de
articulado o desafio de prevenir, tratar, reabilitar os abordagem para sua consecução: redução da oferta
usuários de álcool e outras drogas como um problema de e redução da demanda. Para a primeira estratégia,
saúde pública. Esta decisão atende às propostas que foram conta-se com a ação da justiça, da segurança e da
enfaticamente recomendadas pela III Conferencia Nacional defesa. Para a segunda, a operação substancial tem-
de Saúde Mental, em dezembro de 2001. (III CNSM, se dado através de tratamentos de internação com
Relatório Final, 2001). afastamento do usuário do agente indutor.
Comprometer-se com a formulação, execução e avaliação Sem que deixemos de considerar a existência destes
de uma política de atenção a usuários de álcool e outras métodos, com os quais temos ainda muito que
drogas exige exatamente a ruptura de uma lógica debater, queremos indicar que, em se tratando de
binarizante que separa e detém o problema em fronteiras tema tão complexo, com claras implicações sociais,
rigidamente delineadas, e cujo eixo principal de psicológicas, econômicas e políticas, traçar uma
entendimento (e, portanto, de “tratamento”) baseia-se na política com base em um único objetivo é trabalhar
associação drogas-comportamento antissocial (álcool) ou em saúde com um modo estreito de entendimento.
criminoso (drogas ilícitas). Em ambos os casos, há um único
objetivo a ser alcançado: a abstinência.
Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA
POLÍTICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A ATENÇÃO INTEGRAL A USUÁRIOS DE ÁLCOOL
E OUTRAS DROGAS: INTRODUÇÃO À REDUÇÃO DE DANOS
A Redução de Danos

