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Caderno

Pedagógico
Material integrado de História, Geografia, Turismo
e Educação para o Trânsito de Petrópolis

Ensino Fundamental 6º ano


Rubens Bomtempo
Prefeito

Maria Elisa Peixoto da Costa Badia


Secretária de Educação

Monica Vieira Freitas


Subsecretária de Ensino Fundamental

Rosilene Ribeiro
Subsecretária de Educação Infantil

Rosalie Georgina de Oliveira Duarte


Subsecretária do FNDE e Captação de Recursos
Autora
JULIANA MARIA COSTA FECHER WINTER

Coordenação
BIANCA DELLA NINA

Petrópolis
2016
Srs. Educadores,

Gostaríamos de apresentar este trabalho como uma “coletânea de textos” de


ilustres professores, historiadores, jornalistas, pesquisadores e amantes de
Petrópolis. Atendendo aos apelos constantes de um grande número de
profissionais da Área, a Secretaria de Educação buscou, dando prosseguimento
ao trabalho iniciado em 2002 com o estudo dos PCN – Parâmetros Curriculares
Nacionais – após a elaboração da Proposta Curricular das diversas disciplinas,
propiciar subsídios à apresentação dos conteúdos de H.G.P.T./E.T. (História e
Geografia de Petrópolis, Turismo e Educação para o Trânsito).

Dada a reformulação da proposta curricular em 2014, este caderno foi totalmente


reelaborado dentro dos novos parâmetros para atender a uma nova proposta mais
integrada e multidisciplinar.

Assim sendo, buscou-se apresentar esta pequena colaboração, lembrando não


ser esta uma obra acabada e completa, ao contrário, objetiva apenas nortear o
trabalho do professor e tem a intenção de despertar o interesse do aluno no que
tange à História e à Geografia de Petrópolis e a sua importância no contexto
nacional. Procuramos fazer aflorar nos alunos a curiosidade e o entusiasmo para
os temas tratados, ao mesmo tempo em que oferecemos oportunidades, por meio
de exercícios práticos e sugestões de atividades, que tornam o ensino muito mais
atraente.

Todo o trabalho realizado a partir destes textos deve fazer, dentro do possível,
com que o aluno reviva a história. É importante que este enriqueça os conteúdos
com novas informações e uma postura ao mesmo tempo reflexiva e crítica. É
assim, através da conscientização de seu papel enquanto cidadão deste
pedacinho de chão do território brasileiro - conhecido internacionalmente -, que os
nossos (as) meninos (as) poderão seguir atuantes no conhecimento e na
valorização do nosso patrimônio ambiental, histórico e cultural.

O mesmo objetiva-se com os conteúdos de Turismo e Educação para o Trânsito:


a atuação responsável e consciente enquanto cidadão petropolitano, pedestre,
passageiro e futuro motorista.
Sobre os dispositivos legais

A disciplina História, Geografia e Turismo de Petrópolis é disciplina obrigatória


no currículo escolar das escolas da Rede do município através da Lei n.º 4.306,
de 20 de dezembro de 1984, de autoria do Vereador Paulo Pires de Oliveira e
sancionada pelo Prefeito Paulo José Alves Rattes – publicada no Diário Oficial de
29/12/84.

Com relação à Educação para o Trânsito, a Câmara Municipal de Petrópolis


decretou e seu Presidente José Geraldo Braga promulgou com fundamento no
dispositivo nos parágrafos 2º e 4º do Artigo 89 da Lei Orgânica dos Municípios, a
Lei n.º 4.259, de 16 de Outubro de 1984, que inclui no currículo escolar das
escolas de 1º e 2º graus do município, no mínimo 4 aulas mensais, teóricas ou
práticas, sobre noções de Legislação de Trânsito (...).

A Educação para o Trânsito constitui-se, ainda, em matéria obrigatória no


currículo escolar de acordo com o capítulo VI (da Educação para o Trânsito),
artigo 74, parágrafos 1º e 2º do Código de Trânsito Brasileiro.
Sumário
Unidade I: Petrópolis, que história é essa?

O inicio da História: Caminho Novo ............................................................. 12


Petrópolis Porto Estrela ............................................................................... 19
Localização e limites de Petrópolis .............................................................. 23
Acessibilidade regional e local ..................................................................... 27
Abertura do Caminho Novo ......................................................................... 30
A evolução dos Meios de Transportes ......................................................... 33
Bondes em Petrópolis .................................................................................. 37
Ônibus e automóveis em Petrópolis ............................................................ 39

Unidade II: No meio do Caminho Novo havia um Atalho

Atalho do Caminho Novo ............................................................................. 42


Caminho Novo e os importantes acontecimentos históricos ...................... 43
No caminho Novo havia a Mata Atlântica .................................................... 45
O Atalho do Caminho Novo e a Nova subida da Serra ................................. 51
Regras de Trânsito ........................................................................................ 53
Ecoturismo em Petrópolis: Trilhas e Caminhadas Ecológicas ...................... 56
Unidade III: Quem vivia onde eu vivo?

Índios Coroados ............................................................................................ 63


Relevo de Petrópolis .................................................................................... 69
Deslizamento de encostas ............................................................................ 72
Acidentes de Trânsito ................................................................................... 76
Ecoturismo: Cachoeira e Montanhismo ....................................................... 83

Unidade IV: A mão de obra africana e seu legado

Roubo do Tesouro ........................................................................................ 89


Um diário imaginário .................................................................................... 90
Em Petrópolis ............................................................................................... 92
Anúncios nos jornais petropolitanos ............................................................ 93
Quilombos em Petrópolis ............................................................................. 96
Palácio de Cristal e Praça da Liberdade ....................................................... 99
Abertura da Estrada Normal da Serra da Estrela ......................................... 103
Os tipos de sinalização de trânsito ............................................................... 105

Referências.................................................................................................... 111
Unidade I
Petrópolis, que história é essa?

Para começo de conversa!


Se pudesse fazer uma volta ao tempo

para entender como começa a história da


Você, que está começando

nossa cidade, seria necessário programar


mais um ano letivo, está

a máquina do tempo para um ano e um


convidado a entrar num

local. O ano escolhido 1698, e o local


túnel do tempo.

Serra do Mar. Quem encontrei lá foi o


Vamos em busca da história

Capitão-Mor Garcia Rodrigues Pais,


de uma cidade que se

responsável pela abertura do “Caminho


mistura com outra história

Novo”, e o Sargento-Mor Bernardo Soares


importante: a do Brasil.

de Proença, responsável pelo Atalho do


Fique atento aos textos e

Caminho Novo. Assim começa a história


descubra que história é

de Petrópolis.
essa!

O que é um Atalho?

Atalho é o caminho fora da estrada principal pelo qual se


encurtaram as distâncias entre Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O atalho do Caminho Novo passava pelo vale do Rio Piabanha
e atingia o Porto da Estrela, no rio Inhomirim, no fundo da Baía
de Guanabara.
O INÍCIO DA HISTÓRIA: CAMINHO NOVO
11
A Estrada Real é um dos maiores circuitos turísticos do Brasil. Com cerca de
1600 km, a Estrada começou a ser construída no século XVII para ligar a região
do litoral carioca às regiões produtoras de ouro do interior de Minas Gerais.

No início, a Estrada ligava Ouro


Preto (na época, Vila Rica), em
Minas Gerais, ao Porto de
Paraty, no Rio de Janeiro. O
caminho era usado para
transportar o ouro e demais
carregamentos
da cidade mineira até o porto e,
ao longo do caminho, foram
sendo fundadas vilas e diversos
pontos de parada para os
tropeiros, bandeirantes,
mineradores e outros viajantes
que faziam o percurso da
Estrada Real.

Na época, seu percurso levava


60 dias para ser feito, devido às
dificuldades de percurso na
estrada de terra que atravessa a
Serra da Mantiqueira e à
distância. Este caminho
estendia-se por localidades
como Caeté e Sabará.

No século XVIII, a

12
necessidade de um caminho mais seguro e rápido até o porto fez com que a
Coroa ordenasse a construção de outra rota, que ficou conhecida como
“caminho novo”. À estrada antiga ficou o nome de “caminho velho”. O caminho
novo foi feito por Garcia Rodrigues Paes, filho do famoso bandeirante Fernão
Dias Paes (que hoje dá nome à rodovia que liga São Paulo à Belo Horizonte e
Vitória), que levou 7 anos (1968-1705) para terminá-lo. Em 1725, Bernardo
Soares de Proença terminou uma trilha paralela ao, agora conhecido, “Caminho
do Ouro”, porque era por ele que o metal era escoado para Portugal.

VEJA O MAPA!

Mais tarde, quando foi feita a descoberta de pedras preciosas na região do


Serro, o caminho foi estendido até lá, e Ouro Preto, então capital de Minas Gerais,
passou a ser o local de convergência da Estrada Real. O caminho até o distrito
diamantino ficou conhecido como “Caminho dos Diamantes”.
Trecho da Estrada Real em Petrópolis – Meio da Serra

13
Fazem parte do circuito Estrada Real as cidades: Mariana, Catas Altas,
Ouro Preto, Diamantina, Tiradentes, Santa Bárbara, Morro do Pilar, Conceição do
Mato Dentro, Serro, Cocais, Carrancas, Conselheiro Lafaiete, São João Del rei, e
muitas outras cidades que guardam ainda um pouco da história do Brasil. Ao todo,
são 177 cidades no entorno da Estrada Real, sendo 162 em Minas Gerais, 8 no
Rio de Janeiro e 7 em São Paulo.

VAMOS SABER UM POUCO MAIS SOBRE A ROTA TURÍSTICA!

Caminho Velho

Com muitas histórias para contar, o Caminho Velho foi a primeira via aberta
oficialmente pela Coroa Portuguesa para o tráfego entre o litoral fluminense e a
região mineradora. São localidades que aliam a cultura típica de Minas Gerais,
um combinado entre as raízes indígenas, africanas e europeias. Essa riqueza é
responsável por atrativos como a arquitetura única de Ouro Preto, a gastronomia
reconhecida internacionalmente de Tiradentes, as grandes estâncias
hidrominerais do Circuito das Águas e a cultura latente de Paraty.

14
Durante os 651 km do Caminho Velho, o turista terá a possibilidade de viver boas
experiências.

Alguns atrativos imperdíveis:

• Basílica Nossa Senhora do Matosinho em Congonhas


• Cachoeira da Fumaça e da Zilda em Carrancas
• Artesanato de Bichinhos e as Cerâmicas Naboriganas de Cunha
• Parque das Águas de Caxambu e São Lourenço
• Passeio de Maria Fumaça de Tiradentes/ São João Del Rei e Ouro
Preto/Mariana

Caminho dos Diamantes

Atrativos que somam aventura, natureza, história e cultura dão o tom das
viagens pelo Caminho dos Diamantes da Estrada Real. O viajante percorre 361
quilômetros na companhia da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço e de
suas paisagens exuberantes.
Serra do Espinhaço – Minas Gerais

15
Alguns atrativos imperdíveis:

• Cachoeira do Tabuleiro, com 273 metros


• Caminhos dos Escravos em Diamantina
• Santuário do Caraça
• Parque Nacional da Serra do Cipó
• Sitio Arqueológico da Pedra Pintada

Caminho do Sabarabuçu

Há cerca de trezentos anos, as serras íngremes do trecho, cortadas por


cursos d’água, como o rio das Velhas, eram vistas como verdadeiros tesouros
onde seria possível achar ouro e outras pedras preciosas. Essa crença se devia
ao brilho que a atual Serra da Piedade (antigo Pico de Sabarabuçu) tem. O que
os bandeirantes imaginavam ser ouro, na verdade, era o minério de ferro do
topo da montanha, que reluz a luz do sol. Para chegar até a serra, os viajantes
buscaram uma rota alternativa entre Ouro Preto, no Caminho Velho, e Barão de
Cocais, no Caminho dos Diamantes. Foi aí que surgiu o Caminho de Sabarabuçu.
O caminho segue margeando o rio das Velhas e tem a Serra da Piedade, do alto
dos seus 1.762 metros, como um dos atrativos.
Igreja de Ó em Sabará – Minas Gerais

16
Os 161 km do Caminho de Sabarabuçu guardam atrativos turísticos que vão do
turismo natural ao histórico, cultural e religioso – são dezenas de igrejas e festas
populares.

Alguns atrativos imperdíveis:

• Igreja do Ó em Sabará
• Santuário Nossa Senhora da Piedade em Caeté
• As cachoeiras de Rio Acima

Caminho do Novo

O Caminho Novo é o mais jovem da Estrada Real. Repleto de atrativos


turísticos, ele guarda dezenas de vestígios da época mineradora, um verdadeiro
convite para o viajante. Aberto para ser uma alternativa mais rápida e fácil ao
Caminho Velho, o Caminho Novo guarda para os turistas uma série de elementos
da época das bandeiras e das primeiras explorações do território. São túneis,
chafarizes e fazendas, hoje transformadas em confortáveis meios de
hospedagem, que resgatam construções e costumes dos séculos XVIII e XIX.
Parque Nacional da Serra dos Órgãos – Rio de Janeiro

17
Os 432 km do Caminho Novo reservam ao viajante possibilidade de turismo que
aliam atrativos naturais e culturais: um prato cheio para aguçar a criatividade de
quem viaja por conta própria!
Museu Imperial de Petrópolis – Rio de Janeiro

Alguns atrativos imperdíveis:

• Fazendas históricas de Santana dos Montes


• Parque Estadual do Ibitipoca, Itacolomi e o Parque Nacional da Serra dos
Órgãos.
• Museu Imperial em Petrópolis

Dica de vídeo: Estrada Real Institucional.


https://www.youtube.com/watch?v=AlcQBK8ZAQI#t=18
Site: http://www.institutoestradareal.com.br/ Possui outros vídeos. 18
PETRÓPOLIS - PORTO ESTRELA

Este trecho da Estrada Real em Petrópolis é conhecido como Estrada da


Serra da Estrela ou Estrada Serra Velha da Estrela. É um trecho de descida
com calçamento em paralelepípedo, que segue ziguezagueando a serra.

A Serra da Estrela faz parte da cadeia de montanhas da Serra dos Órgãos


e foi o principal obstáculo natural a ser superado para a abertura do Caminho
Novo a partir do Rio de Janeiro. Era conhecido tanto pela dificuldade para transpor
o paredão montanhoso de mais de 1.000 metros, quanto pelo desafio de penetrar
na região, habitada pelos temidos índios Coroados.