A abstinência não pode ser, então, o único objetivo a ser alcançado. A redução de danos oferece-se como um método (no
Aliás, quando se trata de cuidar de vidas humanas, temos que, sentido de méthodos, de caminho) e, portanto, não
necessariamente, lidar com as singularidades, com as diferentes excludente de outros. Mas, vemos também, que o
possibilidades e escolhas que são feitas. As práticas de saúde, em
método está vinculado à direção do tratamento e, aqui,
qualquer nível de ocorrência, devem levar em conta esta
diversidade. Devem acolher, sem julgamento, o que em cada tratar significa aumentar o grau de liberdade, de
situação, com cada usuário, é possível, o que é necessário, o que corresponsabilidade daquele que está se tratando.
está sendo demandado, o que pode ser ofertado, o que deve ser Implica, por outro lado, no estabelecimento de vínculo
feito, sempre estimulando a sua participação. com os profissionais, que também passam a ser
Proporcionar tratamento na atenção primária, garantir o acesso a corresponsáveis pelos caminhos a serem construídos
medicamentos, garantir atenção na comunidade, fornecer pela vida daquele usuário, pelas muitas vidas que a ele
educação em saúde para a população, envolver comunidades / se ligam e pelas que nele se expressam.
famílias / usuários, formar recursos humanos, criar vínculos com
outros setores, monitorizar a saúde mental na comunidade, dar
mais apoio à pesquisa e estabelecer programas específicos são
práticas que devem ser obrigatoriamente contempladas pela
Política de Atenção a Usuários de Álcool e Outras Drogas, em uma
perspectiva ampliada de saúde pública. Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA
POLÍTICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A ATENÇÃO INTEGRAL A USUÁRIOS DE ÁLCOOL
E OUTRAS DROGAS: INTRODUÇÃO À REDUÇÃO DE DANOS
A rede de saúde como local de conexão e de inserção:
Para ter a eficácia que pretende, a redução de danos deve promover
o aumento de superfície de contato, criando pontos de referência,
viabilizando o acesso e o acolhimento, adscrevendo a clientela e
qualificando a demanda, multiplicando as possibilidades de
enfrentamento ao problema da dependência no uso do álcool e
outras drogas. Proporcionar tratamento na atenção primária, garantir
o acesso a medicamentos, fornecer educação em saúde para a
população, envolver comunidades / famílias / usuários, formar
recursos humanos, criar vínculos com outros setores, monitorizar a
saúde mental na comunidade, dar mais apoio à pesquisa e
estabelecer programas específicos são práticas que devem ser
obrigatoriamente contempladas pela Política de Atenção a Usuários
de Álcool e Outras Drogas, em uma perspectiva ampliada de saúde
pública. Este é o compromisso do SUS: fortalecer seu caráter de rede
incitando outras redes à conexão. A garantia do acesso aos serviços e
à participação do consumidor em seu tratamento são princípios
assumidos pelo SUS como direitos a serem garantidos.
.
Material elaborado
. pela Equipe Pedagógica do PCA
POLÍTICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A ATENÇÃO INTEGRAL A USUÁRIOS DE ÁLCOOL
E OUTRAS DROGAS: ABUSO E CONSEQUENCIAS
PANORAMA NACIONAL PARA ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
De acordo com a própria Organização Mundial de Saúde Existe uma tendência mundial que aponta para o uso
(OMS, 2001), cerca de 10% das populações dos centros cada vez mais precoce de substâncias psicoativas,
urbanos de todo o mundo, consomem abusivamente incluindo o álcool. No Brasil, estudo realizado pelo
substâncias psicoativas independentemente da idade, CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas
sexo, nível de instrução e poder aquisitivo. A despeito do Psicoativas sobre o uso indevido de drogas por
uso de substâncias psicoativas de caráter ilícito, e estudantes (n = 2.730) em 10 capitais brasileiras
considerando qualquer faixa etária, o uso indevido de revelou percentual altíssimo de adolescentes que já
álcool e tabaco tem a maior prevalência global, trazendo haviam feito uso de álcool na vida: 74,1%.
também as mais graves consequências para a saúde Quanto a uso frequente, e para a mesma amostra,
pública mundial. chegamos a 14,7%. Ficou constatado que 19,5% dos
O uso do álcool é cultural, sendo permitido em quase estudantes faltaram à escola, após beber, e que 11,5%
todas as sociedades do mundo. Informações sobre “saber brigaram, sob o efeito do álcool.
beber” com responsabilidade e as consequências do “uso Esse estudo também demonstrou que entre crianças e
inadequado de álcool”, ainda são insuficientes e não adolescentes mais pobres da população, o uso de
contemplam a população de maior risco para o consumo, solventes e maconha é observado com frequência.
.
que são os adolescentes e os adultos jovens.
Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA
POLÍTICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A ATENÇÃO INTEGRAL A USUÁRIOS DE ÁLCOOL
E OUTRAS DROGAS: ABUSO E CONSEQUENCIAS
Como consequências, temos altos índices de abandono
escolar, bem como o rompimento de outros laços sociais .
.
que reforçam a percepção pública deste uso como
próximo ao crime, faltando a compreensão do fenômeno
como reflexo de questões multifatoriais.
Ao considerarmos crianças e adolescentes em situação de
rua, vemos um agravamento da situação acima descrita,
no tocante às substâncias psicoativas em geral sendo
apresentados percentuais altíssimos de uso de droga,
também de forma cada vez mais precoce e pesada.
Observa-se também o aumento no uso de ansiolíticos,
anfetaminas e cocaína.
Mais das metade do total dos pacientes atendidos por
acidentes de trânsito, no Ambulatório de Emergência do
Hospital das Clínicas/SP, em período determinado, tinha
índices de alcoolemia em seus exames de sangue
superiores aos permitidos pelo Código de Trânsito
Brasileiro. Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA
POLÍTICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A ATENÇÃO INTEGRAL A USUÁRIOS DE ÁLCOOL
E OUTRAS DROGAS: ABUSO DE DROGAS E JUVENTUDE
O uso de drogas, inclusive álcool e tabaco, tem relação direta e indireta
com uma série de agravos à saúde dos adolescentes e jovens, entre os
quais destacam-se os acidentes de trânsito, as agressões, depressões
clínicas e distúrbios de conduta, ao lado de comportamento de risco no
âmbito sexual e a transmissão do HIV pelo uso de drogas injetáveis e de
outros problemas de saúde decorrentes dos componentes da substância
ingerida, e das vias de administração. Desta forma, uma política nacional de
atenção à saúde, de forma relacionada ao consumo de álcool e
outras drogas, implica na implementação da assistência, ampliando a
cobertura e o espectro de atuação do Programa Nacional de Atenção
Comunitária Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas do Ministério da
Saúde. A assistência a usuários de álcool e outras drogas deve ser oferecida
em todos os níveis de atenção, privilegiando os cuidados em dispositivos
extra hospitalares, como os Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e
Drogas (CAPSad), devendo também estar inserida na atuação do Programa
de Saúde da Família, programa de Agentes Comunitários de Saúde, e da
Rede Básica de Saúde. A assistência dos casos de maior gravidade, como os
quadros de intoxicação ou abstinência graves e outros transtornos clínicos
e psiquiátricos agudos, deve ocorrer em hospitais psiquiátricos e hospitais
gerais e serviços de emergências médicas (geral e emergência
psiquiátrica).
Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA
POLÍTICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A ATENÇÃO INTEGRAL A USUÁRIOS DE ÁLCOOL
E OUTRAS DROGAS: VIDA SEXUAL PRECOCE E DOENÇAS PELO COMPARTILHAMENTO DE
DROGAS INJETÁVEIS
Estudos demográficos apontam forte tendência de redução da faixa
etária de início da vida sexual (em torno de 13 anos), com altos índices
Além da infecção pelo HIV, as demais doenças de
de gravidez na adolescência, o que coincide com um início igualmente transmissão sanguínea são bastante prevalentes entre os
precoce do uso de bebidas alcoólicas. usuários de drogas injetáveis (UDI) brasileiros, com taxas
Uma pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre elevadas de infecção pelos agentes etiológicos das hepatites
Drogas Psicotrópicas (CEBRID) – UNIFESP: “Relação ente o uso de Crack e virais, além de infecções particularmente comuns em
o desenvolvimento de comportamento de risco para a infecção de determinadas regiões brasileiras, como a infecção pelo HTLV
DST/HIV/AIDS”, com 150 mulheres usuárias de crack de São Paulo e São
I / II, endêmica na Bahia e região nordeste do Brasil.
José do Rio Preto, demonstram que 80% das entrevistadas referem que a
idade da primeira experiência sexual ocorreu antes dos 15 anos de
Pode-se transmitir também malária transmitidos por
idade, sendo que metade da amostra teve sua iniciação antes dos 14 equipamentos de injeção compartilhados.
anos. Constata-se o dado alarmante de 17% da iniciação sexual por Embora ainda não tenhamos dados consistentes, pesquisas
estupro. pontuais demonstram crescimento do compartilhamento de
Das entrevistadas, 72% referiu não saber como se proteger nas relações seringas e agulhas para uso de anabolizantes em academias
sexuais, revelando baixo conhecimento sobre infecções sexualmente e de silicone injetável entre travestis.
transmissíveis. Consequentemente, o percentual dessas mulheres que
usaram preservativo na primeira relação sexual foi extremamente baixo:
7%. Essas mulheres iniciaram precocemente o uso de crack , geralmente
por influência do companheiro, sendo que para algumas o crack foi a
primeira droga psicotrópica utilizada. Citam o álcool e a maconha como
substâncias de uso obrigatoriamente associado ao crack. Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA
DIRETRIZES PARA UMA POLÍTICA DE ATENÇÃO INTEGRAL AOS USUÁRIOS DE ÁLCOOL E
OUTRAS DROGAS: CAPSAD