A partir do início da descida da serra, abre-se uma ampla vista para a


baixada da região, de onde se enxerga a Baía de Guanabara. Ao longo do trecho,
passa-se pelos povoados de Meio da Serra e Raiz da Serra. Daí em diante, o
caminho é plano e muito habitado.
O Porto Estrela era a antiga região da Vila da Estrela, da qual ainda podem
ser vistas as ruínas da Casa das Três Portas e da Igreja de Nossa Senhora da
Estrela dos Mares, além de algumas pedras do cais do Porto.

Na Casa das Três


Portas funcionavam a
Cadeia Pública (no andar
térreo) e a Câmara (no
andar de cima). Ela foi
criada a partir de 1846,
quando o arraial foi
elevado à categoria de
Vila pelo Rei de Portugal.

19
A Igreja de Nossa Senhora da Estrela dos Mares data de 1650 e estava em pé até
início do século XX. Ela foi construída com pedras da própria região, ligadas com
uma mistura de óleo de baleia e mariscos. As pedras talhadas, como umbrais e
pórticos, no entanto, eram importadas da Europa, pois este tipo de trabalho não
era permitido na Colônia.
O Porto Estrela era
movimentado e fazia a
ligação com a cidade do
Rio de Janeiro. No Rio, as
embarcações saíam do
Cais dos Mineiros,
próximo à praça XV,
navegavam pela Baía de
Guanabara e subiam o
Rio Inhomirim até o porto.

Informações retiradas do site:


http://www.estradareal.tur.br/caminhos-trechos_3_65

O Instituto Estrada Real, um órgão criado pela FIEMG (Federação da


Indústria do Estado de Minas Gerais), tem como objetivo principal alavancar um
grande polo turístico em nosso país por meio da Estrada Real, buscando a
recuperação e a conservação dessa rota onde se encontram uns dos maiores
patrimônios históricos e culturais de nossa história.
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1-Encontre no caça-palavras as respostas das questões abaixo:

a- Nome da estrada que é um dos maiores circuitos turísticos do Brasil.


___________________________.
S A D F G Y B I O L
E R E A L S E Q E T b- Nome dado ao caminho mais curto
R Z V B G H R O A P do Caminho Novo.
R E R T U I N K T O ______________________.
A Q W E Z P A B A N c- Nome do responsável pela
D E A S X O R F L T abertura do atalho do Caminho
A R S T C I D R H G Novo. ______________________.
E T D R V U O T O Z d- Nome dado ao trecho da Estrada
S Y F E B Y P H A Q
Real em Petrópolis.
T U G L N T R J S X
_________________________.
R I H A M R O U D S
e- Nome dado ao Porto que era
E O J Z Ç E E L C F
L P K X L W N O T I movimentado e fazia a ligação

A Ç L C K A Ç P B P com a cidade do Rio de Janeiro.


X L Ç V H S A M K Ç _________________________.

2- Observe o esquema abaixo e marque a opção que estiver correta:

( 1 ) O Caminho Velho era muito longo. Passava por Taubaté e usava o Porto de
Parati.
( 2 ) O Caminho Novo cruzava a Serra da Estrela, mas por Paty de Alferes, e
chegava ao fundo da Baia de Guanabara no Porto do rio Pilar, porém ainda era
longo e acidentado.
( 3 ) Atalho do Caminho Novo ou Caminho dos Mineiros acompanhava o vale do
Rio Piabanha e terminava no Porto da Estrela no rio Inhomirin.

( ) 1 e 2 estão corretas.
( ) apenas 3.
( ) 1, 2 e 3.
( ) 2 e 3 estão corretas.

21
3- Veja as imagens e faça a correspondência com os caminhos da Estrada Real:

( ) Caminho Novo
( ) Caminho do Sabarabuçu
( ) Caminho dos Diamantes
( ) Caminho Velho

4- Monte um roteiro de viagem para cada caminho da Estrada Real.

Caminho dos Diamantes Caminho Novo

Caminho Velho

22
Localização e limites de Petrópolis

Petrópolis está localizada


no Estado do Rio de
Janeiro, na região Sudeste
do Brasil.

Localizado na Serra do Mar, o


município de Petrópolis está a
809,5 metros de altitude
em relação ao nível do mar.
O município de Petrópolis fica
na região serrana,
fazendo divisa com os
municípios
de Três Rios, Areal, Duque de
Caxias, Magé, Guapimirin,
Teresópolis e São José do
Vale do Rio Preto.

23
Petrópolis e seus Limites

Você sabe o que são os limites de uma cidade?

Fronteira e Limite são a mesma coisa?


O termo limite é muitas vezes utilizado como sinônimo de fronteira. Contudo, a
ideia de fronteira é mais apropriada para designar uma faixa do território de um
país que se estende ao longo da linha limite.
Os limites são estabelecidos, na maioria das vezes, por acordos e tratados entre
dois ou mais países. Por meio desses acordos, são criadas as linhas
imaginárias, que podem ser definidas por características naturais ou artificiais.

Observe o mapa com atenção!

24
QUAIS OS MUNICÍPIOS QUE FAZEM LIMITE COM PETRÓPOLIS?

Petrópolis limita-se ao Norte com São Jose do Vale do Rio Preto, a Leste com
Teresópolis e Magé, ao Sul com Duque de Caxias e Miguel Pereira e a Oeste com
Paty dos Alferes, Paraíba do Sul e Areal.

VAMOS SABER UM POUCO MAIS!

São José do Vale do Rio Preto

População estimada 2014 20.812


População 2010 20.251
Área da unidade territorial (km²) 220,306
Densidade demográfica (hab/km²) 91,87

Teresópolis

População estimada 2014 171.482


População 2010 163.746
Área da unidade territorial (km²) 770,601
Densidade demográfica (hab/km²) 212,49

Magé

População estimada 2014 233.634


População 2010 227.322
Área da unidade territorial (km²) 388,496
Densidade demográfica (hab/km²) 585,13

Duque de Caxias

População estimada 2014 878.402


População 2010 855.048
Área da unidade territorial (km²) 467,620
Densidade demográfica (hab/km²) 1.828,51

25
Miguel Pereira
24.829
População estimada 2014
População 2010 24.642
Área da unidade territorial (km²) 289,183
Densidade demográfica (hab/km²) 85,21

Paty do Alferes

População estimada 2014 26.758


População 2010 26.359
Área da unidade territorial (km²) 318,801
Densidade demográfica (hab/km²) 82,68

Paraíba do Sul

População estimada 2014 42.159


População 2010 41.084
Área da unidade territorial (km²) 580,525
Densidade demográfica (hab/km²) 70,77

Areal

População estimada 2014 11.879


População 2010 11.423
Área da unidade territorial (km²) 110,919
Densidade demográfica (hab/km²) 102,99

Compare as informações dos municípios vizinhos com Petrópolis.

Petrópolis

População estimada 2014 298.017


População 2010 295.917
Área da unidade territorial (km²) 795,799
Densidade demográfica
371,85
(hab/km²)

Você sabe o que é densidade demográfica?


Densidade demográfica ou população relativa é o número de habitantes de uma
região dividido pela área (hab./km²).

26
ACESSIBILIDADE REGIONAL E LOCAL

Petrópolis encontra‐se às margens de uma das principais rodovias do


país, a BR 040, que liga o Rio de Janeiro ao Distrito Federal, passando por
Juiz de Fora e Belo Horizonte.

Outra rodovia federal, esta de importância mais turístico/paisagística que


econômica, é a BR 495, que liga o distrito de Itaipava a Teresópolis. A nordeste do
Centro de Petrópolis encontra‐se a histórica Estrada União Indústria, que em
Itaipava se junta à RJ134, conhecida como Estrada Silveira da Mota, seguindo
para São José do Vale do Rio Preto. Em direção à Baixada Fluminense,
temos a RJ107, que desce a serra conectando‐se a Magé.

Essas articulações viárias regionais atribuem a Petrópolis uma situação


logística excepcional, em especial por sua proximidade com o Centro da Cidade
do Rio de Janeiro, da qual dista
apenas 65 quilômetros.
A economia do município tende
a se beneficiar desta condição
privilegiada em termos
locacionais e logísticos, pois se
comunicam num raio de 500
km, com ligações rodoviárias de
qualidade.

Quando concretizados os investimentos da CONCER ‐ Companhia de Concessão


Rodoviária Juiz de Fora‐Rio, na duplicação da BR 040 e no túnel previsto, a
viagem Rio/Petrópolis será encurtada em cerca de vinte minutos, o que,
provavelmente, aumentará a atratividade do Município quanto a visitantes e
novos moradores, fenômeno que já vem ocorrendo.

27
1- COMPLETE OS ESPAÇOS EM BRANCO.

A estrutura viária do Município está baseada na rodovia federal_________,


possibilitando acesso à região Metropolitana do_______________, acesso
a_____________ /MG e também a Belo Horizonte.

( ) Via Dutra - Rio de Janeiro – Juiz de Fora.


( ) Br 040 – Juiz de Fora – Três Rios.
( ) Br 040 – Rio de Janeiro – Juiz de Fora.
( ) Br 040 – Rio de Janeiro – Três Rios.

2-Localize no mapa o município de Petrópolis:

PINTE COM A CANETA


ASSINALE COM UM X OS MUNICIPIOS QUE FAZEM LIMTE COM
PETRÓPOLIS.

28
3- Petrópolis possui uma localização privilegiada. Num raio de 500 km, a partir do
Município, encontra-se 65% do PIB brasileiro e 70% da movimentação de cargas
do país.

Qual alternativa completa corretamente os espaços em branco no texto?

“Petrópolis está localizada na ___________________ do Estado do


__________________ na região ________________ do _________________”.

( ) região das serras – Rio de Janeiro – Sudeste – Argentina.


( ) região serrana – Rio de Janeiro – Sudeste – Brasil.
( ) região serrana – Paraná – imperial – Sul – Brasil.
( ) região das serras – Espírito Santo – Sul – Argentina.

4- Observe o mapa e identifique quais


são os municípios que fazem limite
com Petrópolis e escreva abaixo:

O município de Petrópolis na Serra do


Mar e limita-se ao:

LESTE com __________________ e


______________________________;

SUL com _____________________ e


______________________________;

OESTE com ___________________ ,


______________e ______________;

Pense bem e responda:

Qual a diferença entre limites e fronteiras?


__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

Comparando os dados dos municípios vizinhos de Petrópolis, quais apresentam


maior densidade demográfica? Apresente os dados.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

29
Abertura do Caminho Novo

VOCÊ SABE O QUE FOI O CICLO DO OURO?

Tiradentes, Joaquim Silvério dos


Reis, Chico Rei, Aleijadinho, entre
outras tantas figuras, são
personagens de um momento único
da história do Brasil, o Ciclo do
Ouro - oficialmente datado entre
1660 e 1789. O ciclo começa com a
exploração de Fernão Dias, que
descobre o metal precioso na
região de Ouro Preto (antiga Vila
Rica) em Minas Gerais.

As estradas e caminhos que formam o que


se conhece por Estrada Real foram
abertos no século XVII, durante o ciclo da
mineração, para escoar a produção de
ouro e diamantes das reservas em Minas
Gerais aos portos de Paraty e Rio de
Janeiro, constituindo na época o único
trajeto permitido a esses locais.
Inicialmente, o caminho ligava somente a
cidade de Paraty às províncias auríferas do
interior de Minas, a antiga Villa Rica, hoje
Ouro Preto conhecido como Caminho
Velho.

30
O CAMINHO NOVO

O rei de Portugal ordenou


que fosse aberto um
caminho exclusivamente
terrestre. Era muito
importante, para Portugal,
que houvesse comunicação
segura entre as riquezas
encontradas na região de
Minas Gerais e o Porto do
Rio de Janeiro.
O Caminho Novo, como
era chamado, partia do
porto do rio Pilar, passava
por Marcos da Costa, Paty
de Alferes e seguia até
encontrar o vale do rio
Paraíba do Sul, seguindo o
curso do rio até chegar à
região das minas.

A abertura da nova via ficou


a cargo do bandeirante Garcia Rodrigues Paes, filho de Fernão Dias, que tinha
participado da bandeira de 1674-1681. A via foi concluída em 1707. Nessa época,
o Caminho Novo era percorrido em cerca de um mês, um terço do despendido no
Caminho Velho. O Caminho Novo passava por montanhas escarpadas e terrenos
alagadiços. Todas as cargas eram carregadas no lombo de mulas, que formavam
as tropas. As tropas eram dirigidas pelos tropeiros. Durante a viagem, perdiam-se
muitas mulas, que escorregavam nas escarpas, perdendo também a carga
preciosa. Era necessário abrir um caminho mais seguro.

31
1-Observe o esquema abaixo e marque a opção que estiver correta:

( 1 ) O Caminho Velho era muito curto. Passava por Taubaté e usava o Porto de
Parati.
( 2 ) O Caminho Novo cruzava a Serra da Estrela, mas por Paty de Alferes, e
chegava ao fundo da Baía de Guanabara no Porto do rio Pilar, porém ainda era
longo e acidentado.
( 3 ) O Ciclo do Ouro foi um período histórico compreendido pela exploração da
mineração de metais precisos no Brasil.

( ) 1 e 2 estão corretas.
( ) apenas 3.
( ) 1, 2 e 3.
( ) 2 e 3 estão corretas.

2- Observe o mapa e responda:

O percurso apresentado no mapa


corresponde ao Caminho Novo ou ao
Velho?
________________________________

Como você chegou a essa conclusão?


Explique.
________________________________
________________________________
________________________________
________________________________
________________________________
________________________________
________________________________

Cite alguns nomes de cidade que os


tropeiros passavam no caminho entre
Minas Gerais e Rio de Janeiro.
________________________________
________________________________

Quais eram os problemas enfrentados neste caminho?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
32
A Evolução dos Meios de Transportes

Quando o homem morava em cavernas, não existia o


trânsito movimentado de nossos dias. Na verdade, ele
andava mesmo era a pé. Entretanto, ia longe, viajando
com os pés descalços dias e dias atrás dos alimentos
essenciais à sua sobrevivência. De qualquer modo, como
ele vivia com sua tribo, já naquela época desenvolvia o
trânsito entre os seus semelhantes, certamente cuidando
para não colidir com os outros.

O primeiro meio de transporte foi o animal


Um dia, o homem primitivo descobriu que poderia montar num animal para se
deslocar no seu ambiente. Ele percebeu que era mais confortável e mais rápido
andar sobre o dorso de um animal do que sobre seus próprios pés.
Só muito tempo depois se começou a usar os animais como meio de transporte.

O cavalo e a carroça
O cavalo constituía-se em uma grande opção
de transporte. Servia para deslocamentos
rápidos no pequeno núcleo urbano existente
nas primeiras quatro décadas e para viagens
mais distantes ao redor do centro ou pela
chamada "área rural". Desde os primeiros
anos, existiam locais para se amarrar os
cavalos. Mais adiante, as principais casas comerciais, os empórios, também
reservavam espaços para o "estacionamento", geralmente em terreno situado ao
lado. Simultaneamente ao crescimento do número de cavalos, foram surgindo as
carroças com o fim de permitir o transporte da família e dos produtos da lavoura.

33
Foram evoluindo em número de animais e em tamanho. Chegaram a ter 8
cavalos-puxadores e podiam deslocar razoável volume de mercadorias. A carroça
é considerada hoje um veículo ultrapassado, mas ainda faz muito pelas pessoas,
principalmente nas áreas rurais. Em inúmeras vias públicas, elas são proibidas de
trafegar, mas houve um tempo, quando ainda não existiam veículos a motor, em
que foram muito úteis nos transportes.

A carroça transporta cargas e


também pessoas. Já a charrete, que
foi igualmente muito utilizada, levava
somente passageiros.

Podemos lembrar-nos deste


tempo observando o passeio feito
pelos turistas na nossa cidade.

Havia ainda a carruagem, um veículo


fechado e puxado por vários cavalos,
para os passageiros em viagens.
Podemos encontrar as carruagens
imperiais usadas por D. Pedro II e sua
família no Museu Imperial.

Não devemos esquecer o carro de


boi, usado para cargas pesadas e
que ainda presta bons serviços aos
nossos trabalhadores do campo em
várias regiões do Brasil.

34
VAMOS SABER UM POUCO DA HISTÓRIA DOS
TRENS EM PETRÓPOLIS

35
36
BONDES EM PETRÓPOLIS

A história dos bondes em Petrópolis foi curta. Começou em 1912, já com


veículos elétricos, como se vê na foto abaixo, de autor desconhecido, tomada na
inauguração da via.

Imagem da coleção do pesquisador Allen Morrison, de New York. A Rua Dr.


Porciúncula Aguiar, em frente à Estação Ferroviária da Leopoldina Railways (no
centro), ponto inicial de todas as linhas de bondes de Petrópolis.

Petrópolis nunca teve bondes de


tração animal sobre trilhos, mas
comprou 12 veículos usados pela
companhia Carris Urbanos no Rio
de Janeiro em 1885, usando-os
com rodas de madeira até cerca de
1900, segundo o pesquisador
estadunidense Allen Morrison.

37
Em 1911, a Companhia Brasileira de Energia Eléctrica encarregou Eduardo Guinle
de construir uma linha de
bondes elétricos e
encomendou 12 bondes
fechados à indústria J. G.
Brill. Parte da rota Cascatinha
foi inaugurada em 13/12/1912
e o restante em 1913, usando
bitola métrica, em apenas um
lado do canal, com os bondes
circulando pela rota, entre o rio e a via pavimentada.

Mesmo esse pequeno tráfego


criava problemas com os
automóveis, pois os bondes
trafegavam nos dois sentidos pelo
mesmo trilho, segundo o
pesquisador português Emidio
Gardé.

38
Petrópolis foi a primeira cidade brasileira a ficar sem bondes! Os veículos foram
vendidos para o sistema de bondes da cidade de Campos, onde operaram até
1964. A construção de um sistema de trólebus em Petrópolis começou em 1952,
mas o projeto foi abandonado e os veículos, que tinham sido construídos na
França pela empresa Vetra, foram remanejados para Niterói.

Os bondes foram substituídos


pelos ônibus, como podemos
ver nesta imagem ao lado. É
uma lotação que passa pela
praça em direção à Avenida XV
de Novembro (atual Rua do
Imperador) em direção à
Estação ferroviária Dona
Leopoldina.

ÔNIBUS EM PETRÓPOLIS

A empresa UTIL, União dos


Transportes Interurbanos de Luxo,
surgiu em Petrópolis, em 1950, mas
mudou sua sede para Juiz de Fora,
onde permanece até a atualidade. As
viagens inauguram-se em abril de
1957, com o serviço de transporte de
passageiros por ônibus entre
Petrópolis e Rio de Janeiro.

39
AUTOMÓVEL EM PETRÓPOLIS

O primeiro automóvel
mesmo, de motor a
explosão, do Rio, foi de
Fernando Guerra
Duval, então estudante
de engenharia. O carro
era um “Decauville” e
aqui circulou em agosto
de 1990. Seu motor a
gasolina era de 2
cilindros. Na falta do
combustível, Guerra Duval ia às farmácias e comprava benzina. O carro era
aberto, sem capota. O escapamento era livre e fazia muito barulho. Em lugar
do volante, a direção era em forma de guidon de bicicleta.
O carro de Guerra Duval foi um sucesso no Rio e nas adjacências, porque ele
não circulou apenas na Capital. Andou também em Petrópolis – para onde foi
numa prancha da Estrada de Ferro, pois não havia estrada – e causou
espanto aos veranistas da pacata e fria Cidade Imperial.

Apesar da evolução, o transporte se transformou em um problema nos


últimos anos. O tráfego por terra tem ficado mais lento conforme o número de
carros aumenta e o transporte coletivo ou público não atende às necessidades da
população: são lotados, circulam em quantidade insuficiente e são muito mais
lentos. Entretanto, quando se trata de transportar pessoas, o automóvel é o
principal meio de transporte do Brasil; ele se tornou mais popular quando a
indústria automobilística se instalou no país na década de 50. Desde então, o
acesso se tornou maior, assim como o número de carros nas ruas. A
consequência de tantos carros são os congestionamentos e também os acidentes.

40
1-Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:

( ) No passado, o cavalo constituía-se em uma grande opção de transporte.


( ) As charretes levavam somente cargas.
( ) As carruagens eram um veículo fechado e puxado por vários cavalos, que
levavam os passageiros em viagens.
( ) O carro de boi era usado para cargas pesadas e ainda presta bons
serviços aos nossos trabalhadores do campo.
( ) Petrópolis foi a primeira cidade do Brasil a ter a circulação de trens.
( ) Atualmente os bondes ainda circulam na cidade de Petrópolis.

2-Pense bem e responda:

a- Qual a relação do Barão de Mauá com o surgimento da ferrovia no Brasil?


Explique.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

b- Escreva de forma resumida sobre a circulação dos bondes em Petrópolis.


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

c- Escreva de forma resumida sobre o inicio da circulação dos ônibus em


Petrópolis?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

d- Petrópolis ganhou destaque com a circulação, pela primeira vez, de um


automóvel. Disserte sobre isso.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

41
Unidade II
No meio do Caminho Novo
havia um Atalho
Segundo o escritor Henrique
Rabaço, o Sargento-Mor
Bernardo Soares de Proença
foi fazendeiro em Suruí, na
Baixada Fluminense. Desde
1721 estabelecido com uma
sesmaria no vale do Itamarati,
região compreendida por parte
do primeiro distrito de
Petrópolis, prontificou-se a
executar um atalho do
Caminho Novo pelo vale do rio
Piabanha, indo atingir o Porto
da Estrela no rio Inhomirim, no
fundo da Baia de Guanabara, encurtando o roteiro de Garcia Rodrigues Pais em
até 4 dias de viagem, dada a vantagem de percorrer um caminho menos
acidentado.

O caminho aberto por Bernardo Soares ficou conhecido por Caminho da Serra
da Estrela, Caminho dos Mineiros ou Caminho do Ouro.

Sobre seu percurso... Começava com o embarque, em pequenos barcos, onde


hoje é a atual Praça XV, no Rio de Janeiro, e atravessava a Baía da Guanabara.
Subia o rio Inhomirim até o Porto da Estrela. A partir daí, a viagem seguia a cavalo
ou em mulas para subir a Serra da Estrela. Chegando ao Alto da Serra, seguia a
rua Silva Jardim (antiga Rua dos Mineiros), passava pelo bairro do Itamarati e

42
percorria o vale do rio Piabanha (percurso da Estrada União Industria), passando
por várias fazendas, entre elas uma muito conhecida dentro de nossa história, a
fazenda do Padre Correia (atual Correias), até encontrar o rio Paraíba do Sul.

IMPORTANTE!

O atalho do Caminho Novo foi concluído em 1725, e é considerado o ponto de


partida de inúmeras sesmarias na região, que logo se transformaram em
prósperas fazendas.

O Caminha Novo assim melhorado proporcionou a intensificação da busca do


ouro nas Minas Gerais e foi intitulado oficialmente como via exclusiva de
escoamento do ouro.

Caminho Novo e os importantes acontecimentos históricos

Segundo o escritor Henrique Rabaço, Tiradentes


percorreu inúmeras vezes o Caminho Novo,
coordenando o apoio dos líderes emancipistas em Minas
Gerais e no Rio de Janeiro. Preso, enforcado e
esquartejado em 1789, Tiradentes teve os pedaços do
seu corpo espalhados ao longo do Caminho Novo com o
objetivo de colocar medo e desencorajar seus
seguidores.
Em 1822, o Príncipe D. Pedro I percorreu o Caminho
Novo para ir a Minas Gerais, sendo então bem
sucedido ao obter apoio daquela importante Capitania
em favor da Independência.
D. Pedro I voltou a percorrer o Caminho Novo já como
Imperador, ficando hospedado na Fazenda do Padre
Correia, localizada em Corrêas – Petrópolis.

43
1-Observe o mapa abaixo:
“O Sargento-Mor Bernardo Soares de Proença prontificou-se a executar o atalho
do caminho Novo pelo vale do rio Piabanha...”.
História de Petrópolis - Henrique José Rabaço – Instituto Histórico de Petrópolis – 1985, pág 3

Este atalho do Caminho Novo ficou conhecido por várias denominações


diferentes. Dadas as alternativas abaixo apenas uma delas é correta.
( ) Caminho da Serra da Estrela / Caminho dos Mineiros.
( ) Caminho da Serra da Estrela / Caminho dos Imperial.
( ) Estrada das Lajes Soltas de Dom João VI / Caminho dos Mineiros.
( ) Caminho da Serra da Estrela / Caminho do Ouro.

2-Este mapa de ruas de Petrópolis mostra o Bairro


Itamarati, com destaque para a RUA BERNARDO
SOARES DE PROENÇA. Por que esta rua ganhou
este nome?
( ) Bernardo Soares Proença foi o responsável
pela abertura do Caminho Velho.
( ) Bernardo Soares Proença foi o responsável
pelo atalho do Caminho Novo. Dono de uma sesmaria
no Vale do Itamarati.
( ) Bernardo Soares Proença foi um tropeiro que
se hospedava na Fazenda Itamarati.
( ) Bernardo Soares Proença foi dono da fazenda do Córrego Seco.

3-Pense bem e responda:


a- Qual era o percurso do Atalho do Caminho Novo?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

b- Escreva sobre as pessoas ilustres da nossa história que tiveram ligação


com o Atalho do Caminho Novo.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

44
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

No caminho Novo havia a Mata Atlântica


A Mata Atlântica encontra-se localizada sobre uma imensa cadeia montanhosa
litorânea que corre ao longo do Oceano Atlântico, desde o
Rio Grande do Sul até o Nordeste brasileiro. O município de
Petrópolis está contido neste bioma, conhecido como
Floresta Atlântica ou Mata Atlântica, na
região da Serra do Mar. As árvores do
andar superior alcançam, segundo as
condições locais, entre 20m e 30m, com
emergentes que podem atingir 40m. O gigante da floresta é o

jequitibá rosa, que atinge 40m e pode ter até 5m de


diâmetro.

A Mata Atlântica encontra-se, infelizmente, em


processo de extinção. Isto ocorre desde a chegada dos
portugueses ao Brasil (1500), quando se iniciou a
extração do pau-brasil, importante árvore da Mata
Atlântica. Atualmente, a especulação imobiliária, o
corte ilegal de árvores e a poluição ambiental são os
principais fatores responsáveis pela extinção desta mata.

As principais características da Mata Atlântica são:


- presença de árvores de médio e grande porte formando uma floresta fechada e
densa;
- rica biodiversidade, com presença de diversas espécies animais e vegetais;
- árvores de grande porte que formam um microclima na mata, gerando sombra e
umidade.
- fauna rica, com presença de diversas espécies de mamíferos, anfíbios, aves,
insetos, peixes e répteis.

45
Exemplos de vegetação da Mata Atlântica:
- Palmeiras
- Bromélias,
begônias, orquídeas,
cipós e briófitas
- Pau-brasil,
jacarandá, peroba,
jequitibá-rosa, cedro
- Tapiriria
- Andira
- Ananas
- Figueiras

Exemplos de espécies animais da Mata Atlântica:

Mico-leão- Tatu-
dourado canastra

Bugio Arara-azul-
pequena

46
Anta Onça
Pintada

Jaguatirica Capivara

UM POUCO DE HISTÓRIA!

Quando os portugueses chegaram ao Brasil, a Mata Atlântica ocupava 15%


do território: media 13 milhões de km2 e se estendia por toda a costa atlântica, em
larguras diferentes. Na região Sudeste, avançava pelo interior do país, próximo às
atuais fronteiras da Argentina e do Paraguai. Com tanta abundância de floresta, os
portugueses logo começaram a
explorá-la. Foi aí que se
desenvolveu o primeiro ciclo
econômico da colônia: a
exploração do pau-brasil, que
dava origem a uma espécie de
tinta vermelha. Foi por causa
dessa atividade tão importante
que o país recebeu seu nome.

Hoje, a situação da Mata Atlântica mudou muito. Ela está


pequenininha, com menos de 8% da sua cobertura inicial. De acordo com
dados do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais –, nos últimos 20
anos, sumiram do mapa quase 16mil km2 da mata, o que corresponde a um terço
do estado do Rio de Janeiro!

47
A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) divulgaram os novos dados do Atlas dos Remanescentes
Florestais da Mata Atlântica, no período
de 2012 a 2013. O estudo aponta
desmatamento de 23.948 hectares (ha),
ou 239Km², de remanescentes florestais
nos 17 Estados da Mata Atlântica no
período de 2012 a 2013. Um aumento de
9% em relação ao período anterior
(2011-2012), que registrou 21.977 ha.

Nos últimos 28 anos, a Mata Atlântica perdeu 1.850.896ha, ou 18.509km2 –


o equivalente à área de 12 cidades de São Paulo. Atualmente, restam apenas
8,5% de remanescentes florestais acima de 100ha. Somados todos os
fragmentos de floresta nativa acima de 3ha, restam 12,5% dos 1,3 milhões de km2
originais.