A Lei Federal 10.216 (MS, 2002) é o instrumento legal / normativo


máximo para a política de atenção aos usuários de álcool e outras Possibilitam ainda intervenções precoces, limitando o
drogas, a qual também se encontra em sintonia para com as propostas
estigma associado ao tratamento. Assim, a rede proposta se
e pressupostos da Organização Mundial da Saúde.
A Portaria GM / 336 de 19 de fevereiro de 2002 (MS, 2002) define baseia nestes serviços comunitários, apoiados por leitos
normas e diretrizes para a organização de serviços que prestam psiquiátricos em hospital geral e outras práticas de atenção
assistência em saúde mental, tipo “Centros de Atenção Psicossocial – comunitária (ex.: internação domiciliar, participação
CAPS”- incluídos aqui os CAPS voltados para o atendimento aos comunitária na discussão dos serviços), de acordo com as
usuários de álcool e drogas, os CAPSad. necessidades da população-alvo dos trabalhos.
Já a Portaria SAS / 189 de 20 de março de 2002 (MS, 2002)
regulamenta a Portaria GM / 336, criando no âmbito do SUS os
“serviços de atenção psicossocial para o desenvolvimento de atividades
em saúde mental para pacientes com transtornos decorrentes do uso
prejudicial e/ou dependência de álcool e outras drogas”.
Os CAPSad, devem oferecer atendimento diário, sendo capazes de
oferecer atendimento nas modalidades intensiva, semintensiva e não-
intensiva, permitindo o planejamento terapêutico dentro de uma
perspectiva individualizada de evolução contínua.

Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA


DIRETRIZES PARA UMA POLÍTICA DE ATENÇÃO INTEGRAL AOS USUÁRIOS DE ÁLCOOL E
OUTRAS DROGAS: CAPSAD

Um CAPSad tem como objetivo oferecer atendimento à população,


respeitando uma área de abrangência definida, oferecendo atividades A lógica da redução de danos contempla um conjunto de
terapêuticas e preventivas à comunidade, buscando: medidas de saúde que buscam minimizar as
1. Prestar atendimento diário aos usuários dos serviços, dentro da consequências do uso e dependência de substâncias
lógica de redução de danos;
psicoativas, bem como diminuir o risco de infecção
2. Gerenciar os casos, oferecendo cuidados personalizados;
3. Oferecer atendimento na modalidades intensiva, semi-intensiva e por hepatites e HIV. O uso destas medidas permite que
não-intensiva, garantindo que os usuários de álcool e outras drogas sejam elaborados projetos terapêuticos mais flexíveis e de
recebam atenção e acolhimento; menor exigência, mais adequados às necessidades de cada
4. Oferecer condições para o repouso e desintoxicação ambulatorial de usuário.
usuários que necessitem de tais cuidados; Os CAPSad atuam de forma articulada a outros dispositivos
5. Oferecer cuidados aos familiares dos usuários dos serviços; assistenciais em saúde mental
6. Promover a reinserção social dos usuários, utilizando para recursos
(ambulatórios, leitos em hospital-geral, hospitais-dia) e da
intersetoriais, ou seja, de setores como educação, esporte, cultura e
lazer; rede básica de saúde (unidades básicas de
7. Trabalhar, junto a usuários e familiares, os fatores de proteção para o saúde, etc), bem como ao Programa de Saúde da Família e
uso e dependência de substâncias psicoativas, buscando ao mesmo ao Programa de Agentes Comunitários de
tempo minimizar a influência dos fatores de risco para tal consumo; Saúde.
8. Trabalhar a diminuição do estigma e preconceito relativos ao uso de
substâncias psicoativas, mediante atividades de cunho preventivo /
educativo.
Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA
DIRETRIZES PARA UMA POLÍTICA DE ATENÇÃO INTEGRAL AOS USUÁRIOS DE ÁLCOOL E
OUTRAS DROGAS: MODIFICAÇÕES

Com o objetivo de fazer com que pacientes, dos casos


menos complexos aos mais graves, tenham acesso a A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) que atendem
tratamento efetivo no SUS, a Comissão Intergestores Pacientes com transtornos mentais, passa a ser
Tripartite (CIT), que reúne o Ministério da Saúde e formada pelos seguintes Serviços:
representantes estados (CONASS) e municípios - CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), em suas
(CONASEMS), anunciou medidas para fortalecer esse diferentes modalidades
atendimento no SUS, promovendo mudanças na Política - Serviço Residencial Terapêutico (SRT)
Nacional de Saúde Mental (Resolução CIT No. 32/2017 - Unidade de Acolhimento (adulto e infanto-juvenil)
e Portaria No. 3.588/2017. - Enfermarias Especializadas em Hospital Geral
- Hospital Psiquiátrico
- Hospital-Dia
- Atenção Básica
- Urgência e Emergência
- Comunidades Terapêuticas
- Ambulatório Multiprofissional de Saúde Mental.
.
Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA
DIRETRIZES PARA UMA POLÍTICA DE ATENÇÃO INTEGRAL AOS USUÁRIOS DE ÁLCOOL E
OUTRAS DROGAS: MODIFICAÇÕES