Noticia: Petrópolis manteve área de Mata Atlântica


Tribuna de Petrópolis – Dezembro de 2014

Levantamento feito pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de


Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que Petrópolis não registrou desmatamento na
Mata Atlântica no período de 2012 a 2013. O município conta com uma área de
79.580 hectares, sendo 25.175 de vegetação natural. O estudo só identifica como
desmatamento áreas acima de 3 hectares. Entre as cidades do Rio de Janeiro que
mais desmataram, o levantamento aponta São Fidélis (4ha), Itaguaí (4ha) e Paraty
(3ha). Cidades vizinhas a Petrópolis, como Areal, São José do Vale do Rio Preto,
Três Rios e Paraíba do Sul também não registraram desmatamentos, segundo o
Atlas dos municípios.

Dica de Vídeo: WWF Mata Atlântica


https://www.youtube.com/watch?v=uJn-baQzEhk 48
1-Leia com atenção a história em quadrinhos abaixo:

49
Pense bem e responda:

a- De acordo com a história em quadrinhos qual a relação entre a Mata


Atlântica e a água?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
___________________________________________________________

b- Em relação ao desmatamento da Mata Atlântica, compare as informações


de Petrópolis com as demais cidades e Estados.
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
___________________________________________________________

c- Cite alguns elementos da fauna e da flora da Mata Atlântica.


____________________________________________________________
____________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________

d- Quais os motivos que levaram a praticamente à extinção da Mata Atlântica


no Brasil?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________

2-A vegetação característica de Petrópolis


conta com espécies como o rabo-de-galo
(símbolo da APA), angico, a arariba rosa,
braúna, cabriúva, jacarandá, jatobá
vermelho, óleo pardo, orquídeas e
bromélias, entre outras.

As espécies vegetais acima pertencem a


que tipo de vegetação?

( ) Mangues
( ) Floresta Equatorial
( ) Mata Atlântica
( ) Cerrado

50
Atalho do Caminho Novo e
A Nova subida da Serra

As semelhanças entre o Atalho do Caminho Novo e a Nova subida da Serra


de Petrópolis são curiosas. Ambas foram planejadas para encurtar o
caminho e para diminuir o número de acidentes. Você já conhece a história
do atalho do Caminho Novo. Agora vamos conhecer a nova subida, que está
sendo construída para ligar Petrópolis ao Rio de Janeiro.

Para entender melhor sobre a importância do projeto é necessário lembrar que...

Dois trechos da BR-040 têm grande importância na história das rodovias


brasileiras.
• O trecho entre Petrópolis e Juiz de Fora compreendia a Estrada União e
Indústria, a primeira rodovia brasileira, inaugurada em 23 de junho de
1861 por Dom Pedro II. Este trecho foi substituído pela atual Rio-Juiz de
Fora em 1980.
• O trecho Rio-Petrópolis, conhecido como Rodovia Washington Luís, foi
inaugurado em 25 de agosto de 1928, pelo Presidente da República,
Washington Luís, e tornou-se o primeiro asfaltado do Brasil em 1931.

A Nova Subida da Serra é um importante


investimento da Concer para a
infraestrutura viária do Brasil. O projeto
prevê a construção de uma pista com
aproximadamente 20 quilômetros de
extensão que substituirá a atual Rio-
Petrópolis, trecho da BR-040 em
operação desde 1928 que apresenta um

51
traçado sinuoso, sem acostamento e que não mais comporta o crescente volume
de tráfego. Uma vez em operação, a nova pista trará uma série de benefícios
sociais, econômicos e ambientais, reduzindo o tempo de viagem e ampliando a
segurança viária para milhares de pessoas que dependem da BR-040 no dia a
dia de suas atividades.

A Nova Subida da Serra acompanhará, em parte, o traçado da atual pista de


descida da serra, tendo início a partir do km 102, no distrito de Xerém, em Duque
de Caxias. O projeto de construção agrega um conjunto de programas e ações
para reduzir e compensar o impacto ambiental da obra, que será executada em
um prazo de até 36 meses, a contar do primeiro semestre de 2013.

A previsão é de que o
volume de tráfego
continue crescendo
em função de grandes
eventos como as
Olimpíadas de 2016 e
empreendimentos de
porte no Estado do Rio
de Janeiro, como:

- Arco Metropolitano do Rio de Janeiro;


- Polo Petroquímico em Itaboraí;
- Construção e Operação do complexo do Grupo EBX no Porto de Açu;
- Recuperação da indústria naval do Estado do RJ;
- Polo Gás-Químico em Duque de Caxias;
- Proximidade dos portos de Sepetiba e do Rio de Janeiro.

Dica de vídeo: Nova Subida da Serra de Petrópolis


https://www.youtube.com/watch?v=snDx9B0tGR8

52
REGRAS DE TRÂNSITO

Alguns fatores podem ser decisivos na hora de transitar com segurança nos
mais diversos meios de transporte, como a manutenção constante e a
capacitação adequada do condutor. Existe, porém, outro ponto decisivo na
segurança das viagens: os próprios passageiros.

Confira abaixo quais são as regras nos principais meios de transporte:

1. Automóveis

Mesmo no banco de trás, o


cinto é fundamental; o
comportamento dos
passageiros, especialmente
crianças, é decisivo para a segurança.
Os passageiros devem evitar situações que possam dispersar a atenção do
condutor. Vale lembrar também que o uso do cinto de segurança para os que se
sentam no banco de trás é obrigatório e indispensável (art. 65 do CTB) para
a segurança de todos que estão no veículo.

É aconselhável também não colocar parte do corpo para fora do veículo, seja
por meio das janelas ou do teto solar (para os motoristas, de acordo com o artigo
252 do Código de Trânsito Brasileiro, essas atitudes geram infração de
natureza leve com multa). Além disso, arremessar coisas para fora do veículo é
uma infração média. O infrator deverá pagar multa e terá pontos na carteira.

Dica de vídeo: A importância de seguir as regras do Trânsito


https://www.youtube.com/watch?v=kDePFCX0tVU

53
2. Motocicletas

Para que o passageiro contribua para


a segurança no momento da viagem
de motocicletas, ciclomotores e
motonetas, deve primeiramente
utilizar o capacete e roupas
apropriadas que devem ser como as
do condutor: calças, jaquetas ou camisas de manga longa e sapatos fechados,
como botas ou tênis. Ele deverá subir na moto após o condutor, apoiar os pés com
firmeza nas pedaleiras e sentar-se próximo ao piloto segurando em sua cintura ou
quadril. É importante que quem estiver na garupa mantenha as pernas e a roupa
longe do motor e de outras partes que se possam constituir em perigo.
Acompanhar os movimentos e a inclinação do corpo do piloto nas curvas e confiar
nos conhecimentos do motociclista, bem como evitar tirar a atenção deste, são
atitudes fundamentais para auxiliar na concentração do condutor para as
manobras necessárias.

3. Transporte coletivo terrestre

Seja em ônibus, metrôs ou trens, o passageiro


também colabora com a segurança na hora de
ser transportado. Um costume que causa
bastante confusão nos transportes coletivos
brasileiros é escutar músicas sem fone de ouvidos. Além de causar incômodos
aos passageiros, essa atitude pode dispersar a atenção do condutor. Em alguns
estados brasileiros, essa atitude gera multa. O passageiro também deve falar
com o motorista somente o indispensável, como possíveis dúvidas sobre onde
descer por exemplo. Se houver cinto de segurança, é importante que o passageiro
utilize, ainda que seja durante viagens curtas.

54
1- Complete as afirmações abaixo com as palavras que você encontrar no caça-
palavras:

U T A O M N P S Z C S F W
N R S L K O E I O I F I A
I E E D I V E I T N S S S
A H T K L A T F A T W D H
O J C J J S E C D O Q C I
E K A G H U D A P D E I N
I Ç L F T B S P L E T C G
N L O E R I Z A A S R L T
D M N W D D C C C E Y Í O
U N I E S A V E A G U S N
S B B T X D A T S U I T L
T V U U D A Q E X R O A U
R M S L T S A R F A P F I
I C A D Q E X F C N Ç F S
A Ó V I G R B V S Ç L H B
Z X B S Y R L M A A K J N
B Z N A S A M Á F X R O K

a- Primeira rodovia brasileira inaugurada em 1861 por D. Pedro II.


__________________________________________________.

b- Nome da rodovia inaugurada em 1928 que se tornou a primeira asfaltada


do Brasil.
________________________________________________.

c- Nome dado ao projeto que substituirá a atual Rio-Petrópolis, trecho da BR


040.
___________________________________________________.

d- Dispositivo de segurança obrigatória prevista no Art. 65 do CTB para todos


os passageiros de automóveis e ônibus.
_________________________________________________.

e- Meio de transporte coletivo em que o passageiro não pode escutar música


sem fone de ouvido e em que se deve falar ao motorista somente o
indispensável.
________________________________________________.

f- Dispositivo de segurança essencial para motociclistas.


_______________________________________________.

55
Ecoturismo em Petrópolis
Trilhas para Caminhadas Ecológicas

O que é Ecoturismo?
Segundo a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), o
Ecoturismo é um segmento da atividade turística que utiliza de
forma sustentável o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e
busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do
ambiente, promovendo o bem estar das populações envolvidas.

O nome “ecoturismo” é novíssimo. Surgiu


oficialmente em 1985, mas somente em 1987
foi criada a Comissão Técnica Nacional,
constituída pelo Ibama e a Embratur,
ordenando as atividades neste campo.

PARA SABER MAIS!


O Turismo é a atividade do setor terciário que mais cresce no Brasil. O segmento
do ecoturismo é o de maior crescimento (20% ao ano), dado o interesse recente da
opinião pública por atividades e discussões relativas ao meio ambiente e ao estresse da
vida cotidiana nos grandes centros urbanos.
Para que uma atividade se classifique como ecoturismo, é necessário quatro
condições básicas: respeito às comunidades locais; envolvimento econômico efetivo das
comunidades locais; respeito às condições naturais e conservação do meio ambiente e
interação educacional - garantia de que o turista incorpore para a sua vida o que aprende
em sua visita, gerando consciência para a preservação da natureza e dos patrimônios
histórico, cultural e étnico.

56
Possibilidades e Impactos do Ecoturismo

Como quaisquer atividades econômicas, em especial aquelas


desenvolvidas em áreas naturais, o ecoturismo pode produzir impactos,
benéficos ou negativos.

De uma maneira geral, é possível apontar-se como IMPACTOS


POSITIVOS das atividades do ecoturismo:

geração de emprego, renda e estimulo ao desenvolvimento econômico em


vários níveis (local, regional, estadual e nacional);
possibilidade de melhoria de equipamentos urbanos e de infraestrutura (viária,
sanitária, médica, de abastecimento e de comunicações);
ampliação dos investimentos voltados à conservação de áreas naturais e bens
culturais;
fixação das populações graças à geração de emprego e renda;
sensibilização de turistas e populações locais para a proteção do ambiente, do
patrimônio histórico e de valores culturais;
estimulo à comercialização de produtos locais de qualidade e intercâmbio de
ideias, costumes e estilos de vida.

Por outro lado, o ecoturismo também pode produzir como IMPACTOS


NEGATIVOS:

incremento do consumo de recursos naturais, podendo levar ao seu


esgotamento; consumo do solo e transformação negativa da paisagem pela
implantação de construções e infraestrutura;
aumento da produção de lixo e resíduos sólidos e efluentes líquidos;
aumento do custo de vida, supervalorização dos bens imobiliários e consequente
perda da propriedade de terras, habitações e meios de produção por parte das
populações locais;
geração de fluxos migratórios para áreas de concentração turística e
adensamentos urbanos não planejados.

Dica de vídeo: Ecoturismo


https://www.youtube.com/watch?v=BKD8y6JnqhY

57
TRILHAS PARA CAMINHADAS ECOLÓGICAS EM PETRÓPOLIS

Caminhada Semipesada – Alcobaça


Clássico. Uma das montanhas mais bonitas de Petrópolis, possui também uma
das melhores vistas. Caminhada que começa num bonito vale e que possui no
seu final trechos íngremes e escorregadios.
Duração: 1,5 a 3 horas de subida
Dificuldade técnica: média; trilha com trechos
íngremes, sendo alguns relativamente expostos
Orientação: fácil
Distância aproximada: 2,5km (ida)
Altitude: 1.810m
Não deixe de levar: boné ou chapéu e filtro
solar
Quando ir: ano todo

Caminhada Leve – Caminho do Ouro


Aberto em 1723, marcou o início da colonização de Petrópolis. Este lindo caminho
de pedras pela floresta também é conhecido como Estrada da Serra Velha,
Caminho Novo ou Atalho do Proença, pois foi aberto por Bernardo Proença como
um atalho para o antigo caminho do ouro, que passava por Parati.
Duração: 2 a 3 horas
Dificuldade técnica: baixa
Orientação: fácil
Distância aproximada: 6,5km
Não deixe de levar: bota e calça comprida
Quando ir: ano todo

Caminhada Leve Superior - Cobiçado


Clássico. Linda montanha com cume pontiagudo na região do Caxambu.
Caminhada passa por uma pitoresca estradinha que contorna a vertente norte da
montanha até pegar a crista final, com uma forte subida com 350m de desnível. A
subida do Cobiçado é o ponto de partida para a Travessia Cobiçado – Ventania,
uma das trilhas mais bonitas da Serra.
Duração: 1,5 a 2,5 horas de subida
Dificuldade técnica: baixa; caminhada por
estradinha e trilha aberta
Orientação: fácil
Distância aproximada: 3,5km (ida)
Altitude: 1.678m
Não deixe de levar: boné e filtro solar
Quando ir: ano todo

58
Caminhada Semipesada – Maria Comprida
Clássico. Trilha técnica e fisicamente
exigente para vencer a montanha que tem a
maior parede rochosa vertical do estado, e
foi importante referência para os antigos
viajantes que passavam pelos caminhos do
ouro. Para quem gosta de aventura e tem
muita disposição.
Duração: 3 a 5 horas de subida
Dificuldade técnica: alta; caminhada por trilha íngreme, com diversos trechos
expostos, alguns com cordas fixas. É imprescindível ter no grupo pelo menos um
montanhista experiente.
Orientação: fácil, praticamente não há bifurcações
Distância aproximada: 3,0km (ida)
Altitude: 1.926m
Não deixe de levar: bastante água, lanterna, 2 cordas de uns 20m cada uma
Quando ir: ano todo, dando preferência para a estação seca

Caminhada Leve – Meu Castelo


Super clássico. Uma das trilhas mais
frequentadas de Petrópolis. O nome se deve à
curiosa formação rochosa do cume, que lembra
um castelo de pedras. A trilha é suave e passa
por um lindo trecho na mata. Ótima opção para
os novatos e para levar as crianças.
Duração: 40 minutos a 1,5 horas de subida
Dificuldade técnica: baixa, trilha aberta com
alguns trechos em lajes de pedra
Orientação: fácil
Distância aproximada: 2,6km (ida)
Altitude: 1.245m
Quando ir: ano todo

Caminhada Semipesada – Morro Açu


Clássico dos Clássicos! O Morro Açu é a montanha
mais querida dos montanhistas e aventureiros
petropolitanos. Seu acesso é por uma longa trilha
que passa por um lindo vale com diversas
cachoeiras e riachos, seguido de um trecho de
fortes subidas, e finalmente passando por um
trecho conhecido como Chapadão, com lajes de
pedras e vegetação de campos de altitude. No
topo, o destaque fica para a formação rochosa
chamada “Castelos do Açu”, com blocos de granito onde existem passagens e
abrigos naturais. Temperaturas em torno de 0ºC nas noites de inverno.
Duração: 2,5 a 5 horas de subida com mochila leve ou 5 a 8 horas de subida com
mochila cargueira (neste caso a classificação passa a ser caminhada pesada).
59
Dificuldade técnica: baixa
Orientação: dificuldade média, trilha indefinida nas lajes de pedra do Chapadão.
É recomendável ter no grupo pelo menos um montanhista experiente.
Distância aproximada: 8km (ida)
Altitude: 2.218m
Não deixe de levar: Agasalho e lanterna
Quando ir: ano todo

Caminhada Leve - Pedra do Cortiço


Um clássico. Trilha fácil e rápida, que leva a
um lindo cume com vista para a Baía da
Guanabara.
Duração: 30 a 50 minutos de subida
Dificuldade técnica: baixa; caminhada por
trilha com algumas erosões
Orientação: fácil
Distância aproximada: 1,4km (ida)
Altitude: 1.121m
Não deixe de levar: binóculo
Quando ir: ano todo

Caminhada Leve Superior - Pedra do Retiro


Clássico. Caminhada por trechos de mata e depois crista, com vistas para a
cidade de Petrópolis e para praticamente todas as montanhas do município. Nas
encostas da Pedra do Retiro, nasce o Rio Piabanha, principal rio petropolitano.
Duração: 1 a 2 horas de subida
Dificuldade técnica: baixa; caminhada por
trilha com alguns trechos erodidos e um trepa-
pedra isolado
Orientação: fácil
Distância aproximada: 2,3km (ida)
Altitude: 1.541m
Não deixe de levar: água
Quando ir: ano todo

Existem outras trilhas para caminhadas ecológicas.


Veja no site: http://www.pcvb.com.br/turismo/veja/atrativo-turistico-ecoturismo-
caminhadas-ecologicas-trekking-trilhas-petropolis

60
1-Este quadrinho tem como ideia central a questão do ecoturismo influenciando
diretamente o cotidiano das comunidades onde ele é praticado. O exemplo do
quadrinho é um bando de leões, mas poderia ser também uma comunidade
qualquer. Escreva em seu caderno sobre o assunto em questão.

61
2-Use sua criatividade e crie um pacote de viagem que incentive o ECOTURISMO.
Ofereça vantagens, serviços, acomodações e lembre-se de promover a proteção
ao meio ambiente.

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3-Monte um quadro apresentando algumas vantagens e desvantagens da prática


do ECOTURISMO.

VANTANGENS DESVANTANGENS
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4-Escolha duas trilhas de caminhadas localizadas em Petrópolis e produza um


texto incentivando um amigo a acompanhá-lo nesta aventura. Não se esqueça de
fornecer informações importantes sobre a trilha como: o que levar, tempo de
duração, dificuldade, distância, altitude...
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62
Unidade III
Quem vivia onde eu
i ?
Descobrimos que nossa cidade oferece aos turistas inúmeras trilhas
ecológicas com paisagens deslumbrantes e aventura de primeira!
Você está convidado a descobrir uma nova trilha: a dos Índios Coroados.
Foram eles que viveram onde você vive atualmente. Vamos conhecer um
pouco desta história!

Caminhada Ecológica – Trilha dos Índios Coroados

A trilha é uma antiga passagem


entre a Fazenda Inglesa e Araras
e Rio da Cidade, região dominada
por Índios Coroados entre os séc.
XVIII e XIX. Os primitivos
ocupantes do solo petropolitano
foram os índios.

A denominação “Sertão dos


Índios Coroados”, inicialmente dada às terras que hoje constituem o município de
Petrópolis, nos leva à conclusão de que estes índios aqui habitavam. Eram assim
denominados pelos portugueses porque cortavam os cabelos de maneira a
formar uma espécie de coroa enrolada no alto da cabeça. “Sertão” eram assim
denominados locais isolados no interior do Brasil, longe o bastante das primeiras
vilas e cidades.

A Serra dos Órgãos era considerada um Sertão, local de índios bravios e


grande presença de natureza desconhecida e selvagem. A trilha foi
descoberta na década 70. Os primeiros moradores da região encontraram
nos rios e trilhas vestígios de objetos dos coroados.

63
Imagem dos Índios Coroados

A descoberta de vestígios de objetos indígenas nos rios de Petrópolis


reforçou a tese de que, na realidade, muitas picadas no caminho para Minas
Gerais e que posteriormente foram aproveitadas pelos colonizadores, na
realidade foram abertas pelos índios em seus movimentos migratórios.

Os primeiros contatos com estes


índios datam de 1730, e sabe-se que são
de origem dos puris. Suas habitações
eram feitas de madeira e cobertas com
folhas e bambus.

Segundo a pesquisadora Jany


Limongi, os Coroados dividiam-se em
pequenas tribos, constituídas por famílias
entrelaçadas e parentes chegados. Suas
aldeias eram formadas de ranchos com
vários tamanhos e configurações.

Sinal de retirada – Índios Coroados. Jean Baptiste Debret


64
Os coroados alimentavam-se quase que exclusivamente de frutas. A caça
era uma alimentação secundária. Os coroados não usavam no corpo objetos
decorativos. Suas povoações ficavam às margens dos rios, em lugares abrigados
em morros de altitudes elevadas.

Determinados grupos
costumavam dormir em redes,
usavam arco e flecha, utensílios
de pedra, pratos e tigelas feitos
de cabaças (espécie de cuias) e
folhas trançadas.

As pesquisas também os
apontam como sendo um grupo
que vivia guerreando entre si.
Por possuírem uma índole feroz
nos combates entre si ou com
outras nações indígenas,
comportavam-se com crueldade
sem limite.

Alguns foram sendo cristianizados e passaram a trabalhar com os colonos na


abertura de estradas, nas lavouras, como tropeiros ou canoeiros e sua cultura
acabou sendo absorvida. Com o crescimento da colonização, aconteceu com os
coroados que viviam na região que seria no futuro Petrópolis o mesmo que
ocorreu no resto do Brasil - as tribos foram dizimadas.
Os índios que sobravam após sangrentas batalhas passaram a perambular entre
o rio Preto e o Paraíba, atacando as famílias que residiam no Tinguá, Paty do
Alferes e outros povoados ao longo do Caminho Novo.

65
Segundo a escritora Vera Abad, a localidade de Rio da Cidade ganhou esse nome
por ser onde se encontrava a maior população indígena da região, no sopé da
Serra do Facão, na cabeceira de um rio que os portugueses chamaram de Rio da
Cidade dos Índios.

Com a colonização, o Sertão dos índios Coroados passou a ser chamar Serra
Acima do Inhomirim, porque a região estava subordinada à paroquia de Nossa
Senhora da Piedade de Inhomirim, na raiz da Serra.

Os colonizadores usaram os nomes dados por estes índios aos rios e aos morros
que cercavam suas aldeias. Vamos conhecer alguns nomes indígenas.

Piabanha – peixe machado

Itamarati – pedra que brilha

Arara – ave colorida

Carangola – água que corrói

Inhomirim – campo pequeno

Itaipava – elevação de pedra

Taquara – caniço furado

Samambaia – broto enrolado

Açu - grande

66
1- Os colonizadores usaram os nomes dados por estes índios aos rios em cujas
margens eles abriam picadas para caça e pesca e aos cumes dos morros que
cercavam suas aldeias.

Marque a opção que NÃO corresponde a nome de origem indígena:

( ) Piabanha – peixe manchado


( ) Arara – ave colorida
( ) Itaipava – elevação de terra
( ) Siméria – caniço furado

2-Vamos montar um quadro apresentando as principais características dos índios


coroados:

Aldeia e Moradia Alimentação e Caça


____________________________________ _________________________________
____________________________________ _________________________________
____________________________________ _________________________________
____________________________________ _________________________________
____________________________________ _________________________________

Costumes e Utensílios Guerras e Conflitos


___________________________________ __________________________________
___________________________________ __________________________________
___________________________________ __________________________________
___________________________________ __________________________________
___________________________________ __________________________________

67
4-LEIA O SAMBA-ENREDO E RESPONDA:

Serra Acima, Rumo a Terra dos Coroados


Natureza...
Os nativos coroados Enredo: Cahe Rodrigues
Sinais de rica cultura
A densa neblina cobre a mata Samba-enredo
O ciclo do ouro ao barroco nos levou Evaldo Melodia, Ernesto do Cavaco
e Beto Grande
Dom Pedro Primeiro
Com essa terra se encantou
O delírio imperial
Foi herança que ficou Realizou o baile da Abolição
Pedro Segundo, coroado Então a República
Jovem ainda se engalana Traz a burguesia para a mesa
Depois de se coroar No cassino, luz acesa
E o show vai começar
É inspirado a criar A Cidade Imperial continua a
A bela cidade Serrana encantar
Major projetou Petrópolis Serra Acima
Colonizada ganha a "Baronesa" Rumo a terra dos coroados
O Palácio de Cristal, onde a princesa Porto da Pedra vem exaltar
E coroada hoje vai te coroar

A – Quem foram os Coroados?


R________________________________________________________________

B – De acordo com o samba, quem se encantou por essas terras e por quê?
R________________________________________________________________

C – Quem foi inspirado a criar a bela cidade Serrana?


R________________________________________________________________

D – Quem ajudou a projetar Petrópolis?


R________________________________________________________________

E – Transcreva o trecho da música que menciona a relação de Petrópolis com o


período da mineração no Brasil.
R_______________________________________________________________

68
Relevo de Petrópolis

O relevo de Petrópolis é caracterizado pela Serra dos Órgãos e o


Planalto da Bocaina, juntamente com a da Serra do Mar. Ao sul da Serra tem-se
a Baixada Fluminense e, ao norte, as "meias laranjas" ou "mar de morros", relevo
esse que continua até a Zona da Mata mineira. A leste se tem a continuação da
Serra do Mar, com cidades serranas como Teresópolis e Nova Friburgo. A oeste,
o relevo tende a possuir menos escarpas íngremes e altas, onde se encontram
cidades como Miguel Pereira e Paty do Alferes. Nesta região ainda há
remanescentes de Floresta de Mata Atlântica.

Imagem do Google Earth – Visão aérea da cidade de Petrópolis

69
Os solos dominantes são profundos, de
textura argilosa, bem drenados, ácidos e de
baixa fertilidade natural e alta saturação de
alumínio. Infelizmente, o município sofre,
principalmente nas épocas de chuvas, com
deslizamentos provocados tanto por causas
naturais, como por ações antrópicas, ou seja,
do ser humano.

Localização dos principais


picos das Serras de Petrópolis.

70
O depósito de lixo nas encostas, a urbanização sem qualquer tipo de
engenharia e a devastação da vegetação causam um ambiente propício a esses
eventos, causando até casos fatais.

Perfil dos Morros e Montanhas

O município de Petrópolis assenta-se em ramificações da Serra do Mar,


denominada serra dos Órgãos e da Estrela. Recebeu este nome em virtude das
pontas agudas que, vistas de longe, se assemelham a tubos de um órgão. Estrela,
pela razão de avistarem os viajantes do interior a estrela Vésper, bem por cima da
serra.

Encontram-se no município as seguintes pequenas serras: Caxambu, Malta,


Taquaril, Marcos da Costa, Maria Comprida - onde se vê interessante ponta
granítica -, Gerla, Mundo Novo, Tubatão, Jacuba.

71
Os montes mais conhecidos são: Cambota, Cedro, Cantagalo, Tapera,
Bandeira, Bela Vista, Glória, Pereira, Sertão, Rosa, Santa Rita, Galeão, Viúva,
Preguiça, Sapucaia e Alcobaça - com lindo pico granítico -, Pedra do Retiro, Seio
de Vênus, Cortiço.

Na divisa do Município de Teresópolis há uma seção da serra dos Órgãos,


conhecida por serra Açu, onde se encontra a Pedra Açu, que é o pico culminante
da serra do Mar, o qual tem aproximadamente 2.232 metros.

DESLIZAMENTO DE ENCOSTAS

Os principais fenômenos relacionados a desastres naturais em Petrópolis


são os deslizamentos de encostas e as inundações, que estão associados a
eventos chuvas intensos e prolongados, repetindo-se a cada período chuvoso
mais severo. Apesar das inundações serem os processos que produzem as
maiores perdas econômicas e os impactos mais significativos na saúde pública,
são os deslizamentos que geram o maior número de vítimas fatais.

Os deslizamentos de encostas são fenômenos naturais, que podem


ocorrer em qualquer área de alta declividade por ocasião de chuvas intensas e
prolongadas. Pode-se mesmo dizer que, numa escala de tempo geológica
(milhares de anos), é certo que algum deslizamento vai ocorrer em todas as
encostas.

72
No entanto, a remoção da vegetação original e a ocupação urbana
tendem a tornar mais frágil o equilíbrio naturalmente precário, fazendo com que os
deslizamentos passem a ocorrer em escala humana de tempo (dezenas de anos
ou mesmo anualmente).

A remoção da vegetação, a execução de cortes e aterros instáveis


para construção de moradias e vias de acesso, a deposição de lixo nas
encostas, a ausência de sistemas de drenagem de águas pluviais e coleta de
esgotos, a elevada densidade populacional e a fragilidade das moradias
aumentam tanto a frequência das ocorrências como a magnitude dos
acidentes.

A Defesa Civil trabalha com ações que têm o objetivo geral de reduzir estes
desastres, o que é conseguido pela diminuição da ocorrência e da intensidade
destes.