Em 2018, ocorreram também mudanças nas diretrizes


da Política Nacional sobre Drogas (Resolução CONAD No
1/2018), com o objetivo de promover ações que façam - Fomento à pesquisa deve se dar de forma
frente às graves demandas sociais relacionadas ao equânime, garantindo a participação de
crescente uso de álcool e outras drogas no país. pesquisadores de diferentes correntes de
Abaixo, seguem as principais mudanças apresentadas pensamento e atuação;
na Resolução do CONAD: - Ações Intersetoriais;
- Alinhamento entre a Política Nacional sobre Drogas e - Apoio aos pacientes e familiares em articulação com
a recém-publicada Política Nacional de Saúde Mental; Grupos, Associações e Entidades da Sociedade Civil,
- Ações de Prevenção, Promoção à Saúde e Tratamento incluindo as Comunidades Terapêuticas;
passam a ser baseadas em evidências científicas; - Modificação dos documentos legais de orientação
- Posição contrária à legalização das Drogas; sobre a Política Nacional sobre Drogas, destinados
- Estratégias de tratamento não devem se basear aos parceiros governamentais, profissionais da saúde
apenas em Redução de Danos, mas também em ações e população em geral;
de Promoção de Abstinência, Suporte Social e - Atualização da posição do Governo brasileiro nos
Promoção da Saúde; foros internacionais, seguindo a presente Resolução.
Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA
POLÍTICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A ATENÇÃO INTEGRAL A USUÁRIOS DE ÁLCOOL
E OUTRAS DROGAS: PREVENÇÃO
A prevenção voltada para o uso abusivo e/ou
dependência de álcool e outras drogas pode ser definida
como um processo de planejamento, implantação e
implementação de múltiplas estratégias voltadas
para a redução dos fatores de vulnerabilidade e risco
específicos, e fortalecimento dos fatores de proteção.
Implica necessariamente em inserção comunitária das
práticas propostas, com a colaboração de todos os
segmentos sociais disponíveis, buscando atuar, dentro
de suas competências, para facilitar processos que
levem à redução da iniciação no consumo, bem como da
redução da frequência e da intensidade do consumo.
Para tanto, a lógica da redução de danos deve ser
considerada como estratégica ao planejamento de
propostas e ações preventivas.

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POLÍTICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A ATENÇÃO INTEGRAL A USUÁRIOS DE ÁLCOOL
E OUTRAS DROGAS: PREVENÇÃO – FATORES DE PROTEÇÃO E RISCO
Os fatores de risco e os fatores de proteção para o abuso de drogas são
apresentados em cada um dos domínios abaixo:
> No domínio individual, os principais fatores de risco são: a baixa > No domínio das relações interpessoais, os principais fatores de risco são pares que
autoestima, falta de autocontrole, comportamento antissocial , doenças usam drogas ou aprovam e/ou valorizam o seu uso; e a rejeição sistemática de
pré existentes e vulnerabilidade psicossocial. regras.
Como fatores de proteção: de habilidades sociais, flexibilidade, Os fatores de proteção são: pares que não usam álcool / drogas, e não aprovam ou
habilidade em resolver problemas, facilidade de cooperar, autonomia, valorizam o seu uso exercem influência positiva, o mesmo ocorrendo com aqueles
responsabilidade e comunicabilidade, vinculação familiar-afetiva ou envolvidos com atividades de qualquer ordem (recreativa, escolar, profissional,
institucional. religiosa ou outras), que não envolvam o uso indevido de álcool e outras drogas.
> Quanto à família, vemos que o uso de álcool e outras drogas pelos pais > Nos ambientes de formação e aprendizado, em verdade, a escola é o ambiente em
é um fator de risco importante, assim como a ocorrência de isolamento que boa parte (ou a maioria) destes fatores pode ser percebida. De qualquer forma,
social entre os membros da família. Também é negativamente influente os maiores fatores de risco apresentados são a falta de habilidade de convivência com
um padrão familiar disfuncional, bem como a falta do elemento paterno. grupos e a disponibilidade de álcool e drogas na escola e nas redondezas; além disso,
São considerados fatores de proteção a existência de vinculação familiar, uma escola que apresente regras e papéis inconsistentes ou ambíguos com relação ao
com o desenvolvimento de valores e o compartilhamento de tarefas no uso de drogas ou à conduta dos estudantes também vem por constituir importante
lar, bem como a troca de informações entre os membros da família sobre fator de risco relativo ao uso de álcool e drogas. Fatores de proteção: o ambiente de
as suas rotinas e práticas diárias; o cultivo de valores familiares, regras e ensino que evidencia regras claras e consistentes sobre a conduta considerada
rotinas domésticas também deve ser considerado, e viabilizado através adequada – desde que isto faça parte de um processo educativo e evolutivo docente-
da intensificação do contato entre os componentes de cada núcleo assistencial que considere cada vez mais a participação dos estudantes em decisões
familiar. sobre questões escolares, com a inerente e progressiva aquisição de
responsabilidades .
Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA
POLÍTICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A ATENÇÃO INTEGRAL A USUÁRIOS DE ÁLCOOL
E OUTRAS DROGAS: PREVENÇÃO – FATORES DE PROTEÇÃO E RISCO
As ações de redução de danos (RD), mesmo dando
prioridade à prevenção do HIV por meio de
intervenções de troca e distribuição de agulhas e
seringas, deram visibilidade aos usuários de drogas
injetáveis no SUS, promoveram a organização de
profissionais e usuários, trouxeram contribuições
significativas para a revisão das leis em vigor e
proporcionaram o compartilhamento de saberes
técnicos e populares, criando estratégias eficazes na
abordagem dos problemas de saúde dos
consumidores de drogas. Pode-se medir a efetividade
das ações de RD por meio do seu impacto econômico.
A prevenção dirigida ao usuário de droga injetável
(UDI) por meio de um projeto de redução de danos
custa em torno de U$ 29,00/ano, ao passo que o
tratamento de uma pessoa com AIDS pelo SUS custa
em torno de U$ 4.000,00/ano.
Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA
POLÍTICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A ATENÇÃO INTEGRAL A USUÁRIOS DE ÁLCOOL
E OUTRAS DROGAS: PREVENÇÃO – FATORES DE PROTEÇÃO E RISCO
A grande relação entre a educação e as práticas
preventivas e assistenciais fica explicita nas 10
recomendações do Relatório Mundial da Saúde - Saúde
Mental: Nova Concepção, Nova Esperança (OMS, 2001),
abaixo assinalados:
1. Promover assistência em nível de cuidados primários
2. Disponibilizar medicamentos de uso essencial em
saúde mental
3. Promover cuidados comunitários
4. Educar a população
5. Envolver comunidades, famílias e usuários
6. Estabelecer políticas, programas e legislação
específica
7. Desenvolver recursos humanos
8. Atuar de forma integrada com outros setores
9. Monitorizar a saúde mental da comunidade
10. Apoiar mais pesquisas
Material elaborado pela Equipe Pedagógica do PCA
DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS:
BIBLIOGRAFIA

PUC-RIO. A história do consumo de drogas e do tratamento dos usuários destas substâncias. Disponível em:
http://www2.dbd. pucrio.br/pergamumtesesabertas/ 0310189_05_cap_03.pdf

Organização Mundial da Saúde. Classificação Internacional de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10. Ed. Artes Médicas, Porto Alegre, 1996

POLÍTICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A ATENÇÃO iNTEGRAL A USUÁRIOS DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS-Série B. Textos Básicos de Saúde-Brasília – DF 2003
LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006. - Planalto
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L...

Fatores de risco e de proteção para o uso de drogas na ...


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Droga – Wikipédia, a enciclopédia livre


pt.wikipedia.org/wiki/Drog
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III CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL RELATÓRIO FINAL - PDF
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www.cebrid.epm.b
Legislação em Saúde Mental - conselho.saude.gov.br
conselho.saude.gov.br/biblioteca/livros/legislacaosaude
Área Temática Saúde Mental - ccs.saude.gov.br
www.ccs.saude.gov.br/saudemental/portarias6.php

Portaria 3.588, de 21 de dezembro de 2017 - bvsms.saude.gov.br


bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt3588_22_12.

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