Estas ações para a redução de desastres abrangem os seguintes aspectos:


• PREVENÇÃO: ações dirigidas a avaliar e reduzir os riscos;
• PREPARAÇÃO: medidas e ações destinadas a reduzir ao mínimo a perda
de vidas humanas e outros danos;
• RESPOSTA: ações desenvolvidas durante um evento adverso para salvar
vidas, reduzir o sofrimento humano e diminuir perdas;
• RECONSTRUÇÃO: processo no qual se repara e restaura em busca da
normalidade.

73
1- Petrópolis apresenta muitos (as) ______________, porque está situado na
_________________. A _________________ se destaca em Petrópolis e seu
nome foi dado por viajantes que avistavam a estrela Vésper acima dos morros
formados pela serra.

2-Marque a opção que completa corretamente o texto acima:

( ) Morros – Serra da Estrela – Serra do Mar;


( ) Serras – Serra do Mar – Vale;
( ) Montanhas – Serra da Estrela - Serra do Mar;
( ) Morros – Serra do Mar – Serra da Estrela;

2-Leia com atenção!


“Os deslizamentos em encostas e
morros urbanos vêm ocorrendo
com uma frequência alarmante
nestes últimos anos devido ao
crescimento desordenado das
cidades, com a ocupação de novas
áreas de risco, principalmente pela
população mais carente”.

Assinale a alternativa ERRADA sobre as principais causas do problema ambiental


descrito acima:

( ) As principais causas do problema demonstrado acima são as ocupações


irregulares com consequente desmatamento das encostas e erosão do solo;
( ) O excesso de construções em áreas de proteção ambiental gera
desmatamento e desgaste do solo;
( ) A falta de moradias faz com que pessoas de menor poder aquisitivo
ocupem as áreas mais valorizadas no alto dos morros;
( ) O excesso de chuvas de verão e de árvores com grandes raízes
aumentam o peso do solo, que desliza velozmente.

74
3-Pense bem e responda:

a- Explique o nome dado à Serra dos Órgãos.


____________________________________________________________
____________________________________________________________

b- Cite o nome de algumas pequenas serras localizadas em Petrópolis.


____________________________________________________________
____________________________________________________________

4-Veja os dois esquemas abaixo:

Assinale a alternativa correta segundo as ilustrações acima:

( ) O crescimento urbano em Petrópolis vem exercendo forte pressão sobre


as áreas de mata original, com ocupação de novas áreas de risco e diminuição da
qualidade de vida da população;
( ) O desenho mostra o crescimento da construção civil em Petrópolis,
oferecendo maior oferta de casas para a população carente do município;
( ) O crescimento das áreas verdes em Petrópolis, graças à ação de grupos
ecológicos, vem melhorando a qualidade de vida da população;
( ) A melhoria da qualidade de vida do trabalhador vem criando novas áreas
urbanizadas, exercendo pressão sobre as florestas.

5- Explique qual a importância da Defesa Civil na ocorrência de desastres


naturais?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

6- Qual a composição do solo petropolitano? Dê algumas características.


__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
75
Acidentes de Trânsito
O Brasil tem índices altos de acidentes nas estradas e nas cidades, fruto de
impunidade, falta de fiscalização e educação para o trânsito.

Muita gente considera que os acidentes são acontecimentos imprevistos, que


ocorrem ao acaso e, por isso, pouco se pode fazer para preveni-los. Porém, se
observarmos bem, a maioria deles não ocorreria se as pessoas estivessem alerta
às providências adequadas para evitá-los.

Podemos analisar nesta tabela que o número total de acidentes de trânsito


em Petrópolis vem diminuído, porém não é o que acontece no Brasil.

O perigo sobre rodas


Atualmente, os acidentes de trânsito se tornaram um dos maiores problemas de
saúde pública. Muitas pessoas comparam - e com razão - as perdas de vidas e
as lesões e incapacitações provocadas pelos acidentes de trânsito com aquelas
resultantes de uma guerra. Talvez seja até pior, porque mesmo nas guerras
existem períodos de paz e trégua.

76
Os tristes números do trânsito
No mundo atual, predominantemente, os acidentes de trânsito são uma das
principais causas de morte e de perda total ou parcial, momentânea ou
permanente, da capacidade de produção de homens adultos com idade entre
20 e 40 anos, ou seja, a população
masculina jovem e em plena
atividade produtiva. Só este aspecto
já caracteriza a sua gravidade, pois
afeta não só os acidentados e suas
famílias, mas, também, toda a
economia do país.

77
Os acidentes de trânsito acarretam um prejuízo no Brasil da ordem de 5
bilhões de dólares por ano – uma verdadeira fortuna que poderia estar sendo
aplicada na melhoria das condições de vida dos brasileiros.

Quantitativamente, representam, em nosso país, o segundo maior


problema de saúde pública, só perdendo para a desnutrição. Anualmente,
milhares de pessoas morrem ou se ferem em acidentes de trânsito, e mais da
metade dos feridos ficam com lesões ou sequelas permanentes.

Comparativamente, é como se cidades inteiras desaparecessem a


cada ano, ou tivessem toda a sua população internada em hospitais ou
clínicas.
Em todo o mundo, o número de pessoas que morreram ou ficaram feridas ou
incapacitadas devido a acidentes de trânsito é maior do que a totalidade de
pessoas mortas ou feridas em todas as guerras modernas! Não à toa, a
Organização Mundial da Saúde alerta e prevê que, daqui a 20 anos, os acidentes
de trânsito representarão a terceira maior causa mundial de mortes. Isso não é
extremamente grave?

Os acidentes de trânsito não são coisas naturais, não precisam ocorrer e


podem ser prevenidos com medidas simples e fáceis, que, no entanto,
envolvem mudanças de mentalidade e comportamento.

Observe a tabela de acidentes de trânsitos.


A que conclusão você chegou?

78
O automóvel é o veículo que mais atropela; na sequência, vêm os ônibus e
as motocicletas. A outra grande incidência de acidentes, após os
atropelamentos, são as quedas, em geral de motocicletas e bicicletas – cerca
de metade dos acidentados em motos não faz uso do capacete, o que é
contra a lei!

Nunca é demais lembrar que um dos fatores de maior causa de acidentes


de trânsito é a ingestão de bebida alcoólica pelos motoristas, o que explica o
fato de 75% dos acidentes de trânsito no Brasil estarem associados a seu uso.
Após tomar qualquer bebida alcoólica, a pessoa tem
sua capacidade visual e auditiva diminuídas, sua
coordenação motora prejudicada e experimenta uma
sensação de desinibição e falsa segurança. O
motorista alcoolizado perde o cuidado, o temor e o
controle do carro.
Estatisticamente, o maior consumo de bebida alcoólica
ocorre na faixa etária de 19 a 40 anos de idade, e os acidentes associados ao uso
de álcool consistem, quase sempre, em capotamento e colisão - o que demonstra
que o motorista estava em alta velocidade no momento em que perdeu o controle
do veículo.

Dirigir com sono é outro grande assassino


no trânsito. Motoristas profissionais, como
caminhoneiros, que dirigem muitas horas por
longas distâncias, e em períodos noturnos,
são os principais responsáveis pelo maior
número de acidentes dessa natureza, que
são agravados pelo enorme porte e peso dos
seus veículos. Ao perceber que está ficando sonolento, descanse um pouco ou
tome algum estimulante leve, como cafeína, para ativar o sistema nervoso, antes
de voltar a dirigir.

79
Prevenir é a saída
A melhor maneira de se evitar a
ocorrência de acidentes é por meio de uma
educação permanente que mobilize e
transforme os indivíduos, mudando suas
atitudes e comportamentos. Entretanto, cabe
também ao Poder Público sua cota de
responsabilidade nesse processo: medidas
de engenharia de trânsito, construção de
melhores estradas, sem buracos e
pavimentadas, com boa iluminação e
sinalização adequada, entre outras
infraestruturas absolutamente necessárias.
Leis devidamente compreendidas e
acatadas pela população constituem um
poderoso instrumento para a prevenção de
acidentes.

Atualmente, isso pode ser exemplificado pela norma da obrigatoriedade do


uso do cinto de segurança. Sua adoção pela quase totalidade dos motoristas
reduziu em muito o número de mortes, ferimentos e lesões graves
decorrentes desse tipo de acidente.

Motoristas e pedestres são personagens de uma mesma cena e, portanto,


é importante que cada um desempenhe seu papel corretamente, respeitando os
espaços do outro. Assim, um carro não deve parar sobre a faixa de pedestres,
nem o pedestre deve atravessar fora da faixa. A obediência a essa simples
recomendação evitaria que os atropelamentos se constituíssem no tipo de
acidente de trânsito mais frequente no país.

Dica de Vídeo: Observar principais causas de acidentes


https://www.youtube.com/watch?v=a0CkBs9WjQw

80
1-Uma pequena mudança faz a diferença e reflete em outras que mudará toda a
população. O que você acha que poderia ser feito para melhorar o trânsito no
Brasil? O que cada um pode fazer para que isso funcione?
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__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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2-Podemos afirmar que número de acidentes de trânsito em Petrópolis vem


crescendo a cada ano? Explique.

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3-Quais são as principais causas de acidentes de trânsito no Brasil?


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4-Por que os acidentes de trânsito são um problema de saúde pública? Explique.


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5- É possível reduzir o número de acidentes de trânsito por meio de campanhas


de educacionais, pensando nisso, propomos o seguinte desafio a você:
Crie uma frase criativa para cada meio de transporte com a finalidade de
evitar acidentes.

Automóveis Ciclistas e Motos


_______________________________ _______________________________
_______________________________ _______________________________
_______________________________ _______________________________

Ônibus
_______________________________
_______________________________
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_______________________________
Pergunte aos seus pais sobre um acidente de trânsito que eles tenham
presenciado, participado ou lido a respeito.

Faça o relato da situação comentada por seus pais.

Como aconteceu:

Quais foram as consequências:

O que poderia ter sido feito para evitá-lo:

82
Ecoturismo: Cachoeiras e Montanhismo

ORIGENS E DESENVOLVIMENTO DO MONTANHISMO EM PETRÓPOLIS

A presença do botânico escocês George Gardner na Pedra do Sino


(2.257m), em 1841, é o mais antigo registro de atividade montanhista em
Petrópolis, levando-se em conta que o ponto culminante da Serra dos Órgãos é
também a convergência das divisas de três municípios: Petrópolis, Teresópolis e
Guapimirim.

Gardner, em seu livro "Travels in the interior of Brazil" (Londres, 1846), relata sua
passagem pela povoação de Corrêas, quando em viagem de Minas para o Rio,
mostrando-se empolgado com a vista do morro Açu e montanhas próximas,
nostálgico que era das belas montanhas escocesas.

83
Montanhismo é a prática de subir montanhas por meio de caminhadas ou
escaladas. O montanhismo faz parte do excursionismo, um conjunto de
atividades mais amplo que envolve o campismo, a exploração de cavernas, a
canoagem, o mergulho.

A cidade de Petrópolis apresenta um grande potencial nessas modalidades


referentes ao ecoturismo.

TIPOS DE ECOTURISMO ENCONTRADOS EM PETRÓPOLIS

RAPEL

Atividade segura, o rapel é a descida de paredões, abismos e


cachoeiras com o auxílio de cordas. Essa técnica de escalada, utilizada
também no caving e no canyoning, pode ser positiva (com apoio dos
pés), guiada (com desvio diagonal da trajetória, para evitar torrente) ou
fracionada (dividido em vários rapéis menores para encontrar um caminho mais
seguro). Não é raro ver nas grandes cidades pessoas praticando rapel em pontes
e viadutos como forma de treinamento.

CAVALGADA
Curtir a natureza ao som do trote de um cavalo é um passeio seguro
para todas as idades. A cavalgada é um meio eficiente de percorrer
longas distâncias e atingir regiões cujo terreno apresenta obstáculos.
Antes de iniciar a cavalgada, o cavaleiro recebe instruções de
manejo e aprende a lidar com o equipamento e com o cavalo.

Todos os ensinamentos são aprendidos na prática, nos passeios


organizados por agências especializadas. Uma ótima opção de lazer para os
amantes da natureza que visitam Petrópolis é participar das chamadas
"cavalgadas ecológicas".

84
Na região do Bonfim, em Itaipava, existem várias fazendas de criadores de
cavalos - campolinos, crioulos etc. - que resolveram unir o útil ao agradável: criar
seus animais e atrair turistas para a região. Apesar de o verão ser o período de
alta temporada nos haras de Itaipava, as cavalgadas ecológicas acontecem o ano
inteiro e, com sorte, o turista de última hora consegue arranjar um animal para seu
passeio.

VOO LIVRE
A asa-delta é fabricada com tecido resistente (dacron), um trapézio
de tubos de alumínio (para controlar a direção), um tubo transversal
(para sustentar a asa aberta), a quilha (centro de gravidade), dois
tubos angulares na ponta dianteira da asa, um cinto e um
mosquetão (para prender o piloto à asa). Um voo bem sucedido depende da
checagem dos equipamentos, que devem seguir normas de segurança, das
condições climáticas e da experiência do piloto, o que requer um curso
especializado. Para experimentar a sensação de voar, deve-se praticar um voo
duplo junto com o instrutor.

Existem três Rampas de voo livre em Petrópolis:

Siméria:

Altitude: 900 metros.


Desnível: 850 metros.
Quadrante: S, SE.
Acesso: 66 km do Rio, 10 minutos do centro
de Petrópolis em direção ao bairro da
Siméria, em estrada calçada até a rampa.
Decolagem: Uma rampa de madeira para asa e rampa natural para parapente.
Pouso: Na vila de Fragoso. O resgate é feito pela antiga estrada Rio-Petrópolis, a
18 km da rampa de decolagem.
Melhor Época: setembro a dezembro.

85
Parque São Vicente:

Altitude: 750 metros.


Desnível: 720 metros.
Quadrante: S, SE, SW.
Acesso: a uma hora do Rio pela rodovia Rio-
Petrópolis, segunda entrada à esquerda
depois da entrada de Petrópolis (Restaurante
do Alemão); seguir para o bairro Parque São Vicente, a aproximadamente 1 km da
estrada.
Decolagem: Duas rampas de concreto.
Pouso: Oficial em Xerém. Pousos alternativos perto do Belvedere na estrada.
Melhor Época: setembro a janeiro.

Morin:

Altitude: 1450 metros


Desnível: 1450 metros
Quadrante: N, NW.
Acesso: 66 km do Rio, 10 minutos do centro de
Petrópolis em direção ao bairro do Morin
(Lagoinha), em estrada semicalçada até a rampa.
Decolagem: Uma rampa de cimento para asa e rampa natural para parapente.
Pouso: Na vila de Fragoso. O resgate é feito pela antiga estrada Rio-Petrópolis, a
28 km da rampa de decolagem.

CANYONING

O canyoning é a exploração de cânions usando técnicas de


escalada. Embora a vitrina da atividade seja o rapel em cascatas,
amplamente praticado no Brasil, o esporte requer conhecimento
mais abrangente.
O adepto deve ter noções de segurança em rapel e escalada, natação e de
espeleologia, que permitam avaliar os obstáculos durante a exploração de cânions

86
e rios sem garganta. O canyoning tem origem franco-espanhola, pois surgiu
quando um grupo procurava cavernas nos cânions dos Pireneus - cadeia de
montanhas no norte da Espanha e no sul da França. A atividade foi introduzida no
Brasil em 1990.

TREKKING
Com disposição, qualquer um pode aderir às caminhadas que,
além de baratas, não requerem equipamentos especiais.
Entretanto, desbravar lugares selvagens, cruzando florestas, rios,
montanhas requer cuidado.

O trekking está entre as atividades mais procuradas e há opções para


atletas de todos os níveis - a caminhada que leva à cachoeira Véu da Noite, com
42 metros de queda e dura uma hora e meia; enquanto a que termina na Pedra do
Açu, a 2.200 metros de altitude, exige cinco horas nas trilhas. As turmas do rapel e
do canyoning também marcam presença nas cachoeiras do parque. Todas as
atividades devem ser praticadas com o acompanhamento de guias.

BÓIA CROSS
O praticante pode descer as corredeiras sentado na boia ou de peito sobre
ela. A melhor opção é ir deitado de bruços, mais fácil para remar e direcionar a
câmara de ar desviando de pedras. Assim como no rafting, no boia cross é
necessário informar-se sobre a classificação das corredeiras dos rios.

CANOAGEM
A canoagem pode ser praticada em águas calmas, no mar ou em
corredeiras de rios. O esporte - que faz parte das Olimpíadas desde
os Jogos de Berlim, em 1936 -, usa canoas ou caiaques. A canoa
mais comum, chamada de canadense, é muito pouco divulgada por
aqui. Os caiaques mais usados no Brasil são embarcações fechadas, para um,
dois ou quatro remadores, cada um, portanto um remo com duas pás. A
canoagem em águas calmas não requer experiência, mas a descida de
corredeiras exige técnica e noções de segurança.

87
1-Você já praticou algum desses esportes, ou gostaria de praticar? Qual? Por
quê?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

2-Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as alternativas falsas.

( ) Montanhismo é a prática de subir montanhas por meio de caminhadas ou


escaladas.
( ) São atividades que podem ser feitas em rios e cachoeiras: boia-cross e
canoagem.
( ) Atividades ligadas ao montanhismo: cavalgada e rapel.
( ) São pistas de voo livre localizadas em Petrópolis para prática de asa delta:
Siméria, Bingen, Morin.
( ) O canyoning é a exploração de cânions usando técnicas de escalada.
( ) A canoagem pode ser praticada em águas calmas, no mar ou em
corredeiras de rios.

3-Observe as atividades abaixo. Registre onde podemos encontrá-las e suas


principais características:

_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________

_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________

_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________

88
Unidade IV
Mão de obra africana e
l d
O Roubo do Tesouro

Era uma vez um jovenzinho que chegou com muitos


outros na Bahia. Ele havia nascido no reino ioruba,
na África. Ifé, onde ele morava, era a maior cidade
ioruba e um importante centro de produção de vidro.
A cidade dos vidros azuis! Era famosa por sua
produção de contas de vidros azuis – akori -, e o pai
dele era um dos comerciavam essas contas por todo
o oeste africano. O jovenzinho ajudava. (...)

A cidade de Ifé era também um avançado centro


artístico desde muito tempo, pois lá foram encontradas esculturas de bronze feita
mais dez mil anos antes de Cristo. Mas a família do jovenzinho não era de
escultores. Então, um dia ele foi apanhar a madeira de uma árvore sagrada para
entalhar uma divindade. Andou longe, muito longe... tão longe que ficou cansado.
Sentou um pouco e de repente ... cavalos foram cercando o lugar, com ladrões
armados até os dentes. Caçado, ele foi amarrado junto a outros homens também
capturados por outros caminhos. Foi levado embora. Depois disso pensou em
muitos jeitos de fugir daquela situação. Teve que
lutar muito conseguiu escapar muitas vezes, voltou
a ser preso outras tantas, até que um dia... acordou
na Bahia. (...) No entanto, foram desembarcados na
Bahia não apenas os iorubas, mas também bantos.
Estes, porém, chegaram, sobretudo no Rio de
Janeiro, outro porto de entrada dos africanos”.

Retirado do livro: Histórias da Preta – Heloisa Pires Lima – Companhia das Letrinhas.

89
Um diário
imaginário...
“Como viemos parar aqui? Não
vou contar o que aconteceu.
Dói lembrar. A nossa aldeia foi
destruída. Muitos morreram
(...)

Uns homens brancos, com


roupas estranhas e armas de
fogo, trancaram o nosso povo no porão de um barco gigante. Muitos estão
doentes. Muitos morreram de banzo. Ainda não conseguimos entender a língua
deles.

Descobrimos poucas coisas, por enquanto... Eles são chamados de


“portugueses” e uns mandam nos outros. Eles querem o nosso povo para
trabalhar nas “lavouras”. Vamos para uma terra que eles chamam de “Brasil”.
Pela primeira vez ouvi a palavra “escravo”. É noite. Daqui deste porão não dá para
ver nem as estrelas do céu.

Do livro Ilê Aiê: um diário imaginário, de Francisco Marques. Belo Horizonte: Formato, 1994.

O tráfico de escravos era um negócio bastante lucrativo - e terrível. Milhares


de negros foram trazidos da África em condições desumanas. Os escravos não
conseguiram suportar os maus-tratos por muito tempo. Muitos morreram por
causa do banzo, que era o nome que os africanos davam para uma tristeza
enorme, que chegava a matar. Os africanos que conseguiam chegar vivos ao
Brasil tinham vários destinos. Eles trabalhavam na casa do seu senhor fazendo
serviços domésticos, como lavar, limpar e cozinhar; ou nas plantações e minas de
ouro.

90
Também prestavam todos os tipos de serviços, como levar mercadorias,
pessoas e água de um lado para o outro, vendendo coisas nas ruas e até
trabalhando como alfaiate e marceneiro. As mulheres desempenharam um papel
importante na sociedade brasileira da época:
trabalhando como amas de leite. Foram elas
que cuidaram das crianças brancas e as
educaram. Foram também muito importantes
na preservação de histórias de origem
africana.

Observe com atenção as figuras. Cada uma delas revela uma atividade praticada
pelos africanos no Brasil. Graças às habilidades deste povo, o Brasil pôde explorar
atividades tão diferentes...

Em Petrópolis...

91
Segundo Henrique Rabaço, os registros encontrados sobre escravos
africanos na “Serra Acima de Inhomitim” estavam arquivados em igrejas e
paróquias e consistiam em batizados e casamentos de africanos escravos ou
libertos nas diversas fazendas de “Serra Acima”. Junto a esses registros muitas
vezes eram encontradas, também, cartas que revelavam o valor inestimável do
trabalho desse “imigrante forçado”.

Podemos citar, como exemplo, o trabalho prestado pelos escravos


africanos na abertura, conservação e melhoria do Caminho Novo, tanto sob o
comando de Garcia Rodrigues Pais, como no de Bernardo Soares de Proença,
Estes foram de grande importância, como comprovam os documentos da época.
Eram também tropeiros e canoeiros do Caminho Novo. Nas fazendas da região,
contribuíram e muito para o desenvolvimento da agricultura, do artesanato, da
produção de ferraduras para os animais de montaria e carga.

A fazenda do Padre Correia, muito conhecida na região pelos viajantes do


Caminho Novo, contava com mais de 400 escravos de ambos os sexos e de todas
as idades. Era costume dar liberdade aos escravos mais fieis junto com certa
quantia em dinheiro.

Em alguns documentos da época, como cartas e testamentos, ficaram os


seguintes registros:

O Padre Luís Gonçalves Dias Correia, proprietário da Fazenda


Samambaia, em seu testamento de 1844, manifesta: “Dei liberdade aos meus
escravos Guido e sua mulher Lucinda, pretos africanos, igualmente ao seu
filho Abraão, e também Emerenciana e a Getúlio, cujas cartas se acham
registradas no Cartório do Tabelião Castro, de cuja liberdade plena só
poderão gozar depois de minha morte (...)

92
D. Catarina Josefa de Jesus, proprietária da Fazenda Córrego Seco, em seu
testamento de 1825, registrou: “... deixo ao meu mulato Agostinho, que fica
liberto por minha morte, a esmola que lhe fez meu falecido marido de trinta
mil réis”.

Com a fundação de Petrópolis, africanos escravos e libertos trabalharam


na Abertura da Estrada Normal da Estrela ao lado de imigrantes franceses e
alemães. A fluência de escravos africanos para Petrópolis, no chamado período
colonial, pode ser avaliada pelo fato de entre as casas comerciais da Rua do
Imperador ter sido estabelecido um mercado que se encarregava de comprar e
vender escravos.

ANÚNCIOS NOS JORNAIS PETROPOLITANOS

Segundo o professor de história Oazinguito Ferreira, os anúncios dos


velhos jornais do período da escravidão apresentavam a noticia da fuga e, ao
mesmo tempo, a sua captura.
Observe o exemplo retirado do blog do professor:
http://petropolisnoseculoxx.blogspot.com.br/2010/12/normal-0-21-false-false-false-
pt-br-x.html

“ESCRAVA FUGIDA

Pela Delegacia de Policia de Petrópolis se faz público


que se acha presa na cadêa desta cidade a preta Maria
de 56 annos, crioula, que diz ser escrava de Antonio da
Cunha, morador adiante do Arraial de Santo Antonio
dos Crioulos na Província de Minas”.

Dica de vídeo: A Rota do Escravo - A Alma da Resistência


André Rebouças
https://www.youtube.com/watch?v=HbreAbZhN4Q

93
O mais ilustre dos representantes dos
africanos em Petrópolis foi André Rebouças, aluno
do colégio Kopke, premiado por D. Pedro II com
uma bolsa de estudos na França, onde se formou
em engenharia. Como engenheiro, dirigiu
importantes obras públicas, entre as quais, a
construção das docas do Rio de Janeiro, Recife e
Salvador. Foi professor particular dos filhos da
Princesa Isabel.

Como abolicionista, contribuiu não apenas como intelectual para o ideário da


abolição, mas também na efetiva atuação no movimento. Sua visão progressista e
liberal o fez contrapor-se a todos os tipos de escravização, não somente à negra,
lutando ainda contra a “reescravização do imigrante pelos donos da terra”.

Foi um dos poucos abolicionistas que anteviram as implicações mais


profundas da eliminação da mão de obra escrava. Para ele, a “escravidão não
está no nome e sim no fato de usufruir do trabalho de miseráveis sem pagar
salário ou pagando apenas o estrito necessário para não morrer de fome[...] Aviltar
e minimizar o salário é reescravizar”[...]

Defendia a emancipação e regeneração do escravo pela aquisição da


propriedade da terra. Para ele, a chave para a transformação da agricultura
brasileira era a mudança dos sistemas de posse da terra.

Essas ideias estão expostas no seu livro mais conhecido, Agricultura


nacional, estudos econômicos: propaganda abolicionista e democrática. Ele queria
implantar no País o que chamou de Democracia Rural Brasileira. Sua afirmação:
“Quem possui a terra possui o Homem” resume sua postura em relação aos
problemas sociais do século XIX, além de indicar a atualidade do seu
pensamento.

94
André Rebouças

“André Rebouças foi um intelectual negro de grande prestígio


na época. Fazia a ligação entre o esquema de fugas articulado
pela Princesa Isabel, em Petrópolis, e o alto comando do
movimento abolicionista do Rio de Janeiro.”
Petrópolis, ontem, hoje, sempre... 6º ano - pág 34

1-Entre as afirmativas abaixo qual delas não se relaciona a André Rebouças.

( A ) Projetou a Estrada Normal da Serra da Estrela


( B ) Era engenheiro
( C ) Era abolicionista
( D ) Assessorou os primeiros empreendimentos ferroviários nacionais na Estrada
de Ferro de Petrópolis e Paranaguá.

( )AeD
( ) somente D
( )CeB
( ) somente A

2-Pense bem e responda:

a- Quais foram as principais contribuições dos escravos africanos para


Petrópolis?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

b- De que forma o escravo podia conseguir sua liberdade?


____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

c- Os escravos fugiam de seus senhores? Como podemos comprovar que


estes não aceitavam a escravidão e por isso procuravam liberdade?
____________________________________________________________
____________________________________________________________

Quilombos em Petrópolis
95
Os quilombos eram
vilas e
acampamentos
formados pelos
escravos que fugiam,
lugares bem
escondidos, longe dos
brancos e em regiões
de difícil acesso.

Os habitantes que viviam nos quilombos eram chamados de quilombolas.


Estranho, não? Mas não seria tão estranho assim se falássemos tupi: quilombola
vem do tupi "canhambora", que significa "aquele que costuma fugir". Os
quilombolas eram organizados: todos cuidavam da terra, plantavam e criavam
animais, e a comida era repartida entre todos. Uma vida bem diferente da
realidade das senzalas e palhoças (casas de palha).

Comunidade Quilombola Tapera – Petrópolis

A comunidade da Tapera foi reconhecida pela Fundação Palmares como


Quilombola. As famílias que vivem no local são de descendentes de escravos da
antiga Fazenda Santo Antônio. Localizada na Tapera, local próximo ao Vale do
Cuiabá, a comunidade é a única de descendentes africanos e ex-escravos
existente na Região Serrana do Rio de Janeiro, formada por 13 famílias.
A origem da comunidade é do final do século XIX, quando os escravos, então
libertos, foram transferidos para a parte superior do Vale do Cuiabá.

96
A comunidade mantinha
todas as tradições dos seus
antepassados. Todas as
casas eram feitas de pau a
pique e os membros das
famílias se casavam apenas
entre si, ou seja, primos
com primos, em todas as
gerações, para que assim
fosse mantida a tradição.

Em janeiro de 2011, a comunidade também foi atingida pela tragédia. As


fortes chuvas danificaram as casas de pau a pique e as famílias tiveram que se
retirar da localidade. As famílias retornaram para a localidade e as casas agora
são de PVC (revestido de concreto), mas mesmo sem manter a tradição das
moradias de pau a pique, o líder da comunidade ressalta que todos os membros
tinham o desejo de voltar a viver na Tapera.

Um pouco de história!

Nem todos os escravos africanos aceitavam a escravidão. Formaram-se em


Petrópolis, em decorrência de sua fuga, vários quilombos. Um dos mais
conhecidos, segundo Hernique Rabaço, era o Quilombo da Vargem Grande,
acima da Fazenda Inglesa, que tomava as duas margens do Rio da Cidade,
dividindo em Quilombo da Direita e Quilombo da Esquerda.

Existem relatos que na Praça da Confluência, área próxima ao Palácio de Cristal,


havia escravos fugidos que formaram um quilombo com terras cultivas.

97
1-Como nem todos os africanos aceitavam com
docilidade a escravidão, formou-se em Petrópolis, em
decorrência de sua revolta e fuga, vários quilombos.
Como mostra o texto abaixo:

“Entre os quilombos petropolitanos o mais célebre (...)


tomava as duas margens do rio da Cidade dividindo-se
em Quilombo da Direita e Quilombo da Esquerda...”

O texto citado faz referência ao Quilombo:

( ) Praça da Confluência - onde hoje está o Palácio de Cristal


( ) Acima de Calçado em São José do Rio Preto
( ) Vargem Grande, acima da Fazenda Inglesa
( ) Centro Histórico - onde hoje é a Praça da Liberdade

2-Complete a palavra cruzada:

1-Nome dado aos habitantes que viviam nos quilombos.


2-Os significado de quilombola vem do Tupi e significa: “aquele que costuma...”
3-A Comunidade do Tapera, localizada em Petrópolis, foi reconhecida como...
4-Outro quilombo importante localizado na Praça da Confluência nas proximidades
do Palácio de...
5- Nome do quilombo acima da Fazenda Inglesa, que tomava as duas margens do
Rio da Cidade, dividindo em Quilombo da Direita e Quilombo da Esquerda.
6-Nome da fazenda de descendentes de escravos, que deu origem à Comunidade
Taquera.

1- Q
2- U
3- I
4- L
O
5- M *
B
6- O

Palácio de Cristal e Praça da Liberdade


98
Construído nas oficinas de S.A de Saint-Sauver-Les Arras, (1879) na
França, e inaugurado em 2 de fevereiro de 1884, o Palácio de Cristal era formado
por uma estrutura metálica e placas de vidro francês. O Palácio foi construído na
mesma época em que estava sendo construída a Torre Eifel, e é um dos
exemplos de como a Revolução Industrial influenciou os estilos arquitetônicos.

O prédio, inspirado no Crystal Palace de Londres - idealizado e construído


por Joseph Paxton para a exposição Industrial de 1851 -, foi montado pelo
engenheiro brasileiro Bonjean. No Brasil, foi a primeira construção pré-
fabricada.

O Palácio foi um presente do Conde D'Eu à sua esposa, a Princesa Isabel,


ligada à Associação Agrícola e Hortícola de Petrópolis (ou seja, inicialmente o

99
prédio destinava-se a ser a sede da "Associação Hortícola e Agrícola de
Petrópolis", formada pela alta aristocracia petropolitana). Foi ali, numa cerimônia
realizada em abril de 1888, que a Princesa Isabel conferiu Títulos de Alforria
aos 103 últimos escravos em Petrópolis.

Palácio de Cristal completou


130 anos e é um dos pontos
turísticos mais visitados de
Petrópolis.

A partir da Proclamação da República, este marco do Segundo Reinado


acabou sendo utilizado para diversos fins. Com o fim da Associação Hortícola, foi
vendido em leilão e transformado em cassino, depois garagem do Corpo de
Bombeiros e ainda abrigou vítimas de tragédias que se abateram sobre a Cidade.
Também serviu a objetivos mais nobres, mas nem sempre adequados a seu
propósito original; sede de diversas associações literárias, de entidades ligadas à
música, do Liceu de Artes e Ofícios de Petrópolis; clube de boliche e salão para
bailes populares. A exploração de uma casa de jogos gerou veementes protestos
na Câmara Municipal e levou à revogação do contrato em 1892.
No final da década de 60, após pedidos do cidadão Guilherme Auler junto
ao então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Sphan, o Palácio
de Cristal foi tombado. Passou a importante monumento e um dos mais
conhecidos cartões postais de Petrópolis.
Praça da Liberdade

100
É a maior praça, em área, do Centro Histórico. O primeiro nome foi Largo
Dom Afonso, em homenagem prestada ao primogênito de D. Pedro II, que faleceu
prematuramente. Foi denominada Praça da Liberdade em 1888, porque ali se
reuniam os escravos livres para comprar a liberdade dos companheiros que
ainda eram mantidos nas senzalas.

Em 1914, passou por uma remodelação, contando então com rinque de


patinação, plantio de árvores e canteiros de flores.
No ano de 1923, seu nome mudou para Praça Rui Barbosa. Porém, o
nome não caiu no gosto do povo, que a continuou chamando de Praça da
Liberdade, nome posteriormente retomado.
Em 1964, a Praça passou por grande reforma e algumas características
foram preservadas, como o coreto, as palmeiras imperiais e a ponte de madeira. É
um dos principais pontos de lazer de Petrópolis para todas as idades.

101
1- Praça da Liberdade - Endereço: Situada no encontro da Av. Roberto Silveira,
Av. Koeler, R. Dr. Nélson de Sá Earp e R. Barão de Amazonas – Centro

É a maior praça, em área, do Centro Histórico. O primeiro nome foi Largo


Dom Afonso, em homenagem prestada ao primogênito de D. Pedro II, que faleceu
prematuramente. Era um lugar de pouco trato, até que, em 1885, o vereador Dr.
Manoel Bordini propôs que a área fosse urbanizada e entregue à população para
lazer. No ano de 1923, seu nome mudou para Praça Rui Barbosa. Porém, o nome
não caiu no gosto do povo, que a continuou chamando de Praça da Liberdade,
nome posteriormente retomado.

O nome Praça da Liberdade foi dado em homenagem:

( ) ao primogênito de D. Pedro II.


( ) aos escravos livres que se reuniam ali para
comprar a liberdade de seus companheiros.
( ) a Rui Barbosa
( ) ao lema da Revolução Francesa: Liberdade,
Igualdade e Fraternidade.

2-Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:

( ) O Palácio de Cristal era formado por uma estrutura metálica e placas de


vidro francês.
( ) O Palácio foi um presente do D. Pedro I à sua esposa.
( ) O prédio do Palácio de Cristal destinava-se a ser a sede da Associação
Hortícola e Agrícola de Petrópolis.
( ) Palácio de Cristal foi a primeira construção pré-fabricada no Brasil.
( ) Na República, o Palácio de Cristal já foi utilizado como cassino e garagem
do Corpo de Bombeiros.
( ) O Palácio foi construído na mesma época em que estava sendo
construída a Torre Eifel.
( ) O Palácio de Cristal foi tombado em 1960.

3-Qual a relação entre o Palácio de Cristal e a Praça da Liberdade com a questão


da escravatura? Explique.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

102
Abertura da Estrada Normal da Serra da
Estrela

Em 1841, D. Pedro II encarregou o major engenheiro alemão Júlio


Frederico Koeler de construir um caminho melhor de Porto da Estrela, do Rio de
Janeiro a Petrópolis, onde a família Imperial costumava passar temporadas na
Fazenda Córrego Seco. A estrada era a principal via para se chegar às Minas
Gerais e tinha grande importância econômica. Surgia, assim, a Estrada Normal
da Serra da Estrela, que pode ser percorrida até hoje.
Naquela época, era preciso seguir de barco até o Porto Mauá, depois por
estrada precária até a Raiz da Serra e, então, ir pela nova estrada, num percurso
de 14 km, até Petrópolis.

A serra da Estrela guarda em suas matas relíquias históricas, como o


caminho do Ouro (ou caminho dos Mineiros, como é chamado no lugar), rota de
passagem dos escravos levados do Rio para Minas Gerais, e os pontilhões de
pedra da via férrea, inaugurada em 1883.

A região era o trajeto obrigatório da família imperial no rumo de Petrópolis,


onde costumava passar as férias de verão. De carruagem ou trem, o imperador D.
Pedro II subia a serra da Estrela, acompanhado dos parentes, para descansar no
palácio de verão.

Hoje, o panorama visto pelo imperador está desfigurado. Nos últimos dois
anos, o traçado de 17 km da estrada do Imperador (o nome oficial, estrada Velha
da Estrela, é pouco usado) passou a se caracterizar pelas favelas que crescem
nas duas margens.

103
O trem sobe a Serra de Estrela em direção a Petrópolis (Década de 1940)
Foto do Acervo de Célio Gastaldo dos Santos
Obtida por Dado DJ/Trilhos do Rio

O mesmo local da foto acima em 2012, só que sem os trilhos e o trem.


Foto: Dado DJ/Trilhos do Rio.

104
TIPOS DE SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO

É por meio da sinalização do trânsito

que se orienta, adverte, informa, regula

e controla a adequada circulação de

pedestres e veículos pelas vias

terrestres. O Código de Trânsito

determina que, sempre que se fizer

necessário, serão colocadas nas vias

sinais de trânsito.

O que são sinais de trânsito?

Os sinais de trânsito são classificados em verticais (placas de sinalização),


horizontais (como faixa de pedestre,
por exemplo), luminosos (semáforo),
sonoros (silvos de apito, que variam
de acordo com a duração e a
quantidade), gestos do condutor e
do agente de trânsito (sinais
realizados com os braços) e
dispositivos de sinalização auxiliar
(cones, cavaletes).

105
Mas para que servem os sinais de trânsito? Eles são usados para orientar,
advertir e disciplinar as ruas. Sem eles, as nossas vias não teriam uma ordem.
Imagine os carros, pessoas, animais, tudo circulando ao mesmo tempo, sem
nenhuma ordem? Ia ser uma loucura! Os sinais são responsáveis por manter a
ordem.
Todas as regras de trânsito são importantes, mas um que está bem próximo de
todas as pessoas é o
semáforo. Ele serve
para orientar os carros e
os pedestres. Ele possui
três cores: o vermelho,
que significa “pare”; o
amarelo, que quer dizer
“atenção” e o verde, que
significa “siga”.

OS TIPOS DE SINALIZAÇÃO UTILIZADOS EM TRANSITO SÃO:

1° SONORA – por buzina (veículo), apito (policial ou agente de trânsito) e por


sirene (veículos de emergência)
2° LUMINOSA - semáforo, faróis, lanternas e setas dos veículos, adesivos retro
refletores e luzes de alerta intermitentes dos veículos de emergência.
3° HORIZONTAL – são as faixas e símbolos pintados nas ruas, avenidas e
rodovias, também em áreas reservadas de estacionamento e guias de calçadas.
4° VERTICAL – são as placas fixadas em poste ou suporte vertical em rodovias,
ruas e avenidas.
5° POR GESTO – esta é executada pela policia ou agente de trânsito. Vale
lembrar que prevalece sobre todas as outras.

106
As placas podem ser classificadas em: placas de regulamentação, que possuem
formato circular (exceto as de pare e dê a preferência), fundo branco e a borda
vermelha.

Veja alguns exemplos:

107
Placas de advertência: têm, na maioria das vezes, formato retangular, fundo
amarelo e letras ou símbolos na cor preta. Estas placas avisam o motorista de
situações que ele encontrará logo adiante e às quais deve se estar bem atento
para evitar acidentes.

Placas de indicação: possuem formatos e cores diversos, mas todas têm como
função orientar e dar localização ao motorista.

Semáforos: sua função é controlar, ao mesmo tempo, o fluxo de


veículos e pedestres, controlar somente o fluxo de veículos ou apenas
o fluxo de pedestres.

108
1-Veja as placas de sinalização e escreva o que significam:

2-Complete as afirmações abaixo com as palavras que você encontrar no caça-


palavras:

a-) Lugar onde o pedestre deve atravessar a rua._______________________


b-) São usados para advertir, orientar e disciplinar as ruas. _________________.
c-) Sinalização feita por buzinas, apitos e sirenes. ______________________.
d-) Sinalização luminosa com as cores padronizadas: verde – siga/ vermelho –
pare/ amarelo – atenção. _______________________
e-) Sinalização vertical que auxilia motoristas e pedestres a se guiarem no
trânsito. ______________
f-) Sinalização feita por placas fixadas em postes. ______________________.
g-) Sinalização feita por policiais e agentes de trânsito.
______________________.

109
F V A O M O G S Z X S F S
A E S L K D E C R E T O I
I R E D I R S I T O S S N
X T T K L K T F A A W D A
A I Ô J J C O C D S Q C I
D C N G H O S P P F E I S
F A I F T N V S L J T C D
G L B E R T B D A Y R L E
H L U W D R N X C P Y Í T
J N S E S A V D A L U S R
Y B H T X N A R S A I T A
T V I U D K Q T X C O A N
R M U L T A A R F A P F S
S O N O R A L Ç U S Ç F I
C Ó D I G O B V S S L H T
Q X P S Y Z L M A A K J O
A Z I A S E M Á F O R O C

3-Pinte o semáforo com as cores corretas escrevendo seu significado.

4-Escreva o que você aprendeu sobre a Abertura da Serra Normal da Estrela.


__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

110
Referências

História e Geografia de Petrópolis


ABAD, Vera. Petrópolis – Cidade Imperial. Nossas montanhas, nossa gente, nossa herança.
Editora Prazerdeler – 1º edição 2009.
AMBROZIO, J. C. G. O Presente e o Passado no Processo Urbano da Cidade de Petrópolis:
uma história territorial. Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
AMORIN, Vicente. Petrópolis – sua história – sua lenda – Oficina Gráfica Jornal do Brasil
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111
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Cadernos e Manuais de segmentação. Marcos conceituais.


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Cadernos e Manuais de segmentação. Ecoturismo: orientações básicas.


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Documento Referencial do Turismo no Brasil 2011 – 2014


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HINO DE PETRÓPOLIS
Petrópolis,
Tens no passado gloriosas tradições;
Petrópolis,
Cultura e fibra de homens de outras nações,
Que lutaram e criaram as riquezas,
Guardaram as belezas que devemos defender

Petrópolis,
Tranquilidade, nossa fonte de saúde;
Petrópolis,
O teu futuro é a tua juventude
Que estuda e trabalha consciente
De que a luta no presente
Vitórias vai trazer

Para a frente, para o alto,


Construir
Com amor e com vontade,
Progredir

Vem viver aqui na serra,


Onde a sorte nos sorri
Quem pensa que é feliz em outra terra

É porque BIS
Ainda não viveu aqui

Letra e música de Geraldo Ventura Dias.


Hino escolhido em concurso realizado pela
Prefeitura de Petrópolis no ano de 1972.

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